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IGREJA EVANGELHO PARA AS NAÇÕES

ESCOLA DE PRINCÍPIOS
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ESCOLA DE PRINCÍPIOS
Compreendendo os fundamentos da Palavra de Deus

Histórico da Igreja...........................................................................................4

Lição 1: Estabelecendo uma vida com Deus...................................................7

Lição 2: A Palavra de Deus: o manual da vida cristã...................................10

Lição 3: Muito prazer, EU SOU....................................................................12

Lição 4: Jesus, Filho de Deus........................................................................14

Lição 5: Espírito Santo, o Consolador...........................................................18

Lição 6: Afinal, o que é o pecado?................................................................21

Lição 7: Nascendo de novo...........................................................................23

Lição 8: Batismo nas Águas..........................................................................26

Lição 9: Ceia: relembrando o sacrifício de Cristo pela humanidade............28

Lição 10: Oração...........................................................................................31

Lição 11: Jejum.............................................................................................33

Lição 12: Lançando sementes: a importância dos dízimos e das ofertas......37

Lição 13: A Igreja de Cristo e a Grande Comissão.......................................40

Lição 14: Quando Jesus Voltar......................................................................43

Lição 15: Quatro Leis Espirituais ................................................................45

Fontes Bibliográficas....................................................................................47

“Àquele que é poderoso para fazer

mais do que pedimos ou pensamos,

a Ele toda a honra, glória e louvor,

todos os dias,eternamente”.

Efésios 3:20
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APRESENTAÇÃO
O presente estudo foi elaborado com o objetivo de auxiliar a todos
os cristãos que entregaram suas vidas a Jesus, a fim de que possam conhecer
algumas doutrinas básicas ensinadas pela Palavra de Deus. Visa o
aperfeiçoamento dos santos, apoiando para que a igreja possa crescer no
conhecimento e na graça de Deus (2 Pedro 3:18).

Para isso, nesta apostila foi utilizada uma linguagem objetiva, de


fácil compreensão para aqueles que buscam conhecer os princípios das
escrituras. Citamos referências bíblicas que respaldam os ensinamentos, para
servir de instrumento de bênçãos a todos aqueles que procuram conhecer
mais profundamente a Palavra de Deus, fonte de vida, sabedoria e instruções
divinas

Direção da Escola de Princípios


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Início de tudo...
Fundada em 7 de março de 2004, a Igreja Evangelho para as Nações tem sede
nacional em Santa Maria/RS, na Avenida Presidente Vargas, 377, Bairro Patronato. O
presidente da instituição é o pastor Pedro de Carvalho Araújo, que conta ao seu lado com
sua esposa, a pastora Denise Flores Aráujo.
A Igreja começou com cultos públicos três vezes por semana, com uma média de
trinta frequentadores. Logo, muitas pessoas achegaram-se e, para cuidá-las com eficácia,
houve a necessidade de adotar um método coerente com a Palavra de Deus: o modelo
deIgreja em escolhido, por aproximar-se da Igreja descrita em Atos dos Apóstolos: “e
todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus
Cristo.” At 5.42
O corpo ministerial é composto pelo pastor presidente, pastores auxiliares, líderes de
ministérios, líderes de células, ministros de louvor e líderes de ensino. Aos poucos, a
igreja começou a ser chamada, carinhosamente pelos discípulos, de Templo das
Nações.

Uma igreja em células


O trabalho desenvolvido em células, distribuídas em diversos bairros de Santa
Maria,baseia-se em uma estrutura composta por um líder designado para este propósito,
acompanhado por um vice-líder que auxilia nos trabalhos da célula. Existem outros
componentes que auxiliam o líder que possuem atribuições específicas.

As células do Templo das Nações são distribuídas em várias partes, abrangendo


todos os segmentos da Igreja: existem células de homens, mulheres, células de jovens e
de juniores e crianças.

Um novo tempo: o Templo das Nações muda de endereço


No começo de 2005, a Igreja Evangelho para as Nações muda de endereço. Este
fato foi considerado um grande milagre de Deus, e a construçao do novo Templo teve seu
início, para que os discípulos pudessem usufruir de melhores acomodações no interior da
igreja, bem como a construção de várias salas para servirem de lugar de oração,
ministração de estudos e reuniões.
O lugar escolhido por Deus estava bem pertinho do antigo Templo. O terreno
adquirido de mais de 1000 m² que ficava do outro lado da avenida Presidente Vargas, em
uma área muito nobre.
A igreja começou um propósito de oração para tomar posse do lugar onde se
estabeleceria o novo templo. Era comum, durante os cultos de celebração aos domingos,
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o povo sair da igreja e orar em volta do terreno, clamando ao Senhor uma direção e a
Benção para a aquisição daquele lugar.
Foi com muito sacrifício e muita oração, que Deus permitiu a negociação com o
proprietário do terreno, o aluguel do imóvel e um tempo considerável para efetuar a
compra do mesmo. Começaram então os trabalhos para a construção do novo Templo,
que se estenderia por aproximadamente seis meses.

Construção do Templo

A igreja foi reinaugurada e a cidade de Santa Maria se torna o berço de um grande


Templo, onde congrega um povo animado, alegre e cheio do Espírito de Deus.
O novo templo recebeu três salas para reuniões, três banheiros, separados em
masculino, feminino e fraldário, a nave do Templo foi equipada com mais de
quatrocentas poltronas confortáveis, num espaço de mais de setecentos metros quadrados.
Sistema de som sofisticado,instrumentos musicais novos, uma plataforma onde funciona
o altar do Templo de aproximadamente cinco metros de comprimento por três de largura
e um metro de altura. Salas equipadas, destinadas ao escritório pastoral e a secretaria
foram construídas, com uma infra-estrutura para toda a administração do Templo. Enfim
o novo Templo das Nações foi o sonho de Deus se realizando e confirmando a principal
tarefa da Igreja: levar o evangelho a todas as Nações.
Deus tem multiplicado dia a dia os discípulos que fazem parte do Templo das
Nações. Mas tudo isto tem ocorrido com a graça de Deus que tem contribuído para o
crescimento da obra.
O Templo das Nações é uma igreja com capacidade para 1000 frequentadores, que
mantém interatividade com a sociedade de Santa Maria, onde muitos eventos são
realizados ao longo do ano, os quais procuram manter os laços sempre estreitos entre os
vários segmentos da sociedade, sempre com o objetivo de evangelização e divulgação da
Palavra de Deus.
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Uma igreja com propósitos:


O Templo das Nações, além das células, estrutura seu chamado de acordo
com os propósitos de Deus para Santa Maria e o Rio Grande do Sul: adoração,
evangelismo, comunhão, ensino e serviço. Dessa forma, além do principal chamado da
Igreja, (ide e fazei discípulos), o Templo agrega a comunidade conforme suas
necessidades, sonhos e objetivos.

Projeto Nações em Ação


A Igreja Evangelho para as Nações é mantenedora do PNA, projeto social que
recebe crianças de 6 a 15 anos que se encontram em vulnerabilidade social. Fazem parte
do projeto: Assistente Social, Psicóloga, Psicopedagoga, Monitora e voluntários que
atuam em diversas oficinas lúdicas, de entretenimento e de educação.
Ao longo dos 10 anos de existência, o Templo está em hospitais, presídios,
escolas, ações comunitárias, datas comemorativas da cidade e estado, etc. para levar o
amor de Deus e pregar o Evangelho.
A igreja conta atualmente com os seguintes ministérios: Infantil, Atitude
Jovem, Melhor Idade, Louvor, intercessão, Dança, Tradicionalista, Rede de
Comunicações, Ensino, Recepção, Assistencia Pastoral, Família e CEMEPAN.

Acesse: www.templodasnacoes.com.br
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Lição 1

Estabelecendo uma vida com Deus

Mas Deus, não tendo em conta

os tempos da ignorância,

anuncia agora a todos os homens,

e em todo o lugar, que se arrependam.

Atos 17: 30

Atualmente, ao presenciarmosum culto evangélico, observarmos


pastores e líderes fazendo ” o apelo” às pessoas, para entregarem suas vidas
a Jesus. Porém, muitas destas não possuem o entendimento do que isto
realmente significa, nem o que Deus preparou para aqueles que aceitam e
recebem as boas notícias do Evangelho.

Para que nossa entrega a Deus seja total e verdadeira, é necessário,


antes de tudo, compreender algumas questões:

■ Entender que somos pecadores, e que somente o sacrifício de Jesus é


perfeito e pode nos tornar justos diante de Deus: Rm 3:9;Rm 3:20-24; 2
Cor 5:15-19

Conversão: mudança, transformação ou adaptação (dicionário)

Arrependimento: sentir verdadeiro pesar pelas faltas cometidas, mudança


de opinião (dicionário).

O arrependimento verdadeiro não se confunde com remorso. Enquanto


que o remorso é um sentimento de culpa que atormenta (como Judas, após
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trair Jesus), o arrependimento consiste em mudança de mente, coração e
atitude. É reconhecer as próprias falhas e decidir tomar um caminho
diferente (por exemplo, Pedro arrependeu-se de ter negado Jesus). O
arrependimento é o primeiro passo de uma verdadeira conversão, e implica
em certas mudanças: mudança de mente (na nossa maneira de ver Deus, o
pecado e os nossos relacionamentos), mudança de prioridades (o centro da
nossa vida passa a Ser a vontade de Deus, e não a nossa vontade) e mudança
espiritual (nós passamos a desfrutar de uma nova condição espiritual perante
Deus) quando nos arrependemos ocorre uma revolta consciente contra o
pecado, e o amor pela graça divina.

■ Deus tem um plano traçado para nossas vidas, antes mesmo de nós
nascermos:Sl 139:13-16; Is 49:1; Jr 1:4-5

Nenhum de nós nasceu por acaso. Se estamos neste mundo, é porque


Deus já havia estabelecido um propósito para cada um de nós, antes mesmo
de nascermos. Não significa que nos planos de Deus não existam
dificuldades a serem superadas pelo ser humano, mas tais problemas pela
ótica de Deus e sua inspiração tornam-se pequenos e administráveis.

■ A vontade de Deus é superior e perfeita, enquanto que a vontade


humana está contaminada pelo pecado: Rm 12:1-2; Is 55:6-9; Jr 17:9;
Sl19:12; Rm 8:5-8

A Bíblia declara que a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita.


Quando o homem busca sua própria vontade, em detrimento da vontade de
Deus, o resultado disto é desobediência, morte espiritual (como em Adão e
Eva) e frustração, pois sem a direção divina o homem busca muitos
caminhos que parecem corretos, mas no final só conduzem à destruição (Pv
14:12).
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■ Nossa vida deve estar baseada na obediência à palavra de Deus:
Tg1:21-24; 1 Sm 15:22-23; Jr 7:22-24; Mc 7:6

Muito mais do que qualquer sacrifício, o que Deus pede do homem é


a obediência. Quando o homem se recusa a obedecer a Deus, está
implicitamente dizendo que sabe mais do que o Criador de todas as coisas,
rebelando-se contra a sabedoria divina e contra a ordem que o próprio Deus
criou para todas as coisas. Jesus declarou que quem o ama verdadeiramente
é aquele que guarda a Sua palavra (Jo14:23).

A conversão não é apenas atender a um apelo humano, mas é o


resultado de um arrependimento verdadeiro, aliado à fé no sacrifício
de Jesus pelos nossos pecados. É a resposta ao chamado divino,
estabelecendo um compromisso com Deus de mudança completa de
vida!
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Lição 2

A Palavra de Deus: o manual da vida cristã


Mas a casa de Israel se rebelou contra mim no deserto,

não andando nos meus estatutose rejeitando os meus juízos,

Os quais cumprindo-os o homem, viverá por eles.

Ezequiel 20: 13

Livre para escolher entre a obediência e a desobediência, o homem


deixou-se ser seduzido pelo mal. Tomou a decisão errada: a de viver
independente de Deus. Começou assim a entrada do pecado no mundo, e no
coração dos homens. (Rm5:12 e Gn 3:23-24). Porém, através da Sua
Palavra, Deus revela ao homem o fundamento de sua fé (Rm10:17), assim
como propicia o conhecimento de tudo aquilo que é necessário para que
possamos conhecê-lo, receber seu perdão e desfrutar de um relacionamento
verdadeiro com o Pai (Sl 119:1-3).
A expressão “Palavra de Deus” refere-se a tudo quanto Deus revelou,
diretamente ou através de seus profetas (Sl 33:4-6). As Escrituras trazem ao
conhecimento do homem toda a história da humanidade, revelando a
criação, a queda do homem, a obra de Jesus e o juízo final.
Da mesma forma, a Bíblia traz o próprio Jesus como manifestação
viva da Palavra de Deus (Jo 1:1; Ap 19:13). Assim, Deus não deixa jamais o
seu povo desamparado ou perdido (Mc 6:34), mas proporciona um
instrumento para que o homem tenha conhecimento da Sua pessoa e
vontade.
Eduardo Joiner, teólogo norte-americano, destaca o Evangelho como
superior a qualquer outro sistema moral e doutrinário, levando infinita
vantagem sobre qualquer sistema criado pelo ser humano, porque são
mandamentos do próprio Deus, portanto, livres de qualquer corrupção ou
erro humano (Sl 119:140).
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Por que a Bíblia deve ser o nosso manual?

Segundo o dicionário Larousse, manual é um livro que contém os


conhecimentos básicos de uma ciência. Da mesma forma, a Bíblia é o
manual do cristão, porque contém todos os preceitos revelados por Deus,
para que tenhamos uma vida próspera e abençoada (Sl 1:1-3), conforme a
vontade do Senhor (Rm 12:1-2). Através de sua leitura, podemos perceber
que a Palavra de Deus tem poder para transformar todas as áreas de nosso
viver, e através de sua prática experimentamos uma verdadeira renovação de
vida.

Características da Palavra de Deus:


■ Ela é a Verdade, sem qualquer possibilidade de engano: 2Pe 1:20-21
■ Cria e sustenta todas as coisas: Hb 11:3; Hb1:3
■ Ela é o instrumento que o Espírito Santo usa: Ef6:17
■ Ela ilumina nossos caminhos, e orienta nossas decisões: Sl 119:5; Sl
119:130; Pr 20:24
■ Ela tem poder para mudar toda e qualquer situação: Mt 8:8
■ Não falha nunca, e jamais passará: Is55:10-11; 1 Pe 1:23-25
■ Ela nos santifica, possibilitando que tenhamos um relacionamento
com Deus: Sl 119:9; Jo8:47
■ A ignorância em relação à Palavra nos traz destruição: Is5:13; Os 4:6

“A Bíblia é, portanto, a revelação de Deus à humanidade. Tudo o que


Deus tem para o homem e tudo o que o homem precisa saber acerca
de Deus, para a sua felicidade, está na Bíblia. Todo aquele que quiser
conhecer e alcançar as riquezas espirituais precisa envolver-se com a
Palavra de Deus”
Pr. Jorge Linhares
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Lição 3
Muito prazer, EU SOU
Então disse Deus a Moisés:
EU SOU O QUE SOU.
Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel:
EU SOU me enviou a vós outros.
Êxodo 3: 14
Na passagem acima, quando Deus se revela a Moisés no Monte
Horebe, o SENHOR denomina a si mesmo como “EU SOU O QUE SOU”,
expressão da qual deriva o termo hebraicoIavé (ou Jeová) e que indicava
ação. Estava Deus, desta forma, demonstrando ser um Deus ativo e presente.
Analisando as Escrituras, percebe-se que Deus, ao anunciar-se ao
homem, não se preocupa em provar sua existência a este (Hb 11:6). Antes,
apenas declara-se como o único Deus, Criador e Senhor sobre todas as
coisas. Da mesma forma, Deus apresenta inúmeros de seus atributos, tais
como poder (Êx3:20), sabedoria (Tg 3:17), santidade (Lv 11:45) e amor (1
Jo 4:8), possibilitando ao ser humano conhecer mais sobre sua natureza e
caráter. Sendo o homem um ser limitado por diversos aspectos, tudo o que
ele pode conhecer de Deus vem daquilo que o próprio Deus revela sobre si
mesmo, ao ser humano.
A própria Palavra nos traz a ideia desta ignorância natural do
homem, em relação a Deus, em passagens como Jó 11:7-9 e
Sl139:6.Encontramos alguns atributos que são exclusivamente de Deus, em
face de sua natureza, assim como outras características semelhantes a essas
possuem aqueles que andam segundo a Palavra de Deus.
Destaca-se, porém, que em Deus estes atributos se encontram em
grau infinitamente maior, pois na verdade o desenvolvimento destas
características no homem só é possível mediante a ação do Espírito Santo
(Gl5:22), em razão da natureza humana pecadora.
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Atributos naturais exclusivos de Deus:

■ Onipotência:Jr 32:27. Deus tem todo o poder, não existindo limites de


qualquer natureza capazes de impedir o seu agir;
■ Onipresença:Sl 139:7-12. Deus existe, ao mesmo tempo, em toda a parte,
observando tudo quanto é feito nos céus, na terra ou em qualquer parte do
universo;
■ Onisciência:Hb4:13. Deus conhece todas as coisas, passadas ou futuras,
manifestas ou escondidas, e isto inclui tanto as ações como os pensamentos
humanos;
■ Eternidade:Sl 90:2. Deus é eterno, e isso significa que não há tempo –
passado ou futuro – no qual Deus não exista ou existirá, pois não está
limitado ao tempo humano, revelando-se como “EU SOU”, pois ELE É em
todas as eras e gerações;
■ Perfeição/ Santidade:HC 1:13, “a”. Deus é totalmente justo e isento de
pecado, portanto, não poderá jamais pecar nem tolerar o pecado, pois nEle
há absoluta pureza e retidão;
■ Imutabilidade: Ml 3:6. Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre, ou seja,
sua natureza é imutável, o que não significa que Ele aja sempre da mesma
maneira (1 Cor 12:6), mas que Ele é e será sempre o mesmo.
Atributos morais de Deus: são características que têm certa semelhança
com as qualidades humanas. Muitas delas estão descritas em Gl5:22: amor;
alegria; paz; paciência; amabilidade; bondade; fidelidade; mansidão. Quanto
mais o cristão vive em comunhão com Deus, tanto mais estes atributos serão
desenvolvidos nele.

Conhecer as características de Deus é indispensável, através disso podemos


compreender melhor sua natureza e caráter. Da mesma forma, como filhos de
Deus, devemos buscar que seus atributos morais sejam produzidos em nós, para
que verdadeiramente venhamos a refletir a imagem e semelhança do
nossocriador.
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Lição 4

Jesus, Filho de Deus

E Simão Pedro, respondendo, disse:

Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.

Mateus 16:16

Conhecer a pessoa e a obra de Jesus é indispensável a todos aqueles


que declaram tê-lo como Senhor e Salvador de suas vidas. A Bíblia nos
exorta a crescer no conhecimento e na graça de nosso Senhor Jesus Cristo (2
Pe. 3:18), em contraponto às doutrinas enganosas ensinadas por aqueles que
não aceitam a verdade de Deus.

O nome Jesus consiste na forma grega no nome hebraico Josué, e


seu significado é “o SENHOR Salva”. Seu nome já indicava qual seria a
missão de Jesus na terra: salvar a humanidade dos seus pecados (Mt 1:21),
destruindo completamente Satanás, o pecado e a morte. A Escrituras
declaram que o Filho de Deus se manifestou para desfazer as obras do diabo
(1 Jo 3:8).

Jesus: filho do homem e filho de Deus

Em Mt. 16:16, Pedro, dotado de uma revelação especial vinda de


Deus, declara que Jesus não era apenas o Messias anunciado pelos antigos
profetas, como Isaías, mas também “o Filho do Deus vivo”. Igualmente em
Jo3:16, Jesus declara-se como filho de Deus, que foi enviado por Ele para
cumprir na cruz do calvário o plano do Senhor para a salvação da
humanidade.

Jesus é Filho de Deus no sentido que Ele é Deus manifestado em


forma humana (João 1:1,14), tendo sido concebido pelo Espírito Santo (Lc
1:35). Sua concepção, portanto, se deu por meios sobrenaturais. A única
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maneira de Ele ser Deus era tendo Deus como seu Pai. Porém, a única
maneira de nascer como homem era nascendo de uma mulher. Por isso,
Jesus é revelado como uma só pessoa, porém tendo duas naturezas: uma
divina e outra humana, esta, porém, sendo impecável (porque gerado pelo
Espírito Santo).

A natureza humana de Jesus

Enquanto homem, Jesus possuía um corpo e uma alma realmente


humanos. Possuía sensibilidade, entendimento e vontades humanas.
Experimentou todas as sensações que o homem comum experimenta,
sentindo fome (Mt 4:2), cansaço (Jo 4:6), dormindo (Mc 4:38), tendo
momentos de tristeza e angústia (Mt 26:38) e de indignação (Mc 3:5). Sentiu
as mesmas aflições, sendo provado em tudo, porém sem ter pecado:
“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das
nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem
pecado” (Hb 4:15).

A natureza divina de Jesus

A Bíblia traz inúmeras declarações referindo-se à divindade de


Jesus. João declara Jesus como Deus, afirmando que o mundo fora feito por
Ele (Jo 1:1; 9). Se por um lado, Ele tornou-se semelhante aos irmãos em
todas as coisas (Hb2:17), por outro lado, sua natureza divina coexistiu com
esta natureza humana, pois somente através disso alguém poderia realizar as
obras que Ele realizou. Um homem comum, sem atributos divinos, não
poderia ter perdoado pecados, curado doenças, libertado pessoas e acalmado
tempestades. Somente alguém dotado de prerrogativas sobrenaturais poderia
interferir desta forma nas leis naturais, demonstrando sua autoridade e poder
sobre todas as coisas (Mt 28:18). De fato, a Palavra declara que Deus se fez
conhecido ao mundo através de Jesus Cristo: Ninguém jamais viu a Deus,
mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido (Jo1:18;
Cl 2:9).
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Nas Escrituras, a divindade de Cristo é exposta de várias formas:

■ pela sua obra: curou enfermos (Lc. 4:40), expulsou demônios (Lc.
11:14), acalmou tempestades (Mc. 4:39);

■ pelos seus títulos: Alfa e Ômega (Ap. 1:8), Rei dos Reis e Senhor dos
Senhores (Ap. 19:16), Verbo de Deus (Jo 1:1);

■ pelos seus atributos: onisciência (Jo4:17), onipotência (Hb 1:3),


onipresença (MT. 28:20), eternidade (Ap. 1:18), imutabilidade (Hb 13:8).

A obra redentora de Cristo

Em Gênesis, quando Adão desobedeceu a Deus e pecou, foi criado um


abismo entre o homem e o SENHOR, pois a santidade divina e a natureza
pecadora excluem-se mutuamente, tendo Adão sido lançado para fora do
jardim de Deus (Gn3:24). Porém, desde o momento da queda, Deus já havia
revelado Seu plano futuro de redenção, quandorestabeleceria a comunhão
perdida com o homem.

Em Gênesis 3:14-15, Deus declara que a descendência da mulher


(Jesus Cristo) feriria a cabeça da serpente. Esta passagem contém a primeira
promessa implícita do plano de Deus para redimir a humanidade, prevendo a
vitória definitiva da raça humana e de Deus contra Satanás e o mal.

Neste sentido, as Escrituras expressam claramente a forma pela qual


Deus providenciou o restabelecimento de seu relacionamento com o homem:
através de Jesus Cristo. Em João 3:16 está escrito que Deus amou o mundo
de tal maneira, que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que
nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna.

A morte de Jesus na cruz foi lhe imposta não por seus próprios
pecados, pois Jesus em nada pecou, mas porque Cristo escolheu levar sobre
si a consequência (morte) pelos pecados de toda a humanidade (Is 53:4-12).

Através da morte de Cristo, Deus providenciou o caminho de volta do


homem para Ele. Se a desobediência de Adão resultou em condenação para
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todos os homens, sujeitando-os ao pecado e à morte, a obediência de Jesus
Cristo, por sua vez, aniquilou com esta condenação, redimindo totalmente a
humanidade e justificando-a novamente diante de Deus (Rm5:12-19).

Sendo assim, tudo que era necessário para que o homem voltasse a ter
plena comunhão com Deus foi cumprido por Cristo. E a Palavra declara que
para participarmos disto é necessário apenas crer em Jesus Cristo,
recebendo-o como Senhor e Salvador (At 16:31). Esse ato de crer não se
opera por obras humanas, pois decorre da graça de Deus (Ef 2:8). Jesus é o
único caminho para chegarmos a Deus (Jo 14:6).

A morte de Jesus Cristo representa vida, pois através da cruz Ele


tomou sobre si toda a consequência pelos pecados dos homens,
possibilitando que estes voltem a ter plena comunhão com Deus,
através da fé no Filho de Deus como Salvador da humanidade.
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Lição 5

Espírito Santo, o Consolador


E eu rogarei ao Pai,
E ele vos dará outro Consolador,
para que fique convosco para sempre.
João 14: 16
Deus (Pai) , Jesus Cristo, e o Espírito Santo (ou Espírito de Deus)
são uma pessoa da trindade, possuindo todos os atributos da divindade (At
5:3-4). Antes da crucificação, Jesus anunciou que voltaria para o Pai, mas
não nos deixaria órfãos, pois enviaria o Consolador, para nos ensinar e guiar
em todos os Seus caminhos (Jo. 14:26).A palavra Consolador vem do grego
PARAKLETOS, e significa literalmente “alguém que é chamado para estar
ao lado”. O Espírito Santo, portanto, é alguém enviado para estar junto
conosco, e as Escrituras demonstram de que forma Ele age em nossas vidas:
como intercessor (Rm8:26) ; como Consolador (Jo 14:16); como Mestre (Jo
14:26), como selo de propriedade e penhor (2 Co 1:22); como guia (At
8:29).
A Palavra de Deus mostra o Espírito Santo não como uma força ou
poder, mas como uma PESSOA, e isto é revelado através da manifestação de
sua personalidade, como por exemplo:se entristece (Ef 4:30); sente ciúmes
(Tg 4:5); fala (Ap 2:29); ensina (Jo 14:26); luta (Is 62:11); edifica nossa fé
(Jd 20); convence (Jo 16:8); distribui dons (1 Co 12:4-11).
O Espírito Santo é o nosso penhor, ou seja, a garantia que Jesus nos
deu de que voltará com Seu Reino, para buscar a Sua Igreja (Ef. 1:13-14).

A obra do Espírito Santo

A principal obra do Espírito Santo é a santificação do cristão, e o


Seu maior instrumento de ação é a Palavra de Deus, a qual é chamada de
“Espada do Espírito” (Ef. 6:17). Quanto mais o crente busca ter comunhão
com o Espírito Santo, mais se torna parecido com Ele (1Co 6:17). A
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santificação (separação do pecado) propicia que o Espírito Santo habite em
nós (1Co. 3:16), operando tanto no crente como através dele (Jo. 14:17).
■ Convence o pecador: Jo. 16:8. Somente o Espírito tem a capacidade de
convencer o homem de sua condição pecaminosa, separada de Deus,
levando-o ao arrependimento e à conversão. Por isso, a Bíblia declara que a
obra de Deus não se opera “por força ou por violência, mas pelo Espírito
Santo” (Zc 4:6), pois é Ele quem nos dá sensibilidade espiritual para
perceber e rejeitar o pecado;
■ Nos leva a glorificar a Jesus: Jo 15: 26.é o Espírito Santo que
testemunha dentro de nós sobre a pessoa e a obra de Jesus Cristo, nos
levando a reconhecer e a glorificar o nosso Salvador (1 Co 12:3);
■ Somente pelo seu agir podemos viver uma vida de Justiça e Santidade:
Ef. 3:16. é o Espírito Santo quem luta contra a natureza humana pecaminosa
(Gl. 5:17), produzindo em nós o caráter de Deus (Gl 5:22);
■ Ele é o nosso consolador e ajudador:Jo. 16:33. Ele nos consola em todas
as nossas tribulações, também nos ensinando e ajudando a viver uma vida de
santidade, alegria e paz;
■ Nos revela os mistérios de Deus: 1Co 2:11-12. Além de nos anunciar as
coisas que ainda acontecerão (Jo16:13), o Espírito Santo nos leva a conhecer
o sobrenatural de Deus. Todos os mistérios de Deus nos são revelados
através do Espírito Santo, pois somente o Espírito de Deus pode revelar
Deus ao homem.

O Espírito Santo é alguém enviado por Deus para estar conosco em


todos os momentos. Sendo uma pessoa, devemos buscar ter um
relacionamento verdadeiro com Ele, sabendo que Ele é nosso amigo e
auxiliador, alguém para estar ao nosso lado em todas as situações da
vida, até que Jesus volte para estabelecer o Seu Reino!
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O batismo no Espírito Santo
Importa, porém, que seja batizado com um certo batismo;

e como me angustio até que venha a cumprir-se!


Lucas 12:50

No pentecostes o Espírito Santo não veio apenas para provocar uma


nova espécie de emoção, é um revestimento de poder, que visa capacitar o
cristão a testemunhar sobre Cristo e realizar a obra de Deus no poder e na
virtude do Espírito Santo. Atos 1:8

Sabemos que todos os que receberam a Cristo como senhor e salvador,


e deixaram o pecado são moradas do Espírito Santo, isto é, tem o espírito de
Cristo (At 19:2 a). Tal experiência esta aberta a todos e em todas as gerações
apartir da igreja primitiva (At 2:39).

E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas


aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não
sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo.
Mateus 3:11
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Lição 6:

Afinal, o que é o pecado?


E bem sabeis que ele se manifestou

para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado.

I João 3: 5

É de extrema importância que os cristãos tenham entendimento


sobre o que é o pecado e quais suas consequências, pois ele é a razão da
separação entre o homem e Deus, bem como a causa das mazelas que
afligem o ser humano.
O pecado consiste em tudo aquilo que está em desacordo com a
natureza de Deus. A expressão pecado vem do grego HARMATIA, e seu
sentido original é “errar o alvo, o ponto”. Portanto, toda atitude que implica
em desrespeito aos princípios divinos configura o pecado, seja por ação ou
omissão, sentimentos ou pensamentos.
A origem do pecado
O pecado originou-se no coração de Lúcifer (do hebraico “Estrela da
Manhã”), um anjo criado perfeito por Deus (Ez28:15). Segundo as
Escrituras, Lúcifer estava na Éden, o jardim de Deus, e era cheio de
sabedoria e formosura (Ez 28:12-14). Foi um querubim ungido por Deus
para proteger, estabelecido no monte santo do SENHOR. Porém, atentando
para sua beleza, corrompeu-se, desejando tornar-se igual ao Deus Altíssimo
(Is14:13-14), ainda que fosse um ser criado por Ele.
Desta forma, seu coração se encheu de soberba e arrogância,
sentimentos contrários à natureza de Deus, e com isso sua sabedoria foi
corrompida (Ez28:17). Foi então lançado para fora da presença de Deus
(Lc10:18; Is 14:12), levando – através do seu poder de sedução – a terça
parte dos anjos junto consigo (Ap 12:4). Atualmente, Lúcifer é conhecido
por Satanás (que significa adversário, opositor; Ap 12:9), ou diabo (sig.
acusador ou caluniador). Tornou-se intensamente hostil, e age no mundo
22
junto com seus anjos (demônios) a fim de destruir a obra-prima de Deus, o
homem (Jo10:10).
Como o pecado entrou no mundo?
No mundo, o pecado entrou quando Satanás, destituído de seus
privilégios celestiais, incitou Adão e Eva a rebelar-se contra Deus,
desobedecendo à ordem divina (Gn2:16-17). Cedendo ao engano do
inimigo, o primeiro casal, assim como Lúcifer, acreditou na mentira de que
poderiam ser iguais a Deus, possuindo todo o conhecimento (Gn 3:4-5).
Desde este momento, o pecado entrou na humanidade, e foi transmitido a
toda a descendência de Adão e Eva, até os dias de hoje (Rm 5:12)
Características do pecado
■ A consequência direta do pecado é a morte: Rm6:23; Jo 10:10
■ O pecado nos afasta de Deus, rompendo nossa comunhão com Ele: Is
59:1-2; 1Jo 2:16
■ O pecado é a manifestação do caráter do diabo : 1 Jo 3:8
■ Nós somos tentados naquilo que nos atrai (Tg1:13-14) e cumpre a nós
o dever de dominar nosso impulso pelo pecado: Gn 4:7
■ Não há pecado tão grave que Deus não possa nos perdoar: Is1:18
■ Quando confessamos nossos pecados a Deus, Ele nos purifica de toda
injustiça através do sangue de Seu filho Jesus: 1Jo 1:7-9
■ Aquele que reiteradamente comete pecado torna-se escravo dele
(Jo8:34), porém, aqueles que estão em Cristo Jesus não são dominados
pelo pecado: Rm 6:14

Embora tendo entregado nossas vidas ao senhorio de Cristo, todos


estamos sujeitos a pecar. Porém, em Jesus, somos livres do poder do
pecado. No entanto, é preciso estar sempre vigilante, tendo
consciência de que o pecado nos destrói e nos separa da presença de
Deus.
23
Lição 7

Nascendo de novo
Em resposta, Jesus declarou:

"Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver

O Reino de Deus, se não nascer de novo”.

João 3:3

No capítulo 2 do livro de Gênesis, Deus ordenou a Adão que não


comesse da árvore do conhecimento do bem e do mal, pois no dia em que
dela comesse, certamente morreria (vers. 17). Aparentemente, parece haver
uma contradição, pois Adão não morreu fisicamente, imediatamente após o
seu ato de desobediência. Porém, ao ignorar a ordem divina, o homem ficou
sujeito à morte de três formas:

■ morte física: o homem foi criado perfeito, à imagem e semelhança de


Deus, imortal e insuscetível ao mal. Porém, o pecado sujeitou-o tanto às
doenças e mazelas físicas e psicológicas, como à morte;

■ morte espiritual: é entendida como a separação entre o homem e Deus.


Deus pôs no homem um espírito perfeito, com capacidades sobrenaturais,
capaz de ter plena comunhão e acesso livre ao seu Criador. Porém, com o
pecado, este espírito morreu (pela perda da vida de Deus nele), implicando
também em perda da comunhão com o criador;

■ morte eterna: também conhecida como segunda morte (Ap 20:6). É a


consequência da morte espiritual, e para escapar desta morte é necessário
que o homem restabeleça sua comunhão com Deus, nascendo de novo,
através de Cristo Jesus.
24
A regeneração

Regenerar:dar nova vida, revivificar; devolver as propriedades originais;


gerar ou produzir novamente; formar-se de novo.

Em João 3:3, Jesus declara a Nicodemos que se alguém não nascer


de novo, não pode ver o Reino de Deus. A expressão grega traduzida como
“de novo” (Gr. Anothen) tem vários significados: “mais uma vez” ou uma
segunda vez”, como também “do alto” ou “de Deus”. Este conceito é de
suma importância, pois Nicodemos entendera que Jesus se referira ao
nascimento físico do homem.

Na verdade, Jesus estava se referindo à condição espiritual em que o


homem se encontrava. Com a queda, o espírito do homem deixou de viver,
ficando morto por causa do pecado. Deus é Espírito, portanto, para que o
homem voltasse a se relacionar com o SENHOR, era preciso que ele
nascesse espiritualmente uma segunda vez, “do alto”. Assim como Deus
soprou vida em Adão (Gn 2:7), da primeira vez, Deus sopra vida no nosso
espírito “mais uma vez”. Este é o sentido do nascer de novo, também
chamado regeneração, citado por Pedro em 1Pe 1:3.

A importância da regeneração

A Bíblia declara que Deus é espírito, buscando adoradores que o


adorem em espírito e em verdade (Jo4:24). Da mesma forma, Jesus ensinou
que o espírito é o que vivifica, e que as palavras que Ele dizia são espírito e
vida (Jo6:63). Deus se comunica com nosso espírito, testificando e
revelando as realidades espirituais da Sua Palavra e do Seu Reino (2 Cor
4:18).

Portanto, para que possamos compreender as coisas espirituais,


tendo nosso entendimento aberto pela Palavra de Deus, precisamos nascer
de novo. Somente aquele que foi regenerado aceita e compreende as coisas
do Espírito de Deus, pois elas são discernidas espiritualmente (1 Cor
2:12-16).
25
Como nascer de novo?

Para que a humanidade pudesse reatar sua ligação com Deus, era
necessário que a dívida que o homem possuía com Deus (por causa de sua
desobediência) fosse paga. Porém, o homem, escravo de sua natureza
pecaminosa, não tinha em si condições para fazê-lo (Is 64:6). Por isso, Jesus
tomou para si nossa dívida, dando a sua própria vida como pagamento pelos
nossos pecados (Cl 2:13-14)eisentando-nos de toda a culpa diante de Deus.

Para nascermos de novo, tendo nosso espírito regenerado, precisamos


tão somente crer e aceitar o sacrifício de Jesus Cristo, recebendo o
perdão pelos nossos pecados e sendo justificados por Ele diante de
Deus.
26
Lição 8

Batismo nas águas


E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos,
E cada um de vós seja batizado em
Nome de Jesus Cristo, para perdão dos
pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.
Atos 2:38
O batismo nas águas consiste em uma ordenança encontrada nas
Escrituras. As ordenanças são as ordens, leis ou regulamentos estabelecidos
por uma autoridade superior, para que sejam rigorosamente observados. Para
a Igreja, Jesus estabeleceu duas ordenanças a serem cumpridas: o batismo e
a Santa Ceia.
Estas ordenanças foram ministradas pelos apóstolos da Igreja
primitiva (At 9:18; At 16:15), e perduram até hoje, devendo ser obedecidas
por todas as denominações que seguem os preceitos bíblicos dados por
Deus.
A palavra batismo (do grego baptisma) significa literalmente
“imersão”, “afundar” ou “submergir”. É também chamado de batismo de
João ou batismo de arrependimento (Mt 3:11; At 2:38).
O batismo é a exteriorização de uma atitude pessoal interna, a saber,
o arrependimento e a fé no sacrifício de Jesus pelos nossos pecados (At
8:12-13). O próprio Jesus, mesmo não tendo pecados para se arrepender, foi
batizado por João Batista, tanto como um ato de obediência a Deus como
também para servir de modelo a todos os que cressem no Evangelho. Ao
descer às águas, Jesus prefigurou sua morte e ressurreição, consagrando-se
publicamente ao Pai, e consistindo isto o marco inicial de seu ministério
terreno (Mt 3:13-17).
O significado do batismo
O batismo nas águas não consiste em uma cerimônia sem sentido.
Para os cristãos, o batismo é um ritual que representa a morte, o
27
sepultamento e a ressurreição do cristão, com Cristo. A descida ou
submersão nas águas é um testemunho público de que a pessoa morreu para
o mundo e ressuscitou para Deus, desejando agora andar em novidade de
vida (Rm 6:3-4). Seus pecados passados são apagados e esquecidos, e ela
passa a ser uma nova criatura (At 2:38; Rm 6:10; 2 Co 5:17).
Requisitos para o batismo
■Arrependimento pelos pecados: At 2:38
■ Fé em Jesus e no seu sacrifício: At 19:4
■ Desejo de ser batizado: At 8:36
É necessário ser batizado?
O batismo é um ato indispensável a todo aquele que confessa Jesus
como Senhor e salvador, pois demonstra obediência àquilo que Cristo
ordenou em Mt 28:19: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.
Ao longo das Escrituras, todo aquele que cria na mensagem do
Evangelho era imediatamente batizado, em sinal de arrependimento e
obediência à Palavra revelada por Deus (At 8:12-15; At 8:35-38). Por isso,
não há referências bíblicas justificando o batismo de crianças recém-
nascidas, pois estas ainda não possuem o discernimento em relação ao
pecado, nem são responsáveis por seus atos (Mc 16:16; At 13:38-39). O
batismo encontrado na Bíblia sempre deveria ser precedido do
arrependimento e da fé no Senhor Jesus, por isso a necessidade de se estar
consciente de suas atitudes.

O batismo nas águas representa um marco em nossa vida espiritual.


Ao ser levantado das águas, o crente se identifica com a ressurreição
de Cristo, ressurgindo para uma nova vida, melhor e mais
abundante, num testemunho publico do poder transformador do
Evangelho.
28
Lição 9

Santa Ceia: relembrando o sacrifício de Cristo


pela humanidade
Da mesma forma, depois da ceia,

tomou o cálice, dizendo: "Este cálice

é a nova aliança no meu sangue,

derramado em favor de vocês.

Lucas 22:20

Acompanhado do batismo nas águas, a Santa Ceia é uma ordenança


estabelecida por Cristo à Sua Igreja, antes de sua morte e ressurreição.

A Santa Ceia, ou Ceia do Senhor, é mencionada em quatro


passagens bíblicas: Mt 26:26-29; Mc 14:22-25; Lc 22:15-20 e 1 Co
11:23-32. Sua importância está relacionada não somente ao passado, mas
também ao presente e ao futuro:

■ Sua relação com o passado: remonta ao sacrifício de Cristo na cruz, e sua


ressurreição, a fim de redimir o homem da condenação pelos seus pecados;

■ Sua relação com o presente: a Ceia é um ato de comunhão com Jesus, no


qual o crente participa dos benefícios espirituais da Nova Aliança,
reafirmando o senhorio de Cristo sobre si e o compromisso de permanecer
fiel ao Senhor;

■ Sua relação com o futuro: anuncia a volta do Senhor, quando então a Sua
Igreja se reunirá pessoalmente com Ele, para sempre.

Ao declarar Seu sangue como o sangue da Nova Aliança, Jesus


estava falando sobre o novo pacto firmado por Deus para com os homens. A
primeira Aliança, estabelecida através das leis dadas por Deus por
29
intermédio de Moisés (Ex 24:6-8), estava baseada na obediência do homem
aos preceitos divinos. Porém, não pôde ser cumprida pelo ser humano, por
este estar morto espiritualmente, sendo escravo de sua natureza pecadora,
que o mantinha afastado de Deus (Rm7:14 e 8:3).

Por isso, Jesus estabelece uma Nova Aliança no Seu sangue, na qual
Ele mesmo paga o preço pelos nossos pecados. Para obtermos o perdão
divino e a restauração, basta crermos naquilo que Cristo fez por nós (Rm
5:1).
Objetivos da Santa Ceia

O principal objetivo da Ceia do Senhor é relembrar o sacrifício de


Cristo em favor da humanidade, trazendo à memória o alto preço pago por
Jesus para reconciliar o homem com Deus. Quando Jesus se referiu ao pão
como seu corpo e ao cálice da Nova Aliança, que representava seu sangue
derramado, estava revelando o sofrimento e angústia que Ele passaria, a fim
de conquistar a nossa redenção, libertando-nos do poder do pecado e nos
dando vida novamente (Rm 5:6-11).

Assim, todas as vezes que a Igreja celebra a Ceia do Senhor o faz em


sua memória (Lc22:19), relembrando que Cristo se sacrificou em nosso
lugar e ressuscitou, vencendo a morte e estando agora assentado à destra de
Deus (Hb 1:3), aguardando o tempo em que voltará para estabelecer o Seu
Reino de paz e justiça (Mt 25:31).

Além da comunhão do cristão com Deus, a Ceia propicia um


ambiente de comunhão entre os irmãos. O partir do mesmo pão e beber do
mesmo cálice orienta para a unidade da Igreja, como um só corpo, sendo
uma real experiência de companheirismo entre os cristãos que, embora
diferentes, estão unidos em um só Senhor (1Co 12:27).
30
Nossa atitude em relação à Ceia do Senhor

As Escrituras exortam a analisarmos nossa vida antes de


participarmos da Ceia do Senhor (1Co 11:28). Comer indignamente significa
participar da Ceia do Senhor de maneira indiferente, egocêntrica ou
irreverente, sem intenção de aceitar os benefícios e deveres da Nova Aliança,
firmada no sangue de Jesus. Portanto, devemos examinar nossas atitudes e
intenções antes de participar da Ceia, tendo consciência de que aquele que
come do pão e bebe do cálice indignamente torna-se culpado pela morte do
Senhor.

A Santa Ceia é um memorial da morte e ressurreição de Cristo. Todos


aqueles que comem do pão e bebem do cálice proclamam e aceitam os
benefícios da morte sacrificial de Jesus Cristo, anunciando a sua
morte até que Ele venha!
31
Lição 10

Oração: estabelecendo um diálogo com Deus


Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu
Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.

Mateus 6: 6

A oração é um diálogo que estabelecemos com Deus. Assim como


nossos relacionamentos interpessoais são estabelecidos e consolidados
através da comunicação, nosso relacionamento com Deus é fundado e
estabelecido a cada dia, através da oração.
A oração é uma oportunidade dada pelo Senhor aos seus filhos de se
familiarizarem com Ele, com intimidade e amor. Sendo uma conversa com
Deus, a oração torna possível a cada cristão a construção de um
relacionamento íntimo e pessoal com o Senhor.
Embora as Escrituras declarem que Deus sabe do que precisamos,
mesmo antes de falarmos qualquer coisa (Sl 139:4), Jesus nos exorta a
buscar e perseverar em oração por aquilo que necessitamos (Mt 7:7-8). A
oração contínua é a chave para a resposta de Deus.
O principal propósito da oração é buscar a vontade de Deus para
nossas vidas (1Jo 5:14). Jesus, quando ensinou aos discípulos a oração
modelo, declarou que estes deveriam pedir a vontade de Deus (Mt 6:10).
Além disso, através da oração o cristão tem a oportunidade não somente de
pedir o que necessita, mas também de louvar, adorar, buscar orientação,
agradecer, interceder por outras pessoas e confessar seus pecados e
dificuldades ao Senhor. É uma expressão da dependência do cristão para
com Deus.
Requisitos para uma oração eficaz
Não há uma fórmula específica para a oração. Quando Jesus ensinou
a oração descrita em Mt 6:9-13 (conhecida como “Pai Nosso”), Cristo não
estava prescrevendo palavras determinadas que deveriam ser rigorosamente
repetidas ao orar (Mt 6:7-8), mas sim indicando as áreas de interesse que
32
devem constar na oração do Cristão, tais como o Reino de Deus, as nossas
necessidades diárias, o perdão e o livramento das tentações.
Sendo assim, a oração é tão singular quanto o ser humano, ou seja,
não devemos orar repetindo a forma com que outras pessoas o fazem. Nossa
atitude em oração deve ser de plena expressão de nossa personalidade, com
sinceridade de coração diante do Senhor (Lc 18:9-13). Aliado a isso, há
alguns aspectos importantes a serem observados para uma oração eficaz:
■ Ter fé: Hb 11:6. Ao orarmos devermos crer que Deus nos ouvirá e
recompensará com a Sua bondade aqueles que O buscam;
■ Ser feita em nome de Jesus: Jo16:24. A Bíblia declara que toda
autoridade foi dada a Jesus, nos céus e na terra (Mt 28:18). O nome de Jesus
está acima de todo nome (Fl 2:9-10), portanto, tudo que pedirmos em oração
deve ser em nome dEle;
■ Buscar a vontade de Deus: 1Jo 5:14-15. Devemos desejar, com
sinceridade e intensidade, que a perfeita vontade de Deus seja cumprida (Rm
12:2), em nós mesmos e em nossa família e comunidade. Se essa for nossa
oração, temos confiança de que todas as áreas de nossa vida estarão sob o
cuidado do Pai;
■ Estar em obediência: Jo 15:7. A obediência é um princípio básico para a
resposta de Deus. Jesus declarou que Deus ouve àqueles que são tementes e
fazem a vontade do Pai (Jo9:31);
■ Perseverar: Hb10:37. A Palavra de Deus nos exorta a perseverar em
oração, buscando aquilo que necessitamos (Lc 18:1-7).

A oração deve ser uma prioridade na vida de todo cristão. As


Escrituras nos exortam a orar em todo o tempo e todas as
circunstâncias, crendo que Deus é bom e deseja manter um
relacionamento íntimo conosco.
33
Lição 11
JEJUM
Tu porém quando jejuares, unge a cabeça e lava o rosto,
com o fim de não parecer aos homens que jejuas,
e sim ao teu Pai, em secreto; e teu Pai que vê em secreto, te recompensará.
Mt 6-17:18

O QUE É JEJUM?
O jejum é a abstinência do alimento natural, é a alimentação do
espiritual, é um tempo de buscar a Deus em oração, a vontade do Senhor
para nossas vidas ou colocarmos diante dele nossos propósitos.
O jejum não resolve o problema do pecado. Somente o sangue de
Jesus pode perdoar os pecados (I Jo 1:7), porém o jejum pode fortalecer o
nosso espírito contra a carne , ajuda a destruir o velho homem (Ef
4:23-24).
EXEMPLOS DE PESSOAS QUE JEJUARAM NO A.T.

1. Neemiasjejuou quando soube da destruição de Jerusalém – Ne 1.4


2. Ana jejuou quando queria ter um filho, e o pediu a Deus – I Sm 1.7
3. Davi jejuou também, em diversas ocasiões – II Sm 1.12; 12.22
4. Toda a nação israelita jejuava no Dia da Expiação – Lv 23.27-28

EXEMPLOS DE JEJUM NO NOVO TESTAMENTO

1. Jesus jejuou no deserto – Mt 4.2


2. João Batista ensinou seus discípulos a jejuarem com frequência – Mc
2.18; Lc5.33
3. Houve quem criticasse os discípulos de Jesus por não jejuarem com
frequência – Mt 9.14-15; Mc 2.18-19; Lc 5.33-35
34
POR QUE JEJUAR?

Algumas pessoas acham que não devemos pregar ou ensinar sobre jejum.
Citam os textos em que Jesus ensina que não devemos nos gabar de nosso
jejum (Mt 6.16). Mas Jesus não está condenando o jejum, pelo contrário, ele
condena aqueles que alardeavam seu jejum.

Vimos acima que o jejum sempre foi uma prática de homens e mulheres em
comunhão com Deus, sempre associado à oração. Por isso, em várias
situações pessoas e o povo jejuaram e nos ensinam a:

1- JEJUAR PELOS PRÓPRIOS PROBLEMAS – Mt 17.21; Dn 9.3


2- JEJUAR EM PERÍODOS DE GRANDE AFLIÇÃO – I Sm 1.7; II Sm
12.16; II Sm 1.12
3- JEJUAR ANTES DE TOMAR GRANDES DECISÕES DE CARÁTER
ESPIRITUAL – Mt 4.2; At 13.2;
4- JEJUAR PARA ALIVIAR NOSSOS FARDOS – Is 58
5- JEJUAR PARA RECEBER SABEDORIA – Dn 10
6- JEJUAR PARA VIR O AVIVAMENTO – Is 58.6
7- JEJUAR PARA OBTER A PROTEÇÃO DE DEUS CONTRA O
PERIGO – I Rs 21.27-29
8- JEJUAR PARA RECEBER A CURA – Sl 35.13
9- JEJUAR ANTES DE COMEÇAR QUALQUER MINISTÉRIO – Mt 4.2

QUAIS SÃO OS TIPOS DE JEJUM?

Antes de enumerarmos os tipos de jejum, é bom que se diga que JEJUM,


não é REGIME, DIETA ou GREVE DE FOME. O JEJUM, tem e sempre
teve um caráter espiritual.

1-O JEJUM TÍPICO: A Bíblia ensina que o jejum normal consiste em


abster-se totalmente de alimento sólido. O Jejum típico, mencionado na
Bíblia, não implicava em abstinência de líquidos. O exemplo de Jesus no
deserto, relata que ao final de 40 dias, Ele teve fome. A maioria dos
35
estudiosos da Bíblia concordam que durante seu Jejum, Ele tenha bebido
água.

2- O JEJUM COMPLETO: O jejum completo, também chamado de jejum


absoluto, consiste na abstinência de alimento e de água (At 9.9). Trata-se
de um jejum rigoroso e pode trazer perigo. Ninguém deve fazer jejum
total por mais de um dia. Além disso, aquele que tem problemas de saúde
deve conversar com o médico antes de resolver fazer jejum completo.

3- JEJUM PARCIAL: O jejum parcial tem várias aplicações, e é


caracterizado pelo que se come e pela frequência com que se come. Em
primeiro lugar, o jejum parcial significa abster-se de certos alimentos. O
exemplo de Daniel 1.12, pode ser interpretado como jejum parcial. João
Wesley, ao jejuar, em várias ocasiões comia apenas pão. Em segundo
lugar, o jejum parcial implica em abster-se de alimentos durante certo
período de tempo. Em terceiro lugar, o jejum parcial incluía também a
abstinência das relações sexuais entre marido e mulher (I Co 7.5).

QUAL DEVE SER A DURAÇÃO DO JEJUM?

Na maioria das vezes, o jejum bíblico durava apenas um dia. Ia de pôr do


sol a pôr do sol. A pessoa não comeria nada à noite, e nem se
alimentaria durante o dia seguinte, Ao entardecer do segundo dia, então,
ela poderia alimentar-se de novo (Jz 20,26; I Sm 14.24; II Sm 1.12;
3.35). Esse tipo de Jejum levava em conta o costume judaico de
considerar o início do dia ao entardecer (Gn 1.5, 6, 31). Mas temos
exemplos de jejuns que duraram só uma noite (Dn 6.18), que duraram
três dias e três noites (Et 4.6) e apenas três ocasiões em que o jejum
durou quarenta dias, foi com Moisés, Elias e Jesus.

COMO JEJUAR OU COMO PROCEDER DURANTE O TEMPO DE


JEJUM?

1.Determine previamente o tempo de duração do jejum.


36
2.Comece abstendo-se de alimentos sólidos, mas ingerindo líquidos.

3.Planeje passar boa parte do tempo em oração.

4. Comece com arrependimento, peça perdão.

5. Jejue e adore a Deus.

6.Ore incessantemente, fazendo pedidos específicos.

7. Leia longos textos da Bíblia e memorize versículos – chaves.

COMO QUEBRAR O JEJUM

Quem jejua de maneira correta, deve encerrar o período de abstinência da


maneira bíblica. Muitas pessoas já adoeceram por terem ingerido
alimentos em demasia e o organismo humano não suporta um choque
desses. Não se quebra-jejum com alimentos pesados e doces e sim com
alimentos leves, como sopa, saladas ou um sanduíche leve. Se a pessoa
durante o jejum, manteve plena comunhão com Deus, obviamente que
esta comunhão e seus frutos continuarão após o jejum e se revelará em
frutos e serviço ao Senhor.

POR QUE JEJUAR? PORQUE PELO JEJUM OBTEMOS AS


SOLUÇÕES E AS BÊNÇÃOS DE DEUS. TEMOS QUE ORAR E
JEJUAR, NA EXPECTATIVA DA RESPOSTA DE DEUS.
37
Lição 12

Lançando sementes: a importância dos dízimos e


das ofertas
Honra ao Senhor com os teus bens,
e com as primícias de toda a tua renda;
assim, se encherão de fartura os teus celeiros,
e transbordarão de mosto os teus lagares.

Provérbios 3: 9-10

A expressão hebraica para a palavra dízimo significa literalmente “a


décima parte”. As primeiras referências bíblicas nas quais o dízimo é
mencionado remontam à época dos patriarcas. Naquele tempo, ainda não
havia nenhum preceito específico estabelecido a respeito da entrega do
dízimo. Porém, os patriarcas já dizimavam com certa regularidade.

Em Gênesis 14:18 e 20 vemos Abraão voltando de uma batalha na qual


fora vencedor. Encontrando-se este com o rei e sacerdote Melquisedeque,
entregou-lhe o dízimo de todos os despojos que havia auferido com a vitória,
portanto o primeiro ato de dizimar ocorreu antes da lei.. Da mesma forma,
em determinada ocasião Jacó, neto de Abraão, fez um voto ao Senhor, de
que lhe entregaria o dízimo de tudo o que Deus lhe concedesse, caso
voltasse em paz para a casa de seu pai (Gn28:20-22),

Já nos dias de Moisés, o dízimo passou a ter cunho obrigatório (Dt


12:6). Os israelitas deveriam entregar a décima parte de tudo que
adquirissem, como forma de gratidão e reconhecimento a Deus como a fonte
de todas as bênçãos recebidas.

O dízimo era utilizado primariamente para suprir as necessidades da


Casa de Deus, bem como para o sustento dos sacerdotes, permitindo-lhes
38
dedicar-se exclusivamente ao exercício do sacerdócio (Nm18:21). Além
disso, a lei previa um dízimo a ser entregue a cada três anos, como forma de
auxiliar aos necessitados (Dt26:12).

As ofertas, por sua vez, eram entregues em ocasiões específicas.


Normalmente expressavam o amor e a gratidão espontânea a Deus, sendo
uma ocasião de alegria e ações de graças. Em Ex 35:5, quando da construção
do Tabernáculo, Deus solicitou que os filhos de Israel trouxessem suas
ofertas para edificá-lo, de modo voluntário e com um coração disposto a
ofertar ao SENHOR. Atendendo ao Seu chamado, o povo trouxe ofertas em
abundância, de modo que ultrapassaram o necessário para a obra (Ex
36:5-7). Em outra ocasião, o apóstolo Paulo declarou admiração pela
quantidade de ofertas dos crentes da Macedônia (2Co 8:1-2), em favor dos
pobres da Judeia.

As consequências da desobediência

Todas as vezes que o povo reteve egoisticamente seus dízimos e


ofertas foi repreendido pelo SENHOR, sendo amaldiçoado em razão de sua
própria atitude. Em Ageu 1:2-11, Deus repreende os israelitas, pois estes
estavam edificando casas luxuosas para si, enquanto a Casa do Senhor
estava em ruínas. Por causa disso, não havia prosperidade naquilo que os
filhos de Israel possuíam (Ag 1:6). A indiferença de Israel em relação à
reconstrução do Templo refletia, na verdade, sua indiferença e falta de
reverência em relação à própria presença de Deus, no meio do seu povo (Ex
25:8).

Em Malaquias, novamente o SENHOR repreendeao seu povo, ao


não trazer os dízimos e ofertas ao templo (Ml 3:6-12). Desta forma, todo o
povo estava sendo amaldiçoado, e sua situação desfavorável, consequência
de sua própria desobediência (Ml 3:9; Dt28:15), Jesus falou que o dízimo
deveria ser dado com vida e alegria e não com religiosidade (Lc 11:42), e
por isso ofertamos a Deus, porque fomos cheios de seu amor e queremos ver
o seu Reino sendo expandido.
39
Características em relação aos dízimos e ofertas

■ Entregar o dízimo é um ato de obediência e princípio à Palavra de


Deus: Ml 3:10; Lc 11.42
■ As ofertas são sementes que determinam nossa colheita: 2Co 9:6; Gl
6:7

■ Deus valoriza e recompensa abundantemente àquele que O honra com


seus recursos: Pv 3:9-10, 2 Co 9:10; Lc 6:38

■ A generosidade atrai a prosperidade de Deus: Pv 11:24-25

Tudo o que recebemos pertence a Deus. Então, devemos honrar ao


Senhor com nossos recursos, sabendo que nossas contribuições são
sementes plantadas em terra fértil. Como ensina Mike Murdock:
“Quando liberamos aquilo que está em nossas mãos, Deus libera o que
está na mão Dele”.
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Lição 13

A Igreja de Cristo e a Grande Comissão


E disse-lhes: Ide por todo o mundo,
e pregai o Evangelho a toda a criatura

Marcos 16:15.

As palavras acima constituem a Grande Comissão de Cristo a todos


os seus seguidores. A missão mais importante da Igreja, deixada pelo Senhor
Jesus, é a de pregar o evangelho a toda criatura. Todo cristão é um
evangelista em potencial. A ordem de evangelizar não se restringe apenas
aos pastores e líderes eclesiásticos, mas dirige-se a todo aquele que teve uma
experiência real com a graça salvadora de Deus, em Cristo Jesus
(Gl1:15-24).

A evangelização foi uma incumbência deixada por Jesus aos seus


discípulos, os quais Ele fez “pescadores de homens” (Mc 1:17). A igreja
primitiva tratava esta missão com seriedade, dedicando-se profundamente à
pregação do Evangelho às nações da época (At 8:4-8; Cl 1:24-29; Ef 3:1-8).

A Igreja, em todas as épocas e lugares, ocupa um papel fundamental


no plano de Deus para a salvação da humanidade, pois tal tarefa lhe foi
confiada pelo próprio Jesus (Mt 28:19; Mc 16:15; Lc 24:47; Jo 16:15; At
1:8). Além disso, Cristo declarou que um dos acontecimentos que precederia
sua volta seria a pregação do Evangelho a todas as nações (Mt 24:14), a fim
de que todos conheçam aquilo que de graça lhes foi dado por Deus.

Deus deseja que todos se arrependam (2Pe 3:9), chegando à salvação


pela fé em Cristo Jesus, através do conhecimento da Sua Palavra (1 Tm 2:4).
Para isto, o SENHOR se utiliza de pessoas dispostas a serem usadas por Ele,
para proclamar a palavra da salvação, capacitando-os para a obra com o seu
Espírito Santo (At 5:32).
41
O que é evangelizar?

Evangelizar é anunciar o evangelho de Jesus Cristo, em obediência


ao mandamento do Senhor. É expandir o reino de Deus na terra,
acrescentando-lhe almas, e livrando-as da morte eterna (Tg5:19-20). Pregar
o evangelho é plantar a semente divina no coração dos homens (Mt
13:18-23). A palavra Evangelho significa boas notícias. A boa notícia é que
Deus não levou em conta os pecados dos homens, mas através de Jesus
reconciliou-os consigo mesmo (2Co 5:18-19). Basicamente, devemos pregar
o evangelho da morte e ressurreição de Cristo, através do qual o SENHOR
deseja salvar todos aqueles que crêem na Sua palavra (1Co 15:3-4).

Quando e quem evangelizar?

Todos os momentos são oportunidades de anunciar o Evangelho do


Reino de Deus (2Tm 4:1-2), trazendo à tona o sacrifício de Jesus pela
redenção do homem (At 8:26-40). Segundo Paulo, o Evangelho não consiste
em palavras, mas em poder (1Co 4:20). É o poder de Deus disponível para
salvar e transformar todo aquele que nele crer (Rm1:16).

Devemos pregar a todas as pessoas, sem distinção de qualquer


natureza, pois a Palavra declara que todos pecaram e destituídos estão da
glória de Deus (Rm3:23). Somente pela salvação que há em Jesus é que o
homem pode voltar a ter um relacionamento com Deus (1Tm 2:5).

Requisitos para um evangelismo eficaz

■ Experiência pessoal com a graça salvadora de Cristo: Deus delegou a


evangelização àqueles que passam pela experiência da salvação (Igreja);

■ Testemunho verdadeiro: a palavra pregada deve vir acompanhada das


obras que a confirmam na vida do cristão (Tg1:22-25);

■ Conhecimento bíblico: a fé vem por ouvir a Palavra de Deus


(Rm10:13-17);

■ Vida de oração: a oração atrai a presença de Deus (At 4:31), sendo uma
poderosa arma (2 Co 10:4-5) para romper com a incredulidade (2 Co 4:4);
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■ Sabedoria: devemos pedir sabedoria a Deus (Tg 1:5),para compreender a
maneira e os momentos adequados para falar da mensagem de Cristo, com
mansidão e sem agressões de qualquer natureza, pois Deus é amor (1Jo 4:8).

A Igreja é a grande responsável pela evangelização mundial prevista


nas Escrituras. Evangelizar é apresentar Cristo à humanidade, pelo
poder do Espírito Santo, para que cada indivíduo compreenda e
receba a salvação, colocando sua confiança em Deus e o servindo
como Rei e Senhor.
43
Lição 14

Quando Cristo voltar


Portanto, assim te farei, ó Israel!

E porque isso te farei, prepara-te, ó Israel,

para te encontrares com o teu Deus.


Amós 4:12

A segunda vinda é um fato, é mencionada mais de trezentas vezes no


Novo Testamento. Somente Paulo citou mais de cinquenta vezes. O desejo
de Jesus é estar eternamente conosco ( Jo 14:2-3), pois não quer que
ninguém se perca (II Pe 3:8-9).

Estamos no tempo da graça. Haverá um avivamento mundial, o


Espírito Santo esta formando e preparando o corpo, a noiva para encontrar
com o Senhor Jesus.

Cristo virá para arrebatar a igreja e levá-la ás Bodas do Cordeiro ( Lc


17:24-37), Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última
trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis,
e nós os que estivermos vivos seremos transformados (I Co 15:51-52), e
somente aqueles que tiverem suas vestes lavadas pelo sangue do Cordeiro
subirão com Ele ( Ap 19: 7-9).

Em João 14:2, Jesus foi nos preparar lugar. Podemos crer que no
tempo certo Ele virá (II Co 5:1)

Mas quanto ao tempo da sua vinda, Jesus falou:

Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas
unicamente meu Pai
(Mt 24:36). Nossa geração possui mais provas de que isto pode acontecer
em breve, do que qualquer outra que já nos antecedeu,fato é que muitas
44
profecias já se cumpriram e outras ainda estão se cumprindo em nossa
geração:

■Volta dos Judeus para sua terra depois de quase 2.500 anos de dispersão
(Os 6.2, Ez 36.24,28, Zc 12:1-3);
■ O multiplicar da ciência (Dn 12.4);
■ Multiplicação do pecado (Mt 24.12);
■ Falsos Cristos (Mt 24:23);
■ Proliferação de seitas (II Tm 3:1-7).

Quais atitudes a serem tomadas pelo Cristão, enquanto o Senhor não


vem:
■ Trabalhar na Obra do Senhor, com nossas forças, talentos e dons
(Lc19:13);
■ Não duvidar da sua vinda (Lc12:45-46);
■ Estar em preparação, vigilante, em santidade (Mt 24.42-44, II Pe 3:10-14).

O arrebatamento da Igreja será o primeiro evento na lista dos


acontecimentos relacionados com o fim. Apósterá acontecerá
respectivamente: a grande tribulação, a segunda vinda visível e corporal de
Cristo ao mundo, o milênio – e no término deste, o juízo do grande Trono
Branco e finalmente o estado eterno.

Deus, tem procurado chamar a nossa atenção para o que está por
vir. Seus planos e desígnios estão todos, revelados na Bíblia Sagrada.
A profecia mais esperada pela Igreja da atualidade, é o retorno de
Jesus Cristo a este mundo, e por isso a nossa preparação deve ser de
Servos vigilantes como esse retorno possa acontecer no dia que se
chama hoje.
45
Lição 15
QUATRO LEIS ESPIRITUAIS
1 Primeira Lei- Deus ama você e tem um plano maravilhoso para sua vida. O AMOR
DE DEUS " Pois Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho unigênito para que todo
o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16) O PLANO DE DEUS
Cristo afirma: "Eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente" (uma vida
abundante e com propósito). (João 10:10) Por que a maioria das pessoas não está
experimentando essa "vida abundante"? Porque…

2 Segunda Lei- O homem é pecador e está separado de Deus; por isso não pode
conhecer nem experimentar o amor e o plano de Deus para sua vida. O HOMEM É
PECADOR "Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus..." (Romanos
3:23) O homem foi criado para ter um relacionamento perfeito com Deus, mas por
causa de sua desobediência e rebeldia, escolheu seguir o seu próprio caminho, e seu
relacionamento com Deus desfez-se. Este estado de independência de Deus,
caracterizado por uma atitude de rebelião ou indiferença, é evidência do que a Bíblia
chama de pecado. O HOMEM ESTÁ SEPARADO "Pois o salário do pecado é a
morte..." (separação espiritual de Deus) (Romanos 6:23) Deus é santo e o homem é
pecador. Um grande abismo separa os dois. O homem está continuamente procurando
alcançar a Deus e a vida abundante através dos seus próprios esforços: vida reta, boas
obras, religião, filosofias, etc. A Terceira Lei nos mostra a única resposta para o
problema dessa separação...

3 Terceira Lei- Jesus Cristo é a única solução de Deus para o homem pecador. Por
meio dele você pode conhecer e experimentar o amor e o plano de Deus para sua vida.
ELE MORREU EM NOSSO LUGAR "Mas Deus demonstra seu amor por nós pelo fato
de ter Cristo morrido em nosso favor, quando ainda éramos pecadores." (Romanos 5:8)
ELE RESSUSCITOU DENTRE OS MORTOS "Cristo morreu pelos nossos pecados... foi
sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras... e apareceu a Pedro e
depois aos Doze. Depois disso apareceu a mais de quinhentos..." (1 Coríntios 15:3-6)
ELE É O ÚNICO CAMINHO "Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a
vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim." (João 14:6) Deus tomou a iniciativa de
ligar o abismo que nos separa Dele ao enviar seu Filho, Jesus Cristo, para morrer na
cruz em nosso lugar, pagando o preço dos nossos pecados. Mas não é suficiente
conhecer essas três leis...

4 Quarta Lei- Precisamos receber a Jesus Cristo como Salvador e Senhor, por meio de
um convite pessoal. Só então poderemos conhecer e experimentar o amor e o plano de
Deus para nossa vida. PRECISAMOS RECEBER A CRISTO "Contudo, aos que o
receberam aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de
Deus." (João 1:12) RECEBEMOS A CRISTO PELA FÉ "Pois vocês são salvos pela
graça, por meio da fé; e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para
que ninguém se glorie" (Efésios 2:8-9) RECEBEMOS A CRISTO POR MEIO DE UM
CONVITE PESSOAL Cristo afirma: "Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a
minha voz e abrir a porta, entrarei..." (Apocalipse 3:20) Receber a Cristo implica
arrependimento, significa deixar de confiar em nossa capacidade para nos salvar,
crendo que Cristo é o único que pode perdoar os nossos pecados. Não é suficiente crer
intelectualmente que Jesus é o Filho de Deus e que morreu na cruz pelos nossos
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pecados ou ter uma experiência emocional. Recebemos a Cristo pela fé, através de
uma decisão pessoal. Estes dois círculos representam dois tipos de vida:

VIDA CONTROLADA PELO "EU" O "EU" no centro da vida. CRISTO do lado de fora da
vida. Ações e atitude controladas pelo "EU ", resultando em discórdias e frustrações.
VIDA CONTROLADA POR CRISTO CRISTO no centro da vida. O "EU" fora do centro.
Ações a atitudes controladas por CRISTO, resultando em harmonia com o plano de
Deus. Qual dos dois círculos representa melhor sua vida? Qual deles você gostaria que
representasse sua vida?
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FONTES BIBLIOGRÁFICAS

BEZERRA, Carlos Alberto de Quadros. Apascentai o Rebanho. São Paulo: Editora Vida,
1995.

CHO, Paul Y. e MANZANO, R. Whitney. Oração: A Chave do Avivamento. Belo


Horizonte: Editora Betânia, 1986.

JOINER, Eduardo. Manual Prático de Teologia. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Central
Gospel.

LINHARES, Jorge (comentarista). Revista Primeiros Passos na Fé nº 1: A importância


do conhecimento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel.

MALAFAIA, Samuel (comentarista). Revista Primeiros Passos na Fé nº 2:


Fundamentos da Fé Cristã.Rio de Janeiro: Editora Central Gospel.

MALAFAIA, Silas. Inteligência Espiritual. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel.

MURDOCK, Mike. Sabedoria para Vencer. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel,
2010.

PATTERSON, Dorothy Kelley (Editora-Geral). A Bíblia da Mulher. São Paulo: Editora


Mundo Cristão, 2003.

RADMACHER, Earl; ALLEN, Ronald B. e HOUSE, H. Wayne.O novo comentário


bíblico AT e NT com recursos adicionais – a Palavra de Deus ao alcance de todos. Rio
de Janeiro: Editora Central Gospel, 2010.

STAMPS, Donald C. (Editor- Geral). Bíblia de Estudo Pentecostal.Rio de Janeiro:


CPAD, 2008.

MACEDO, Pr José dos Reis – Princípios para ter e transmitir uma vida abundante –
Editora Logos e Rhema,
48

Aluno:_________________________________________________________________
LIÇÃO DATA PROFESSOR ASSINATURA
1) Estabelecendo uma vida com Deus
2) A Palavra de Deus: manual da vida cristã
3) Muito prazer, EU SOU
4) Jesus, Filho de Deus
5) Espírito Santo, o Consolador
6)A nal, o que é o pecado?
7) Nascendo de novo
8) Ba smo nas Águas
9) Santa Ceia
10) Oração
11) Jejum
12) Lançando sementes
13) A Igreja de Cristo e a Grande Comissão
14) Quando Jesus voltar

Obs: este cartão deverá ser apresentado ao final do curso


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ti

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