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RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO – UFMT


FACULDADE DE ENGENHARIA - FAENG
CAMPUS VÁRZEA GRANDE – CUVG
DISCIPLINA DE MECÂNICA DOS SOLOS

DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE LIQUIDEZ – LL

ACADÊMICOS:
CARLOS EDUARDO CORDEIRO DE OLIVEIRA
DEIVEDY JACKSON RODRIGUES DA SILVA DE MORAES
KENEO SILVA COELHO
MARYANNE SANTOS TEODORO RIBEIRO

DOCENTE:
PROF.ª CAROLINE BELISARIO ZORZAL

CUIABÁ / FEVEREIRO/2024
Índice
1. Introdução...............................................................................................3
2. Objetivo.......................................................................................................................4
3. Metodologia...............................................................................................................4
4. Resultados e Discussões.....................................................................................9
5. Conclusão................................................................................................................10
6. Referências..............................................................................................................11

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 Introdução

O presente relatório tem como objetivo detalhar a aula prática do


experimento de casagrande realizada no dia 06 de fevereiro de 2024 no
Laboratório Geoinfra da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT),
campus Várzea Grande. A aula, ministrada pela Prof. Caroline Zorzal no
âmbito da disciplina de Mecânica dos Solos, contou com a participação da
turma do curso de Engenharia de Minas e o acompanhamento da
laboratorista Emanuela.

O ensaio de limite de liquidez é um dos ensaios mais importantes na


caracterização de solos. Ele permite determinar o teor de água em que um
solo passa do estado sólido para o estado plástico.

O experimento de Casagrande é um procedimento laboratorial utilizado


para determinar os limites de liquidez (LL) e plasticidade (LP) de um solo. O
limite de liquidez marca a transição entre os estados líquido e plástico.
Essas informações são cruciais para projetos geotécnicos, influenciando
escolhas de construção, fundações e estabilidade. Ajudando com:

Classificação do solo: O limite de liquidez é um parâmetro fundamental para


classificar os solos de acordo com o Sistema Unificado de Classificação de
Solos (SUCS), permitindo a identificação de suas propriedades e
comportamentos.

Avaliação da compactabilidade: O conhecimento do limite de liquidez auxilia


na avaliação da compactabilidade do solo, um fator crucial para a
construção de obras de engenharia civil, como aterros e fundações. Solos
com alto limite de liquidez geralmente apresentam maior dificuldade de
compactação, exigindo atenção especial durante a execução dos projetos.

Determinação da consistência do solo: O limite de liquidez permite


determinar a consistência do solo, classificando-o como líquido, plástico,
semi-sólido ou sólido. Essa informação é essencial para a avaliação da
resistência do solo e sua capacidade de suportar cargas.

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 Objetivo
Determinar o limite de liquidez de um solo argiloso, utilizando o método do
aparelho de Casagrande, e analisar sua influência na classificação do solo,
compactabilidade e consistência.

Especificamente, o estudo visa:

1) Determinar o teor de água em que o solo passa do estado plástico para


o estado líquido.
2) Classificar o solo de acordo com o Sistema Unificado de Classificação
de Solos (SUCS).

 Metodologia
Materiais Utilizados:
o Amostra de solo representativa de algum local da UFMT
o Recipiente de plástico
o Piceta
o Aparelho de Casagrande
o Haste de queda padrão
o cinzel
o Cápsulas para amostras
o Espátula
o Balança de precisão
o Estufa
o Água destilada

Imagem 1 - Equipamentos utilizados no experimento

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Procedimento experimental:

Para este procedimento experimental utilizou-se a norma ABNT NBR


6459:2016.

o Preparação da amostra parte 1


Para a inicialização do procedimento experimental a amostra foi
coletada por um aluno da FAGEO e levada a seco ao ar para o
laboratório GEOINFRA.
Foi utilizada a norma 7181 de análise para preparar a amostra para o
experimento, passando nas peneiras 4.8 e 2.0. Após, é destorroada a
amostra e logo em seguida faz-se sua lavagem.

o Preparação amostra parte 2

- São tarados 5 capsulas de metal para a utilização no experimento;


- Mensura-se 200 g de amostra na balança dentro do recipiente de
plástico;
- Após, a amostra é umidificada com água destilada através da piceta,
até o momento que a amostra fique minimente úmida.

o Utilizando o casagrande

Com a espátula é colocado um percentual de amostra no equipamento


de forma que fique próximo ao requerido na norma ABNT NBR 6459.

Imagem 2 - Preparação da amostra no equipamento casa grande

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Faz-se a linha central verticalmente podendo ser vista a linha de fundo:

Imagem 3 - Utilizando o cinzel para fazer a linha de centro.

Imagem 4 - Exemplificação da linha central vertical pronta.

Em seguida é iniciado o experimento, e no momento que a amostra se


encontra na linha de fundo, têm-se o número de golpes necessários. No
local onde houve o encontro da amostra, é retirado um pequeno

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percentual (aproximadamente 8 g), adicionado na cápsula de metal e
pesado na balança.

São colocadas na estufa as 5 cápsulas com as amostras, por


aproximadamente 2 dias.

Imagem 5 - Amostras removidas da estufa.

Após sua retirada da estufa, a amostra é pesada e com a diferença de


valores podemos determinar a umidade de cada uma das 5 amostras
com a seguinte fórmula:

Onde:
W: Teor de umidade
Mw: massa do solo úmido
Ms: massa do solo seco

Com esses resultados, pode-se criar um gráfico no qual as ordenadas


(em escala logarítmica) sejam os números de golpes e as abscissas (em

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escala aritmética) sejam os teores de umidade correspondentes e
ajustadas a uma reta pelos pontos.

A reta é obtida através da linearização dos resultados, gerando o valor


do limite de liquidez (LL) experimental.

Além disso, pode-se calcular o LL teoricamente através da equação da


Federal Highway Administration:

Onde:
LL: Limite de liquidez
W: teor de umidade no ponto a ser analisado;
n: número de golpes obtidos no ponto.

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 Resultados e Discussões
Apresentamos abaixo a tabela contendo os resultados obtidos durante o ensaio
para determinação do Limite de Liquidez-LL.

A partir dos valores dos Números de Golpes e do Teor de Umidade, foi possível
a construção do Gráfico, conforme demonstrado abaixo.

Analisando o gráfico, podemos determinar que ao atingir o número de golpes


igual a 25, o teor de umidade encontrado é de 27,4 %, o qual corresponde ao
Limite de Liquidez da amostra de solo.

Através do modo teórico, podemos calcular o Limite de Liquidez, por meio da


Equação da Federal Highway Administration,

Aplicando os resultados do ponto P3 (n = 28 golpes e w = 26,96%), temos:

LL = 26,96 / (1,419 – 0,3 log 28)

 LL = 27,38%

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 Conclusão

Apesar do problema encontrado no início do ensaio, devido ao excesso de


água adicionada à amostra de solo, bem como a ausência de prática no
manuseio do equipamento de Casa Grande, podemos observar que o resultado
obtido através da análise do gráfico, está muito próximo ao resultado obtido
pela equação. Dessa forma, entendemos que o resultado do ensaio para a
determinação do Limite de Liquidez da amostra igual a 27,4% foi totalmente
satisfatório.

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 Referências
 CAPUTO, H.P. Mecânica dos solos e suas aplicações. 6ª ed.Rio de
Janeiro: LTC Editora S.A., 1994. 225p

 SOUZA, Cristiano Márcio Alves de; RAFUL, Leidy Zulys Leyva; VIEIRA,
Luciano Baião. Deteminação do limite de liquidez em dois tipos de solo,
utilizando-se diferentes metodologias. Revista Brasileira de
Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 4, n. 3, p. 460–464, 2000.

 LAMBE, T. W. Mecânica dos solos. 6. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.

 DAS, B. M. Fundamentos de engenharia geotécnica. São Paulo: Ligia


Cosmo Cantarelli, 2007.

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