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N-2943 06 / 2020

Revestimentos Anticorrosivos

Especificação

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do


texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 14 CONTEC - Subcomissão Autora.

Pintura e Revestimentos As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Anticorrosivos Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S. A. - PETROBRAS, de aplicação interna na PETROBRAS e Subsidiárias,
devendo ser usada pelos seus fornecedores de bens e serviços,
conveniados ou similares conforme as condições estabelecidas em
Licitação, Contrato, Convênio ou similar.
A utilização desta Norma por outras empresas/entidades/órgãos
governamentais e pessoas físicas é de responsabilidade exclusiva dos
próprios usuários.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 13 páginas


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1 Escopo

1.1 Esta Norma fixa as características verificáveis em laboratório, exigíveis no recebimento dos
revestimentos anticorrosivos utilizados na construção e manutenção das unidades da Petrobras.

1.2 Esta Norma se aplica à especificações iniciadas a partir da data de sua edição.

1.3 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as
edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido
documento (incluindo emedas).

PETROBRAS N-13 - Requisitos Técnicos para Serviços de Pintura;

PETROBRAS N-2680 - Tinta Epóxi, Sem Solventes, Tolerante a Superfícies Molhadas;

ABNT NBR 8094 - Material Metálico Revestido e Não Revestido - Corrosão por Exposição
à Névoa Salina;

ABNT NBR 12103 - Tintas - Determinação do Descaimento;

ABNT NBR 15442 - Pintura Industrial - Inspeção de Recebimento de Recipientes


Fechados;

ABNT NBR 15742 - Tintas e vernizes - Avaliação do tempo de vida útil da mistura;

ABNT NBR 15877 - Pintura Industrial - Ensaio de Aderência por Tração;

IMO Resolution MSC 215(82) - Performance Standard for Protective Coatings for
Dedicated Seawater Ballast Tanks in all Types of Ships and Double-Side Skin Spaces of
Bulk Carriers;

ISO 2812-1 - Paints and Varnishes - Determination of resistance to liquids - Part 1:


Immersion in liquids other than water;

ISO 3233-1 - Paints and Varnishes - Determination of the Percentage Volume of Non-Volatile
Matter - Part 1: Method Using a Coated Test Panel to Determine Non-Volatile Matter and to
Determine Dry Film Density by the Archimedes Principle;

ISO 4628-6 - Paints and Varnishes - Evaluation of degradation of coatings - Designation of


quantity and size of defects, and of intensity of uniform changes in appearance - Part 6:
Assessment of degree of chalking by tape method;

ISO 6272-1 - Paints and Varnishes - Rapid-deformation (impact resistance) tests - Part 1: Falling-
weight test, large-area indenter

ISO 8501-1 - Preparation of Steel Substrates Before Application of Paints and Related
Products – Visual Assessment of Surface Cleanliness;

ISO 12944-9 - Paints and Varnishes - Corrosion protection of steel structures by protective
paint systems - Part 9: Protective paint systems and laboratory performance test methods
for offshore and related structures;

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ISO 17025 - General Requirements for the Competence of Testing and Calibration
Laboratories;

ASTM B 117 - Standard Practice for Operating Salt Spray (Fog) Apparatus;

ASTM D 523 - Standard Test Method for Specular Gloss;

ASTM D 562 - Standard Test Method for Consistency of Paints Measuring Krebs Unit (KU)
Viscosity Using a Stormer-Type Viscometer;

ASTM D 1141 - Standard Practice for the Preparation of Substitute Ocean Water;

ASTM D 1308 - Standard Test Method for Effect of Household Chemicals on Clear and
Pigmented Organic Finishes;

ASTM D 1640/D 1640M - Standard Test Methods for Drying, Curing, or Film Formation of
Organic Coatings;

ASTM D 2485 - Standard Test Methods for Evaluating Coatings For High Temperature
Service;

ASTM D 4541 - Standard Test Method for Pull-Off Strength of Coatings Using Portable
Adhesion Testers;

ASTM D 4060 - Standard Test Method for Abrasion Resistance of Organic Coatings by the
Taber Abraser;

ASTM E 11 - Standard Specification for Woven Wire Test Sieve Cloth and Test Sieves;

ASTM G 8 - Standard Test Methods for Cathodic Disbonding of Pipeline Coatings;

ASTM G 154 - Standard Practice for Operating Fluorescent Ultraviolet (UV) Lamp
Apparatus for Exposure of Nonmetallic Materials;

MIL-PRF 24667 – Performance Specification – Coating System, Non-Skid, for Roll, Spray,
or Self-Adhering Application.

3 Condições Gerais

3.1 Condições de aplicação e temperatura operação

3.1.1 O fabricante deverá, em seu boletim técnico, informar as limitações de temperatura de


operação de seu produto, explicitando quando o valor informado se refere à operação em condições
de imersão ou emersão. Na omissão dessa informação, a temperatura mencionada, se houver, será
considerada como sendo aplicável somente em condições emersas.

NOTA Todo o revestimento aplicado sob isolamento térmico será considerado como operando
em condições de imersão. É exceção o revestimento aplicado sob tintas para isolamento
térmico e na solução de telas para proteção pessoal.

3.1.2 Quando diferirem daqueles estabelecidos na Norma PETROBRAS N-13, os limites de


temperatura ambiente, temperatura do substrato e umidade relativa do ar aceitáveis durante a
aplicação das tintas devem ser informados no boletim técnico do produto.

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3.2 Marcação

Os recipientes devem trazer no rótulo ou em seu corpo, no mínimo, as seguintes informações:

a) norma PETROBRAS N-2943;


b) identificação do tipo de tinta, ou material;
c) identificação dos componentes (se aplicável);
d) diluente a utilizar (se aplicável);
e) quantidade contida no recipiente, em litros (se aplicável) e em kg;
f) nome e endereço do fabricante;
g) número ou sinal identificador do lote de fabricação;
h) data da validade de utilização do produto;
i) proporção de mistura em massa e volume (se aplicável).

3.3 Tintas Líquidas

3.3.1 Aparência dos Componentes

Os componentes devem se apresentar homogêneos, sem pele e espessamento, em lata


recentemente aberta. Caso apresentem alguma sedimentação, esta deve ser facilmente
homogeneizável (manualmente).

3.3.2 Embalagem

3.3.2.1 O formato das latas deve ser cilíndrico circular reto.

3.3.2.2 Na vedação das embalagens não deve ser utilizado material passível de causar degradação
ou contaminação da tinta.

3.3.3 Estado e Enchimento dos Recipientes

3.3.3.1 Os recipientes, com os componentes das tintas, devem se apresentar em bom estado de
conservação, devidamente rotulados ou marcados na superfície lateral, conforme as exigências desta
Norma e da ABNT NBR 15442.

3.3.3.2 Os recipientes devem conter, no mínimo, a quantidade citada na respectiva indicação.

3.3.4 Estabilidade em Armazenagem

3.3.4.1 Os componentes devem apresentar estabilidade à armazenagem em recipiente fechado à


temperatura inferior a 40 ºC, que garanta a sua utilização por, no mínimo,
6 meses após a data de sua fabricação.

3.3.4.2 É permitida a revalidação deste prazo de utilização por 2 períodos adicionais de 3 meses,
mediante repetição e aprovação prévia dos ensaios executados por ocasião do fornecimento,
conforme a norma PETROBRAS N-13.

3.3.5 Diluição

Quando necessário, para facilitar sua aplicação, as tintas podem ser diluídas conforme instruções do
fabricante.

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4 Condições Específicas

4.1 Requisitos para Realização dos Ensaios de Laboratório

4.1.1 Os materiais ou sistemas devem ser qualificados em atendimento aos critérios de desempenho
estabelecidos por laboratórios de ensaios certificados em conformidade com a norma NBR ISO
17025 e acreditados pelo INMETRO, ou pelo IAF (International Accreditation Forum).

NOTA Também são aceitos para a qualificação dos materiais, ou sistemas, os relatórios de
ensaios realizados por laboratórios que façam parte de universidades públicas, ou
particulares, bem como de institutos de pesquisas nacionais ou estaduais, mesmo que não
atendam ao descrito no item 4.1.1.

4.1.2 Os ensaios a serem executados são descritos nos respectivos anexos desta norma.

4.1.3 Para a realização dos ensaios, devem ser observadas as seguintes condições:

4.1.3.1 A aplicação das tintas nos painéis de ensaio deve ser feita respeitando-se o tempo de
indução, se aplicável, e o pot life recomendado pelos seus fabricantes.

4.1.3.2 Caso não exista orientação contrária, para os ensaios desta norma os produtos, ou sistemas,
devem ser aplicados diretamente sobre chapas de aço-carbono AISI-1020. A preparação da
superfície deve ser feita por meio de jateamento abrasivo ao metal quase branco (mínimo), grau
Sa 2 1/2 da ISO 8501-1. O perfil de ancoragem deve ser de 50 m a 100 m, do tipo angular. As
dimensões da chapa devem ser de 150 mm x 100 mm, e espessura entre 4 mm e 6,5 mm.

4.1.3.3 Os ensaios devem ser realizados em, no máximo, 7 dias após a aplicação dos materiais
sobre os painéis, podendo ser menos tempo conforme orientação do fabricante. Durante este
período, os painéis devem ser mantidos à temperatura de 25 ºC  2 ºC e umidade relativa de
60 %  5 %.

NOTA O tempo de cura observado entre o término da aplicação dos materiais sobre os painéis e
o início dos ensaios será o considerado como tempo necessário para os equipamentos
retornarem à operação, sendo de especial importância no caso de revestimento interno de
tanques e equipamentos, bem como revestimento externo de equipamentos, com ou sem
isolamento térmico.

4.1.3.4 Recomenda-se que os painéis sejam pintados por meio de pistola, e mantidos na posição
vertical. [Prática Recomendada]

4.1.3.5 Para os ensaios de resistência à névoa salina conforme a norma ABNT NBR 8094, deve ser
feito um único entalhe no centro do corpo-de-prova, paralelo à sua maior dimensão e a uma distância
de 30 mm das bordas superior e inferior.

4.1.3.6 As bordas dos painéis de ensaio devem ser protegidas adequadamente, a fim de evitar o
aparecimento prematuro de processo corrosivo nestes locais.

4.1.3.7 Quando solicitada a execução de teste de aderência (Pull-off Test) conforme a norma ABNT
NBR 15877 ou ASTM D 4541, os equipamentos permitidos são os do tipo pneumático ou hidráulico
automático.

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Anexo A – Requisitos para qualificação de Esquemas de Pintura DTM (Direct to Metal)

A.1 Requisitos Gerais

A.1.1 Os esquemas de pintura DTM devem ser compostos por, no máximo, duas demãos.

NOTA Conforme o material, demãos de elevada espessura são obtidas por meio da técnica de
aplicação wet-on-wet (molhada sobre molhada), na qual uma única demão é aplicada em
vários passes cruzados.

A.1.2 Os requisitos para o ensaio de aderência, bem como o método a ser utilizado, estão descritos
na Tabela A.1.

Tabela A.1 – Requisitos para o Ensaio de Aderência do Esquema

Requisitos mínimos e
Ensaios Normas a utilizar
Tipos de Falhas

Aderência à Tração (Pull-Off Test) Inicial, ABNT NBR 15877,


Ver notas 1 e 2
MPa ou ASTM D 4541
NOTA 1 No caso das tintas ricas em Zinco, o critério mínimo de aceitação é de 5,0 MPa
para falhas do tipo B e 8,0 MPa para as demais falhas, exceto do tipo A/B. Não são aceitas
falhas do tipo A/B para as tintas ricas em Zinco.
NOTA 2 O ensaio de aderência por tração deve ser realizado conforme a ABNT NBR
15877 usando equipamento pneumático ou hidráulico automático, conforme figuras do
Anexo A, ou ASTM D4541, utilizando equipamento pneumático Tipo IV - Método de Teste D
ou Equipamento Hidráulico Automático Tipo V - Método de Teste E.

Valores e tipos de falhas aceitáveis no ensaio de aderência à tração:


a) 10,0 MPa < Falhas B, –/Y, Y ou Y/Z < 20,0 MPa;
b) > 20,0 MPa - para qualquer tipo de falha.

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A.2 Requisitos para a Tinta de Fundo

A.2.1 A tinta de fundo deve atender aos requisitos estabelecidos na norma ISO 12944-9 para a
condição CX e Im4, além dos requisitos adicionais descritos na Tabela A.2.

Tabela A.2 - Características da Película Seca

Requisitos mínimos
Ensaios Normas a utilizar
Mín. Máx.

ASTM D 4060
Resistência à abrasão, mg / 1 000 ciclos Ver nota 5 100
(ver Nota 1)
Aderência à Tração (Pull-Off Test) inicial
Ver nota 3 -
ao substrato, MPa ABNT NBR 15877,
Aderência à Tração (Pull-Off Test) ao ou ASTM D 4541
Ver nota 4 -
final do ensaio cíclico, MPa
NOTA 1 O ensaio de resistência à abrasão deve ser efetuado utilizando rebolo do tipo
CS-17, com carga de 1 kg.
NOTA 2 No caso das tintas ricas em Zinco, o critério mínimo de aceitação é de 5,0 MPa
para falhas do tipo B e 8,0 MPa para as demais falhas, exceto do tipo A/B. Não
são aceitas falhas do tipo A/B para as tintas ricas em Zinco.
NOTA 3 O ensaio de aderência por tração(“pull off”) deve ser realizado conforme a ABNT
NBR 15877 usando equipamento pneumático ou hidráulico automático, conforme figuras do
Anexo A, ou ASTM D4541, utilizando equipamento pneumático Tipo IV - Método de Teste D
ou Equipamento Hidráulico Automático Tipo V - Método de Teste E.

Valores e tipos de falhas aceitáveis no ensaio de aderência à tração:


a) 10,0 MPa < Falhas B, –/Y, Y ou Y/Z < 20,0 MPa;
b) > 20,0 MPa - para qualquer tipo de falha.

NOTA 4 O ensaio de aderência por tração(“pull off”) deve ser realizado conforme a ABNT
NBR 15877 usando equipamento pneumático ou hidráulico automático, conforme figuras do
Anexo A, ou ASTM D4541, utilizando equipamento pneumático Tipo IV - Método de Teste D
ou Equipamento Hidráulico Automático Tipo V - Método de Teste E.

Valores e tipos de falhas aceitáveis no ensaio de aderência à tração:


a) 5,0 MPa < Falhas B, –/Y, Y ou Y/Z < 20,0 MPa;
b) > 20,0 MPa - para qualquer tipo de falha.

NOTA 5 O ensaio de abrasão não se aplica para tintas ricas em zinco.

A.3 Requisitos para a Tinta de Acabamento

A.3.1 Quando aplicável, a tinta de acabamento do esquema de pintura deve atender aos requisitos
estabelecidos no Anexo B.

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Anexo B – Requisitos para qualificação de Tintas de Acabamento para Corrosão


Atmosférica

B.1 Requisitos Gerais

B.1.1 As Tintas de Acabamento para Corrosão Atmosférica têm como objetivo proteger o restante do
sistema de pintura da radiação UV e conferir cor.

B.1.2 Como tinta de acabamento estão incluídas, mas não se limitando, as tintas poliaspárticas,
polisiloxanos, fluorpoliméricas e poliuretanos.

B.2 Requisitos para a Película Seca

B.2.1 Para a realização do ensaio de aderência, os corpos de prova devem ser preparados
aplicando-se a tinta de acabamento sobre uma demão de tinta especificada na PETROBRAS N-2680,
com 150 µm de espessura como tinta de fundo, ou sobre uma demão da tinta especificada no Anexo
A.

B.2.2 A tinta de acabamento deve atender aos ensaios descritos na Tabela B.1.

Tabela B.1 - Características da Película Seca

Ensaios Requisitos mínimos Normas a utilizar

8,0 (permitida falha


Aderência à Tração (Pull-Off Test) Inicial, B/C, -/Y, Y ou Y/Z) ABNT NBR 15877,
MPa 20,0 (permitida ou ASTM D 4541
qualquer tipo de falha)
Brilho inicial a 60º, UB (ver Nota 2) ASTM D 523
Resistência à radiação UV-A e condensação ASTM G 154
1440
de umidade, h (ver Nota 1)
NOTA 1 Neste ensaio o ciclo a ser utilizado é o de 8 h sob radiação UV-A e 4 h sob
condensação de umidade. Decorrido o tempo de exposição, a película não deve
apresentar gizamento acima do grau 2 da norma ISO 4628-6, e a redução de
brilho não deve ser superior a 10% do valor inicial.
NOTA 2 Para as tintas de acabamento à base de resinas poliaspárticas, o requisito mínimo
são 60 UB. Para as demais, o requisito mínimo são 85 UB.

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Anexo C – Sistemas de Revestimentos para Áreas Críticas

C.1 Requisitos Gerais

C.1.1 São consideradas áreas críticas flanges, válvulas, suportes, porcas, parafusos, áreas de
estagnação de eletrólito, drenos, vents e frestas.

C.1.2 Os revestimentos para áreas críticas devem, obrigatoriamente, apresentar as seguintes


propriedades:

a) Efetiva barreira contra a ação dos meios corrosivos em que serão aplicados;
b) Temperatura de trabalho adequada à condição de operação;
c) Apresentar estabilidade dimensional, sem apresentar trincas na região de aplicação;
d) Ser isento de solventes orgânicos e compatível com a pintura existente;
e) Fácil remoção, não interferindo nos processos de montagem e desmontagem das
estruturas e equipamentos.

C.1.3 Para aplicação desta norma são considerados os seguintes materiais:

a) Fitas compostas por, ou impregnadas com materiais graxosos ou cerosos, tais como
petrolatos, ceras e ceras micro cristalinas;
b) Fitas à base de materiais viscoelásticos;
c) Fitas elastoméricas, contendo inibidores de corrosão ou não;
d) Elastômeros aplicados à frio e à quente, termoplásticos ou não, aditivados com inibidores
de corrosão ou não;
e) Silicones e seus derivados;
f) Massas poliméricas.

C.2 Requisitos para o Sistema de Revestimento

C.2.1 Para o ensaio mencionado no item C.2.3, os corpos de prova devem ser preparados em
chapas de aço carbono AISI-1020, com dimensões de 100 mm x 150 mm x 4 mm de espessura, e
grau C de intemperismo conforme a norma ISO 8501-1. A preparação da superfície deve ser feita por
meio de ferramentas mecânicas até atingir o grau C St 3 da norma ISO 8501-1. Os painéis devem ser
lavados com água doce e limpa, utilizando escova de nylon, antes e após o tratamento.

NOTA Os corpos de prova para avaliação de sistemas de revestimento para áreas críticas devem
ser ensaiados sem entalhe.

C.2.2 O revestimento, ou sistema de revestimento, deve ser aplicado diretamente sobre as chapas
de aço mencionadas em C.2.1, conforme instruções de seu fabricante.

C.2.3 Os corpos de prova devem ser submetidos à ensaio cíclico composto por 25 ciclos de:

a) 24 horas de ensaio de resistência à radiação UV e umidade (8 h sob radiação UV-A e 4 h


sob condensação de umidade), conforme a norma ASTM G 154;
b) 144 horas de exposição à névoa salina, conforme a norma ABNT NBR 8094.

C.2.4 Ao término dos 25 ciclos (25 semanas), os corpos de prova devem ser avaliados visualmente
quanto à ocorrência de craqueamento, empolamento e corrosão que atinjam o substrato metálico.
Será considerado reprovado o material, ou sistema, que apresentar qualquer uma dessas falhas
mencionadas, em qualquer quantidade ou intensidade, em um ou mais corpos de prova.
Espectrogramas e laudos relativos às análises de Espectroscopia na Região do infravermelho de
cada componente do sistema de revestimento devem ser anexados ao relatório de ensaio.

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Anexo D- Requisitos para Qualificação de Revestimentos para Superfícies que


Apresentam Condensação Permanente

D.1 A tinta deve atender aos requisitos dos ensaios descritos na Tabela D.1.

D.1.1 Para os ensaios de descolamento catódico, aderência inicial do revestimento e imersão (água
destilada e água do mar sintética), a aplicação do revestimento deve ser feita em laboratório com
temperatura ambiente de 25 ºC ± 2 ºC e umidade relativa de 70 % ± 10%.

D.1.2 Deve-se garantir que, durante a aplicação e nos 14 dias seguintes, os corpos de prova sejam
mantidos em temperatura de 10 ºC ± 3 ºC, com condensação de umidade do ar permanente na
superfície.

NOTA Essa condição pode ser alcançada, dispondo os painéis de ensaio sobre uma serpentina
dentro da qual circule líquido refrigerado.

D.1.3 Os requisitos do revestimento pronto para aplicação devem atender aos critérios estabelecidos
na Tabela D.1.

Tabela D.1 - Características da Película Seca

Espessura película Requisitos


Ensaios Normas a utilizar
seca (µm) Mín. Máx.
Ensaio cíclico de corrosão 300-450 (ver Nota 1) ISO 12944-9
Descolamento catódico, mm (Ver Nota 3) 300-450 - 10 ASTM G8
Aderência à Tração (Pull-Off Test) inicial ABNT NBR 15877
300-450 (ver Nota 2)
do revestimento, MPa ou ASTM D4541
Aderência à Tração (Pull-Off Test) final do
ABNT NBR 15877
revestimento (após ensaio cíclico de 300-450 (ver Nota 2)
ou ASTM D4541
corrosão), MPa
Imersão em água destilada a 40 °C 300-450 2 000 - ISO 2812-1
Imersão em água do mar sintética a 40 °C 300-450 2 000 - ASTM D1141
NOTA 1 Deve ser realizado o ensaio cíclico descrito na ISO 12944-9 para a condição CX, com
avanço máximo de corrosão permitido de 10 mm. Como alternativa, deve ser realizado o ensaio da
IMO Resolution MSC.215 (82):2006.
NOTA 2 O ensaio deve ser realizado com um corte circular no revestimento ao redor do carretel
(dolly) até atingir o substrato.

- Os critérios de aceitação são os seguintes:


a) Aderência Inicial: 8 MPa < Falha B, Falha B/C, –/Y, Y ou Y/Z < 10,0 MPa;
≥ 10 MPa – Aceitável qualquer tipo de falha;
b) Aderência Final (Após 25 ciclos do ensaio): ≥ 7 MPa – Aceitável qualquer tipo de falha.

NOTA 3 No ensaio de descolamento catódico, a ser realizado conforme a ASTM G8 (Método B), os
painéis de ensaio devem ser submetidos a uma faixa de potencial eletroquímico entre -1,45 V e -
1,55 V, medidos em relação a um eletrodo de referência de Cu/CuSO4, utilizando um sistema de
corrente impressa ou um anodo de sacrifício galvânico de magnésio. O eletrodo de referência de
calomelano saturado pode ser usado tendo o seu valor de potencial convertido para Cu/CuSO4,
pela adição de – 0,072 V. O painel de ensaio e o anodo de sacrifício devem estar imersos em um
eletrólito com temperatura na faixa de 21 ºC a 25 ºC e com a seguinte composição química: 1 % de
cloreto de sódio + 1 % de sulfato de sódio + 1 % de carbonato de sódio.

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Anexo E - Requisitos para Revestimentos para Altas Temperaturas e Sob Isolamento

E.1 Requisitos para a Película Seca

E.1.1 A tinta deve atender aos ensaios descritos na Tabela E.1.

Tabela E.1 - Características da Película Seca

Ensaios Requisitos Normas a utilizar

Aquecimento à 538 °C , seguido de ASTM D2485


Isento de Falhas
resfriamento à 23 °C (Método A)
2,0 (Não aceitável falha do ABNT NBR 15877
Aderência à Tração (Pull-off Test), MPa
tipo A/B) ou ASTM D 4541

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Anexo F - Requisitos para Tintas Antiderrapantes

F.1 Condições Gerais

F.1.1 Quando utilizadas como revestimento de demão única, ou seja, aplicado diretamente sobre o
aço, as tintas antiderrapantes devem atender também aos requisitos estabelecidos no Anexo A dessa
norma.

F.1.2 As propriedades antiderrapantes devem ser obtidas mediante a dispersão de grãos de quartzo,
ou outros materiais inertes, que possuam granulometria entre 2 mm e 4 mm (peneiras 10 e 5,
respectivamente), conforme a norma ASTM E 11.

F.1.3 Os corpos de prova, preparados de acordo com o item 4.1.2.2, devem ter a tinta antiderrapante
aplicada com espessura máxima de 2 mm de película seca.

NOTA Para a realização dos ensaios não deve ser feita a texturização da superfície do
revestimento.

F.2 Requisitos para a Película Seca

F.2.1 A tinta de antiderrapante deve atender aos ensaios descritos na Tabela F.1.

Tabela F.1 - Características da Película Seca

Requisitos
Ensaios Normas a utilizar
Min. Máx.
Resistência a Névoa Salina, h 4 000 - ASTM B117
Resistência à Imersão em NaOH a 30 %
1 000 - ASTM D1308
a 25 ºC, h
Coeficiente de fricção (Superfície
0,75 - MIL-PRF-24667C
Molhada)
Resistência à imersão em Xileno, h 2 000 - ASTM D1308
Resistência ao Impacto, J 3,0 - ISO 6272-1

F.2.2 Ao término dos ensaios de imersão e de resistência à névoa salina não devem ser observadas
falhas de qualquer natureza nos corpos de prova, tais como empolamento, fendimento ou corrosão.

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Anexo G – Requisitos para Revestimento Poliaspártico

G.1 Condições Gerais

G.1.1 Revestimento aplicado em demão única, “low VOC”, semibrilhante de base poliuretano
poliaspártico. Deve ser aplicado por pistola sem ar ou por trincha, com espessura mínima de película
seca entre 200 µm e 300 µm.

G.1.2 As características e propriedades do revestimento são apresentadas na Tabela G.1.

NOTA A tinta deve ser qualificada, em atendimento aos critérios de desempenho estabelecidos,
por laboratórios de ensaios certificados em conformidade com a ISO/IEC 17025 e
acreditados no âmbito do “International Acreditation Forum” (IAF) ou do INMETRO.

Tabela G.1 - Características do Revestimento Poliaspártico

Ensaios Requisitos Normas a Utilizar

Sólidos por volume, % 70,0 mínimo ISO 3233-1

Consistência, UK 130 máximo ASTM D-562

Descaimento, µm 240 ABNT NBR 12103

ABNT NBR 15877


8 mínimo. Anexo A.2 ou ASTM D4541 -
Aderência à Tração (Pull-Off-Test), Método “D” Equipamento Tipo IV
MPa Não permitida falha do ou conforme N-13 com o
Tipo A/B dispositivo de acionamento
hidráulico de alinhamento
automático.

Avanço da Corrosão pela Incisão


ISO 12944- 9
após 10 Ciclos do Ensaio de 10 máximo
Envelhecimento, mm

Resistência à radiação UVA e ASTM G 154


1440
Condensação de Umidade, h (ver nota 2 da ASTM G 154)

Tempo de vida útil da mistura (Pot-


1 h mínimo ABNT NBR 15742
life), h

Brilho a 60º, UB 60 mínimo ASTM D 523

Tempo de secagem ao toque (Set-


60 máximo ASTM D1640/D1640M (item 7.2)
To-Touch Time), minutos

Tempo de secagem livre de


3 máximo ASTM D1640/D1640M (item 7.4)
pegajosidade (Tack-Free Time), h

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