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08/05/2021

Físico-Química – 3º período

Forças

 Uma força é uma interação entre corpos, por contacto (ex. força que deforma um arco) ou à distância (ex.
força magnética), que lhes pode causar deformação, bem como alterar o estado de repouso ou de
movimento.

Caracterização de forças

Direção de F₁ = horizontal
Sentido de F₁ = da esquerda para a direita
 Uma força é uma grandeza vetorial
caracterizada por: intensidade, direção,
sentido e ponto de aplicação.
 A unidade SI da força é o newton (N).

Caracterização de dinamómetros

 Para medir a intensidade das forças usam-se dinamómetros.

 Menor divisão da escala – é o menor valor mensurável com o instrumento;


 Alcance – corresponde ao maior valor que o instrumento pode medir.

3ª lei de Newton – Lei da ação-reação

 A toda a ação (força exercida) corresponde uma reação (outra força exercida) com a mesma intensidade,
a mesma direção e sentidos opostos. Estas duas forças têm pontos de aplicação diferentes e designam-se
por “par ação-reação”.

Resultante das forças aplicadas

Força resultante

 A força resultante ou, simplesmente, resultante, F r, é uma força que produz os mesmos efeitos que todas
as forças aplicadas num corpo.

 Num sistema com duas forças aplicadas, F₁ e F₂, a força resultante será F r = F₁ + F₂
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Resultante de forças com igual direção e sentido

O valor da força resultante


pode ser determinado como:

Fr = F₁ + F₂

Resultante de forças com igual direção e sentidos opostos


O valor da força resultante
pode ser determinado como:

Fr = F₁ - F₂ (se F₁ > F₂)


ou
Fr = F₂ - F₁ (se F₂ > F₁)

Resultante de forças com direções perpendiculares

O valor da força resultante pode


ser determinado aplicando o
Teorema de Pitágoras:

Forças e movimentos

Inércia

 A inércia é a propriedade dos corpos que nos indica a maior ou menor dificuldade em alterar o seu estado
de repouso ou movimento.

 Quanto maior é a massa de um corpo, maior a sua inércia e vice-versa.

Massa de um corpo e aceleração

 A aceleração que o corpo adquire é diretamente


proporcional à resultante das forças nele aplicadas.

2ª lei de Newton – Lei fundamental da dinâmica

 A resultante das forças aplicadas num corpo (F r) produz uma aceleração (a) com a
mesma direção e sentido. Fr e a são diretamente proporcionais, sendo a constante de
proporcionalidade a massa do corpo (m).

Peso de um corpo

 O peso de um corpo é uma força gravítica. Na Terra, todos os corpos estão sujeitos à mesma aceleração
da gravidade, g, com um valor médio de 9,8 m/s².

O valor do peso pode ser


determinado como:

P=m×g
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Força resultante e características dos movimentos

1ª lei de Newton – Lei da inércia

 Quando a resultante das forças que atuam num corpo for nula, um corpo em repouso permanece em
repouso e um corpo em movimento permanece em movimento retilíneo uniforme.

Forças na segurança rodoviária

Forças sobre um veículo que colide

 O valor da força média da colisão pode ser determinado tendo em conta a 2ª lei de Newton:
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 A força de colisão é tanto maior quanto maior a massa (m), maior a velocidade (v), menor o tempo de
colisão (∆t).

Pressão

 A pressão é diretamente proporcional ao valor da força e inversamente proporcional à área de superfície.

 A unidade SI de pressão é o pascal e corresponde à força de 1N exercida sobre uma superfície de 1m².

É possível reduzir os efeitos de uma colisão aumentando


o tempo de colisão e a superfície de contacto.

Elementos de segurança automóvel

 Os elementos de segurança automóvel visam reduzir os efeitos de uma colisão:

 Aumentando o tempo da sua duração e reduzindo assim a força associada;


 Distribuindo a força por uma área maior e reduzindo assim a pressão exercida.

Exemplos:

 cinto de segurança – impede que o corpo saia da sua posição numa colisão, como seria de prever
pela 1ª Lei de Newton. Possui elasticidade para que os passageiros não se imobilizem
imediatamente, aumentando o intervalo de tempo de aplicação da força. A sua área procura
minimizar a pressão sentida pelos passageiros;
 encosto de cabeça – em caso de colisão pela retaguarda, evita um golpe perigoso no pescoço e na
região cervical. Amortece o impacto, prolongando o intervalo de tempo da colisão;
 airbag – almofada de ar que se enche numa colisão. Destina-se à proteção do tronco e da cabeça,
amortecendo o impacto através do aumento do intervalo de tempo da colisão;
 capacete – tem um interior esponjoso, que permite aumentar o tempo de colisão. O revestimento
exterior é rígido e permite distribuir a força do impacto por uma superfície maior de modo a
proteger a cabeça;
 estruturas de deformação programada – destina-se a proteger os passageiros num habitáculo rígido
e resistente permitindo que o resto da estrutura do veículo se deforme em caso de colisão. Com isto
aumenta-se o intervalo de tempo de colisão diminuindo a força de colisão.
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Tipos fundamentais de energia

Energia cinética – associada ao movimento

 Entre dois corpos com a mesma massa, o que se desloca a maior velocidade terá maior energia cinética.

 Entre dois corpos que se deslocam à mesma velocidade, o que tiver maior massa terá maior energia
cinética.

No dia a dia…

 Entre dois veículos com a mesma massa, o que se deslocar maior velocidade (maior energia cinética)
provocará mais impacto em caso de colisão.

 Entre dois veículos que se deslocam à mesma velocidade, o que tiver maior massa (maior energia
cinética) provocará maior impacto em caso de colisão.

Energia potencial – “armazenada” e pronta a ser utilizada

Energia potencial gravítica

 Entre dois corpos com a mesma massa, o que se encontrar a uma altura mais elevada terá maior energia
potencial gravítica.

 Entre dois corpos à mesma altura, o que tiver maior massa terá maior energia potencial gravítica.

Energia potencial elástica

 A energia potencial elástica é a energia associada à deformação dos corpos.

 A mola, por exemplo, quando comprimida ou distendida, adquire energia


potencial elástica:

Energia potencial química

 Encontra-se “armazenada”: nos alimentos, nos combustíveis, etc.

Energia potencial elétrica

 Potencia: trovoada, atração de papeis por um objeto de plástico previamente friccionado, etc.

Transformações e transferências de energia

Transformações de energia em movimentos verticais

• Durante o lançamento de um corpo


para cima, na vertical, verifica-se:

- Diminuição da energia cinética, pois a


velocidade do corpo vai diminuindo;
- Aumento da potencial gravítica, pois
ao subir, o corpo fica cada vez mais
afastada do solo.
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• Durante a queda livre de um corpo


verifica-se:

- Diminuição da energia potencial


gravítica, pois a altura do corpo em
relação ao solo diminui;
- Aumento da energia cinética, pois a
velocidade do corpo vai aumentando.

 A energia total/energia mecânica, soma da energia cinética com a energia potencial, é constante.
Ocorre tanto na subida como na descida.
E𝑚 = E𝑐 + E𝑝
 Durante a subida da bola, a energia cinética foi-se transformando em energia potencial gravítica,
enquanto durante a descida aconteceu o oposto.

No dia a dia…

Transformações de energia por ação de forças

 O trabalho é a energia transferida entre sistemas através da atuação de forças. Representa-se por W e a
sua unidade SI é a da energia, ou seja, o joule (J).

O trabalho pode ser:


 positivo ou potente (W>0), se a força for exercida no sentido em que o corpo se desloca.
Ex: quando se empurra um veículo, transfere-se energia exercendo uma força, aumentando, assim, a
energia cinética do veículo.
 negativo ou resistente (W<0), se a força for exercida no sentido oposto àquele em que se desloca.
Ex: quando se exerce uma força para travar o movimento de um corpo (bola e rede), reduz-se a sua
energia cinética.
 nulo (W=0), se a força for exercida sem que o corpo se desloque.
Ex: Quando se segura uma mala, a energia cinética é nula, sendo que, neste caso, o trabalho desta
força é nulo.
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Impulsão

Valor aparente do peso de um corpo

Ao pesar um corpo, ficamos a conhecer o valor do deu peso real. Se o pesarmos mergulhado em água, o seu
peso aparenta ser menor. Conclui-se assim que a água exerce uma força (impulsão) de baixo para cima
sobre o corpo.

 O valor que o peso de um corpo aparenta ter, quando imerso em água, é inferior ao seu valor quando
medido no ar.

 A impulsão é uma força vertical, com sentido de baixo para cima, exercida por um fluido sobre
um corpo nele imerso, total ou parcialmente.
I = Pr - Pa
Comportamento de um corpo num fluido

1. O peso do corpo é superior ao da impulsão (P>I): o corpo afunda-se.


2. O peso do corpo é inferior ao da impulsão (P<I): o corpo sobe.
3. O peso do corpo é igual ao da impulsão (P=I): o corpo permanece em equilíbrio

Fatores que influenciam a impulsão

• Volume do fluido deslocado pelo corpo imerso: quanto maior o volume de um corpo imerso, maior o
volume do fluido deslocado e maior a impulsão a que este fica sujeito.

• Densidade do fluido onde o corpo é imerso: quanto maior a densidade de um fluido, maior a impulsão
sofrida por um corpo nele imerso.
p = m/v
Lei de Arquimedes

 Todo o corpo mergulhado num fluido sofre, por parte do fluido, uma força vertical (impulsão) com
sentido de baixo para cima, cuja intensidade é igual à do peso do fluido deslocado pelo corpo.

N I = P fluido deslocado  I = m fluido deslocado x g  I = p fluido deslocado x Vfluido deslocado x g

Kg Kg/m³ m³
9,8 m/s²

No dia a dia…

• O funcionamento do autoclismo pode ser auxiliado por uma boia. Esta controla o nível de água por
flutuação.

• Alguns peixes acumulam ar ou água para os auxiliar a ascender ou a afundarem-se.

• Os navios têm de ser carregados em segurança. Estes flutuam, apesar do elevado peso. Isto deve-se à
impulsão que iguala o valor do seu peso.

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