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Esboços

As garantias no teu chamado!


“(27) O que vos digo em trevas dizei-o em luz; e o que escutais ao ouvido pregai-o sobre os telhados. (28) E não
temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no
inferno a alma e o corpo.” Mateus 10.

O texto que lemos nos convida não apenas a pregar o evangelho que por Cristo nos foi anunciado, mas a vivê-lo,
anunciando-o sem temor das represálias que, por certo e garantido por nosso Senhor, virão.

Quando Cristo nos envia a pregar o evangelho de arrependimento e salvação, ele nos envia a uma árdua e difícil
missão, e precisamos compreender bem isso, pois esse comissionamento, nos dá garantias firmes de que não
estaremos sós. Podemos listar ao menos três firmes promessas que nos acompanharão na jornada:

1. Teremos o seu poder:

“(19) Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano
algum.” Lucas 10.

2. Ele estará conosco:

“(10) Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo,
e te sustento com a destra da minha justiça.” Isaías 41.

3. Ele nos capacita, nos dá autoridade e ainda nos ensina o que falar:

“(7) Mas o Senhor me disse: Não digas: Eu sou um menino; porque a todos a quem eu te enviar, irás; e tudo
quanto te mandar, falarás. (8) Não temas diante deles; porque estou contigo para te livrar, diz o Senhor. (9) E
estendeu o Senhor a sua mão, e tocou-me na boca; e disse-me o Senhor: Eis que ponho as minhas palavras na
tua boca; (10) Olha, ponho-te neste dia sobre as nações, e sobre os reinos, para arrancares, e para derrubares,
e para destruíres, e para arruinares; e também para edificares e para plantares.” Jeremias 1.

“(19) Mas, quando vos entregarem, não vos dê cuidado como, ou o que haveis de falar, porque naquela mesma
hora vos será ministrado o que haveis de dizer. (20) Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso
Pai é que fala em vós.” Mateus 10.

Portanto, toda a preocupação que se levante por causa desse chamado de Cristo, que te comissionou a pregar e viver o
evangelho, será abafada por suas garantias. O que vai comer, vestir, calçar, como vai ficar sua segurança, integridade,
família, saúde e recursos… Tudo é garantido e assegurado por quem te chamou. E, se Ele te chama, Ele garante e se
responsabiliza.

E, sobre este chamado, a missão é anunciar o Evangelho, “quer ouçam ou deixem de ouvir” (Ezequiel 2.5) saberão que
esteve entre eles um servo de Deus, um crente em Cristo Jesus, um homem e uma mulher que davam testemunho de
sua fé.

“(16) Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele
que crê…” Romanos 1.

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O Evangelho “é o poder de Deus” manifesto a humanidade caída, corrompida, pecadora e que está a caminho do
inferno. E esse poder de Deus é manifesto quando Ele revela a si mesmo em carne (João 1.14), em forma humana,
vindo para salvar e livrar da ira de Deus (Romanos 1.18) a todo aquele que crê voluntariamente (João 3.16).

Todos somos convidados a crê no Evangelho de Cristo Jesus. Porém, se alguns não acreditam ou simplesmente
desprezam a pregação de arrependimento e salvação, isso não anula e nem invalida a futura realidade, tanto do céu
quanto no inferno.

O tempo, a misericórdia e a fé!


“(1) Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.” Eclesiastes 3.

Somos amantes do imediatismo, exigentes do “agora!”, entusiastas do “Já!”, mas esquecemos que todas as coisas
passam por processos para que estejam prontas à sua finalidade. Estar ansioso por algo, na expectativa de que alguma
coisa aconteça, é normal; agora, querer que esse algo venha acontecer fora do tempo, já não é normal.

Abraão, na ânsia de ser pai e gerar descendência, gerou um filho que não era o da promessa. Davi ignorou o tempo em
que os reis iam à guerra e pecou. Jonas queria que Deus destruísse Nínive de imediato após sua pregação, e ignorou
que o tempo de Deus foi necessário para que toda a cidade se arrependesse. Paulo planejava ir em missão, mas o
Espírito o impedia de ir, o levando apenas no tempo adequado. José tinha promessas que só se cumpriram em tempos
angustiosos e de provação, e muito provavelmente não era o que ele desejava. Pedro só se converteu após a
ressurreição e ascensão de Cristo, o que não aconteceu quando Ele ainda estava entre os seus discípulos.

O tempo é uma forja santa de Deus para o caráter do homem. Não devemos ignorá-lo, nem muito menos nos esquivar
para longe, como se de alguma maneira o pudéssemos evitar. O tempo faz parte de todo o processo, portanto, é
preciso vivê-lo na íntegra, do começo ao fim.

Devemos está prontos para tudo em relação a ele. Queremos o bem, mas o mal também é certo. Queremos a vida,
mas a morte é uma realidade irrefutável. Queremos saúde, mas certamente, em algum momento, iremos adoecer,
sentir dor e sofrer males. Queremos somente a felicidade, mas jamais podemos ignorar que a tristeza, a angústia, a
solidão, a dor e a mágoa também fazem parte dos processos de nossa mera existência. Pode até parecer contraditório,
mas tudo isso contribuem juntamente para o bem dos que amam e servem a Deus (Romanos 8.28).

Como, pois, falar do tempo sem mencionar e refletir sobre as misericórdias de Deus? Como disse o reverendo
Hernandes Dias Lopes, “misericórdia é lançar o coração na miséria do outro e estar pronto em qualquer tempo para
aliviar sua dor.” É de todos os que leem as Escrituras o que diz em Lamentações 3.22-23, “as misericórdias do Senhor
são a causa de não sermos consumidos… novas são cada manhã”. Da mesma forma o que fala em Hebreus 11.1, “a fé
é o firme fundamento das coisas que esperam, e a prova das coisas que não se veem.”

Agora, veja como Deus é profundamente e terrivelmente misericordioso ao nos fazer uma promessa, tanto o tempo
quanto a fé estão intimamente ligados e evidenciam a sua misericórdia.

Deus expõe os limites da nossa fé toda vez que nos promete alguma coisa, foi assim com Abrão e Sarai (Gênesis
17.1-22) e vários outros personagens bíblicos. E nos leva a degraus mais altos que o limite de simplesmente
acreditarmos que Ele tudo pode, ou seja, não é o propósito divino nos fazer apenas crer que nosso Deus possa todas as
coisas, sabemos que pode, mas seu propósito é nos levar mais alto, muito mais além. É preciso entender que a fé em
Deus (não apenas no sentido de crer em Deus, mas principalmente de ser fiel a Ele) é ainda mais consolidada, quando
você compreende que o descansar em suas promessas se dá na severa prova de lutar diariamente contra a
incredulidade.

A esperança de um crente em Cristo Jesus não deve descansar em qualquer possibilidade que ele tenha de fazer
alguma coisa, mas seu descanso e aio da fé está unicamente em Deus.

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