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Laboratório de Química Geral /Engenharia de Produção DQ1106P23

Turma 2023
RELATÓRIO 1: MEDIDAS VOLUMÉTRICAS E VIDRARIAS

Luis Afonso Dionísio , 231012772


Matheus Henrique Lacerda Copi Terzo, 231010044
Milena Medeiros Costa, 231011181
Pedro Rezende Wagemaker, 231010354

Prof. Vitor Fernandes Moreno


Bauru
27/03/2023
1. INTRODUÇÃO

A Medição, dentre outros conceitos, pode ser descrita como um


processo de determinação experimental em que se atribui a uma grandeza o
valor de outra tomada como padrão, ou se não, uma série de processos que
tem como objetivo definir um valor para uma grandeza.
Tais processos podem ser observados em civilizações desde a
antiguidade, onde a necessidade de mensurar urge de aplicações no comércio,
construção e dentre outras. Nessa época, o mais comum era utilizar-se de
partes do corpo, pés, polegares, palmos, passos e até jardas, essas medidas
eram tão úteis que até mesmo hoje encorpara-se tais nomenclaturas, porém a
valores fixos e pré-determinados. No entanto, ainda que se adote o mesmo
“padrão”, os pés e polegares muito dificilmente possuiriam a mesma medida, o
que torna a prática de medir muito mais complexa.
Porém, ao logo do tempo e da necessidade de uma melhoria nos
sistemas de precisão, aparelhos e tecnologias foram criados para facilitar e
promover resultados mais satisfatórios e que, pelo fato da margem de erro ter
se tornado mínima, gerou-se benefícios na área da saúde, esportes, farmácia,
construção, comércio e várias outras. Tais aparelhos e tecnologias podem ter
aplicações mais diversas, como no caso de uma régua até aparelhos mais
específicos como as pipetas ou buretas.
Tendo isso e voltando os olhos para a química, cada instrumento a ser
utilizado contém sua peculiaridade, precisão e aplicação devida. Exemplo
desses são: as pipetas, graduadas (figura 1) ou volumétricas (figura 2),
podendo serem feitas de plástico ou vidro, tratam-se de um tubo alongado com
alta precisão, no caso da graduada sacrifica-se uma quantia significativa da
precisão em função da possibilidade de mensurar uma maior quantidade de
grandezas, enquanto que, a volumétrica por possuir somente uma marcação
consegue uma maior exatidão neste processo, temos também as provetas
(figura 3), também utilizadas para medir fluidos porém com uma menor
quantidade de precisão, outro importante aparelho são as Buretas (figura 4),
muito importantes para titulação funcionando através de uma torneira de
escorrimento bem controlada, a maior diferença das buretas é o seu método de
preenchimento e medição, podendo ser completa com um béquer (figura 5) ou,
na ausência de um béquer, utilizar algum balão um recipiente adjunto de um
bastão de vidro para escoamento do líquido, que é mensurado através do que
é escoado, praticamente “o inverso” do convencional.

Figura 1 – Ilustração pipeta graduada

Fonte - Apostila de fundamentos de química experimental

Figura 2 – Ilustração pipeta volumétrica

Fonte - Apostila de fundamentos de química experimental

Figura 3 – Ilustração Proveta

Fonte - Apostila de fundamentos de química experimental

É importante salientar que os instrumentos também possuem técnicas


especificas de preenchimento e visualização (semelhante as buretas), por
exemplo, as pipetas são preenchidas através de peras de sucção (figura 6) ou
pipetadores, e todos devem ser observados na mesma linha dos olhos para
evitar erros. Vale lembrar também que os aparelhos de laboratório geralmente
têm até temperatura especifica para operação, como no caso das pipetas, que
tem sua maior precisão em temperaturas de 20°C a 25°C em sua maioria.
Figura 4 – Ilustração Bureta

Fonte – Apostila de fundamentos de química experimental

Figura 5- Ilustração preenchimento de bureta

Fonte - Apostila de fundamentos de química experimental

Figura 6 – Ilustração preenchimento de pipeta

Fonte – Apostila de fundamentos de química experimental


Importante dizer que, apesar de toda a aparelhagem disponível, ainda
sim as medições são passivas de erros, isto é, podem ser erros em função dos
operadores da medição, da escolha do equipamento errado, da técnica errada,
falha na observação do menisco e até mesmo em função de um recipiente sujo
ou mal verificado, portanto, como descrito por um dos princípios básicos da
ciência, ainda que mais bem feita possível, toda medida é aproximada ou seja,
não se pode medir uma grandeza com precisão absoluta.

2. OBJETIVOS

Conhecer os nomes e funções das: provetas, pipetas e buretas, que são


instrumentos de medida comumente usados num laboratório. Então, através da
medição de diferentes volumes de água, habituar-se com as vantagens,
desvantagens e processos de uso dos instrumentos, o que facilitará a medição
de quantidades para as próximas atividades.

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.1. MATERIAIS UTILIZADOS

 Água destilada
 1 béquer de 100 ml
 1 béquer de 500 ml
 1 erlenmeyer de 50 ml
 1 proveta de 50 ml
 1 pipeta volumétrica de 1 ml, 2 ml, 5 ml e 10 m
 1 bureta de 50 ml
 1 bureta de 25 ml
 Pipeta de Pasteur
 Pera insufladora
 Pipetador
 Garra para bureta
 Suporte universal
 Bastão de vidro

3.2. PROCEDIMENTO

 Primeiramente separou-se um béquer de 100 ml, uma Pipeta de Pasteur


e uma proveta de 50ml.
 Por limitações de precisão, na proveta foi realizada apenas a medição
de 5 e 10ml. Para isso, o béquer de 100 ml foi preenchido até a metade,
então foi derramado parte do seu conteúdo na proveta, até se aproximar
da quantidade necessária. Para o ajuste fino, foi utilizada a Pipeta de
Pasteur derramando gota a gota até o menisco estar na posição correta.
 Em seguida foi lavada a proveta e deixada escorrendo, então separou-
se um béquer de 500 ml, pipetas volumétricas com as medidas: 1 ml, 2
ml, 5 ml e 10 ml, além de uma pera insufladora e um pipetador.
 Primeiro foi realizada a medida usando as pipetas e a pera insufladora,
para isso usou-se a pera para puxar água do béquer de 100ml até
passar do menisco, então, com mais precisão, foi derramada a água no
béquer de até acertar as medidas com precisão, realizando as medidas
de 1 ml, 2 ml, 5 ml e 10 ml.
 Em seguida, foi testado o pipetador, com o qual há mais precisão ao
puxar a água, por isso a água foi puxada até atingir a posição correta do
menisco, realizando também as medições de 1 ml, 2ml, 5ml e 10ml.
 Foram lavadas as pipetas e deixadas sobre um pedaço de papel, já o
béquer de 500 ml lavado e deixado no escorredor. Então separou-se um
erlenmeyer de 50 ml, uma bureta, uma garra para bureta e um bastão de
vidro.
 Usando da garra para bureta, ela foi presa num suporte universal,
montando o sistema dessa forma
(figura 7):
Figura 7 – Ilustração utilização Bureta
Fonte - https://silo.tips/download/objetivos-da-atividade-experimental

 Então foi derramada água destilada para realizar as medidas. Primeiro


utilizou-se um béquer para encher a bureta com torneira fechada, foram
removidas as bolhas derramando água, então foi derramada a água até
atingir as medidas adequadas, sendo possível realizar todas as
medições com precisão. Então foi feito um processo parecido, mas
enchendo a bureta com o uso de um erlenmeyer e um bastão de vidro.
 Por fim, realizadas todas as medições, a água foi descartada e o que
sobrou de vidraria foi lavado.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Tendo em vista os procedimentos descritos no item 3.2, iniciou-se o


processo pelos instrumentos de “menor precisão”, as tentativas feitas na
proveta para atingir 5ml e 10ml atingiram o esperado (figura 8). Conseguiu-se
observar o menisco na posição correta de acordo com o acerto realizado com a
pipeta de pasteur, a dificuldade encontrada nessa medição foi a
incompatibilidade de medidas, os valores apontados no béquer ao serem
transferidos para a proveta indicavam diferenças de quantidade. Daí surge a
necessidade de correção com a pipeta de pasteur que por sua vez também não
possuía a maior das precisões, uma vez que cada gota, por mais que
aparentemente semelhante, notava-se a falta de exatidão.
Figura 8 – Ilustração proveta
Fonte – Do próprio autor

Notou-se também a diferença que o material faz no que tange ao


experimento, ao realizar o experimento na proveta de plástico e na de vidro,
observou-se que o plástico tende a ser mais opaco e dificultar a observação do
menisco enquanto que o de vidro era mais nítido.
Seguido disso, começou-se o trabalho com as pipetas volumétricas e
graduadas, que se demonstraram muito mais eficientes mesmo possuindo um
processo mais complexo para realizar as medições. Primeiro utilizou-se da
pera combinada a pipeta volumétrica, a pera apresentou uma certa dificuldade
para fazer a sucção da água, mas que por sua vez, tornou o processo de
escape da mesma mais fácil, facilitando o acerto do menisco, pode-se dizer
que pera apresentava um controle maior na retirada do que o pipetador, que
fez parte da segunda etapa de teste.
O pipetador é um instrumento que realiza o mesmo trabalho da pera,
mas que difere seus pontos fortes assim como seus pontos fracos, neste caso,
encher a pipeta é a parte mais precisa para esse instrumento, enquanto
evacuar algo se torna mais complicado. Isso pode ser explicado pelo fato de
que o pipetador tem um mecanismo de saída mais rápido e volumoso do que a
pera, onde cada aperto no ponto certo libera um volume menor e realmente
mais preciso.
Outra comparação realizada a parte foi a entre as pipetas volumétricas e
graduadas, que como citado no item 1.0, apresentam diferença na precisão em
função de suas medidas. O ocorrido foi no sentido de que o valor medido de
10ml na pipeta volumétrica foi o repassado para um béquer vazio e novamente
inserido na pipeta graduada, que supostamente deveria marcar 10ml como no
volumétrica. Realmente o menisco ficou muito próximo a marca correta, porém
observou-se uma variação considerável acima do esperado no fim da
comparação.
Chegou-se então no último equipamento utilizado, a bureta. Esta
demandou realmente uma maior atenção aos detalhes desde o preenchimento
da bureta até seu método de vazão. Começando pelo enchimento da bureta,
assim como descrito no item 1.0, podemos faze-lo de duas formas, seja com
um béquer ou com um frasco adjunto de um bastão de vidro sendo necessário
ressaltar que é fundamental utilizar somente um destes procedimentos e não
os misturar (exemplo utilizar o béquer juto do bastão de vidro), pois nesse caso
o béquer já possui um bico de escoamento próprio para líquidos. Outro ponto
da bureta é que se deve atentar muito as possíveis bolhas que fiquem dentro
da mesma, devendo todas serem retiradas no condicionamento da bureta,
etapa onde se retiram as bolhas e faz uma primeira passagem do líquido antes
de começar as titulações, isso faz com que a bureta “entenda” o que vai ser
utilizado por ela.
Vale-se dizer que este experimento foi feito em duplas, mas realizado
por todos os alunos da bancada e em ambos os casos só foi concluída a
medição quando aferido a veracidade da medida por ambos alunos. A maior
dificuldade aferida neste experimento foi a falta de comprovação para as
medidas, apesar de termos tentando executar uma espécie de “prova real”
entre as buretas, podemos ter cometido um erro na medição da volumétrica ou
até mesmo na hora da passagem para a graduada. Portanto, apesar das
medidas serem fatores que aparentemente estavam corretos, o fator humano
ainda estava presente e por ser a primeira vez da maioria do grupo
manuseando os equipamentos provavelmente uma maneira de comprovação
seria um método interessante para testar nossas técnicas.

5. CONCLUSÃO

Nessa prática foi realizada a medição, quando possível, de 1, 2, 3, 5 e


10 ml de uma solução de água destilada em vários instrumentos de medida
diferentes, no caso, foram utilizados: uma proveta, pipetas volumétricas e uma
bureta. Tudo isso feito com o objetivo de, por meio de medições na prática,
conhecer e se familiarizar com os instrumentos de medida, para facilitar seus
usos em futuros experimentos.
Conseguiu-se realizar apenas parte das medidas por conta da limitação
de precisão e de materiais no laboratório. No caso, com a proveta só foi
possível medir 5 e 10 ml; com a pipeta volumétrica, não havia uma com volume
de 3ml; já com a bureta, realizou-se todas as medidas, num geral, ainda foram
testados os equipamentos, atingindo o objetivo do experimento.
Durante o experimento, foram encontradas como dificuldades: a falta de
precisão de alguns equipamentos, a formação de bolhas em alguns tipos de
instrumentos, o manuseio de equipamentos, principalmente do pipetador, além
da visualização do menisco, principalmente com os equipamentos de plástico
que tem menor adesão e são mais opacos.
Como um todo, essa prática ajudou na familiarização com os
equipamentos mais comumente usados no laboratório, bem como o
entendimento das dificuldades no uso de cada um, por tanto deu uma melhor
noção de qual equipamento escolher dependendo de futuras necessidades.
Laboratório de Química Geral /Engenharia de Produção DQ1106P23
Turma 2023
RELATÓRIO 1: VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA DE EBULIÇÃO DA
ÁGUA

Luis Afonso Dionísio , 231012772


Matheus Henrique Lacerda Copi Terzo, 231010044
Milena Medeiros Costa, 231011181
Pedro Rezende Wagemaker, 231010354

Prof. Vitor Fernandes Moreno


Bauru
27/03/2023
1. INTRODUÇÃO

Na natureza, existem 3 estados da matéria, sendo definidos como:


sólido, líquido e gasoso. A matéria pode mudar de estado de acordo com a
interação com o ambiente em que se encontra, podendo perder ou ganhar
energia.
Há 5 processos de mudança estado, sendo eles:
Condensação/ Liquefação: Transformação do estado gasoso ao líquido,
ocorre quando o vapor/gás perde energia para o ambiente.
Solidificação: transformação do estado líquido ao sólido, ocorre quando
as moléculas perdem energia, o que as fazem mover-se menos.
Fusão: transformação do estado sólido ao líquido, ocorre quando as
moléculas recebem mais energia e se movimentam.
Sublimação: transformação do estado sólido ao gasoso, ocorre em
ambientes específicos quando a matéria sólida recebe energia suficiente para
tornar-se um gás.
A vaporização representa uma dessas mudanças de estado físico,
saindo do líquido ao gasoso, se dividindo em três modos distintos: Calefação,
Evaporação e Ebulição.
A calefação ocorre de forma rápida, normalmente numa situação em que
há pouca quantidade de substância líquida em uma superfície de temperatura
elevada.
A evaporação ocorre de forma natural e gradual, geralmente em lugares
de temperatura ambiente, substâncias como a água naturalmente evaporam.
O ponto de ebulição representa o momento em que uma substância é
submetida a uma determinada temperatura e pressão, recebendo calor e a
fazendo mudar seu estado físico.
O último processo ocorre quando bolhas de vapor se formam na primeira
camada. Fatores externos como temperatura, pressão atmosférica e altitude
afetam o experimento diretamente.
O pensamento de que a água entra em processo de ebulição a exatos
100°C é um fato bem difundido, porém, vale-se dizer que isso ocorre somente
quando a pressão do ambiente em que esta se encontra possui 1 atm, ou 760
mmhg, que significa, em outros termos, o nível do mar. Isto é, 100° C trata-se
da temperatura em que a pressão de vapor da água se iguala a uma pressão
atmosférica (1 atm) (Atkins e Paula).
Visto as informações acima, torna-se claro que a temperatura para a
mudança de estado físico se deve a um valor variável, portanto, há uma
equação específica para calcular a pressão necessária para isso. Dada por:
Ponto de ebulição ao nível do mar = Ponto de ebulição teórico − (Pressão
experimental − Pressão ao nível do mar) × 0,045°C/mmHg. Uma versão
simplificada da equação de Clausius-Clapeyron, que estabelece a relação entre
a pressão de vapor de um líquido e sua temperatura de ebulição. Essa fórmula
é frequentemente usada para determinar o ponto de ebulição de um líquido ao
nível do mar, com base na pressão e temperatura experimentais (Aparício,
2010).
O ponto de ebulição teórico é a temperatura em que o líquido entraria
em ebulição a uma pressão padrão de 1 atm, enquanto a pressão experimental
é a medida da pressão durante o processo de ebulição. A pressão ao nível do
mar é a pressão atmosférica padrão, que é cerca de 760 mmHg. A constante
0,045°C/mmHg é conhecida como constante de Clausius-Clapeyron, e é usada
para converter a mudança de pressão em uma mudança correspondente na
temperatura de ebulição.

2. OBJETIVO
Verificar com um experimento como a diferença de altitude e, por
conseguinte, de pressão, influencia na temperatura de ebulição, nesse caso, da
água.

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1. MATERIAIS UTILIZADOS
● Água destilada
● 1 erlenmeyer de 250 ml
● 1 termômetro de mercúrio
● 1 termômetro eletrônico
● 1 suporte universal
● 1 suporte e fixadores
● 1 tripé
● 1 bico de Bunsen
● 1 tela de amianto

3.2. PROCEDIMENTO
 Primeiramente, separou-se todos os materiais necessários, então foi
montado um sistema com o erlenmeyer sobre um tripé, com o bico de
bunsen embaixo dele para aquecê-lo e com os termômetros presos no
suporte, como mostrado na imagem a seguir (fig. 9,10):

Figura 9 – Ilustração termômetros presos no suporte.

Fonte – Do próprio autor

Figura 10 – Ilustração montagem dos aparelhos.

Fonte – Química geral experimental


 Em seguida, foi ligado o bico de bunsen para aquecer a água. A partir
desse momento, o cronômetro do celular foi ligado, então aguardou-se
um minuto para fazer a primeira medição, na qual houve divergência
entre o termômetro eletrônico e o de mercúrio, no entanto, ao seguir o
experimento, o termômetro eletrônico “queimou” e foi usado como base
apenas o de mercúrio.
 Seguindo, foram obtidas as seguintes medições no termômetro de
mercúrio: primeira medição 33° C, segunda 41° C, terceira 48° C, quarta
52° C, sexta 57° C, sétima 70 ° C e então na oitava, a 97° C, começou a
abolir.
 Por curiosidade, no termômetro queimado, os valores foram: 36,3° C;
44,6° C; 52,6° C; 58° C; 63,8° C e então parou.
 Iniciada a ebulição, foram realizadas mais 8 medições, novamente
repetindo o padrão de uma por minuto. Nesse teste, foram obtidos os
resultados de 98° na primeira medição, 100 na segunda, 100 na terceira,
então 101 na quarta, valor que se repetiu até o final.
 Por fim, foi usada a fórmula: Ponto de ebulição no nível do mar = Ponto
de ebulição no experimento - (pressão no local do experimento - pressão
no nível do mar) * 0,045 c°/mmHg. Realizando as contas, foi obtido: 100
= X - (706,8 - 760) * 0,045; X = 97,7° aproximadamente.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Diante do especificado no que tange ao procedimento (, iniciou-se o


experimento pela separação dos equipamentos e medição do volume correto
(150 ml) a ser colocado dentro do erlenmeyer, feita a correta medição na altura
dos olhos e sobre a bancada de madeira notou-se que, ao posicionar
novamente o frasco na tela de amianto o mesmo indica um volume diferente do
mensurado anteriormente, sinal de alerta e fator muito importante para alertar-
se aos detalhes, uma vez que se não fosse seguido o processo corretamente,
o experimento poderia ter resultado em uma diferença significativa pelo simples
fato de uma medição mal feita.
Com o erlenmeyer devidamente disposto, se deu inicio ao processo de
posicionamento dos termômetros, o digital foi realmente bem simples, o
suporte já possuía uma das garras e foi um encache tranquilo, o problema se
concentrou no termômetro de mercúrio, este, por ser muito fino precisou ser
colocado dentro de uma rolha para atingir a espessura suficiente para ser
preso pela garra.
Com todo o aparato instalado, foi ligada a chama que iniciou o
aquecimento da água. Foi então que começaram as medições, notou-se que,
ao chegar por volta da terceira medição (três minutos) a temperatura começou
a subir um tanto quanto mais que o “esperando” e pensou-se que não daria
tempo de realizar as oito medições antes do aquecimento, porém ainda que no
tempo bem junto tudo saiu como planejado, assim como na demonstração a
seguir (Gráfico 1):
Gráfico 1 – Temperatura em função do tempo

Fonte – Do próprio autor

Por questão de curiosidade e comparação, o resultado entre os


termômetros estava bem emparelhado (como demonstrado no Gráfico 2),
porém é difícil constatar a precisão entre o digital e o de Mercúrio, uma vez que
aquele não conseguiu completar o experimento. Mesmo assim, notou-se uma
diferença pertinente de aproximadamente 3° C entre os aparatos, e assumiu-se
que o de mercúrio teria sido mais eficiente no final da comparação, uma vez
que ao realizar o cálculo supracitado, o resultado foi coerente (97°/ 98° C) com
o inerente 97,7° C.
Vale-se ressaltar que neste experimento foi notado poucas dificuldades
além das já anteriormente citadas, o maior fator no final do experimento que o
comprometeu no final foi a dificuldade de visibilidade do mercúrio quando a
água começou a ebulir.

Gráfico 2 – Temperatura em função do tempo (Termômetro Digital)

Fonte - Do próprio autor

5. CONCLUSÃO

Nesta prática foram feitas medidas a cada minuto até o ponto de


ebulição da substância, após isso, foram mais 8 minutos medindo para
demonstrar, assim como no gráfico, que haveria um momento em que a
temperatura se estagnaria. Não só o objetivo de se habituar com a noção da
temperatura e tempo necessários para o experimento ser realizado foi
concluído com sucesso, mas também a de ter ciência da existência da fórmula
para calcular a temperatura ideal de acordo com a altitude.
Mínimas dificuldades foram encontradas pelo grupo, como: pouca
visibilidade, o calor próximo ao experimento, e a visualização exata do
menisco, todavia, nada que não pudessem lidar. A falta do termômetro digital
não foi um empecilho muito grande pois, como dito anteriormente, o de
mercúrio se fez mais preciso, sendo comprovado pela fórmula.
Concluiu-se que a água não entra em processo de ebulição
necessariamente aos 100ºC, esse número pode variar, tal processo depende
da pressão e da altitude de onde está localizado. Assim, esse processo pode
ocorrer em temperaturas inferiores ou superiores a 100ºC.
REFERENCIAS

1. VALIM, João; SILVA, Glaucia; Apostila De Fundamentos De Química


Experimental. Ribeirão Preto, 2017. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3072878/mod_resource/content/
1/Apostila%20QGExp%202017_S1.pdf. Acesso em: 29 mar. 2023

2. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA . Medição e propagação


de erros. Londrina: Março de 2015. 6 p. Disponível em:
http://www.leb.esalq.usp.br/leb/aulas/lce5702/medicao.pdf. Acesso em: 29
mar. 2023.

3. A origem da metrologia. Mede Instrumentos De Medição, 2018.


Disponível em: < https://www.medeinstrumentos.com.br/a-origem-da-
metrologia/>. Acesso em: 29 mar. 2023.

4. STEFFENS, C. T.; VEIT, E. A.; SILVEIRA, G. L. Uma introdução ao


processo da medição no ensino médio. UFRGS, Porto Alegre, v.19,
n.2, p., 2008. Disponível em:
https://www.if.ufrgs.br/public/tapf/v19n2_Steffens_Veit_Silveira.pdf.
Acesso em: 29 mar. 2023.

5. Casqueira, N. L. F. Objetivos da Atividade. 5 p. Disponível em:


https://silo.tips/download/objetivos-da-atividade-experimental. Acesso
em: 29. Mar 2023

6. EDUCAMAISBRASIL. Ponto de ebulição. Educação, Enem, Química.


Disponível em:
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/quimica/ponto-de-ebulicao.
Acesso em: 29 mar. 2023.

7. PASSOS, Fátima; SIEBLAD, Helmut; Química Geral Experimental.


Belo Horizonte: UFMG, 2007. Disponível em:
https://www2.ufjf.br/quimicaead//files/2013/05/PDFC-Química-Geral-
Experimental-EADQUI005.pdf-parte-1.pdf. Acesso: 29 mar. 2023

8. TODA MATÉRIA. Ebulição. Disponível em:


https://www.todamateria.com.br/ebulicao/. Acesso em: 29 mar. 2023.

9. CHANG, Hasok; When water does not boil at the boiling point.
Disponível em:
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S01609327070000
75. Acesso: 29 mar. 2023.

10. ATKINS, P.; DE PAULA, J. Físico-Química. 10. ed. Porto Alegre: LTC,
2017.

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