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Apocalipse

d e João

Análise te do evangelho de João, alguns estudiosos pensam que Apo­


A chave deste livro se encontra no versículo inicial: “Re­ calipse não foi escrito pela mesma pessoa que o evangelho de
velação de Jesus Cristo”. O propósito principal é revelar a pes­ João. A posição conservadora, entretanto, atribui o livro a.
soa do Senhor Jesus Cristo como o Redentor do mundo e João, filho de Zebedeu, que provavelmente o escreveu em cer-,
conquistador do mal, e apresentar, de forma simbólica, o pro­ ca de 95 d.C., durante o reinado de Domiciano. A Igreja Oci­
grama mediante o qual Ele dará prosseguimento à Sua obra. dental aceitou-o prontamente como livro canônico: mas a
A estrutura do livro de Apocalipse se funda sobre quatro Igreja Oriental não o recebeu senão por volta do ano 500 d.C.
grandes visões, cada uma delas principiando com a frase “no
espírito”, e contendo algum aspecto da pessoa de Cristo e Sua
suprema capacidade, como juiz do mundo. Cada visão apare­ Esboço
ce numa cena diferente e cada qual avança mais um passo no INTRODUÇÃO, 1 .1 -8
desenvolvimento da idéia central do livro. PRIMEIRA VISÃO: Cristo e a Igreja, 1 9- -3.22
O livro de Apocalipse começa com cartas enviadas pelo A Representação da Presença Sacerdotal, 1.9 -20
Cartas às Sete Igrejas, 2.1 — 3.22
Senhor a sete igrejas existentes no período apostólico, e que
SECUNDA VISÃO: Cristo e o Mundo, 4.1 — 16.21
servem de tipos das igrejas de todos os tempos. Nessas cartas, Comissão do Cordeiro, 4 .1 - 5 .1 4
Ele expressa Seus louvores e Suas críticas, concluindo com Quebrando os Sete Selos, 6.1 -1 7 , 8.1 -5
uma advertência e uma promessa. Parêntese, 7 .1-1 7
Começando pelo quarto capítulo, o vidente é transferido A Selagem dos 144.000, 7 .1-8
para o céu, e conteiffpla coisas que devem “acontecer depois A Multidão Incontável, 7.9-1 7
destas coisas” (4.1). Através de uma série de julgamentos, os As Sete Trombetas, 8.6 -11.19
selos, as trombetas e as taças, a terra é castigada por causa do O Toque das Trombetas, 8.7— 9.21; 11.15 19
Um Parêntese: o Livrinho, 10.1 -11
seu pecado, e o grande dia da ira de Deus é inaugurado. Ne­
A Medição do Templo, 11.1,2
nhuma indicação é dada sobre a duração desse processo, em­
As Duas Testemunhas, 11.3-14
bora pareça que será acelerado quando estiver se aproximando Os Sinais, 12.1 — 14.20
do fim. A Mulher, 12.1 -3 ,6,1 4 -16
Nos capítulos dezessete a vinte, nos são fornecidas visões O Dragão, 12.3,4,7-13,15-17
detalhadas sobre a consumação desta dispensação. O retomo O Menino, 12.5
de Cristo, gloriosamente, em companhia dos exércitos do céu Miguel, o Arranjo, 12.7
(19.11-21), o estabelecimento do Reino e sua conclusão por A Besta Saída do Mar, 13.1-10
ocasião do julgamento final do trono branco (20.1-15), e a A Besta Saída da Terra, 13.11 -1 8
O Cordeiro no Monte Sião e Seus Seguidores, 14.1 5
criação de um novo mundo (21.1-8), tudo é descrito. A últi­
Parêntese. Os Anúncios Angélicos, 14.6 -20
ma visão dá prosseguimento à terceira, ao descrever de modo As Sete Taças, 15.1 — 16.21
mais completo a natureza da cidade de Deus (21.9— 22.5). Os Santos que Cantam, 15.1-4
A conclusão do livro consiste em uma chamada à devo­ julgamentos, 15.5— 16.21
ção. Se Cristo retomará então a santidade e a indústria são coi­ TERCEIRA VISÃO: Cristo e a Vitória, 17.1 - 2 1 .8
sas obrigatórias para o Seu povo. A oração no final do livro A Queda da Babilônia, 17.1— 18.24
deveria expressar o desejo íntimo de todos os crentes: “Amém. A Resposta do Céu, 1 9 1 - 1 0
Vem Senhor Jesus” (22.20). A Vitória sobre as Bestas, 19.11-21
O Reino Milenar, 20.1 - 6
Conflito e juízo Finais, 20.7-15
Autor Novos Céus e Nova Terra, 21.1 - 8
O autor do livro de Apocalipse é claramente chamado de QUARTA VISÃO: Cristo e a Eternidade, 2 1 .9 - 22.5
João. Encontrava-se aprisionado na ilha de Patmos, para onde A Nova Jerusalém, 21.9-21
havia sido exilado por causa de sua fé cristã (1.4,9; 2.8). Ele Uma Nova Vida com Deus e o Cordeiro, 21.22 —22.5
era pessoa bem conhecida entre as igrejas da Ásia, e estava EPÍLOGO: A Chamada de Cristo, 22.Ó -21
classificado como “profeta” (22.9). Justino Mártir (cerca de Chamada a Obediência, 22.6-11
Chamada ao Trabalho, 22.12-15
135 d.C.), e Irineu (cerca de 180 d.C.) citam, ambos, passa­
Chamada ao Amor, 22.16- 20
gens do livro, palavra por palavra, e atribuem-no a João, o
Bênção, 22.21
apóstolo de Cristo. Em vista de sua linguagem ser tão diferen­
1759 APOCALIPSE 1.15
O título, o autor e o assunto do livro 1.1 °|o 3.32 todas as tribos da terra se lamentarão sobre
Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe 1.2 61C0 1.6; ele. Certamente. Amém!

1 deu para mostrar aos seus servos as coi­ l|o 1.1


sas que em breve devem acontecer e que ele,1.3 cLc 11.28;
enviando por intermédio do seu anjo, notifi­ Tg 5.8; 1Pe4.7
8 Eu sou o Alfa e Omega, diz o Senhor
Deus, aquele que é/, que era e que há de vir,
o Todo-Poderoso.
cou ao seu servo João,0 1.4 °Êx 3.14
2 o qual atestou a palavra de Deus e ‘ oAp 4.5 A visão de Jesus glorificado
testemunho de Jesus Cristo, quanto a tudo o 1 .5'SI 89.27
9 Eu, João, irmão vosso e companheiro na
que viu.b
1.6 9Êx 19.6 tribulação, no reino e na perseverança, em
3 Bem-aventurados aqueles que lêem e
Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por
aqueles que ouvem as palavras da profecia e 1.7 a Dn 7.13;
causa da palavra de Deus e do testemunho de
guardam as coisas nela escritas, pois o tempo Mt 24.30;
Mc 13.26; Jesus.*
está próximo.0 Lc 21.27
íZc 12.10;
10 Achei-me em espírito, no dia do Se­
D edicatória às sete igrejas da Á sia Jo 19.34,37 nhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz,
como de trombeta,'
4 João, às sete igrejas que se encontram na
1.8/Êx 3.14
Ásia, graça e paz a vós outros, da parte da­ 1.9 *Rm 8.17; 11 dizendo: O que vês escreve em livro e
quele que é, que erad e que há de vir, da parte 2Tm 1.8; Ap 6.2, manda às sete igrejas: Efeso, Esmima, Pér-
dos sete Espíritos0 que se acham diante do 9 gamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Lao-
seu trono dicéia.m
1.10 '|o 20.26;
5 1Co 16.2;
e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Teste­ 12 Voltei-m e para ver quem falava co­
munha, o Primogênito* dos mortos e o Sobe­ 2Co12.2; migo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro"
Ap 4.1-2
rano dos reis da terra. 13 e, no meio dos candeeiros, um seme­
Aquele que nos ama, e, pelo seu sangue, 1.11 " A p l.8 lhante a filho de homem0, com vestes tala-
nos libertou dos nossos pecados, 1.12 "Êx 25.37; resP e cingido, à altura do peito, com uma
6 Ap 1.20
e nos constituiu reino, sacerdotess para cinta de ouro.
o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio 1.13 °Dn 7.13 14 A sua cabeça e cabelos 9 eram brancos
pelos séculos dos séculos. Amém! pDn 10.5 como alva lã, como neve; os olhosr, como
7 Eis que vem com as nuvens*1, e todo 1.14 ?Dn 7.9 chama de fogo;
olho o verá, até quantos o traspassaram'. E '0n 10.6 15 os pés, semelhantes ao bronze polido,

1.1 Revelação (gr apokalupsis, lit "tirar o véu”). Indica a reve­ sangue é a redenção como resgate (cf Hb 9.12).
lação de uma mensagem. De jesus Cristo. A gramática (gr 1.6 Reino. Cristo concede aos que aceitam Sua salvação o
genitivo subjetivo) indica que a mensagem vem de Cristo. privilégio de reinar com Ele (cf 1 Pe 2 .9-10). Sacerdotes. O
Notificou (gr semainõ), "indicar", "ensinar por símbolos". A conceito de uma nação ou povo sacerdotal se vê em Êx 19.6;
chave da interpretação deste livro já está no primeiro versí­ At 1.6; 1 Pe 2.5,9. Revela-se o privilégio do crente de ter
culo; é ensinamento simbólico, joão. O Apóstolo, filho de acesso à presença de Deus.
Zebedeu.
1.7 Eis que vem. Refere-se à promessa da segunda vinda de
1.3 Lêem. A leitura das Escrituras no culto. Nota-se a ênfase Cristo, feita na hora da ascensão, At 1.11 (cf Mt 24.30).
sobre a necessidade de ouvir (2.7,11,17, etc.); cf U 4 .1 6 ; 1.8 Alfa.. . Ômega. A primeira e a última letra do alfabeto
2 Co 3.15; At 15.21). Guardam. Vivem leais aos ensinamentos grego, apontando para Cristo como Autor e Fim de todas as
do livro. A bênção é para quem o lê para outros escutarem, coisas.
para os que escutam a leitura com uma mente compreensiva,
1.10 Achei-me em espírito. Cristo concedeu a joão uma visão
e para quem observa seus princípios.
da realidade normalmente inacessível aos homens. O Agente
1.4 Sete igrejas. Os nomes são dados no v 11. Igreja (gr desta visão foi o Espírito Santo. Dia do Senhor. Na época de
ekklêsia "assembléia", "convocação"). No N T são as assem­ ser escrito este Livro (95 d .C ), o domingo já tinha sido consa­
bléias do povo de Deus. Ásia. Nome de uma província ro­ grado pela Igreja como o dia especial de cultuar o Senhor
mana na área ocidental da Turquia moderna. Aquele que é, jesus Cristo.
que era e que há de vir. Um título de jesus Cristo, que ressalta 1.14 Brancos. Simboliza santidade, reverência e a eterna dei­
a eternidade da Sua divina Pessoa, cf Êx 3.15n. Sete Espíritos. dade de Cristo. A Ele se aplica a descrição de Daniel do An­
O número "sete" aplica-se ao Santo Espírito para indicar que cião de Dias (cf Dn 7.9).
Seu poder e Sua autoridade são totais, cf Is 11.2.
1.15 Voz de muitas águas. A voz de Deus (Ez 43.2) soava para
1.5 Primogênito dos mortos, jesus, pela ressurreição, recebeu Ezequiel assim também, talvez sugerida pelo mar ao quebrar
o primeiro corpo celestial, sendo "as primícias dos que dor­ nas rochas da ilha de Patmos. Simboliza a autoridade e a
mem” (1 Co 15.20,48; Cl 1.18). Libertou. Libertar a preço de soberania de Deus (cf jo 12.29).
APOCALIPSE 1.16 1760
como que refinado numa fornalha; a vozs, 1.15 *Ez 1.24 3 e tens perseverança, e suportaste provas
como voz de muitas águas. por causa do meu nome, e não te deixaste
1.16 05 49.2;
16 Tinha na mão direita sete estrelas, e da Ef 6.17; Ap 1.20 esmorecer.0
boca saía-lhe uma afiada espada de dois gu­ 4 Tenho, porém, contra ti que abandonaste
mes. O seu rosto brilhava como o sol na sua 1.17 u|s 44.6;
o teu primeiro amor.
48.12
força.' 5 Lembra-te, pois, de onde caíste, arre­
17 Quando o vi, caí a seus pés como 1.18 ‘'SI 68.20; pende-te e volta à prática das primeiras obras;
morto. Porém ele pôs sobre mim a mão di­ Ap 4.9 e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o
reita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro teu candeeiro, caso não te arrependas.0
1.19 »Ap 1.12
e o último“ 6 Tens, contudo, a teu favor que odeias
18 e aquele que vive; estive morto, mas 1.20 *Zc 4.2; as obras dos nicolaítas, as quais eu também
eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e Mt5.15; odeio.c
tenho as chaves da morte e do inferno.1' Ap 1.12,16
7 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espí­
19 Escreve, pois, as coisas que Viste, e as 2.1 vAp 1.13 rito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei
que são, e as que hão de acontecer depois que se alimente da árvore da vidad que se
destas.«' 2.2 2S11.6;
encontra no paraíso de Deus.
20 Quanto ao mistério das sete estrelas 2Co 11.13;
2Pe 2.1; 1|o 4.1
que viste na minha mão direita e aos sete
Carta à igreja em E sm irnã
candeeiros de ouro, as sete estrelas são os 2.3 °GI 6.9
anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são 8 Ào anjo da igreja em Esmima escreve:0
as sete igrejas.x Estas coisas diz o primeiro e o último, que
2.5 6Mt 21.41-
esteve morto e tomou a viver:
2.6 cAp 2.15
Carta à igreja em Êfeso 9 Conheço a tua tribulação, a tua pobreza
(mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si

2
A o anjo da igreja em Efeso escreve:)' 2.7 dGn 2.9;
Estas coisas diz aquele que conserva na Ap22.2 mesmos se declaram judeus e não são, sendo,
mão direita as sete estrelas e que anda no antes, sinagoga de Satanás.'
2.8 eAp 1.8
meio dos sete candeeiros de ouro: 10 Não temas as coisas que tens de sofrer.
2 Conheço as tuas obras, tanto o teu labor
2.9 Oc 12.21 ; Eis que o diabo está para lançar em prisão
como a tua perseverança, e que não podes 1Tm 6.18; alguns dentre vós, para serdes postos à prova,
Tg 2.5 e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à
suportar homens maus, e que puseste à prova
os que a si mesmos se declaram apóstolos e 2.10 gMt 10.22; morte, e dar-te-ei a coroa da vida.9
não são, e os achaste mentirosos;z Ap 3.11 11 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espí-

1.16 Mão direita. Indica uma posição de grande honra, privi­ nal, puro, fervoroso, alegre (1 Co 13).
légio e autoridade. Espada. Seria o poder e direito que Cristo
2.5 Arrepende-te. "Transforma tua maneira de pensar e de
tem para julgar e para executar a sentença (cf Is 11.4,
agir". Venho a ti. Significa, aqui, uma visitação especial de
Hb 4.12 e 13).
julgamento.
1.18 Tenho as chaves. Estão em vista autoridade e controle;
joão está vendo Quem tem domínio sobre mortos e vivos. 2.6 Nicolaítas. O nome significa "dominador do povo", mas
2.1 Anjo (gr angelos), lit "mensageiro". Normalmente na Bí­ os Nicolaítas são desconhecidos fora do Apocalipse. O erro
blia é um mensageiro celestial ("anjo"). Aqui talvez seja o deles foi de encorajar os crentes a participar em festas idóla­
pastor da igreja. tras dos pagãos e praticarem a prostituição (v 15).
2.2 Labor. Serviço pesado em circunstâncias difíceis. Perseve­ 2.7 Vencedor. No Apocalipse, "vencer" significa permanecer
rança. Apesar da oposição e da perseguição, os efésios perma­ fiel ao Senhor a despeito das tentações e perseguição. Os
neceram fiéis a Cristo e à sua vocação. Apóstolos. Pessoas mártires, por serem fiéis até à morte, venceram a besta
fraudulentas se deram o título (cf 2 Co 11.13-15). (15.2). Árvore da vida. Alimentar-se dela simboliza o partici­
• N. Hom. 2 .2 -6 A Igreja de Éfeso. A. Sua Natureza: 1) Enér­ par da plenitude da vida eterna. Paraíso. Lit "jardim"; lembra
gica em: a) obras, b) esforço, c) paciência; 2) Ortodoxa: a promessa de Jesus (Lc 23.43; cf 2 Co 12.2) e a jerusalém
a) provou os líderes, v 2; b) odiou sua doutrina, v 6; 3) Fria: celestial que será revelada (Ap 21.10; 22.2).
a) faltou entusiasmo para com seu Senhor, b) faltou amor
2.10 Coroa da vida. A grinalda que se dava aos vencedores
para com os irmãos. B. Sua Restauração: 1) Lembrar-se;
2) Arrepender-se; 3) Voltar (que correspondem aos três pas­ nos esportes e nas batalhas (1 Co 9.25); aqui simboliza a vida
eterna (4.4; 14.14; Tg 1.12; 1 Pe 5.4).
sos da conversão).
2.4 Teu primeiro amor. Aquele amor por Cristo e pela famíiia 2.11 Segunda morte. A expressão simboliza a condenação
dos cristãos que tinham no início da vida cristã; o amor origi­ eterna (21.8).
1761 APOCALIPSE 2.27
rito diz às igrejas: O vencedor de nenhum 2.11 "Ap 20.14; õ s olhos como chama de fogo e os pés seme­
21.8
modo sofrerá dano da segunda morteh. lhantes ao bronze polido:
2.12 'Ap 1.16 “ 19 Conheço as tuas obras, o teu amor, a
Carta à igreja em Pérgamo tua fé, o teu serviço, a tua perseverança e as
2.13/Ap 2.2 tuas últimas obras, mais numerosas do que as
12 A o anjo da igreja em Pérgamo
prim eiras/
escreve:1' 2.14
20 Tenho, porém, contra ti o tolerares que
Estas coisas diz aquele que tem a espada »Nm 25.1-2;
afiada de dois gumes: 31.16 essa mulher, JezabeW, que a si mesma se
13 Conheço o lugar em que habitas, onde declara profetisa, não somente ensine, mas
2 .15'Ap 2.6 ainda seduza os meus servos a praticarem a
está o trono de Satanás, e que conservas o
meu nome e não negaste a minha fé, ainda prostituição e a comerem coisas sacrificadas
2.16 mis 11.4;
nos dias de Antipas, minha testemunha, meu 2Ts 2.8 aos ídolos.
fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanás 21 D ei-lhe tempo para que se arrepen­
2.17 desse; ela, todavia, não quer arrepender-se da
habita./ "Êx 16.14-15
14 Tenho, todavia, contra ti algumas coi­ sua prostituição/
sas, pois que tens aí os que sustentam a dou­ 2.18 22 Eis que a prostro de cama, bem como
trina de Balaão*, o qual ensinava a Balaque »Ap 1.14-15 em grande tribulação os que com ela adulte­
a armar ciladas diante dos filhos de Israel para ram, caso não se arrependam das obras que
2.19 pAp 2.2
comerem coisas sacrificadas aos ídolos e pra­ ela incita.
ticarem a prostituição. 2.20 23 Matarei os seus filhos, e todas as igre­
15 Outrossim, também tu tens os que da OIRs 16.31; jas conhecerão que eu sou aquele que sonda
2Rs 9.22,30
mesma forma sustentam a doutrina dos nico- mentes e corações5, e vos darei a cada um
laítas.' segundo as vossas obrasf.
2.21 '•Rm 2.4
16 Portanto, arrepende-te; e, se não, ve­ 24 Digo, todavia, a vós outros, os demais
nho a ti sem demora e contra eles pelejarei 2.23 sSI 7.9; de Tiatira, a tantos quantos não têm essa dou­
com a espada da minha boca .m Jr 17.10 trina e que não conheceram, como eles dizem,
'SI 62.12
17 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espí­ as coisas profundas de Satanás: Outra carga
rito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei do 2.24 «At 15.28 não jogarei sobre vós;u
maná escondido", bem como lhe darei uma 25 tão-somente conservai o que tendes,
pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito 2.25 "Ap 3.11 até que eu v e n h a /
um nome novo, o qual ninguém conhece, ex­ 26 Ao vencedor, que guardar até ao fim as
ceto aquele que o recebe. 2.26
"Mt 19.28; minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as
|o 6.29; 1Co 6.3; ^nações,"
Carta à igreja em Tiatira l|o 3.23
27 e com cetro de ferro as regerá e as
lff Ao anjo da igreja em Tiatira escreve:0 2.27 *(26-27)
reduzirá a pedaços como se fossem objetos de
Estas coisas diz o Filho de Deus, que tem SI 2.8-9 barro;*

2.12 Dois gumes. Faz parte da descrição de Cristo em 1.16. guém conhece. Quem pertence verdadeiramente a Cristo é,
Indica o julgamento de Deus, que é invencível, e feito com em última análise, um segredo entre Cristo e o crente fiel
grande discernimento. (19.12n).
2.13 Trono de Satanás. No ano 29 a .C , a cidade de Pérgamo 2.20 jezabel. Uma referência simbólica a jezabel, esposa de
erigiu um santuário para a implantação do culto ao Impera­ Acabe, rei de Israel (1 Rs 16.31). Pressionou o marido a aban­
dor romano. Pérgamo também se tornara centro da religião donar a Deus e a apoiar o culto a Baal. Usou meios injustos de
pagã. extorquir bens materiais para satisfazer os desejos dela. A ido­
2.14 Doutrina de Balado. O ensinamento básico de Balaão era latria e o materialismo eram grandes tentações em Tiatira, um
confundir assuntos espirituais e morais com interesses mate­ centro comercial.
riais (cf Nm 2 2 -24 ; 25.1-3; 31.16). Refere-se aqui ao gnosti-
cismo libertino (cf |d 8n). 2.22 Prostro de cama. Seria um julgamento de Deus por meio
da enfermidade.
2.17 Maná. Simboliza, aqui, o privilégio ímpar que os fiéis
têm, o de serem admitidos à festa messiânica que se deno­ 2.24 Coisas profundas de Satanás. Uma alusão às seitas secre­
mina "a ceia das bodas do Cordeiro" (19.9). Pedrinha branca. tas com corpos de doutrina esotérica, fingindo que são só eles
Usava-se como um voto em benefício de um réu, e como que recebem uma revelação particular de Deus. Na realidade,
"documento" de um escravo libertado, na antigüidade. Nin­ são de Satanás.
APOCALIPSE 2.28 1762
28 assim como também eu recebi de meu 2.28 y2Pe 1.19 6 Quem tem ouvidos, onça o <j k o Espí­
Pai, dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã.)' rito diz às igrejas.9
2.29 zAp 2.7
29 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espí­
rito diz às igrejas.z 3.1 oEf 2.1;
Carta à igreja em Filadélfia
ITm 5.6; Ap 1.4, 7 Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve:
Carta à igreja em Sardes 16 Estas coisas diz o santo, o verdadeiro.
Ao anjo da igreja em Sardes escreve:0
3
aquele que tem a chave de Davi6, que abre.
3.3
Estas coisas diz aquele que tem os sete «Mt 24.43-44; e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém
Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço Lc 12.39-40 abrirá:
as tuas obras, que tens nome de que viyes e 8 Conheço as tuas obras — eis que tenho
estás morto. 3.4 cAt 1.15; posto diante de ti uma porta aberta, a qual
Ap 4.4
2 Sê vigilante e consolida o resto que es­ ninguém pode fechar — que tens pouca
tava para morrer, porque não tenho achado 3.5 força, entretanto, guardaste a minha palavra e
íntegras as tuas obras na presença do meu díx 32.32-33; não negaste o meu nome.'
Deus. SI 69.28 9 Eis farei que alguns dos que são da sina­
*Ap 20.12
3 Lembra-te, pois, do que tens recebido e ^Mt 10.32; goga de Satanás, desses que a si mesmos se
ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, Lc 12.8 declaram judeus e não são, mas mentem, eis
se não vigiares, virei como ladrão6, e não que os farei vir e prostrar-se aos teus pés i e
conhecerás de modo algum em que hora virei 3.6 9Ap 2.7
conhecer que eu te amei.
contra ti. 10 Porque guardaste a palavra da minha
3.7 Ms 22.22
4 Tens, contudo, em Sardes, umas poucas perseverança, também eu te guardarei da hora
pessoas que não contaminaram as suas vesti­ 3.8 '1 Co 16.9; da provação que há de vir sobre o mundo
duras e andarão de branco junto comigo, pois 2C0 2.12 inteiro, para experimentar os que habitam so­
são dignas.0 bre aterra.*
5 O vencedor será assim vestido de vesti­ 3.9/Is 60.14 11 Venho sem demora. Conserva o que
duras brancas, e de modo nenhum apagarei6 tens, para que ninguém tome a tua coroa.'
3.10 *ls 24.17;
o seu nome do Livro da Vidac; pelo contrá­ 2Pe 2.9 12 Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no san­
rio, confessarei o seu nome' diante de meu tuário do meu Deus, e daí jamais sairá; grava­
Pai e diante dos seus anjos. 3.11 /Fp 4.5 rei também sobre ele o nome do meu Deus, o

2.28 Estrela da manhã. Pode simbolizar o próprio |esus Cristo (Êx 32.32) e o registro dos cidadãos do Império Romano (do
e a Sua presença entre os fiéis durante as tribulações no qual um nome podia ser apagado). Quem possui a vida
mundo. Prenuncia o raiar da segunda vinda de Cristo e as eterna, tem a graça da perseverança na terra (M t24.13;
glórias que esperam os justos (Dn 12.3). Hb 2.3).
3.1 Sardes. A cidade orgulhava-se pelas indústrias de lã e de 3.7 Filadélfia. O nome significa "amor fraternal". Tanto a
tinturaria. O centro de Culto a Cibele, deusa de religião de igreja como a cidade eram pequenas. Igreja pequena não
mistério, cuja imoralidade e degeneração eram notáveis. significa que é esquecida por Deus. Chave de Davi. Cristo tem
Morto. A igreja tinha o conceito de ser próspera espiritual­ o direito de admitir ou excluir as pessoas do Reino de Deus.
mente por causa do início notável que a obra tivera. Mas Os judeus reivindicavam que só Israel tinha o privilégio de
Deus a analisa agora como espiritualmente fria e insensível. entrar no Reino. O poder das chaves é a autoridade exclu­
3.3 Lembra-te. A igreja de Sardes precisava conservar uma siva de jesus Cristo, o Messias davídico (5.5; 22.16,
viva lembrança de bênçãos anteriores (cf 2.5). Virei como la­ cfM t 1 6 .1 8 -1 9n).
drão. O simbolismo é de uma vinda súbita para julgar a igreja, 3.8 Uma porta. O contexto indica que Cristo colocou diante
quando menos se esperava. A figura aplica-se ã segunda do 5eu povo uma porta de entrada para todòs os privilégios
vinda de Cristo (16.15; Mt 24.43; Lc 12.34; 1 T s 5 .2 ; do Seu reino e do serviço cristão, uma entrada que ninguém
2 Pe 3.10). Sardes já tinha sido capturada duas vezes porque pode impedir (1 Co 16.9).
os guardas confiaram demais na segurança dos penhascos ao 3.10 Hora da provação. Deve ser uma alusão às "dores mes­
derredor da cidade, dormindo sem preocupação. siânicas", sofrimento e perseguição que cairão sobre o povo
3.4 Não contaminaram suas vestiduras. Poucos na igreja não de Deus antes da vinda de Cristo (cf Dn 12.1,2,10-13;
mancharam sua fé cristã pela contaminação do ambiente Mc 13.14; 2 Ts 2.1-1 2 ). A provação atingirá os crentes na
pagão. perseguição do anticristo enquanto os pagãos, "os que habi­
3.5 Vestiduras brancas. Há contraste entre as roupas coloridas tam sobre a terra" sofrerão os julgamentos divinos (13.7-8;
produzidas pelas indústrias locais, e o revestimento espiritual 8.1-9.19; 16.1-20).
que Deus dará aos que, fiel e puramente, se mantêm livres da 3.12 Coiuna. Este simbolismo talvez se entenda pelo costume
contaminação pagã. Livro da vida. O simbolismo foi tirado do de honrar um sacerdote pagão com o acréscimo de uma co­
conceito do registro divino dos membros do Povo de Deus luna ao templo local. O -crente fiel tem a segurança de ser
1763 APOCALIPSE 4.6
nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusa­ 3 1 2 - A p 21.2 ouvir a manha voz e abrir a porta, entrarei em
lém"1 que desce do céu, vinda da parte do 3.13 '4 p 2 7 sna casa e ceam com d e, e d e, com igo/
meu Deus, e o meu novo nome. 21 Ao veocedor. dar-lhe-ei sentar-se co­
13 3.14 °Pv 8 2 2
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espí­ migo no mea trono, «n m como também eu
rito diz às igrejas." venci e me «*»»*» com mea Pai no seu trono.0
3.15 í>Ap 3.1
22 Quem tem omidos, ouça o que o Espí­
Carta à igreja em Laodicéia 3.17 qOs 12.8; rito diz às igrejas.'
14 A o anjo da igreja em Laodicéia 1Co 4.8
escreve: 3.18 ds 55.1;
A visão do trono de Deus
Estas coisas diz o Amém, a testemunha Depois destas coisas, olhei, e eis não so­
4
2Co 5.3;
fiel e verdadeira, o princípio da criação0 de Ap 7.13 mente uma porta aberta no céu, como
Deus: 3.19 sPv 3.12
também a primeira voz que ouvi, como de
15 Conheço as tuas obras, que nem és frio trombeta ao falar comigo, dizendo: Sobe para
nem quente. Quem dera fosses frio ou 3.20 IQ 5.2; aqui, e te mostrarei o que deve acontecer de­
|0 14.23
quente !p pois destas coisas .w
16 Assim, porque és momo e nem és 3.21 uMt 19.28; 2 Imediatamente, eu me achei em espírito,
quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te 1Co 6.2; e eis armado no céu um trono, e, no trono,
da minha boca; 2Tm 2.12; alguém sentado;*
Ap 2.26-27
17 pois dizes: Estou rico e abastado e não 3 e esse que se acha assentado é seme­
preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu 3.22 vAp 2.7 lhante, no aspecto, a pedra de jaspe e de sar-
és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.i dônio, e, ao redor do trono, há um arco-íris
4.1 wApl.10
18 A conselho-te que de mim compres semelhante, no aspecto, a esm eralda/
ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, 4.2 «Is 6.1; 4 Ao redor do trono, há também vinte e
vestiduras brancas para te vestires, a fim de Ez 1.26; Ap 1.10 quatro tronos, e assentados neles, vinte e qua­
que não seja manifesta a vergonha da tua nu­ tro anciãos vestidos de branco, em cujas cabe­
4.3 r(2-3)
dez, e colírio para ungires os olhos, a fim de Ez 1.26-28; 10.1 ças estão coroas de o u r o /
que vejas/ 5 Do trono saem relâmpagos0, vozes e
19 Eu repreendo e disciplino a quantos 4.4 *Ap 3.4-5 trovões, e, diante do trono, ardem sete tochas
amo5. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. 4.5 »Êx 19.16 de fogob, que são os sete Espíritos de Deus.
20 Eis que estou à porta e bato; se alguém 6EZ1.13 6 Há diante do trono um como que mar de

estabelecido etemamente no reino e na comunhão com Deus e decência espirituais". Estes eram os produtos locais.
(cf SI 27.4). 3.20 Estou à porta. O contexto não sugere uma referência à
3.14 Laodicéia. Uma das cidades mais ricas da Ásia Menor, segunda vinda e ao banquete messiânico; são boas-vindas à
que orgulhosamente recusou a ajuda de Roma quando foi vivência de Cristo no seu meio. Seu culto, portanto, era uma
destruída por um terremoto em 60 d.C. Distava 160km de fraude vazia. Se qualquer indivíduo, porém, quer abrir a porta
Éfeso, e 80km de Filadélfia, no encontro de três estradas im­ do seu íntimo e ouvir a chamada de Cristo, então Cristo en­
portantes. O princípio da criação de Deus. Princípio significa, trará para dirigir sua vida e lhe oferecer Sua convivência. As­
aqui, "fonte", "origem", descrevendo assim a Cristo, tanto na sim fica claro que é Cristo quem salva, não a Sua igreja;
Sua atuação na Criação original (Jo 1.14; Cl 1.15-18), como mostra que uma igreja pode existir como casca, mantendo
na Sua obra ao suscitar a Nova Criação (2 Co 5.17). seu culto formal, todavia faltando o coração que é a comu­
3.16 Vomitar-te. Perto de Laodicéia havia fontes de água mi­ nhão do Senhor.
neral morna e emética, que o viajante sedento rejeitaria com 4.4 Vinte e quatro tronos. O número é uma cifra completa,
nojo. Este é o desgosto que Cristo sente para com uma igreja que sugere os doze patriarcas das tribos de Israel e os doze
espiritualmente morna. Qualquer outra condição espiritual apóstolos, simbolizando dessa maneira a unidade dos salvos
seria mais promissora. de todos tempos (cf Ef 2.11 -2 2 ). Podem ser anjos que parti­
3.17 Estou rico. A igreja local da cidade rica já abraçara a cipam no governo do universo (cf SI 89.7; Is 24.23;
acomodada atitude prevalecente da soberba das riquezas. Êx 24.11).
Imaginava que possuía grandes riquezas espirituais e virtudes 4.5 Sete tochas. Lâmpadas portáteis da antigüidade, que sim­
cristãs. As riquezas materiais produzem uma conformidade bolizam aqui a participação na criação e revelação do Espírito
fatal com os padrões morais mundanos (cf Os 12.8; Lc 1.53). de Deus (cf S1104.29,30). Sete espíritos. C f 1.4n.
3.18 Ouro refinado pelo fogo. Simboliza a verdadeira riqueza 4.6 Mar. O simbolismo de um mar perante o trono de Deus
celestial, sem máculas nem tristezas (Mt 6.19-20; Lc 12.21). se vê em G n l.7 ; 1 Rs 7.23; 2 Rs 16.17; Êx 24.10; E z l.2 2 ;
O versículo é uma mensagem para mostrar a atitude de Cristo )ó 37.18. Simboliza a separação entre Deus e o homem. Cris­
ao encarar os jactanciosos de Laodicéia: "Seu centro bancário, tal. Possivelmente simboliza a glória divina, que só os fiéis,
seu colírio, sua lã preta não servirão para dar a riqueza, visão purificados pelo sangue de Cristo, poderão pisar. Quatro seres
APOCALIPSE 4.7 1^64
vidro, semelhante ao eristalc, e também, no 4.6 cEz 1.22 sim, por causa da tua vontade
meio do trono e à volta do trono, quatro seres vieram a existir
viventes cheios de olhos por diante e por e foram criadas.
detrás. 4.7 </(6-7)
Ez 1.5-10; 10.14 A visão do livro selado
7 O primeiro ser vivente é semelhante a
com sete selos e a d o Cordeiro
leão, o segundo, semelhante a novilho, o ter­
Vi, na mão direita daquele que estavã
ceiro tem o rosto como de homem, e o quarto
ser vivente é semelhante à águia quando está
4.8 eEz 1.18;
10.12 Os 6.2-3 5 sentado no trono, um livro/ escrito por
dentro e por fora, de todo selado com sete
voando .d
selos.
8 E os quatro seres viventes, tendo cada
2 Vi, também, um anjo forte, que procla­
um deles, respectivamente, seis asas, estão 4.9 gAp 1.18
mava em grande voz: Quem é digno de abrir
cheios de olhos e, ao redor e por dentro; não
o livro e de lhe desatar os selos?
têm descanso, nem de dia nem de noite, pro­ 3 Ora, nem no céu, nem sobre a terra, nem
clamando: 4.10 "Ap 5.4 debaixo da terra, ninguém podia abrir o livro,
Santo, Santo, Santot nem mesmo olhar para ele;*
é o Senhor Deus, 4 e eu chorava muito, porque ninguém foi
o Todo-Poderoso, 4.11 iCn 1.1; achado digno de abrir o livro, nem mesmo de
aquele que era, que é Et 3.9; Ap 5.12 olhar para ele.
e que há de vir. 5 Todavia, um dos anciãos me disse: Não
9 Quando esses seres viventes derem gló­ chores; eis que o Leão da tribo de Judá1, a
ria, honra e ações de graças ao que se encon­ 5.1 ;Ez 2.9-10 Raiz de D avim, venceu para abrir o livro e os
tra sentado no trono, ao que vive pelos seus sete selos.
séculos dos séculos,9 6 Então, vi, no meio do trono e dos quatro
5.3 EAp5.13 seres viventes e entre os anciãos, de pé, um
10 os vinte e quatro anciãos prostrar-se-
Cordeiro" como tendo sido morto. Ele tinha
ão diante daquele que se encontra sentado no
sete chifres, bem como sete olhos0, que são
trono, adorarão o que vive pelos séculos dos
5.5 ICn 49.9-10 os sete Espíritos de Deus enviados por toda a
séculos e depositarão as suas coroas diante do
"Ms 11.1 terra.
trono, proclamando:h 7 Veio, pois, e tomou o livro da mão
11 Tu és digno, Senhor1 direita daquele que estava sentado no
e Deus nosso, 5.6 "Is 53.7 trono;P
de receber a glória, °Zc 4.10 8 e, quando tomou o livro, os quatro
a honra e o poder, seres viventes e os vinte e quatro anciãos
porque todas as coisas prostraram-se diante do Cordeiro, tendo
tu criaste, 5.7 pAp 4.2 cada um deles uma harpa e taças de ouro

viventes. Deve ser uma figura da grandeza da Criação que 5.5,6 Os títulos usados aqui são messiânicos. Vinculam a
incessantemente (v 8) glorifica aò Criador (cf Is 6 .1 -3 ; obra de Cristo às profecias do AT (cf Gn 49.9; Is 1 V.1). O Leão
Ez 10.14). simboliza a majestade e a realeza soberana do Messias con­
5.1 Livro. Lit rolo, a única forma de livro conhecida naquela quistador (Is 11.2-9). O Cordeiro simboliza o Messias sofre­
época. Este seria um pergaminho enrolado, fechado com se­ dor, o Servo de Jeová que pelo Seu sangue remove o pecado
los. Simboliza os mistérios de Deus: um volume descrevendo do mundo (Is 53; 1 Jo 1.29). Ninguém conhece todo o con­
os Seus planos, propósitos e obras. Selado com sete selos. O teúdo dos propósitos de Deus que ainda são para desenrolar,
número de selos sugere que o livrinho era um testamento, a não ser o próprio Cristo, pois é Ele que vai levar a efeito
conforme os costumes da época. O testamento cerrado era entre os homens aquilo que Deus destinou após Sua exalta­
executado depois da morte do testador, perante as sete teste­ ção (Mt 24.36; H b1.3). • N.j Hom. Cristo, o Vencedor:
munhas que o selaram. Abria-se, lia-se, e cumpria-se aquilo 1) Venceu a morte (4.9; 5.6; 6.2); 2) Venceu a hostilidade do
que o testamento dispunha. Há aparente ligação com mundo (cf Is 53.3 com Ap 5.9,12); 3) Venceu os corações
Ez 2.1-10; o conteúdo do rolo trata do futuro julgamento e dos Seus seguidores (6.2); 4) Conquistará o mundo inteiro
da herança dos crentes em decorrência da morte de Jesus (6.16; 19.16; 20.4. C f 1 Co 15.24,25).
Cristo (1 Pe 1.4). O plano divino já tinha sido feito de maneira 5.9 Novo cântico. Um cântico de louvor do Cordeiro que pela
irrevogável. Quebrando-se os selos, prontifica-se para o de­ morte e ressurreição foi apontado Cabeça da nova humani­
senrolar dos acontecimentos. Só Cristo controla e dá signifi­ dade (Hb 2.9-1 1 ). Nos salmos o povo de Deus é conclamado
cado à história. a cantar um cântico novo (33.3, 98.1, 144.9, 149.1). O
1765 APOCALIPSE 6.8
cheias de incenso, que são as orações dos 5.8 451141.2 O Cordeiro abre os selos. O prim eiro selo
santos?, Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete
9 e entoavam novo cântico, dizendo :r
Digno és de tomar o livro
5.9 rSI 40.3;
At 20.28;
1Co 6.20; Ef 1.7;
6 selos e ouvi um dos quatro seres viventes
dizendo, como se fosse voz de tro­
e de abrir-lhe os selos, Hb 9.12; vão: Vem!*
1Pe 1.18-19;
porque foste morto 2 Vi, então, e eis um cavalo branco/ e o
2Pe 2.1; 1|o 1.7
e com o teu sangue seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada
compraste para Deus 5.10 sÊx 19.6 uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer.
os que procedem de toda tribo,
língua, povo e nação O segundo selo
5.11 tDn 7.10
10 e para o nosso Deus 3 Quando abriu o segundo selo, ouvi o
os constituíste 5.12 "Ap 4.11 segundo ser vivente dizendo: Vem!z
. reino e sacerdotess; 4 E saiu outro cavalo, vermelho0; e ao
e reinarão sobre a terra. 5.13 seu cavaleiro, foi-lhe dado tirar a paz da terra
11 Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao vlCr 29.11 para que os homens se matassem uns aos ou­
redor do trono, dos seres viventes e dos an­ Fp2.10; tros; também lhe foi dada uma grande espada.
ITm 6.16;
ciãos, cujo número era de milhões de mi­ 1Pe 4.11
lhõesf e milhares de milhares, O terceiro selo
12 proclamando em grande voz:u 5.14 5 Quando abriu o terceiro selo, ouvi o ter­
Digno é o Cordeiro que foi morto "'Ap 4.9-10 ceiro ser vivente dizendo: Vem! Éntão, vi, e
de receber o poder, e riqueza, eis um cavalo pretob e o seu cavaleiro com
e sabedoria, e força, 6.1 *Ap 4.7 uma balança na mão.
e honra, e glória, e louvor. 6 E ouvi uma como que voz no meio dos
13 Então, ouvi que toda criatura que há no 6.2 vZc 1.8; 6.3 quatro seres Viventes dizendo: Uma medida
céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o de trigo por um denário; três medidas de ce­
mar, e tudo o que neles há, estava dizendo :v 6.3 zAp 4.7 vada por um denário; e não danifiques o
Aquele que está sentado no trono azeite e o vinho.c
e ao Cordeiro, 6.4 ° Zc 1.8; 6.2
seja o louvor, e a honra, O quarto selo
e a glória, e o domínio 6.5 f>Zc 6.2-6 7 Quando o Cordeiro abriu o quarto selo,
pelos séculos dos séculos. ouvi a voz do quarto ser vivente di­
14 E os quatro seres viventes respondiam: 6.6 cAp 9.4 zendo: V em !d
Amém! Também os anciãos prostraram-se e 8 E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu
adoraram.w 6.7 dAp 4.7 cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o In-

quarto capítulo termina com a canção da Criação, e o quinto mento da morte; metaforicamente, significa a própria guerra
termina com a da Nova Criação, que abrange redimidos de (Mt 10.34).
todas as nações e povos, mesmo aqueles que na época de 6.5 Preto. Símbolo de fome como conseqüència trágica da
|oão não tinham sido evangelizados. Com o teu sangue. A guerra, em harmonia com a interpretação da balança como
morte de Cristo na cruz é a base da Redenção, da restauração símbolo das condições difíceis da falta de provisões. A comida
da criação e da exaltação do Filho vitorioso (Mt 20.28; básica se vende a preço de ouro, sendo que a provisão de um
1 Co 6.20; 7.23; 1 Pe 1.18-19; Ap 1 4.3-4). Para Deus. Cristo dia se comprará pelo salário de um dia de trabalho. Normal­
redime os homens para a glória de Deus (Ef 1.1-14). mente, um denário (v 6) compraria entre doze e quinze vezes
5.10 Reino e Sacerdotes. Cf 1,6n. a comida necessária para um homem.
5.14 Adoraram. Deus entronizado na glória, e o Cordeiro que 6.6 Medida (gr choinix, c. de um litro de cereais). Denário,
é Cristo, são de igual modo adorados (Fp 2 .9-11), que revela moeda de prata. Azeite e o vinho. Indica este versículo falta
a unidade do Pai e do Filho. mas não fome.
6.2 Cavalo branco. C f Z c ó .ls s . Alguns encontram aqui uma 6.8 Amarelo (gr chlõros, "verde claro", "amarelento", "pá­
representação do anticristo (cf Mt 24.15; 2 Ts 2 .1-11). Mas lido"). Uma cor doentia e repulsiva, simbolizando a pestilên­
a cor branca indica que Cristo é o cavaleiro (no Apocalipse cia e a morte. Morte. É personificada (cf 1 Co 15.26;
"branco" sempre se refere ou é associado com Cristo). A pre­ Rm 5.14,17; 6.9). Inferno (gr hadês), o sepulcro ou habitação
gação do evangelho pelo mundo afora não deixará de marcar dos mortos (cf sheol no AT). No NT, é companheiro da morte
notáveis sucessos. Vencendo e para vencer. A vitória de Cristo (cf 1 Co 15.55; Ap 6.8; 20.13-14). Autoridade. Poder ou ca­
será total no fim dos acontecimentos (19.11-16). pacidade para matar; 1) Com a espada de guerra (gr hrom-
6.4 Vermelho. Esta visão simboliza a guerra. Espada. O instru­ faia), veja também 2.16 e 19.21; 2) Pela fome, provocada
APOCALIPSE 6.9 1766'
fa n o o estava seguindo, e foi-lhes dada auto­ 6.8 ^Jr 15.3; e todo livre se esconderam nas cavernas e nos
Ez 5.12,17;
ridade sobre a quarta parte da terra para 14.21 penhascos« dos montes
matare à espada, pela fome, com a mortan­ 16 e disseram aos montes e aos roche-
dade e por meio das feras da terra. dosm: Caí sobre nós e escondei-nos da face
6.9«2Tm1.8
daquele que se assenta no trono e da ira do
O quinto selo Cordeiro,
6.10dZc 1.12 17 porque chegou o grande Dia da ira de­
9 Quando ele abriu o quinto selo, vi, de­
baixo do altar, as almas daqueles que tinham les”; e quem é que pode suster-se?
sido mortos por causa da palavra de Deus e 6.11 4 Hb 11.40
Os cento e quarenta e quatro m il
por causa do testemunho que sustentavam/
selados de Israel
10 Clamaram em grande voz, dizendo: 6.12 «Is 13.10;

7
Até quando, ó Soberano Senhor, santo e ver­ Ez 32.7; |l 2.31;
Depois disto, vi quatro aryos em pé nos
dadeiro, não julgas, nem vingas o nosso san­ Mt 24.29; quatro cantos da terra, conservando se­
Mc 13.24-25; guros os quatro ventos0 da terra, para que
gue dos que habitam sobre a terra?0 Lc 21.25
nenhum vento soprasse sobre a terra, nem
11 Então, a cada um deles foi dada uma
sobre o mar, nem sobre árvore alguma.
vestidura branca, e lhes disseram que repou­
6.13 Mp 8.10 2 V i outro apjo que subia do nascente do
sassem ainda por pouco tempo, até que tam­
sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em
bém se completasse o número dos seus
6.144(13-14) grande voz aos quatro anjos, aqueles aos
conservos e seus irmãos que iam ser mortos
Is 34.4 quais fora dado fazer dano à terra e ao mar,
como igualmente eles fo ra m /
3 dizendo: Não danifiqueis nem a terra,
nem o mar, nem as árvores, até selarmos na
O sexto selo 6.15 'Is 2.10
fronte os servos do nosso DeusP.
12 Vi quando o Cordeiro abriu o sexto 4 Então, ouvi o número dos que foram
selo, e sobreveio grande terremoto. O sol se 6.16 mOs 10.8 selados, que era cento e quarenta e quatro mil,
tomou negro' como saco de crina, a lua toda, de todas as tribos dos filhos de Israel:*)
como sangue, 6.17 njl 2.11; 5 da tribo de Judá foram selados doze mil;
13 as estrelas do céu caíram pela terra, Ml 3.2 da tribo de Rúben, doze mil; da tribo de Gade,
como a figueira, quando abalada por vento doze mil;
forte, deixa cair os seus figos verdes,« 7.1 oZc 6.5 6 da tribo de Aser, doze mil; da tribo de
14 e o céu recolheu-se como um pergami­ Naftali, doze mil; da tribo de Manassés,
nho quando se enrola. Então, todos os montes doze mil;
7.3pEz9.4
e ilhas foram movidos do seu lugar/ 7 da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de
15 Os reis da terra, os grandes, os coman­ Levi, doze mil; da tribo de Issacar, doze mil;
dantes, os ricos, os poderosos e todo escravo 7.4 4Ap 9.16 8 da tribo de Zebulom, doze mil; da tribo

pela guerra; 3) Com a mortandade, talvez a pestilência que mento divino final, ao lado dos demais sinais nos w 12 e 13.
acompanha a guerra, e pela fome; 4) Por meio das feras Toda a descrição deste sexto selo lembra a profecia de jesus
{cf 2 Rs 17.25). Os romanos lançavam os cristãos e pessoas sobre os acontecimentos cósmicos que anteciparão Sua volta
consideradas como criminosas às feras na arena, em espetá­ (Mt 24.29).
culo público. Estes sinais são definidos por Cristo como indi­
7.1 Quatro cantos da terra. Simbolizam os quatro pontos car­
cações da Sua segunda vinda (cf Mt 2 4 .6 -2 8 e paralelos).
deais da bússola; Norte, Sul, Oeste e Leste, de onde surgem
6.11 Vestidura Branca. Este símbolo da justiça e da pureza de ventos que representam a ira de Deus irresistivelmente derra­
Cristo é dado aos santos martirizados, debaixo do altar (v 9), mada na terra inteira.
simbolizando a morte sacrificial (mas não redentora) dos már­
tires (cf Fp 2.17; 2 Tm 4.6 com Lv 4.7). É o sangue dos márti­ 7.2 Selo do Deus vivo. Imagina-se aqui um ferrete, para mar­
res que reivindica o julgamento de Deus sobre os injustos car e, assim, proteger (9.4) aqueles que pertencem a Deus
perseguidores. Há um número dos eleitos, que se completará (Ez 9.4-6).
por conversão antes da Vinda de Cristo (Rm 11.12n). Assim, 7.4 Cento e quarenta e quatro mil. Um número perfeito e
também, o profeta prevê que haverá mais mártires antes da completo, mil dúzias de dúzias. Simboliza os crentes fiéis na
vinda de Cristo. terra, que permanecem firmes no meio da perseguição, ou os
6.12 Terremoto. Faz parte da alteração física da terra antes da judeus que ainda serão salvos, ou os judeus que não se curva­
transformação da criação (16.18; Rm 8.18-23). Ou pode ser ram ao anticristo durante a grande tribulação. Mas nesta in­
uma parte das calamidades que marcarão o fim do mundo. terpretação não se explica porque a lista das tribos de Ez 48
Ou ainda pode ser um dos portentos que prenunciam julga­ não é a mesma do Ap 7 .4-8.
1767 APOCALIPSE 8.4
de José, doze mil; da tribo de Beqjamim fo­ 7.9 rRm 11.25 Ele, então, me disse: São estes os que vêm da
ram selados doze mil. grande tribulação1*', lavaram suas vestiduras e
7.10 sSI 3.8; as alvejaram no sangue do Cordeiro,
A visão dos glorificados |r 3.23i Ap 5.13
15 razão por que se acham diante do trono
9 Depois destas coisas, vi, e eis grande de Deus e o servem de dia e de noite no seu
7.11 tAp 4.6
multidão que ninguém podia enumerar, de to­ santuário; e aquele que se assenta no trono
das as nações, tribos, povos e línguas, em pé estenderá sobre eles o seu tabernáculo."
7.12
diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos uAp 5.13-14 16 Jamais terão fome)', nunca mais terão
de vestiduras brancas, com palmas nas sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor
mãos;r 7.13 »'Ap 7.9
algum,
10 e clamavam em grande voz, dizendo:3 17 pois o Cordeiro que se encontra no
Ao nosso Deus, que se assenta 7.14 »Dn 12.1;
meio do trono os apascentará" e os guiará
no trono, Mt 24.21; para as fontes0 da água da vida. E Deus lhes
e ao Cordeiro, Mc 13.19 enxugará dos olhos toda lágrima*.
pertence a salvação.
11 Todos os anjos estavam de pé ro­ 7.1S xis 4.5-6 O sétim o selo.
deando o trono, os anciãos e os quatro seres Os sete anjos com as suas trombetas
viventes, e ante o trono se prostraram sobre o 7.16 vis 49.10 Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo,
seu rosto, e adoraram a Deus,f
12 dizendo:“ 7.17*3 23.1;
8
hora.c
houve silêncio no céu cerca de meia

Amém! O louvor, e a glória, Ez 34.23


2 Então, vi os sete anjos que se acham em
«SI 23.2 “ Is 25.8
e a sabedoria, e as ações pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete
de graças, trombetas.*
8.1 cAp 6.1
e a honra, e o poder, e a força 3 Veio outro anjo e ficou de pé junto ao
sejam ao nossò Deus, altar", com um incensário de ouro, e foi-lhe
8.2
pelos séculos dos séculos. “2 0 29.25-28; dado muito incenso para oferecê-lo com as
Amém! Lc 1.19 orações de todos os santos sobre o altar de
13 Um dos anciãos tomou a palavra, di­ ouro que se acha diante do trono;
zendo: Estes, que se vestem de vestiduras 8.3 eÊx 30.1 4 e da mão do anjo subiu à presença de
brancas, quem são e donde vieram?1' Deus a fumaça do incenso, com as orações
14 Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. 8.4 7SI 141.2 dos santos/

7.9 Depois. A ordem é mais lógica do que cronológica. Os visão. O sétimo selo, composto dos julgamentos prefigurados
que são do povo particular de Deus na terra, reinarão nos nas sete trombetas há de ser o mais importante, joão fica
céus. Grande Multidão. Este grupo incontável compõe-se de meditando ao aguardar o resultado. Alguns dizem que a
todos os salvos de todas as nações. Esta multidão pode se pausa é para dar oportunidade às orações e intercessões dos
referir aos mesmos 144.000 que após a tribulação (v 14) lou­ santos. Cerca de meia hora. Tão terríveis são os julgamentos a
vam a Deus que os salvou e deu a vitória sobre a perseguição serem anunciados, que os próprios habitantes do céu ficam
e a morte (v 16.17). O N T representa a Igreja como o Israel pasmados e comovidos por aquilo que vai acontecer aos ím­
verdadeiro ("de Deus" C l 6.16). Assim as duas multidões de pios. O tempo no céu não se mediria como na terra, mas joão
cap 7 seriam as mesmas, vistas de diferentes pontos de vista, transmite em termos humanos a impressão que esta pausa
antes e depois da Grande Tribulação (cf Lc 21.16,18). lhe dá.
7.9 Vestiduras... palmas. Representam a vitória.
8.2 Sete trombetas. Anunciam com maiores detalhes os acon­
7.15 Tabernáculo. Deus proveu para Seu povo um domicílio
tecimentos que precedem a segunda vinda de Cristo. Talvez
de eterna adoração e bem-aventurança (cf )o 1 4.1-6). Princi­
devamos entender que as trombetas (as subdivisões do sé­
palmente, estão em vista os que passaram pelas tribulações
timo selo), são realmente uma retomada mais pormenorizada
sem se comprometerem com a maldade do anticristo, e que
da narrativa dos acontecimentos do sexto selo (6.12-17). As
se purificaram no sangue do Cordeiro (v 14), comparecem
trombetas são iguais aos ventos do cap 7, anunciando a ira
agora no Reino perante o trono de Deus para adorá-IO eter­
do Deus santo contra o anticristo e os seus súditos. Nesse dia
namente. Servem (gr latreuS). Principalmente, aponta para
todos terão que escolher entre Cristo e o anticristo.
serviço que particularmente agrada a Deus (Hb 12.28;
Rm 1.9; At 26.7). 8.3 Incenso. O incenso celestial misturado com as orações
7.17 Apascentará. O Cordeiro que pagou o preço da reden­ dos crentes, adiciona fragrância perante Deus. Assim é a ora­
ção pela Sua morte, agora, ressuscitado, é o Pastor que cuida ção oferecida no Espírito Santo (Rm 8.26-27). As orações dos
do rebanho inteiro. santos (talvez pedindo a vinda do Reino, M t6.10) trazem a
8.1 Silêncio no céu. Este silêncio ressalta a força dramática da intervenção da ira divina em antecipação da vinda de Cristo.
APOCALIPSE 8S 1768
5 E o anjo tomou o incensário, encheu-o 8.5 9Lv 16.12 estrelas, para que a terça parte deles escure­
"Ez 10.2
do fogos do altar e o atirou à terra". E houve iAp 11.19; cesse e, na sua terça parte, não brilhasse, tanto
trovões1, vozes, relâmpagos e terremoto. 16.18 o dia como também a noite.
6 Então, os sete anjos que tinham as sete 13 Então, vi e ouvi uma águia que, voando
trombetas prepararam-se para tocar. 8.7 /Êx 9.23-25 pelo meio do céu, dizia em grande voz: Ai!
Ai! Ai dos que moram na terra, por causa das
A prim eira trombeta
8.8 *Jr 51.25; restantes vozes da trombeta dos três anjos que
7 O primeiro anjo tocou a trombeta, e Am 7.4 ainda têm de tocar! p
houve saraiva e fogo/ de mistura com san­
gue, e foram atirados à terra. Foi, então, quei­
8.9 /Ap 16.3 A quinta trombeta
mada a terça parte da terra, e das árvores, e
também toda erva verde. 0 quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma

A segunda trombeta
8.10 mis 14.12
9 estrela caída do céu na terra. E foi-lhe
dada a chave do poço do abismo.1?
8 O segundo anjo tocou a trombeta, e uma 8.11 "Êx 15.23; 2 Ela abriu o poço do abismo, e subiu
)r 9.15
como que grande montanha ardendo em cha­ fumaça do poço como fumaça de grande for­
mas foi atirada áo mar, cuja terça parte se nalha, e, com a fumaceira saída do poço, es­
tomou em sangue,* 8.12 o|s 13.10;
Ez 32.7; [I 2.10
cureceu-se o sol e o ar.?
9 e morreu a terça parte da criação que 3 Também da fumaça saíram gafanhotos
tinha vida, existente no mar, e foi destruída a
para a terra; e foi-lhes dado poder como o que
terça parte das embarcações.1 8.13 pAp 9.12
têm os escorpiões da terra,5
A terceira trombeta 4 e foi-lhes dito que não causassem dano
9.1 9U8.3Î
à erva da terra, nem a qualquer coisa verde,
10 O terceiro anjo tocou a trombeta, e
nem a árvore alguma e tão-somente aos ho­
caiu do céu sobre a terça parte dos rios, e 9.2 rj| 2.2 mens que não têm o selo? de Deus sobre a
sobre as fontes das águas uma grande es­
fronte.
trela™, ardendo como tocha.
9.3 s(2-3) 5 Foi-lhes também dado, não que os ma­
1 1 0 nome da estrela é Absinto; e a terça Êx 10.12-15
parte das águas se tomou em absinto, e mui­ tassem, e sim que os atormentassem durante
tos dos homens morreram por causa dessas cinco meses. E o seu tormento era como tor­
9.4 tEz 9.4 mento de escorpião quando fere alguém."
águas, porque se tomaram amargosas."
6 Naqueles dias, os homens buscarão a
A quarta trombeta 9.5 «Ap 11.7 morte" e não a acharão; também terão ar­
12 O quarto anjo tocou a trombeta, e foi dente desejo de morrer, mas a morte fugirá
ferida a terça parte do sol°, da lua e das 9.6 qó 3.21 deles.

8.7 Saraiva e fogo. Este castigo é semelhante à sétima praga 8.11 Absinto. Cf Jr 9.15; 23.15. Sugere a possibilidade de
derramada sobre o Egito na época de Moisés que estragou a água contaminada por radioatividade mortífera.
agricultura. As quatro primeiras tromberas trazem castigos so­ 8.13 Águia. Nesta cena cheia de pressentimentos e terror, o
bre a natureza inanimada, nos quatro aspectos que se distin­ tríplice "Ai" da águia exprime a severidade da ira divina a ser
guia na antiguidade: a terra, o mar, as águas doces e os derramada. Até este ponto na narrativa, os julgamentos to­
corpos celestiais. Atirados. Quaisquer que sejam as causas se­ cam a natureza inanimada; agora apontam ao homem.
cundárias destas calamidades naturais, ressalta-se que é a so­
9.1 Estrela caída. Simboliza um anjo decaído, que passa a
berania de Deus que enviou estas forças. Toda erva verde. I.e.,
abrir o abismo (cf 20.1,3), para soltar forças demoníacas con­
dentro da área arruinada pela saraiva de fogo.
tra todos os que não têm o selo de Deus (v 4). Obra diabólica
8.8 Montanha ardendo. João vê algo semelhante a um vulcão permitida por Deus para ser um castigo a homens que escuta­
em plena erupção, explodindo, ardendo, e lançando sua lava ram mais a Satanás do que a Deus.
no mar, simbolizando o julgamento divino sobre o mar. Re­ 9.2 Abismo. Simboliza a prisão e lugar das trevas no qual os
presenta as mais terríveis calamidades marítimas, cf SI 46.2; espíritos rebeldes estão reservados para o Dia do Julgamento
Is 34.3; Ez 38.20. Tornou em sangue. Na primeira praga do (1 Pe 3.19; Jd 6). Menciona-se sete vezes no Apocalipse.
Êxodo do Egito, o Nilo foi transformado em sangue 9.3 Gafanhotos. A oitava praga no Egito foi de gafanhotos
(Êx 7.20-21). Aqui, é a terça parte do mar. (Êx 10.1 -2 0 ; cf |l 2.4-10).
8.10 Grande estreia. Símbolo da ira divina derramada sobre 9.4 Estes gafanhotos, muito distintos, terão uma missão dife­
as águas potáveis, parte vitalmente necessária da terra habi­ rente; desprezam as coisas verdes, a comida dos gafanhotos
tável. naturais.
1769 APOCALIPSE 10.1
7 O aspecto dos gafanhotos era seme­ 9.7 »|l 2.4 o mês e o m o. para que matassem a terça
lhante a cavalosw preparados para a peleja; na parte dos homens.
sua cabeça havia como que coroas parecendo 9.8*111.6 16 O número dos exércitos da cavalaria
de ouro; e o seu rosto era como rosto de era de vinte mil vezes dez milhares; eu ouvi
homem; 9.9 rjl 2.5 o seu número.'
8 tinham também cabelos, como cabelos 17 Assim, nesta visão, contemplei que os
de mulher; os seus dentes, como dentes de 9.10 Mp 9.5 cavalos e os seus cavaleiros tinham couraças
leão*; cor de fogo, de jacinto e de enxofre. A cabeça
9 tinham couraças, como couraças de dos cavalos era como cabeça de leão, e de sua
9.11 a Ef 2.2
ferro; o barulho que as suas asas faziam era boca saía fogo, fumaça e enxofre .1
como o barulho de carros)' de muitos cavalos, 18 Por meio destes três flagelos, a saber,
9.12 6Ap 8.13 pelo fogo, pela fumaça e pelo enxofre que
quando correm à peleja;
10 tinham ainda cauda, como escorpiões, saíam da sua boca, foi morta a terça parte dos
9.13 cÊx 30.1-3 homens;
e ferrão; na cauda tinham poder para causar
dano aos homens, por cinco meses;* 19 pois a força dos cavalos estava na sua
11 e tinham sobre eles, como seu rei, o 9.14 ^Ap 16.12 boca e na sua cauda, porquanto a sua cauda se
anjo do abismo, cujo nome em hebraico é parecia com serpentes, e tinha cabeça, e com
9.16 «SI 68.17;
ela causavam dano. 9
Abadom, e em grego, ApoliomA
Dn 7.10 20 Os outros homens, aqueles que não fo­
12 O primeiro ai passou. Eis que, depois
ram mortos por esses flagelos, não se arrepen­
destas coisas, vêm ainda dois aisA
9.17 n Cr 12.8 deram das obras das suas mãos, deixando de
adorar os demônios e os ídolos'’ de ouro, de
A sexta trombeta
prata, de cobre, de pedra e de pau, que nem
9.19 5ls 9.15
13 O sexto anjo tocou a trombeta, e ouvi podem ver, nem ouvir, nem andar;
uma voz procedente dos quatro ângulos do 21 nem ainda se arrependeram dos seus
altar de ouroc que se encontra na presença de 9.20
1>SI 115.4-7;
assassínios, nem das suas feitiçarias, nem da
Deus, 135.15-17; sua prostituição, nem dos seus furtos.'
14 dizendo ao sexto anjo, o mesmo que Dn 5.4
tem a trombeta: Solta os quatro anjos que Os anjos e os sete trovões. João e o livrinho
se encontram atados junto ao grande rio Eu- 9.21 'Ap 22.15 1 A Vi outro anjo forte descendo do céu,
fratesA JL \ J envolto em nuvem, com o arco-íris
15 Foram, então, soltos os quatro anjos 10.1/Ez 1.28; por cima de sua cabeça; o rosto era como o
que se achavam preparados para a hora, o dia, Ap 1.15-16 sol, e as pernas, como colunas de fogo;/

9.7-11 A operação destes gafanhotos, sua descrição e sua meramente humano. Outros comentaristas vêem nesta trom­
obediência ao mando do Maligno, revela que são seres diabó­ beta uma nova onda demoníaca com poder de matar. Na
licos e não insetos. quinta trombeta as forças malignas apenas podiam torturar as
9.11 Abadom. "Destruidor" em hebraico; é traduzido suas vítimas. Novamente se frisa o fato que esta calamidade
"abismo" em Jó 28. Apoliom tem o mesmo sentido em grego. cairá sobre a civilização em rebelião contra Deus (w 4,20).
Destruição é a missão e a especialidade deste grupo e do seu
9.20 Não se arrependeram. A ira divina se desdobrará com
rei, que seria Satanás, ou o anjo (estrela) que abre o abismo
o propósito específico de chamar os homens ao arrependi­
no v 1.
mento.
9.14 £ufrates. Na época de Salomão, a nação de Israel se
estendia até este rio, sempre considerado como um dos ter­ • N. Hom. 9.21 A rebelião contra a autoridade de Deus:
mos legítimos do país. Na época do Apocalipse, era o termo 1) Assassínios, cf Êx2 0 .1 3 ; 2) Feitiçarias, Dt 1 8 .9 -1 4 ;
oriental do Império Romano. 3) Prostituição, Êx 20.14; 4) Furto, Êx 20.15. Em geral,
9.15 Quatro anjos. C f 7.1-3. A guerra em grande escala é deparamo-nos com os mesmos pecados de Rm 1.18ss.
um castigo e uma advertência para os descrentes. Nota-se no 10.1 Anjo forte. O esplendor deste anjo (cf 5.2) se vê nas suas
fato de serem atados que estes anjos nenhum dano fariam vestiduras, nas suas atitudes e na sua atuação. Alguns intér­
sem a permissão de Deus (v 14). pretes vêem nele uma representação de Cristo ressuscitado,
9.16 Número. Representa um número incontável. Os 200 mi­ sendo ou Ele próprio, ou mais provavelmente um Seu embai­
lhões lembram SI 68.18. Não são cavalos ou cavaleiros nor­ xador. Sua descrição inclui: a nuvem que simboliza o julga­
mais. São engenhos de guerra e de destruição, exércitos mento divino; o rosto, indicando a santidade divina; o
equipados que podem destruir a terça parte da raça humana. arco-íris, representando a misericórdia e fidelidade divinas,
Com armas atômicas, estas coisas são possíveis até no nível especialmente no assunto da Aliança de Deus com Seu povo.
APOCALIPSE 10.2 1770
2 e tinha na mão um livrinho aberto. Pôs 10.2 *Mt 28.18 amargo ao teu estômago, mas, na tua boca.
o pé direito sobre o mar e o esquerdo, sobre doce como mel.
a terra,* 10.3'Ap 8.5 10 Tomei o livrinho da mão do anjo e o
3 e bradou em grande voz, como ruge um devorei5, e, na minha boca, era doce como
leão, e, quando bradou, desferiram os sete 10.4 mDn 8.26 mel; quando, porém, o comi, o meu estômago
trovões as suas próprias vozes .1 ficou amargo.
4 Logo que falaram os sete trovões, eu ia 11 Então, me disseram: É necessário que
10.5 »Êx 6.8
escrever, mas ouvi uma voz do céu, dizendo: ainda profetizes a respeito de muitos povos,
Guarda em segredo as coisas que os sete tro­ nações, línguas e reis.
vões falaram e não as escrevas.™ 10.6 0(5-6)
Dn 12.7
5 Então, o anjo que vi em pé sobre o mar
e sobre a terra levantou a mão direita para Ordens para m edir o santuário de D eus
10.7 pAp 11.15 Foi-m e dado um caniço semelhante a
o céu"
6 e jurou por aquele que vive pelos sécu­
los dos séculos, o mesmo que criou o céu, a
terra, o mar e tudo quanto neles existe: Já não
10.8 qAp 10.4 n uma vara, e também me foi dito: Dis­
põe-te e mede o santuário? de Deus, o seu
altar e os que naquele adoram;
haverá demora,0 10.9 rlz 2.8-9 2 mas deixa de parte o átrio exterior do
7 mas, nos dias da voz do sétimo anjo, santuário e não o meças, porque foi ele dado
quando ele estiver para tocar a trombeta, 10.10 *Ez 3.1-3 aos gentios; estes, por quarenta e dois meses,
cumprir-se-á, então, o mistério de Deus, se­ calcarão aos pés a cidade santa0.
gundo ele anunciou aos seus servos, os pro-
11.1 íEz40.3
fetas.P
A s duas testem unhas m ártires
8 A voz que ouvi, vinda do céu, estava de
novo falando comigo e dizendo: Vai e toma o 11.2uLc21.24 3 Darei às minhas duas testemunhas que
livro que se acha aberto na mão do anjo em pé profetizem por mil duzentos e sessenta dias,
sobre o mar e sobre a terra.“? 11.3 rAp 12.6 vestidas de pano de saco.v
9 Fui, pois, ao anjo, dizendo-lhe que me 4 São estas as duas oliveiras1'“ e os dois
desse o livrinhoc Ele, então, me falou: 11.4 tvZc 4.3, candeeiros que se acham em pé diante do
Tom a-o e devora-o; certamente, ele será 11-14 Senhor da terra.

10.2 Um livrinho (não a mesma palavra no gr de 5.1). Ba­ 11.1 Santuário de Deus (gr naos), a parte central do templo
seado em Ez 2.9; 3.33, conclui-se que a missão profética de que incluía o Lugar Santo e o Santo dos Santos. Alguns crêem
|oão é reforçada (cf v 9). A consumação da ira divina se que o antigo Templo de Jerusalém será reedificado e usado
aproxima. durante o reino milenar de Cristo na terra. Outra interpreta­
10.4 Guarda em segredo. Lit "fecha com selos". Os homens ção identifica o santuário com o povo judeu que será salvo
não devem ouvir mais as previsões do que irá acontecer antes do fim (Rm 11.26; Lc21.24; Mt 23.39). Outros dizem
(D n12.4; Ap 5.1). Talvez o motivo seria que já passou que o santuário simboliza a presença de Deus, protegendo e
a oportunidade de prestar atenção às advertências inspirando Sua Igreja (cf 1 Co 3.16; 2 Co 6.16; Ef 2.21), en­
(9.21; 10.6). quanto o mundo e suas organizações permanecem nas mãos
de forças malignas. Cf Ez cap 4 0 -4 8 e o Templo escatológico
10.6 lá não haverá demora. Contraste-se esta frase com 6.11.
que se relaciona com a vinda do Príncipe, Jesus Cristo.
Não se ofereceria mais tempo para os homens considerarem
as consequências da desobediência, já escolheram o mal. 11.2 Quarenta e dois meses. Este total é equivalente a 1.260
10.7 0 mistério de Deus. A revelação divina que desvenda o dias (v 3), a 3 1/2 anos, metade de uma semana de anos
propósito de Deus (cf Dn 2.29 e 30; Rm 16.25 e 26). O mis­ (Dn 9.27), e à expressão "um tempo, dois tempos e metade
tério chegará ao fim, segundo que os homens verão aberta­ de um tempo" (Dn 12.7). Note a frase "por três dias e meio"
mente tudo aquilo que Deus preparou para a raça humana. (v 9). É a época na qual o anticristo procurará destruir o povo
10.8-11 Estes versículos relembram a visão de Ezequiel de Deus (cf Mt 24.15,22). Não deve ser uma designação lite­
(Ez 2.8-3.3). ral, mas simbolizando um período curto de aflição. O verda­
deiro Israel de Deus será preservado por Deus através dos dias
10.8 Livro. Símbolo da vocação profética de joão e da mensa­
críticos. A visão é de consolação para o povo de Deus, con­
gem de castigo que joão anunciava. É necessário que ainda
trastada com a condenação prevista para seus opressores.
profetize ( v i l ) .
10.9 Devora-o. Significa assimilar completamente o con­ 11.3 Duas testemunhas. Alguns pensam em dois profetas es-
teúdo do livrinho. Amargo.. . doce. A mensagem do julga­ catológicos, que lembrarão Elias e Moisés, com o poder que
mento divino é doce para o profeta privilegiado em receber a exerceram. Até completar a sua missão ninguém lhes poderá
palavra de Deus, mas amarga para levar àqueles que sofrerão tocar. Pano de saco. Cf o profeta Elias (2 Rs 1.8). Era vestuário
as conseqüências preditas (cf jr 15.16; Ez 3.3,7-9). normal de profeta.
1771 APOCALIPSE 11.19
5 Se alguém pretende causar-lhes dano, 11.5 ao passo que as outras ficaram sobremodo
*Nm 16.29;
sai fogo da sua boca e devora os inimigos; 2Rs 1.10,12; aterrorizadas e deram glória ao Deus do céu.
sim, se alguém pretender causar-lhes dano, Ez43.3 14 Passou o segundo ai. Eis que, sem de­
certamente, deve morrer.x mora, vem o terceiro ai .h
6 Elas têm autoridade para fechar o céuK,
11.6 ylRs 17.1
para que não chova durante os dias em que *1x7.17-19 A sétim a trombeta
profetizarem. Têm autoridade também sobre
15 O sétimo anjo tocou a trombeta, e
as águas, para convertê-las em sangue*, bem
11.7 °Dn 7.3, houve no céu grandes vozes, dizendo:
como para ferir a terra com toda sorte de 21; Ap 13.5-7;
17.8
O reino do mundo se tomou
flagelos, tantas vezes quantas quiserem.
de nosso Senhor
7 Quando tiverem, então, concluído o tes­
temunho que devem dar, a besta que surge0 e do seu Cristo,
11.8 í>Is 1.9-10
do abismo pelejará contra elas, e as vencerá, e ele reinará pelos séculos
e matará, dos séculos'.
8 e o seu cadáver ficará estirado na praça 11.9 cSI 79.2-3 16 E os vinte e quatro anciãos que se en­
da grande cidade que, espiritualmente, se contram sentados no seu trono, diante de
chama Sodoma* e Egito, onde também o seu 11.10 °Et9.19;
Deus, prostraram-se sobre o seu rosto e ado­
Senhor foi crucificado. Ap 12.12 raram a Deus,/
9 Então, muitos dentre os povos, tribos, 17 dizendo:*
línguas e nações contemplam os cadáveres 11.11 fEz 37.10
Graças te damos,
das duas testemunhas, por três dias e meio, e Senhor Deus, Todo-Poderoso,
não permitem que esses cadáveres sejam se­ que és e que eras,
11.12 '2Rs 2.11 porque assumiste
pultados.0
10 Os que habitam sobre a terra se ale­ o teu grande poder
gram por causa deles, realizarão festas e en­ 11.13 e passaste a reinar.
viarão presentes uns aos outros, porquanto jA p 16.18 18 Na verdade, as nações
esses dois profetas atormentaram os que mo­ se enfureceram;
ram sobre a terra.d 11.14 6Ap 8.13 chegou, porém, a tua ira,
11 Mas, depois dos três dias e meio, um e o tempo determinado
espírito de vida, vindo da parte de Deus, neles para serem julgados os mortos,
11.15 'Dn 7.14,
penetrou*, e eles se ergueram sobre os pés, e 27 para se dar o galardão
àqueles que os viram sobreveio grande medo; aos teus servos, os profetas,
12 e as duas testemunhas ouviram grande aos santos e aos que temem
11.16iAp4.4
voz vinda do céu, dizendo-lhes: Subi para o teu nome',
aqui. E subiram ao céu* numa nuvem, e os tanto aos pequenos
seus inimigos as contemplaram. 11.17 *Ap1.4 como aos grandes,
13 Naquela hora, houve grande terre­ e para destruíres
motos, e ruiu a décima parte da cidade, e 11.18 os que destroem a terra.
morreram, nesse terremoto, sete mil pessoas, 'SI 115.13 19 Abriu-se, então, o santuário de Deus,

11.5,6 Estas testemunhas se encontram num mundo seme­ dores da terra.


lhante ao de Elias, hostil à adoração do Deus único. Mas tam­
bém têm o poder de Elias (2 Rs 1 .10-12) e de Moisés diante 11.13 Terremoto. Acontecimento que aponta para a breve
do faraó (Êx 6 -1 1 ). Lançarão manifestações da vingança de chegada do fim (cf 6.12; Ez 38.19 e 20).
Deus sobre este mundo que incorrigivelmente luta contra 11.15 A sétima trombeta marca a vinda do fim (10.6) e en­
Deus (cf 2 Ts 2.3-11). cerra o parêntese que tem início em 10.1. O conteúdo dessa
trombeta consiste nos sete flagelos do cap 16.
11.7 A besta que surge do abismo. Esta é a primeira menção
da besta no Apocalipse (cf Dn 7.20,25). Deve ser o mesmo 11.16 Vinte e quatro anciãos. Veja 4.4, n.
que surge do mar (13.1) e o mesmo de 17.8.
11.19 Abriu-se.. . o santuário. Nesta visão simbólica, o pró­
11.11 Espírito de vida. As testemunhas foram ressuscitadas e prio santuário celestial está aberto, e nada se esconde dos
arrebatadas. Se simbolizam os verdadeiros crentes, então aqui olhos de João. A arca da aliança, anteriormente escondida dos
se prevê o arrebatamento na ocasião da Vinda de Cristo homens, representa a presença de Deus e a imutabilidade de
(16.15; 1 Ts4.17; 5.2). Mas, de qualquer forma, a ressurrei­ Suas promessas. Antes de chegar ao fim (que João acaba de
ção das testemunhas lançará "grande medo" sobre os mora­ descrever, resumidamente em w 15-19).
APOCALIPSE 12.1 1772
que se acha no céu, e foi vista a arca da 11.19 ">Ap 8.5; A njos pelejam no céu contra o dragão.
16.18
Aliança no seu santuário, e sobrevieram re­ A vitória de Cristo e do seu povo
lâm pagosm, vozes, trovões, terremoto e 7 Houve peleja no céu. M iguel“ e os seus
12.1 "Gn 37.9
grande saraivada. anjos pelejaram contra o dragão. Também pe­
lejaram o dragão e seus anjos;
12.2 oMq 4.10
A m ulher e o dragão 8 todavia, não prevaleceram; nem mais se
1 ^ Viu-se grande sinal no céu, a saber, achou no céu o lugar deles.
12.3 pDn 7.7 9 E foi expulso o grande dragão, a antiga
J- Á r uma mulher vestida do sol com a lua
serpente1', que se chama diabo e Satanás, o
debaixo dos pés e uma coroa de doze estre­
12.4 qDn 8.10 sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para
las" na cabeça,
a terra«', e, com ele, os seus anjos.
2 que, achando-se grávida, grita com as
12.5 ds 66.7 10 Então, ouvi grande voz do céu, procla­
dores de parto0, sofrendo tormentos para dar *SI 2.9 mando;
àluz.
Agora, veio a salvação,
3 Viu-se, também, outro sinal no céu, e
12.6 rAp 11.3 o poder,
eis um dragão, grande, vermelho, com sete
o reino do nosso Deus
cabeças, dez chifresP e, nas cabeças, sete dia­
12.7 e a autoridade do seu Cristo,
demas. “ Dn 10.13,21; pois foi expulso o acusador*
4 A sua cauda arrastava a terça parte das 12.1
de nossos irmãos,
estrelas? do céu, as quais lançou para a terra; o mesmo que os acusa
e o dragão se deteve em frente da mulher que 12.9 >'Gn 3.1 de dia e de noite,
estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o »Le 10.18
diante do nosso Deus.
filho quando nascesse. 11 Eles, pois, o venceramy
5 Nasceu-lhe, pois, um filho varão", que 12.10 por causa do sangue
*161.9-11;
há de reger todas as naçõess com cetro de Zc 3.1 do Cordeiro
ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus e por causa da palavra
até ao seu trono. do testemunho que deram
12.11 xLc 14.26
6 A mulher, porém, fugiu para o deserto, e, mesmo em face da morte,
onde lhe havia Deus preparado lugar para que não amaram a própria vida.
12.12
nele a sustentem durante mil duzentos e ses­ *$196.11; 12 Por isso, festejai, ó c é u s /
senta dias. i Ap 8.13 e vós, os que neles habitais.

12.1 Grande sinal. Depois dos sete selos e das sete trombetas 12.5 Um filho. O Messias que reinará sobre as nações com
e antes das sete taças (15.7 e cap 16) intervém uma visão cetro de ferro (cf Is 11.4). Arrebatado. Alusão à Ressurreição
portentosa. Uma mulher. Primeira das sete personagens men­ de Cristo.
cionadas nos caps 12 e 13. Cada uma destas toma sua parte
nesta visão de lutas e conflitos: 1) A Mulher, simbolizando 12.6 Deserto. O simbolismo lembra a proteção divina ofere­
Israel, ou o povo ideal de Deus (cf C l 4.26), personificada em cida a Cristo no Egito. Jesus foi guardado por Deus durante
Maria (não está claro se devemos ver aqui uma referência toda a Sua vida, até à cruz. Na Sua ressurreição venceu a
ao nascimento de Jesus, 12.1-2); 2) O Dragão, símbolo do morte. Esta vitória foi repartida com Seus seguidores que ven­
diabo (12.3-4); 3) O Filho, símbolo de Cristo (12.5-6); cem o diabo pelo sangue justificador de Cristo (v 11). Na
4) Miguel, anjo guarda de Israel (Dn 10.13,21; 12.1), sím­ destruição de Jerusalém, em 6 9 -7 0 d .C , os crentes escapa­
bolo do socorro divino (12.7-12); 5) Os Restantes, símbolos ram em tempo para a cidade de Pela, no deserto além do
dos crentes (12.17); 6) A besta que emerge do mar, que po­ lordão.
deria se referir historicamente ao Imperador Domiciano 12.7 Peleja no céu. O diabo não conseguiu destruir Cristo na
(8 1 -9 6 d .C ), mas que finalmente simboliza o anticristo terra. Agora, procura invadir a própria Glória celestial, para
(13.1-10); 7) A besta que emerge da terra, lembrando os continuar sua luta contra o Filho de Deus, mas acaba sendo
primeiros leitores do Apocalipse dos sacerdotes, que impunha derrotado. Isto ainda aumenta seu ódio contra Cristo, o qual
o culto pagão ao Imperador; seria apenas uma sombra da se lança contra os Seus seguidores. • N. Hom. Os motivos
encarnação do poder satânico que o falso profeta exercerá do triunfo dos santos de Deus, 12.11.1) O Sangue do Cor­
(13.11 -1 8 ). As bestas designam o anticristo e seu profeta que deiro - os santos venceram a batalha por meio da Vitória de
hão de surgir num período da tribulação antes do Milênio. Cristo, e não por seus próprios méritos; 2) Seu testemunho -
12.3 Dragão. Interpretado como Satanás no v 9. Vermelho o fato de sempre testificarem de Cristo e da Palavra, alimen­
(gr purros), "cor de fogo". Seu intento é devorar o Filho que tava-os com poder para enfrentar o desafio do mal dia após
estava para nascer, e lutar contra os "irmãos" (v 10) que se­ dia; 3) Não amaram a própria vida - as vitórias espirituais
riam os crentes. pertencem àqueles que se dedicam a Deus (Rm 12.1).
1773 APOCALIPSE 13.10
Ai da terra e do mar, 12.13 oAp 12.5 de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu
pois o diabo desceu até vós, trono e grande autoridade.
cheio de grande cólera, 12.14
3 Então, vi uma de suas cabeças como
4>Dn 7.25; 12.7
sabendo que pouco tempo lhe resta. golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi
12.15 cis 59.19 curada;, e toda a terra se maravilhou, seguindo
O dragão persegue a m ulher
a besta;?
13 Quando, pois, o dragão se viu atirado 4 e adoraram o dragão porque deu a sua
12.17
para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz rfCn 3.15; autoridade à besta; também adoraram a besta,
o fdho varão;0 ICo 2.1; dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem
14 e foram dadas à mulher as duas asas da 1|o 5.10
pode pelejar contra ela?0
grande águia, para que voasse até ao deserto,
13.1 eDn 7.3,7;
5 Foi-lhe dada uma boca que proferia ar­
ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um
Ap 17.3,7-12 rogâncias e blasfêmias e autoridade para agir
tempo, tempos e metade de um tempo0, fora
quarenta e dois meses;'
da vista da serpente.
13.2 'Dn 7.4-6 6 e abriu a boca em blasfêmias contra
15 Então, a serpente arrojou da sua boca,
Deus, para lhe difamar o nome e difamar o
atrás da mulher, água como um rio, a fim de
13.3 9Ap 13.12 tabernáculo, a saber, os que habitam no céu./
fazer com que ela fosse arrebatada pelo rio.c
16 A terra, porém, socorreu a mulher; e a 7 Foi-lhe dado, também, que pelejasse
13.4 WtpT8.18 contra os santos* e os vencesse. Deu-se-lhe
terra abriu a boca e engoliu o rio que o dragão
tinha arrojado de sua boca. ainda autoridade sobre cada tribo, povo, lín­
17 Irou-se o dragão contra a mulher e foi 13.5 <Dn 7.8; gua e nação;
Ap 11.2
pelejar com os restantes da sua descendência, 8 e adorá-la-ão todos os que habitam so­
os que guardam os mandamentos de Deus e bre a terra, aqueles cujos nomes não foram
13.67(5-6)
têm o testemunho de Jesus; Dn 7.8,25; escritos no Livro da Vida' do Cordeiro que
18 e se pôs em pé sobre a areia do mar.d 11.36 foi morto desde a fundação do mundo.
9 Se alguém tem ouvidos, ouça.m
A besta que emerge do m ar 13.710n 7.21 10 Se alguém leva para cativeiro,
1 7 Vi emergir do mar uma besta0 que para cativeiro" vai.
J- J tinha dez chifres e sete cabeças e, 13.8 ISI 69.28 Se alguém matar à espada,
sobre os chifres, dez diademas e, sobre as necessário é que seja morto
cabeças, nomes de blasfémia. 13.9 mAp 2.7 à espada.
2 A besta que vi era semelhante a leo­ Aqui está a perseverança e a fidelidade dos
p a r d o c o m pés como de urso e boca como 13.10 ")r 15.2 santos.

12.13 O diabo, lançado de volta à terra, redobrou sua fúria cristo, na época da grande tribulação que precede a segunda
contra os seguidores de Cristo, e contra a mulher. Deste vinda de Cristo (Mt 24.15-31; 2 Ts 2.1-12).
modo explicam-se as terríveis perseguições que caracteriza­ 13.3 Cabeças. As cabeças, possivelmente, se referem a sete
rão o período da grande tribulação (13.7,17; Mt 24.21). reinados anticristãos.
12.14 Um tempo, tempos e metade de um tempo. Veja 11,2n. 13.4 Adorar a besta é o auge da idolatria; na realidade, é
12.17 Restantes da sua descendência. Aponta para o futuro, a culto a Satanás.
geração dos crentes que enfrentará a ira satânica exercida 13.7 Os vencesse. Pode ser que vence pelo martírio dos cris­
pelo anticristo (cf cap 13). tãos (6 .9 -1 1 ) e domínio externo sobre as suas vidas. É possí­
13.1 Uma besta (gr thêrion, "animal selvagem", cf 11.7). Os vel que essa será uma época na qual haja cristãos que
chifres simbolizam poder, e os diademas representam autori­ neguem a Cristo publicamente para escapar à perseguição
dade. "Este anticristo é dominado pelo dragão, Satanás (v 4), (cf Mt 24.12: "o amor se esfriará"). Cada tribo. Esta é mais
que tinha em 12.3 sete cabeças e dez chifres. Sua natureza se uma tentativa do diabo de colocar seu anticristo como substi­
descreve na conjuntura das três feras de Dn 7.1) Leopardo, tuto do Cristo de Deus, cujo domínio se descreve em 5.9
perigosamente malévolo; 2) Pés de urso, grande força; e 7.9. O anticristo almeja este poder, que no julgamento Fi­
3) Boca de leão, devora tudo; 4) Poder, trono e autoridade nal será só de Cristo. Tem ciúmes dos cristãos, pois estes só
vindos da parte do dragão. Mostram a maneira satânica de aceitam a autoridade de Jesus Cristo, e não a dele.
dominar. Esta descrição é tipificada no rei Antíoco Epifânio 13.8 Desde a fundação do mundo. Em harmonia com
(cf Dn 7.25) cuja perseguição aos fiéis judeus foi profetizada 1 Pe 1.18-21, ensina-se que o Sacrifício de Cristo fez parte
por Daniel (Dn 8 .9-1 4 ) e prefigurava os imperadores roma­ do propósito divino antes da criação do mundo. Os decretos
nos que deliberadamente desafiaram a Deus, quebrando Suas e propósitos de Deus são tão concretos e reais como o pró­
leis e martirizando os santos. Finalmente, prenuncia o anti­ prio acontecimento (At 2.23; Ef 1.4).
APOCALIPSE 13.11 1774
A besta que emerge da terra 13.11 oAp 11,7 O Cordeiro e os seus remidos
11 Vi ainda outra besta emergir da terra; no m onte Sião
13.12 pAp 13.3
possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o
falava como dragão.0
12 Exerce toda a autoridade da primeira
besta na sua presença. Faz com que a terra e
13.13
flOt 13.1-3;
1Rs 18.38;
2Rs 1.10,12;
U monte Sião, e com ele cento e qua­
renta e quatro mil, tendo na fronte escrito o
seu nom e* e o nome de seu Pai.
os seus habitantes adorem a primeira besta, 2Ts 2.9; 2 Ouvi uma voz do céu como voz de mui-
Ap 16.14
cuja ferida mortal fora curada/ tas águas, como voz de grande trovão; tam­
13 Também opera grandes sinais, de ma­ 13.14 bém a voz que ouvi era como de harpistas
neira que até fogo do céu faz descer à terra, <-2Rs 20.7; quando tangem a sua harpa/
2Ts 2.9-10 3 Entoavam novo cântico diante do trono,
diante dos homens, i
14 Seduz os que habitam sobre a terra por diante dos quatro seres viventes e dos an­
13.15 sAp 16.2
causa dos sinais que lhe foi dado executar ciãos. E ninguém pôde aprender o cântico,
13.16 (Ap 14.9 senão os cento e quarenta e quatro mil que
diante da besta, dizendo aos que habitam so­
foram comprados da terra, y
bre a terra que façam uma imagem à besta,
13.17 4 São estes os que não se macularam com
àquela que, ferida à espada, sobreviveu/ “Ap 14.11
mulheres, porque são castos. São eles os se­
15 e lhe foi dado comunicar fôlego à ima­
13.18 vAp 15.2 guidores do Cordeiro por onde quer que vá.
gem da besta, para que não só a imagem fa­
São os que foram redimidos dentre os ho­
lasse, como ainda fizesse morrer quantos não
14.1 wtz9A; mens, primícias para Deus e para o Cor­
adorassem a imagem da besta .s Ap 7.3-4 d e iro /
16 A todos, os pequenos e os grandes, os 5 e não se achou mentira0 na Sua boca;
ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz 14.2 *Ap 1.15
não têm mácula.
que lhes seja dada certa marca sobre a mão 14.3 tAp 5.9
direita ou sobre a fronte/ A prim eira voz
17 para que ninguém possa comprar 14.4 *2Co 11.2; 6 Vi outro anjo voando pelo meio do céu,
Ap 3.4
ou vender, senão aquele que tem a marca, tendo um evangelho eterno para pregar aos
o nome da besta ou o número do seu 14.5oSf3.13 que se assentam sobre a terra, e a cada nação,
nome." e tribo, e língua, e p o v o /
18 Aqui está a sabedoria. Aquele que tem 14.6 &Ef 3.9-11; 7 dizendo, em grande voz: Temei a Deus
Ap8.13
entendimento calcule o número da besta, pois e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu
é número de homem. Ora, esse número é seis­ 14.7 cNe 9.6; juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra,
centos e sessenta e seis.1' At 14.15 e o mar, e as fontes das águ as/

13.11 Besta.. . da terra. Este animal, uma paródia de Cristo, 14.1 Cento e quarenta e quatro mil. Número completo
tem forma exterior de um cordeiro. Representa aquele que (cf 7.4n). É a multidão daqueles que foram selados com o
perverte a religião, unindo-se a ela para fins perversivos. Seria nome de Cristo e do Pai (cf Mt 28.19). Recusaram a marca do
o falso profeta de 19.20. Chefia a religião falsa que unirá o anticristo. Assim os que pertencem a Deus e os que não são
mundo ao redor do culto ao anticristo. Foi assim na época de do diabo se distinguem abertamente. Nome. O nome indica o
|oão quando exigia-se o culto ao Imperador, sob ameaça de poder e a autoridade. Comunica a natureza de uma pessoa.
morte. Assim será no fim antes da vinda de Cristo. 14.4 Castos. A castidade aqui seria espiritual. São libertos do
• N. Hom. As blasfêmias de quem apóia o anticristo pecado da idolatria (que é fornicação, 14.8; 17.2,4; 18.3,9;
(13.11-18): 1) Exige homenagens à representação do anti­ 19.2) com tudo que isto implica (cf 2 Pe 2 .20-22). Primícias.
cristo (w 12 e 14); 2) Pratica milagres e portentos para im­ Aquela parte da ceifa que era consagrada a Deus (Êx 23.19;
pressionar o povo (v 13 com Mt 24.24); 3) Faz crer que a Nm 18.12). O restante da humanidade que rejeita os direitos
imagem do anticristo fala (v 15); 4) Força todos a pertencer à de Deus sobre si mesmo está amadurecendo para a vindima
religião falsa (v 16); 5) Retira o direito de pessoa jurídica de do julgamento e punição (w 17-20).
quem não ingressar na religião do anticristo (v 17).
14.5 Mentira. Principalmente, refere-se à negação do Cor­
13.16 Marca. Símbolo de pertencer à besta, ou aceitar sua deiro de Deus como Senhor. Os redimidos, como o seu Se­
autoridade. nhor, não mentem, mesmo que falar a verdade custe a vida
13.18 Número. Uma das muitas explicações vê no número ( jo 18.37; Sf 3.13). Em Cristo são sem mácula.
sete o símbolo da perfeição; seis é imperfeição: daí 666 seria 14.6 Um evangelho eterno. A falta do artigo no gr sugere que
o cúmulo da maldade. O nome da besta se representa por aqui, as boas novas serão não somente as da salvação em
este número. É impossível, para nós hoje, interpretar com Cristo, mas as novas da vitória que logo virá para os que já
segurança que nome o anticristo terá. crêem, junto com o galardão que os espera.
1775 APOCALIPSE 14.20
A segunda voz 14.8 Ms 21.9; A ceifa
Ap 18.2
8 Seguiu-sed outro anjo, o segundo, di­ 14 Olhei, e eis u n u ouvem branca, e sen­
zendo: Caiu, caiu a grande Babilônia que tem tado sobre a nuvem um semelhante a filho de
dado a beber a todas as nações do vinho da 14.9 homem*, tendo na cabeça uma coroa de ouro
eAp 13.14-16
fiíria da sua prostituição. e na mão uma foice afiada.
15 Outro anjo saiu do santuário, gritando
A terceira voz 14.10 ris 51.17 em grande voz para aquele que se achava
9Cn 19.24
9 Seguiu-se a estes outro anjo, o terceiro, sentado sobre a nuvem: Toma a tua foice e
dizendo, em grande voz: Se alguém adora a ceifa, pois chegou a hora de ceifar, visto que
besta e a sua imagem e recebe a sua marca na 14.11 Ms 34.10 a seara da terra já amadureceu!1
fronte ou sobre a mão ,e 16 E aquele que estava sentado sobre a
10 também esse beberá do vinho da cólera 14.12'Ap 12.17 nuvem passou a sua foice sobre a terra, e a
de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da terra foi ceifada.
sua ira^, e será atormentado com fogo e en­ 14.13 /Ec 4.1-2;
xofre?, diante dos santos anjos e na presença 1Co 15.18; A vindima
do Cordeiro. ITs 4.16; 17 Então, saiu do santuário, que se encon­
2Ts 1.7; Ap 6.11
11 A fumaçah do seu tormento sobe pelos tra no céu, outro anjo, tendo ele mesmo tam­
séculos dos séculos, e não têm descanso al­ bém uma foice afiada.
gum, nem de dia nem de noite, os adoradores 14.14 *Dn 7.13 18 Saiu ainda do altar outro anjo, aquele
da besta e da sua imagem e quem quer que que tem autoridade sobre o fogo, e falou em
receba a marca do seu nome. 14.15 '|r 51.33; grande voz ao que tinha a foice afiada, di­
12 Aqui está a perseverança dos santos, os Mt 13.39 zendo: Toma a tua foice afiada e ajunta os
que guardam os mandamentos de Deus e a fé cachos da videira da terra, porquanto as suas
em Jesus.' 14.18 m|l 3.13 uvas estão amadurecidas !m
19 Então, o anjo passou a sua foice na
A quarta voz terra, e vindimou a videira da terra, e lançou-
14.19
13 Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: "Ap 19.15 a no grande lagar da cólera de Deus."
Escreve: Bem-aventurados os mortos que, 20 E o lagar foi pisado fora da cidade, e
desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o correu sangue do lagar até aos freios dos ca­
14.20 »Is 63.3;
Espirito, para que descansem das suas fadi­ Ap 19.15 valos, numa extensão de mil e seiscentos es­
gas, pois as suas obras os acompanham? p(15-20) Jl 3.13 tádios0.?

14.8 Babilônia. O nome Babilônia significava para o povo de do Apocalipse (14.13). Bem-aventurados são: 1) Os que co­
Israel o império pagão, materialista e destruidora por excelên­ nhecem e guardam a Palavra (1.3); 2) Os que morrem no
cia dos fiéis. No NT o nome apontava para Roma, e final­ Senhor (14.13); 3) Os que aguardam a Vinda de Cristo, com
mente para a capital da civilização opressora final. Todas as vidas santas (16.15); 4) Os convidados à ceia das bodas do
nações. O poder e a influência de Roma se estendiam a muitas Cordeiro (19.9); 5) Os que participam da primeira ressurrei­
nações. As legiões romanas espalhadas pelo mundo afora, in­ ção (20.6); 6) Os que atendem às exortações deste Livro
troduziam em Roma a prostituição religiosa, i.e., a idolatria (22.7); 7) Os que lavam suas vestiduras no sangue do Cor­
cada vez mais depravante. deiro (22.14).
14.9 Terceiro. O terceiro anjo proclama a condenação dos 14.14 Semelhante a filho de homem. É jesus Cristo (cf 1.13 e
seguidores do anticristo. Os termos da condenação eterna no Dn 7.13), o Rei dos reis que é o juiz final do mundo (Mt 3.12;
inferno vêem-se em 20.13-15.
Tg 4.12). Foice (gr drepanon "foice", "faca de poda"). Poda a
14.12 Este versículo desafia os santos a não negar sua fé em videira, e colhe os frutos. Em jl 3.13 e Mt 13.39, como aqui,
Cristo, em vista do terrível fim que aguarda os que se ajuntam simboliza julgamento.
ao anticristo (cf Mt 24.13).
14.19 Lagar da cólera de Deus. Simboliza a destruição das
14.13 Bem-aventurados. A segunda das sete bem-aventuran­
obras malignas, provocada pela justiça divina (cf 19.15). Os
ças (cf Mt 5.1 -1 2 ) no Apocalipse. Â expressão contrabalança
ímpios não produzem suco de uva, mas sim, sangue em
a severidade dos julgamentos sobre os ímpios nos w 9 -1 2 .
quantidade enorme (v 20). Este juízo poderia ser um resul­
Uma bênção especial aguarda os que morrem por Cristo. Des­
tado das próprias forças pagãs (não mais impedidas por
cansem. Lit, "recebem refrigério", "habitam seguros" (gr ana-
Deus), até que se destruam por meio daquilo que chamamos
pauõ). As fadigas resultam da grande adversidade que os
"guerra total".
crentes enfrentam, especialmente na força concentrada do
anticristo (cf Mt 11.28). Surge mais uma vez a doutrina da 14.20 Fora da cidade. Talvez uma referência à Nova Jerusa­
separação final entre os justos e os ímpios (como em 6 .12-14 lém, indicando, assim, o julgamento que cairá sobre todos os
e 7.9-11); cf Mt25.31ss. • N. Hom. As bem-aventuranças excluídos da presença salvadora de Deus.
APOCALIPSE 15.1 1776
Os sete flagelos 15.1 <jAp12.1 no céu o santuário do tabernáculo do Teste­
1 C Vi no céu outro sinal grande e admi- munho",
1 J rável: sete anjos tendo os sete últimos 6 e os sete anjos que tinham os sete flage­
15.2 rMt 3.11
flagelos, pois com estes se consumou a cólera los saíram do santuário, vestidos de linho
de Deus.1) puro e resplandecente e cingidos ao peito com
15.3 í Êx 15.1 cintas de ouro.w
Os rem idos entoam o cântico 7 Então, um dos quatro seres viventes deu
de M oisés e o cântico do Cordeiro aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da
2 Vi como que um mar de vidro, mesclado 15.4 tjr 10.7 cólera de Deus, que vive pelos séculos dos
de fogo, e os vencedores da besta, da sua "SI 86.9
séculos. *
imagem e do número do seu nome, que se 8 O santuário se encheu de fumaça y pro­
achavam em pé no mar de vidro, tendo harpas cedente da glória de Deus e do seu poder,
15.5 vÊx 40.34
de D e u s / e ninguém podia penetrar no santuário, en­
3 e entoavam o cântico de M oisés5, servo quanto não se cumprissem os sete flagelos
de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: 15.6 wÊx 28.6; dos sete anjos.
Grandes e admiráveis Ez 44.17-18
são as tuas obras,
Senhor Deus, Todo-Poderoso! 0 prim eiro flagelo
Justos e verdadeiros 15.7 *1Ts 1.9 1 / T Ouvi, vinda do santuário, uma grande
são os teus caminhos, A D voz, dizendo aos sete anjos: Ide e
ó Rei das nações! derramai pela terra as sete taças da cólera de
15.8
4 Quem não temerá' Vi Rs 8.10-11; Deus.2
e não glorificará o teu nome, 205.13-14; 2 Saiu, pois, o primeiro anjo e derramou a
ó Senhor? Is 6.4
sua taça pela terra, e, aos homens portadores
Pois só tu és santo; da marca da besta e adoradores da sua ima­
por isso, todas as nações gem, sobrevieram úlceras malignas e perni­
16.1 zAp 14.10
virão" ciosas".
e adorarão diante de ti,
porque os teus atos de justiça
16.2 "Êx 9.10 O segundo flagelo
se fizeram manifestos.
3 Derramou o segundo a sua taça no mar,
D eus envia os flagelos e este se tomou em sangue como de morto, e
16.3 6Êx 7.17;
5 Depois destas coisas, olhei, e abriu-se Ap 8.8-9 morreu todo ser vivente que havia no mar.b

15.2 Em pé no mar de vidro. Na sua primeira visão do trono 15.7 Sete taças de ouro. São os flagelos mencionados no v 1.
de Deus, |oão viu este mar representando a separação do Taça é a mesma palavra no original para descrever as tigelas
homem de Deus (4.6n). Agora, os crentes (mártires, 4.12,13) de ouro cheias de incenso que simboliza as orações dos san­
têm o direito de acesso a Deus. Harpas. Instrumentos de lou­ tos em 5.8. Entende-se que as iniqüidades dos ímpios que
vor celebram a vitória dos vencedores (5.8). receberam a marca da besta (13.6), que adoraram o dragão
e que se submeteram às duas bestas, já chegaram ao ponto
15.3 O cântico de Moisés. O cântico de Moisés louva a Deus culminante. A ira de Deus transborda. A visão das sete taças
por causa do Seu poder, da libertação que concede e da Sua é semelhante à das sete trombetas. Os flagelos são mais in­
retidão revelada ao liberar Israel (Êx 15.1-18). Assim tam­ tensos, lançados em decorrência da ira de Deus contra a
bém, os crentes perante o trono foram resgatados de um besta e seus súditos.
poder ainda mais terrível do que o do Egito, pelo próprio
15.8 Ninguém podia penetrar. Assim aconteceu na ocasião da
Cristo, maior do que Moisés (Jo 1.17; 6.32; Hb 3.2-6).
consagração do tabernáculo no deserto (Lv 9 .23-24). Assim,
15.3.4 Há no Apocalipse vários hinos de louvor que exaltam também, foi quando o Templo de Salomão foi consagrado
o Senhor |esus Cristo como Rei, Senhor e Juiz das nações. (2 Cr 7.1-2; cf Is 6.4).
Ele é Soberano da história; 5 .9-1 3 ; 7.10,12; 11.15-18; 16.2 Malignas. Emana um odor repugnante. Recai sobre os
12.10-12; 16.5-7; 1 9 .1 -8 (veja Fp 2.6-1 In). adoradores da besta a sexta praga que abalou o Egito na
15.4 Todas as nações virão. Pode referir-se aos crentes de época do Êxodo (Êx 9.10).
todas as nacionalidades e raças que se converteram (cf 5.9; 16.3 Sangue. Igual à primeira praga do Egito. Ser vivente. A
7.9) ou ao Milênio previsto em Is 2.3; 11.10; Mq 4 .2-4 ; primeira vida animal que Deus criou na terra, foi no mar
Zc 14.16-19; cf Ap 19.15; 2 0 .3 -4 . Então Cristo reinará, e os (Gn 1.20). Agora, as águas do mar deixam de sustentar a vida
crentes com Ele (20.4). e provocam morte e putrefação (cf Êx 7.17-21).
1777 APOCALIPSE 16.16
O terceiro flagelo W -4 qi-4 ) O quinto flagelo
Éx 7.17-21
4 Derramou o terceiro a sua taça nos rios li Denamou o quinto a sua taça sobre o
e nas fontes das águas, e se tomaram em 16-5 «4> 1.4 trono dabesta, cujo reino se tomou em tre­
sangue.c vas’. e os homens remordiam a língua por
1 6 6 «Is 49.26;
5 Então, ouvi o anjo das águas dizendo :d Ap 3.15
causa da dor que sentiam
Tu és justo, tu que és 11 e blasfemaram o Deus do céu por causa
e que eras, o Santo, 16.7 <Ap 13.10 das angústias e das úlceras que sofriam; e não
pois julgaste estas coisas; se arrependeram de suas obras.'
16.8 vAp 8.12
6 porquanto derramaram sanguee
de santos e de profetas, 16.9 O sexto flagelo
também sangue lhes tens dado *Dn 5.22-23
12 Derramou o sexto a sua taça sobre o
a beber; grande rio Eufrates, cujas águas secaramk,
16.10'Êx 10.21
são dignos disso. para que se preparasse o caminho dos reis que
7 Ouvi do altar que se dizia :f 16.11 /Ap 16.2 vêm do lado do nascimento do sol.
Certamente, ó Senhor Deus, 13 Então, vi sair da boca do dragão, da
Todo-Poderoso, 16.12
boca da besta e da boca do falso profeta três
*ls 11.15-16
verdadeiros e justos espíritos imundos semelhantes a rãs;1
são os teus juízos. 16.13'1)04.1-3 14 porque eles são espíritos de demônios,
operadores de sinais, e se dirigem aos reis do
O quarto flagelo 16.14 mLc 2.1;
2Ts 2.9;
mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para
8 O quarto anjo derramou a sua taça sobre ITm 4.1; a peleja do grande Dia do Deus Todo-Po-
o sol, e foi-lhe dado queimar os homens com Ap 13.13-14 deroso.m
fogo .9 15 (Eis que venho como vem o ladrão”.
16.15
9 Com efeito, os homens se queimaram "Mt 24.43-44; Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as
com o intenso calor, e blasfemaram o nome Lc 12.39-40 suas vestes, para que não ande nu, e não se
de Deus, que tem autoridade sobre estes fla­ veja a sua vergonha.)
16.16
gelos, e nem se arrependeram para lhe darem °2Rs 23.29; 16 Então, os ajuntaram no lugar que em
glória .h 2Cr 35.22 hebraico se chama Armagedom0.

16.4 O terceiro. O derramamento desta taça atinge um al­ trar na cidade. Assim também virá de maneira inesperada a
cance mundial, estendendo a praga descrita no versículo an­ invasão da herdeira da civilização pagã, seja a Roma, seja o
terior. centro do império do anticristo (v 15).
16.8 0 sol. O Sol, sob mandato do Criador, passa a emitir
16.13 Rãs. Representam a inspiração demoníaca da besta e
raios que chamuscam os ímpios. Mas estes são tão empeder­
seu profeta (cf 13.11ss).
nidos que, no meio do sofrimento e sabendo que é Deus
quem os perturba, continuam a blasfemar de Deus. O cora­ 16.15 Ande nu. Não estar preparado espiritualmente para se
ção se endurece, dos que sistematicamente rejeitam a Deus. encontrar com Cristo (3.18; Mt 22.11-13). • N. Hom.
Embora a finalidade dos flagelos seja levar os iníquos ao arre­ Pronto para a Vinda de Cristo: 1) Sabe que Cristo vem repen­
pendimento, não se arrependem (cf Am 4 .6-13). tina, mas não inesperadamente (1 Ts 5.4; 1 Co 15.52;
16.10 O trono da besta. Finalmente, a ira divina atinge o pró­ Mt 24.36-44). 2) Vigia (gr grêgoreõ "ficar acordado") contra
prio tronco do reino da besta. Trevas enegrecem seus domí­ o esfriamento do seu amor a Cristo, ainda que o Dia demore
nios, causando e aumentando terríveis dores nos seus súditos. (Lc 12.35-39; 1 Pe 1.13; 5.8; 2 Pe 3.8-12); 3) Reveste-se da
Trevas. A nona praga do Egito (Êx 10.21 -2 3 ). justiça de Cristo (Mt 22.11; Rm 13.14; Gl 3.27), lavando suas
16.11 Blasfemaram. Falaram ainda mais contra Deus, pois sua vestes no sangue do Cordeiro (Ap 7.13-14).
revolta não permitira o arrependimento, que exigiria a humi­ 16.16 Armagedom. Transliteração do heb harmegiddo, "a co­
lhação. Tanto os castigos lançados sobre Faraó, como os der­ lina de Megido", que domina a planície de jezreel (ou Esdra-
ramados sobre o império do anticristo, servem para aumentar lom). Esta foi palco das maiores batalhas na antiga história de
o endurecimento dos ímpios que deliberadamente escolhem Israel. Aqui foram derrotados os cananeus liderados por jabim
o mal. (jz 4.2). Aqui venceu Cideão com seus 300 escolhidos (jz 7).
16.12 Secaram. Heródoto conta assim a história da queda da Aqui o rei Saul morreu derrotado (1 Sm 31). Aqui sobreveio a
antiga cidade de Babilônia: o Rio Eufrates corria pelo meio morte vergonhosa à rainha lezabel (2 Rs 9.33ss). Aqui o Faraó
da cidade, entrando e saindo por baixo das muralhas. Em Neco matou o piedoso rei josias (2 Rs 23.30). Simboliza a
539 a.C. os persas fizeram um desvio do rio. O leito antigo se última luta escatológica entre o povo de Deus e as forças do
transformou em estrada aberta para o exército de Ciro pene­ Maligno (cf SI 2.2 e 3; Is 5 .26 -3 0 ; Jr 6.1 -5 ; Ez 38).
APOCALIPSE 16.17 1778
O sétim o flagelo 16.17 pAp 21.6 4 Achava-se a mulher vestida de púrpura
17 Então, derramou o sétimo anjo a sua e de escarlata, adornada de ouro, de pedras
taça pelo ar, e saiu grande voz do santuário, 16.18 *?Ap 8.5; preciosas e de pérolas, tendo na mão um cá­
11.13.19 lice de ouro* transbordante de abominações e
do lado do trono, dizendo: Feito estálP
18 E sobrevieram relâmpagos1), vozes e com as imundícias da sua prostituição.
trovões, e ocorreu grande terremoto, como 16.19 r|s 51.1 7 5 Na sua fronte, achava-se escrito um
nunca houve igual desde que há gente sobre a nome, um mistério: BABILÔNIA, A
terra; tal foi o terremoto, forte e grande. 16.20 sAp 6.14 GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E
19 E a grande cidade se dividiu em três DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA. 7
partes, e caíram as cidades das nações. E lem­ 6 Então, vi a mulher embriagada com o
16.21 tÊx 9.23
brou-se Deus da grande Babilônia para dar- sangue dos santos e com o sangue das teste­
lhe o cálicer do vinho do furor da sua ira. munhas de Jesus; e, quando a vi, admirei-me
20 Todas as ilhas fugiram, e os montes 17.1 ujr 51.13 com grande espanto .z
não foram achados;5 I O anjo, porém, me disse: Por que te ad­
21 também desabou do céu sobre os ho­ 17.2 vJr 51.7 miraste? Dir-te-ei o mistério da mulher e da
mens grande saraivada', com pedras que pe­ besta que tem as sete cabeças e os dez chifres
savam cerca de um talento; e, por causa do 17.3 >vAp 13.1
e que leva a mulher:
flagelo da chuva de pedras, os homens blasfe­ 8 a besta0 que viste, era e não é, está para
maram de Deus, porquanto o seu flagelo era emergir do abismo e caminha para a destrui­
17.4 xjr 51.7
sobremodo grande. ção. E aqueles que habitam sobre a terra, cu­
jos nomes não foram escritos no Livro da
A descrição da grande m eretriz 17.5 x2Ts 2.7 Vidah desde a fundação do mundo, se admi­
Veio um dos sete anjos que têm as rarão, vendo a besta que era e não é, mas

n sete taças e falou comigo, dizendo: 17.6 2Ap 6.9-10


Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande
meretriz que se acha sentada sobre muitas
aparecerá.
9 Aqui está o sentido, que tem sabedoria:
as sete cabeças são sete montes, nos quais a
17.8 °Dn 7.3
águas“, 6SI 69.28 mulher está sentada. São também sete reis,c
2 com quem se prostituíram os reis da 10 dos quais caíram cinco, um existe, e o
terra; e, com o vinho de sua devassidão v, foi outro ainda não chegou; e, quando chegar,
17.9 cAp 13.1
que se embebedaram os que habitam na terra. tem de durar pouco.
3 Transportou-me o anjo, em espírito, a II E a besta, que era e não é, também é
um deserto e vi uma mulher montada numa 17.11 <Mp17.8 ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e cami­
besta" escarlate, besta repleta de nomes de nha para a destruição.d
blasfêmia, com sete cabeças e dez chifres. 17.12 eDn 7.24 12 Os dez chifrese que viste são dez reis.

16.19 Babilônia. Sede do poder da besta e do paganismo 17.4 Púrpura e de escarlata. São os tecidos coloridos, os mais
organizado, simbolizado em Roma do primeiro século. Esse luxuosos da época. Representam pompa, realeza e luxo.
centro do poder do anticristo será obliterado por terrível ter­
17.5 MÃE DAS MERETRIZES. Da capital pagã e da besta ema­
remoto. Compare a jerusalém em 11.13.
nam todas as formas de maldade idólatra. ABOMINAÇÕES.
16.21 Saraivada. Chuva de pedras que pesam c, 30 kg cada Esta palavra foi especialmente associada no AT com idolatria.
(um talento). Cristo usa esta palavra para falar da profanação efetuada pelo
17.1 Grande meretriz. Trata-se da cidade de Roma olhando anticristo (Mt 24.15).
para o futuro império do anticristo que procura forçar os 17.6 Testemunhas (gr marturõri). Fala dos mártires que mor­
crentes a negar seu Senhor. Muitas águas. Este símbolo vem rem por causa da sua fidelidade a Cristo (14.13).
da antiga Babilônia, uma cidade que, cruzada por muitos ca­
nais habitava sobre muitas águas (Jr 51.13). Estas águas são 17.9 Sete montes. A cidade de Roma foi construída em sete
interpretadas no v 15. Babilônia representa Roma e a mani­ montes; a alusão histórica não deve restringir a compreensão
festação mundial e final de oposição contra Deus. do grande alcance do reino do anticristo. Sete reis
(cf Dn 7.17). É possível que sejam sete impérios: Egito, Assí­
17.2 Os reis da terra. Inúmeros reis, príncipes e chefes locais
ria, Babilônia, Pérsia, Grécia, Roma, que seguindo esta inter­
se submeteram a Roma em troca de segurança, não agressão
pretação é o sexto. O vindouro seria do anticristo.
e apoio material. Novamente, o mundo, buscando desespera­
damente a paz, se entregará à besta. 17.11 Oitavo rei, e procede dos sete. O anticristo que já se
17.3 Besta escarlate. Evidentemente é a primeira besta de manifestou na pessoa de Antíoco Epifânio (Dn 8.9,21), reapa­
13.1 -8 . Nomes de blasfêmia significa a autodeificação do an­ recerá em forma ainda mais forte e global (cf Mt 24.15).
ticristo (2 Ts 2.4). 17.12 Dez reis. A referência vem de Dn 7.7,24. Não é possí-
1779 APOCALIPSE 18.9
os quais ainda não receberam reino, mas rece­ 17.14 tomou mocada de demónios"’. covil de toda
rDt 10.17;
bem autoridade como reis, com a besta, du­ 1Tm 6.15; espécie de espirito imundo e esconderijo de
rante uma hora. Ap 14.4 todo género de ave imunda e detestável",
13 Têm estes um só pensamento e ofere­ 3 pois todas as nações têm bebido do vi­
cem à besta o poder e a autoridade que 17.15 9ls 8.7 nho do furor da sua prostituição0. Com ela se
possuem. prostituíram os reis da lena. Também os mer­
14 Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o 17.16 cadores da terra se enriqueceram à custa da
*|r 50.41-42;
Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos se­ Ap 16.12
sua luxúria.
nhores e o Rei dos reis; vencerão também 4 Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-
os chamados, eleitos e fiéis que se acham 17.17 '2Ts 2.11 vos delaP, povo meu. para não serdes cúmpli­
com e le / ces em seus pecados e para não participardes
15 Falou-me ainda: As águas que viste, 17.18/Ap 12.4 dos seus flagelos;
onde a meretriz está assentada, são povos, 5 porque os seus pecados se acumularam
multidões, nações e línguas.» 18.1 *Ez43.2 até ao céu», e Deus se lembrou dos atos iní­
16 Os dez chifres que viste e a besta, esses quos que ela praticou.
odiarão a meretriz, e a farão devastada e des­ 18.2 'Is 21.9 6 Dai-lhe em retribuição como também
pojada, e lhe comerão as carnes, e a consumi­ mJr 50.39 ela retribuiur, pagai-lhe em dobro segundo
"ls 13.21
rão no fogo .h as suas obras e, no cálice em que ela misturou
17 Porque em seu coração incutiu Deus bebidas, misturai dobrado para ela.
18.3 ojr 51.7
que realizem o seu pensamento, o executem à 7 O quanto a si mesma se glorificou e vi­
uma e dêem à besta o reino que possuem, até veu em luxúria, dai-lhe em igual medida tor­
18.4 Pis 48.20;
que se cumpram as palavras de Deus.' Jr 50.8 mento e pranto, porque diz consigo mesma:
18 A mulher que viste é a grande cidade Estou sentada como rainha. Viúva, não sou.
que domina sobre os reis da terra.' 18.5 <?Jr 51.9 Pranto, nunca hei de ver!s
8 Por isso, em um só dia, sobrevirão os
0 anúncio da queda de Babilônia 18.6 --S1137.8; seus flagelos: morte, pranto e fome; e será
Jr 50.29 consumida no fogo, porque poderoso é o Se­
1 Q Depois destas coisas, vi descer do
-L O céu outro anjo, que tinha grande au­ nhor Deus, que a ju lgou /
18.7 *ls 47.7-8;
toridade, e a terra se iluminou com a sua Sf 2.1 S
glória.* Os lam entos dos admiradores de Babilônia
2 Então, exclamou com potente voz, di­ 18.8 <(7-8) 9 Ora, chorarão e se lamentarão sobre ela
zendo: Caiu! Caiu' a grande Babilônia e se Is 47.8-9 os reis da terra, que com ela se prostituíram e

vel identiíicá-los. Seu poder será de pouquísssima duração, essa futura fonte de corrupção diabólica.
"uma hora" apenas.
18.4 Retirai-vos dela. Esta admoestação é dirigida ao povo
17.13 Estes futuros dez reis (ou reinos) só têm uma preocu­
de Deus que ainda, após as terríveis perseguições, não foi
pação, isto é, apoiar e obedecer às diretrizes da burocracia
aniquilado (cf Is 48.20; 52.11; Jr 50.8; 51.54; Zc 2.7;
central dominada pela besta.
2 Co 6 .16-18). Retirar-se da Babilônia simboliza evitar toda a
17.14 Na guerra que estes incitam contra Cristo e Sua Igreja, comunhão com os pecados do mundo pagão. Mas, literal­
serão derrotados. Com o Senhor está todo o poder e autori­ mente, avisa os cristãos que moram em Babilônia para fugir
dade nos céus e na terra (cf 1 Co 15.24 e 25). dela antes de sua destruição. Assim, fugiram os crentes de
Jerusalém para Pela antes do cerco efetuado pelas forças ro­
17.15 A besta e seus aliados inesperadamente converterão
manas no ano 70 d.C.
seu apoio à meretriz (Babilônia, que no primeiro século repre­
sentava Roma, mas no fim simboliza a capital do poder domi­
18.6 Em dobro. Terrível é o dano produzido pelo mundo pa­
nador do mundo) em ódio. Destruirão a cidade, despojando
gão simbolizado por Babilônia. Incalculavelmente, mais terrí­
todos os seus valores para si. Em todo o realizar desta radical
vel, ainda, é o castigo eterno, com tormenta e pranto,
mudança se percebe a direção e controle de Deus (v 17).
reservados para os que servem ao mundo e não a Deus. Fre­
18.2 Potente voz. Um oráculo assombroso profetiza a queda nética energia é gasta na busca dos prazeres. Maior ainda será
dessa cidade onde o poder satânico se concentrava. Caiu! a angústia que esta busca desenfreada produzirá no fim (v 7).
caiu. A declaração repetida, com verbo no passado, indica a
absoluta certeza do cumprimento desta visão. A antiga capital 18.9 Reis da terra. Os poderosos que se comprometeram
de Babilônia se tornara assombrada, habitada por animais no­ com as obras do Maligno, a idolatria pagã, o materialismo, a
civos que provocaram temor e superstição (cf Is 13.19-22; luxúria, serão arruinados juntamente com Babilônia. Lamen­
34.11-15; Jr 50.39; 51.37). Assim também acontecerá com tam ao contemplar suas enormes perdas
APOCALIPSE 18.10 1780
viveram em luxúria, quando virem a fuma­ 18.9 u|r 50.46;e quantos labutam no mar conservaram-se de
Ap 17.2-3
ceira do seu incêndio,“ lo n g e /
10 e, conservando-se de longe, pelo 18 Então, vendo a fumaceira do seu incên­
18.10 >'(9-10)
medo do seu tormento, dizem: Ai! Ai! Tu, dio, gritavam: Que cidade se compara à
Ez 26.16-17
grande cidade, Babilônia, tu, poderosa grande cidade?“
cidade! Pois, em uma só hora, chegou o teu 19 Lançaram pó sobre a cabeça e, cho­
18.11
juízo.v »-Ez 27.27-36 rando e pranteando, gritavam: Ai! Ai da
11 E, sobre ela, choram e pranteiam os grande cidade, na qual se enriqueceram todos
mercadores da terra, porque já ninguém com­ 18.12*Ap 17.4 os que possuíam navios no mar, à custa da sua
pra a sua mercadoria,w opulência, porque, em uma só hora, foi de­
12 mercadoria de ouro, de prata, de pedras v astad a/
18.13/Ez 27.13
preciosas, de pérolas, de linho finíssimo, de 20 Exultai sobre ela“, ó céus, e vós, san­
púrpura, de seda, de escarlata; e toda espécie tos, apóstolos e profetas, porque Deus contra
18.15 zAp 18.3
de madeira odorífera, todo gênero de objeto ela julgou a vossa causa.
de marfim, toda qualidade de móvel de ma­
18.16 »Ap 17.4
deira preciosíssima, de bronze, de ferro e de
A ruína de Babilônia
mármore;*
18.17 6|s 23.14;
é com pleta e definitíva
13 e canela de cheiro, especiarias, in­
Ap 18.10 21 Então, um anjo forte levantou uma pe­
censo, ungüénto, bálsamo, vinho, azeite, flor
de farinha, trigo, gado e ovelhas; e de cavalos, dra como grande pedra de moinho e arrojou-a
18.18 para dentro do mar, dizendo: Assim, com ím­
de carros, de escravos e até almas huma­ cEz 27.30-31
nas. y peto, será arrojada Babilônia1', a grande ci­
14 O fruto sazonado, que a tua alma tanto dade, e nunca jamais será achadas.
18.19 “ (11-19) 22 E voz de harpistash, de músicos, de
apeteceu, se apartou de ti, e para ti se extin­ Ez 27.25-36
guiu tudo o que é delicado e esplêndido, e tocadores de flautas e de clarins jamais em ti
nunca jamais serão achados. se ouvirá, nem artífice algum de qualquer arte
18.20 e|r 51.48
15 Os mercadores destas coisas, que, por jamais em ti se achará, e nunca jamais em ti
m eio dela, se enriqueceram, conservar-se-ão se ouvirá o ruído de pedra de moinho.
18.21
de longe, pelo medo do seu tormento, cho­ rjr 51.63-64 23 Também jamais em ti brilhará luz de
rando e pranteando/ sEz 26.21 candeia; nem voz de noivo ou de noiva'
16 dizendo: Ai! A i da grande cidade, que jamais em ti se ouvirá, pois os teus merca­
estava vestida de linho finíssimo, de púrpura, 18.22 dores foram os grandes da terra, porque
e de escarlata, adornada de ouro, e de pedras 6Ez 26.12 todas as nações foram seduzidas pela tua
preciosas, e de pérolas,“ feitiçaria.
17 porque, em uma só hora, ficou devas­ 18.23 i|r 25.10 24 E nela se achou sangue de profetas/,
tada tamanha riqueza! E todo piloto, e todo de santos e de todos os que foram mortos
aquele que navega livremente, e marinheiros, 18.24 rjr 51.49 sobre a terra.

18.10 Em uma só hora. C f v 19, e "em um só dia" no v 8. humana à concupiscência, à cobiça e à gula por bens mate­
Salienta a súbita e rápida destruição do centro da oposição riais.
mundial contra o povo de Deus. É comparável a uma grande 18.18-20 Exultai. Santos, apóstolos e profetas, no céu e na
pedra de moinho arrojada para dentro do mar (v 21). terra, são conclamados a se rejubilar, pois a queda do império
18.11 Mercadores da terra. Há sempre incontáveis pessoas se maligno é a justa retribuição de Deus sobre as forças munda­
enriquecendo com os produtos que apelam para a vaidade nas que perseguiam os crentes. E mais ainda, é o prelúdio do
humana, como artigos de diversões vãs, e até com objetos de domínio universal de Cristo.
destruição. A doença, o vício e a ignorância produzem um
18.21-23 Que a queda de Babilônia é irrevogável, se vê na
mercado enorme. Quando Babilônia cai, arruina-se a estabili­
constante repetição da palavra "jamais" (seis vezes nestes ver­
dade econômica baseada no pecado.
sículos).
18.12 Mercadoria. O profeta Ezequiel faz uma lista seme­
lhante, quando Tiro era a grande cidade que se enriquecia 18.22 Músicos. Cessará todo som de alegria, regozijo, festa e
com o materialismo (Ez 26). triunfo.
18.13 Almas humanas. Não pode ser interpretado "vidas hu­ 18.23 Feitiçaria. O império das bestas é o império das trevas
manas", pois os "escravos" já foram mencionados na lista. E espirituais (cf Ef 2.2; 6 .11-12). O poder sobrenatural dos de­
que o maior golpe de Satanás é escravizar a própria alma mônios se fará evidente (cf 13.14).
1781
APOCALIPSE 19.13
O jú b ilo no céu 19.1 *Ap 4.11
nosso Deus, o Todo-Poderoso.
Depois destas coisas, ouvi no céu 7 Alegremo-nos, exultemos“?
uma como grande voz de numerosa 19.2 /Dt 32.43 e dem os-lhe a glória,
multidão, dizendo:*1 porque são chegadas
Aleluia! as bodas do Cordeiro,
19.3 m|s 34.10
A salvação, e a glória, cuja esposa a si mesma
e o poder são do nosso Deus, já se ataviou,
2 porquanto verdadeiros e justos 19.4 8 pois lhe foi dado vestir-ser
são os seus juízos, n 1Cr 16.36;
Ap 4.4,6,10 de linho finíssimo,
pois julgou a grande meretriz resplandecente e puro.
que corrompia a terra Porque o linho finíssimo são os atos de jus­
com a sua prostituição 19.5 oSl 115.13 tiça dos santos.
e das mãos dela 9 Então, me falou o anjo: Escreve: Bem-
vingou* o sangue
19.6 p Ez 1.24 aventurados aqueles que são chamados à ceia
dos seus servos. das bodas5 do Cordeiro. E acrescentou: São
3 Segunda vez disseram: estas as verdadeiras palavras de Deus.
Aleluia! 19.7 iM t 22.2;
2Co 11.2; 10 Prostrei-m e ante os seus pés para
E a sua fumaça sobe™ Ap 21.2,9 adorá-lo. Ele, porém, me disse: Vê, não faças
pelos séculos dos séculos. isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que
4 Os vinte e quatro anciãos e os quatro mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus.
19.8
seres viventes prostraram-se e adoraram a rSI 45.13-14; Pois o testemunho de Jesus é o espírito da
Deus, que se acha sentado no trono, dizendo: Ap 3.18 profecia . 1
Amém! Aleluia!"
5 Saiu uma voz do trono, exclamando: Cristo, o vencedor da besta
19.9 sMt 22.2-3
Dai louvores ao nosso Deus, e do fa lso profeta
todos os seus servos,
11 Vi o céu aberto“, e eis um cavalo
os que o temeis, 19.10
“At 10.26; branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Ver­
os pequenos e os grandes0.
1(0 5.10 dadeiro e julga e peleja com justiça.
6 Então, ouvi uma como voz de numerosa
12 Os seus olhos são chama de fogo*'; na
multidão, como de muitas águasP e como de
19.11 uEzl.1
sua cabeça, há muitos diademas; tem um
fortes trovões, dizendo:
nome escrito que ninguém conhece, senão ele
Aleluia! mesmo.
Pois reina o Senhor, 19.12 rDn 10.6 13 Está vestido com um manto tinto de

19.1 Aleluia. Frase hebraica que significa, "Louvai a )eová"


19.10 O testemunho de Jesus. Refere-se ao testemunho sobre
Salvação. Pertence exdusivamente a Deus. Aponta para o
jesus que os santos mantiveram através das horríveis tenta­
triunfo completo de Deus e Seu reino. As características desse
ções e perseguições na luta com a besta e todas as suas for­
reino são glória e poder manifestados.
ças. Esse testemunho tem sua fonte no espirito da profecia.
19.4 Vinte e quatro anciãos. Talvez simbolizem todos os sal­
19.11 Cavalo branco. Símbolo da Vinda de Cristo em vitória
vos, antes como depois de Cristo, (untos representariam a
(cf 6.2). O cavaleiro e o Messias vindo para reinar. Fiel e Verda­
Esposa (v 7). Outra idéia vê neles anjos dos mais majestosos
(cf 4.4n). deiro. Títulos de Cristo (cf 3.14 e 1.5) que descrevem a segu­
rança com que se deve confiar nas promessas de Cristo
19.6 Reina o Senhor. O gr tem o aoristo, "reinou". A melhor (M t 24.35). Com justiça. C f a descrição do Messias em
tradução seria "O Senhor iniciou seu reino". Os poderes satâ­ Is 9 .3 -5 ; 11.4.
nicos são derrotados, preparando o caminho para a Vinda de
Cristo. 19.12 Muitos diademas. Multiplica-se o número de coroas,
por causa de Cristo exercer Sua soberania justa sobre todos os
19.7 esposa. Representa a Igreja inteira, e não apenas alguma
reis e príncipes da terra. Ele já é Rei dos reis e Senhor dos
seção dela (cf Is 54.5 e 6; 62.5; (r 31.32; Ef 5 .2 5 -3 2 ) já se
senhores (v 16; Fp 2.9). Quando Cristo voltar despojará o po­
ataviou. C f 1 )o 3.2,3; 2 C o 7.1; Mt 25.6,7.
der que se opõe a Deus. Nome. Este faz lembrar o nome
19.9 Chamados à ceia. Os convidados e a esposa têm o secreto que Ele dará aos Seus fiéis depois de findar a luta
mesmo significado, como também são idênticas a noiva e a (cf 2.17n).
cidade santa (21.2,9,10). Não por mérito próprio mas só por
19.13 Verbo de Deus. C r logos, "palavra", "razão”. Este
convite é que os santos participaram das bodas do Cordeiro.
nome, agora exposto a todos, é aquele que por excelência o
Verdadeiras palavras. A declaração do anjo assegura aos fiéis
apóstolo joão usou para descrever jesus Cristo no seu evange­
que a promessa desta maravilhosa festa se cumprirá.
lho (lo 1.1-4,14). £ só joão que emprega este nome, que
APOCALIPSE 19.14 1782
sangue, e o seu nome se chama o Verbo de 19.13
imagem. Os dois foram lançados vivos dentro
wls 63.2-3;
Deus;" 1)o 5.7 do lago de fogo que arde com enxofre.
14 e seguiam-no os exércitos que há no 21 Os restantes foram mortos com a es­
céu, montando cavalos brancos, com vestidu­ 19.14 *Mt 28.3 pada que saía da boca daquele que estava
ras de linho finíssimo, branco e puro.* montado no cavalo. E todas as aves se farta­
15 Sai da sua boca uma espada afiada, 19.15 ySI 2.9 ram das suas carnes/
ris 63.3; )1 3.13;
para com ela ferir as nações; e ele mesmo as Ap 14.20
regerá com cetro de ferro»' e, pessoalmente, A prisão de Satanás p o r m il anos.
pisa o lagar do vinho* do furor da ira do 19.16 A prim eira ressurreição
Deus Todo-Poderoso. °Dn 2.47;
O A
Então, vi descer do céu um anjo; ti-
ITm 6.15
16 Tem no seu manto e na sua coxa um nha na mão a chave do abismo e uma
nome inscrito: R e i d o s R e is e S e n h o r19.17 t>Ez 39.17 grande corrente. 9
d o s S e n h o r e s .0 2 Ele segurou o dragão, a antiga ser­
17 Então, vi um anjo posto em pé no sol, 19.18 C(17-18) pente h, que é o diabo, Satanás, e o prendeu
e clamou com grande voz, falando a todas Ez 39.4,17-20 por mil anos;
as aves que voam pelo meio do céu: Vinde, 3 lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo
19.19
reuni-vos para a grande ceia de Deus,b <Mp 16.16 sobre ele, para que não mais enganasse as
18 para que comais carnes de reis, carnes nações até se completarem os mil anos. De­
de comandantes, carnes de poderosos, carnes 19.20 pois disto, é necessário que ele seja solto
de cavalos e seus cavaleiros, carnes de todos, eAp 13.1-18 pouco tempo.'
quer livres, quer escravos, tanto pequenos 4 Vi também tronos/, e nestes sentaram-
19.21
como grandes.c fAp 17.16 se aqueles aos quais foi dada autoridade de
19 E vi a besta e os reis da terra, com os julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por
seus exércitos, congregados para pelejarem 20.1 9Ap1.18 causa do testemunho de Jesus, bem como por
contra aquele que estava montado no cavalo e causa da palavra de Deus, tantos quantos não
contra o seu exército .d 20.2 6Ql 3.1 adoraram a besta, nem tampouco a sua ima­
20 Mas a bestae foi aprisionada, e com gem, e não receberam a marca na fronte e na
20.3/Dn 6.17
ela o falso profeta que, com os sinais feitos mão; e viveram e reinaram com Cristo du­
diante dela, seduziu aqueles que receberam a 20.4/Dn 7.9, rante mil anos.
marca da besta e eram os adoradores da sua 22,27 5 Os restantes dos mortos não reviveram

mostra Cristo como a Revelação da Vontade Divina, ao salvar, maus igualmente. A narrativa do Apocalipse frequentemente
ao julgar, ao aniquilar toda a iniquidade, e ao criar de novo se volta para um assunto já tratado, para então acrescentar
todas as coisas. uns retoques ao quadro geral.
19.14 Exércitos.. . no céu. Os anjos do Senhor dos Exércitos 19.20 Lago de fogo. É um símbolo diferente do abismo men­
acompanham a jesus Cristo na Sua volta (cf Mt 25.31), para cionado em 9 .1 -3 e 20 .1 -3 . Aqui se trata do jazigo final de
executar a justa sentença de Deus contra o império da besta Satanás, da besta, do falso profeta e de todos os malignos e
e dos reis da terra (v 19). ímpios (cf 21.8). A doutrina do inferno é, enfaticamente ensi­
19.15 Espada afiada. Cf também 1.16; 2.12,16. A única nada aqui, ainda que seja descrita simbolicamente. Nem a
arma que Cristo utiliza é a Sua palavra que executará a conde­ descrição do céu nos cap 4, 5, 21 e 22 deixa de empregar
nação dos pecadores e regerá o mundo com equidade linguagem metafórica também. jr
(Is 11.4). O terrível poder da "Palavra" se nota também em 20.2 Mil anos. O milênio, ó reinado de Cristo na terra, substi­
Hb 4.12,13. tui na totalidade o império do anticristo e seus seguidores.
19.17 Grande ceia de Deus. Contraste completo com a ceia Cristo é o Leão da tribo de |udá (5.5), e é Ele, Rei dos reis e
das bodas do Cordeiro (v 9). A vinda dos urubus dramatiza o Senhor dos senhores, que tem o direito de reger. Deve-se
quadro da derrota da besta e dos seus (cf Mt 24.28). Aqui são admitir que este reinado existirá aqui na terra, cumprindo
convidados para vir ao campo da batalha para se alimenta­ muitas profecias do AT, antes do julgamento final e o fim do
rem daqueles que eram os poderosos do mundo, pois não mundo, cf SI 72.1 -2 0 ; Is cap 2; 8; 9; 11; 24; 30; 32; 35; 44;
sobrará ninguém para enterrar seus cadáveres. Ceia de Deus. 49; 65; 5 9 .1 6 -1 8 ; 6 3 .1 -6 ; |r 2 3 .5 -7 ; 3 3 .1 4 -1 6 ;
I.e., porque Deus a prepara. Esta cena surge depois da grande Ez 3 6 .1 6 -1 8 ; cap 4 0 -4 8 ; Z c 6 .1 2 -1 4 ; Dn 7 .1 -2 8 ;
batalha em Armagedom na qual o Messias é vencedor, bata­ Mq 4 .1-4 ; Mt 25.31-32; 1 Co 15,24-28.
lha esta descrita em 16.16. 20.4 Todos os santos compartilham no reinado de Cristo,
19.19 Para pelejarem. A besta, cujo exército se descreve em não somente os mártires ressurretos (cf Dn 9.7).
16.13-14, comanda uma liga de dez reis contra Babilônia 20.5 Primeira ressurreição. A dos justos (Lc 14.14) que pre­
(17.16-18), com o propósito de também lutar contra o Cor­ cede o arrebatamento dos vivos na Vinda de Cristo
deiro (17.14). As forças do Maligno querem arruinar bons e (1 Ts 4 .16-17; 1 Co 15.52). A ressurreição dos justos e a dos
1783 APOCALIPSE 21.4
até que se completassem os mil anos. Esta é 2 0.6‘ Is 61.6; pequenos, postos em pé diante do trono. En­
1Pe 2.9
a primeira ressurreição. tão, se abriram livros. Ainda outro livro, o
6 Bem-aventurado e santo é aquele que 20.7 IAp 20.2 Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram
tem parte na primeira ressurreição; sobre es­ julgados, segundo as suas obras, conforme o
ses a segunda morte não tem autoridade; pelo 20.8 que se achava escrito nos livros.o
contrário, serão sacerdotes de Deus e de m£z 38.1-16 13 Deu o mar os mortos que nele estavam.
Cristo e reinarão com ele os mil a n o s / 20.9 " Is 8.8 A morte e o além entregaram os mortos que
neles havia. E foram julgados, um por um,
Satanás é solto e derrotado 20.10 segundo as suas obras/
7 Quando, porém, se completarem os mil t>Ap 14.10-11 14 Então, a morte e o inferno foram lança­
anos, Satanás será solto da sua prisão' dos para dentro do lago de fogo. Esta é a
20.11
8 e sairá a seduzir as nações que há nos pDn 2.35; segunda morte, o lago de fo g o /
quatro cantos da terra, Gogue e Magoguem, a 2Pe 3.7,10-11 15 E, se alguém não foi achado inscrito no
fim de reuni-las para a peleja. O número des­ Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do
20.12 9(11-12)
sas é como a areia do mar. lago de f o g o /
Dn 7.9-10
9 Marcharam, então, pela superfície da
terra e sitiaram o acampamento dos santos e a 20.13‘ Ap 6.8 O novo céu e a nova terra
cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e 1 Vi novo céuu e nova terra, pois o
os consumiu." 20.14 A t -L primeiro céu e a primeira terra passa­
ü Co 15.26;
10 O diabo, o sedutor deles, foi lançado Ap 15.6 ram, e o mar já não existe.
para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já 2 Vi também a cidade santa1', a nova Je­
se encontram não só a besta como também o 20.15 rusalém, que descia do céu, da parte de Deus,
falso profeta; e serão atormentados de dia e de (Ap 19.20 ataviada como noivaw adornada para o seu
noite, pelos séculos dos séculos.0 esposo.
21.1 uIs 65.17;
66.22; 2Pe 3.13 3 Então, ouvi grande voz vinda do trono,
O ju ízo de Deus dizendo: Eis o tabernáculo de Deus* com os
11 Vi um grande trono branco e aquele 21.2 Ws 52.1 homens. Deus habitará com eles. Eles serão
»Is 61.10
que nele se assenta, de cuja presença fugiram povos de Deus, e Deus mesmo estará com
a terra e o céu, e não se achou lugar para 21.3 *Ez 37.27 eles.
eles.P 4 E lhes enxugará dos olhos toda lá­
12 Vi também os mortos, os grandes e os 21.4 yls 25.8 grima»', e a morte já não existirá, já não ha-

ímpios (D n12.2; Jo 5.29), não ocorrem na mesma altura, 20.14 A linguagem simbólica deste versículo significa que a
mas separadamente, como confirma v 12. morte deixará de existir ou ameaçar durante toda a eter­
20.6 Segunda morte. A primeira é física, a morte do corpo; a nidade.
segunda é espiritual, a separação da alma da vida que é Deus. 21.1 Novo (gr kainos "novo em qualidade além de novo tem­
20.8 Sairá a seduzir. Satanás não muda de ambição durante poralmente" cf 20.11). Contemplamos um universo de tipo
o milênio. Suas armas mais eficientes desde Gn 3 até Ap 20.1 diferente, no qual não há necessidade do Sol, da lua e das
têm sido a sedução e a mentira (Jo 8.44; 1 Jo 2.22) que cega estrelas (v 23). O mar já não existe. Talvez o mar simbolize a
a humanidade (2 Co 4.4). Novamente as exerce sobre as na­ desordem, o conflito, a maldade. O sentido seria que o mal é
ções de Gogue e Magogue. O próprio diabo dirigirá as forças. excluído da nova ordem. Bem pode ser literal esta visão da
Mas será derrotado como a besta, o falso profeta e a meretriz, nova criação (cf Rm 8 .19-22). Em oposição ao pensamento
e seu fim é o mesmo (v 10). Satanás será solto (v 7) para filosófico grego que separa o mundo material da ordem espi­
vindicar a justiça de Deus em julgar os ímpios, pois não é por ritual, a Bíblia consistentemente ensina que o homem viverá
causa do ambiente ou circunstância difíceis que o homem etemamente sobre a terra redimida, perfeitamente adaptada
não ama e obedece a Deus. O fato de que após o reinado à felicidade dos remidos.
perfeito de Cristo as nações ainda serão susceptíveis aos con­ 21.2 Gdade Santa. A Nova Jerusalém é a Igreja, preparada
vites a se rebelarem contra Deus, mostra a profundeza da como noiva, prefigurando a união entre Deus e Seu povo
pecaminosidade do homem. salvo e purificado (cf Ef 5 .26-27). A separação em decorrên­
cia do pecado no jardim (Gn 3) está superada.
20.12 Os mortos. Depois do Milênio (w 2 -6 ) vem a ressur­
reição dos injustos e o julgamento final. O critério deste julga­ 21.3 O tabernáculo de Deus. Significa que Deus passa a convi­
mento será "segundo as suas obras" (v 13), o que significa ver com Seu povo (cf a mesma palavra Jo 1.14). Deus consti­
que as penalidades corresponderão à culpa de cada pecador tuiu Seus filhos em Reino e Sacerdócio, e estes passam a ter o
(cf Lc 12.47-48; Rm 2.6ss). O Livro da Vida. Tem os nomes direito de viver na Sua presença.
dos que creram em Cristo e foram salvos pela graça de Deus 21.4 Todos os males decorrentes do pecado no mundo atual
(Êx 32.32 e 33). serão esquecidos no mundo novo (cf 1 Jo 3.2).
APOCALIPSE 21.5 1784
vefá lutoz, nem pranto, nem dor, porque as 21.4 2(s 65.19 13 Três portas se achavam a leste, três,'ao
primeiras coisas passaram. norte, três, ao sul, e três, a oeste.'
21.5 o|s43.19;
5 E aquele que está assentado no trono 2Co 5.17 14 A muralha da cidade tinha doze funda­
disse: Eis que faço novas todas as coisas. E mentos, e estavam sobre estes os doze nomes
acrescentou: Escreve, porque estas palavras 21.6 Ns 55.1 dos doze apóstolos do Cordeiro./
são fiéis e verdadeiras.0 15 Aquele que falava comigo tinha por
6 D isse-m e ainda: Tudo está feito. Eu sou 21.7 medida uma vara de ouro para medir a ci­
o Alfa e o Omega, o Princípio e o Fim. Eu, a c2Sm 7.14; dade*, as suas portas e a sua muralha.
1Cr 17.15
quem tem sede, darei de graça da fonte da 16 A cidade é quadrangular, de compri­
águah da vida. mento e largura iguais. E mediu a cidade com
21.8
7 O vencedor herdará estas coisas, e eu 410)6.9-10; a vara até doze mil estádios. O seu compri­
lhe serei Deusc, e ele me será filho. 0 5.5; 1Tm 1.9; mento, largura e altura são iguais.
8 Quanto, porém, aos covardes, aos incré­ Ap 20.14-15
17 Mediu também a sua muralha, cento
dulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos e quarenta e quatro côvados, medida de ho­
21.9 eAp 15.1
impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a to­ mem, isto é, de anjo.
dos os mentirosos, a parte que lhes cabe será 18 A estrutura da muralha é de jaspe; tam­
21.10 fEz 40.2
no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, bém a cidade é de ouro puro, semelhante a
a segunda morte.d 21.11 vAp 22.5 vidro límpido.
19 Os fundamentos da muralha da cidade
A nova Jerusalém 21.12 estão adornados de toda espécie de pedras
9 Então, veio um dos sete anjos que têm as íiEz 48.31-34 preciosas. O primeiro fundamento é de jaspe;
sete taças cheias dos últimos sete flagelos e o segundo, de safira; o terceiro, de calcedô-
falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a 21.13 '(12-13) nia; o quarto, de esmeralda;'
Ez 48.30-34
noiva, a esposa do Cordeiro;e 20 o quinto, de sardônio; o sexto, de sár-
10 e me transportou, em espírito, até a 21.14 dio; o sétimo, de crisólito; o oitavo, de berilo;
uma grande e elevada montanha* e me mos­ /Mt 16.18; o nono, de topázio; o décimo, de crisópraso;
trou a santa cidade, Jerusalém, que descia do Ef 2.20 o undécimo, de jacinto; e o duodécimo, de
céu, da parte de Deus, ametista.
21.15 *Ez 40.3
11 a qual tem a glória de Deus. O seu 21 As doze portas são doze pérolas, e cada
fulgor era semelhante a uma pedra preciosís­ uma dessas portas, de uma só pérola. A praça
21.19 <ls 54.11
sima, como pedra de jaspe cristalina.9 da cidade é de ouro puro, como vidro transpa­
12 Tinha grande e alta muralha, doze por­ rente.'”
21.21 m(18-21)
tas, e, junto às portas, doze anjos, e, sobre Is 54.11-12 22 Nela, não vi santuário, porque o seu
elas, nomes inscritos, que são os nomes das santuário é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso,
doze tribos dos filhos de Israel.h 21.22"|0 4.23 e o Cordeiro.”

21.8 Mentirosos. Especialmente os que negam que Jesus é o 21.16 Quadrangular. Alguns acham que este símbolo reflete
Cristo (1 Jo 2.22). o conceito grego que o cubo, igual em comprimento, largura
21.9 A noiva. A cidade santa (v 10) é a noiva (v 2); foi e altura, representa a perfeição. Outros lembram que o Santo
esta cidade que Abraão aguardava pela fé obediente, dos Santos no Tabernáculo também era um cubo perfeito. É
Hb 11.10-16; cf Ap 21.22-24. Alguns intérpretes situam inegável a ênfase na idéia do completo, do belo, da simetria
esta santa cidade durante o milênio por causa das referências e do tamanho impressionante, que aponta para a obra de
às nações (v 24; 22.2). Deus como Edificador do Seu povo e Construtor da Igreja
glorificada (cf Ef 2.19-22).
21.11 jaspe cristalina. O povo santificado compartilha da gló­
ria do próprio Criador, que já se descreveu como semelhante
21.18 Ouro.. . vidro límpido. Aponta para a preciosidade, be­
ao jaspe (4.3). Provavelmente a pedra em vista seja o dia­
leza perpétua e pureza cristalina da Igreja na presença de
mante (cf Ez 43.5).
Cristo. Nunca mais estará sujeita à sedução do diabo
21.12 Doze portas. Simbolizam o ingresso dos salvos, os (Cn 3.1 -7 ), nem à contaminação do pecado (v 27).
144.000 mencionados em 7.4-8.
21.14 Doze fundamentos. Cada seção da cidade, entre cada 21.22 Nõo vi santuário. A presença do templo em Jerusalém
porta, teria um fundamento diferente, simbolizando os doze era uma lembrança perpétua de que todo o pecador carece
apóstolos, os quais, juntamente com as doze tribos menciona­ da glória de Deus, e que precisa da salvação (cf Rm 3.23-24).
das no v 12, representariam a coletividade cristã, e não mem­ Entrar no Santo dos Santos significava a morte imediata do
bros individuais, por importantes que estes sejam (veja os transgressor. Na nova terra, todo lugar é lugar de plena co­
vinte e quatro anciãos em 19.4n). munhão entre Deus e os remidos (22.3).
1785 APOCALIPSE 22.11
23 A cidade não precisa nem do sol, nem 21.23 »Is 60.19 eles, e reinarão pelos séculos dos séculos)'.
da lua°, para lhe darem claridade, pois a gló­ 21.24 Pis 60.3
ria de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua A certeza do cum prim ento
lâmpada. 21.25 9lS 60.11; da profecia deste Uvro
Zc 14.7
24 As nações andarão mediante a sua luz, 6 Disse-m e ainda: Estas palavras são fiéis
e os reis da terra lhe trazem a sua glória. P 21.26 *(25-26) e verdadeiras. O Senhor, o Deus dos espíritos
25 As suas portas nunca jamais se fecha­ Is 60.11
dos profetas, enviou seu anjo para mostrar aos
rão de dia, porque, nela, não haverá noite. 9
21.27 Os 52.1 seus servos as coisas que em breve devem
26 E lhe trarão a glória e a honra das
acontecer.2
ilações.r 22.1 (Ez47.1; 7 Eis que venho sem demora. Bem-aven­
27 Nela, nunca jamais penetrará coisa al­ Zc 14.8
turado aquele que guarda as palavras da pro­
guma contaminada5, nem o que pratica abo­
22.2 uGn 2.9 fecia deste livro.0
minação e mentira, mas somente os inscritos
no Livro da Vida do Cordeiro. 22.3 vZc 14.11
^ ^ Então, me mostrou o rio da água da
A s adm oestações e as prom essas fin a is
vida1, brilhante como cristal, que sai 22.4 «Mt 5.8; 8 Eu, João, sou quem ouviu e viu estas
ICo 13.12; coisas. E, quando as ouvi e vi, prostrei-me
do trono de Deus e do Cordeiro. 1)o 3.2
2 No meio da sua praça, de uma e outra ante os pés do anjo que me mostrou essas
margem do rio, está a árvore da vida“, que 22.5 *ls 60.19 coisas, para adorá-lo .b
yDn 7.18,27
produz doze frutos, dando o seu fruto de mês 9 Então, ele me disse: Vê, não faças isso;
em mês, e as folhas da árvore são para a cura 22.6 ^Ap 1.1 eu sou conservo teu, dos teus irmãos, os pro­
dos povos. fetas, e dos que guardam as palavras deste
3 Nunca mais haverá qualquer maldição1'. 22.7 a Ap 1.3 livro. Adora a D eus.c
Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. 10 D isse-m e ainda: Não seles as palavras
2 2.8&Ap 19.10
Os seus servos o servirão, da profecia deste livro, porque o tempo está
4 contemplarão a sua face, e na sua fronte 22.9 cAp 19.10 próximo .d
está o nome dele." 11 Continue o injusto fazendo injustiça0,
22.10 dDn 8.26
5 Então, já não haverá noite*, nem preci­ continue o imundo ainda sendo imundo; o
sam eles de luz de candeia, nem da luz do 22.11 justo continue na prática da justiça, e o santo
sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre *Dn 12.10 continue a santificar-se.

21.23 Glória. Cristo é a glória manifesta de Deus Pai será aceita com júbilo. Assim se cumprirá a petição de
(|o 1.14). Na nova existência celestial, não haverá necessi­ Mt 6.10.
dade de luz ou calor irradiados de uma fonte física, pois Deus 22.4 Contemplarão. Em toda a Bíblia se nega a possibilidade
é todo em tudo (Is 60.19). do homem pecador contemplar a face de Deus (Êx 33.20;
21.24 As nações. As nações e os povos serão representados, jo 1.18). Em Cristo, porém, já não existe mais condenação
gozando dos benefícios que a salvação ofereceu universal­ (Rm 8.1).
mente ao mundo inteiro (Is 60.3; Ap 5.9; 7.9). Os reis. Podem 22.7 Profecia deste livro. Uma reivindicação de veracidade e
ser aqueles que se convertem antes do julgamento, ou talvez de autoridade divina (cf w 18-19).
seja a ocasião na qual todo joelho se dobrará perante jesus
22.9 O Apocalipse é a revelação de jesus Cristo, mas as visões
Cristo, inclusive os dos Seus inimigos e algozes (fp 2.4-11).
foram transmitidas para joão através de um anjo (v 16). Teus
21.25 jamais se fecharão. A cidade santa não conhecerá escu­ irmãos, os profetas, joão aqui está sendo reconhecido como
ridão e nunca poderá ser ameaçada por qualquer perigo porta-voz de Eleus, assim como os demais profetas do AT e
(cf Is 11.9-10). doNT.
22.1 Rio da água da vida. Simboliza que a nossa salvação foi 22.10 Não seles. Ao contrário do profeta Daniel, joão recebe
iniciada e consumada por Deus e pelo Cordeiro. O rio da a ordem de não selar seu livro "até o tempo do fim"
graça procede do trono de Deus e do Cordeiro (cf Ez 47.1) e (cf Dn 8.26; 12.4,9). O Apocalipse é revelado para a Igreja
fluirá por toda a eternidade. em todas as gerações, inclusive a de joão. O tempo está pró­
22.2 Árvore da vida. Esta seria a árvore proibida a Adão e Eva ximo. Assim também durante a passagem dos anos a Igreja
depois da queda (Cn 3.24). Agora está à disposição de todos deve viver na expectativa purificadora da proximidade da se­
os justificados. Os frutos e as folhas desta árvore simbolizam a gunda vinda (cf 1 Co 7.29,31).
transbordante abundância e a consumação da nossa salvação 22.11 Continue. Na medida em que o dia do cumprimento
que Cristo trouxe na Sua vida e morte por nós (Jo 10.10). final das profecias do Apocalipse se aproxima, tanto mais difí­
22.3 Servos o servirão. Lit "escravos prestarão culto a Ele". No cil se torna uma transferência de lealdades. O livro demonstra
reino eterno (1 Co 15.28) a plena soberania de Deus e Cristo a dureza dos impenitentes.
APOCALIPSE 22.12 1786
12 E eis que venho sem demora, e comigo 22.12 Ms40.10; sede venha', e quem quiser receba de graça
62.11 9 SI 28.4
está o galardão' que tenho para retribuir a a água da vida.
cada um segundo as suas obras®. 22.13/1 Is 44.6;
13 Eu sou o Alfa e o Omega, o Primeiro e 48.12 A conclusão do livro
o Último'1, o Princípio e o Fim. 22.14 !Cn 2.9; 18 Eu, a todo aquele que ouve as palavras
14 Bem-aventurados aqueles que la­ 3.22 da profecia deste livro, testifico: Se alguém
vam as suas vestiduras [no sangue do Cor­ 22.15 lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acres­
deiro], para que lhes assista o direito à llC o 6.9-10; centará os flagelos escritos neste livro;m
árvore da vida1, e entrem na cidade pelas Fp 3.2; 19 e, se alguém tirar qualquer: coisa das
Ap 9.20-21
portas. palavras do livro desta profecia, Deus tirajá a
15 Fora ficam os cães, os feiticeiros, os 22.16 *ls 11.1 sua parte da árvore da vida, da cidade santa e
impuros, os assassinos, os idólatras e todo das coisas .que se acham escritas neste livro.n
22.17 Ms 55.1
aquele que ama e pratica a mentira./ 20 Aquele que dá testemunho destas coi­
16 Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos 22.18 mDt 4.2 sas diz: Certamente, venho sem demora.
testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz 22.19 "(18-19) Amém! Vem, Senhor Jesus!0
e a Geração de Davi*, a brilhante Estrela da Dt 4.2; 12.32
manhã. A bênção
22.20
17 O Espírito e a noiva dizem: Vem! o)o21.25; 21 A graça do Senhor Jesus seja com
Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem 2Tm 4.8 todos.

22.12 Galardão. C f as promessas de Cristo de galardoar os mérito próprio para receber à salvação (Ef 2.8-9).
vencedores (2.7,11,17,26-28; 3.5,12,21) e de retribuir aos
rebeldes (21.8). 22.18,19 Este livro inspirado é para nosso eterno benefício e
aviso. É a Palavra de Deus; não pode ser desprezado como
22.17 0 Espírito e a noiva. Este é o último apelo evangelístico palavra de homens, sem se lançar no arraial do inimigo e
do Espírito pregado pela Igreja. • N. H om . Os que anseiam receber sua maldição.
pela Vinda de Cristo: 1) O Espírito, que inspira o profeta e
ilumina a Igreja; 2) A Noiva, a Igreja ataviada (21.2; Èf 5.27); 22.20 Vem, Senhor jesus. Esta oração traduz "Maranata"
3) Os que têm sede de justiça (cf Mt 5.6; Is 55.1; Ap 21.6); (1 Co 16.22). Esta palavra aramaica se repetia na ceia regular­
4) Os humildes que reconhecem que não têm nenhum mente na Igreja Primitiva.

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