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REIS1
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Universidade Federal de Uberlândia, Departamento de Engenharia Química
*
e-mail: sousa.larissa@yahoo.com.br
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
2 MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 Reagentes
Todos os solventes e reagentes que foram usados eram analiticamente puros. O reagente
Folin-Ciocalteu foi adquirido da Merck, o ácido gálico, e o carbonato de sódio (Na2CO3) da Vetec.
Os padrões: : galato de (-)- epigalo catequina (EGCG), catequina (C), (-)-epicatequina (EC), (-)-
epigalo catequina (EGC) e cafeína foram adquiridos da Sigma Chemical Co. O cilindro de
nitrogênio foi adquirido da White Martins.
2.3 Equipamentos
As medidas de absorção foram feitas no espectrofotômetro UVmini – 1240 Shimadzu. Para
realizar as microfiltrações, foi utilizado um módulo tipo batelada como mostrado na Figura x. Para
a ultrafiltração, foi utilizado o equipamento inspector minos. Cromatografia líquida de alta
eficiência (HPLC) da Shimatzu . A estufa usada é da Med Clave modelo 4.
2.4 Membranas
As membranas utilizadas na microfiltração foram planas de éster de celulose, uma com 0,8 μm,
outras com 0,3 µm outra com 0,22 μm de diâmetro de poro, ambas com 90 mm de diâmetro, da
marca Milipore. Para os processos de filtração foi usado um sistema tipo batelada conectado a um
cilindro de nitrogênio como mostrado na figura 1.
Para a ultrafiltração, foram utilizadas membranas de 5, 10 20 e 30 KDa de poliestersulfona
adquiridas da Microdyn Nadir.
Como pode ser observado na figura acima, a solução de chá verde passa pelo Inspector
Minos e alimenta o módulo que contém a membrana, parte da alimentação é recirculada e outra
parte é permeada. O permeado passa novamente pelo Inspector Minos e em seguida é coletado. As
membranas utilizadas para estes experimentos foras as de 5, 10, 20 e 30 KDa.
(2)
sendo que Jf denota o fluxo estabilizado de água destilada obtido com a membrana suja.
Em seguida, fez-se a limpeza física da membrana. Para isso, utilizou-se com cuidado, uma
esponja culinária para limpeza da mesma em água corrente. Desta forma, removeu-se a camada de
torta formada na superfície da membrana e apenas os contaminantes que entupiram os poros
permaneceram. Feito isso, mediu-se novamente o fluxo de água destilada. A este fluxo foi
associado o termo Rp, que foi calculado conforme apresentado na Equação (3).
(3)
em que Jf1 denota o fluxo permeado de água destilada após a limpeza física da membrana.
A resistência devido a formação de torta foi calculada substituindo a Equação (3) na
Equação (2).
Finalmente, a resistência total, RT, foi calculada utilizando a Equação (4).
(4)
(6)
Para o bloqueio parcial dos poros (n=1), a Equação (7) deve ser usada:
(7)
O autor propôs a Equação (9) para o bloqueio total dos poros (n=2):
( )
(9)
Estas equações podem ser integradas e linearizadas conforme apresentado na Tabela 1 (Salahi et al.,
2010).
A modelagem do processo foi realizada por equações geradas no software Microsoft Excel.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A curva de calibração obtida para calcular os fenólicos totais existentes em cada amostra
analisada, apresentou a seguinte equação de reta y = 0,0051x em que y é a concentração de ácido
gálico e x é a absorbância, com coeficiente de correlação 0,998.
Para se verificar o efeito da temperatura de infusão sobre a concentração das catequinas totais,
testes foram realizados em diferentes temperaturas que variaram de 45°C a 80°C. A concentração
de fenólicos aumentou com o aumento da temperatura até 75°C. Ao atingir 80°C observa-se um
decaimento de 22,67% na concentração de fenólicos totais, como observado na Tabela 2. Perva-
uzunalic et al. (2006) observaram uma queda de 27,37% na eficiência da extração para temperaturas
maiores que 80°C. De acordo com TEREFE, et al., (2015) as catequinas começam a se decompor
em temperaturas iguais ou superiores a 80°C, por isso foi detectado este decaimento e dessa forma,
a temperatura de infusão escolhida foi a de 75°C. O tempo de infusão das folhas de chá verde
utilizado durante o experimento foi de 60 minutos, pois é a partir deste tempo que se observa uma
constância na concentração dos fenólicos. Para temperaturas inferiores a 45ºC, a concentração de
fenólicos foi nula.
Membranas de ultrafiltração não devem ser alimentadas com soluções que apresentem sólidos
dissolvidos/suspensos de grande dimensão, visto isso, a microfiltração foi realizada como um pré-
tratamento para a ultrafiltração visando clarificar o meio sem comprometer a concentração de
fenólicos. Dessa forma, os resultados dos testes feitos com as membranas de microfiltração estão na
Tabela 3.
Através da figura 4, pode-se observar este comportamento do fluxo do permeado para cada
membrana, para membrana com maior porosidade, o valor inicial é maior que para as demais.
Observa-se também, que por volta de 60 minutos de processo o fluxo passou a ser constante. Com
os dados desta figura foi possível calcular o mecanismo de fouling para cada uma das membranas
utilizadas e estes resultados estão na Tabela 4. Para as membranas de porosidade 0,8 e 0,3 µm a
formação de torta é principal fator responsável pelo fouling dessas membranas. Para a membrana de
porosidade igual a 0,22 µm os principais fatores responsáveis pelo fouling são bloqueio
intermediário dos poros e bloqueio padrão dos poros, pois eles possuem o mesmo valor de R², para
esta membrana pode-se dizer que os outros mecanismo também exercem bastante influencia, visto
que a ordem de grandeza do R² para estes dois mecanismos esta próxima daqueles dois já citados.
Tabela 4 – Ajuste linear para cada membrana utilizada nos processos de microfiltração e
ultrafiltração.
Membrana de Membrana de ultrafiltração Membrana de ultrafiltração
microfiltrração convencional ultrassom
Mecanismo de Porosidade (µm) Porosidade (KDa) Porosidade (KDa)
fouling
0,8 0,3 0,22 30 20 10 5 30 20 10 5
R²
Bloqueio completo
0,8613 0,8248 0,7874 0,9327 0,841 0,9233 0,8802 0,9115 0,8236 0,896 0,9727
dos poros
Bloqueio padrão
0,9512 0,9228 0,7934 0,747 0,8118 0,8213 0,3704 0,7481 0,4764 0,8748 0,7942
dos poros
Bloqueio
intermediário dos 0,9512 0,9228 0,7934 0,747 0,8118 0,8213 0,3704 0,7481 0,4764 0,8748 0,7942
poros
Formação de torta 0,9888 0,9722 0,7893 0,5503 0,6459 0,648 0,3426 0,5504 0,3992 0,7254 0,6571
Devido a grande importância comercial dos fenólicos presentes no chá verde, a tabela 7
apresenta os valores dos principais compostos desta bebida em casa etapa do processo já descrito
neste trabalho, estes valores foram obtidos através do HPLC. Para concentração dos bioprodutos
após a microfiltração foi utilizada a membrana de 0,8 µm de porosidade e para os experimentos de
ultrafiltração, foram usadas membranas de 30 KDa.
Sabendo que existem outros bioprodutos no chá verde, não apenas estes que estão mostrados
na Tabela 7, pode-se comparar estes resultados com aqueles obtidos pelos testes utilizando o
reagente Folin – Ciocalteu. A diferença entre eles é bem grande, por exemplo, para o chá verde
recém preparado, temos uma concentração de compostos fenólicos de 1673,17 mg.Ag/L, sendo que
através do HPLC pode-se observar que só do composto Galato de (-) – epigalo catequina tem-se
2458,77 mg/L. Este erro esta diretamente relacionado ao faro de que os compostos fenólicos são
termo e fotossensíveis, e já que no método de Folin – Ciocalteu é necessário aguardar uma hora
para leitura no espectro, esses compostos podem começar a se decompor neste período. Já no
HPLC, assim que a amostra é coletada ela já pode ser injetada no equipamento.
Tabela 7 - – Concentração dos bioprudotos em cada etapa do processo de filtração
Concentração
Concentração
Concentração Concentração no permeado
no permeado
na solução no permeado da
da
Bioproduto recém da ultrafiltração
ultrafiltração
preparada microfiltração com
convencional
(mg/L) (mg/L) ultrassom
(mg/L)
(mg/L)
Galato de (-) – epigalo
2458,77 1542,17 1205,38 1301,21
catequina
Cafeína 1523,82 1046,48 713,98 754,15
Epicatequina 1609,65 1030,81 845,41 895,42
Catequina 211,62 10,21 111,77 102,77
(-) – Epigalo catequina 211,62 253,41 109,77 115,43
Ácido Gálico 119,04 70,54 61,75 53,74
Para o chá verde recém preparado podemos observar que o composto fenólico em maior
quantidade é o Galato de (-) – epigalo catequina representando 40% dos compostos analisados. Em
seguida tem-se a Epicatequina e a Cafeína representando 26,24% e 24,84% respectivamente.
4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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AGRADECIMENTOS