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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DA HUÍLA

Licenciatura em Engenharia Civil / 2023/2024 2ºAno

Estática
Sumário:
Apresentação
Breves considerações
Apresentação do programa e do objectivo
da Disciplina
Desenvolvimento da Anuidade I

O professor: Luís Muteca, Engº


Programa da Disciplina
Unidade I: Redução dos sistemas de forças

Unidade II: Propriedades geométricas de secções

Unidade III : Equilíbrio de corpos rígidos

Unidade IV: Estruturas


LITERATURA PRINCIPAL
Mecanica Vetorial para Engenheiros. Ferdinand P. Beer, E. Russell Johnston,Jr.
Objectivos e Competências a desenvolver
pela Disciplina

1. Identificar os fenómenos físicos ligado a


estática e os fundamentos da geometria de
massas de modo a inseri-las no estudo do
equilíbrio dos corpos e da engenharia de
estruturas.
2. Analisar o comportamento mecânico de
corpos sob a acção de forças e
dimensionar as Estruturas
3. Representar sistemas equivalentes de
forças no plano e no espaço
Objectivos e Competências a desenvolver
pela Disciplina

•Calcular as forças que intervêm no


equilíbrio do sólido rígido

•Determinar as reacções nos apoios e as


forças de tracção e compressão numa
estrutura
Unidade: I- Redução dos
sistemas de forças
Sumário/5 de Março
Introdução
- CORPOS RÍGIDOS. FORÇAS EXTERNAS E
INTERNAS.
- EQUILÍBRIO ESTÁTICO E DINÂMICO
- PRINCÍPIO DA TRANSMISSIBILIDADE.
FORÇAS EQUIVALENTES.
- MOMENTO DE UMA FORÇA RESPEITO A UM
PONTO NO PLANO E NO ESPAÇO.
- REGRA DA MÃO DIREITA
- BINÁRIO
- TEOREMA DE VARIGNOM
OBJETIVOS DA UNIDADE I:
No final da unidade os estudantes serão capazes
de:

1.Conhecer um corpo rígido e os tipos de forças


que podem actuam sobre um corpo

2.Conhecer o conceito de momento de uma força.


3.Determinar o Momento de uma força por meio
da Redução de Sistemas de forças.
ESTÁTICA
A Estática é uma área da Mecânica dos corpos rígidos que estuda
o equilíbrio dos corpos em repouso ou em movimento com
velocidade constante.

A Mecânica é a ciência que estuda o efeito de sistemas de forças


a actuar em corpos em repouso ou em movimento.
Corpos rígidos
O que temos visto até agora está relacionado a partículas, ou
seja, cada corpo assume-se como uma partícula, mas nem
sempre é possível essa suposição.
O tamanho do corpo deve ser levado em conta, bem como o
facto de que as forças que actuam sobre as partículas
individuais, e, por conseguinte, têm aplicação diferente.
Todos os corpos que são analisados ​neste Cadeira serão
rígidos, ou seja, as suas deformações não influenciam as
condições de equilíbrio ou o movimento do corpo.
Corpos Rígidos (C.R): é o conjunto de
partículas agrupadas de forma que a
distância entre as partes que constituem o
corpo ou o sistema não sofram mudança, ou
seja, essas partículas não se alteram para
um referencial fixado no próprio corpo.

O C.R é também um sistema de partículas


que constituem o tamanho de um corpo.
Um corpo rígido é aquele também cuja
forma não varia apesar de ser submetido à
acção de forças externas. Ou seja, a distância
entre as diferentes partículas que o compõem
mantém-se invariável ao longo do tempo.
O corpo rígido é um modelo ideal que se
utiliza para realizar estudos de cinemática e
de mecânica. Porém, na prática, todos os
corpos deformam-se, embora minimamente,
sempre que são submetidos ao efeito de uma
força externa. Por conseguinte, as máquinas
e as Estruturas reais nunca podem ser
consideradas absolutamente rígidas.
Exemplo: Ao corpo ABCD foram aplicadas duas forças conforme
representado nas figuras 1 e 2.
Na figura 1, o corpo deslocou-se mas manteve a sua forma inicial. As
distâncias entre quaisquer dois pontos permaneceram iguais.
Na figura 2, o corpo ABCD apresenta deformações que alteram as
distâncias entre dois pontos.
Conclusão: O corpo ABCD da figura 1 é um corpo rígido. O corpo
ABCD da figura 2 não é um corpo rígido.
Do ponto de vista mecânico, O Corpo Rígido
é todo sólido que ao ser submetido a um
sistema de forças, matem constante a
distância relativa entre os pontos que o
constituem. Esse conceito não é absoluto, ou
seja, em determinada situação pode um
sólido comportar-se como rígido, ao passo
que em outra, não.

O corpo rígido executa os movimentos


de rotação, translação ou os dois de
forma combinada.
Rotação: a observação do movimento
da força aplicada ao corpo, como um
pião rodando.

Translação: é o movimento provocado


por forças externas que agem sobre o
corpo rígido.
Vejamos um exemplo simples: se
um mosquito pousar na sua
borracha de apagar, certamente
essa borracha não mudará de
forma. Portanto, o peso do
mosquito não foi suficiente para
mudar a forma da sua borracha
Forças externas e internas.
As forças que actuam sobre os corpos rígidos podem ser
separados em dois grupos:
FORÇAS EXTERNAS: Representam a acção de outros
corpos sobre o corpo em consideração. Estas regem as
condições de equilíbrio ou de movimento do sólido rígido.
(Forças motoras, de gravidade, acção –reação etc.)
FORÇAS INTERNAS: São as forças que mantêm unidas as
diferentes partículas que formam o corpo rígido. Se o sólido
rígido está formado de várias partes, são as forças que
mantêm unidas essas partes.
FORÇAS EXTERNAS
Equilíbrio estático
É uma definição baseada no repouso, ou
seja, na relação de determinado referencial
externo, quando nenhuma partícula que o
constitui se move em relação a um dado
referencial. Em relação a esse mesmo
referencial, caso as partículas apresentem
movimento, o corpo rígido estará então em
Equilíbrio dinâmico.
As situações de equilíbrio sempre
dependerão do referencial adoptado, isso
porque o estudo de um equilíbrio depende do
outro.
Princípio da transmissibilidade. Forças equivalentes.
Este principio estabelece que a condição de
equilíbrio do Corpo Rígido não se altera se a
força F1 aplicada em um ponto A
determinado é recompensada por outra força
F2 de igual intensidade e direcção, que actue
sobre um ponto diferente sempre que as duas
forças tenham a mesma linha de acção.
F2

F1
FORÇAS EQUIVALENTES
Forças que respeitem o princípio da
transmissibilidade, são consideradas
forças equivalentes. Contudo para a análise
dos esforços internos, os efeitos são
diferentes.
Momento de uma força
Definimos o momento de uma força como a
magnitude física que oferece uma medida da
capacidade de uma força de imprimir
movimento de rotação a um corpo, que
matematicamente falando se determina pelo
produto vectorial.
Momento de uma força sobre um ponto
 
Definir o momento de uma força sobre um ponto
como o produto vectorial: 
MO  r  F
"O significado de Mo é caracterizado pelo
sentido de rotação F tenderá a imprimir o corpo
rígido.

De acordo com a definição do produto cruzado, o Mo actualmente


deve ser perpendicular ao plano formado por r e F, em que r é o
vector de posição de F.
Se  é o ângulo formado entre a linha de acção de F e r pode-se
argumentar que a magnitude do torque de F sobre S é:
MO  rFsen  F  d
onde:
d: é a distância perpendicular de O a linha de acção
de F.
Então, agora, podemos afirmar que:

“ De acordo ao Principio da Transmissibilidade


Duas forças F e F 'são equivalentes se tiverem a
mesma amplitude e a mesma direcção produzir o
mesmo tempo com respeito a um ponto
considerado ó”
 ´  ´
F F MO  MO
REGRA DA MÃO DIREITA:
“Os 4 dedos no sentido da força e o polegar me indicará
o sentido do momento. Neste caso sai do papel.
A noção do momento, de acordo com a regra da mão
direita, entra em papel.
Binário
Definição: Sistema particular de duas forças de mesma
intensidade, linhas de acção paralelas e sentidos opostos

As duas forças não irão transladar o corpo sobre o qual actuam,


mas tenderão a fazê-lo girar.
O vector momento representativo da tendência de giro é
perpendicular ao plano das forças (regra da mão direita).
A intensidade do momento, independente do ponto de referência,
é dada pelo produto da intensidade da força pelo braço de
alavanca, ou seja, M = F ·d
Estática/2ºAno/2020
TEOREMA DE VARIGNOM
“O momento com respeito a um ponto da resultante de
várias forças é igual à soma dos momentos das forças com
respeito ao mesmo ponto”. TEOREMA DO VARIGNON,
matemático francês (1654 – 1722)
Propriedade distributiva do momento de uma força sobre
um ponto O.

R    
MO  r  ( F1  F2  ...  Fn
R      
MO  r  F1  r  F2  ...  r  Fn
Problema

1. um corpo de peso 120 N encontra-se em equilí-


brio, suspenso por um conjunto de três fios ideais A, B e C. Calcule as
intensidades das trações TA, TB e TC, respectivamente nos fios A, B e C.
Problema

2. Uma pedra de 664 N de peso encontra-se em repouso, suspensa por três


cordas leves A, B e C, como representa a figura. Calcule as intensidades das
trações nessas cordas (TA, TB e TC).
Uma força vertical de 500N é aplicada à extremidade de uma manivela
fixada a um eixo em O. Determinar: (a) o momento da força de 500N em
relação a O; (b) a intensidade da força horizontal aplicada em A que
produz o mesmo momento em relação a O; (c) a menor força aplicada em
A que produz o mesmo momento em relação a O. Adistância a que uma
força vertical de 1000N deverá estar do eixo para gerar o mesmo momento
em relação a O; As forças obtidas nos itens b, c e d são equivalentes a força
original e justifique?
Problemas

1. Uma força de 150 N é aplicada à alavanca de controle AB, como ilustrado. O

comprimento da alavanca é igual a 0,20 m e a =30° determine o momento da


força em relação a B decompondo a força: (a) em componentes horizontal e
vertical e (b) em uma componente ao longo de AB e em outra perpendicular a AB.
Problemas

3. Uma força P é aplicada ao pedal de freio em A. Sabendo que P = 450 N e


a=30 °, determine o momento de P em relação a B.
Conclusões.
É também importante ter em conta que:
O RX e RY componentes escalares da resultante das várias forças que
actuam sobre uma partícula são obtidos por adição de algebricamente os
correspondentes componentes escalares das forças envolvidas.
Significado Mo caracterizado o sentido de rotação, que tenderá a
imprimir F para o corpo rígido.

Duas forças F e F 'são equivalentes se tiverem a mesma amplitude e a


mesma direcção produzir o mesmo tempo com respeito a um ponto
considerado O.

No momento em relação a um ponto da resultante das forças que é igual à


soma dos momentos de forças, com respeito ao mesmo ponto. TEOREMA
VARIGNON, matemático francês (1654 - 1722)

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