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Amado discípulo(a),

É com grande alegria que a Igreja Metodista o(a) recebe nesse módulo do
discipulado.

Aproveite suas aulas, incentivamos você a orar e jejuar, procurando sempre


aprofundar seu conhecimento na Palavra do Senhor.

Abaixo apresentamos o cronograma das aulas deste módulo.

Esperamos crescer juntos, cada dia mais na caminhada cristã, conte conosco

No amor de Jesus,

Igreja Metodista

CRONOGRAMA DE AULAS

FUNDAMENTOS DA FÉ

1. A Igreja – O que é, para que existe, como surgiu e como se organiza a igreja metodista
(costumes, origem, experiência de John Wesley)
2. Pecado, Suas Consequências, Pecado após a Salvação
3. Arrependimento
4. Salvação (salvação pela graça, como fica a questão das obras, é possível ter certeza
de salvação?)
5. Novo Nascimento (Qual o significado? Como sei se sou nascido de novo)
6. Como faço agora? e as promessas, o purgatório, as indulgências, as obras, a questão
da idolatria? e os sacramentos batismo e ceia? a questão das maldições
7. Fé
8. Espírito Santo
9. Bíblia
10. Oração
11. Santa Ceia
12. Contribuição (acerca dos Dízimos e Ofertas)
13. Do Batismo e da Santificação
14. Da Organização Local da igreja, Dons e Ministérios e dos deveres e Direitos do
Membro Metodista
Igreja Metodista em Guarapuava

1 - A IGREJA

A Igreja – O que é, para que existe, como surgiu e como se organiza a igreja
metodista (costumes, origem, experiência de John Wesley

Podemos ver que a origem espiritual da igreja está no plano de Deus de criar um
povo que seria o Seu povo santo, que também seria o corpo místico de Cristo. Esta
igreja teve o seu início existencial histórico com o evento de pentecostes. Os
componentes desta igreja universal e local, chamados de discípulos, têm o dever
de crescer espiritualmente, amadurecer na fé e na esperança, e viver de forma tal
que o mundo possa ver o que é este Reino de Deus, através de nossa conduta,
postura, atos e unidade. É desta maneira que nos tornamos uma “Comunidade
Missionária A Serviço do Povo”.

1) O que é a Igreja ?

O termo igreja vem do grego eclesia e significa comunidade de pessoas que crêem
em Jesus Cristo como o Filho de Deus. A Igreja é o Corpo Vivo de Cristo. A Igreja
não é uma organização, é um organismo. A diferença básica é que um organismo
tem vida. Um organismo tem organização, mas precisa de vida para funcionar
(corpo humano). Uma organização não precisa de vida para funcionar (empresa,
computador). O apóstolo Paulo nos mostra a Igreja como sendo o Corpo de Cristo,
um organismo cheio de vida, Rm 12:4-7/ I Co 12:12-27; Durante seu ministério
na Terra, Jesus tinha um corpo como o nosso, com o qual ele falava às pessoas,
impunha as mãos, curava, pregava, etc. Hoje seu corpo na Terra é a Igreja. Assim,
ela deve continuar a expressar a vida e o poder de Cristo na terra. A Igreja é o corpo
de Cristo. Sozinho ninguém é igreja, mas juntos formamos o Corpo de Cristo. Os
relacionamentos são os ligamentos do corpo, onde cada membro tem a sua função.
A Igreja é composta por pessoas que receberam Jesus como Senhor de suas vidas.
Quando passamos pela Porta do Reino (At 2:38) somos inseridos no Corpo. Se
alguém não tem Jesus como Senhor de sua vida, mesmo que congregue em algum
lugar, não faz parte do corpo de Cristo. Um rato num saco de batatas não é uma
batata. Mas se uma pessoa recebe primeiramente a Cristo como Senhor de sua
vida, ela entenderá a igreja e se submeterá a ela. A Igreja é produto do reino de
Deus na vida das pessoas.

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2) Para que existe?

Relacionamento, aperfeiçoamento e serviço. Em I Coríntios temos uma carta,


constituída de uma discussão. Foi escrita, provavelmente, na primavera de 57 (ou
56) d.c. Este grande documento arde de paixão e poder. É vital para com as
dificuldades reais com que se defrontava a Igreja em Corinto. Aparentemente, é
uma lista, indicando como enfrentar uma emergência, em vez de um tratado formal
teológico. Mas é exatamente nisto que tem o seu tremendo valor para a vida
moderna. Paulo teve que enfrentar os problemas reais duma Igreja nova numa
cidade grande e má. O objetivo do apóstolo é deixar bem claro a esta nova
comunidade, a verdadeira motivação, para que cada um possa servir ao Senhor na
Igreja. Ao falar no capítulo 13, Paulo cita três coisas que são importantes na
comunhão e no trabalho da comunidade. Fé, esperança e amor, dentre estes o
amor é o maior. O amor é que nos sustenta para vivermos a vida da Igreja. Este
mesmo amor nos leva a desfrutarmos a presença do Senhor Jesus. Este é o
caminho sobremodo excelente, o qual também nos ajudará a orarmos, para que
recebamos o dom, necessário não para nós mesmos, mas para a edificação da
Igreja. Quando usamos os dons para servir uns aos outros, o melhor deles é o de
“profetizar”. Profetizarmos é falarmos aos irmãos daquilo que temos visto e ouvido,
e testemunharmos sobre o nosso relacionamento com o Senhor. Por isso, Paulo diz
que todos podem profetizar na Igreja. Um de cada vez. Quero profetizar sobre o que
é a Igreja e o desejo de Deus para nós hoje: Deus deseja a edificação da Igreja.
Nosso conceito de edificação é uma pedra sobre a outra. Porém, edificação é quando
a vida de Deus cresce em nós, pela graça e juntos andamos em amor, exalando
sempre o bom perfume de Cristo, trazendo vida, para aqueles que se encontram no
deserto. A base da edificação é Jesus, a “Pedra Angular” (Ef. 2:20-22) . A “Pedra
Angular” tem por função unir as paredes. Ela é bem sólida. Ninguém pode lançar
outro fundamento, devemos edificar sobre Ele. (I Coríntios 3:11-15) Há muitos
modismos “teológicos”, os quais sempre rondam a vida da Igreja, com rótulos
diferentes, contendo, porém, o veneno mortal. Busquemos o modo de Deus, para a
edificação da Igreja, sem o qual pereceremos.

METODISMO

Wesley nunca intentou formar uma nova Igreja, ele buscava levar o evangelho a
todas as pessoas.

No início o Metodismo se reunia em pequenos grupos. Wesley deixou após a sua


morte, uma Igreja com cerca de 100 mil membros em 10 mil grupos pequenos, aos
quais ficaram conhecidos com Classes, que reuniam cerca de 12 pessoas por
grupo.

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Estes grupos pequenos trouxeram uma revolução espiritual para a Inglaterra. A


maioria destes grupos era liderada por mulheres. Wesley foi mestre na arte de usar
todos os tipos possíveis como líderes. Comentando sobre este assunto, Howard
Snyder disse:

“Ouve-se hoje em dia que é difícil encontrar líderes suficientes para os grupos
pequenos ou para aceitarem outras responsabilidades da Igreja. Wesley conseguiu
colocar um em cada dez, talvez um em cada cinco, para trabalhar em um ministério
significativo e na liderança. E quem são essas pessoas? Não eram os preparados,
ou os que dispunham de muito tempo, mas trabalhadores e trabalhadoras,
maridos e esposas e jovens com pouco ou nenhum treinamento, mas com dons
espirituais e ávidos para servir... Wesley não apenas alcançou as massas; ele
transformou milhares deles em líderes.”

1) O que é a Igreja Metodista ?

A Igreja Metodista é uma igreja de leigos e clérigos. A participação de todos e de


todos nas decisões e nas ações é marca dessa identidade, porque é fruto de nossa
memória na compreensão do Evangelho e na recordação de nossa herança do
metodismo histórico.

O tema “Igreja: Comunidade Missionária a Serviço do Povo” define muito bem os


nossos ideais e serve de inspiração e motivação para nossa ação. Para ser essa
comunidade a serviço do povo, a Igreja Metodista precisa abrir-se para receber a
luz do Espírito Santo e organizar-se para atuar no mundo, manifestando seu claro
interesse pelas pessoas, sem qualquer discriminação. Os dons e ministérios em
seu aspecto prático devem ser uma experiência comum na vida de todos.

2) Igreja: Comunidade

A Igreja local é onde nos encontramos para prestar culto, buscar conhecimento e
compreensão da Bíblia para fortalecer o nosso compromisso com o Reino de Deus
e estarmos juntos à mesa do Senhor. A Igreja local proporciona contínua
experiência de fé. Na Igreja há diversidade no ver, no ser e no agir, porém, no amor
temos nossa base comum. A mesa do Senhor é lugar de comunhão.

A confissão é um ato de fé. Confessamos nossos pecados e nossas contradições e


confiamos na graça de Deus.

3) Igreja: Comunidade Missionária á Serviço do Povo

A Igreja tem como finalidade: proclamar Jesus Cristo como Senhor e Salvador;
promover a justiça, a paz, o bem estar das pessoas e da sociedade.

Somos fortalecidos pela partilha, pela comunhão e pela oração; somos enviados ao
mundo para anunciar o ano aceitável do Senhor. O lugar para a Igreja local fazer
missão é o bairro, na cidade, no País, no Mundo. Para isso, necessitamos conhecer

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os acontecimentos que os envolvem. Os cristãos metodistas precisam ser sensíveis


aos problemas e lutas do povo.

4) Como a Igreja se organiza: Dons e Ministérios.

A Igreja se organiza em Dons e Ministérios. Isso significa que a organização da


Igreja é estabelecida por suas necessidades e, principalmente pelos desafios da
comunidade.

Os ministérios são os serviços que a Igreja local realiza contando com os dons de
seus membros, tanto de forma individual quanto comunitária.

5) Organização da Igreja Local

A Igreja local organiza-se estabelecendo, no mínimo, Ministérios de:

Ação Missionária;

Ação docente;

Ação Social;

Ação Administrativa;

Ministério com crianças;

Aos membros são concedidas iguais oportunidades para que possam expressar
seus dons por meio de serviços e ministérios.

6) O Pastor e a Pastora

O Pastor e a Pastora exercem o ministério pastoral, vocacionados para coordenar,


animar, motivar e integrar todos os ministérios.

A atividade pastoral é regulamentada nos Cânones (Art. 173). E são nomeados pelo
Bispo Presidente (Art. 174).

7) Princípios de Conduta

Como fez João Wesley, no seu tempo, seu pronunciamento em documento que
chamou de Regras Gerais, código de conduta cristã para as pessoas que o
procuram, busca de conforto espiritual, no desejo de salvação e santidade, assim
a igreja metodista adaptando a cada época sua linguagem, conserva os mesmos
princípios, os quais recomenda a todos os membros, como prática de vida e saber:

Não praticar o mal

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Zelosamente praticar o bem

Atender as ordenanças de Deus

Fundamentada nestes princípios, a igreja confia que os metodistas preservem a


sua tradição e continuem a serem reconhecidos como pessoas de vida regrada; os
metodistas são:

Moderados nos divertimentos

Modestos no trajar

Abstêmicos ao álcool como bebida

Empenhados no combate aos vícios

Observadores do dia do Senhor, especialmente dedicado ao culto publico, ao cultivo


espiritual, pelo estudo da bíblia e descanso físico.

Observadores dos preceitos da igreja e dos meios da graça que ele oferece,
participando dos ofícios divinos e da ceia do Senhor.

Praticantes do jejum e da oração individual e em família

Honestos nos negócios

Fraternais nas relações de uns com os outros

Tolerantes e respeitadores das ideias e opiniões alheias

Praticantes de boas obras

Benfeitores dos necessitados

Defensores da instrução secular e religiosa

E operosos na obra de evangelização

Credo Apostólico

Creio em Deus Pai, todo poderoso, criador do céu e da Terra e em Jesus Cristo seu
unigênito filho, Nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espirito Santo,
nasceu da Virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos; foi crucificado,
morto e sepultado; ao terceiro dia, ressurgiu dos mortos, subiu ao Céu e está
sentado a direita de Deus Pai, todo poderoso, de onde há de vir para julgar os vivos
e os mortos.

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Creio no Espirito Santo, na Santa Igreja do Cristo, na comunhão dos santos, na


remissão dos pecados, na ressureição do corpo e na vida eterna. Amém (Cânones
da Igreja Metodista de 1992, pag 31)

ORIGEM DO METODISMO

1. Qual a razão do nome Metodista?

Um grupo de estudantes liderados por Carlos Wesley, na Universidade de Oxford,


sob a liderança principal de João Wesley e denominado Clube Santo, foi
denominado pelos outros estudantes, de metodistas por se caracterizarem, pela
disciplina, estudo e aprendizagem, com muito compromisso dos participantes. A
organização cresceu e tornou-se um movimento popular chamado Povo Metodista.

2. O que levou João Wesley a iniciação desse movimento que cresceu tanto
que chegou ao Brasil e hoje nós aqui somos metodistas?

João Wesley vinha de uma família da igreja anglicana, foi doutrinado na fé cristã.
Tornou-se um missionário, mas ele não tinha a crença no que pregava, quando
tudo ia bem ele dizia “até creio”. Mas diante de um perigo ou ameaça de morte
ficava perturbado e chegou a dizer que não podia dizer que para ele “morrer é
lucro”, não tinha certeza da sua salvação. Era um homem culto, conhecedor da
bíblia, esforçado, dedicado, mas era infeliz, insatisfeito.

3. Experiência de perdão e salvação

Certo dia foi contrariado a uma reunião, lá ao ouvir um relato sobre justificação
pela fé, conta que teve o coração aquecido, e naquele momento pode experimentar
a fé para a salvação somente em Cristo, o perdão dos seus pecados e a paz que
tanto buscava. Passou a ter segurança e assim deu inicio a um novo modelo de
evangelizar (resultado do novo nascimento). Umas das características do metodista
é a experiência com Cristo.

Os 25 artigos de religião:

Alguns são considerados doutrinas, outros são apenas, costumes. Há artigos


que apontam erros (especialmente da Igreja Apostólica Romana).

1- Da fé na Santa Trindade

2- Do Verbo ou Filho de Deus que se fez verdadeiro homem

3- Da ressureição de Cristo

4- Do Espirito Santo

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5- Da suficiência das Santas Escrituras para a salvação

6- Do Antigo Testamento

7- Do pecado original

8- Do livre arbítrio

9- Da justificação do homem

10- Das boas obras

11- Das obras de superrogação

12- Do pecado depois da justificação

13- Da Igreja

14- Do Purgatório

15- Do falar na congregação em língua desconhecida

16- Dos sacramentos

17- Do batismo

18- Da Ceia do Senhor

19- De ambas as espécies

20- Da oblação única de Cristo sobre a cruz

21- Dos casamentos dos ministros

22- Dos ritos e cerimonias da Igreja

23- Dos Deveres civis dos cristãos

24- Dos bens dos cristãos

25- Do juramento do cristão.

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2 - PECADO

Pecado, Suas Consequências, Pecado após a Salvação

Vide versículos 1 João 1:8-10, salmos 32:1-8 e Provérbios 14:12

Quando Deus criou todas as coisas criou-as em harmonia e estabeleceu princípios


para que a harmonia fosse mantida.

Tendo criado o homem a sua imagem e semelhança o colocou sobre toda a criação
com a liberdade para a cultivar e a autoridade para a guardar ( Gn.2:15).

Estabeleceu limites que deveriam ser respeitados. Mas o ser humano desobedeceu
a Deus transgredindo os limites por Ele estabelecidos (Gn 3:1-6). Como
conseqüência a desarmonia chegou a criação por causa do pecado daquele que
deveria tê-la guardado (Gn 3:16-19).

1) Pecado: o que é ?

O texto de I João 3:4 diz que o pecado é a transgressão da lei. Mas de qual lei o
autor fala ? É lógico que não é a lei judaica (já superada pela igreja cristã) Pecado
é a transgressão dos limites estabelecidos por Deus; a desobediência dos limites e
princípios ensinados por Ele. Quando desobedecemos a Deus cometemos pecado
(pecamos). Os limites e princípios estabelecidos por Deus estão na Bíblia, se
queremos conhecê-los devemos conhecê-la.

2) A tentação e a origem do pecado

Todos nós temos necessidades (físicas, emocionais e espirituais), necessitamos de


alimento, descanso, afeto, atenção, reconhecimento, amor, etc, isso é natural. As
nossas necessidades nos levam a desejar algumas coisas (cobiçar), isso é natural.
Tiago 1:14 diz que ser tentado é ser atraído e seduzido pela sua cobiça; ou seja,
tentar satisfazer seus desejos de qualquer maneira mesmo que para isso
desobedeçamos a Deus. Quando fazemos isso cedemos a tentação e pecamos (
Tiago 1:15) O pecado tem portanto sua origem no desejo do ser humano (paixões
da carne). O primeiro pecado aconteceu porque o ser humano desejou ser igual a
Deus (Gn.3:4-6)

A tentação:

a) Leva o ser humano a descrer de Deus

b) Retira a autoridade da Palavra de Deus

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c) Leva o ser humano a desobediência

3) As conseqüências do pecado

A criação foi amaldiçoada por Deus e experimentou a corrupção por causa do


pecado do ser humano (Gn.3:17b e Rm.8:21), mas não foi só ela que sofreu, o
próprio ser humano tem sofrido. Como conseqüência de ter desobedecido a Deus
o ser humano: a) Experimenta a morte espiritual (Tg.1:15 e Rm 6:23a) b) Encontra-
se separado de Deus (Is.59:2) c) Perdeu a imagem de Deus e corrompeu-se ( II
Cor.11:3, Ef.4:22, Rm.3:23) d) Tornou-se escravo do pecado (Jo 18:34), perdeu sua
liberdade

O QUE EXATAMENTE FOI O PECADO ORIGINAL? E O QUE É O LIVRE


ARBÍTRIO? COMO FICA A QUESTÃO DO PECADO APÓS A SALVAÇÃO?

Quando nascemos de novo, o foco do renascido passa a ser o reino de Deus. Vamos
ver um princípio básico para isso Lucas 18:17 “ Quem não receber o Reino de Deus
como uma criança, de maneira nenhuma entrará nele”.

1. Como uma criança o nascido de novo começa a receber a orientação do que é


bom e o que não é para seu bom viver.

2.Todas as pessoas têm necessidades físicas, emocionais e espirituais


naturalmente.

3. A Palavra de Deus nos oriente para sermos supridos e também o que deve ser
retirado para crescermos saudáveis. Precisamos conhecer a Palavra, crer nela e
observa-la. Quando isso não acontece pecamos.

4. Tiago diz que ser tentando é ser seduzido para satisfazer os próprios desejos,
mesmo que para isso desobedeça a Deus – Tiago 1: 14-15.

5. Não crer na Palavra de Deus leva a pessoa a ser insubmissa e


consequentemente, desobedecer. Que necessidades tinham Adão e Eva?

Por que pecaram?

1. Satanás é astuto II Corintios11-3

Diante da proposta de Satanás, Eva descreu no que Deus tinha dito, a proposta
pareceu melhor, superior, ela cedeu. Quis algo além do propósito para o qual foi
criada, caiu na tentação e pecou.

2. O que o renascido precisa saber?

Tomar cuidado com a orientação da Palavra de Deus e atender porque a


consequência do pecado é muito grave. Vejamos algumas:

Tiago 1:15 morte espiritual;

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Romanos 6:23 (a) morte espiritual;

Isaias 59:2 separado de Deus

II Coríntios 11:3

Efésios 4:22 perde a imagem de Deus

Romanos 3:23

João 18:34 sem liberdade torna-se escravo do pecado.

A pessoa que nasceu de novo tem gosto de tomar conhecimento de seu valor para
Deus, tendo sido salvo do pecado, pelo sacrifício de Jesus e não deseja cometer
pecado, quer viver em novidade de vida, sendo grato pela graça que recebeu.

Mas, e se em algum momento a pessoa vier a pecar?

a) Nesse momento o Espirito Santo que agora habita nela, a convence que
pecou, para que confesse ao Senhor, se arrependa e retorne à vida de
comunhão I João 1:9 – I João 2:1-2.

1 João 1:9 – Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos
perdoar e nos purificar de toda a injustiça.

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3 - ARREPENDIMENTO
Vide versículos Isaías 55:6-7, Ezequiel 33:11 e Efésios 4: 17-24

1) O que é o arrependimento?

Em Atos 2:37-38 vemos que após ouvirem a pregação de Pedro, e reconhecendo


que ele estava correto, os ouvintes foram exortados a arrependerem-se. Vemos por
aí que arrepe’ndimento é mais do que um sentimento. Arrependimento é o
reconhecimento de nosso erro e a decisão de mudar abandonando o erro. São sinais
de arrependimento:

a) Convencimento do pecado ou o reconhecimento do erro (João 16:8 e Atos 2:37-


38)

b) Quebrantamento profundo e tristeza pelo pecado ( Is. 6:1-6 e II Cor 7.:9-10)

2) O que é necessário?

Em Lucas 15:11-32 temos a história do filho pródigo. É a história de um rapaz que


fez algumas escolhas erradas e como conseqüência sofreu; em determinado
momento ele reconhece seu erro e decide voltar atrás, pedir perdão ao pai e pagar
o preço necessário. Ele arrepende-se. Para conseguir transformar a intenção em
ação foi necessário:

a) Humildade – É mais fácil arrumar desculpas ou justificativas para nossos erros


fo que reconhecer o erro e assumir a responsabilidade. Só que Deus dá graça ao
humilde (Tiago 4:6b) – Deus resiste aos soberbos mas dá graça aos humildes

b) Restituição – Isto é a disposição de voltar atrás quando percebe que tomou uma
decisão errada ( Lucas 15:17-19)

c) Confissão – O filho pródigo não só volta a casa do pai como fala ao pai que pecou
contra o céu e diante dele ( Lucas 15:20-21)

d) Firme propósito – O rapaz está disposto a ser tratado como empregado para
acertar o seu erro. Está disposto a fazer o que é preciso, pagar o preço necessário.

3) Consequências do arrependimento – Hebreus 2:1

Quando nos arrependemos de maneira sincera diante de Deus algumas coisas


acontecem: a) Somos perdoados por Deus ( I João 1:9) b) Somos purificados ( Is.6:6-
7 – I João 1:9)

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4 – SALVAÇÃO
Vide versículos João 14:6 João 12:44-47 I Pedro 2:2 Joel 2:32 Mateus 11:
28-30 João 3:16-21

Salvação (salvação pela graça, como fica a questão das obras, é possível ter
certeza de salvação?)

O texto de Efésios 2:1 nos mostra que estávamos mortos em nossos delitos e
pecados. Como vimos o pecado nos separou da comunhão com Deus gerando morte
espiritual, mas o resultado da desobediência do ser humano não foi só a morte
espiritual. A Bíblia nos ensina que um dia todos nós compareceremos diante de
Deus para prestar contas de todos os nossos atos, para aqueles que forem achados
em débito (falta) para com Deus está reservado o juízo e uma eternidade em
tormento. Disso fomos salvos, de uma existência miserável à parte da comunhão
com Deus. Isso é o que veremos neste estudo.

SALVAÇÃO: A Salvação é um termo que genericamente se refere a libertação de


um estado ou condição indesejável.

SALVAÇÃO DO PONTO DE VISTA CRISTÃO: Na doutrina cristã da salvação,


somos salvos da “ira”; quer dizer, do julgamento de Deus sobre o pecado. Nosso
pecado nos separou de Deus e a consequência do pecado é a morte. Salvação
bíblica se refere á libertação da consequência do pecado e envolve, portanto,
remoção do pecado.

O que Deus cobra pela salvação humana? Será que podemos pagar? Atualmente é
difícil pensar que existe alguma coisa de graça. Mas esse é o ministério de Deus:
Ele nos oferece um lugar na sua presença sem que precisemos pagar coisa alguma.

Efésios 1-12 (Mas todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos
filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome). Vide Atos 4:12

O que significa Graça?

Graça é a riqueza de Deus que obtemos através do preço pago por Jesus Cristo na
cruz. A sua riqueza se manifesta por meio da vida eterna, paz, alegria e amor de
Deus às custas de Jesus Cristo. O preço pago por Jesus Cristo se vê nos açoites,
no Getsêmani, nas zombarias, na coroa de espinhos, nos cravos nas mãos, no furar
o seu lado, na ira de Deus. Jesus pagou e tudo devemos a Ele. Pela graça nos
oferece a vida eterna, como presente. Graça é Deus dando tudo e fazendo tudo a
quem nada merece e nem tem condições de merecê-la.

Efésios 2:8-9 (Porque pela graça sois salvos, mediante a fé e isto não vem de vós é
dom de Deus; Não de obras para que ninguém se glorie).

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Hebreus 10-38 (Todavia, o meu justo viverá pela fé, e se retroceder, nele não se
compraz a minha alma). A partir do momento da fé (receber) surge uma vida
progressiva, santificada no crescimento, na Graça de Deus.

As obras são consequências da fé (graça que recebemos) e não o contrário, nossos


esforços não serão aceitos como requisito para a salvação.

No entanto Deus preparou nosso caminho para as boas obras. Efésios 2:10 (Pois
somos feitura Dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de
antemão preparou para que andássemos nela).

Mateus 5:16 ( Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam
as vossas boas obras e glorifiquem o vosso pai que está nos céus).

Nossa salvação está na graça através da fé. Dessa forma a medida que nosso
conhecimento de Cristo e sua palavra é acrescida, e a Ele damos crédito, a nossa
fé também é aumentada (acrescida). Portanto obtemos a fé da parte de Deus,
ouvindo e crendo na palavra de cristo. Renovamos a mente pelo conhecer e crer na
Palavra de Deus, sendo assim transformados. (Romanos 12-2).

1) Pela graça sois salvos ( Ef. 2:8 e João 5:24)

Tínhamos uma “dívida” com Deus que precisava ser quitada. O preço pelo pecado
(desobediência) precisava ser pago. Deus, que é amor, desejava nos isentar da
punição (juízo), mas por ser justo não podia desconsiderar nosso erro, inocentando
o culpado (Êxodo 34:7b). Um justo pecou, maculando toda a criação de Deus; um
outro justo precisava redimi-la. Como todos pecaram (Rm 3:23) ninguém podia
trazer salvação a humanidade. Por isso Cristo Jesus, que era filho de Deus (Fil.2:6),
assumiu a forma humana (encarnou-se), viveu uma vida sem pecado (Hebreus
4:15), pagou o preço pela nossa dívida morrendo na cruz (Col.2:14 e João 19:30) e
derramando o seu sangue para nos purificar ( I João 1:7). Esta é a graça (favor
imerecido) pela qual somos salvos.

2) Por meio da fé ( Ef.2:8)

Vemos então que a salvação foi um presente concedido por Deus através de Cristo
Jesus. Mas isso tudo de nada adianta se não acreditarmos e aceitarmos o presente
de Deus. Precisamos crer para usufruir do presente. Somos salvos por meio da fé
(no estudo 5 veremos um pouco mais sobre a fé que salva).

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3) Como podemos ter certeza da salvação ?

Talvez esse seja o maior questionamento das pessoas sobre a salvação, e muitos
até chegam a afirmar, erroneamente, que não se pode ter certeza da salvação. Os
textos bíblicos de João 5:24 e I João 5:11-13 nos mostram que se ouvimos as boas
novas de salvação, cremos e recebemos a Jesus Cristo como Senhor e Salvador de
nossas vidas já passamos da morte para a vida (fomos salvos). A passagem de I
João 5:13 ainda nos diz que essas coisas foram escritas para que saibamos que já
temos a salvação (vida eterna). A nossa certeza se baseia na Bíblia (Palavra de Deus)
e no fato de que Deus não mente ( Tito 1:2). Se Ele falou é certo que fará.

Salmo 13:6

João 17:3

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5 - NOVO NASCIMENTO

(Qual o significado? Como sei se sou nascido de novo)

2 Cor :João 3: 1-7 Romanos 8: 15-17 2 Cor 5:15

No texto de João 3:3 Jesus diz que se alguém não nascer de novo, não pode ver o
reino de Deus. Se o novo nascimento é assim tão importante precisamos conhecê-
lo melhor. É o que estudaremos nessa lição.

1) O que é “ Novo Nascimento”

Quando nos arrependemos de nossos pecados e confessamos a Deus recebemos o


Seu perdão e Ele nos purifica de toda injustiça ( I João 1:9). Nesse momento, além
de sermos justificados, somos feitos novas criaturas ( II Cor.5:17). Gerados, pela
fé em Deus (Tiago 1:18). Chamamos a isso de regenerar (gerar de novo); ou seja,
novo nascimento.

2) Por quê precisamos nascer de novo?

2 Timóteo 2:12 Cor 1:21-22

Quando a raça humana desobedeceu a Deus (pecou) sua natureza foi corrompida.
O ser humano se tornou escravo dos desejos da sua carne. Antes inclinado a fazer
a vontade de Deus, após pecar, o ser humano se torna escravo da sua carne,
inclinado a fazer a sua vontade mesmo que para isso precisasse desobedecer a
Deus. A velha natureza se torna escrava do pecado, foi corrompida. Para se libertar
deste jugo só há uma solução: a morte. Por isso a velha natureza foi crucificada
com Cristo, para destruir o corpo do pecado de modo que não sirvamos mais a ele
como escravos (Rm. 6:6 e Gal 5:24). Com a morte da velha natureza uma nova foi
gerada , inclinada a fazer a vontade de Deus(Rm 6:4). Se queremos fazer a vontade
de Deus precisamos nos revestir dessa nova natureza (Ef. 4:22-24). Além disso a
velha natureza está morta espiritualmente (Ef.2:1). Se não nascermos de novo
permanecemos mortos. Somos vivificados espiritualmente pelo novo nascimento
(João 3:5-7). Precisamos nascer de novo para herdarmos a vida eterna. Precisamos
ser gerados do Espírito para vermos o reino de Deus. A corrupção não pode herdar
a incorrupção ( I Cor. 15:50).

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3) Como podemos nascer de novo ?

O texto de Efésios 1:13 fala que ouvindo o evangelho da salvação e nele crendo
somos selados com o Espírito Santo. Aí vemos que o novo nascimento é um ato de
Deus através do Espírito Santo, operado na vida de todo que crê. Quando
recebemos o Espírito Santo, como consequência de crer no evangelho da salvação,
nascemos de novo.

Você é nascido de novo? Regenerado?

O diálogo entre Jesus e Nicodemos João 3:1-11, nos revela a importância do novo
nascimento, Nicodemos era um mestre da Lei Hebraica, um líder, e teve interesse
em conversar com Jesus ao anoitecer, saber mais do homem que curava e de seus
sinais, falou pela lógica de que lhe provia através do conhecimento de professor
que era, disse: “... que ninguém pode fazer esses milagres se Deus não estiver com
ele”. Jesus confirma as palavras de Nicodemos e diz mais: “... ninguém pode ver o
Reino de Deus se não nascer de novo”.

Qual a importância do novo nascimento? Mateus 6:9-10

:Conforme a palavra de Jesus é de suma importância o nascer de novo, o velho


homem tem que morrer, a natureza pecaminosa do ser humano nos distancia de
Deus, nos afastando da vida com o Pai. O novo nascimento e um pré-requisito ao
verdadeiro cristão. Porém, essa regeneração não provem de nós mesmos, somo
incapazes de tal poder.

Será que já nasci de novo?

Muitas pessoas erroneamente acham que pelo batismo já nasceram de novo, se


fosse dessa maneira não precisaria Jesus ter vindo a Terra e ter derramado seu
sangue precioso pelos nossos pecados. Também o novo nascimento não pode ser
visto como um processo. A Escritura fala “novo nascimento” e não que “estão
nascendo de novo”.

Tiago 2:19 Você crê que há somente um Deus? Ótimo! Os demônios também creem
e tremem de medo. Se até os demônios creem em Deus e Jesus, isso quer dizer que
pode haver crentes que não nasceram de novo.

Como então nascer de novo?

Se você crer na Palavra de Deus, que o seu “velho homem” foi com Ele crucificado,
então, você está livre e a verdade em Cristo será conforme a Sua Palavra. Romanos
6:6 Pois sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com Ele, para que o
corpo do pecado seja destruído, e não mais sejamos escravos do pecado. Cristo

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livra-nos do nosso homem velho. Cristo, na cruz do Calvário levou consigo o nosso
“velho homem”.

O novo nascimento se dá quando Deus nos atrai e assim entregamos as nossas


vidas a Jesus Cristo, mudando a maneira de pensar e ver as coisas, aonde o nosso
eu já não existe mais, mas sim o viver de Cristo rege nossas vidas. Gálatas 2:20
Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em
mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou
e se entregou por mim. Efésios 1:13 ...”Fomos selados pelo Espírito Santo...”

“Através deste Novo Nascimento o crente recebe uma nova natureza espiritual que
ira expressar-se em novos interesses e preocupações. Os regenerados preocupam-
se principalmente com as coisas de Deus, Sua Palavra, Seu Povo, Seu Serviço, Sua
Glória e acima de tudo com o Próprio Pai. Eles encontram novos poderes para
resistir ao Pecado, para obedecer e servir a Deus”. (Bruce Milne)

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6 - COMO FAÇO AGORA? E AS PROMESSAS, O


PURGATÓRIO, AS INDULGÊNCIAS, AS OBRAS, A
QUESTÃO DA IDOLATRIA? E OS SACRAMENTOS
BATISMO E CEIA?
Oração do Apostolo Paulo pelos crentes: Efésios 1:17-18

PROMESSAS (VOTO – Jejum, oração)

Uma promessa pode ser equiparada a um juramento, embora geralmente associada


como uma tradição religiosa, nomeadamente cristã, que consiste em prestar o culto
a uma entidade específica (um santo, Deus etc.) em agradecimento. As promessas
foram feitas para se transmitir segurança, promessas feitas por Deus, pois, diz-se
que ela será cumprida. Usa-se folcloricamente o ato de cruzar os dedos para se
prometer algo falsamente.

IDOLATRIA (Êxodo 20:1-5) (JOÃO 14:6)

A idolatria é usualmente definida como a prática de adoração a ídolos, valores e


ideias em oposição à adoração a um Deus monoteísta. A idolatria é considerada
um dos maiores pecados nas religiões abraâmicas, de outro modo, em religiões
onde esta atividade não é considerada como pecado. Quais imagens, ideias e
objetos, constituem idolatria, e quais constituem uma adoração válida é um
assunto de discussões por autoridades e grupos religiosos. É notável o conflito
sobre o uso do termo no cristianismo, entre dois dos seus principais ramos, o
catolicismo e o protestantismo. Um termo originalmente de cunho religioso, a
idolatria foi duramente condenada por certas religiões cujos ritos não incluíam
imagens de ídolos. A Bíblia, a Torah e o Alcorão são particularmente taxativos
quanto à idolatria, comparando-a com alguns dos piores crimes e pecados
concebíveis. Por conta desta condenação, o termo "idolatria" é atualmente adotado
como forma pejorativa de referência a práticas religiosas não abraâmicas.
Desobedecendo as leis de Deus segundo os seus mandamentos.

INDULGÊNCIA / OBRAS (GALATAS 2:21) (EFÉSIOS 2: 8-9)

A indulgência é relacionada com a clemência, tolerância e perdão, pois todas essas


qualidades derivam a partir do ato de absorver alguém de um castigo ou uma
punição. Etimologicamente, o termo indulgência se originou a partir do latim
indulgentia, que significa “bondade”, “para ser gentil” ou “perdão de uma pena”.
No âmbito religioso, nomeadamente na doutrina católica, a indulgência é a
remissão dos pecados e castigos cometidos por um indivíduo, cuja culpa já tenha
sido perdoada pela igreja, através da misericórdia. Durante a Idade Média a Igreja
Católica tinha um enorme poder político e econômico. Nesta época, a igreja também
ficou conhecida pela venda de indulgências, ou seja, concedia o perdão divino para

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qualquer pessoa que pagasse por isso. Um dos grandes opositores das ações
contraditórias da igreja católica naquela época foi Martinho Lutero, que liderou a
chamada Reforma Protestante, que tinha como base a insatisfação com as atitudes
cometidas pela igreja católica. A indulgência pode ser parcial ou plena, dependendo
de quem te da a absolvição e onde você vai para receber a mesma.

PURGATORIO (1 João 1:7,8)

Purgatório é a condição e processo de purificação ou castigo temporário em que as


almas daqueles que morrem em estado de graça são preparadas para o Reino dos
céus. A cultura popular também apresenta a concepção do purgatório como um
lugar físico, embora a Igreja (católica) ensine que o Purgatório não indica um lugar,
mas "uma condição de existência". Os que morrem na graça e na amizade de Deus,
mas não estão completamente purificados, passam após a sua morte por uma
purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do Céu. O
purgatório e a purificação final dos eleitos que necessita de piedade Divina, distinta
do castigo do inferno. A tradição da Igreja fala de fogo purificador. A Igreja
recomendava também as esmolas, as indulgências e obras de penitências em favor
dos finados.

De acordo com o catolicismo, o perdão dos pecados e a purificação podem ocorrer


durante a vida, por exemplo, no Sacramento do Batismo e no Sacramento da
Penitência. No entanto, se esta purificação não é atingida totalmente em vida, os
pecados veniais podem ser purificados após a morte. O nome específico dado a esta
purificação dos pecados é "purgatório".

O Purgatório é uma purificação que envolve um castigo doloroso, associada à ideia


de fogo, semelhante ao inferno. Diversos Padres da Igreja consideram 1 Coríntios
3:10-15 como evidência para a existência de um estado intermediário em que as
transgressões leves são purificadas, e assim a alma será salva. Igreja Metodista o
que fala sobre purgatório As Igrejas Metodistas afirmam, em consonância com o
artigo 14º dos Vinte e Cinco Artigos de Fé da Igreja Metodista que “A doutrina
romana do purgatório (...) é uma invenção fútil, sem base em nenhum testemunho
das Escrituras e até repugnante à Palavra de Deus”. Seu fundador, John Wesley
acreditava que não existe “um estado intermediário entre a morte e o juízo final,
onde aqueles que rejeitaram Cristo estariam cientes de sua vinda, e os crentes
iriam partilhar do "Seio de Abraão" ou Paraíso", lugar no qual continuarão a crescer
em santidade”. O Metodismo não afirma formalmente essa crença, mantendo
silêncio sobre o que está reservado aos homens entre a morte e o juízo final. I Pedro
1:1-18 I Pedro 1:6-7 I Pedro 4:12

OS SACRAMENTOS

Os sacramentos instituídos por Cristo não são somente distintivos da profissão de


fé dos cristãos; são também sinais certos da graça e da boa vontade de Deus para

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conosco, pelos quais Ele invisivelmente, opera em nós e não só desperta, como
fortalece e confirma a nossa fé n’Ele. Dois somente são os sacramentos instituídos
por Cristo Nosso Senhor, no Evangelho, a saber: o Batismo e a Ceia do Senhor. Os
outros cinco vulgarmente chamados sacramentos, a saber: a confirmação, a
penitência, a ordem, o matrimonio e a extrema unção, não devem ser considerados
sacramentos do Evangelho, sendo, como são, em parte, uma imitação corrompida
de costumes apostólicos e, em parte, estados de vida permitidos nas Escrituras,
mas que não tem a natureza do batismo, nem a da Ceia do Senhor, porque não
têm sinal visível, ou cerimônia estabelecida por Deus. Os sacramentos não foram
instituídos por Cristo para servirem de espetáculo, mas para serem recebidos
dignamente. E somente os que participam deles dignamente é que produzem efeito
salutar, mas aqueles que os recebem indignamente recebem para si mesmos
condenação, como diz Paulo (I Cor 11:29).

João 12:26 João 14:1 -3 I Tessa 4:13 Hebreus 9:27

a)Em relação ao Batismo: Uma ordem de Jesus para aquele que nele crê -
Marcos 16:15-16 – Primeiros Batismos: Atos 2:37-41

b) Em relação à Ceia – Mateus 26: 26-30

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7 - FÉ

A Bíblia ensina que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb.11:6); também ensina
que o justo vive da sua fé (Hab.2:4; Rm.1:17; Hb.10:38). Sabemos também que
usufruímos da salvação e justificação operada por Deus por meio da fé (Ef.2:8 e
Rm.4:5). O recebimento do Espírito Santo e o novo nascimento também se tornam
realidade em nossas vidas por meio da fé (Ef.1:13). Por aí, vemos que a fé não é um
atributo opcional para a vida cristã, é essencial. Justamente por isso precisamos
compreender bem o que é fé e como obtê-la. É o que veremos a seguir.

1) O que é fé ?

A Bíblia define a fé como sendo “certeza de coisas que se esperam, a convicção de


fatos que não se vêem” (Hb.11:1). Mas para que essa definição fique clara é preciso
entender o que não é fé cristã e como obtemos a verdadeira fé cristã.

a) O que não é fé cristã. Para esclarecermos esse ponto nos reportamos ao sermão
de John Wesley (iniciador do movimento metodista): A Salvação pela Fé . Neste
sermão Wesley diferencia a fé cristã da:

a.1) Fé do pagão. Esta fé ele classifica como mero assentimento intelectual a fatos
inegáveis. Crer que existe um Deus ( ser superior) que abençoa os que o buscam,
vários pagãos crêem (romeiros, idólatras, etc); mas não são salvos. Crer que existe
um Criador vários pagãos crêem, é um fato exposto pela criação; mas não são
salvos.

a.2) Fé do demônio. Diz a Bíblia que os demônios crêem que há um só Deus


(sabem quem manda) e tremem (Tg.2:19); crêem que Jesus é o Cristo, filho de Deus
( Lc.4:41); sabem quem são os servos de Deus que falam a verdade (At.16:16-17);
mas não se submetem a essas verdades e nem são salvos. Esta fé que só reconhece
e aceita as verdades cristãs, mas não leva a submissão e obediência, nem a ação e
transformação, é comparada a fé dos demônios. Não é a fé cristã.

a.3) Fé circunstancial. É comparada por Wesley a fé dos apóstolos enquanto Jesus


ainda estava sobre a terra. Em determinadas circunstâncias criam (Lc.10:17) e em
outras não ( Lc.17:5-6 e Mt. 17:19-20). Essa fé inconstante depende das
circunstâncias, sentimentos e sentidos. Não é a fé cristã.

b) O que é a fé cristã ? O que é essa certeza, essa convicção que Hebreus11:1 fala?
Além do assentimento ao Evangelho de Cristo, da concordância a fatos e verdades
bíblicas, a fé cristã também é a confiança plena (total) e inconteste em Cristo, Deus
e Sua Palavra. Confiança plena que nos leva a submissão e obediência, nos leva a

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inconformidade com a velha vida e a transformação pela renovação da mente (Rm


12:2). Ela também nos leva a crer de todo o coração. Crer apesar das
circunstâncias, sentimentos e sentidos. Ao ser humano pode parecer uma fé
simplista, alienada ou burra, mas não é, pois brota de Deus e Sua Palavra. Verdade
imutável e fundamento de todas as coisas. É o que veremos a seguir.

2) Como obtê-la?

Em Romanos 12:3 vemos que há uma medida da fé que Deus repartiu a cada um.
Pode essa medida ser acrescida ? De certa forma sim. A fé como princípio é
inalterável. Não pode ser acrescentada em nada. Não existe mais ou menos certeza,
certeza é certeza; o mesmo acontece com a convicção. Certeza é por definição,
conhecimento exato. Mas em Lc.17:5 os apóstolos pedem a Jesus, para aumentar-
lhes a fé. Em Mt.17:20 Jesus fala da pequenez da fé dos apóstolos, e, se é pequena,
pode ser aumentada. Como é possível isto ? Em Rm.10:17 a Bíblia fala que a fé
vem pelo ouvir da Palavra de Cristo. Dessa forma a medida que o nosso
conhecimento de Cristo e da Sua Palavra é acrescido, e a ele damos crédito, a nossa
fé também é aumentada ( acrescida). Portanto obtemos a fé da parte de Deus,
ouvindo e crendo na Palavra de Cristo. Renovamos a mente pelo conhecer e crer
na Palavra de Deus, sendo assim transformados (Rm12:2).

Conclusão:

A Verdadeira fé é importante para a vida Cristã.

Por ela vencemos o mundo (I João 5:4-5), apagamos os dardos inflamados do


maligno (Ef 6:16), resistimos ao Diabo (I Pedro 5:9), apropriamos-nos das
promessas de Deus (Rm 4:20), somos feitos vencedores (Romanos 8: 33-37), além
de que já vimos, recebemos o poder de Deus, a salvação, a graça, o Espírito Santo
e nascermos de novo.

Portanto ouça o que Deus diz e creia, pois sem fé é impossível agradar a Deus
*Hebreus 11:6

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8 - O ESPÍRITO SANTO

Em Romanos 8:9 a Bíblia diz que se alguém não tem o Espírito de Cristo esse
tal não é Dele. Efésios 1:13-14 nos diz que tendo crido no evangelho da salvação
somos selados com o Espírito Santo da promessa, o qual é o penhor (a garantia)
da nossa salvação (herança). Mas quem é o Espírito Santo? Por que precisamos
Dele? Como o recebemos? Como Ele se manifesta? Como o percebemos?
Tentaremos responder a estas e outras questões nesse nosso estudo.

1) Quem é o Espírito Santo?

Quando Jesus está esclarecendo aos seus discípulos que terá que ir para o Pai,
Ele diz que enviaria outro Consolador que estaria com eles para sempre. Uma
pessoa que o substituiria, essa pessoa era o Espírito Santo. A primeira coisa
que precisamos saber sobre o Espírito Santo é que Ele é uma pessoa. Não é uma
força, nem uma energia, Ele é uma pessoa. Como pessoa: a) Tem vontade (I
Cor.12:11) b) Fala (Jo.16:13; Atos 13:2 e Ap. 2:7) c) Entristece-se (Ef. 4:30) Mas
também é Deus (At.5:3-4). É o Deus que habita em nós (João 14:17).

2) Como recebê-lo?

Em João 14:16 Jesus diz que rogaria ao Pai para que Ele desse (mandasse)
outro Consolador. Em Lucas 11:13 Jesus diz que o Pai daria o Espírito Santo
aqueles que lhe pedissem. Em Efésios 1:13 a Bíblia diz que quando cremos no
Evangelho “somos selados” com o Espírito Santo. Como vemos, para receber o
Espírito Santo temos que reconhecer nossos pecados, arrependermo-nos e
deixá-los; crer que o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado e receber a
Jesus como Senhor e Salvador. Esse é o evangelho da nossa salvação. Se
crermos e pedirmos a Deus (queremos), Ele nos enviará o Espírito Santo.
Portanto para recebê-lo é necessário crer no evangelho e pedir a Deus que o dá.
Crer e querer. Mas como podemos ter certeza de que o recebemos?

Muitos confundem o recebimento do Espírito com suas manifestações,


querendo instituir as manifestações do Espírito Santo como evidência (sinal) de
Seu recebimento. Isto é um erro. A única evidência visível é a Palavra de um
Deus que não mente. Ele disse que se ouvíssemos, crêssemos e pedíssemos, Ele
daria o Espírito Santo. O outro sinal não é visível, é interior. Romanos 8:16 diz
que o Espírito Santo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.

3) Suas manifestações e atuações.

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Como já vimos confunde-se as manifestações exteriores do Espírito Santo com


as evidências de Seu recebimento. Estas manifestações ocorrem de acordo com
a vontade do Espírito, como lhe apraz ( I Cor.12:11). São elas:

a) Os dons e ministérios ( Rm 12:6-8; I Cor.12:1-11 e Ef.4:11). b) O fruto ( Gal.


5:22-23). Além de suas manifestações o Espírito Santo atua: a) Convencendo do
pecado, da justiça e do juízo (Jo.16:8).

b) Regenerando as pessoas (Jo.3:5).

c) Ensinando e fazendo lembrar do que Jesus disse (Jo.14:26).

d) Intercedendo pelos santos ( Romanos 8:26-27).

e) Dando poder para testemunhar (At.1:8).

f) Concedendo dons as pessoas ( I Cor.12:11).

g) Guiando-nos a fazer a vontade de Deus e agradá-lo (Jo.16:13 e Rm.8:8).

h) Dirigindo a missão da Igreja (At.13:2 e 16:6-7).

i) Revelando a vontade de Deus aos santos (I Cor.2:9-10).

4) O propósito em recebê-lo.
O Espírito Santo nos é concedido para nos regenerar (fazer nascer de novo) (João
3:5); e a nossa nova natureza nos leva a viver para fazer a vontade de Deus
(Gál.5:16-17). Se queremos agradar a Deus, se queremos obedecê-lo, devemos
nos sujeitar a direção do Espírito de Deus em nossas vidas. As manifestações
do Espírito Santo são para o proveito de todos ( I Cor.12:7). Para nos aperfeiçoar,
habilitar a servir a Deus e edificar a Igreja (Ef.4:12). Sem o Espírito Santo isso
nunca seria possível.

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9 – A BÍBLIA

Para os cristãos a Bíblia constitui-se no mais importante livro. Através da leitura


podemos encontrar na Bíblia, que é a Palavra de Deus, subsídios para viver uma
espiritualidade genuína. John Wesley cria que a Bíblia proporciona um padrão
objetivo de espiritualidade, por isso dedicou tempo a estudá-la. A Bíblia, para
Wesley, era a autoridade na qual ele baseou todos os seus sermões. Embora
tenha publicado seiscentas obras sobre vários temas, ele resolutamente
mantinha a posição de não permitir qualquer regra, fosse ela de fé ou de prática,
que não fosse a Escritura.

1) O que é a Bíblia?
A palavra Bíblia vem do termo grego (Biblos) que significa livro. Mas podemos
dizer que a Bíblia não é propriamente um livro. Ela é uma coleção de livros.
Também não se trata de apenas dois livros o Antigo e Novo Testamento. A Bíblia
contém 66 livros, alguns são apenas de um capítulo, mas são contados como
sendo livro. Poderiam ser uma carta ou até um folheto. Para o católico Romano
a Bíblia possui 73 livros. A língua em que foi escrito o Antigo Testamento foi o
Hebraico e Aramaico, pertencente ao grupo semítico. Já o Novo Testamento foi
escrito na língua grega, o Koiné(grego popular da época); ou seja, não tem nada
a ver com a língua grega moderna. Mas para nós, acima de tudo, a Bíblia é a
Palavra de Deus, eterna e imutável. A “luz para o nosso caminho” (Sl. 119:105).

2) A importância da Bíblia.
Para falarmos da importância da Bíblia citamos novamente John Wesley, que
dizia: “Sou homem de um livro só”. Com isso ele não estava dizendo que não lia
outros livros, mas sim que a Bíblia ocupava um lugar importante em sua vida.
Tal importância se pode perceber pela sua biografia. Wesley teve a Bíblia como
companheira por 65 anos. Diariamente lia e meditava no livro sagrado, em
busca de uma vida santificada. Para Wesley a Bíblia não era mero instrumento
de leitura. Era uma forma de levar homens e mulheres a um encontro com Deus.
A sua importância maior vem do fato dela ser a Palavra de Deus. Nela
encontramos os ensinamentos necessários para conhecermos melhor a Deus e
a Sua vontade.

3) O que a distingue dos outros livros.


Ela é superior a qualquer outro livro do mundo. O mundo, com sua sabedoria
e vasto acúmulo de conhecimento nunca foi capaz de produzir um livro que

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chegue perto de se comparar a Bíblia. É um livro honesto, pois revela fatos sobre
a corrupção humana, fatos que a natureza humana teria interesse em
acobertar. É um livro harmonioso, pois embora tenha sido escrito por uns
quarenta autores diferentes, por um período de 1.600 anos, ela revela ser um
livro único que expressa um só sistema doutrinário e um só padrão moral;
coerentes e sem contradições.

4) Como ela está organizada


A Bíblia está organizada em dois grandes blocos: Antigo Testamento e Novo
Testamento. O Antigo Testamento possui 39 livros que estão subdivididos da
seguinte forma:

- De Gênesis a Deuteronômio: livros da lei (Pentateuco).

- De Josué a Estér: livros históricos.

- De Jó a Cantares (Cântico dos cânticos): livros poéticos ou sapienciais.

- De Isaías a Malaquias: livros proféticos.

Sendo que os livros proféticos estão subdivididos em profetas maiores (Isaías a


Daniel) e profetas menores (Oséias a Malaquias). O Novo Testamento possui 27
livros subdivididos da seguinte forma:

- De Mateus a João: evangelhos.

- Atos: livro histórico.

- De Romanos a Hebreus: cartas de Paulo ou epístolas paulinas.

- De Tiago a Judas: epístolas gerais ou católicas (universais).

- Apocalipse: livro da revelação ou profecia.

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A Bíblia católica inclui 7 livros a mais no Antigo Testamento que são chamados de apócrifos. A palavra
“apocrypha” significa aquilo que é velado, secreto ou fechado. Na teologia, o termo se refere aos livros e
textos adicionados ao AT pela Igreja Católica Romana em 1546 d.C. Os livros são: Tobias, Judite, 1 e 2
Macabeus, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruc. Numa análise simples dos livros citados, percebemos
práticas não condizentes com os princípios cristãos. A seguir, algumas razões porque eles são rejeitados:

a) É universalmente reconhecido que eles nunca tiveram um lugar no cânon hebraico. b)Eles foram escritos
nos 400 anos entre Malaquias e João Batista, quando não houve nenhuma declaração profética inspirada. Foi
por isso que os judeus os rejeitaram. c)Eles nunca são citados no NT por Jesus ou pelos Apóstolos. d)Eles
não são encontrados em qualquer catálogo de Livros Canônicos durante os primeiros quatro séculos da igreja.
e)Inspiração e autoridade divina não são reivindicadas por nenhum dos escritores e alguns até mesmo a
desaprovam. f)Nenhum de seus escritores falam com uma mensagem de Iavé (Jeová). g)Os livros contêm
muitos erros históricos, geográficos e cronológicos, às vezes contradizendo a si mesmos, a Bíblia e a história.
h)Eles ensinam doutrinas e defendem práticas que são contrárias às Escrituras Canônicas. (Exemplo: a
mentira é sancionada, o suicídio e assassinato são justificados, orações e fórmulas mágicas para os mortos
são ensinadas e aprovadas).

5) Meditando na Palavra
Wesley não estava preocupado como a quantidade de leitura, mas com a
qualidade. Ele lia a Bíblia de forma sistemática. Lia um livro da Bíblia e
procurava observar os pontos importantes, que o levariam a conhecer a vontade
de Deus. Sua leitura Bíblica era regular, de manhã e à noite. De acordo com
Wesley, devemos ensinar, tudo que for aprendido, às outras pessoas.

a) Como.

Enquanto lê a Bíblia procure responder duas perguntas:

1ª) O que Deus está me falando através deste texto?

2ª) O que vou fazer com base no que Deus me falou?

Chamamos a isso de diário espiritual. Mantenha um caderno de meditação onde


você pode escrever diariamente o que Deus tem lhe falado. Também procure
meditar (ler e pensar) na Bíblia em um local reservado e durante um período
que você possa dedicar toda a sua atenção a leitura da Bíblia.

b) Para que?

Para conhecermos e obedecermos a vontade de Deus. A leitura sistemática da


Bíblia nos ajuda a mantermos o equilíbrio e uma fé saudável

“Dr. R. A Torrey: "Olha: podes falar em poder, mas se negligenciares o único


livro que Deus te deu como único instrumento pelo que Ele transmite e exerce

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Igreja Metodista em Guarapuava

poder, não o terás. Poderás ler muitos livros, assistir a muitas conferências,
realizar reuniões de vigília para pedir o poder do Espírito Santo: se não te
mantiveres em constante contato com o livro único, a Bíblia, não terás poder. E
se alguma vez obtivesse o poder , não o conservarás senão pelo estudo diário,
empenhado e intensivo desse livro" .

COMO INTERPRETAR A BÍBLIA (PALAVRA DE DEUS). MÉTODOS DE ESTUDO


DA BÍBLIA E DEVOCIONAIS.
Aproxime-se da Bíblia com respeito,
temor, expectativa; com a mente disposta e o coração confiante; com sede de
verdade e justiça e com o coração possuído do Senhor Jesus Cristo, com o
espírito humilde e contrito, confiando que Deus, o Espírito Santo, há de se
implantar nele o poder purificador de sua Palavra eterna. Sobretudo, nos
estudos da Palavra de Deus esteja ansioso por obedecer a tudo o que Ele ordena,
e rejubile-se no fato de que você é um embaixador de Cristo, exortando aos
homens que se reconcilie com Deus.

METÓDOS SUGERIDOS PARA ESTUDO DA BÍBLIA


Primeiro adquira duas traduções da
Bíblia. Estude ambas as traduções. Você não esperaria aprender muito a
respeito de leis físicas do nosso universo sem dedicar-se com afinco e
persistência ao seu estudo. Deveria, então esperar adquirir muitos
conhecimentos sobre Deus e as riquezas misteriosas de sua Palavra sem
estuda-la com o mesmo afinco e persistência?

1) Estudo por livro: A Bíblia contém muitos livros. Todavia, o plano de Deus de
salvar os homens em Cristo Jesus atravessa a Bíblia toda. Tenha cuidado de
considerar cada livro como uma parte do todo. Leia o livro todo.

Anote e sublinhe à medida que Deus fala com você através de Sua Palavra.

Faça um esboço do que leu.

Enumere os principais personagens, quem eles são e sua importância.

Escolha de cada capítulo versículos-chaves para decorar e coloque cada um


num cartão para levar consigo.

Enumere ensinamento e promessas.

Considere as características de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

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2) Estudo por capítulo: Para ter uma ideia do capítulo, responda às seguintes
perguntas:

a) Qual é o assunto principal do Capítulo?

b) Qual é a lição principal?

c) Qual o versículo-chave? Decore-o

d) Quem são os principais personagens?

e) O que o capítulo ensina sobre Deus Pai?Deus Filho?Deus Espírito Santo?

f) Há algum exemplo a seguir?

g) Há algum erro que devo evitar?

h) Há alguma tarefa para executar?

i) Há alguma promessa para mim?

j) Há alguma oração para eu proferir?

3) Estudo por Assunto: Tome um assunto importante, tal como graça, verdade,
oração, fé, segurança, justificação, regeneração, paz, etc., e usando uma Bíblia
e uma concordância, estude os aspectos do assunto em toda a Bíblia. Você
achará necessário dividir cada tópico em sub-tópico como por exemplo: formas
de oração, promessas de oração, exemplo de oração nas Escrituras, os
ensinamento de Cristo sobre a oração, o ministério de Cristo ao orarmos, o
ministério do Espírito Santo na oração, etc.

4) Estudo Biográfico: Há 2.930 pessoas mencionadas na Bíblia. A vida de muitas


delas fornece materia para estudos biográficos muito interessantes (1Cor 10-
11); Rm 15-4). Escolha uma delas. Usando uma concordância e um Dicionário
Bíblico, procure cada referência à pessoa em questão. Responda às seguintes
perguntas:

a) O que sabemos de sua família?

b) Que espécie de educação recebeu na juventude?

c) O que foi realizado por ele durante sua vida?

d) Houve uma grande crise em sua vida? Se houve, como ele a encarou?

e) Quais foram os traços notáveis de sua personalidade?

f) Quem foram seus amigos? Que espécie de pessoas eram eles? Que influência
tiveram sobre ele? Que influência ele teve sobre os amigos?

29 | P á g i n a
Igreja Metodista em Guarapuava

g) Sua vida mostra algum desenvolvimento de personalidade?

h) Qual foi a experiência dele com Deus? Observe sua vida de oração, fé, serviço
a Deus, conhecimento da Palavra de Deus, coragem em testemunhar, e sua
atitude em relação ao culto a Deus.

i) Existem algumas falhas evidentes na vida dele?

j) Houve algum pecado na vida dele? Em que circunstância ele veio a cometer
este pecado? Qual a natureza do pecado e o efeito em sua vida futura?

l) como eram seus filhos?

m) Ele foi um tipo de Cristo?

n) Há alguma lição, na vida desta pessoa, que deva ser anotada por você?

"O dia em que a criança aprende a se alimentar sozinha é um grande dia na


vida real; do mesmo modo, quando um crente forma o hábito de procurar
diariamente as fontes originais de verdade espiritual para sua alimentação
pessoal, é um grande dia porque ele passa a viver uma vida nova". (Thompon)

30 | P á g i n a
Igreja Metodista em Guarapuava

10 – ORAÇÃO

ORAÇÃO. COMO É A ORAÇÃO AGORA. PRA QUEM EU ORO? COMO EU ORO?


Jesus é o nosso intercessor. Oramos ao pai, em nome Dele. I Tim 2:5 - Porque há
um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem
A HISTÓRIA DA ORAÇÃO
Quando o ser humano começou a orar? Quem fez a primeira oração?

A última frase de Gênesis 4 registra que, logo após o nascimento de Enos,


começou-se “a invocar o nome do Senhor” (Gn 4.26). Embora o verbo “invocar”
pareça sinônimo de cultuar ou adorar, em outros textos ele é sinônimo de
clamar ou orar. Numa de suas orações, Davi escreve: “Na minha angústia,
“invoquei” o Senhor, “clamei” a meu Deus; ele, do seu templo, ouviu a minha
voz” (2Sm 22.7). No Salmo 50, Deus diz: “Invoca-me no dia da angústia: eu te
livrarei, e tu me glorificarás” (Sl 50.15). As mesmas palavras são proferidas pela
boca do profeta Jeremias: “Invoca-me, e te responderei” (Jr 33.3).

ORAÇÕES DESDE O PRINCÍPIO


A expressão “invocar o nome do Senhor” aparece seis vezes no primeiro livro da
Bíblia. Abraão (12.8; 13.4; 21.33), sua escrava Agar (16.13) e seu filho Isaque
(26.25) invocam o nome do Senhor. A esta altura da história humana tal ato já
seria um exercício religioso habitual.

Em Lucas 11:1 vemos um dos momentos de Jesus orando. Após terminar, seus
discípulos, pedem para Ele ensina-los a orar. Por quê? Havia tanto a aprender
por quê pedir para Jesus ensinar algo que eles já sabiam? A resposta é óbvia
(lógica). Primeiro porque os discípulos percebem a importância que a oração tem
na vida de Jesus.

O Espírito Santo desce sobre Jesus em forma corpórea de pomba enquanto Ele
orava (Lc.3:21); os apóstolos são escolhidos após uma noite inteira em oração
(Lc.6:12-13); os pães e os peixes são multiplicados após Jesus orar os
abençoando (Mt. 14:19); Lázaro é ressuscitado após Jesus orar ao Pai (Jo.11:41-
43); a transfiguração acontece enquanto Jesus está orando (Lc.9:29); Jesus
levanta-se para enfrentar Seu martírio após uma noite em oração, onde sua
sangue e um anjo vem confortá-lo (Lc.22:42-44); fora outros momentos de
oração na vida de Jesus que a Palavra relata. Segundo porque percebem nas
orações de Jesus (na vida de oração) algo que eles não tem na deles. Tentaremos
durante o estudo discernir este algo mais da vida de Jesus.

31 | P á g i n a
Igreja Metodista em Guarapuava

O que é oração ?
Em Mateus 6:1 e 6 Jesus deixa claro que orar é estar com Deus. De maneira
individual, ou coletiva, colocar-se diante de Deus e direcionar toda a atenção e
preocupação a Ele, falando e ouvindo, dando e recebendo; ou seja, interagindo
com Deus. Orar é um elemento essencial para conhecermos a Deus e termos
comunhão com Ele. É derramar de modo sincero, consciente e afetuoso o nosso
coração diante de Deus, por meio de Jesus Cristo e na força impulsionadora e
inspiradora do Espírito Santo.

Buscando as coisas que foram prometidas por Deus, conforme a Sua Palavra,
para o bem da Igreja, com fiel submissão à soberana vontade do Senhor. Oração
é então estar com Deus. Interagir de maneira profunda e sincera com o Senhor.

2) Como orar?
John Wesley ensinava aos pregadores metodistas itinerantes sobre a oração.
Jesus fez o mesmo com os seus discípulos. Em Mateus6:5-15 Ele ensina que:

a) Devemos orar a Deus e não para ser vistos pelos homens (v.6).

b) Não devemos usar de vãs repetições (v.7). A questão aqui não são as
repetições, mas sim as repetições vãs. Jesus no Getsêmani repete durante
várias horas a mesma coisa ao Pai, mas não é algo vazio, sem sentido (Mt.26:38-
44). Vã repetição é utilizar-se de palavras sem sentido, palavras que não
encontram eco em seu coração, mesmo que seja pronunciada somente uma vez.

c) Devemos louvar e glorificar a Deus em oração (v.9).

d) Devemos orar segundo a vontade de Deus (v.10 e I Jo.5:14-15).

e) Devemos orar pedindo o suprimento de Deus com fé. Sem duvidar (v.11;
Hb.11:6 e Tg.1:6-7). Não deixe de pedir, mas peça com fé.

f) Devemos orar pelo perdão e misericórdia de Deus (v.12).

g) Devemos orar com o coração liberado (v.12 e 14-15).

h) Devemos orar pela proteção e livramento de Deus (v.13).

Ainda devemos:

i) Buscar de todo o coração (Jr.29:13).

j) Ter fervor em nossas orações (Ap.3:15-16).

32 | P á g i n a
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k) Orando coletivamente (dois, três ou mais pessoas), ter concordância


(Mt.18:18-20).

3) Por que orar?


Ao estudarmos a vida do nosso Senhor, descobrimos que Ele foi um homem de
oração. O grande Apóstolo Paulo foi um homem de oração. A Palavra de Deus
deixa bem claro que a oração é a chave para o avivamento pessoal, para o
avivamento da igreja, e para um avivamento nacional. Nada significativo jamais
foi realizado para a glória de Deus, sem oração. Todas as pessoas que foram
usadas por Deus de forma significativa através dos tempos foram pessoas de
oração. John Wesley disse a um de seus pregadores itinerantes: “Começa!
Designa uma parte de cada dia para exercícios privados. Quer tenhas prazer
nisso ou não, estuda e ora diariamente. É para benefício da tua vida, não há
outra alternativa: de outro modo permanecerá frívolo todos os teus dias”. Por aí
vemos que devemos orar para:

a) Mantermo-nos sensíveis a Deus e ao Seu Espírito Santo.

b) Conhecermos a Deus, sendo transformados a Sua imagem.

c) Conhecermos a vontade de Deus, agindo de acordo com a mesma.

d) Encontrar alívio, descanso e renovação (Sl.23:1-4; Sl.91:1; Mt11:28-29 e


Fil.4:6-7).

e) Aprendermos a esperar em Deus e agir no tempo Dele (Is.40:31).

4) Barreiras à oração
Segundo Wim Malgo há algumas armas que o inimigo utilizará para nos fazer
parar de orar:

a) Cansaço. Estou muito cansado para orar.

b) Distração. Não consigo me concentrar no momento da oração.

c) Intranqüilidade interior. Muitas situações tentam roubar a nossa


tranqüilidade.

d) Pressa. É preciso investir tempo na vida de oração.

e) Desânimo. Desanimar é não conseguir olhar longe o suficiente para crer e


continuar.

FORMAS DE ORAÇÕES

33 | P á g i n a
Igreja Metodista em Guarapuava

A oração e ignorada por muitos. Sem perceber, estamos abrindo mão desse
tempo de intimidade com o Senhor por causa do excesso de trabalho, dos
estudos, das tarefas de casa, da internet, programas de televisão, etc. Enfim,
qualquer coisa que prenda a nossa atenção por mais tempo que deveria, tem
tomado o lugar que Deus deveria ocupar em nossa vida.

A Bíblia é muito clara ao afirmar que Jesus é o modelo que deve ser seguido por
todos os cristãos (Efésios 5:1,2) e isso não é diferente quando o assunto é
oração.

A oração da fé: Tiago 5:15 diz: "E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor
o levantará." Neste contexto, a oração é feita com fé por alguém que está doente,
pedindo que Deus o cure. Quando oramos, devemos crer no poder e na bondade
de Deus (Marcos 9:23).

A oração de concordância (também conhecida como oração corporativa): Após a


ascensão de Jesus, os discípulos "perseveravam unânimes em oração" (Atos
1:14). Mais tarde, depois de Pentecostes, a Igreja primitiva "perseverou" na
doutrina dos apóstolos e na comunhão (At 2:42). O seu exemplo nos encoraja a
orar com outras pessoas.

A oração de pedido (ou súplica): Devemos apresentar os nossos pedidos a Deus.


Filipenses 4:6 ensina: "Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém,
sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela
súplica, com ações de graças." Parte de ganhar a batalha espiritual deve ser
"com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto
vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos" (Efésios 6:18).

A oração de ação de graças: Nós vemos outro tipo de oração em Filipenses 4:5:
ação de graças. “... sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela
oração e pela súplica, com ações de graças." Muitos exemplos de orações de
ação de graça podem ser encontrados nos Salmos.

A oração de adoração: A oração de adoração é semelhante à oração de ação de


graças. A diferença é que a adoração concentra-se em quem Deus é, enquanto
que ação de graças concentra-se no que Deus tem feito. Os líderes da Igreja em
Antioquia oraram desta maneira enquanto jejuavam: "E, servindo eles ao
Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo
para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e impondo
sobre eles as mãos, os despediram" (Atos 13:2-3).

A oração de consagração: Às vezes, a oração é um momento de nos reservar


para seguir a vontade de Deus. Jesus fez uma oração a noite antes da Sua
crucificação: "Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando
e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja
como eu quero, e sim como tu queres" (Mateus 26:39).

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A oração de intercessão: Muitas vezes, as nossas orações incluem pedidos por


outras pessoas. Recebemos a instrução de fazer intercessão "em favor de todos
os homens" em 1 Timóteo 2:1. Jesus serve como o nosso exemplo neste sentido.
O capítulo completo de João 17 é a oração de Jesus a favor dos Seus discípulos
e todos os crentes.

A Bíblia também fala de orar no Espírito (1 Coríntios 14:14-15) e de orações


quando somos incapazes de pensar em palavras adequadas (Romanos 8:26-27).
Naqueles tempos, o próprio Espírito intercede por nós. Orar é conversar com
Deus e deve ser feito sem cessar (1 Tessalonicenses 5:16-18). À medida que
crescemos no nosso amor por Jesus Cristo, naturalmente desejaremos falar
com Ele.

Jesus é o modelo que deve ser seguido por todos os cristãos (Efésios 5:1,2) e
isso não é diferente quando o assunto é oração.

Jesus tinha uma rotina de oração "Tendo despedido a multidão, subiu sozinho
a um monte para orar. Ao anoitecer, ele estava ali sozinho" (Mateus 14:23).

Jesus orava quando as coisas iam mal "E retirou-se outra vez para orar: "Meu
Pai, se não for possível afastar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a
tua vontade" (Mateus 26:42).

Jesus colocou a vontade do Pai acima da dEle - "Ele se afastou deles a uma
pequena distância, ajoelhou-se e começou a orar: ‘Pai, se queres, afasta de mim
este cálice; contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua’" (Lucas 22:41-
42).

JESUS ENSINOU COMO A ORAR (Mateus 6:9-15 e Lucas 11:1-4).

Jesus Morreu como Viveu: Em Oração (Lucas 23:46)

É comum morrer como vivemos. Se viver na violência e rebeldia, é provável que


morrerá assim. Se viver falando para ajudar, ensinar e edificar, é provável que
estas coisas sejam as últimas preocupações da vida. Quando dedicamos a vida
para aprender um modo de viver, é pouco provável que vamos escolher outro
caminho na hora da morte.

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Igreja Metodista em Guarapuava

11 - SANTA CEIA

Nós os metodistas entendemos, a Santa Ceia como um “meio de graça”. Um


momento em que a graça de Deus pode ser percebida, ao trazermos a memória
à obra redentora da cruz, em Cristo Jesus. Sobre os meios de graça Wesley dizia:
“Ponde isto no vosso coração que o simples fato de haver realizado o ato para
nada aproveita; que não há poder para salvação senão no Espírito de Deus; não
há mérito senão no sangue de Cristo... Deus não transmite graça se não
confiardes somente N’Ele”. Wesley chegou a afirmar que a Santa ceia seria
indispensável à vida do cristão. Ele mesmo orientava aos cristãos a tomar a ceia,
tantas vezes quanto possível.

1) O que é a Santa Ceia ?

Para podermos responder a esta questão iremos utilizar o pensamento de


Wesley. Cremos que se não entendermos este princípio, o ato da ceia se
esvaziará do seu significado. Será um mero ritual, de comer um pedaço de pão
e beber um cálice de suco de uva. Wesley entendia a Santa ceia como sendo algo
que nos apresentava três significados importantes:

a) Santa Ceia Refeição Memorial. Ao comermos e bebermos do cálice, nosso


coração se volta para a realidade da obra da cruz. A redenção que Cristo efetuou
por todos nós. O pão e o cálice são símbolos da Nova Aliança e lembretes de que
esta aliança ainda vale para os dias de hoje. Lc. 22: 19. Para Wesley significava
recordar um evento de forma tão intensa que esse evento adquiria um novo
frescor. Algo que nos impulsionaria a missão de anunciar a Jesus a todos os
homens.

b) Santa Ceia real presença de Cristo. Não cremos em transubstanciação, ou


seja que o pão e o cálice se transformam literalmente em corpo e sangue de
Cristo. Mas cremos que pela presença do Espírito Santo, no momento da Santa
Ceia Cristo está realmente presente no nosso meio. Crendo assim entendemos
que a Santa Ceia se torna num meio de graça. Cristo não trabalha no pão ou no
cálice, mas no coração daquele que o busca de todo o coração.

c) Santa Ceia penhor da Ceia futura. A Santa Ceia nos comunica que haverá
um futuro na glória. Há um banquete celestial nos aguardando além da morte.
Steve Harper ao comentar sobre este assunto escreve: “Esta dimensão da
comunhão a transforma em uma refeição de celebração em que louvamos a
Deus pela realidade da vida eterna e antecipamos a nossa entrada nos céus”.
Quando consideramos o significado da Ceia do Senhor na nossa própria

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Igreja Metodista em Guarapuava

formação espiritual, podemos ser facilmente levados a um renovo da decisão de


participar nesta atividade central de adoração.

2) O que representa a Santa Ceia


A Santa Ceia foi instituída por Jesus. A ceia é parte fundamental do culto
cristão. A ceia representa a recordação e a atualização da presença e da Palavra
de Jesus. Ao participarmos da ceia do Senhor estamos exercendo um ato em
submissão. Sendo a Santa Ceia uma ordem do Senhor o não fazer é ato de
rebeldia que nos afasta mais do D’Ele. A Ceia revela a possibilidade de nos
encontramos e sermos renovados pelo Senhor. Passamos por momentos difíceis,
somos tentados a cada instante, pois vivemos em um mundo tenebroso, no qual
o príncipe deste mundo quer nos derrotar. Wesley ao comentar sobre o
significado da Ceia afirmou: “Mas quando nos convencemos de que pecamos
contra Deus, que meio mais seguro temos de procurar o perdão do que
anunciarmos a morte do Senhor e suplicarmos a Deus que nos limpe dos nossos
pecados em virtude dos sofrimentos do Seu Filho?”.

3) Qual a importância da Santa Ceia ?


Temos comentado sobre o significado da Santa Ceia, disso podemos concluir os
seus benefícios. Cremos que através do Sangue de Cristo, que se tornou o novo
e vivo caminho (Heb 10:20), podemos nos aproximar de Deus. Estando próximos
de Deus temos certeza de que nossos pecados foram perdoados e que através
D’Ele podemos ter vida plena. (João 10:10b.) Temos que ter a convicção que o
participarmos da Santa Ceia hoje, é sinal de que a graça de Deus continua
trabalhando em nós, e que num futuro pela obra de Cristo, iremos participar da
Ceia na glória, na eternidade. Bem-aventurados aqueles que são chamados à
ceia das bodas do Cordeiro. Mateus 26:28-29

4) Como celebrar ?
Iremos citar algumas orientações para que a Santa Ceia se torne um momento
de celebração e de adoração ao Deus da vida, que nos concede graça através da
obra redentora de Cristo na cruz. Ver Mateus 26:28

a) A Santa Ceia deve ser precedida de um momento profundo de contrição,


arrependimento e confissão de pecados.

b) A Santa Ceia não deve ser tomada se nós não estivermos conscientes de que
realmente estamos arrependidos de nossos pecados. Wesley cria que o único
requisito para que alguém pudesse participar da Santa Ceia era o
arrependimento. Como isto só Deus pode realmente perceber. A Santa Ceia é

37 | P á g i n a
Igreja Metodista em Guarapuava

na Igreja Metodista aberta a todos quanto queiram, estejam em comunhão com


sua igreja, que venham a aproximar-se da mesa do Senhor.

Creio que podemos fazer a seguinte afirmação: Sendo a Santa Ceia um meio de
graça, a nossa atitude deve ser uma atitude de fé. Se alguém não se sente apto
confesse o seu pecado e pela fé tome a Santa Ceia. Se alguém se acha apto para
tomar, peça perdão a Deus pela arrogância e pela fé tome a Santa Ceia. Somente
podemos participar da Santa Ceia exclusivamente pelos méritos de Jesus.

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Ainda serão acrescentadas as aulas

12 -Contribuição (acerca dos Dízimos e Ofertas)


13 -Do Batismo e da Santificação
14 Da Organização Local da igreja, Dons e Ministérios e Dos deveres e Direitos do
Membro Metodista (ver carta pastoral sobre dons e ministérios)

Minha Igreja Metodista


“Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo
muitos, são um só corpo, assim é Cristo também”. (1 Coríntios 12.12)

A Igreja Metodista tem características muito peculiares: é uma igreja Conciliar, Episcopal e
Conexional. Conciliar, pois suas decisões são tomadas através dos concílios locais,
distritais, regionais e gerais. Concílios são reuniões de seus membros ou de pessoas por
eles/as delegadas a tomar as decisões. Episcopal, pois temos Bispos/as presidindo as
nossas Regiões Eclesiásticas, supervisionando e gerenciando a missão naquele espaço
geográfico. Conexional, pois cada igreja local está conectada uma a outra, compondo um
grande corpo, uma unidade com uma única doutrina e regidas pela mesma legislação
canônica, decidida em Concílio Geral.

A estrutura da nossa Igreja parece complicada demais para explicarmos às nossas crianças
e até para os/as adultos/as. Entender o funcionamento de nossa Igreja é importante para
ambos, e isso se dará no envolvimento que pais, mães e educadores/as tiverem com a vida
e a missão da Igreja e a vivência da missão nos mais diversos espaços que se
apresentarem. Nossas crianças podem estar presentes nos Concílios Locais. Ainda que
não entendam plenamente todas as argumentações, certamente vão se familiarizando com
aquele tipo de reunião. Podem ser levadas aos eventos Distritais, Regionais e Nacionais.
Elas vão perceber que a sua Igreja Metodista é muito mais do que a sua comunidade local,
perceber a amplitude da missão por ela desenvolvida e desejar se envolver ainda mais
nela.

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Estrutura da Igreja A Igreja Metodista do Brasil está dividida em


Regiões Eclesiásticas:

1ª Região - (Rio de Janeiro)


2ª Região -(Rio Grande do Sul)
3ª Região - (São Paulo capital e Região Leste do Estado)
4ª Região - (Minas Gerais e Espírito Santo)
5ª Região - (Interior de São Paulo, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Triângulo Mineiro e
Distrito Federal)
6ª Região - (Paraná e Santa Catarina)
Região Missionária do Nordeste / REMNE - (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe e
Rio Grande do Norte)
Campos Missionários da Amazônia / REMA - (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima)

Cada Região possui um Bispo.

Durante o XVI Concílio Geral da Igreja Metodista, foi aprovada uma nova organização da Igreja surgindo a
figura das seguintes coordenações:

COGEAM - Coordenação Geral de Ação Missionária,


COREAM - Coordenação Regional de Ação Missionária,
CODIAM - Coordenação Distrital de Ação Missionária,
CLAM - Coordenação Local de Ação Missionária.Esses orgãos são os responsáveis pela administração da
Igreja nos diversos níveis - Geral, Regional, Distrital e Local.

Ênfases Missionárias

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Igreja Metodista em Guarapuava

1ª ÊNFASE MISSIONÁRIA
Estimular o zelo evangelizador na vida de cada metodista, de cada igreja local.

2ª ÊNFASE MISSIONÁRIA
Revitalizar o carisma dos ministérios clérigo e leigo nos vários aspectos da missão.

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3ª ÊNFASE MISSIONÁRIA
Promover o discipulado na perspectiva da salvação, santificação e serviço.

4ª ÊNFASE MISSIONÁRIA
Fortalecer a Identidade, Conexidade e Unidade da Igreja.

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5ª ÊNFASE MISSIONÁRIA
Implementar ações que envolvam a Igreja no cuidado e preservação do Meio Ambiente.

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Igreja Metodista em Guarapuava

6ª ÊNFASE MISSIONÁRIA
Promover maior comprometimento e resposta da Igreja ao Clamor do Desafio Urbano.

Missão

Participar da ação de Deus no Seu propósito de salvar o mundo.

Visão

A Igreja Metodista cumpre a sua missão realizando o culto de Deus, pregando a Sua Palavra,
ministrando os sacramentos, promovendo a fraternidade e a disciplina cristãs e proporcionando a
seus membros meios para alcançarem uma experiência cristã progressiva, visando ao
desempenho de seu testemunho e serviço no mundo.

Valores

Não praticar o mal. Zelosamente, praticar o bem. Atender às ordenanças de Deus.

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Igreja Metodista em Guarapuava

Colégio Episcopal

O Colégio Episcopal (CE) é o órgão responsável pela supervisão da ação missionária e pastoral
da Igreja Metodista, assegurando o pleno cumprimento do Plano para a Vida e a Missão,
preservando a unidade da Igreja Metodista no que se refere à área Teológica, Pastoral e de
Educação Cristã.

O CE compõe-se dos Bispos e Bispas eleitos e eleitas pelo Concílio Geral e designados/as para
as Regiões Eclesiásticas e Missionárias.

COGEAM

Nos intervalos dos Concílios Gerais, que acontecem a cada cinco anos, o órgão de Administração
Superior da Igreja Metodista, a Coordenação Geral de Ação Missionária (Cogeam) atua e pode
deliberar sobre todos os assuntos cabíveis, desde que não conflite com decisões anteriores do
Colégio Episcopal.

Essa Coordenação é composta de Bispos e Bispas que integram a Mesa do Colégio Episcopal,
um/a presbítero ou presbítera de cada Região Eclesiástica e de cada Região Missionária não
representada na mesa do Colégio Episcopal e um leigo ou leiga representante de cada Região
Eclesiástica e de cada Região Missionária.

Os membros da COGEAM também compõem a Assembleia Geral do COGEIME, as Assembleias


de cada uma das Instituições Metodistas de Educação da Área Geral e o Conselho Diretor da
Associação da Igreja Metodista.

Concílio Geral

O Concílio Geral (GC) é o órgão superior de unidade da Igreja e suas funções são legislativas,
deliberativas e administrativas, composto com até duzentos (200) delegados e delegadas representantes
das Regiões Eclesiásticas e Missionárias da Igreja Metodista no Brasil, eleitos/as nos Concílios
Regionais. O conclave que aconteceu a cada cinco anos, teve sua última reunião registrada em 2016,
na cidade de Teresópolis (RJ).

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Igreja Metodista em Guarapuava

O 20° Concílio Geral da Igreja Metodista no Brasil contou com transmissão ao vivo na Escola de Missões,
e cobertura completa realizada pelo Jornal Expositor, com apoio de profissionais de várias Regiões.

REMA
Bispo Fábio Cosme

Amazônia
(AC, AP, AM, PA, RR e RO)

REMNE
Bispa Marisa de Freitas

Nordeste
(AL, BA, CE, MA, PB, PE, PI, RN e SE)

1° REGIÃO
Bispo Paulo Rangel

Rio de Janeiro
(Sul)

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Igreja Metodista em Guarapuava

2° REGIÃO
Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa

Rio Grande do Sul

3° REGIÃO
Bispo José Carlos Peres

São Paulo
(Capital, ABCDM e Litoral Sul)

4° REGIÃO
Bispo Roberto Alves Souza

Minas Gerais e Espírito Santo

47 | P á g i n a
Igreja Metodista em Guarapuava

5° REGIÃO
Bispo Adonias Pereira do Lago

SP (Interior), MG (Sul e Triângulo Mineiro)


e MS

6° REGIÃO
Bispo João Carlos Lopes

Paraná e Santa Catarina

7° REGIÃO
Bispo Emanuel Adriano Siqueira da Silva (Bispo Mano)

Rio de Janeiro
(Norte)

8° REGIÃO
Bispa Hideide Brito Torres

DF, GO, MT e TO

ESTRUTURA DA IGREJA METODISTA

48 | P á g i n a
Igreja Metodista em Guarapuava

http://www.metodista.org.br/novo-canones-2017-2021-disponivel-para-download
CÂNONES 2017, Página 23, CAPÍTULO V, Do Território. Art. 5º. A Igreja Metodista tem como área de
ação, o território brasileiro e os campos missionários estabelecidos no exterior por decisão do
Concílio Geral. Art. 6º. O território ocupado pela Igreja Metodista, no Brasil, divide-se em Regiões
Eclesiásticas, Regiões Missionárias e Campos Missionários, estabelecidos pelo Concílio Geral, e
subdivididos em Distritos e Igrejas Locais estabelecidos pelos Concílios Regionais.
CÂNONES 2017, Página 62, TÍTULO III, DA ADMINISTRAÇÃO DA IGREJA, CAPÍTULO I, Da Estrutura
Administrativa. Art. 48. É estruturada em três (3) níveis:
I - Administração Básica, exercida pelas Coordenações Locais de Ação Missionária (CLAM) e
Coordenações Distritais de Ação Missionária (CODIAM) e Concílios Locais e Distritais.
II - Administração Intermediária, exercida pelos Concílios Regionais e Coordenações Regionais de
Ação Missionária (COREAM);
III - Administração Superior, exercida pelo Concílio Geral, Colégio Episcopal e COGEAM.

ESTRUTURA BÁSICA DA IGREJA LOCAL


CÂNONES 2017, Página 63, CAPÍTULO II, Da Administração Básica Seção I Da Igreja Local Art. 49. A
igreja local, comunidade de fé, é base do sistema metodista e parte do corpo de Cristo, que vive e
anuncia o Evangelho do Reino de Deus: I - no exercício de dons e ministérios do Espírito Santo; II -
na prática da adoração a Deus, testemunho, apoio, amor e serviço ao próximo; III - na evangelização
do mundo, dentro da realidade em que vive; IV - no crescimento em frutos e sinais concretos do
Reino, que caminha para sua plenitude. § 1º. A igreja local é jurisdicionada por um Concílio Local, à
qual corresponde uma área territorial. § 2º. As igrejas locais são unidas entre si pelo princípio da
conexidade, característica fundamental do Metodismo. § 3º. O conceito de sustentabilidade
material da igreja local tem parâmetros regulamentados pela COREAM. § 4º. Os locais de culto da
Igreja Metodista devem ser identificados somente com a logomarca padronizada - a cruz e a chama
- e a inscrição “Igreja Metodista”, exceto as catedrais oficiais, nas quais pode ser “Catedral
Metodista”. CÂNONES, Página 64, Seção II Do Reconhecimento de Igreja Local. Art. 50. Um Ponto
Missionário ou Congregação é organizada em igreja local, por iniciativa sua, do Concílio Local ou da
própria comunidade do Ponto Missionário ou Congregação, mediante o credenciamento do Concílio
Regional, obedecidos os seguintes critérios: I - ser capaz de exercer atos de piedade e obras de
misericórdia; II - ter em funcionamento pelo menos os ministérios das áreas Missionária,
Administrativa, de Educação, de Ação Social e de Trabalho com Crianças; III - ter disponibilidade de

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pessoal e de recursos financeiros para o seu funcionamento, inclusive remuneração pastoral e


quotas orçamentárias; IV - manter, pelo menos, uma (1) Escola Dominical em pleno funcionamento,
com, no mínimo, quatro (4) classes para atender crianças, juvenis, jovens e adultos. § 1º. A
organização de um Ponto Missionário ou Congregação em igreja local deve receber parecer
favorável da Superintendência Distrital. § 2º. O Concílio Regional pode criar igrejas em condições
diversas das indicadas neste artigo, por iniciativa própria ou por proposta do Bispo ou Bispa
Presidente, desde que razões assim o justifiquem e que uma ou mais igrejas locais se
responsabilizem pela sua manutenção. § 3º. Congregações e Pontos Missionários fazem parte da
organização de uma igreja local e sua criação é regulamentada pelo Concílio Regional.

PLANEJAMENTO - ORÇAMENTO PROGRAMA, PLANO DE AÇÃO DA IGREJA LOCAL e CALENDÁRIO


DE ATIVIDADES
CÂNONES 2017, Página 185, Seção I, Do Planejamento Econômico-Financeiro. Art. 199. O
planejamento econômico-financeiro tem por finalidade, o levantamento das possibilidades reais da
Igreja Metodista, para disciplinar cada atividade e consolidar suas ações, como uma das expressões
de sua integração como Igreja Metodista conexional. § 1º. O instrumento básico do planejamento
é o Orçamento-Programa que abrange todas as atividades da Igreja Metodista. § 2º. Os/as
Presidentes da COGEAM, COREAM e CLAM, segundo a organização de cada uma, elaboram
propostas de seus Orcamentos-Programas, a serem aprovados pelos Concílios respectivos, dos
quais constam todos os recebimentos e pagamentos previstos em função do Plano de Ação que será
realizado no período.

CONTRIBUIÇÕES
CÂNONES 2017, Subseção I, Dos Deveres do Membro Leigo. Art. 10. Os deveres de membro leigo
da Igreja Metodista são: I - testemunhar Jesus Cristo ao próximo com seus dons; II - participar dos
cultos públicos, da Escola Dominical (ED) e demais serviços da Igreja Metodista; III - contribuir
regularmente com dízimos e ofertas para a manutenção da Missão de Deus, por meio dos
ministérios da Igreja Metodista, nos termos da Carta Pastoral sobre o dízimo; IV - pautar seus atos
pelos princípios do Evangelho e pelas Doutrinas e Costumes da Igreja Metodista; V - sujeitar-se às
exortações pastorais; VI - esforçar-se para iniciar trabalho metodista, onde o mesmo não exista; VII
- reconhecer seu chamamento como ministro ou ministra de Deus para as diversas áreas da Missão;
VIII - exercer seus dons, participando dos ministérios e serviços da Igreja Metodista e da

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comunidade; IX - submeter-se à Disciplina Eclesiástica da Igreja Metodista. Subseção II, Dos Direitos
do Membro Leigo. Art. 11. Os direitos de membro leigo da Igreja Metodista são: I - participar do
sacramento da Ceia do Senhor e receber da Igreja os demais meios da graça; II - pedir o sacramento
do batismo infantil para seus filhos e suas filhas e ser instruído sobre esse sacramento; III - receber
a bênção sobre seu casamento, segundo o Ritual da Igreja Metodista, depois de ser preparado ou
preparada para esse ato; IV - participar de cursos de formação cristã, segundo orientação da Igreja
Metodista; V - votar e ser votado ou votada para ocupar cargos eletivos na Igreja Metodista,
respeitados os dispositivos canônicos; VI - receber assistência pastoral; VII - transferir-se para outra
igreja local; VIII - apresentar queixa, nos casos e na forma previstos nestes Cânones; IX - apelar para
instância superior, em grau de recurso, respeitados os dispositivos canônicos.

FORMAS DE CONTRIBUIÇÃO
CARTA PASTORAL DO COLÉGIO EPISCOPAL – DÍZIMO 1999
http://www.metodista.org.br/documentos-oficiais#Cartas_pastorais

DÍZIMO - O QUE É ISSO?


1) Por que uma pastoral sobre o dízimo?
Vivemos um momento difícil para o trato da questão do dinheiro e do dízimo para a obra do Reino
de Deus. Quase sempre o que nos vem à mente é o exagero. Há “pastores” que estão dispostos a
mercantilizar tudo na experiência da fé. Vendem “óleo ungido”, água do Jordão, fitas cassetes com
orações; seus cultos são um grande comércio, recolhe-se ofertas de diferentes formas e seguidas
vezes. Por outro lado, há os que, sobre o propósito da ética e de uma timidez de falar acerca do
dinheiro, escondem-se atrás da frase bíblica: “Cada um contribui conforme propôs no seu
coração...” (2 Cor. 9.7), citando o texto fora de contexto, como veremos em uma destas lições. Com
esta citação, tentam defender a ideia de que contribuição não deve ser um dever, ou que o dízimo
é preceito judaico, como se o cristianismo tivesse abolido o Antigo Testamento. Neste estudo vamos
considerar, primeiramente, o dízimo, sua origem e prática. Com isto, recolocaremos o dízimo como
um preceito bíblico atual e como fonte de bênção para todos os cristãos.

2) O dízimo na tradição do Pentateuco


Como todos/as sabem, o dízimo faz parte das mais antigas tradições do Antigo Testamento. Vamos
demonstrar isto através do exame breve do Pentateuco, ou seja, os cinco primeiros livros da Bíblia.

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Começando em Gênesis 14.20, relata-se que Abrão ofereceu a Melquisedeque, como sacerdote, o
dízimo de tudo que conquistar. Tratava-se, contudo, de despojos de guerra, e não de produto da
terra ou gado. É interessante sublinhar que Melquisedeque vai assumir posteriormente uma das
fisionomias messiânicas do judaísmo. Vejam o Salmo 110 sobre o reinado e sacerdócio do Messias.
Cabe, ainda dizer que o Novo Testamento reconhece esta tradição em Hebreus 5.6; 7.1ss. Deste
modo, a oferta do dízimo dada por Abrão foi oferta à alguém que, como Melquisedeque, figurava o
próprio Messias.
Posteriormente, Jacó vai oferecer o Dízimo a Deus (Gn. 28.22). Ali, Jacó reconhece a bênção de Deus
na sua vida e oferece a décima parte a Deus. Reconhecemos que, no período dos patriarcas, o dízimo
era ocasional, sempre expressão de gratidão, mas não era ainda um preceito.
No livro de Deuteronômio, o capítulo 12 começa dizendo: “São estes os estatutos e os juízos que
cuidareis de cumprir na terra que vos deu o Senhor, Deus de vossos pais, para a possuirdes todos
os dias que viverdes sobre terra” (Dt. 12.1); em seguida, entre os preceitos, é estabelecido o dízimo
como expressão da gratidão do povo, frente aos atos misericordiosos de Deus (Dt. 12.6-6).
Fica evidente que o dízimo, na lei mosaica, é um dos diversos preceitos dados por Deus a seu povo.
O que se pode constatar é que neste período, segundo a história das tradições, o dízimo vai
regulamentar a oferta das primícias, existente desde os patriarcas e, pode-se dizer, comum entre
os povos do chamado Oriente Médio. Fica claro que o dízimo se desenvolve numa sociedade
agrícola-pastoril.
Nesta direção, aproveitamos para aprofundar a nossa visão bíblica da consolidação deste preceito,
à luz dos textos que seguem:
a) O povo oferece os dízimos dos produtos da terra, assim como de seus rebanhos (Lv.27.30; Dt.
12.6; 14.22-23; 26.12-13).
b) Os dízimos pertencem ao Senhor (Lv.27.30). É no livro de Levíticos onde se encontra este conceito
explícito de que os dízimos são do Senhor. Seu objetivo era o sustento dos levitas em troca dos
serviços prestados na tenda da congregação. Por sua vez, os levitas davam o dízimo dos dízimos aos
sacerdotes (Nm. 18.21-32; Dt. 12.12, 19; 14.27; 26.12-13).
c) Outro propósito dos dízimos era o auxílio aos necessitados, como: o estrangeiro, o órfão, a viúva.
Assim, estes não ficariam desamparados em Israel (Dt. 14.28-29; 26.12-13).
d) Juntos a estes propósitos agregava-se ainda o objetivo de uma refeição cultual pelas famílias do
povo de Deus, juntamente com os levitas de suas respectivas cidades (Dt. 12.11-12).

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e) Anualmente, os dízimos eram levados ao Templo (Dt. 12.5; 11; 14.23); e isto porque eram o fruto
da colheita anual. Estes dízimos eram entregues aos levitas, sendo realizados por eles uma refeição
cultual da família. A cada três anos os dízimos permaneciam nas diferentes cidades de Israel, sendo
entregues aos levitas e aos necessitados da cidade para seu sustento. No caso do dízimo anual, era
possível a sua substituição por um equivalente monetário (Dt. 14.25; 17)

DÍZIMO – UM DESAFIO DE DEUS!


Há, entre os cristãos, diferentes posturas acerca do dízimo. Isto mostra que, diferentemente do
esperado, o dízimo não é tão tranquilo quanto parece. Existem cristãos que não dão o dízimo! E
com isso perdem, conforme vamos ver, muitas bênçãos decorrentes desta maneira de agir.
Na verdade, o dízimo é um exercício de fé. É uma resposta prática e material de que nossa conversão
é para valer. Quando Zaqueu se converteu, evidência externa da sua conversão foi a sua declaração
e disposição de restituir o que havia roubado e dar aos pobres parte dos seus bens.
Infelizmente, nossa timidez em falar da necessidade e dever que temos de dar o dízimo tem retirado
de muitos crentes a oportunidade de passar por esta experiência pessoal com Deus.
Examinemos Malaquias 3.6-12, e consideremos o ensino deste texto.

1) Dízimo e obediência
O texto de Malaquias, que antecede, fala e enfatiza a Aliança, anuncia o juízo de Deus que virá
através do “profeta precursor”, que, segundo a tradição cristã, foi o próprio João Batista.
Este juízo seria aplicado sobre os filhos da desobediência, ou seja, aqueles que, descritos no verso
6, não temem ao Senhor e não se submetem aos seus estatutos.
O nosso texto começa afirmando que o povo de Israel não era consumido, porque Deus é fiel. Isto
quer dizer que, embora o povo merecesse a condenação, não sofria mais, devido à promessa e à
aliança com Deus.
Há uma visível condenação à falta de fidelidade e obediência a Deus. O desviar-se dos estatutos
provoca a indignação de Deus. “A lei do Senhor é perfeita”, diz o salmista. Se queremos ter um
caminho abençoado, devemos construí-lo em obediência aos estatutos e preceitos de Deus.
Mas onde desobedecemos a Deus?, pergunta o povo. O profeta usa uma expressão mais forte:
roubará o homem a Deus? “Vós me roubais nos dízimos e nas ofertas” (Ml 3.8). Aqui a questão da
desobediência e fidelidade está posta na nossa atitude quanto ao dízimo e ofertas. Fica claro nesse
texto a importância que Deus dá à obediência, ao mandamento do dízimo.

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Uma vida de fidelidade e obediência a Deus gera prosperidade e abundância. E quando falamos de
abundância, não estamos falando de supérfluo, mas daquilo que é necessário para a vida: trabalho,
saúde, alimentação, casa etc. Esta observação é importante porque na sociedade comunista que
vivemos há quem julgue que televisão, vídeo cassete e outros são artigos de necessidade.

2) Dízimo e Benção
A parte final do texto é uma recomendação: “trazei todos os dízimos a casa do Tesouro, para que
haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos...” (Ml 3.10). O dízimo
só tem um destino: “... a casa do Tesouro...”. Isso tira de nós a tentação de acharmos que dando
dinheiro para a missão X e Y, estamos dando nosso dízimo. Grave engano! Quando você está dando
uma oferta a um missionário, isso é apenas oferta. Dízimo é estatuto divino e seu destino é a casa
de Deus – o Santuário. O dízimo deve ser usado para o sustento dos serviços e ministérios do
santuário, ou seja, o ministério pastoral, ministério de oração, ministério do socorro, etc.

VERSÍCULOS
E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão
deu-lhe o dízimo de tudo. Gênesis 14:20
E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres,
certamente te darei o dízimo. Gênesis 28:22
E ali trareis os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta
alçada da vossa mão, e os vossos votos, e as vossas ofertas voluntárias, e os primogênitos
das vossas vacas e das vossas ovelhas. Deuteronômio 12:6
Certamente darás os dízimos de todo o fruto da tua semente, que cada ano se recolher
do campo. E, perante o Senhor teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o
seu nome, comerás os dízimos do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e os
primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao Senhor
teu Deus todos os dias. Deuteronômio 14:22,23

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Quando acabares de separar todos os dízimos da tua colheita no ano terceiro, que é o
ano dos dízimos, então os darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que
comam dentro das tuas portas, e se fartem;
E dirás perante o Senhor teu Deus: Tirei da minha casa as coisas consagradas e as dei
também ao levita, e ao estrangeiro, e ao órfão e à viúva, conforme a todos os teus
mandamentos que me tens ordenado; não transgredi os teus mandamentos, nem deles
me esqueci; Deuteronômio 26:12,13
Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do
Senhor; santas são ao Senhor. Levítico 27:30
Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.
Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos meus estatutos, e não os guardastes;
tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós
dizeis: Em que havemos de tornar? Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais,
e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois
amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. Trazei todos os dízimos
à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim
nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar
sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. E por
causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a
vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos. E todas as nações vos
chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos
Exércitos. Malaquias 3:6-12

Formas de Contribuição, na Bíblia:

As Primícias
Serviam para o sustento do Sacerdote.
Levítico 23:9-14; Exodo 23:16; 34:22-26; Deuteronomio 26:1-11

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O Dízimo
Serviam para as despesas da Casa do Senhor e dos Levitas que ali trabalhavam.
(Os Pastores também devem devolver os dízimos, conforme Neemias 10:38)
Levítico 27:30-33; Números 18:21-32; Deuteronomio 14:22-29; 26:12-15;

As Ofertas
Eram ordenanças de Deus, onde todos compareciam diante dEle, com “mãos cheias”.
Números 15:1-21; Capítulo 28, em todas as festas; Exodo 34:20c

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