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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO - UFRPE

UNIDADE ACADÊMICA DE SERRA TALHADA - UAST


LICENCIATURA EM QUÍMICA
QUÍMICA EXPERIMENTAL I

LUCYMARA JAYNE DE LIMA SILVA


MANUELA RAYANE BEZERRA DA SILVA
THAUANNE DOS SANTOS REZENDE

PRÁTICA 01: AFERIÇÃO E PESAGEM

SERRA TALHADA/PE
Novembro, 2023
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO - UFRPE
UNIDADE ACADÊMICA DE SERRA TALHADA - UAST
LICENCIATURA EM QUÍMICA
QUÍMICA EXPERIMENTAL I

PRÁTICA 01: AFERIÇÃO E PESAGEM

Relatório de aula prática, da disciplina Química


Experimental I, ministrada pela Prof. Dra. Maria Suely C.
da Câmara, no curso de Licenciatura em Química da
Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade
Acadêmica de Serra Talhada-PE.

SERRA TALHADA/PE
Novembro, 2023
Sumário
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3
OBJETIVOS................................................................................ Erro! Indicador não definido.
OBJETIVO GERAL ............................................................. Erro! Indicador não definido.
OBJETIVO ESPECÍFICO .................................................... Erro! Indicador não definido.
METODOLOGIA ....................................................................... Erro! Indicador não definido.
MATERIAIS E REAGENTES ............................................. Erro! Indicador não definido.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ................................ Erro! Indicador não definido.
RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................................... 5
CONCLUSÕES ........................................................................................................................ 7
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 7
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INTRODUÇÃO

Segundo Voguel (2013), a maior parte dos processos químicos quantitativos dependem, em
algum estágio, da medida de uma massa, isto é, de longe, o procedimento mais utilizado pelo
analista. Outros instrumentos de medições são as pipetas, elas são instrumentos de medição
utilizados na transferência de volumes conhecidos, de um recipiente para outro.
Conforme afirmam Ribeiro e Ferreira (2011), para uma pipeta volumétrica não só a sua
capacidade deve ser aferida, mas também o seu tmpo de escoamento. Se o escoamento for
muito rápido, o diâmetro da abertura da ponta da pipeta deve ser diminuído, convenientemente,
na chama de um bico de Bunsen e se for muito lento, torna-se necessário aumentá-lo, lixando
levemente a ponta da pipeta, até que o tempo de escoamento requerido seja obtido.
Dessa forma, elas estão presentes no nosso dia a dia e muitas vezes não damos muita
importância à sua utilização pois, de tanto usá-las rotineiramente, seu manuseio torna-se quase
que inconsciente. Apesar disso, estar concentrado e saber utilizá-las de maneira correta é
essencial para garantir a medição e transferência de volumes correta.
Além disso, muitas análises químicas baseiam-se na determinação exata da massa de uma
amostra, de uma substância sólida produzida a partir desta amostra (análise gravimétrica) ou,
ainda, da determinação do volume de uma solução padrão cuidadosamente preparada (que
contém uma massa de um soluto conhecida com exatidão) que reage com a amostra (análise
titrimétrica). O instrumento usado para medir a massa é a balança analítica.
Conforme expressa o autor Voguel (2013), a definição de pesagem faz referência
invariavelmente ao peso do objeto ou do material que é pesado. O peso de um objeto é a força
de atração devida à gravidade exercida sobre ele: w = mg onde w é o peso do objeto, m é sua
massa e g é a aceleração da gravidade. Como a atração devida à gravidade varia com a altitude
e a latitude, o peso do objeto é variável, porém, sua massa é constante.
A balança analítica, uma das mais importantes ferramentas do analista químico, sofreu,
com o tempo, mudanças radicais, movidas pelo desejo de produzir um instrumento mais
robusto, menos dependente da prática do operador, menos sensível ao ambiente e que, acima
de tudo, tornasse mais rápida a operação de pesagem. Obtendo a substituição da balança de
dois pratos e três cutelos pela balança de prato único e dois cutelos. A pesagem, portanto, é
feita por substituição. (Voguel, 2013).
O instrumento padrão moderno é a balança eletrônica, onde a pesagem é mais conveniente,
a possibilidade de falha mecânica é muito menor e a sensibilidade à vibração é muito reduzida.
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Com uma balança eletrônica, a operação de um único controle permite que o operador leia
imediatamente, em um visor digital, o peso de um objeto colocado no prato da balança. Além
disso, muitas das balanças deste tipo ligam-se a uma impressora, o que permite o registro
impresso do peso. A maior parte das balanças incorpora o recurso do uso da tara, que permite
cancelar o peso do recipiente, e faz com que se possa ler diretamente o peso do material
adicionado.
Muitas operações de laboratório obrigam a pesagem de objetos ou materiais mais
pesados do que o limite superior de uma balança macroanalítica. Às vezes é preciso pesar
pequenas quantidades de amostra, porém a precisão não é importante. Este tipo de pesagem é
conhecido como pesagem aproximada. Muitas balanças eletrônicas são próprias para as
pesagens aproximadas. Nestas balanças, o prato fica na parte superior porque não é necessário
protegê-lo de correntes de ar. As pesagens são rápidas e pode-se imprimir os resultados, se
desejado.

OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
• Aprendizagem e aferição de material volumétrico e pesagem em balança analítica e
semianalítica.

OBJETIVO ESPECÍFICO
• Pesar em balança analítica e semianalítica;
• Praticar aferição de Pipetas (graduada e volumétrica);
• Manusear a pera.

METODOLOGIA
MATERIAIS E REAGENTES
• Béquer de 100,0 mL;
• Béquer de 50,0 mL;
• Pisseta;
• Pipeta graduada de 10,0 mL;
• Pipeta graduada de 5,0 mL;
• Pipeta volumétrica de 10,0 mL;
• 1 Pêra de sucção;
• Proveta de 50,0 mL;
• Balança semianalítica;
• Balança analítica;
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• 50,0 mL de água destilada.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Parte A – Aferição

Inicialmente, com auxílio de uma pisseta foi colocada 50mL de água destilada,
seguidamente, foi transferida até a metade de um béquer de 100mL. Em seguida, a pêra de
sucção foi esvaziada, e foi inserida na pipeta graduada de 5mL. Depois, sem encostar no fundo
do béquer foi realizada a aferição da água destilada, foi realizada a contagem de gotas e do
tempo de escoamento para o béquer de 50mL, na qual, foi transferida a água do béquer de 100,0
mL para o de 50,0 mL. O mesmo procedimento foi realizado na pipeta graduada de 10mL e
volumétrica de 10mL.

Parte B – Pesagem

Primeiramente, foi pesado um béquer de 100,0 mL de capacidade (vazio) e sua massa


em gramas determinada, na balança semianalítica. Depois, foi adicionada a esse béquer 20,0
mL de água destilada medida previamente em uma proveta de 50,0 mL, em seguida, foi
determinada a massa do béquer (cheio), dessa forma, foi por meio da diferença de valores foi
obtido o valor em gramas da água destilada. Por fim, o mesmo processo foi realizado na balança
analítica e os valores encontrados no béquer cheio e vazio foram diferentes comparando as
duas balanças.

RESULTADOS E DISCUSSÕES
Dessa forma, segue a apresentação dos dados coletados na prática de aferição e pesagem. Para
facilitar o entendimento da prática, os dados da parte A e parte B foram expressos em tabelas.

Tabela 1: Aferição de pipetas utilizando água destilada, número de gotas e tempo de escoamento.
Instrumento usado Número de gotas Tempo de Escoamento

Pipeta graduada 5mL 107 1,31

Pipeta graduada 10mL 197 2,13

Pipeta volumétrica 10mL 220 4,08


Fonte: Própria, 2023.
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Ao que se refere a parte A, que se trata da aferição das pipetas, volumétrica e graduadas,
número de gostas e escoamento, foi percebido que a aferição da pipeta de 5mL tinha capacidade
para 107 gotas e seu tempo de escoamento foi de 1,31s. Já o escoamento da pipeta graduada de
10mL foi quase o dobro do valor totalizando 197 gotas no tempo de 2,31s. Por fim, ao utilizar
a pipeta volumétrica de 10mL o número de gotas foi de 220 e o tempo de escoamento foi o
maior.
O autor Andrade (2011) expressa que o tempo de escoamento a ser empregado depende da
capacidade da pipeta e da viscosidade da solução, estando relacionado com a velocidade de
escoamento do filme líquido aderido nas suas paredes internas, o qual deve ser
aproximadamente igual à velocidade de escoamento do menisco. Sugere-se que uma pipeta de
25,00 mL deve ser ajustada para efetuar a transferência do seu volume em um tempo ao redor
de 25s.

Tabela 2: Pesagem em balanças semi-analiticas e analítica.


ITEM PESO (g) Balança PESO (g) Balança
semianalítica analítica

Béquer vazio 36,650g 36,5534g

Béquer com água destilada 55,373g 55,2438g

Água destilada 18,723g 18,6904g


Fonte: Própria, 2023.

Inicialmente foi colocado em uma balança um béquer vazio e sua massa foi de 36,650g
quando pesado na balança semianalítica. Em seguida, foi adicionado a esse béquer 20mL de
água destilada previamente aferida em uma bureta com capacidade de 50mL. Sendo assim, foi
feita a pesagem do béquer cheio que totalizou 55,373g.
Em seguida, foi realizada a pesagem do béquer vazio na balança analítica e sua massa
foi de 36,5534g, após isso, foi adicionado a esse béquer 20mL de água destilada anteriormente
aferida em uma bureta. Dessa forma, foi feita a pesagem do béquer cheio que totalizou
55,2438g,
Para a obtenção do valor em gramas da água destilada, foi realizada a subtração do
valor em gramas do béquer cheio, do valor em gramas do béquer vazio para a balança semi-
analítica e balança analítica. Como representado na expressão abaixo:

PESO (g) Balança


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Béquer com água destilada - béquer vazio = peso em gramas da água destilada

PESO (g) Balança semianalítica


55,373g - 36,650g = 18,723g

PESO (g) Balança analítica

55,2438g -36,5534g = 18,6904g

Sendo assim, conseguimos determinar a massa da água destilada a partir das duas pesagens
em balanças diferentes, a diferença da massa encontrada foi de 0,0326g dessa forma, o valor
definido foi o da balança analítica, por ser mais precisa e ter mais algarismos significativos.
Também foi percebido que a bureta que foi aferida os 20mL está descalibrada, pois, em ambas
as pesagens os resultados foram abaixo de 19mL e não 20mL.

CONCLUSÕES
Portanto, partindo da prática realizada conseguimos alcançar os objetivos de aprender e
aferir de material volumétrico e pesar em balança analítica e semianalítica. Além de
compreender, que o béquer e a proveta são as vidrarias menos indicadas para experimentos que
exijam precisão e exatidão dos volumes. O béquer, por ser uma vidraria com pouca graduação,
não apresenta muita precisão, além de possuir um diâmetro grande, dificultando a obtenção de
resultados exatos. A proveta também possui um diâmetro grande, por isso não podem ser
usadas quando se deseja um certo grau de exatidão, mas podem ser utilizadas para medidas
aproximadas. Por outro lado, as pipetas, sejam elas graduadas ou volumétricas, são mais
indicadas quando se precisa de resultados tanto mais exatos quanto mais precisos. Ademais foi
possível observar que a bureta estava descalibrada e o valor encontrado da massa da agua
destilada foi abaixo de 19g para uma bureta de 20mL, enfatizando a importância da calibração
das vidrarias para aferições ainda mais precisas.

REFERÊNCIAS
DE ANDRADE, João Carlos. Procedimentos básicos em laboratórios de análise. Revista Chemkeys,
n. 7, p. 1-21, 2011.

RIBEIRO, Josimar; FERREIRA, Rafael de Queiroz. Química Analítica Experimental 1. Vitória, ES :


UFES, Núcleo de Educação Aberta e a Distância, 2011. Disponível em:
<https://scholar.google.com.br/scholar?cluster=10069579378000558765&hl=pt-
BR&as_sdt=0,5#d=gs_qabs&t=1699416750891&u=%23p%3DZE098bRXIhwJ>. Acesso em: 08
nov. 2023.
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VOGEL, Arthur I. Análise Química Quantitativa. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2002. E-book. ISBN
978-85-216-2580-3. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-216-
2580-3/>. Acesso em: 03 nov. 2023.

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