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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA - PIAUÍ

CAMPUS Teresina Zona Sul


CURSO: Bacharelado em Engenharia Civil
DISCIPLINA: Química Para Engenharia
MINISTRANTE: Prof. Dr. Carlos Pereira da Silva

Medição de
volumes,
procedimentos
e questões
correlatas
Thayssa Rennedy Souza Pereira

João Vito de Sousa Moura

Thalyson Juan de Sousa Santos

Ruan Guilherme Lopes Sousa

Thiago dos Santos Leite

Teresina, 25 de março de 2023


IFPI/CATZS – Química Para Engenharia

Índice

Resumo.............................................................................................................................. 03

Introdução ......................................................................................................................... 04

1. Sobre a medição ................................................................................................ 04

1.1. Sobre os equipamentos ......................................................................... 04

2. As imprecisões ................................................................................................... 05

2.1. Descuidos................................................................................................ 05

2.2. Erro de paralaxe...................................................................................... 05

2.3. Outras recomendações .......................................................................... 05

Objetivo. ............................................................................................................................ 06

Parte Experimental ........................................................................................................... 07

Resultados e discussão. .................................................................................................. 09

Conclusão ......................................................................................................................... 11

Referências Bibliográficas ............................................................................................... 12

Questionário...................................................................................................................... 13
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Resumo

Foram feitas diversas aferições de volumes com o uso de água destilada (H 2O). Os
dois primeiros procedimentos utilizaram-se da pipeta graduada como ferramenta para
transferência de líquido e medição de seu volume. Os últimos experimentos centraram-se
no uso da bureta. Em todas as experimentações, diferentes vidrarias serviram como
receptoras de líquido, e diversas observações foram registradas, como: interferências
externas, erros comuns de conduta, que podem influir na efetividade dos procedimentos.

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Introdução

1. Sobre a medição
A medição de volumes é uma das tarefas mais importantes em química, pois é
necessária para a preparação de soluções, para dosagem de reagentes, para determinar
densidade de líquidos, entre outras diversas atividades. No entanto, para realizá-la de
forma precisa e confiável, deve-se conhecer os equipamentos adequados a serem
utilizados em cada ocasião, e tomar certas precauções - a fim de evitar erros comuns de
conduta.
1.1. Sobre os equipamentos
Em um laboratório existem basicamente dois tipos de frascos volumétricos, a saber:
aqueles calibrados para conter um certo volume – classificados como TC, to contain – e
aqueles calibrados para transferir um determinado volume – classificados como TD, to
deliver –, dentro de certos limites de precisão. Qualquer recipiente apresenta aderência de
fluído em suas paredes internas, mesmo estando limpo e seco. No entanto, os frascos TD
são calibrados de modo a contornar esse impasse¹. Outro aspecto a se considerar é o uso
da vidraria em aquecimentos, pois essa prática a torna menos precisa (ao ponto de não de
ser indicada para medições), devido às constantes dilatações e contrações sofridas pela
peça. Nessa categoria, encontram-se o erlenmeyer e o béquer. A bureta, as pipetas
(graduada e volumétrica) são tidas como TD, e a proveta como TC.

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2. As imprecisões

2.1. Descuidos
Muitos fatores podem influir nessa atividade, os mais comuns basicamente são os
seguintes: uso de material molhado e/ou sujo, aparelhos descalibrados, formação de
bolhas nos recipientes, escoamento veloz, erro de paralaxe e uso de equipamento
inadequado.

2.2. Erro de paralaxe


A superfície superior de um líquido confinado em um tubo estreito exibe uma
curvatura característica, ou menisco. O uso da base do menisco como ponto de referência
para calibração e utilização dos equipamentos volumétricos é um padrão, portanto é de
fundamental importância ajustá-lo com perfeição, além de evitar a paralaxe - que consiste
em uma ilusão de ótica, na qual há um deslocamento aparente do nível de um líquido à
medida que o observador muda de posição. Para tanto, basta que o observador, na leitura
de volumes, mantenha seus olhos no mesmo nível da superfície do líquido (Figura 1)².

Figura 1: Leitura correta

2.3. Outras recomendações


Deve-se sempre manter as vidrarias limpas, para evitar alterações nos volumes,
bem como na aderência padrão da peça. Ao usar a bureta, sempre ambientá-la
previamente. O processo de ambientação consiste em preencher a bureta com o líquido a
ser utilizado e permitir que o líquido flua através da torneira, garantindo que todo o ar seja
removido do sistema e que o líquido esteja em equilíbrio térmico com o ambiente. Isso é
importante porque, se houver ar na bureta, a medida pode ser afetada e se o líquido não
estiver na temperatura ambiente, pode haver uma dilatação ou contração do volume,
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alterando a precisão das medidas. O controle de velocidade da bureta também é uma


etapa importante na realização de experimentos laboratoriais, pois permite que o líquido
seja dispensado de forma precisa e controlada. A velocidade de escoamento do líquido
através da torneira da bureta pode afetar diretamente a precisão das medidas e, por isso,
é importante que seja controlada adequadamente.

Ao controlar a velocidade de escoamento do líquido, é possível evitar erros de


leitura na escala da bureta, garantindo que as medidas sejam feitas de forma mais
precisa. Além disso, a velocidade controlada também ajuda a evitar perdas de líquido e
minimiza a possibilidade de formação de bolhas de ar, que podem afetar a exatidão dos
resultados.

Objetivos: Identificar e caracterizar alguns recipientes volumétricos; estar ciente dos


erros que porventura possam ocorrer durante o uso e procurar evitá-los. Manipular
corretamente a vidraria disponível para determinação de volume. Analisar a exatidão dos
recipientes volumétricos.

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Parte Experimental

Materiais e Reagentes

- Béquer de 25 mL - Béquer de 150 mL


- Água destilada (H2O) - Bastão de vidro
- Bureta - Proveta de 100 mL
- Pêra
- Suporte universal
- Pipeta graduada
- Pisseta
- Proveta de 50 mL
- Funil

Procedimento Experimental

a) Uso da pipeta e comparação de volumes


Foram medidos 5 mL de solução - água destilada (H2O) - utilizando uma pipeta
graduada. A solução foi transferida para uma proveta, e o volume observado foi
anotado. O procedimento foi repetido, transferindo o mesmo volume para um béquer, e
anotou-se também o volume observado. Por fim, todo o procedimento foi feito
novamente, porém com o uso de 40 mL de solução.

b) Leitura do menisco em uma proveta


Foram adicionados 40 mL de solução - água destilada (H2O) -, com uma pisseta, a
uma proveta de 50 mL e mais 40 mL a uma proveta de 100 mL. Em ambos os casos,
mais 1 mL foi adicionado às provetas com uma pipeta. A leitura final dos meniscos foi
verificada em cada caso.

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c) Uso da bureta e comparação de volumes


A bureta foi enchida totalmente com a solução de água destilada (H 2O). Após a
zeragem, a torneira foi aberta e permitiu-se que 10 mL de líquido escoasse para um
béquer. Em seguida, a torneira foi fechada e o volume escoado foi examinado. Por fim,
fez-se a leitura de menisco da vidraria receptora do líquido.

d) Uso da bureta e averiguação de precisão de vidrarias


A bureta de 50 mL foi preparada completando seu volume até a indicação zero. Foi-
se despejado um volume de 50 mL de solução - água destilada (H2O) - sobre um
béquer graduado de 150 mL. Logo após, verificou-se se os volumes indicados por cada
vidraria coincidiam. Em seguida, a amostra do béquer foi descartada, e mediu-se
novamente nele próprio 50 mL de solução. Imediatamente, este volume foi transferido
para a bureta com o auxílio de um funil. Por fim, comparou-se a milimetragem indicada
por cada peça.

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Resultados e Discussão

Conforme exposto anteriormente, a bureta e as pipetas (graduada e volumétrica)


são mais precisas para medição de volumes, enquanto a proveta e o béquer apresentam
imprecisões, estando estas evidenciadas nos resultados dessa prática.

Na primeira atividade, os 5 mL de água destilada transferidos ao béquer e à proveta


não apresentaram diferenças de marcação significativa, tanto em comparação ao indicado
pela pipeta quanto entre os dois recipientes. No entanto, ao se medir os 40 mL entre as
duas peças, as diferenças foram significativas. A proveta indicava cerca de 40,5 mL,
enquanto o béquer apresentava uma marcação aproximada de 42 mL.
Na segunda atividade, comparou-se duas provetas (uma de capacidade de 50 mL,
a outra com capacidade de 100 mL) armazenando 40 mL de água destilada. Não se
observou diferenças significativas entre elas. Por fim, com uma pipeta, adicionou-se 1 mL
a ambas. Nas duas se indicavam cerca de 41,2 mL.

Fonte: Autores, 2023.

Na terceira prática, despejou-se, com o uso de uma bureta, 10 mL de água


destilada a um béquer. Notou-se uma indicação aproximada de 10,5 mL.

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Fonte: Autores, 2023.

Na última prática, despejou-se, com o uso de uma bureta, 50 mL de água destilada


a um béquer, o qual apresentou uma marcação aproximada de 52 mL. Por fim, com uma
pisseta, encheu-se o béquer até a marca de 50 mL para posteriormente depositar, na
bureta, todo seu líquido. A marcação indicada pela peça, ao final, foi de 47,5 mL.

Ao término das experimentações, verificou-se as precisões das diferentes vidrarias.


A bureta e a pipeta mostraram-se bem exatas, enquanto o béquer apresentou uma
margem de erro na faixa de 5% (dentro dos limites), já a proveta obteve um melhor
desempenho, com margem de erro na faixa de 1%³.

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Conclusão

Nessa prática observou-se o que a boa conduta química demonstra: a imprecisão


dos recipientes usados em aquecimentos de soluções em medir com exatidão volumes de
líquidos. A atividade também mostrou-se eficiente como meio de introdução à
manipulação de substâncias químicas, o modo de como transferi-las entre as diferentes
vidrarias - ao mesmo tempo em que a função de cada uma delas é melhor elucidada -, a
maneira correta de aferir volumes com cada peça de laboratório, bem como conhecer (e,
consequentemente, evitar) os equívocos/empecilhos mais comuns existentes durante essa
atividade, como: leitura incorreta de menisco, uso de material molhado e/ou sujo, erros de
paralaxe, formação de bolhas nos recipientes, controle indevido da velocidade de
escoamento, uso de material inadequado, entre outros pontos.

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Referências Bibliográficas

1. BACCAN, Nivaldo. Química analítica quantitativa elementar. 3. ed. rev. e ampl. e


reestruturada. São Paulo (SP): E. Blucher, 2004.

2. SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.; et al. Fundamentos de química analítica. São
Paulo: Cengage Learnin, 2009.

3. Measuring Cylinders vs Beakers: Pros & Cons of common lab glassware.


Scienceequip.com.au. Disponível em: <https://www.scienceequip.com.au/blogs/news/measuring-
cylinders-vs-beakers-pros-cons-of-common-lab-glassware>. Acesso em: 25 mar. 2023.

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Questionário

1. Como deve ser realizada a limpeza de vidraria utilizada em análise quantitativa?


Quais os erros que podem resultar de uma limpeza inadequada?

A limpeza adequada da vidraria utilizada em análise quantitativa é essencial para


garantir resultados precisos e confiáveis. A seguir, são apresentadas algumas diretrizes
gerais para a limpeza da vidraria de laboratório:
1. Lave a vidraria imediatamente após o uso para evitar que os resíduos sequem e se
fixem na superfície do vidro.
2. Enxágue a vidraria com água destilada ou deionizada para remover os resíduos
solúveis em água. Repita o enxágue até que a água saia limpa.
3. Use um detergente neutro diluído para lavar a vidraria com água morna ou quente. É
importante escolher um detergente que não deixe resíduos ou não reaja com os
produtos químicos que serão usados na análise.
4. Esfregue a superfície interna e externa da vidraria com uma escova apropriada para
remover qualquer material aderido à superfície do vidro.
5. Enxágue a vidraria novamente com água destilada ou deionizada para remover o
detergente e os resíduos solúveis.
6. Seque a vidraria com papel absorvente ou com um jato de ar. Evite secar a vidraria
com toalhas, pois elas podem deixar fiapos que contaminam a vidraria.
7. Guarde a vidraria limpa em um armário limpo e seco.
A limpeza inadequada da vidraria pode levar a resultados imprecisos e erros na
análise quantitativa. Os erros que podem resultar de uma limpeza inadequada incluem:
1. Contaminação cruzada: se a vidraria não for limpa adequadamente, resíduos de
análises anteriores podem permanecer e contaminar análises subsequentes, levando
a resultados imprecisos.
2. Erros de medição: se a vidraria não estiver limpa adequadamente, resíduos podem
interferir na medição de volume ou na reação química, levando a resultados
imprecisos.
3. Perda de precisão: se a vidraria não estiver limpa adequadamente, os resíduos
podem afetar a precisão da análise e levar a resultados imprecisos.

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Por isso, é fundamental realizar uma limpeza adequada da vidraria de laboratório


para garantir resultados precisos e confiáveis.

2. Qual a diferença entre um material volumétrico TD e TC? O que significam essas


siglas?

TD e TC são siglas utilizadas para identificar diferentes tipos de materiais


volumétricos em laboratórios químicos. A sigla TD significa "To Deliver" (para entregar),
enquanto a sigla TC significa "To Contain" (para conter).
A principal diferença entre esses materiais é a sua precisão de medida. Os
materiais TD são projetados para entregar um volume preciso de líquido, enquanto os
materiais TC são projetados para conter um volume preciso de líquido. Isso significa que
um material TD deve ser mais preciso em termos de medição do que um material TC.
É importante lembrar que, embora os materiais TD e TC sejam projetados para
diferentes finalidades, ambos são precisos e podem ser usados para medições precisas
em laboratórios químicos. A escolha entre o uso de um material TD ou TC dependerá das
necessidades específicas do experimento e das exigências de precisão na medida de
volume.

3. A pipeta é um material volumétrico TD ou TC?

A pipeta é um exemplo de material TD, pois é projetada para entregar um volume


preciso de líquido.

4. Por que não se deve remover o líquido que fica mantido na ponta da pipeta?

A ponta da pipeta é projetada para reter uma pequena quantidade de líquido, que é
chamada de "gota pendente". Essa gota pendente é essencial para garantir a precisão das
medições realizadas com a pipeta.
Ao retirar a pipeta do líquido, uma pequena quantidade de líquido fica retida na
ponta. Se essa gota pendente for removida, a quantidade de líquido entregue pela pipeta
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será menor do que o volume indicado na escala. Isso pode levar a resultados imprecisos e
erros na análise química.
Além disso, a gota pendente também ajuda a proteger a ponta da pipeta de
contaminação externa. Quando a pipeta é usada para entregar o líquido, a gota pendente
age como uma barreira que impede que o líquido do interior da pipeta entre em contato
com o ambiente externo.

5. O que é menisco? Como deve ser observado para evitar erro em análise
quantitativa?

Menisco é a curvatura da superfície de um líquido em contato com a parede de um


recipiente. Esse fenômeno ocorre devido às forças de adesão e coesão presentes nas
moléculas do líquido. O formato do menisco pode variar dependendo do tipo de líquido e
do material do recipiente.
Na análise quantitativa, é importante observar o menisco com precisão para garantir
a precisão da medição de volume. O erro de medição pode ocorrer se o menisco não for
observado corretamente, pois isso pode levar a leituras imprecisas da escala graduada.
Para observar o menisco corretamente, é necessário ajustar a posição dos olhos
em relação à superfície do líquido e ler o volume na escala graduada na altura do
menisco. A leitura deve ser feita na parte inferior do menisco, também conhecida como
"ponto de tangência", onde a superfície do líquido toca a parede do recipiente. É
importante evitar erros de paralaxe, que ocorrem quando o observador não está na
posição correta em relação ao menisco, o que pode levar a leituras imprecisas.

6. Por que é necessário calibrar material volumétrico em análise quantitativa?

A calibração de material volumétrico é essencial em análise quantitativa para


garantir a precisão e a exatidão das medições.
O processo de calibração envolve a determinação do volume real entregue ou
contido pelo material volumétrico, comparando-o com o volume indicado na escala
graduada. Como qualquer material volumétrico pode ter pequenas variações em sua
capacidade de medição devido a fatores como a qualidade da fabricação, desgaste do
material ou condições de armazenamento, a calibração é necessária para determinar a
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precisão do material e corrigir qualquer desvio que possa existir.

7. Qual o tempo mínimo de escoamento indicado para a pipeta calibrada? E o


tempo máximo? Qual a importância do acerto desses tempos?

O tempo mínimo de escoamento indicado para uma pipeta calibrada é determinado


pelo fabricante e deve estar especificado no manual do usuário ou na própria pipeta.
Geralmente, o tempo mínimo é de cerca de 10 segundos, o que significa que o líquido
deve escorrer completamente da pipeta em, no mínimo, 10 segundos.
Já o tempo máximo de escoamento depende do volume da pipeta e do líquido a ser
medido. Em geral, o tempo máximo recomendado é de cerca de 30 segundos. Se o líquido
demorar mais do que isso para escorrer completamente da pipeta, pode haver variação no
volume entregue, o que pode levar a erros na análise.
A importância do acerto desses tempos está diretamente relacionada à precisão
das medições. Se o tempo de escoamento for muito curto, o líquido pode não escorrer
completamente, deixando uma quantidade residual na ponta da pipeta, o que pode afetar
a precisão das medições. Por outro lado, se o tempo de escoamento for muito longo, pode
haver variação no volume entregue, levando a erros na análise.
Por isso, é importante seguir as especificações do fabricante para o tempo mínimo
de escoamento e evitar ultrapassar o tempo máximo recomendado. Também é importante
garantir que a pipeta esteja limpa e seca antes da medição e que o líquido esteja na
temperatura ambiente para minimizar variações no volume entregue.

8. Por que é necessário empregar o mesmo procedimento utilizado na calibração


toda vez que a pipeta for utilizada?

É necessário empregar o mesmo procedimento utilizado na calibração toda vez que


a pipeta for utilizada para garantir a precisão e a exatidão das medições.
Ao calibrar uma pipeta, é necessário seguir um protocolo padrão, que envolve
determinar o volume real entregue ou contido pela pipeta em condições específicas, como
temperatura, umidade e pressão. Esse procedimento leva em conta fatores como a
qualidade da fabricação, desgaste do material ou condições de armazenamento.
Ao utilizar a pipeta, é importante replicar essas mesmas condições para garantir
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que o volume entregue ou contido pela pipeta seja o mesmo que foi determinado na
calibração. Qualquer alteração nas condições de utilização da pipeta pode levar a
variações no volume entregue, o que pode levar a erros nas análises.
Por exemplo, se a pipeta foi calibrada a uma determinada temperatura e umidade
relativa, e é utilizada em condições diferentes, o volume entregue pode variar devido a
diferenças na densidade e na viscosidade do líquido. Da mesma forma, se a pipeta for
utilizada em uma posição diferente daquela utilizada na calibração, pode haver variações
no volume entregue devido à gravidade.
Portanto, para garantir a precisão e a exatidão das medições, é necessário seguir o
mesmo procedimento utilizado na calibração toda vez que a pipeta for utilizada, replicando
as mesmas condições de utilização e evitando qualquer variação que possa afetar o
volume entregue ou contido pela pipeta.

9. Por que é preciso esperar alguns segundos após o escoamento do líquido antes
de terminar a medida do volume com uma pipeta?

Após o escoamento do líquido de uma pipeta, ainda há uma pequena quantidade


de líquido que permanece dentro da ponta da pipeta e que pode afetar a precisão da
medida de volume. Essa quantidade residual de líquido é conhecida como "líquido
aderente" ou "líquido remanescente".

Para obter uma medida precisa e confiável do volume de líquido transferido, é


necessário esperar alguns segundos após o escoamento do líquido para permitir que o
líquido aderente escorra da ponta da pipeta e se junte ao restante do líquido na solução
receptora. Isso garante que todo o líquido transferido seja contabilizado na medida de
volume e minimiza a influência do líquido aderente na precisão da medida.

O tempo de espera necessário pode variar dependendo da viscosidade do líquido,


do diâmetro da ponta da pipeta e do tipo de pipeta utilizada. Normalmente, o tempo
recomendado de espera é de 10 a 30 segundos.

10. Por que é necessário que os erlenmeyers, a pipeta e água fiquem algum tempo
próximos à balança quando é realizada sua calibração?
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A temperatura e umidade do ambiente podem afetar a densidade da água e,


consequentemente, o peso dos erlenmeyers e das pipetas, o que pode afetar a precisão
das medidas. Isso ocorre porque a densidade da água varia com a temperatura e a
umidade relativa do ar, o que pode levar a erros de medição se esses fatores não forem
levados em consideração durante a calibração.

Ao deixar os erlenmeyers, as pipetas e a água próximos à balança antes da


calibração, é permitido que eles atinjam a temperatura e umidade ambiente. Dessa forma,
a densidade da água não mudará durante a medição, minimizando erros na calibração.
Isso é particularmente importante em experimentos de alta precisão, no qual pequenos
erros podem ter grandes efeitos nos resultados.

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