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O Deus que guerreia as nossas guerras

2 Cr 32.1-8

O rei Ezequias é o rei de Judá com o qual mais me identifico. Sua história é
muito significativa para mim. É a história de alguém que decidiu conscientemente
assumir uma postura contrária ao legado de seu pai (2 Cr 28.1-27). Mesmo tendo
assumido um reino desorganizado e subjugado pelos assírios, por causa de uma
“lambança” de Acaz, seu pai (2 Cr 28.20). Ler a história deste rei é aprender que nada
nesta vida tem caráter definitivo ou determinante. Debaixo da graça de Deus,
podemos escrever ou reescrever a história de nossa vida, a partir de tragédias
pessoais, morais e espirituais com as quais possamos estar envolvidos.
O que Ezequias promoveu em Judá foi uma grande reforma política, moral e
religiosa. Sem dúvida, a reforma religiosa foi fundamental para que as demais
reformas acontecessem (2 Cr 30.1-27). A razão para isto é que tudo em nossa vida
funciona corretamente apenas a partir de um relacionamento correto com Deus. Por
isso, Ezequias decidiu firmemente assumir uma aliança com Deus (2 Cr 29.5-11).
Mas, algo sobreveio sobre Ezequias e Judá. Senaqueribe intentou em dominar o
reino (2 Rs 18.10-35). Num primeiro momento, Ezequias submeteu-se à Senaqueribe
(2 Rs 18.14-16). Porém, ele se lembrou do Deus no qual estava fundamentada a sua fé
e chamou todo o povo a confiar no braço do Senhor, que ajuda o seu povo e guerreia
as suas guerras (2 Cr 32.8). A partir desta confiança, Ezequias e o seu povo reagiu
contra a assolação e contra as afrontas de seus inimigos. Eles taparam as fontes fora
da cidade, restauraram os muros e suas torres, fizeram armas e escudos em
abundância (2 Cr 32.2-5).
A fé cristã é objetiva. Ela não é um salto no escuro. Como Paulo expressou: “eu
sei em quem tenho crido” (2 Tm 1.12 cf. Hb 11.6). Porém, em nossos dias, alguns
cristãos têm transformado o cristianismo numa fé mística, subjetiva e sobrenaturalista.
Aguardam de maneira não-bíblica o agir de Deus. Agir como reação à ação de Deus é
uma atitude prática do cristianismo (cf. Gn12.1-3; Lc 5.5). A ação humana faz parte do
seu reconhecimento de que Deus de antemão já se agrada do que fazemos, dentro dos
limites estabelecidos por Ele em sua aliança (cf. Ec 9.7,8).
Minha oração é que Deus nos dê a graça de sermos um povo consciente de seu
poder, mas também capazes de agir em consonância com a sua vontade. Que sempre
entendamos que o Senhor é aquele que age e que nos chama a cooperarmos com Ele
naquilo que está fazendo no mundo.

Gladston

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