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AULA 3
Por exemplo:
CONTEXTUALIZANDO
A publicação de “Princípios Matemáticos de Filosofia Natural” (o
Principia), em 1687, em três volumes, reúne como importante ponto de partida
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para explicar os vários comportamentos relativos ao movimento de objetos: a
mecânica de Galileu, a astronomia de Kepler, o mecanicismo de Descartes, a
genialidade e metodologia de Newton. É considerada uma das publicações
mais influentes na história da ciência, descreve a lei da gravitação universal e
as três leis básicas conhecidas como Leis de Newton, que fundamentaram a
mecânica clássica, também conhecida como mecânica newtoniana.
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Apesar das leis de Newton serem enunciadas de maneira bastante
simples, entendê-las e aplicá-las torna-se um grande desafio. Nesta aula,
partiremos esclarecendo conceitos fundamentais como força e massa, e
posteriormente esclareceremos suas relações com as leis de Newton e suas
aplicações.
TEMA 1 - FORÇA
Esse conceito é de vital importância para compreensão das leis de
Newton, visto serem as forças que agem nos corpos, modificando o estado de
movimento ou de repouso. Parece uma tarefa fácil, mas experimente responder
à seguinte pergunta:
O que é força?
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Figura 1 – (a) A caixa apoiada no solo recebe força normal do solo aplicada na caixa.
(b) a estrutura metálica apoiada na coluna e no declive do terreno recebe força normal dos
apoios.
Quando uma força de puxar é aplicada em outro objeto por meio de uma
corda, cabo ou barra presa nesse objeto, ela é chamada de força de tensão ou
força de tração.
Existem forças que não necessitam o contato direto para interagir com
outros corpos, essas forças agem a distância e são chamadas de forças de
longo alcance ou força a distância, como a força magnética entre dois imãs, as
forças elétricas entre duas cargas elétricas e também a força gravitacional. O
planeta Terra exerce uma força de atração gravitacional nos objetos, chamada
de força peso ou apenas peso.
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Quando um objeto sofre ação de mais de uma força, essas forças
podem ser substituídas por uma única força, chamada força resultante.
vetorial, isso nos permite substituir uma força pelos seus vetores
Isso nos leva a concluir que qualquer força pode ser substituída pelos seus
vetores componentes que atuam no mesmo ponto.
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Como vimos, a força resultante é obtida pela soma vetorial das forças
que atuam na partícula.
Essa força, chamada força resultante, será dada pela somatória das forças
atuantes.
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Figura 4 – Componentes e do vetor força resultante.
Módulo:
Direção:
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os corpos em movimento, pois, da mesma forma que os corpos em repouso
tendem a permanecerem em repouso, os corpos em movimento tendem a
manterem o estado de movimento, ou seja, manterem a inércia.
Todo corpo tende a permanecer em equilíbrio, a não ser que uma força
externa atue sobre ele.
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repouso, tende a permanecer em repouso; se estiver em movimento, tende a
ficar em movimento.
Isso não quer dizer que não existe força atuando no corpo em equilíbrio,
mas, sim, que se somarmos vetorialmente todas as forças atuantes nesse corpo
o resultado será zero.
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Figura 5 – Forças que agem em um livro em repouso sobre a mesa.
Referencial Inercial
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A aplicação de forças e os efeitos por elas causados mostram a
importância das leis de Newton, bem como a melhor forma de utilizá-las para
facilitar nossas vidas.
Mas o que ocorre quando o vetor força resultante não for nulo?
Quando uma força resultante externa atua sobre um corpo, ele se acelera. A aceleração possui
a mesma direção e o mesmo sentido da força resultante. O vetor força resultante é igual ao
produto da massa do corpo pelo vetor aceleração do corpo.
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A aceleração adquirida tem a mesma direção e sentido da força,
segundo um referencial inercial. Assim, a força é proporcional à aceleração. Se
a força age para a direita, a aceleração também atua para direita; se a força
aumenta, a aceleração também aumenta.
Massa e força
Conforme o que vimos até aqui, para determinado corpo, a razão entre o
módulo da força resultante aplicada e o módulo da aceleração adquirida pelo
corpo é constante, independente do módulo da força resultante. Essa razão
denomina-se massa inercial do corpo, ou simplesmente massa, e será
representado por m, ou seja:
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A massa mede quantitativamente a inércia, corpos de maior massa têm
maior inércia, e de menor massa, menor inércia. Se você aplicar a mesma
força em uma maçã e depois em uma melancia, irá notar que a maçã possui
uma aceleração maior que a melancia, pois esta tem menor massa. Já a
melancia, por ter uma massa maior, ficará sujeita a uma menor aceleração.
Ou seja:
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Portanto, peso é uma força e ela sempre está presente na proximidade
do Planeta Terra e também de outros corpos celestes. É possível verificar a
existência da força peso apenas soltando nosso corpo ou outro objeto qualquer
mais pesado que o ar, os quais, devido à força peso, obrigatoriamente caem no
chão. Quanto maior a massa do objeto ou corpo, maior o seu peso. Analisando
a segunda lei de Newton, a força peso pode ser obtida pelo produto da massa
do objeto pela aceleração da gravidade local g.
Logo, a força vertical de cima para baixo que faz qualquer objeto
acelerar quando em queda livre é a força peso, e a aceleração que essa força
proporciona é a aceleração da gravidade (g), que na superfície do planeta
Terra vale aproximadamente:
g = 9,8 m/s2
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Terceira Lei de Newton - Lei da ação e reação
Como vimos, força é a interação entre dois corpos que pode deformar os
corpos e/ou mudar o estado de movimento deles. Portanto, sempre que nos
referirmos à palavra força, significa que um corpo exerceu força sobre outro
corpo. Nesse contexto, surgiu a expressão: “a toda ação existe uma reação”.
Ou seja, quando um corpo aplica uma força de ação em outro corpo, o
segundo aplica uma força de reação no primeiro. As forças de ação e reação
agem necessariamente em corpos diferentes, caso contrário, elas se
anulariam, assim sendo, as forças de ação e reação não geram resultante nula.
Para entender a terceira lei de Newton, deve-se saber que, na natureza, as
forças sempre aparecem aos pares.
Quando um corpo A exerce uma força sobre um corpo B (força de ação), então o
corpo B exerce uma força sobre o corpo A (força de reação). Essas duas forças têm
o mesmo módulo e a mesma direção, mas possuem sentidos contrários. Essas
duas forças atuam em corpos diferentes.
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Figura 6 – Força FAB (força de ação) e força FBA (força de reação).
não envolver uma situação de equilíbrio, vale a segunda lei de Newton, nessa
situação temos .
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Esse diagrama mostra para o corpo escolhido o desenho dos vetores com seu
módulo, direção e sentido de todas as forças que agem sobre o corpo devido a
vários outros corpos que interagem com ele. É muito importante que nessa
etapa você seja cuidadoso e identifique todas as forças que atuam no corpo,
tomando cuidado para não incluir as forças que esse corpo exerce sobre outros
corpos envolvidos na questão. Quando o problema possuir mais de um corpo,
deve-se separar os corpos e desenhar um diagrama do corpo livre para cada
um deles.
Início
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envolvem encontrar o módulo de alguma das forças atuantes no problema, ou
calcular as componentes, ou direção (ângulo ) de uma força envolvida.
Preparação
Resolução
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Some todas as componentes para cada eixo coordenado e iguale a zero,
ou seja, para as componentes do eixo x, some todas e iguale a zero, você terá
uma equação, faça a mesma coisa para o eixo y e também eixo z, quando
houver, e você obterá novas equações.
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A estratégia para solução desse tipo de problema é muito semelhante a
que utilizamos para aplicação da primeira lei.
Início
Preparação
Resolução
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Força de Atrito
A força de atrito surge toda vez que duas superfícies estão em contato e
existe uma força movendo, ou com a intensão de mover essas superfícies,
deslizando uma em relação a outra. A força de atrito sempre será contrária ao
movimento, ou intensão de movimento, e paralela as superfícies em contato.
Sendo o atrito uma força é, portanto, uma grandeza vetorial, ele possuirá
módulo, direção e sentido.
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cinética. O módulo da força de atrito varia de zero a um valor máximo em
função da força aplicada para realizar o movimento.
Por exemplo, um corpo está num plano horizontal em repouso cuja força
de atrito estática máxima entre as superfícies em contato é de 50 N. Veja a
figura abaixo.
Figura 8 – Um bloco é forçado a deslizar sobre uma mesa por uma força F que
aumenta gradativamente, para cada valor de F estão representadas as forças de atrito estática
e cinética.
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atrito estático máxima, e o corpo entra em movimento. A partir daí passa a
atuar no corpo a força de atrito cinético, que é sempre menor que a força
máxima de atrito estático. I
Figura 9 – Gráfico da força F aplicada para mover o bloco em relação à força de atrito.
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Portanto, já vimos que a força de atrito sempre terá direção tangente à
superfície no ponto de contato, sentido que se opõe ao movimento relativo
(escorregamento) ou tendência de movimento relativo.
Onde:
( ).
Sem atrito, por exemplo, seria muito difícil andar, pois escorregaríamos
todo momento, o freio a disco do carro não funcionaria e o carro não pararia,
ao sentar em uma cadeira iríamos escorregar a todo momento, até mesmo os
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óculos não parariam sobre o nariz. Por outro lado, o avião voaria mais rápido, o
carro teria mais velocidade, mas também não conseguiria parar.
SÍNTESE
Mecânica Newtoniana
Para que a velocidade de um objeto varie (ou seja, para que o objeto
sofra aceleração), é preciso que ele seja submetido a uma força (empurrão ou
puxão) exercida por outro objeto. A mecânica newtoniana descreve a relação
entre acelerações e forças.
Força
Referenciais Inerciais
Massa
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Segunda Lei de Newton
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A força de atrito é a força exercida sobre um corpo quando o corpo
desliza ou tenta deslizar em uma superfície. A força é sempre paralela à
superfície e tem o sentido oposto ao do deslizamento. Em uma superfície ideal,
a força de atrito é desprezível.
Quando uma corda está sob tração, cada extremidade da corda exerce
uma força sobre um corpo. A força é orientada na direção da corda, para fora
do corpo. No caso de uma corda sem massa (uma corda de massa
desprezível), as trações nas duas extremidades da corda têm o mesmo
módulo T, mesmo que a corda passe por uma polia sem massa e sem
atrito (uma polia de massa desprezível cujo eixo tem um atrito desprezível).
FBC = – FCB.
REFERÊNCIAS
YOUNG, H. D e FREEDMAN, R. A.; Sears e Zemansky; Física I -
Mecânica. São Paulo - 12ª ed.: Pearson, 2008
RESNICK, R., HALLIDAY, D. e MERRILL, J.; Fundamentos de Física
Mecânica. São Paulo - 9ª ed. vol1: LTC, 2012
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