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Instituto Federal de Educação, Ciência e

Tecnologia da Paraíba - IFPB Campus Cajazeiras


Unidade Acadêmica de Indústria - UNIND
Bacharelado em Engenharia Civil

Relatório Medição de Vazão por Volume conhecido

Cajazeiras/PB
Dezembro de 2022
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - IFPB Campus Cajazeiras
Unidade Acadêmica de Indústria - UNIND
Bacharelado em Engenharia Civil

Relatório Medição de Vazão por Volume conhecido

DISCIPLINA: Mecânica dos Fluidos


PROFESSOR:João Vitor de Queiroz Marques
NOME: Evelly de Souza Lira MATRÍCULA: 202112200041
Jorge Luiz Martins Maciel MATRÍCULA: 202112200010
Maria Mikaelly Lisboa Fernandes MATRÍCULA: 202112200034
Maria Rayssa Oliveira de Sousa MATRÍCULA: 202212200036

Cajazeiras/PB
Dezembro de 2022
SUMÁRIO
Introdução 4
Metodologia 5
Resultados e discussões 8
Conclusões 11
Referências Bibliográficas 12
Introdução

O estudo da Mecânica dos Fluidos aborda, em geral, dois tipos de


comportamento para os gases e os líquidos: quando estão em repouso, ou em
movimento. Neste experimento, será abordada a parte que trata sobre a dinâmica
dos mesmos, isto é, a seção sobre o movimento e a vazão de uma massa fluida sob
a ação da força gravitacional e pressões externas, que é extremamente importante,
visto que na grande maioria das aplicações, os fluidos apresentam outros tipos de
deslocamento.

Dessa forma, para entender melhor como funciona essa dinâmica, devem ser
consideradas leis fundamentais, como os conceitos de força e aceleração, além da
expressão matemática mais utilizada na maior parte dos escoamentos, apesar de
suas inúmeras restrições, que é a equação de Bernoulli. Ela pode ser aplicada se o
escoamento do fluido tratado puder ser configurado como invíscido (sem atrito) e
incompressível, e se o regime do mesmo for permanente.

Nesse sentido, uma das aplicações da equação de Bernoulli, a qual será


tratada no presente relatório, consiste na medição de vazão, definida como a
relação entre o volume de fluido que atravessa determinada superfície e o tempo
gasto para que isto aconteça. Assim sendo, a prática realizada consistiu em medir a
vazão de um volume conhecido, com o auxílio do rotâmetro, instrumento de
medição por área de passagem variável, no qual é possível variar a posição de um
flutuador dentro do tubo, proporcionalmente à vazão do fluido, neste caso, da água.
O procedimento completo será descrito nos tópicos seguintes.
Metodologia

Para o experimento, foi utilizada a bancada HD98 do laboratório de


hidráulica, como podemos ver na Figura 1. Inicialmente, para realização do ensaio,
abriu-se o registro que levava a água para a parte esquerda (vista de frente) da
caixa acrílica transparente, além disso, fechou-se todos os demais registros que não
o citado. Ligou-se a bomba e foi realizada a regulação para a vazão volumétrica
requerida, a qual era verificada através do medidor de vazão tipo rotâmetro (Figura
2). Desse modo, para cada vazão utilizada, consequentemente, obtivemos valores
diferentes de volume iniciais, para os quais foram anotados os respectivos valores
de altura da coluna de água (Figura 3), medidos do fundo do recipiente
paralelepipédico acrílico até o nível aproximado do fluído. Em seguida, fechou-se o
registro para que o líquido pudesse encher o recipiente e cronometrou-se o tempo
necessário para que a altura da coluna de água definida fosse alcançada (figura 4).
O referido experimento foi executado quatro vezes.

Figura 1 - Bancada hidráulica HD98

Fonte: Os autores.
Figura 2 - Rotâmetro

Fonte: Os autores.

Figura 3 - Volume inicial Figura 4 - Volume final

Fonte: Os autores. Fonte: Os autores.


Materiais utilizados:

Para a realização do experimento no laboratório de hidráulica, foram


utilizados os seguintes itens:

1. Bancada hidráulica;
2. Rotâmetro (incluso na bancada);
3. Smartphone com aplicativo de cronômetro.
Resultados e discussões

Após o fim do experimento, com todos os dados coletados, foi possível


realizar a análise da vazão esperada (expressa pelo rotâmetro) no ensaio,
comparados aos resultados teóricos.

Tabela 1 - Dados coletados no ensaio

Q lido (L/H) hi (mm) T1 (s) T2 (s) T3 (s)

Leitura 1 3300 35 30 30 30

Leitura 2 4000 45 23 23 23

Leitura 4 7100 85 11,6 11,6 11,6

Leitura 3 2025 25 56 56 56

Fonte: os autores

Além disso, para todas as leituras, considerou-se uma altura final (hf) de 435
mm. Ressalta-se que os três tempos cronometrados encontrados para cada leitura
foram iguais, ou seja, por exemplo, para a leitura 1, todos os tempos medidos foram
de exatamente 30 segundos, sem qualquer variação significativa.

Para encontrarmos as vazões experimentais, precisamos antes calcular o


volume de água, que é dada pela diferença de altura da água (altura final menos
altura inicial) vezes a área do recipiente. Conforme verificado no local, as medidas
da caixa acrílica retangular na sua base eram de 140 mm de comprimento por 380
mm de profundidade. Logo, temos então que:

6
𝑉𝑥 = [(435 − ℎ𝑖) × (140 × 380)] / 1 × 10

−2
𝑉𝑥 = (435 − ℎ𝑖) × (5, 32 × 10 ) litros

Por fim, precisamos também do tempo necessário para se obter os volumes


de água respectivos. Sendo assim, a vazão será dada pelo volume sobre o tempo
gasto. Logo:
𝑄 𝑥 = 𝑉𝑥 / (𝑇𝑥 / 3600) litros por hora

Com isso, podemos então aplicar as duas equações para as quatro leituras
do ensaio, obtendo então:
Tabela 2 - Valores calculados

Vx (litros) Qx (L/H)

Leitura 1 21,280 2553,60

Leitura 2 20,748 3247,51

Leitura 4 18,620 5778,62

Leitura 3 21,812 1402,20

Fonte: Os autores.

Novamente, ressalta-se que apenas uma vazão (Qx ) foi calculada para cada
leitura, uma vez que os tempos encontrados foram iguais para cada volume (Vx) de
leitura.

Tabela 3 : Erro experimental

Resultado Experimental Resultado Rotâmetro Erro %

Medição de Vazão 01 2553,60 3300 22,62%

Medição de Vazão 02 3247,51 4000 18,81%

Medição de Vazão 03 5778,62 7100 18,61%

Medição de Vazão 04 1402,20 2025 30,76%

Erro Médio Aproximado: 22,70%

Fonte: Os autores.

Gráfico 1: Comparativo entre vazões

Fonte: Os autores
Com os dados encontrados e calculados (tabela 2) e os valores expressos no
rotâmetro, percebemos uma evidente e acentuada diferença verificada através do
erro do medidor de vazão do tipo rotâmetro (tabela 3). Teoricamente, era esperado
que com uma menor vazão, e consequentemente um maior intervalo de tempo
necessário para que o volume requerido fosse alcançado, uma maior precisão fosse
obtida, uma vez que o tempo medido seria maior e a sua precisão também, já que
quanto menor o tempo medido, mas dificultoso se faz a medição do mesmo para
que fique o mais fidedigno possível. Entretanto, observou-se o contrário, ao passo
que quanto menor a vazão, encontrou-se erros maiores, conforme mostra a tabela
3, ademais, é importante comentar que a diferença entre os erros da maior e da
menor vazão foi bastante elevada, 12,15%, e o erro médio das 4 leituras foi de
22,70%.
Conclusões

Concluído o experimento, de posse dos dados coletados experimentalmente


e posteriormente calculadas as vazões, verifica-se que os valores obtidos através
dos cálculos diferem bastante daqueles lidos no rotâmetro durante o ensaio. Por
exemplo, na quarta leitura realizada, observa-se um erro de aproximadamente 30%
entre os resultados, o que é bastante significativo. Além disso, também é
interessante ressaltar que as vazões calculadas apresentaram valores sempre
inferiores aqueles lidos no medidor de vazão.
Vale salientar que as variações numéricas verificadas podem ser causadas
por diversos fatores externos ao experimento, uma vez que não se encontra em
uma situação ideal, e sim, real. Um exemplo que pode ser mencionado, é o fato do
rotâmetro ter de ser calibrado corretamente, o que não ocorreu durante a
preparação para a realização dos testes. Dessa forma, as leituras feitas no medidor
rotâmetro não foram tão precisas, interferindo no resultado final comparativo.
Porém, a prática realizada possibilitou adquirir mais conhecimento, aplicando
a teoria a uma situação real e, proporcionando um melhor entendimento sobre como
funciona uma parte da dinâmica dos fluidos, neste primeiro contato com o mesmo
estando em movimento.
Referências Bibliográficas

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO. Relatório de hidráulica: bancada hidráulica


volumétrica. Pernambuco, 2016. 10 p.

PISSINATI, Ícaro. Experimento de mecânica dos fluidos - bancada hidráulica.


YouTube, 11 de maio de 2016. Disponível em: (13755) Experimento de Mecânica
dos Fluidos - Bancada Hidráulica - YouTube. Acesso em: 22 nov. 2022.

GOMES, Maria Helena Rodrigues. Apostila de mecânica dos fluidos. Juiz de


Fora, 2012. (Apostila).

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