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CENTRO DE FORMAÇÃO TEOLOGICO

ALIANÇADOS EM DEUS

CURSO MÉDIO EM TEOLOGIA 24 DISCIPLINAS


Profetas Maiores

ALUNO ..........................................................

Professor: Pr. DOUGLAS A SANTOS

BACHAREL EM TEOLOGIA

N.R: 024-208.001
Introdução
Nesta Disciplina Vamos Falar dos 5 Livros da Bíblia que Formam o
Conjunto dos Profetas Maiores. Esses Livros Foram Escritos por quatro
profetas.
Isaias, Jeremias, Ezequiel e Daniel Sendo que Jeremias foi o autor de 2
Livros um que Leve o Seu Próprio Nome e Outro Chamado Lamentações.

Autoria e Data
O livro em si fornece poucas informações sobre a atividade
literária de Isaías. De acordo com 8.1 e 30.8, ele fez anotações
em uma tábua ou quadro de escrever, mas também recebeu
ordens para escrever uma certa profecia em um livro ou rolo
(30.8). A exortação divina para buscar e ler o livro do Senhor
(34.16) sugere que toda a profecia a respeito de Edon foi
registrada para que no dia de seu cumprimento, o leitor pudesse
verificar cada detalhe com as Escrituras. O nome de Isaías está
especificamente ligado aos caps. 1, 2 e 13, este profeta é
conhecido por ter sido um historiador da corte durante os
reinados dos reis Uzias e Ezequias (2 Cr 26.22; 32.32). E provável,
portanto, que Isaías tenha originalmente escrito o texto de 2 Reis
18.13-20.19, que é, em essência, um paralelo
a Isaías 36-39

Isaias O Profeta Palaciano


Quem foi Isaías?
Primeiramente escriba, depois profeta de Deus em Jerusalém,
Segundo a Tradição Judaica Ele era sobrinho do rei Uzias
Exerceu seu chamado durante cinco reinados – de Uzias, Jotão,
Acaz, Ezequias e, segundo a tradição judaica, de Manassés.
Que Foi responsável pela sua morte.
Foi chamado pelo Senhor em uma experiência inédita, tendo
seus lábios purificados para a liberação do ministério profético.
Ministério
Exortou, confrontou, consolou e consolidou a palavra de Deus e
o futuro fundamentado na vinda do Messias. Profetizou o
nascimento, o ministério a morte a ressurreição de Cristo!
Em sua jornada, Deus o alertou que, muitas vezes, não seria
ouvido, mas suas profecias trouxeram o maior conteúdo de
esperança de todos os tempos, baseado na necessidade de
filiação e obediência do povo para com o Senhor.
Viu muito além da condição humana, contemplou a glória de
Deus e foi firme em todo o seu ministério pela visão messiânica
do Cristo vivo.

Ele atuou entre 739 e 680 a.C., no auge do império assírio.


Acredita-se que ele iniciou seu chamado após a morte de Uzias.
Ele profetizou para 12 povos do Oriente Médio. 
Pregou a mensagem de Deus a Judá, Reino do Sul. Era filho de
Amoz (Isaías 1.1). Casou-se com uma mulher, que era conhecida
na Bíblia como “profetisa”, com quem teve três filhos (Isaías 8.3).
A tradição atribui ao rei Manassés o martírio de Isaías. O profeta
foi serrado ao meio, quando descoberto escondido no oco de um
tronco de árvore. Foi morto por denunciar as atitudes perversas
dele.

Significado de Isaías: 
Tem origem no hebraico "Yesha'yahu", que deriva dos elementos
"yeshan" e "yeshua", que significam "salvação", e "yahweh", que
quer dizer "Senhor, Jeová, Deus" e significa "salvação do Senhor"
ou "o Eterno salva". 

Palavras-chave do livro de Isaías:


Sensibilidade à voz do Espírito, convicção, dedicação e verdade.
Isaías 6.8: “Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A
quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui,
envia-me a mim.
Contexto:
O livro de Isaías possui 66 capítulos. Os 39 primeiros se passam
dentro de Jerusalém e em seus arredores. Já os demais refletem
o exílio na Babilônia e acontecimentos posteriores ao cativeiro.
Temas do livro de Isaías:
Tema central: “A salvação vem do Senhor”, frase escrita 27 vezes
ao longo do livro de Isaías.
Capítulos 1 ao 35: juízo de Deus sobre todas as nações.
Capítulos 36 ao 39: contexto histórico, relacionado ao reino de
Ezequias.
Capítulos 40 ao 66: profecias relacionadas ao messias.
Palavra profética:
Isaías 6.6,7 e 9: “Então, um dos serafins voou para mim,
trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma
tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela
tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o
teu pecado. Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvi, ouvi e
não entendais; vede, vede, mas não percebais.”
Desafios:
1º- Ser transformado de impuro em puro e santificado para ser
profeta;
2º- Ser instrumento de Deus em uma nação apóstata;
3º- Exortar e determinar a Palavra de Deus, independentemente
de como o povo a receberia;
4º- Ver o fracasso e a destruição dos reinos terrestres;
5º- Apregoar o reino messiânico e eterno de Cristo.
Atitudes e realizações apostólicas:
1º- Atendeu ao chamado e viveu o envio de Deus na plenitude
(Isaías 6.8)
2º- Diante do levante da Assíria, encorajou o rei Ezequias a
confiar em Deus e na vitória
(Isaías 10.24 e Isaías 37.6)
3º- Incentivou o rei Ezequias a resistir a Senaqueribe
(Isaías 37.1 a 7)
4- Levou a carta ameaçadora em oração diante de Deus,
trazendo socorro e levando juízo sobre o inimigo
(Isaías 37.14)
5- Abençoou os obedientes e denunciou as consequências da
rebeldia (Ezequiel 1.16 a 20)
Sua Morte
Na verdade, não sabemos como Isaías terminou a sua vida, os
livros Canônicos da bíblia nada citam a respeito de sua morte.
Apenas podemos imaginar que tenha morrido como todos os
outros profetas enviados por Deus para denunciar os desvios do
Povo a YAHWEH. Isaías morreu angustiado vendo seus
contemporâneos se afastarem de Deus e não escutarem a voz
divina, por ele proclamada.
O profeta Isaías sendo encarcerado a mandato do Rei Manasses,
(considerado um dos piores Reis de Israel, filho de Ezequias)
recebe a condenação a morte de forma sangrenta e cruel.
Segundo estes escritos apócrifos ele foi serrado ao meio.
Quanto a forma da "morte" não encontramos registros, esta
informação é narrada na tradição rabínica, o informante coloca
os detalhes da morte que teriam colocado o profeta Isaías
dentro de um tronco de árvore e serrado ao meio. Entretanto,
estas tradições narrativas tendem a não ser dignas de confiança.
Informação Livro Apócrifo
Livro dos Jubileus

Profeta Jeremias
Quem foi Jeremias?
Jeremias foi um profeta que profetizou em Judá no final do
século 7 e início do século 6 a.C. Aquele foi o período de declínio
do Reino do Sul, marcado pelos reinados de seus últimos
monarcas. O profeta Jeremias falou sobre o avanço inevitável da
Babilônia que culminou no exílio do povo judeu. Neste estudo
bíblico conheceremos o que a Bíblia diz sobre quem foi Jeremias.
Jeremias foi filho Hilquias e nasceu na cidade de Anatote, no
território de Benjamim. Isso ocorreu aproximadamente em 650
a.C., no final do reinado do rei Manassés de Judá. Anatote era
um vilarejo sacerdotal que ficava aproximadamente a três
quilômetros de distância de Jerusalém (Josué 21:17-18; cf.
Jeremias 11:21-23).

Duplo Ministério
Jeremias era um sacerdote, além de ser um profeta. Ele viveu
num dos períodos mais conturbados da história do Oriente
Antigo. Quando Jeremias nasceu, Israel, o Reino do Norte com
capital em Samaria, já havia caído há pelo menos 70 anos diante
do Império Assírio.

O nome Jeremias pode ser escrito de duas formas diferentes em


hebraico; uma mais longa, Yirmeyahu, e outra mais
curta, Yirmeya. No grego, esse nome aparece como Ieremias.
Existem duas possibilidades para o seu significado. Jeremias
pode significar “o Senhor edifica”, no sentido de exaltar; ou “o
Senhor lança”.
Considerando também o significado do nome do pai do profeta
Jeremias, Hilquias, que significa em hebraico “o Senhor é a
minha porção”, muito provavelmente a família de Jeremias era
fiel ao Senhor mesmo durante as terríveis práticas idólatras
durante o reinado de Manassés.

A história de Jeremias
Sua infância e juventude
Durante a infância do profeta Jeremias, os reinados de Manassés
e Amom foram caracterizados pela apostasia e idolatria (2 Reis 21)
O próprio rei Manassés anulou completamente as reformas
iniciadas pelo rei Ezequias, seu pai.
Apesar disso, na cidade sacerdotal de Anatote Jeremias teve
contato com a tradição religiosa de seu povo. Ali ele cresceu em
um lar temente e obediente a Deus. Ele foi instruído na Lei do
Senhor e recebeu também profundo conhecimento das profecias
de profetas anteriores, como: Isaías, Amós e Oseias.
Se a situação interna em Judá era lamentável por conta do
declínio religioso e do paganismo que se espalhava pela nação, o
ambiente internacional também era bastante movimentado.
Havia um clima de constante tensão envolvendo os assírios, os
egípcios e os babilônios. Esse era o cenário em que Jeremias
passou seus primeiros anos.

chamado de Jeremias
Quando o rei Manassés morreu, provavelmente Jeremias tinha
cerca de dez anos de idade. Amom, o filho de Manassés,
governou Judá por dois anos, entre 642 e 640 a.C. (2 Reis 21:19-
26). Depois, quem assumiu o trono foi o jovem Josias, que
governou entre 640 e 609 a.C.

Jeremias foi chamado pelo Senhor como profeta no décimo


terceiro ano do reinado de Josias, em 627 a.C. No registro de sua
convocação, a Bíblia enfatiza a forma soberana como Deus o
chamou:

Reconhecimentos e Limitações
Diante do chamado de Deus, o jovem Jeremias alegou ser
incapaz de desempenhar tal tarefa, pois não passava de um
menino. Curiosamente essa foi a mesma objeção feita por
Moisés quando Deus o chamou (Êxodo 4:10).
O rei Salomão também fez uma observação semelhante quando
assumiu o trono de Israel (1 Reis 3:7).
Além de indicar uma possível idade prematura para exercer
tamanha responsabilidade, essa resposta do profeta também
pode significar que ele ainda era espiritualmente e socialmente
imaturo; talvez uma pessoa humilde e que não possuía
autoconfiança.

Mas a objeção do inexperiente Jeremias não foi um problema


para Deus.
Na verdade, o Senhor o tranquilizou dizendo: “não
temas” (Jeremias 1:8). Deus avisou o profeta que ele deveria
falar tudo o que lhe fosse ordenado; mas também prometeu que
estaria com ele durante os terríveis anos de aflição que se
aproximavam.

Ministério profético de Jeremias


O profeta Jeremias exerceu seu ministério num período de pelo
menos quarenta anos. Isso significa que se sua chamada para o
ministério profético ocorreu entre 627 ou 626 a.C, o profeta
Jeremias continuou profetizando até pouco depois da queda de
Jerusalém, em 587 a.C. Assim, ele profetizou durante os reinados
dos últimos cinco reis de Judá: Josias (640-609 a.C.), Jeoacaz
(609 a.C.), Jeoaquim (609-598 a.C.), Joaquim (598-597 a.C.) e
Zedequias (597-586 a.C.).
Um fato bastante interessante é que o ano de início do
ministério do profeta Jeremias foi marcado por grandes
reviravoltas internacionais que abalaram a história mundial.
Entre 627 e 626 a.C., Assurbanípal, o último grande rei da Assíria,
Existe um período de silêncio no ministério de Jeremias de cerca
de treze anos, entre 621 e 609 a.C. Durante esse período não há
qualquer informação sobre a sua vida. É provável que foi nesse
tempo que ele acabou migrando de Anatote para a capital,
Jerusalém.

Após a morte de Josias, Jeoacaz foi colocado no trono de Judá.


Mas este reinou por apenas três meses e foi deposto pelo Faraó
Neco. Para servir aos interesses do Egito, em seu lugar foi posto
Jeoaquim.

O profeta Jeremias era contra a liderança de Jeoaquim. Inclusive,


foi nos primeiros anos de seu governo que o profeta proclamou
um importante sermão que resultou em seu banimento do
Templo e quase lhe custou a vida (Jeremias 7:1-8:3). O profeta
também profetizou a morte de Jeoaquim (Jeremias 22:18,19;
36:30).

Depois da morte de Jeoaquim, seu filho, Joaquim, assumiu o


trono em seu lugar. Mas o jovem monarca governou por apenas
três meses e logo foi levado para a Babilônia. Para o seu lugar
Nabucodonosor colocou Zedequias.
Nessa época o Egito e a Babilônia estavam disputando o controle
daquela região, e o profeta Jeremias repetidamente profetizou
acerca da vitória da Babilônia. Ele insistiu que qualquer esforço
para resistir ao avanço da Babilônia, mesmo recorrendo a uma
possível aliança com o Egito, seria inútil. Isso porque a Babilônia
era um instrumento nas mãos de Deus para executar Seu juízo. O
profeta acabou sendo perseguido por causa desse seu
posicionamento (cf. Jeremias 37:3,17).

A mensagem do profeta Jeremias


Apesar de o ministério do profeta Jeremias ter sido bastante
longo, sua mensagem principal é muito clara. Essa mensagem
pode ser pontuada da seguinte forma:

1. O profeta Jeremias convocou o povo ao arrependimento,


a fim de evitar o julgamento divino.
2. Depois, o profeta Jeremias avisou que o tempo de
arrependimento havia se esgotado, e que Judá sofreria o
juízo de Deus. Tal juízo seria muito severo, pois implicaria
na perda da Terra Prometida.
3. Ele profetizou que o cativeiro babilônico seria inevitável,
e que Jerusalém cairia diante de Nabucodonosor.
4. O profeta mostrou, através de sua mensagem, que Judá
mereceu o cativeiro por causa dos graves pecados que o
povo persistiu em cometer; sobretudo a idolatria.
5. O profeta Jeremias anunciou que o Templo em Jerusalém
não poderia proteger os judeus do julgamento iminente.
6. O profeta também anunciou que Deus salvaria um
remanescente de Seu povo por meio do exílio. Então
quando o período de cativeiro terminasse, haveria uma
maravilhosa restauração sob uma nova aliança (Jeremias
31:31-34). O Novo Testamento mostra que essa
promessa encontra seu cumprimento pleno em Cristo
(Lucas 22:20; 1 Coríntios 11:25; Hebreus 8:6; 9:15;
12:24).
Então é possível perceber claramente que a mensagem do
profeta Jeremias, conforme registrada em seu livro, serviu para
lembrar os exilados sobre os motivos que lhes conduziram às
provações que eles estavam enfrentando; bem como assegurar-
lhes que, ao se arrependerem, eles voltariam para Jerusalém e
desfrutariam de grande bênçãos.

A personalidade e a vida do profeta Jeremias


Jeremias exerceu todo seu ministério de maneira vigorosa,
mesmo diante de muitas aflições. Ele teve uma vida bastante
solitária, muito por conta da mensagem impopular que
transmitia (Jeremias 15:17).

Durante seu ministério é possível perceber a forma com que ele


se envolveu pessoalmente com sua mensagem, de modo que ele
sentiu, antes do próprio povo, agonia da aproximação
do cativeiro babilônico e o derramamento da ira do Senhor por
causa do pecado do povo
(Jeremias 4:19-21; 8:21-9:3; 10:19-22; 14:19-22).
O profeta foi proibido pelo Senhor de se casar e formar uma
família. Isso era para que a vida de Jeremias servisse como um
sinal das transformações que o exílio resultaria na vida cotidiana
do povo (Jeremias 16:2). Jeremias experimentou angustias tão
grandes durante sua vida que, por conta de seu lamento, ele
ficou conhecido popularmente como “o profeta chorão

(cf. Jeremias 4:19; 8:18,21; 9:1,10; 13:17)

O profeta Jeremias foi preso e teve sua vida ameaçada várias


vezes. Na verdade, o conteúdo de sua mensagem o colocava em
oposição à liderança de Judá. Por isso muitas vezes Jeremias
parecia detestar sua missão, pois ela lhe ocasionava grandes
problemas, inclusive com seus parentes e conhecidos. Ele era
alvo de zombaria e todos o amaldiçoavam (Jeremias 11:18-21;
12:1-6; 15:10-21; 17:12-18; 18:19-23; 20:7-18).

Com base nos detalhes registrados por Baruque, seu escriba, é


possível perceber que Jeremias tinha uma personalidade forte e
repleta de contrastes. Ele era um homem honesto, gentil,
afetuoso, um profundo observador analítico e, ao mesmo tempo,
inflexível.
Apesar de se lamentar com frequência, o profeta Jeremias era
uma pessoa otimista e de oração. Ele superou qualquer timidez
que pudesse ter no início de seu ministério. Ele também
suportou a hostilidade, a solidão, a angústia e até mesmo a
sensação do aparente fracasso.

Diante de um sofrimento tão intenso, o profeta Jeremias, em


algumas ocasiões, não conseguia entender por que estava sendo
submetido a tudo aquilo. Ele chegou até mesmo a acusar o
Senhor de tê-lo enganado e desejar a morte (Jeremias 20:7-18).
Todavia, no fim o profeta entendeu que Deus é soberano e
controla todas as coisas.

O final do ministério do profeta Jeremias


Após a queda de Jerusalém, a fama de Jeremias já havia se
espalhado até mesmo na Babilônia. O rei Nabucodonosor o
deixou em Jerusalém para ficar com o restante dos judeus que
não foram levados cativos.
O profeta Jeremias então permaneceu em Jerusalém até que o
governador de Judá, Gedalias, foi assassinado por Ismael, um
fanático judeu. Temendo uma represália dos babilônios, muitos
judeus fugiram para o Egito, mesmo contra as advertências de
Jeremias (Jeremias 42). Nesse contexto parece que o profeta
acabou sendo obrigado a seguir os fugitivos (Jeremias 43).

No Egito, o profeta Jeremias, já um homem experiente com a


idade de pelo menos setenta anos, continuou pregando a Palavra
de Deus (Jeremias 44). Os estudiosos dizem que muito
provavelmente ele acabou morrendo ali pouco tempo depois. Na
verdade, nada se sabe sobre as circunstâncias de sua morte;
apesar de que havia uma tradição que afirmava que Jeremias
morreu apedrejado pelos judeus em Tafnes.
Surgiu também entre os judeus uma crença de que o profeta
Jeremias ressuscitaria dentre os mortos. Essa lenda dizia que ele
restauraria o Tabernáculo e traria a Arca da Aliança e o altar do
incenso que supostamente ele teria escondido em uma caverna
por ocasião da queda de Jerusalém.
Talvez essa antiga crença possa explicar o motivo de alguns
judeus do primeiro século terem pensado que Jesus era Jeremias
ressuscitado (Mateus 16:13-14).

O profeta Jeremias foi contemporâneo, pelo menos durante


algum tempo, do profeta Sofonias, do profeta Naum,
da profetisa Hulda, do profeta Ezequiel e do profeta Daniel.

JEREMIAS E O LAMENTO: O DESESPERO


O lamento de Jeremias é uma marca de seu ministério, de modo
que não vemos o todo de seu ministério se não vemos sua
pessoa, para além de suas profecias, e se não lemos, para além
do livro de Jeremias, o livro de Lamentações. Afinal, apesar de o
livro de Jeremias não se concentrar no profeta, não sendo um
livro biográfico, “é visível a relação entre a pessoa do profeta em
si e sua mensagem teológica”, de modo que neste livro podemos
ver que a “tradição registra, comparativamente, mais
pormenores acerca do seu destino e personalidade do que para
qualquer outro profeta”. E, no que diz respeito à pessoa de
Jeremias, não podemos ignorar seu sofrimento, expresso
especialmente em suas Lamentações. 

 Quando lemos o livro de Lamentações, vemos que ele “é um


testemunho da cidade destruída e do caos estabelecido”, pois,
como é anunciado logo no começo do livro, “a cidade que antes
era cheia de gente agora está deserta” (Lm 1.1). E, por mais que
o sofrimento fosse evidente naqueles que foram levados cativos,
aqueles que ficaram, como Jeremias, também sofreram
profundamente. Jeremias não é “chorão” por lamentar o que
viu, pois o que viu foi realmente traumatizante e desesperador:
“Chorei até que não tivesse mais lágrimas; meu coração está
aflito.
Meu espírito se derrama de angústia, quando vejo a calamidade
de meu povo. Crianças pequenas e bebês desfalecem e morrem
nas ruas” (Lm 2.11). 

 A imagem vista por Jeremias foi de guerra, vendo crianças


morrendo de fome: “Clamam às mães: ‘Estamos com fome e
sede!’. Desfalecem nas ruas, como o guerreiro ferido na batalha.
Lutam para respirar e morrem lentamente nos braços maternos”
(Lm 2.12). Mesmo pedindo ajuda, desesperadas, as crianças não
têm resposta: “A língua seca dos bebês gruda no céu da boca,
por causa da sede. As crianças imploram por um pedaço de pão,
mas ninguém as atende” (Lm 4.4). Uma imagem terrível, que é
descrita por uma pessoa que foi “testemunha ocular, que parece
estar tão chocada e revoltada pelo que viu que é incapaz de
esquecê-lo”. Um trauma que Jeremias levou consigo e que o fez
sentir um desencanto com a vida. 

 Imagens deste tipo não são lamentadas por alguém que é


“chorão”, mas por alguém que foi tão profundamente impactado
e que simplesmente não consegue esquecer o que viu, de modo
que acaba sofrendo com tudo que vivenciou. Não é à toa que
desde o século XX se percebeu a importância de veteranos de
guerra terem acompanhamento psicológico e terapêutico, uma
vez que as consequências daquilo que viram na guerra não são
fáceis de se lidar, especialmente sozinhos. A situação se tornou
um verdadeiro problema de saúde pública nos Estados Unidos,
uma vez que, após 2001, morreram mais veteranos de guerra
americanos do que soldados em combate: 30.177 suicídios de
veteranos de guerra em comparação a 7.057 mortes em
operações de guerra. 

 O acompanhamento de veteranos é fundamental, uma vez que


precisam de ajuda para lidar com tudo que vivenciaram e viram
enquanto estiveram na guerra. Afinal, mesmo quando já
voltaram para casa, acabam levando suas experiências junto em
suas memórias. Jeremias e os demais judeus também viveram
um desespero terrível em virtude das atrocidades que viram,
carregando na memória situações assustadoras: mães devorando
os filhos, por causa da fome; sacerdotes sendo mortos dentro do
Templo (Lm 2.20); e, agora, após tudo ter “passado”,
permanecem os cadáveres estirados nas ruas para lembrar-lhes
de que o terror permanece: “Estão jogados nas ruas, jovens e
velhos, rapazes e moças, mortos pelas espadas do inimigo” (Lm
2.21). 

 Porém, para além de tudo que viram, há um desespero em


função daquilo que não conseguem ver: a esperança. Só se pode
ver “terror por todos os lados” (Lm 2.22), tal como o apelido de
Pasur e Jeremias. Há, portanto, um verdadeiro desespero como
perda da esperança: um desesperar. É como se só se pudesse ver
trevas, e nem mesmo uma pequena luz no fim do túnel: “Ele me
conduziu para a escuridão e removeu toda a luz” (Lm 3.2). Afinal,
diante de tudo aquilo que viram, e do mal que aguardam,
sentem como se não houvesse nada mais de bom para se
esperar. 

Livro Ezequiel
Por que estudar esse livro?
O livro de Ezequiel contém as visões e as profecias de Ezequiel, a
quem o Senhor chamou para ministrar aos judeus cativos na
Babilônia. Esse livro mostra que o Senhor está ciente de Seu
povo onde quer que estejam. Ao estudar esse livro, os alunos
podem aprender que Deus chama profetas como atalaias para
alertar Seus filhos do perigo.
Apesar de ter sido escrito em uma época em que Jerusalém
estava sendo destruída, o livro de Ezequiel é cheio de esperança.
O Profeta Ezequiel viu além das tragédias de sua época, um
tempo futuro de renovação quando o Senhor reuniria seu povo,
daria a eles um “coração novo” e um “espírito novo” e os
ajudaria a viver Suas leis (ver Ezequiel 36:21, 24–28).
Estudar o livro de Ezequiel pode fortalecer a fé dos alunos no
poder do Senhor para transformar pessoas e nações. Os alunos
podem aprender que todos os que se arrependem de suas
iniquidades vão receber a misericórdia, o amor e o perdão de
Deus.
Quem escreveu esse livro?
O Profeta Ezequiel é o autor do livro de Ezequiel. Escrito pela
perspectiva da primeira pessoa, Ezequiel registrou as visões e
revelações que recebeu do Senhor. Ezequiel era um sacerdote
que viveu entre os judeus cativos levados para a Babilônia pelo
rei Nabucodonosor aproximadamente 597 a.C. (ver Ezequiel 1:3).
De acordo com o relato em II Reis 24:14–16, os Babilônicos
levaram cativos a maioria dos principais homens da terra
naquela época. Portanto, é possível que Ezequiel tenha vindo de
uma família proeminente e influente (ver Guia para Estudo das
Escrituras, “Ezequiel”). Ezequiel profetizou e proferiu as palavras
do Senhor aos judeus exilados na Babilônia na mesma época em
que Jeremias estava profetizando em Judá e Daniel estava
profetizando na corte dos babilônicos.

Quando e onde foi escrito?


O livro de Ezequiel foi escrito durante o cativeiro de Ezequiel na
Babilônia. Ele profetizou de 592 a 570 a.C. (ver Guia para Estudo
das Escrituras, “Ezequiel”). Depois de ser levado cativo, Ezequiel
estabeleceu-se com os outros judeus em um lugar próximo ao rio
Quebar (ver Ezequiel 1:1–3; Bible Dictionary na Bíblia SUD em
inglês, “Ezequiel”). Foi lá que Ezequiel registrou que os céus se
abriram para ele e teve visões de Deus (ver Ezequiel 1:1).
Quais são algumas características
marcantes desse livro?
Mais de uma vez no livro de Ezequiel lemos que o Senhor
comparou Seu profeta com um atalaia na torre (Ezequiel
3:17; Ezequiel 33:1–9). Por meio dessa comparação, o Senhor
enfatizou tanto a responsabilidade dos profetas de alertar Seu
povo sobre o perigo iminente quanto a responsabilidade do povo
de atender ao alerta do atalaia. Também aprendemos que todos
nós somos responsáveis por nossas próprias ações e seremos
punidos ou recompensados de acordo com as escolhas que
fazemos (ver Ezequiel 18; Ezequiel 33).
O livro de Ezequiel está repleto de relatos de visões e profecias.
Por exemplo, o Senhor mostrou a Ezequiel uma visão da
ressurreição da casa de Israel, afirmando que o povo do
convênio do Senhor seria reunido na terra de sua herança
(ver Ezequiel 37:1–14). O Senhor também descreveu a coligação
de Israel nos últimos dias comparando-a à junção da vara de José
(o Livro de Mórmon) e da vara de Judá (a Bíblia) (ver Ezequiel
37:15–28). O livro de Ezequiel inclui uma profecia de uma grande
batalha que precederá a Segunda Vinda de Jesus Cristo
(ver Ezequiel 38–39). E também, Ezequiel 40–48 contém uma
descrição de um templo que será construído em Jerusalém nos
últimos dias.
Resumo
Ezequiel 1–3 Ezequiel vê o Senhor e Sua glória. Ele é chamado
para ser uma atalaia para a casa de Israel para alertar, reprovar e
chamá-los ao arrependimento.
Ezequiel 4–24 O Senhor instrui Ezequiel a usar símbolos para
representar a iniquidade de Israel e a destruição de Jerusalém.
Ezequiel profetiza sobre os julgamentos do Senhor para
Jerusalém e explica por que a fome, a desolação, a guerra e as
pestilências vão varrer a terra de Israel.
Ezequiel 25–32 O Senhor ordena a Ezequiel que proclame a
iniquidade das nações que cercam Israel e profetize sua
destruição.
Ezequiel 33–48 O Senhor repreende os líderes de Israel por
Ezequiel 33–48 O Senhor repreende os líderes de Israel por
serem maus pastores. O Senhor será um verdadeiro pastor para
Israel. Ezequiel registra sua visão da restauração de Israel após o
exílio nos últimos dias. O Senhor promete reunir os israelitas do
cativeiro, levá-los de volta a suas terras prometidas, renovar Seu
convênio com eles e reunir os reinos de Israel e Judá.
Livro de Daniel
Quem foi Daniel?
O livro leva o nome de Daniel um jovem profeta que viveu na
Babilônia após o cativeiro babilônico ou o exílio.
O que significa Daniel?
Daniel significa literalmente "El [Deus] é meu juiz"
Embora os liberais tenham dito que a diferença na grafia acima
indica duas pessoas separadas, isso é desnecessário, pois
Ezequiel escreveu a cerca de 50 milhas de distância e ao mesmo
tempo que Daniel, que era uma figura importante do governo. O
significado do nome é adequado, pois o foco principal dos
escritos de Daniel declara o direito soberano de Deus de julgar.

Autoria e Data
O ministério de Daniel ocorreu de 605-536 aC, conforme
ensinado por Daniel 1:21. Alguns estudiosos divergem sobre a
autoria do livro.
Acusação : Alguns afirmam que Daniel não poderia ter sido o
autor do livro, pois 1:21 se refere ao tempo de sua morte.
Resposta : "No entanto, 1:21 não declara quando Daniel morreu;
afirma que ele 'permaneceu lá' (na Babilônia) até o primeiro ano
de Ciro. O decreto de Ciro libertou os judeus de seu exílio na
Babilônia, trazendo assim os 70 anos. ano do cativeiro até o fim.
Daniel 1:21 está simplesmente apontando que Daniel viveu
durante o período do cativeiro. O versículo não especifica o
tempo de sua morte. Na verdade, ele viveu pelo menos até o
terceiro ano de Ciro (10:1)"
(Bíblia, King James com estudo Holman, 1:1325).
Dados Biográficos
Os dados biográficos acima mostram que Daniel escreveu de 605
(1:1) até algum tempo depois de 536 AC (10:1). No entanto, a
data de Daniel tem sido debatida mais do que em qualquer outro
livro bíblico.
Muitos estudiosos liberais datam o trabalho por volta de 164 aC
E outros no quarto ou quinto século.

Características do Livro de Daniel


A. Daniel é o mais simbólico dos livros do AT. Como nove de seus
doze capítulos incluem representações simbólicas e incomuns
sobre sonhos de árvores, animais, animais e imagens, Daniel às
vezes é chamado de "Apocalipse do Antigo Testamento".
B. O homem Daniel é único entre os profetas em relação à sua
profissão. Enquanto Deus chamou alguns profetas de suas
vocações "seculares" (por exemplo, Amós), Daniel permaneceu
em sua posição como político durante todo o seu ministério.
Além disso, ele não é chamado de profeta no próprio livro, pois
não entregou uma mensagem publicamente à nação de Israel.
C. A data de Daniel tem sido debatida mais do que qualquer livro
bíblico.
D. Daniel e Esdras são as únicas obras bíblicas escritas em duas
línguas: hebraico (cf. Dn 1:1–2:4a; 8:1–12:13) e aramaico (2:4b–
7:28).
E. Daniel é um dos dois livros do AT que foram registrados fora
de Israel. O outro é Ezequiel.
F. Enquanto Jó e Daniel ensinam sobre a soberania de Deus, Jó
enfatiza a soberania de Deus sobre os indivíduos enquanto
Daniel vê o governo de Deus sobre as nações.
Principais personagens do Livro de Daniel
Daniel: profeta e líder político, nascido em Jerusalém, levado
para a Babilônia Cativeiro.
Sadraque, Mesaque e Abednego: três jovens destemidos que
foram jogados em uma fornalha de fogo por sua fé, mas
preservados pelo próprio Filho de Deus
Nabucodonosor: fundador do Império Neo-Babilônico, que
lançou os três Sadraque, Mesaque e Abednego na fornalha, mas
depois reconheceu seu Deus como o verdadeiro Deus
Belsazar: neto de Nabucodonosor, regente da Babilônia, que
testemunhou a mensagem de desgraça para ele como escrito em
uma parede no banquete durante uma festa de bêbado
A mãe de Belsazar (ou possível esposa): a rainha que sabiamente
aconselhou o rei a procure a ajuda de Daniel na interpretação da
mensagem na parede.

Tradução dos Nomes


Sadraque, Mesaque e Abede-Nego são os nomes babilônicos
dados a Hananias, Misael e Azarias, três jovens que estavam
entre os hebreus que foram levados cativos para a Babilônia pelo
rei Nabucodonosor.
Sadraque - Inspiração do Sol, Deus, autor do mal, seja favorável
a nós, Deus nos proteja do mal. Mesaque - Aquele que pertence
à deusa Sheshach. Abede-Nego - Servo de Nego, um dos deuses
babilônios, talvez o sol, uma estrela movente, ou os planetas
Júpiter ou Vênus
Dario, o medo
soberano da Babilônia e amigo de Daniel, que foi levado a
fundição o profeta em um covil de leões famintos, mas depois,
para seu grande alívio, encontrou-o ileso e bem

Resumo do Livro de Daniel


Muitas são as perguntas sobre o livro de Daniel. 
Daniel da Bíblia é um personagem marcante, por isso, um
resumo da história de Daniel auxilia em uma leitura orientada
para um estudo sobre a vida de Daniel. 
Capítulo 1.  Introdução. O desenvolvimento de Daniel e de
Sadraque, Mesque e Abed-Nego para servir na corte do rei da
Babilônia.
Capítulo 2.  O sonho de Nabucodonosor e a visão de Daniel. O
julgamento divino trouxe quatro reinos para um fim.
Capítulo 3. Nabucodonosor constrói uma imagem de ouro. Três
homens, Sadraque, Mesaque e Abed Nego, são jogados na
fornalha por se recusarem a se curvar a ela. Eles, pela
providência de Deus, são salvos.
Capítulo 4. O sonho de Nabucodonosor de uma grande árvore. 
Capítulo 5. Belsazar, provavelmente neto de Nabucodonosor, vê
a escrita da mão na parede. Dario assume o reino.
Capítulo 6. Daniel é um dos três presidentes dos sátrapas. Após a
plotagem de sua inimigos, ele é lançado na cova dos leões. Ele,
como seus três amigos, é preservado por Deus.
Capítulo 7.  O sonho de Daniel dos quatro grandes impérios
mundiais; As bestas saem do mar.; 2. Julgamento das bestas; Um
como o Filho do homem.; 
Capítulo 8. Uma visão de Daniel. Alexandre, o Grande
(destruição do império medo-persa pelo Império
macedônio). Separado em quatro divisões (a Síria e o Egito são
os mais notáveis).
Capítulo 9. A oração de Daniel.
Capítulo 10. Conflito entre o Egito e a Síria (Judá sob os sírios).
Capítulo 11.  A chegada dos romanos.
Capítulo 12. O tempo do fim (trazido para Cristo)

Conclusão:
Daniel foi uma pessoa integra e justa, temente a Deus acima de
qualquer coisa. Ele nunca aceitou se corromper, por maior que
fosse o tesouro que lhe oferecesse. Daniel era fiel a
Deus mesmo que isso custasse sua vida. Ele também nos
mostrou como é possível buscar a Deus mesmo em uma terra
estranha e mergulhada no paganismo.
Provavelmente o Profeta Daniel alcançou os 90 anos de idade,
vivendo até aproximadamente 536 a.C., no terceiro ano do
reinado de Ciro. Existe uma tradição rabínica que afirma que
Daniel voltou para Jerusalém no final de sua vida, com a
libertação dos exilados, e foi sepultado em Susa. Porém, não
existe qualquer evidência maior para atestar tal tradição.

PROFESSOR PR. DOUGLAS, A SANTOS

BACHAREL EM TEOLOGIA

R.N 024-208:001

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