Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
10.37885/210504587
RESUMO
149
Ciência e Tecnologia de Alimentos: pesquisa e práticas contemporâneas
INTRODUÇÃO
Além da origem natural, a cafeína também pode ser fabricada sinteticamente para
uso como aditivo alimentar, em suplementos dietéticos e em formulações farmacêuticas
(TURNBULL et al., 2017) como um dos princípios ativos de analgésicos e relaxantes muscular
(CLAUSEN et al., 2015). A cafeína é utilizada na indústria alimentícia como agente aroma-
tizante para agregar sabor e odor, principalmente em refrigerantes de cola (REYES et al.,
2015). Também é ingrediente de bebidas energéticas (FALKE e DEGROSSI, 2015). As be-
bidas denominadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) como “com-
posto líquido pronto para consumo” são fiscalizadas, dentre outros fatores, quanto ao teor
de cafeína, o qual não deve ultrapassar 350 mg L–1 (BRASIL, 1998).
Cerca de 80% da população ingere cafeína diariamente e o consumo é observado en-
tre pessoas de todas as faixas etárias (MARIA e GOMIDE, 2019). A cafeína é considerada
a substância psicoativa mais consumida em todo mundo e os motivos para esse consumo
podem ser diversos, dentre eles destaca-se a procura pelo seu efeito estimulante no sis-
tema nervoso central, a fim de aumentar o estado de alerta, reduzir a fadiga e aumentar a
capacidade de realizar determinadas tarefas (GUERRA, BERNARDO e GUTIÉRREZ, 2000).
A cafeína apresenta atividades antioxidante (MARIA e GOMIDE, 2019), anti-inflamatória
e diurética (PUBCHEM, 2021) e seu consumo pode ter efeitos benéficos, como na estimu-
lação do sistema nervoso e um efeito preventivo contra algumas doenças, como diabetes e
150
Ciência e Tecnologia de Alimentos: pesquisa e práticas contemporâneas
Parkinson. Em contrapartida, o consumo excessivo (mais de 600 mg por dia) pode causar
reações adversas como ansiedade, irritabilidade, insônia, dor de cabeça (REYES et al.,
2015), arritmia, taquicardia, doenças cardiovasculares (TURNBULL et al., 2017), aumento
da pressão arterial, problemas gastrointestinais e, no caso de gestantes, a possibilidade de
parto prematuro (SOUZA e SICHIERI, 2005), além de potenciais citotóxicos, genotóxicos e
mutagênicos (MARIA e GOMIDE, 2019).
Devido ao crescente consumo dietético de cafeína, naturalmente presente em alimentos
e sinteticamente adicionada a grande variedade de alimentos, além do uso em produtos não
alimentares, aumentou a necessidade de inspeção pelas autoridades de saúde e órgãos
reguladores (TEMPLE et al., 2017). Para a quantificação de cafeína em alimentos podem
ser aplicados vários métodos analíticos. Para a análise da cafeína em alimentos a primeira
etapa necessária é a extração e esta etapa tem grande influência não apenas em termos
analíticos, quanto ao rendimento e reprodutibilidade, como também tem impactos ambientais
no que diz respeito à geração de resíduos. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo
apresentar uma revisão crítica sobre métodos de extração de cafeína em alimentos e bebi-
das, com destaque às técnicas de extração verde.
DESENVOLVIMENTO
Para a análise da cafeína é necessária uma etapa prévia de extração. Para a extra-
ção de cafeína em alimentos e bebidas são amplamente empregados métodos de extração
sólido-líquido e líquido-líquido que utilizam solventes orgânicos tóxicos, como clorofórmio
(INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 2008; DEMİR, SERDAR e SÖKMEN, 2015; NEVES e CALDAS,
2017; MIŁEK, MŁODECKI e DŻUGAN, 2021) e diclorometano (SCHNEIDER e HOEHNE,
2014; TORRES et al., 2015; GEBEYEHU e BIKILA, 2015; DEMISSIE, WOYESSA e ABEBE,
2016). Apesar da facilidade e eficiência de extração de cafeína, esses métodos requerem lon-
gos períodos de extração e grande consumo de solventes e energia (SERDAR et al., 2016).
151
Ciência e Tecnologia de Alimentos: pesquisa e práticas contemporâneas
O tratamento da amostra é considerado a etapa de análise mais poluente, em virtude
do frequente uso de solventes orgânicos (TOBISZEWSKI et al., 2009), cujo uso representa
riscos ao analista e pode de causar um grande impacto ao meio ambiente, pois a maioria
deles são prejudiciais para o ser humano e o meio ambiente (ARMENTA et al., 2019). Quando
os solventes orgânicos são descartados incorretamente, podem levar a danos para flora e
fauna, liberação de gases poluentes, contaminação de águas, redução da fertilidade do solo
e contaminação de alimentos (AMBSCIENCE, 2021).
Uma alternativa para minimizar os impactos ambientais relacionados a etapa de extra-
ção passa pela redução do consumo de solventes é a substituição dos solventes orgânicos
pelos chamados solventes verdes, de baixa toxicidade (BRENELLI, 2003). Do ponto de vista
da química verde, a extração assistida por ultrassom, a extração assistida por micro-ondas
e a extração com fluido supercrítico se destacam entre as técnicas de extração de alta
eficiência com consumo reduzido de energia e de solvente, com consequente redução na
geração de resíduos (ARMENTA et al., 2019). Para substituir os solventes convencionais
surgem como alternativa os solventes eutéticos profundos (PACHECO-FERNÁNDEZ e PINO,
2019) e os líquidos iônicos (RYKOWSKA, ZIEMBLINSKA e NOWAK, 2018), extratores que
se destacam pela versatilidade.
A extração supercrítica utilizando dióxido de carbono tem sido apresentada como uma
alternativa verde por ser uma técnica limpa e que apresenta alta seletividade, permitindo
uma fácil separação do soluto e do solvente apenas por redução na pressão e aumento da
temperatura. Com esta técnica de extração é possível reduzir significativamente a produção
de resíduos químicos, a depender das condições de pressão e temperatura utilizadas no
processo (AZEVEDO, 2004).
Os processos que envolvem fluidos supercríticos são fundamentados na exploração
das propriedades do fluido e do seu ponto crítico, em que tal irá possuir a densidade de um
153
Ciência e Tecnologia de Alimentos: pesquisa e práticas contemporâneas
líquido, porém, com a compressibilidade de um gás (CARRILHO, TAVARES e LANÇAS,
2001), de modo que a interação com o analito é mais rápida e eficiente.
Os fluidos supercríticos têm grande vantagem quando comparado com solventes lí-
quidos tradicionais, que variam a densidade apenas na presença de outro solvente ou por
alterações muito grandes na temperatura. Por apresentar uma pressão crítica moderada e
uma baixa temperatura crítica, o dióxido de carbono é uma das substâncias mais utilizadas
como solvente em processos de extração supercrítica (AZEVEDO et al., 2008).
A técnica de extração com fluído supercrítico empregando dióxido de carbono super-
crítico foi aplicado para a extração de cafeína de sementes de guaraná (SANTANA et al.,
2019) e de chá verde (BERMEJO et al., 2016; SÖKMEN, DEMIR e ALOMAR, 2018). Em es-
tudo com café verde moído, Saldanã (1997) relatou que a solubilidade da cafeína no CO2
supercrítico aumenta com o aumento da pressão e diminui com o aumento da temperatura
(para pressões inferiores a 19 MPa).
Solventes eutéticos profundos são uma mistura de compostos químicos que possuem
um ponto de fusão inferior comparado ao de seus compostos puros. Geralmente esses sol-
ventes são formados por um sal orgânico que atua como receptor de hidrogênio e por um
composto orgânico que atua como doador de hidrogênio (WANG et al., 2015). Os solventes
eutéticos profundos têm sido alvo de pesquisas e investigações para serem utilizados como
um novo tipo de solvente dispersivo ou extrator em diversos métodos de extração e, quando
comparados a solventes convencionais, não são tóxicos para o meio ambiente, além de
serem renováveis, biodegradáveis e de fácil síntese (SHISHOV et al., 2018).
Os solventes eutéticos podem ser hidrofóbicos, ou seja, não possuírem afinidade com
água, e hidrofílicos, isto é, possuírem afinidade com água. Muitos solventes eutéticos hi-
drofílicos frequentemente possuem uma grande quantidade de água, que, por vezes, é
até considerada como um terceiro componente (NUNES, 2019). Enquanto os solventes
hidrofílicos possuem uma limitação quanto ao uso em aplicações sensíveis à água e são
mais indicados em amostras a base de óleo, os solventes hidrofóbicos não possuem essa
limitação, tornando-se vantajoso utilizá-los.
Atualmente, o uso de solventes eutéticos profundos em extração de compostos fenó-
licos em alimentos vem crescendo consideravelmente. De acordo com Barbieri (2018), foi
comprovado que esses solventes possuem uma grande potência de extração, e os solven-
tes eutéticos profundos com características ácidas, como CAOH (cloreto de colina: água:
ácido oxálico) e CALH (cloreto de colina: água: ácido lático), apresentam rendimentos de
extração superiores ao obtido com o etanol puro como solvente, o que pode ser explicado
154
Ciência e Tecnologia de Alimentos: pesquisa e práticas contemporâneas
devido às interações por ligações de hidrogênio entre as moléculas dos solventes e os
compostos fenólicos.
Ahmad et al. (2018) propuseram um método de extração verde simples, rápido e barato
para a extração de cafeína de sementes de café, empregando um solvente eutético natural,
composto por ácido cítrico e glicose na proporção 5:1, na extração assistida por ultrassom.
Syakfanaya, Saputri e Mun’im (2019) também utilizaram solvente eutético natural para a
extração de cafeína de sementes de café, empregando betaína e sorbitol na proporção 1:1,2
na extração assistida por ultrassom.
Líquidos iônicos
Outro tipo de solvente considerado verde são os líquidos iônicos. O primeiro líquido
iônico, nitrato de etilamônio, que possui um ponto de fusão de 12 ºC, foi sintetizado pela
primeira vez em 1914, quando o químico russo Paul Walden estava testando novos explo-
sivos para a utilização no lugar da nitroglicerina (WALDEN, 1914 apud DÖRR, 2012). Foi
apenas nos últimos anos, com o surgimento de líquidos iônicos mais estáveis em água, que
as pesquisas voltadas para a síntese de novos líquidos iônicos e suas possíveis aplicações
tiveram um aumento considerável (PLECHKOVA e SEDDON, 2008).
Os líquidos iônicos pertencem a um grupo diversificado de sais que apresentam em
comum a temperatura de fusão abaixo de 100 ºC, devido à baixa densidade de carga e
baixa simetria entre os íons (PASSOS, FREIRE e COUTINHO, 2014). Em geral, os líquidos
iônicos possuem baixo ponto de fusão, alta estabilidade térmica e baixa pressão de vapor
(AN et al., 2017).
Os líquidos iônicos geralmente são formados por um cátion orgânico e um ânion or-
gânico ou inorgânico, viabilizando inúmeras possibilidades de ligações entre esses íons e
tais possibilidades são essenciais para o ajuste das propriedades do líquido iônico, como
capacidade de biodegradação, propriedades toxicológicas, hidrofobicidade, entre outras
(PASSOS, FREIRE e COUTINHO, 2014). Devido à estrutura e carga dos líquidos iônicos,
que possuem um ânion ou um cátion hidrofílico e uma ou mais “caudas” hidrofóbicas, alguns
pesquisadores consideram que a estrutura destes se assemelha à dos surfactantes. Tais
propriedades podem acarretar na formação de micelas, encontradas em alguns líquidos
iônicos (JUNGNICKEL et al., 2008).
Freire et al. (2010) evidenciaram a eficiência de sistemas bifásicos aquosos com líqui-
dos iônicos na extração completa de alcaloides, a exemplo da cafeína, em uma única etapa
de extração. Cláudio et al. (2013) relataram a extração de cafeína de sementes de guaraná
usando soluções aquosas de líquidos iônicos. Apesar das inúmeras vantagens, a principal
155
Ciência e Tecnologia de Alimentos: pesquisa e práticas contemporâneas
desvantagem que limita o uso dos solventes iônicos é relacionada ao alto preço quando se
trata de purificá-los em larga escala (PHAM, CHO e YUN, 2010).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1. Métodos de extração e solventes utilizados na determinação do teor de cafeína em diferentes amostras
CONSIDERAÇÕES FINAIS
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
1. AHMAD, I.; PERTIWI, A.S.; KEMBAREN, Y.H.; RAHMAN, A.; MUN’IM, A. Application of natural
deep eutectic solvent-based ultrasonic assisted extraction of total polyphenolic and caffeine
content from Coffe Beans (Coffea Beans L.) for instant food products. Journal of Applied Phar-
maceutical Science, v. 8, p. 138-143, 2018.
2. AMBSCIENCE ENGENHARIA. Saiba como os solventes podem ser uma fonte de contaminação.
Disponível em: https://ambscience.com/solventes-contaminacao/. Acessado em 17/04/2021.
3. AN, J.; TRUJILLO-RODRÍGUEZ, M.J.; PINO, V.; ANDERSON, J.L. Non-conventional solvents
in liquid phase microextraction and aqueous biphasic systems. Journal of Chromatography A,
v. 1500, p. 1-23, 2017.
6. AZEVEDO, A. B. A.; KIECKBUSH, T.G.; TASHIMA, A.K.; MOHAMED, R.S.; MAZZAFERA, P.;
MELO, S.A.B.V. Extraction of green coffee oil using supercritical carbon dioxide. The Journal
of Supercritical Fluids, v. 44, n. 2, p. 186-192, 2008.
157
Ciência e Tecnologia de Alimentos: pesquisa e práticas contemporâneas
9. BERMEJO, D.V.; IBÁÑEZ, E.; REGLERO, G.; FORNARI, T. Effect of cosolvents (ethyl lactate,
ethyl acetate and ethanol) on the supercritical CO2 extraction of caffeine from green tea. The
Journal of Supercritical Fluids, v. 107, p. 507-512, 2016.
10. BINDES, M.M.M.; REIS, M.H.M.; CARDOSO, V.L.; BOFFITO, D.C. Ultrasound-assisted ex-
traction of bioactive compounds from green tea leaves and clarification with natural coagulants
(chitosan and Moringa oleífera seeds). Ultrasonics – Sonochemistry, v. 51, p. 111-119, 2019.
11. BRASIL, Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância Sanitária. Regulamento Técnico para
COMPOSTO LÍQUIDO PRONTO PARA CONSUMO. Portaria nº 868, de 3 de novembro de
1998. Diário Oficial da União, 1998.
12. BRENELLI, E.C.S. A extração de cafeína em bebidas estimulantes - uma nova abordagem
para um experimento clássico em química orgânica. Química Nova, v. 26, p. 136-138, 2003.
13. CARRILHO, E.; TAVARES, M.C.H.; LANÇAS, F.M. Fluidos supercríticos em química analítica.
I. Cromatografia com fluido supercrítico: Conceitos termodinâmicos. Química Nova, v. 24, n.
4, p. 509-515, 2001.
14. CLÁUDIO, A.F.M.; FERREIRA, A.M.; FREIRE, M.G.; COUTINHO, J.A.P. Enhanced extraction
of caffeine from guaraná seeds using aqueous solutions of ionic liquids. Green Chemistry, v.
15, n. 7, p. 2002-2010, 2013.
15. CLAUSEN, D.N.; OLIVEIRA, F.M.; CASARIN, J.; SARTORI, E.R.; TARLEY, C.R.T. Desenvol-
vimento de método por CLAE para quantificação de orfenadrina, paracetamol e cafeína em
formulações farmacêuticas. Revista Virtual de Química, v. 7, n. 6, p. 2066-2079, 2015.
16. DEMİR, E.; SERDAR, G.; SÖKMEN, M. Comparison of some extraction methods for isolation of
catechins and caffeine from Turkish green tea. International Journal of Secondary Metabolite,
v. 2, n. 2, p. 16-25, 2015.
17. DEMISSIE, E.G.; WOYESSA, G.W.; ABEBE, A. UV/VIS spectrometer determination of Caf-
feine in green coffee beans from Hararghe, Ethiopia, using beer-lambert’s law and integrated
absorption coefficient techniques. Scientific Study and Research: Chemistry and Chemical
Engineering, v. 17, n. 2, p. 109-123, 2016.
18. DÖRR, N. Special Issue on Ionic Liquids as Lubricants. Proceedings of the Institution of Me-
chanical Engineers, Part J: Journal of Engineering Tribology, p. 889-890, 2012.
19. FALKE, S.C.; DEGROSSI, M.C. Bebidas energizantes: características de consumo e ingesta
de cafeína en adultos jóvenes en Argentina. Acta Toxicologica Argentina, v. 23, n. 3, p. 105-
117, 2015.
20. FREIRE, M.G.; NEVES, C.M.S.S.; MARRUCHO, I.M.; LOPES, J.N.C.; REBELO, L.P.N.; COU-
TINHO, J.A.P. High-performance extraction of alkaloids using aqueous two-phase systems with
ionic liquids. Green Chemistry, v. 12, n. 10, p. 1715-1718, 2010.
21. GEBEYEHU, B.T.; BIKILA, S.L. Determination of caffeine content and antioxidant activity of
coffee. American Journal of Applied Chemistry, v. 3, n. 2, p. 69-76, 2015.
24. GUGLIELMETTI, A.; D’IGNOTI, V.; GHIRARDELLO, D.; BELVISO, S.; ZEPPA, G. Optimisa-
tion of ultrasound and microwave-assisted extraction of caffeoylquinic acids and caffeine from
coffee silverskin using response surface methodology. Italian Journal of Food Science, v. 29,
p. 409-423, 2017.
25. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. 4. ed., p.
1020. São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2008.
26. JUNGNICKEL, C.; ŁUCZAK, J.; RANKE, J.; FERNÁNDEZ, J.F.; MÜLLER, A.; THÖMING, J.
Micelle formation of imidazolium ionic liquids in aqueous solution. Colloids and Surfaces A:
Physicochemical and Engineering Aspects, v. 316, n. 1-3, p. 278-284, 2008.
27. KUM-TATT, L. A routine method for determining caffeine in coffee and coffee mixtures. Analyst,
n. 1029, p. 825-828, 1961.
28. MARIA, Y.Y.M.; GOMIDE, L.M.M. cafeína e café: A dualidade entre seus efeitos tóxicos e
antioxidantes. Revista Intersaúde, v. 1, n. 1, p. 73-85, 2019.
29. MIŁEK, M.; MŁODECKI, Ł.; DŻUGAN, M. Caffeine content and antioxidant activity of various
brews of specialty grade coffee. Acta Scientiarum Polonorum Technologia Alimentaria, v. 20,
n. 2, P. 179-188, 2021.
30. NEVES, D.B.J.; CALDAS, E.D. Determination of caffeine and identification of undeclared subs-
tances in dietary supplements and caffeine dietary exposure assessment. Food and Chemical
Toxicology, v. 105, p. 194-202, 2017.
32. PACHECO-FERNANDEZ, I.; PINO, V.; AYALA, J.H.; AFONSO. A.M. Guanidinium ionic liquid-
-based surfactants as low cytotoxic extractants: analytical performance in an in-situ dispersive
liquid-liquid microextraction method for determining personal care products. Journal of Chro-
matography A, v. 1559, p. 102-111, 2018.
33. PAN, X.; NIU, G.; LIU, H. Microwave-assisted extraction of tea polyphenols and tea caffeine
from green tea leaves. Chemical Engineering and Processing: Process Intensification, v. 42,
n. 2, p. 129-133, 2003.
34. PASSOS, H.; FREIRE, M.G.; COUTINHO, J.A.P. Ionic liquid solutions as extractive solvents
for value-added compounds from biomass. Green Chemistry, v. 16, n. 12, p. 4786-4815, 2014.
35. PHAM, T.P.T.; CHO, C.; YUN, Y. Environmental fate and toxicity of ionic liquids: A review.
Water Research, v. 44, n. 2, p. 352-372, 2010.
36. PLECHKOVA, N.V.; SEDDON, K.R. Applications of ionic liquids in the chemical industry. Che-
mical Society Reviews, v. 37, n. 1, p. 123-150, 2008.
159
Ciência e Tecnologia de Alimentos: pesquisa e práticas contemporâneas
38. REYES, A.B.G.; TORRE, A.H.; FERNÁNDEZ, A.J.G.; ARMENDÁRIZ, C.R.; TEJERA, I.F.; GI-
RONÉS, C.R. Cafeína y quinina en bebidas refrescantes; contribución a la ingesta dietética.
Nutrición Hospitalaria, v. 32, n. 6, p. 2880-2886, 2015.
39. RODRIGUES, S.; PINTO, G.A.S. Ultrasound extraction of phenolic compounds from coconut
(Cocos nucifera) shell powder. Journal of Food Engineering, v. 80, n. 3, p. 869-872, 2007.
40. RYKOWSKA, I.; ZIEMBLINSKA, J.; NOWAK, I. Modern approaches in dispersive liquid-liquid
microextraction (DLLME) based on ionic liquids: a review. Journal of Molecular Liquids, v. 259,
p. 319-339, 2018.
41. SALDANÃ, M.D.A. Extração de cafeína, trigonelina e ácido clorogênico dos grãos de café com
CO2 supercrítico. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química). Campinas: Faculdade de
Engenharia Química - UNICAMP, 1997.
42. SANTANA, A.L.; QUEIRÓS, L.D.; MARTÍNEZ, J.; MACEDO, G.A. Pressurized liquid- and su-
percritical fluid extraction of crude and waste seeds of guarana (Paullinia cupana): Obtaining
of bioactive compounds and mathematical modeling. Food and Bioproducts Processing, v.
117, p. 194-202, 2019.
43. SARDARODIYAN, M.; SANI, A.M. Natural antioxidants: sources, extraction and application in
food systems. Nutrition & Food Science, v. 46, n. 3, p. 363-373, 2016.
45. SERDAR, G.; DEMİR, E.; BAYRAK, S.; SÖKMEN, M. New approaches for effective microwave
assisted extraction of caffeine and catechins from green tea. International Journal of Secondary
Metabolite, v. 3, n. 1, p. 3-13, 2016.
46. SHISHOV, A.; VOLODINA, N.; NECHAEVA, D.; GAGARINOVA, S.; BULATOV, A. An automated
homogeneous liquid-liquid microextraction based on deep eutectic solvent for the HPLC-UV
determination of caffeine in beverages. Microchemical Journal, v. 144, p. 460-473, 2018.
47. SÖKMEN, M.; DEMIR, E.; ALOMAR, S.Y. Optimization of sequential supercritical fluid extraction
(SFE) of caffeine and catechins from green tea. The Journal of Supercritical Fluids, v. 133, p.
171-176, 2018.
49. SYAKFANAYA, A.M.; SAPUTRI, F.C.; MUN’IM, A. Simultaneously extraction of caffeine and
chlorogenic acid from Coffea canephora bean using natural deep eutectic solvent-based ultra-
sonic assisted extraction. Pharmacognosy Journal, v. 11, n. 2, p. 267-271, 2019.
50. TEMPLE, J.L.; BERNARD, C.; LIPSHULTZ, S.E.; CZACHOR, J.D.; WESTPHAL, J.A.; MES-
TRE, M.A. The Safety of ingested caffeine: A comprehensive review. Frontiers in Psychiatry,
v. 8, Article 80, 2017.
51. TOBISZEWSKI, M.; MECHLIŃSKA, A.; ZYGMUNT, B.; NAMIEŚNIK, J. Green analytical che-
mistry in sample preparation for determination of trace organic pollutants. TrAC Trends in
Analytical Chemistry, v. 28, n. 8, 943-951, 2009.
160
Ciência e Tecnologia de Alimentos: pesquisa e práticas contemporâneas
52. TOLEDO, E.M.; SIQUEIRA, A.B.; SANTOSA, T.V.; RIBEIRO, F.S.; CAMARGO, A.J.; OLIVEI-
RA, S.S. Estudo Teórico dos Parâmetros Estruturais da Cafeína no Vácuo Usando Dinâmica
Molecular de Car-Parrinello. Revista Processos Químicos, v. 11, n. 21, p. 17-24, 2017.
53. TORRES, J.L.T.; HILEY, S.L.; LORIMOR, S.P.; RHOAD, J.S.; CALDWELL, B.D.; ZWEERINK,
G.L.; DUCEY, M. Separation of Caffeine from Beverages and Analysis Using Thin-Layer Chro-
matography and Gas Chromatography–Mass Spectrometry. Journal of Chemical Education,
v. 92, n. 5, p. 900-902, 2015.
54. TURNBULL, D.; RODRICKS, J.V.; MARIANO, G.F.; CHOWDHURY, F. Caffeine and cardio-
vascular health. Regulatory Toxicology and Pharmacology, v. 89, p. 165-185, 2017.
55. WALDEN, P. Ueber die Molekulargrösse und elektrische Leitfähigkeit einiger geschmolzenen
Salze. Bulletin de l’Académie Impériale des Sciences de Saint-Pétersbourg, v. 8, p. 405-422,
1914.
56. WANG, S.; PENG, X.; ZHONG, L.; JING, S.; CAO, X. Choline chloride/urea as an effective
plasticizer for production of cellulose films. Carbohydrate Polymers, v. 117, p. 133-139, 2015.
161
Ciência e Tecnologia de Alimentos: pesquisa e práticas contemporâneas