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O texto que lemos nos convida não apenas a pregar o evangelho que por Cristo nos foi anunciado, mas a vivê-lo,
anunciando-o sem temor das represálias que, por certo e garantido por nosso Senhor, virão.
Quando Cristo nos envia a pregar o evangelho de arrependimento e salvação, ele nos envia a uma árdua e difícil
missão, e precisamos compreender bem isso, pois esse comissionamento, nos dá garantias firmes de que não
estaremos sós. Podemos listar ao menos três firmes promessas que nos acompanharão na jornada:
“(19) Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano
algum.” Lucas 10.
“(10) Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo,
e te sustento com a destra da minha justiça.” Isaías 41.
3. Ele nos capacita, nos dá autoridade e ainda nos ensina o que falar:
“(7) Mas o Senhor me disse: Não digas: Eu sou um menino; porque a todos a quem eu te enviar, irás; e tudo
quanto te mandar, falarás. (8) Não temas diante deles; porque estou contigo para te livrar, diz o Senhor. (9) E
estendeu o Senhor a sua mão, e tocou-me na boca; e disse-me o Senhor: Eis que ponho as minhas palavras na
tua boca; (10) Olha, ponho-te neste dia sobre as nações, e sobre os reinos, para arrancares, e para derrubares,
e para destruíres, e para arruinares; e também para edificares e para plantares.” Jeremias 1.
“(19) Mas, quando vos entregarem, não vos dê cuidado como, ou o que haveis de falar, porque naquela mesma
hora vos será ministrado o que haveis de dizer. (20) Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso
Pai é que fala em vós.” Mateus 10.
Portanto, toda a preocupação que se levante por causa desse chamado de Cristo, que te comissionou a pregar e viver o
evangelho, será abafada por suas garantias. O que vai comer, vestir, calçar, como vai ficar sua segurança, integridade,
família, saúde e recursos… Tudo é garantido e assegurado por quem te chamou. E, se Ele te chama, Ele garante e se
responsabiliza.
E, sobre este chamado, a missão é anunciar o Evangelho, “quer ouçam ou deixem de ouvir” (Ezequiel 2.5) saberão que
esteve entre eles um servo de Deus, um crente em Cristo Jesus, um homem e uma mulher que davam testemunho de
sua fé.
“(16) Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele
que crê…” Romanos 1.
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O Evangelho “é o poder de Deus” manifesto a humanidade caída, corrompida, pecadora e que está a caminho do
inferno. E esse poder de Deus é manifesto quando Ele revela a si mesmo em carne (João 1.14), em forma humana,
vindo para salvar e livrar da ira de Deus (Romanos 1.18) a todo aquele que crê voluntariamente (João 3.16).
Todos somos convidados a crê no Evangelho de Cristo Jesus. Porém, se alguns não acreditam ou simplesmente
desprezam a pregação de arrependimento e salvação, isso não anula e nem invalida a futura realidade, tanto do céu
quanto no inferno.
Somos amantes do imediatismo, exigentes do “agora!”, entusiastas do “Já!”, mas esquecemos que todas as coisas
passam por processos para que estejam prontas à sua finalidade. Estar ansioso por algo, na expectativa de que alguma
coisa aconteça, é normal; agora, querer que esse algo venha acontecer fora do tempo, já não é normal.
Abraão, na ânsia de ser pai e gerar descendência, gerou um filho que não era o da promessa. Davi ignorou o tempo em
que os reis iam à guerra e pecou. Jonas queria que Deus destruísse Nínive de imediato após sua pregação, e ignorou
que o tempo de Deus foi necessário para que toda a cidade se arrependesse. Paulo planejava ir em missão, mas o
Espírito o impedia de ir, o levando apenas no tempo adequado. José tinha promessas que só se cumpriram em tempos
angustiosos e de provação, e muito provavelmente não era o que ele desejava. Pedro só se converteu após a
ressurreição e ascensão de Cristo, o que não aconteceu quando Ele ainda estava entre os seus discípulos.
O tempo é uma forja santa de Deus para o caráter do homem. Não devemos ignorá-lo, nem muito menos nos esquivar
para longe, como se de alguma maneira o pudéssemos evitar. O tempo faz parte de todo o processo, portanto, é
preciso vivê-lo na íntegra, do começo ao fim.
Devemos está prontos para tudo em relação a ele. Queremos o bem, mas o mal também é certo. Queremos a vida,
mas a morte é uma realidade irrefutável. Queremos saúde, mas certamente, em algum momento, iremos adoecer,
sentir dor e sofrer males. Queremos somente a felicidade, mas jamais podemos ignorar que a tristeza, a angústia, a
solidão, a dor e a mágoa também fazem parte dos processos de nossa mera existência. Pode até parecer contraditório,
mas tudo isso contribuem juntamente para o bem dos que amam e servem a Deus (Romanos 8.28).
Como, pois, falar do tempo sem mencionar e refletir sobre as misericórdias de Deus? Como disse o reverendo
Hernandes Dias Lopes, “misericórdia é lançar o coração na miséria do outro e estar pronto em qualquer tempo para
aliviar sua dor.” É de todos os que leem as Escrituras o que diz em Lamentações 3.22-23, “as misericórdias do Senhor
são a causa de não sermos consumidos… novas são cada manhã”. Da mesma forma o que fala em Hebreus 11.1, “a fé
é o firme fundamento das coisas que esperam, e a prova das coisas que não se veem.”
Agora, veja como Deus é profundamente e terrivelmente misericordioso ao nos fazer uma promessa, tanto o tempo
quanto a fé estão intimamente ligados e evidenciam a sua misericórdia.
Deus expõe os limites da nossa fé toda vez que nos promete alguma coisa, foi assim com Abrão e Sarai (Gênesis
17.1-22) e vários outros personagens bíblicos. E nos leva a degraus mais altos que o limite de simplesmente
acreditarmos que Ele tudo pode, ou seja, não é o propósito divino nos fazer apenas crer que nosso Deus possa todas as
coisas, sabemos que pode, mas seu propósito é nos levar mais alto, muito mais além. É preciso entender que a fé em
Deus (não apenas no sentido de crer em Deus, mas principalmente de ser fiel a Ele) é ainda mais consolidada, quando
você compreende que o descansar em suas promessas se dá na severa prova de lutar diariamente contra a
incredulidade.
A esperança de um crente em Cristo Jesus não deve descansar em qualquer possibilidade que ele tenha de fazer
alguma coisa, mas seu descanso e aio da fé está unicamente em Deus.
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