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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SUL DE

MINAS GERAIS - CAMPUS POUSO ALEGRE


BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

RELATÓRIO I: ENSAIO DE DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE


DE SOLOS GRANULARES À CARGA CONSTANTE

Disciplina: Mecânica dos Solos II


Professor(a): Samuel Santos de Souza Pinto
Alunos: Amanda Duarte,
Andressa Marques,
Chritielle Silva,
Felipe Santos,
Marcella Miki.

POUSO ALEGRE

2023
SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO

2.OBJETIVO

3.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.MATERIAIS DE APOIO

5.PROCEDIMENTO DE ENSAIO

6.RESULTADOS E DISCUSSÃO

7.CONCLUSÃO

8.BIBLIOGRAFIA
1.INTRODUÇÃO

Primeiramente, tem-se que o ensaio de permeabilidade é uma das técnicas


mais comumente utilizadas no campo da Mecânica dos Solos, isto porque esse
ensaio desempenha um papel essencial na determinação das propriedades
hidráulicas dos solos, e oferece uma percepção mais detalhada sobre a capacidade
de um solo em permitir a passagem de água através de seus poros.

Dessa forma, o ensaio de permeabilidade, com carga constante, envolve a


aplicação de uma carga constante sobre uma placa ou amostra de solo posicionada
em um recipiente especialmente projetado. Desse modo, o procedimento permite a
medição da taxa de fluxo de água através do solo em condições controladas. Por
fim, a partir dos dados coletados durante o ensaio, é possível determinar os
parâmetros de permeabilidade do solo, como a condutividade hidráulica, que
desempenham um papel crucial na engenharia civil, geotecnia e em uma variedade
de aplicações práticas.

2.OBJETIVO

Assim, dentro dos objetivos do relatório em questão, tem-se:

1. Determinação do Peso Específico Seco (d): O cálculo do peso específico


seco do solo (d) foi realizado com base na massa final da amostra e no volume do
corpo de prova.

2. Cálculo do Gradiente Hidráulico (i): O gradiente hidráulico (i) foi calculado


utilizando as medições de altura (h) das colunas de água nas determinações.

3. Cálculo do Coeficiente de Permeabilidade (K): O coeficiente de


permeabilidade (K) foi calculado com base nos volumes das determinações, na área
do corpo de prova, na altura e no tempo de drenagem.

4. Comparação com o Peso Específico da Água (1 g/cm³)

5. Controle de Erros: Para minimizar erros experimentais, a altura foi medida


de forma consistente pela mesma pessoa em ambas as determinações, e o tempo
foi cronometrado pelo mesmo grupo de pessoas. Isso contribuiu para a precisão dos
resultados.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O ensaio de permeabilidade com carga constante é um procedimento


laboratorial utilizado na geotecnia para determinar a taxa de fluxo de água através
de um solo saturado. Esse ensaio é fundamental para entender as características
hidráulicas dos solos e é amplamente empregado em projetos de engenharia civil,
geotecnia, geologia e hidrogeologia.

3.1. CONCEITO DE PERMEABILIDADE:

A permeabilidade é uma propriedade particular de um solo que descreve sua


capacidade de permitir a passagem de fluidos (geralmente água) através de seus
poros. Ela é medida em termos de velocidade de fluxo ou taxa de vazão de água em
um dado material.

3.2. CARGA CONSTANTE - CARGA VARIÁVEL:

Existem dois métodos principais para realizar o ensaio de permeabilidade:


carga constante e carga variável. No ensaio com carga constante, a diferença de
carga hidráulica entre as extremidades do corpo de prova de solo é mantida
constante durante todo o ensaio. No teste com carga variável, a carga hidráulica é
gradualmente aumentada ou diminuída ao longo do tempo. O ensaio de carga
constante é mais protegido para solos com alta permeabilidade, enquanto o ensaio
de carga variável é adequado para solos com baixa permeabilidade.
3.3. FATORES QUE AFETAM A PERMEABILIDADE:

A permeabilidade de um solo pode ser influenciada por diversos fatores,


incluindo granulometria, estrutura do solo, compactação, teor de umidade e
presença de materiais finos. Solos com partículas maiores e bem interconectadas
tendem a ter maior permeabilidade.

Em resumo, o ensaio de permeabilidade com carga constante é uma


ferramenta crucial para avaliar as propriedades hidráulicas dos solos. Através do
monitoramento cuidadoso das condições de ensaio, é possível determinar com
precisão a permeabilidade do solo, permitindo a elaboração de projetos seguros e
eficientes.

4. MATERIAIS DE APOIO

Para o experimento realizado de acordo com a NBR 13292 foram utilizados


os seguintes materiais de apoio:

Figura 1: Permeâmetro Figura 2: Reservatório Figura 3: Mangueira Figura 4: Becker

de carga constante. com filtro. graduado.


Figura 5: Bomba à vácuo. Figura 6: Balança de precisão. Figura 7:Pá. Figura 8: Almofariz.

Figura 9:Trena. Figura 10: Cronômetro. Figura 11: Paquímetro. Figura 12: Tubo
manométrico.

5.PROCEDIMENTOS DE ENSAIO

Inicialmente, com o auxílio de um paquímetro mediu-se o diâmetro interno (D)


e largura (L) entre as duas válvulas do Permeâmetro de carga constante. Em
seguida, foi adicionado ao fundo do corpo de prova uma camada de um a três
centímetros de solo granular mais grosso que a amostra a ser utilizada.
Figura 13: Solo granular grosso.

Executado isso, a amostra de solo seca ao ar livre foi pesada na balança de


precisão, adicionada ao corpo de prova e posteriormente compactada. Sendo em
seguida, adicionada uma última camada de solo granular grosso.

Figura 14: Tara do solo. Figura 15:Solo adicionado Figura 16: Solo compactado.

no permeâmetro.

Com o procedimento de vedação do corpo de prova efetuado, foi anexado ao


permeâmetro uma bomba a vácuo para realizar a remoção de ar do solo.
Acoplada a mangueira no reservatório de água e no corpo de prova será feita a
saturação da amostra.

Figura 17: Bomba à vácuo. Figura 18: Saturação do

corpo de prova.

Posteriormente, a válvula de topo será aberta juntamente com as válvulas


ligadas ao tubo manométrico esperando até que nele as cargas se igualem, fazendo
a retirada total se possível da quantidade de ar dentro das mangueiras.

Logo após, com o auxílio de um cronômetro e um becker, será feita a


medição do volume de água que fica reservado no becker no tempo de 60 segundos
e a leitura do tubo manométrico. Para finalizar será aumentada a carga hidráulica e
usado o tempo de 120 segundos para a medição no tubo manométrico. Todos os
valores dispostos na tabela 2.

Figura 19:Tudo de manômetro Figura 20: Tubo de manômetro

60 segundos. 120 segundos.

Figura 21:Volume de água Figura 22: Volume de água

60 segundos. 120 segundos.


6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com os dados necessários obtidos em laboratório, foram realizados os


seguintes cálculos e observações:

Tabela 1 : Informações do corpo de prova.

D (cm) 0,985 ρ𝑑 (g/cm³) 0,908 A (cm²) 78,38

L (cm) 10,086 ρ𝑠 (g/cm³) 2,04 V (cm³) 790,09

Em que:
D: Diâmetro do corpo de prova (cm);
L: Largura do corpo de prova (cm);
A: Área do corpo de prova (cm²);
V: Volume do corpo de prova (cm³);

ρ𝑑: Peso específico seco (g/cm³);


ρ𝑠: Peso específico aparente seco (g/cm³).

A determinação do ρ é obtida por:


𝑑
𝑚 717,47
ρ𝑑 = 𝑣
→ ρ𝑑 = 790,09
⇒ ρ𝑑 = 0, 908

Sendo:
m: Massa final (g);
V: Volume do corpo de prova (cm³).

Obs.: O valor de ρ𝑠 foi dado pelo professor.

6.1 Determinações realizadas:

Tabela 2 : Informações das duas determinações encontradas

1º Determinação 2º Determinação

𝐻1 (𝑐𝑚) 73 𝐻2 (𝑐𝑚) 73

Volume (cm³) 390 Volume (cm³) 780

Tempo (s) 60 Tempo (s) 120


∆ℎ (𝑐𝑚) 4 ∆ℎ (𝑐𝑚) 4

𝑖1 7,24 𝑖1 7,24

𝐾1 0,01145 𝐾2 0,01145

𝐾𝑚é𝑑𝑖𝑜 0,01145

Cálculo do gradiente hidráulico é dado por:



𝑖= 𝐿

Em que:

𝑖: Gradiente hidráulico;
h: Altura (cm);
L: Largura do corpo de prova (cm).
Obs.: A altura obtida foi feita com a bancada sendo ponto de referência, subtraindo
o ladrão menos a saída → ( h = 77,5 - 4,5) que deu o valor de 73cm.

Já o cálculo do coeficiente de permeabilidade é dado por:


𝑉*𝐿
𝐾 = 𝐴*ℎ*𝑡

Em que:
K: Coeficiente de permeabilidade (m/s);
L: Largura do corpo de prova (cm);
A: Área do corpo de prova (cm²);
V: Volume do corpo de prova (cm³);
h: Altura (cm);
t: Tempo (s).

390 * 10,086
1º Determinação → 𝐾 = 78,38 * 73 * 60
⇒ 0, 01145
780 * 10,086
2º Determinação → 𝐾 = ⇒ 0, 01145
78,38 * 73 * 120

A ∆ℎ foi obtida olhando as mangueiras de níveis encontradas no laboratório,


cada determinação teve sua variação de altura observada pela mesma pessoa com
intuito de reduzir os erros.
Além da variação de altura, o tempo foi contado pelo mesmo grupo de
pessoas nas duas determinações.

Outro ponto observado foi o valor obtido em ρ , que se apresentou sendo


𝑑
menor do que o ρ da água, que vale 1 g/cm³.
𝑑

7. CONCLUSÃO

O ensaio executado visou a determinação do coeficiente de permeabilidade de


uma amostra de solo granular segundo a norma ABNT NBR 13292-1995. Através
dos métodos especificados pela norma, foi determinado o peso específico seco do
solo, gradiente hidráulico, vazão e área do permeâmetro. Assim sendo, foi possível
determinar pela equação de Darcy, dois valores para o coeficiente de
permeabilidade K, donde, K1 = K2 = 1,145.10^-2 cm/s. Logo, de acordo com a
escala de A. Casagrande e R. E. Fadum, a amostra de solo foi classificada sendo
areia.

Em suma, a realização desse ensaio foi de grande valia para o conhecimento


de normas que devem ser seguidas para a determinação do coeficiente de
permeabilidade de um solo em laboratório, onde, através do quantitativo obtido, é
possível evitar que problemas relacionados à presença de água no solo sejam
evitados.
8.BIBLIOGRAFIA

Sign in - Google Accounts. Disponível em:


<https://classroom.google.com/u/1/c/NjE3NzM3MzM4MDEy/m/NjE4NDI4MDk4MzI5/
details>. Acesso em: 8 set. 2023.

‌GONÇALVES, D. B. Mecânica dos Solos Carlos de Souza Pinto Curso Básico!


www.academia.edu, [s.d.].

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