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As estratégias de Deus
para vencermos o mal
Atualizado: Terça-feira, 27 Outubro de 2009 as 12
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"Depois destas coisas e destes atos de fidelidade, veio Senaqueribe, rei da Assíria e
entrando em Judá, acampou-se contra as cidades fortes, a fim de apoderar-se delas.
Quando Ezequias viu que Senaqueribe tinha vindo com o propósito de guerrear contra
Jerusalém, teve conselho com os seus príncipes e os seus poderosos, para que se
tapassem as fontes das águas que havia fora da cidade; e eles o ajudaram.
Ezequias, cobrando o ânimo, edificou todo o muro que estava demolido, levantando
torres sobre ele, fez outro muro por fora, fortificou a Milo na cidade de Davi e fez
armas e escudos em abundância" (2 Cr 32: 1, 2, 3 , 5).
Há momentos em nossas vidas que tudo parece calmo; as coisas fluem com certa
naturalidade. Estamos bem com Deus e com nosso compromisso com o Seu Reino.
Somos fiéis nos dízimos, não deixamos de ir à Casa do Senhor. Até que... nos vemos
cercados por problemas e tribulações inesperadas que nos deixam paralisados, sem
saber como reagirmos; justamente por estarmos tão confiantes que não nos damos conta
que o nosso adversário não dorme.
"E assim fez Ezequias em todo o Judá; e fez o que era bom, reto e verdadeiro perante
o Senhor, seu Deus. E em toda obra que começou no serviço da Casa de Deus, e na
lei, e nos mandamentos, para buscar o seu Deus, com todo o seu coração o fez e
prosperou" ( 2 Cr 31: 20, 21).
Já ouvi diversos pregadores dizerem que se um crente não enfrenta problema algum,
sempre está tudo bem, tudo flui, é amado por todos, então é aí que está havendo
problema. Segundo eles, esse crente não estaria representando ameaça alguma para o
Reino de Satanás.
Quando Ezequias percebeu que Senaqueribe estava avançando com suas tropas, foi
reunir-se com o conselho de príncipes para traçar um plano estratégico, a fim de barrar a
invasão do inimigo. Decidiram, então, cortar algo que o inimigo pudesse usar para se
fortificar: taparam as fontes das águas. Dessa forma, o inimigo seria enfraquecido.
Da mesma forma, em nossas lutas, precisamos estar atentos a fim de identificar algo que
esteja dando força ao nosso adversário, e cortarmos, ou seja, taparmos as brechas.
Na guerra espiritual usamos armas espirituais que são invisíveis, mas poderosas.
"Porque sas armas da nossa milícia não são carnais [físicas], mas, sim, poderosas em
Deus, para destruição das fortalezas;" ( 2 Co 10: 4).
Deus nos deu armas poderosas para serem usadas nas guerras espirituais; e muitos de
nós agimos como se estivéssemos entregues a própria sorte; quando não é verdade.
"Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o
nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na
terra, e debaixo da terra;" (Fl 2: 9, 10).
O Senhor Jesus disse: "E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu Nome
expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes, e se beberem
alguma coisa mortífera, não lhes causará dano algum; imporão as mãos sobre os
enfermos e os curarão" (Mc 16: 17, 18).
Essa arma poderosa já seria suficiente, mas Ele nos deu muito mais:
"E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela Palavra do seu testemunho; e não
amaram a sua vida até a morte" (Ap 12: 11).
Tanto o Nome de Jesus, quanto o Seu Sangue, devem ser usados para enfrentarmos o
mal. Eles já são garantia de vitória. Da mesma forma, precisamos conhecer Sua Palavra,
Suas promessas, e as apresentá-las em oração, e assim, contar com os anjos do Senhor
para agirem em nosso favor.
"Bendizei ao Senhor, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens,
obedecendo a voz da sua Palavra" (Sl 103: 20).
O povo de Deus tem de ser forte, destemido, pois, afinal, Jesus já venceu o diabo e
destruiu todas as obras dele: "Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as
obras do diabo" (1 Jo 3: 8 b). Contudo, infelizmente, não é o que se vê ante as investidas
do inimigo. Para muita gente, a fé é maravilhosa, até surgirem os problemas.
Com certeza o Senhor peleja pelo seu povo, mas há coisas que seus filhos precisam
fazer para que a mão de Deus opere em seu favor.Muitas vezes o inimigo nos ataca por
não estarmos atentos, ou termos deixado "brechas espirituais" abertas, possibilitando
assim sua investida.
Vemos, pelo texto citado de 2 Cr 32: 5, 6 que o rei Ezequias tomou algumas decisões
que foram fundamentais para vencer seus inimigos:
1. Ele se fortificou: Além de Ezequias tomar decisões no campo físico, ele se fortaleceu
em Deus. Ele sabia em quem depositava sua confiança. Assim como disse o salmista
Davi acerca do Senhor dos Exércitos: "Com ele, a minha mão ficará firme, e o meu
braço o fortalecerá" ( Sl 89: 21).
2. Edificou todo muro quebrado: Os muros têm a função de proteção contra os ataques
externos. Muros rachados, com brechas, são acesso fácil para a entrada de toda a sorte
de invasores.
3. Edificou as torres: A função das torres nas fortalezas são de vigilância. Ali as
sentinelas montam guarda para identificar todo possível ataque do adversário. Jesus
disse: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade o espírito está pronto,
mas a carne é fraca" (Mt 26: 41). Observe que a advertência é para que primeiramente
vigiemos, tomemos conta do ambiente e de nós mesmos. Nada adianta ficarmos orando,
e vivermos displicentemente, como se fossemos imunes a todo tipo de ataque do mal.
4. Levantou outro muro para fora; Além dos muros principais, Ezequias levantou
outros muros em redor da cidade para que esta se tornasse intransponível. O Senhor
Jeová fez a mesma promessa ao povo de Judá, se estes permanecessem fiéis e confiantes
Nele: "Naquele dia se entoará este cântico na terra de Judá: Uma forte cidade temos, a
quem Deus pôs a salvação por muros e antemuros"( Is 26: 1).
6. Pôs oficiais de guerra sobre o povo: Um exército sem comandantes capacitados não
terá condições de vencer, nem o mais fraco adversário. Nem o soldado mais capacitado
saberá tomar as melhores decisões sozinho. Hoje o crente conta com a capacitação do
Espírito Santo, Ensinador de Justiça (Jl 2: 23), que o instrui sobre as decisões que
deverão ser tomadas para alcançarmos a vitória.
Existem algumas atitudes que devemos tomar, no campo prático, para que tenhamos
êxito sobre os problemas ou tribulações: Não amolecer o nosso coração: Se alguém
deixar o seu coração amolecer, sua força será insignificante: "Se te mostrares frouxo no
dia da angústia, a tua força será pequena" (Pv 24: 10). O inimigo adora a pessoa que
concorda com os sentidos e confessa o que, aparentemente, é.Temos de confessar
somente o que o nosso Deus diz ao nosso respeito. Se você não tem o que dizer, não
diga o que não deve.
Não temer: Quem deixa o medo entrar em sua vida treme. Ao tremer, a pessoa abre a
porta para o adversário, o qual não entra para fazer uma "visita?, ou apenas para
assustar, mas para "matar, roubar e destruir" (Jo 10: 10).
Não se aterrorizar: Não é bom deixar o terror dominar o coração. Vindo o terror, ou
qualquer seta inflamada do diabo, a melhor maneira de se livrar do mal é vigiar para que
ele não entre em seu coração (1 Ts 5: 22). Se o mal persistir, ore (Cl 4: 2). Na verdade,
nada que pertence ao diabo deve ser permitido em nossa vida. Quem deixa um desejo
errado, uma paixão, um pensamento mal se alojar em seu interior, coloca-se nas mãos
do diabo para cair em tentação e ter sua vida destruída por ele.
Após preparar-se para enfrentar os inimigos, Ezequias deu uma palavra de estímulo ao
povo, incentivando-o a confiar no Senhor dos Exércitos:
"Esforçai-vos e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis por causa do rei da
Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele, porque há um maior
conosco do que com ele. Com ele está o braço de carne, mas conosco, o Senhor, nosso
Deus, para nos ajudar e para guerrear nossas guerras. E o povo descansou nas
palavras de Ezequias, rei de Judá" ( 2 Cr 32: 7, 8).
Somente a certeza de que o próprio Senhor é quem guerreia nossas guerras já seria o
bastante para nós. Ele nos capacita, nos dá estratégias, nos equipa com as armas
espirituais necessárias, mas também nos promete pelejar em nosso favor (Ex 14: 14).
Equipados com as armas espirituais que o próprio Senhor nos colocou a disposição e,
sabendo que Ele próprio guerreará nossas guerras não precisamos temer as investidas do
inimigo, pois ele já é um perdedor com o destino traçado.
"E o Deus de paz esmagará em breve a Satanás debaixo dos nossos pés" (Rm 16: 20
a).
Mônica Valentim