LEITURA

EZEQUIEL 37:1-10

Jeremias 29: 11 “Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor,
planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, plano de dar-lhes esperança e um
futuro.”

CONTEXTO HISTÓRICO

Ambas as passagens se dã o dentro de um mesmo contexto histó rico: O CATIVEIRO

BABILÔ NICO SOBRE O POVO DE ISRAEL.

Você já deve ter ouvido falar que o povo de Israel foi castigado por abandonar o Senhor e
começar a adorar outros deuses. Esse castigo histó rico é marcado pelo CATIVEIRO
BABILÔ NIA, onde o povo é retirado de sua terra natal e levado para a babilô nia.

Ao contrá rio do que pensamos, na babilô nia o maior sofrimento do povo nã o era físico, pois
nã o se tratava de um cativeiro físico, tendo em vista que, os exilados podiam viver livremente
naquele lugar, porém, o maior cativeiro era o cativeiro emocional, pois, embora pudessem
viver dentro da Babilô nia, nã o poderiam retornar para sua Pá tria.

Neste sentido, os escritos bíblicos deste período trazem mais um retrato do â nimo do povo
exilado do que a sua real situaçã o de vida. Assim, é possível afirmar que “Os sofrimentos dos
exilados eram interiores e nã o se baseavam em suas condiçõ es de vida”.

O povo foi levado cativo em 03 levas, e Ezequiel era um sacerdote foi levado na primeira leva.
No capítulo 01 de Ezequiel ele tem uma visã o, e, podemos concluir que isso foi no quinto ano
de seu cativeiro. Ele está sentado à beira do Rio Quebar (perto de seu campo de refugiados), e
de repente vê uma tempestade vindo do norte. E nessa tempestade relâ mpagos e faíscas, e no
meio desse fogo 04 vultos que pareciam seres viventes. Cada um deles com 04 rostos, e quatro
asas que batiam uma na outra. Sobre essas asas um trono, e sobre o trono uma figura que
parecia um homem, e a aparência resplandecente desse homem parecia com a GLÓ RIA DO
SENHOR (manifestaçã o de Deus quando ele aparece pessoalmente)
.
Ora a Gló ria de Deus sempre foi relacionada com o templo construído em Jerusalém.
O que causa estranheza aqui é que Ezequiel está na Babilô nia e a gló ria de Deus aparece pra
ele lá . A gló ria de Deus nã o tinha que está o templo, sobre a arca da aliança?

Na visã o do capítulo 08, um ano depois, Ezequiel vê as mulheres autoridades adorando a

outros deus no templo, e a gló ria de Deus saindo de Jerusalém e parando sentido leste
(Babilô nia), explicando entã o a razã o de a gló ria de Deus ter se deslocado para babilô nia.
A gló ria de Deus saiu de Jerusalém por causa da idolatria do povo e foi com seu povo para a
babilô nia, como prova de que Deus nã o estava os abandonando.
Tudo parecia está perdido, mas no capítulo 11 Deus dá uma ponta de esperança dizendo que,
traria de volta o povo a sua pá tria, tiraria o coraçã o de pedra e colocaria um coraçã o de carne
(PROMESSA DE RESTAURAÇÃ O).

Do capítulo 11 ao 33 – Julgamento sobre Israel, as naçõ es vizinhas e sobre o templo

Do capítulo 34 ao 48 – A esperança para Israel, para as naçõ es e depois para toda a criaçã o.

No capítulo 33 (12º ano do cativeiro), Ezequiel recebe a notícia por um homem que conseguiu
escapar em Jerusalém, dizendo que a cidade caiu, foi destruída.

Capitulo 34 – Promessa de um pastor, o seu servo Davi (referência ao Messias).

Capítulo 36:26-27 – “Darei a vocês um coraçã o novo e porei um espírito novo em vocês;
tirarei de vocês o coraçã o de carne e porei o meu Espírito em vocês e os levarei a agirem
segundo os meus decretos e a obedecerem fielmente as minhas leis.”

Essa idéia se desenvolve na visã o do capítulo 37 (metá fora do estado espiritual de Israel).

DA VISÃ O DO CAPITULO 37

Como lemos, O Espirito de Deus levou Ezequiel a um vale cheio de ossos sequíssemos.
Perguntado se aqueles ossos poderiam viver Ezequiel responde a Deus, Tu é quem sabes.
Deus dá ordem a Ezequiel para profetizar aos ossos de que eles teriam vida de novo. Ezequiel
faz o que Deus ordenou, e de repente ele começa a ouvir barulhos como de chocalho, em
algumas versõ es vai dizer, osso batendo no osso, e eles forma se juntando osso a osso e foram
criando tendõ es, carne e pele.

Ezequiel foi ordenado a profetizar o AO espírito. (DOIS MOMENTOS DE PROFECIA).

EZEQUIEL: 37:11 – “Entã o ele me disse: “filho do homem, estes ossos sã o toda a naçã o de
Israel. Eles dizem: “Nossos osso se secaram e nossa esperança desvaneceu; fomos
exterminados”.

Ezequiel estava no exílio com seus patrícios israelitas. Eles estavam a quase 1.000
quilô metros de casa, em um país deserto, acampados como refugiados ao longo de um rio
lento chamado Quebar. Eles estavam distante do templo, das fazendas, dos parentes, dos
amigos. Estavam em meio a um modo de vida que lhes era estranho, e eram ridicularizados
por seus captores.
Ezequiel vivia com pessoas que estavam alienados da fonte viva da fpe, que se sentiam nã o
apenas sem auxílio, mas sem esperança. O que pode ser pior que perder a esperança? O que
pode ser pior que sentir que você leva a sua vida de um jeito e que amanhã se sentirá mais
vazio do que se sente hoje? O que pode se pior que sentir que você foi abandonado pelos seus
amigos ou por sua família, por seu esposo, por sua esposa, por seu filho ou filha, e que nunca
haverá alguém que possa substituir o que era central e importante para você?O que pode ser
pior que ser subitamente invadido pela dú vida devastadora de que Deus nã o está mais aí pra
você?
Os sentimentos que o povo conheceu descritos no v. 11, sentimentos esses que todos
experimentamos em um momento ou outro da vida: “Nossos ossos estã o ressecados, nossa
esperança se foi, nã o restou nada para nó s”.
Ezequiel descreveu um quadro do que Deus faria, um quadro que ninguém do povo poderia
ver, porque estavam ocupados demais sentindo pena de si mesmo. Primeiro lhes disse o que
viu, e depois o povo começou a responder ao que Deus estava fazendo, nã o mais respondiam
ao que estavam sentindo. Eles começaram a viver pela palavra de Deus , por fé, nã o por vista.

As visõ es de Ezequiel marcam a transiçã o entre um tempo quando Israel era espiritualmente
como ossos secos e o tempo de uma nova vida. Nã o levará muitos anos para que o povo
novamente estivesse inteiro, louvando a Deus, estudando as escrituras, andando em fé,
amando o pró ximo. Seria uma ressurreiçã o maravilhosa e miraculosa.

A palavra mais importante nesta passagem é sopro: “Estou soprando o sopro da vida sobre
vocês, e vocês voltarã o a viver.” Diz Deus. As palavras espírito e sopro em hebraico sã o a
mesma palavra. Deus sopra em nó s e nó s respiramos sua vida. Nã o vivemos uma utopia; nã o
estamos livres da dor; nã o vivemos sem problemas. Mas estamos mais vivos do que jamais
estivemos. Alcançamos um bem-estar e integridade de vida inigualá vel, Inalamos o sopro
doados de vida de Deus e exalamos fé, esperança e amor.

I) DO PROCESSO DE RESTAURAÇÃO

O processo de restauraçã o dos ossos era: COMEÇAR A SE JUNTAR, CRIAR TENDÕ ES, CARNE,
PELE e POR FIM O SOPRO DE VIDA.

SAÍDA DO CATIVEIRO – Antes de iniciar o processo da restauraçã o Deus precisava retirar o

povo do cativeiro. Assim como o povo foi levado para o cativeiro em 03 levas, o povo retornou
do cativeiro em 03 levas, e assim a restauraçã o de tudo aquilo que foi perdido começou a
acontecer.

Como prometido na palavra de Jeremias 29:10, que, depois de 70 anos de cativeiro babilô nico,
o povo retornaria à Jerusalém, se foram levados em 03 grupos, agora retornariam em 03
grupos. O 1º grupo liderado por Zorobabel em 536 AC (Ed. Capítulo 2), o 2º liderado por
Esdras em 457 AC (Esdras Capítulo 07), e o 3º liderado por Neemias em 444 AC.

DEUS SÓ COMEÇA RESTAURAÇÃ O FORA DO CATIVEIRO!

Nã o sei em qual situaçã o você está aprisionado, ou cativo. A vontade de Deus é restaurar, mas
DEUS NÃ O COMEÇA RESTAURAÇÃ O DENTRO DO CATIVEIRO.

OSSO BATENDO E OSSO significa o que estava fora retornando ao seu lugar.

A restauraçã o mencionada por Ezequiel tem umas particularidades que sã o só dela, toda
figurativa, mas que vai de encontro à realidade que de fato Israel viveu.
 A) DOS TENDÕES - A principal funçã o dos tendõ es é a de conectar os mú sculos aos
ossos. Dessa maneira, auxilia no equilíbrio do corpo e no desenvolvimento dos
movimentos, distribuindo as forças nos mú sculos.

 TENDÕES PARA ISRAEL – O TEMPLO – A primeira leva foi responsá vel pela
reedificaçã o do templo. A primeira coisa que precisava estar de pé era o templo.

LER ESDRAS 1: 1-3: “No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, PARA QUE SE CUMPRISSE A
PALAVRA DO SENHOR, por boca de Jeremias, despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da
Pérsia, o qual fez passar pregã o por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: 2 -
Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra e me
encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém de Judá . 3 Quem dentre vó s é, de todo o seu
povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém de Judá e edifique a Casa do Senhor Deus de
Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém.

A RESTAURAÇÃ O INICIA PELO TEMPLO, PORQUE É NECESSÁ RIO QUE ELE ESTEJA DE PÉ .

O TEMPLO PRECISA ESTAR DE PÉ . –1 Co. 3:16 “Certamente vocês sabem que sã o o templo de
Deus e que o Espírito de Deus vive em vocês”.

 TENDÕES PARA NÓS - O QUE ME FAZ ESTAR DE PÉ ?

A restauraçã o começa com o fato de você está de pé, de você permanecer de pé.
RESISTÊ NCIA. AGUENTA....

B) DA CARNE (mú sculos) - Produçã o dos movimentos corporais: movimentos

globais do corpo, como andar e correr.

 CARNE/MÚ SCULO PARA ISRAEL – Era o exercício da espiritualidade. A segunda

leva, em especial Esdras, foi responsá vel pelo ministério do ensino da palavra
(Esdras 7:6 e 10), e através disso, o povo se libertou da pendência que ainda
assolava parte dos que retornaram do cativeiro, parte do povo que estava
disposto à restauraçã o.
 DA PELE - A pele reveste todo o nosso corpo protegendo contra as agressõ es
externas. É uma grande “capa de proteçã o” contra fungos, bactérias, produtos
químicos, físicos e mesmo fatores ambientais, como o sol.
 PELE PARA ISRAEL - O LEVANTAR DOS MUROS – FINALIZAÇÃ O DA OBRA – A
terceira leva, chefiada por NEEMIAS, diga NEEMIAS, agora vem responsá vel por
levantar os muros.

LER Neemias 2:17 – “Entã o, lhes disse: Estais vendo a miséria em que estamos,
Jerusalém assolada, e as suas portas, queimadas; vinde, pois, reedifiquemos os
 muros de Jerusalém e deixemos de ser opró brio; E lhes declarei como a boa mã o
do meu Deus estivera comigo”.

A cidade de Jerusalém já foi destruída por dezesseis vezes em sua histó ria e se
reergueu das ruínas para ser eternamente a Cidade Santa (Isaías 26.1,2).
Neemias foi um reconstrutor de Jerusalém e reuniu o povo para restaurar a
cidade com seus muros e portas (Neemias 3.1-31). AS MURALHAS DA CIDADE
SÃ O SÍMBOLO DE PROTEÇÃ O DO TEMPLO E DO POVO DE DEUS (Salmos 125.1).

 PELE PARA NÓS - Assim como as portas de Jerusalém foram restauradas, as

entradas de nossas vidas precisam ser cuidadas e protegidas para que nenhum
mal entre e tudo o que nã o for de Deus tem que sair. Feche as portas para todo
mal!

TA TUDO PRONTO?

ESPÍRITO DE VIDA

LER Ezequiel 37:09 – “A seguir ele me disse: “profetize ao espírito; profetize, filho do homem,
e diga-lhe: Assim diz o soberano, o Senhor: Venha desde os quatro ventos, ó espirito, e sopre
dentro desses mortos, para que vivam.”

CHAMA A PRESENÇA

VER VISÃ O DE EZEQUIEL DA RESTAURAÇÃ O E A GLORIA RETORNANDO (Parte final da

pregaçã o)

CONCLUSÃO