Boletim Judaico-Adventista

de Informação

SHABAT,
10 de março de 2018
23 de Adar de 5778
Edição 771
jewishadventist.org

PARASHÁ DA SEMANA

Vaiac’hel- Pecudê
‫קּודי‬
ֵ ‫פ‬-‫ל‬
ְ ‫וַ יַ ְק ֵה‬
Êxodo 35:1-40:38

HAFTARÁ ESCRITOS APOSTÓLICOS

1 Reis 7:13- 8:21 João 14:15-26

Boletim semanal de informação e
treinamento publicado pelo World
Jewish Adventist Friendship Center
(Centro Mundial de Fraternidade
Pedidos de Oração
Judaico-Adventista) com o apoio da
Conferência Geral Escritório da
Missão Adventista.

Oramos semanalmente pelo Ministério

Judaico. Sugiro que oremos de 11 a 17 de
10 de março de 2018
23 de Adar de 5778 Março por Mark Hart em Baltimore (EUA).
Edição 771 Liderar a congregação não é uma missão
fácil, portanto oremos por este ministério.
Edição em Inglês
Richard-Amram Elofer
richard@elofer.com

Edição em Russo
Alexandra Obrevko
sashok_l@mail.ru

Edição em Francês

Nesta Edição
Sabine Baris
sabinebaris@gmail.com

Edição em Português
Carlos Muniz
cdmuniz@gmail.com Notícias 3
Parashá   4a7
Edição em Holandês
Hubert Paulleta Haftará 8
hpauletta@hotmail.com Escritos Apostólicos 8 e 9
Canto da Inspiração 9
Edição em Português Histórias e Tradições 10
Editor Parashá Infantil 11
Carlos Muniz

Projeto gráfico
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Sampaio, Roberto Rheinlander,
Thales de Oliveira e Vinicius
Assef
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vir músicas judaicas ou messiâncias,
além de poder ouvir a B’rit Hadashá
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a parashá enviados semanalmente.

2
 NOTÍCIAS

Purim no Rio de Janeiro

A
Beth B’nei Tsion do Rio de Janeiro
realizou sua festa de Purim no
Shabat, 3 de Março. A festa teve
todo o aparato alegre que a caracteriza,
com o estudo do livro de Ester e sua
aplicação espiritual. Cerca de 40 pes-
soas compareceram, entre membros e
convidados adventistas e judeus.

Purim na Nova Zelândia

R
ichard Elofer esteve em Wellington
no Shabat 3 de Março celebrando
e ensinando a congregação sobre
Purim. Primeiro, com um momento na
casa de uma família da congregação
com o acendimento de velas e o kidush.
No Shabat, foi feito um estudo so-
bre Purim. Importante, pois na tradição
judaica e no nome, Purim é comparado ao
Kipur, que em hebraico é chamado Yom
Hakipurim e a tradição judaica traduziu o
nome para uma festa é que “como”, daí o
sentido de “Ki” Purim. Assim, Purim é feito
em conexão com o dia da expiação. Em
adição, os sábios dizem que todas as fes-
tas de Israel serão abolidas com a chega-
da do Messias. Exceto Purim. Assim, o que
fazemos, precisamos entender aqui.

3
 PARASHÁ
Êxodo 35:1-40:38
Vaiac’hel- Pecudê
‫קּודי‬
ֵ ‫פ‬-‫ל‬
ְ ‫וַ יַ ְק ֵה‬
VAIAC’HEL
Moshe exorta os filhos de Israel a
guardarem o Shabat e pede doações
para os materiais para a construção do
Mishkan. Ele coleta ouro, prata, pedras
preciosas, peles e fios, bem como incenso
e azeite para a menorah e a unção. Os
príncipes de cada tribo trazem pedras
preciosas para o peitoral e o éfode do
Cohen Gadol. D’us escolhe Betsalel e Aho-
liav como artesãos-chefes. Os israelitas
doam tanto que Moshe precisa mandá-los
parar de doar. Cortinas especiais com
duas coberturas diferentes foram desig-
nadas para o teto e a entrada do Mishkan.
Placas cobertas de ouro em bases de
prata foram ligadas, fazendo as paredes
do Mishkan. Betsalel fez a Arca sagrada
de madeira coberta com ouro. Na tampa
da Arca, há dois anjos, um olhando para
o outro. A menorá e a mesa dos pães da
proposição também eram de ouro. Dois
altares foram feitos: um pequeno altar
de incenso, feito de madeira coberta com
ouro e um maior para sacrifícios, feito de
madeira coberta com bronze.
À SOMBRA DE D’US
O rabino Zev Leff disse em nome do
rabino Shmuel Bar Nachmani, que falou
em nome do Rabino Yonasan: o nome de
Betsalel indica sua sabedoria, pois
quando D’us disse a Moisés para dizer a
Betsalel que fizesse o Mishkan (taberná-
culo), uma Arca e utensílios, Moisés
inverteu a ordem e disse-lhe nessa
4
PECUDÊ
O livro de Shemot conclui com esta
Parashá. Após finalizar todas as pe-
ças, utensílios e vestuários usados no
Mishkan, Moshe dá um relatório com-
pleto e a enumeração das contribuições
e das várias vestimentas e utensílios que
foram confeccionados. Os filhos de Isra-
el trazem tudo a Moshe. Ele inspeciona
o trabalho manual e percebe que tudo
foi feito de acordo com as especifica-
ções dadas pelo Eterno. Moshe abençoa
o povo. D’us fala com Moshe e diz-lhe
que o Mishkan deve ser inaugurado no
primeiro dia do primeiro mês (Nissan).
Ele também diz a Moshe as ordenanças
a serem praticadas no Mishkan. Moshe
faz tudo da maneira descrita. Quando o
Mishkan é finalizado com cada peça em
seu lugar, uma nuvem desce sobre ele,
indicando que a glória de D’us pousa-
va ali. Quando a nuvem se movia do
Mishkan, os filhos de Israel seguiam-na.
À noite, a nuvem era substituída por
uma coluna de fogo.
sequência: “Faça e Arca, os utensílios e o
Mishkan” Betsalel disse então: “Moisés, o
caminho do mundo é construir uma casa
e depois trazer os utensílios, mas você
me disse para primeiro fazer os utensílios
e depois o Mishkan. Onde colocarei os
utensílios que faço? Talvez o Eterno tenha
dito que você fizesse o Mishkan primeiro
e depois a Arca e os utensílios”.
 PARASHÁ

Moisés respondeu: “Você se chama D’us designou Nissan como o primei-

Betsalel, o que significa” à sombra de ro mês para nos ensinar que a existência
D’us “, pois você sabia exatamente e o futuro do Seu povo não é um fenô-
como interpretar as palavras de D’us meno natural, mas é essencialmente
como se estivesse lá, em sua sombra”. milagroso. Agora, mais de 3400 anos
(Talmud - Brachot 55a). após o êxodo, continuamos a ver que a
existência do povo de D’us é apenas
O PRIMEIRO MÊS DO ANO devido aos milagres Dele. Todos lembra-
O calendário judaico foi estabelecido mos que outro grande milagre ocorreu
no êxodo. Antes da libertação do Egito, em Nissan, a vinda e a revelação do
não há provas na Bíblia de um calendá- Messias em Nissan do ano 31 EC.
rio, exceto o Shabat, que foi dado na
criação. Na época da libertação do Egito,
o Eterno designou Nissan para ser o
primeiro mês do ano. Mais tarde, o mês
de Tishrê, que era originalmente o E os homens
sétimo, tornou-se o primeiro. Podemos
dizer que o povo judeu tem dois primei- com as mul-
ros meses. Nissan mês de Pêssach, e heres, todos os
Tishrê, o mês de Rosh Hashaná.
Os estudiosos judeus explicam a doadores de coração,
diferença entre o mês de Tishrê e vieram e trouxeram
Nissan desta maneira: D’us governa o
mundo em dois níveis; através da pulseiras e aros, anéis,
“natureza” e através de “milagres”. cintos de castidade e
O mês de Tishrê representa o nasci-
mento do universo. Representa a todo objeto de ouro; e
criação e as leis da natureza. Mas Nissan todo homem que sepa-
representa milagres. O nome Nissan é
da palavra Nes, que significa milagre. rou oferta de ouro para
Pois no mês de Nissan aconteceu o o Eterno.”
maior de todos os milagres, quando o
povo hebreu foi liberto do Egito. Êxodo 35:22

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5
 PARASHÁ
OS TESOUREIROS DO SANTUÁRIO
A parashá Pecudê começa dizendo:
“Eleh Pecudê Hamishkan” traduzindo:
“Estas são as contas do Tabernáculo”
(Êxodo 38:21). O rabino Samson Hirsch
traduz “Existem relatos da moradia do
testemunho...” O rabino Hirsch afirma que
o significado da palavra Pecudê é obscuro.
Pecudê geralmente é interpretado como
um relato da doação e dos usos aos quais
eles foram colocados. Esta interpretação,
no entanto, apresenta dificuldades que
não são fáceis de conciliar. Além disso, em
nenhum outro lugar da Escritura, Pikud
ou Pakad ocorrem no sentido da quanti-
dade total de material. Em outros lugares,
ocorre no sentido da enumeração (lista)
das pessoas Números 1:44; 3:15, 39-40 ...)
Rabi Hirsch acrescenta: “De acordo com
isso, Pecudê Hamishkan são todas as
coisas que vêm à mente em conexão com
a idéia de Mishkan (Santuário), todas as
coisas que pertencem ao Mishkan e
essencialmente o constituem. Há todas as
coisas feitas para o Mishkan.
Concedida, esta interpretação de
Pecudê exigiria uma explicação da
palavra Eleh para esta palavra no início
de um capítulo geralmente se refere ao
que se segue e não ao que precede.
Mas essa dificuldade pode ser resolvida
se considerarmos que, de fato, o que se
segue aqui é uma continuação do
conteúdo dos capítulos anteriores.
De fato, o verso “Estas são as contas do
Tabernáculo, o Tabernáculo do Testemu-
nho, que foram enumeradas por ordem
de Moisés, para o serviço dos levitas,
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6
através de Itamar ben [filho de] Arão, o
sacerdote.” (Êxodo 38:21) significa: todo o
inventário do Santuário foi confiado ao
cuidado dos levi’im sob a supervisão de
Itamar. Eles se tornaram os tesoureiros.
FEITO COMO O ETERNO MANDOU
O último verso do capítulo 39 nos dá a
apreciação de Moshe no trabalho realiza-
do no Santuário: “E Moisés viu toda a
obra, e eis que a fizeram conforme o
Eterno ordenara, e assim a fizeram; e
Moisés abençoou-os.” (Êxodo 39:43). Ele
observou que o trabalho tinha duas
características distintas: 1) ‘Assu Otah’,
eles tinham feito isso: cada parte do
trabalho, do menor ao maior, expressava
toda a personalidade, a devoção, a
capacidade de resposta entusiasmada e o
dinamismo da nação inteira. 2) ‘Ka’asher
tsivá Adonai’... Como D’us comandava Seu
zelo e entusiasmo tinham sido subordina-
dos completamente - tanto comunitária
quanto individualmente - ao comando
Divino. Não houve nenhuma tentativa por
parte de qualquer artesão de trazer suas
próprias idéias e sua própria individualida-
de para executar o trabalho, fazendo
adições ou omissões. Em vez disso, para
cada um dos artesãos, essa foi a sua
maior recompensa: realizar o comando e
a intenção do Eterno com cuidado e
precisão detalhados.
Os sábios de Israel encontram o
conteúdo de sua bênção no verso final de
sua grande oração (Tehillim 90). Moshe
concede sua maior benção e expressa o
desejo fervoroso de que essa obediência
 PARASHÁ
em liberdade sempre permaneça a
principal característica de uma vida
judaica de mitsvot. O rabino Hirsch diz:
“Que a tefilá conclua com as palavras:” Se
o seu trabalho se tornar manifesto aos
Seus servos e que Sua glória permaneça
com seus filhos! “Que sobre nós pouse
Tua graça; faz prosperar as obras de
nossas mãos; sim, a obra das nossas
mãos, faz prosperar e que você estabele-
ça o trabalho de nossas mãos, o primeiro
“e estabeleça o trabalho de nossas mãos
sobre nós” (Salmo 90:17) é sobre liberda-
de e o segundo “sim, estabelece o
trabalho de nossas mãos!” (Salmo 90:17)
é sobre obediência. Somente ambos
juntos, em uma união íntima, nos asse-
guram a felicidade, que D’us prepara
para nós se nos dedicarmos a Ele como
nosso D’us, nosso Mestre.
A LUA NOVA
O Santuário, ou Mishkan, estabeleci-
do no primeiro dia do primeiro mês,
Nissan, que significa o primeiro dia do
ano judaico. Como o calendário judaico é
um calendário lunar, era a lua nova. “E o
Eterno falou a Moisés, dizendo: No
primeiro dia do primeiro mês farás
levantar o Tabernáculo da tenda da
reunião.” (Êxodo 40:1,2). O rabino Hirsch
diz que essa aparente redundância é
entendida se lembrarmos o significado
das novas luas no judaísmo. A lua nova
não é um feriado marcando um evento
astronômico cósmico; Em vez disso,
através do fenômeno natural, apresenta
aos israelitas um modelo e exorta-os a
“E Moisés disse aos
filhos de Israel:
Vede, chamou o
Eterno pelo nome a Betsalel
ben Uri, neto de Hur, da
tribo de Judá, e o encheu do
Espírito de D’us em ciência,
em inteligência e em saber,
e para toda obra. (...) E para
ensinar dotou seu coração, e
o de Aholiav ben Ahiss mah,
da tribo de Dan.”
Êxodo 32:27 e 28
7
estabelecer e observar luas novas;
renovações na sociedade humana, em
suas próprias vidas.
O rabino Hirsch diz sobre o estabele-
cimento do Santuário naquele dia: “No
estabelecimento do lugar de residência
da Tenda do Encontro”. A glória de D’us
começará a habitar na terra no meio do
povo de Israel e, assim, começará o
Moed de Israel (reunião, encontro), a
conjunção de Israel com seu “Sol”, a
iluminação pela luz de D’us. Isso aconte-
cerá no dia da primeira lua nova, no dia
da lua nova que é o início do ano judai-
co. Esta foi a lua nova, que [no Egito]
trouxe pela primeira vez a Israel a
mensagem de renovação constante.
Através de Israel, a mensagem deveria
ser transmitida a toda a humanidade.
A lua nova do surgimento da nação
também era a lua nova da habitação da
Shechiná, o cumprimento da promessa
“Eu habitarei entre eles”, pelo qual D’us
queria ilustrar a completa redenção de
Israel através do Messias, quem é o
cumprimento completo do Santuário.
ESTABELECIMENTO DO SANTUÁRIO
A Torá repete que o Santuário foi
estabelecido no primeiro dia do ,mês:
“E no primeiro mês do segundo ano, no
primeiro dia do mês, foi levantado o
Tabernáculo.” (Êxodo 40:17), e de
acordo com a Torá, o erguimento do
Santuário foi acompanhado pela
ordenação (miluim) e dedicação dos
Cohanim que durou sete dias: “E farás a
Arão e a seus filhos assim, como tudo o
que te ordenei; sete dias os consagra-
rás.” (Êxodo 29:35). Durante todo esse
período de sete dias Moshe iniciou os
Cohanim todos os dias aos procedimen-
tos de ofertas e sacrifícios. Na tradição
judaica, diz-se que, em cada dia da
iniciação, Moshe configuraria o Santuá-
rio, o ungiria e desmontá-lo-ia. Mas no
primeiro de Nissan ele configurou,
ungiu-o e não o desmontou. Assim, de
acordo com a lei do Mishkan, o ergui-
mento do Tabernáculo em 1º de Nissan
foi definitivo e permanente. O povo viu
essas sete construções do Santuário
como uma profecia sobre o Mishkan,
que foi construído sete vezes, em cinco
lugares diferentes entre Moisés e David
e depois como o Beth Harishon (o
primeiro Templo) e depois o Beth Sheni,
o segundo Templo e o último, o oitavo e
será a Jerusalém celestial que virá do
céu com o Messias.
HAFTARÁ
1 Reis 7:13 a 8:21
O
Eterno pede que Israel continue
levantando o Santuário. Moshe
escolhe Betsalel por sua habilidade
como artesão. “Disse Moshe aos filhos de
Israel: Eis que o Eterno chamou pelo nome
a Betsalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo
de Judá; e o Espírito de D’us o encheu de
habilidade, inteligência e conhecimento em
todo artifício, e para elaborar desenhos e
trabalhar em ouro, em prata, em bronze,”
(Êxodo 35:30-32). Cerca de 400 anos depois,
Shelomô (Salomão) escolhe Hiram de Tiro
como artesão para elaborar os utensílios do
Templo: “Enviou o rei Salomão mensageiros
que de Tiro trouxessem Hiram. Era este filho
de uma mulher viúva, da tribo de Naftali, e
fora seu pai um homem de Tiro que tra-
balhava em bronze; Hiram era cheio de sabe-
doria, e de entendimento, e de ciência para
fazer toda obra de bronze. Veio ter com o rei
Shelomô fez toda a sua obra.” (1 Reis 7:13,14).
Todo o texto da parashá fala sobre Betsalel e
como ele fez os utensílios do Santuário.
ESCRITOS APOSTÓLICOS
João 14:15-26
A
tradição judaica faz um paralelo
entre a criação, com o Ruach Elohim
pairando sobre as águas “ e o espírito
de D’us pairava sobre a face das águas.”
(Gênesis 1:2) e a nuvem que cobria a Tenda
do Santuário. “E a nuvem cobriu a tenda da
reunião” (Êxodo 40:34a) e os sábios de Israel
também fizeram um paralelo entre a glória
do Eterno enchendo a Tenda “e a glória
do Eterno encheu o Tabernáculo.” (Êxodo
40:34b) e a criação da luz no primeiro dia: “E
Deus disse: “Haja luz!” e houve luz.” (Gênesis
1:3). A presença da Shechiná ou a “Glória do
Eterno” é a presença de D’us. Rav Ari Kahn
diz que “Nachmanides escreve que o subli-
me segredo do Mishkan é que a presença de
D’us que pairava sobre o Monte Sinai, agora
será colocada em ‘exibição permanente’ no
Tabernáculo.” Ele usou exatamente a mesma
palavra que o Gênesis que diz que “o Espírito
de D’us pairava sobre a face das águas”.
Sabemos que D’us queria morar com Seu
povo, que era o propósito da criação dos
seres humanos, e esse era o propósito de
construir o Santuário entre Seu povo (Êxodo
25:8). Habitação entre o seu povo, não foi
8
A grande lição apresentada pela Haftará
é que quando queremos fazer ou edificar
algo para o Eterno, temos que fazer o nosso
melhor, e selecionar o melhor material para
o serviço dedicado a Ele. Antes de morrer,
David deu a Shelomô todas as instruções
sobre o Templo e ordenou-lhe que construísse
a Casa para o Eterno. Ele preparou tudo e
deu tesouros para a casa. Shelomo seguiu
as instruções de seu pai e quando tudo foi
concluído, ele colocou os tesouros de David
no Templo. “Assim, se acabou toda a obra que
fez o rei Shelomô para a Casa do Eterno então,
trouxe Salomão as coisas que David, seu pai,
havia dedicado; a prata, o ouro e os utensílios,
ele os pôs entre os tesouros da Casa do Eter-
no.” (1 Reis 7:51). Fazendo esta doação, David
seguiu a ordem de Moshe que ordenou Israel
a fazer doações para o Santuário. Que grande
lição para cada um de nós, se em certas situ-
ações quando o Eterno pede que ofertemos e
trabalhemos, guardamos para nós o melhor e
damos-lhe apenas uma sobra.
possível depois do pecado de Adam e Chavá,
por isso D’us deu novas instruções após o
êxodo, para ensinar ao povo que desejava
habitar entre eles, através do Santuário.
Na verdade, este santuário era uma profe-
cia messiânica, anunciando: um dia, Ele habi-
tará entre o Seu povo. E sabemos que através
do Messias, o Eterno habitou entre nós: “A Pa-
lavra se tornou um ser humano e viveu entre
nós,” (João 1:14), A vinda de Yeshua na Terra
foi a realização desta intenção profética de
D’us através do Santuário. No entanto, após
a sua ressurreição, Yeshua ascendeu ao céu,
e a questão legítima que temos é: como D’us
habitou entre Seu povo após a ascensão do
Messias? Yeshua disse: “Se vocês me amam,
guardarão meus mandamentos; e pedirei ao
Pai, e ele lhes dará outro Conselheiro consola-
dor, semelhante a mim, o Espírito da verdade,
para estar com vocês para sempre. O mundo
não pode recebê-lo, porque não o vê nem o
conhece. Vocês o conhecem, porque está com
vocês e ficará unido a vocês.” (João 14:15-17).
A presença de D’us hoje é através do Ruach
Elohim, o Espírito Santo, que foi simbolizado
pela Shechiná no tempo de Moisés e no san-
 ESCRITOS APOSTÓLICOS
tuário físico. O Espírito Santo que vive em nós
hoje é a realização da Shechiná profética, que
aparece no Santuário em Êxodo 40. A tradição
judaica também viu paralelo entre a Shechiná
e o Espírito Santo. Rav Ari Khan diz: “O Ruach
Elohim teve, portanto, uma única influência
sobre o mundo, como diz a Escritura: “Então a
nuvem cobriu a Tenda do Encontro”. O propó-
sito da nova aliança na Shechiná é ensinar-nos
e lembrar-nos o que Yeshua ensinou a seus
talmidim: “Mas o Conselheiro, o Ruach Hako-
desh, a quem o Pai enviará em meu nome,
lhes ensinará tudo, isto é, lhes fará lembrar
tudo o que eu lhes disse.” (João 14:26). E mais,
Yeshua disse: “o Espírito testemunhará a meu
favor” (João 15:26). O santuário foi preenchido
com a Shechiná para nos dizer que haverá um
dia, quando Ele preencher o Seu povo com
Seu Espírito, é hoje que devemos ser, preen-
chidos com o Espírito Santo. Isto foi profeti-
zado pelos profetas de Israel: “Aproximam-se
os dias – diz o Eterno – quando estabelecerei
um novo pacto com a Casa de Israel e com
a Casa de Judá. (...) Pois este é o pacto que
farei com a Casa de Israel após aqueles dias
– diz o Eterno: Farei com que internalizem
Minha Torá em todo o seu ser e a gravarei
em seu coração; serei seu D’us e eles serão
Meu povo.” (Jeremias 31:31,33). A principal
característica desta “nova aliança” é que o
Eterno “colocará a Sua Torá lei entro deles Ele
“escreverá em seus corações” como? Pelo Rua-
CANTO DA INSPIRAÇÃO
Depois da dedicação do tabernáculo,
os sacerdotes foram consagrados ao
seu ofício sagrado. Estas cerimônias
ocuparam sete dias, cada um assinala-
do por cerimônias especiais. No oitavo
dia, deram início ao seu ministério.
Auxiliado por seus filhos, Aharon ofere-
ceu os sacrifícios que D’us ordenara, e
levantou as mãos e abençoou o povo.
Tudo havia sido feito conforme D’us
indicara, e Ele aceitou o sacrifício, e
revelou Sua glória de maneira notável;
fogo veio do Eterno e consumiu a oferta
sobre o altar. O povo olhou para esta
maravilhosa manifestação de poder
divino. Com espanto e intenso inter-
esse, nela viram o sinal da glória e favor
de D’us, e alçaram uma aclamação geral
de louvor e adoração, caindo sobre seu
rosto como se estivessem na presença
imediata do Eterno. (PP, 256)
9
ch Hakodesh, o Espírito Santo, ou a Shechiná
no coração de Seu povo. Em consequência
disso, Ele “será o seu D’us, e eles serão o meu
povo”. Porém, muito mais: “Não mais precisa-
rão sugerir, cada um a seu vizinho e cada um
a seu irmão: ‘Reconhece o Eterno’, pois todos
já Me conhecerão, do mais humilde ao mais
destacado – diz o Eterno” (Jeremias 31:34a).
No entanto, lembre-se de que esta aliança é
um pacto “com a casa de Israel e a casa de
Judá” com Israel, não um povo estrangeiro, é
por isso que está escrito: “pois perdoarei sua
iniquidade e não mais lembrarei seu pecado.”
(Jeremias 31:34b). Israel é um pecador, cheio
de iniquidade, mas o Eterno é um pai amoro-
so, que não abandona Seu povo, mas o cha-
ma de volta para Ele e perdoa seus pecados
e iniquidades. Assim, o final deste capítulo é
maravilhoso: “Assim disse o Eterno, que pro-
porciona a luz do sol durante o dia e a luz da
Lua e da constelação das estrelas durante a
noite, e que revolve o mar, fazendo rugir suas
ondas – cujo nome é Eterno dos Exércitos:
Se tudo isto que estabeleci se desfizer sem
Minha ordem – diz o Eterno –, então também
a semente de Israel deixará para sempre de
ser uma nação sob Minha proteção. Assim
disse o Eterno: Se pode ser medida a extensão
dos céus que estão acima, ou exploradas as
fundações da terra que está abaixo, lançarei
para longe de Mim a semente de Israel, por
tudo que praticaram.” (Jeremias 31:35-37).
Valioso seria aos jovens, aos pais,
aos professores, estudarem as lições
de cooperação que encontramos nas
Escrituras. Entre suas muitas ilustrações,
note a construção do tabernáculo (e este
era uma lição objetiva da construção do
caráter), na qual o povo todo se uniu,
“todo o homem, a quem o seu coração
moveu, e todo aquele cujo espírito vol-
untariamente o excitou”. (Êxodo 35:21).
Lede como os muros de Jerusalém
foram reconstruídos pelos cativos que
voltaram, em meio de pobreza, dificul-
dade e perigo, efetuando-se com êxito a
grande tarefa, porque “o coração do povo
se inclinava a trabalhar”. (Neemias 4:6).
Considere a parte desempenhada pelos
discípulos no milagre do Salvador em
alimentar a multidão. O alimento multi-
plicava-se nas mãos do Messias, mas os
discípulos recebiam os pães e os passa-
vam à multidão que esperava. (Ed, 286)
 HISTÓRIAS E TRADIÇÕES
Primeiro ore, depois confie em D’us
Rav Mordechai de Chernobyl perguntou
a um de seus Chassidim, que tinha uma
pousada, sobre sua rotina diária. O Chassid
respondeu: “Primeiramente pela manhã
eu me apresso no mercado para obter os
melhores produtos e os mais frescos para
meus clientes. Então eu vou e recito minhas
orações da manhã.” O rav Mordechai disse:
“Você deve rezar primeiro, então, faça o
seu negócio, e não o contrário”.”Mas se eu
esperar até terminar minhas orações, outros
vão comprar o melhor produto e Não haverá
frutas e legumes frescos para os meus clien-
tes. Os meus negócios sofrerão”.
Aí o rav Mordechai disse: “Deixe-me con-
tar uma história. Um judeu estava voltando
para casa depois de fazer negócios em uma
cidade distante. Ele tinha consigo vinte sacos
de moedas de ouro e prata. No caminho, ele
teve que passar o Shabat numa pousada.
Não tendo escolha, ele perguntou ao ge-
rente, que parecia uma pessoa respeitável,
para proteger seus 20 sacos de ouro. Além
do ouro, ele também tinha um centavo de
cobre que ele colocou em um dos sacos.
Durante todo o dia, o homem preocu-
pou-se se recuperaria o ouro e a prata de
volta. Ele contou os minutos até que o Sha-
bat acabou e imediatamente ele perguntou
Terra e Céus
O número de cortinas corresponde ao céu,
pois, assim como há onze céus superiores,
também havia onze cortinas de pelo de cabra.
O tamanho do Tabernáculo era de setenta
côvados, correspondendo aos setenta dias
sagrados celebrados anualmente pelos ju-
deus, a saber: cinquenta e dois Shabatot, sete
dias de Pêssach, oito de Sucot e um dia para
Shavuot, Yom Kipur e Rosh Hashaná.
O número de utensílios equivale a setenta
também; como também D’us, Israel e Jerusa-
lém têm setenta nomes; e, como correspon-
de, no tempo entre a construção do primeiro
e do segundo Templo, havia setenta sinédrios
consecutivos.
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ao gerente pelo dinheiro. O gerente era
um homem honesto e o devolveu. Assim
que o empresário entrou em seu quarto,
ele começou freneticamente a contar as
moedas de ouro e prata para garantir que
o estalajadeiro não o ajudasse. Finalmente,
ele terminou contando e ficou aliviado por
ele ter todas as moedas.
Então ele lembrou que ele também colo-
cou o centavo de cobre no saco. Ele freneti-
camente procurou novamente e encontrou
essa moeda também.
“O homem não estava preocupado com
o tostão?”, Perguntou o rav Mordechai. “O
estalajadeiro não provou que ele era uma
pessoa honesta quando devolveu o ouro?
Por que ele roubaria o tostão de cobre? “
“Seu comportamento é exatamente o
mesmo!” D’us retorna seu Neshamá (fôle-
go de vida) intacto todas as manhãs saudá-
veis e
​​ renovadas depois que você confiou
Nele todas as noites, cansado e exausto.
Ele também dá vida e saúde a sua família.
Por que você duvida que Ele lhe proporcio-
naria seus meios de subsistência? Em vez
disso, você deve primeiro orar e confiar em
D’us para prover suas outras necessidades
mesmo se você chegar ao mercado um
pouco atrasado!”
Como a Torá foi
ensinada?
O método de instrução de Moisés era o
seguinte: primeiro veio Aharon, a quem ele
transmitiu a palavra de D’us, e assim que
terminou com Aharon, vieram os filhos dele,
Eleazar e Itamar, e ele os instruiu, enquan-
to Aharon sentava ao lado direito, ouvindo.
Quando terminou com os filhos de Aharon, os
anciãos pareciam receber instruções, enquan-
to Eleazar estava sentado à direita de seu pai,
e Itamar, à esquerda de Moisés, e escutou; e
quando ele terminou com os anciãos, o povo
veio e recebeu instruções, e Moisés retirou-se.
Então Aharon passou o que tinha ensinado, e
seus filhos igualmente, e os anciãos, até todos,
de Aharon a cada homem do povo, repetiram
quatro vezes o que ele havia aprendido, pois,
assim, D’us havia pedido a Moisés imprimir a
Torá quatro vezes sobre Israel.
 PARASHA INFANTIL

Vaiachel-Pecude
‫פקודי‬-‫ויקהל‬

Êxodo 35:22 - NTLH

“Vieram homens e mulheres, todos com muita boa vontade, e trouxe-
ram fivelas, brincos, anéis, pulseiras e todo tipo de objetos de ouro. E
essas ofertas foram dedicadas ao SENHOR.”

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