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FÍSICA MECÂNICA

AULA 3

Prof. Cristiano Cruz


CONVERSA INICIAL
Nas aulas anteriores estudamos o movimento de partículas que se
movem em uma, duas e até mesmo três dimensões. Durante o estudo desses
movimentos procuramos buscar informações sobre o movimento, como:
velocidade, deslocamento, aceleração, tempo, entre outros. No entanto, em
nenhum momento questionamos as razões de tais movimentos ocorrerem.

Por exemplo:

Quando falamos da prova olímpica de lançamento de dardo, não nos


preocupamos em explicar a razão do dardo subir e depois descer e muito
menos pela qual razão ele descreve uma trajetória parabólica. O mesmo ocorre
com o motociclista saltando e realizando uma manobra como o backflip. Como
e por que ele consegue realizar essa manobra?

Ou para um carro de fórmula 1 ao realizar uma curva, qual a velocidade


máxima limite que o piloto pode imprimir ao carro e realizar a curva sem
derrapar? Por que é mais fácil realizar a curva em uma pista seca feita de
asfalto que a mesma pista coberta de neve, água ou areia?

Para obtermos êxito nessas respostas, necessitamos estudar uma parte


da mecânica chamada dinâmica, ela explica as relações entre movimento e as
forças que o produzem. O primeiro a utilizar esse tipo de linguagem para
explicar os movimentos foi nada mais nada menos que o famoso e renomado
cientista Isaac Newton. Até a publicação de sua obra, todo conhecimento
acumulado pelas primeiras civilizações ao longo do grande período de tempo
de observações do movimento baseava-se na cinemática dos movimentos
celestes, ou seja, a observação descritiva do movimento das estrelas e
planetas. Com Isaac Newton surgiu uma ciência que, além da descrição dos
movimentos, também estabeleceu uma relação matemática do movimento com
as forças que o provocam, um novo ramo da física mecânica chamada de
dinâmica.

CONTEXTUALIZANDO
A publicação de “Princípios Matemáticos de Filosofia Natural” (o
Principia), em 1687, em três volumes, reúne como importante ponto de partida

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para explicar os vários comportamentos relativos ao movimento de objetos: a
mecânica de Galileu, a astronomia de Kepler, o mecanicismo de Descartes, a
genialidade e metodologia de Newton. É considerada uma das publicações
mais influentes na história da ciência, descreve a lei da gravitação universal e
as três leis básicas conhecidas como Leis de Newton, que fundamentaram a
mecânica clássica, também conhecida como mecânica newtoniana.

A primeira lei, já enunciada antes por Galileu e Descartes de forma


diferente, é conhecida como lei da inércia, a qual estabelece que todo corpo
continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha
reta, a menos que seja obrigado a mudar seu estado de movimento por forças
imprimidas sobre ele.

A segunda lei também já havia sido enunciada por Galileu, mas de


forma muito menos clara. Segundo Newton, a mudança de movimento é
proporcional à força imprimida para mudar o movimento, e se faz na direção da
linha reta pela qual aquela força é aplicada.

A terceira lei que complementa as duas primeiras, conhecida como lei


da ação e reação, diz que para toda força de ação há sempre uma força oposta
de reação igual, ou seja, as ações mútuas de dois corpos, um sobre o outro,
geram forças sempre iguais, mesma intensidade, mas são dirigidas em
sentidos contrários.

Essas leis são fundamentais e, portanto, não podem ser deduzidas ou


demonstradas a partir de outros princípios, aplicando-as podemos
compreeender e explicar os mais familiares e variados tipos de movimento.

A princípio, quando as leis de Newton foram publicadas, parecia que


toda ciência sobre movimento estaria esgotada, mas, no entanto, para algumas
aplicações das leis de Newton existem restrições. Isso ocorre quando a
velocidade de movimento é muito elevada, próximo a velocidade da luz e
quando as dimenções do movimento são extremamente pequenas, como no
interior dos átomos, nesses casos, as leis de Newton não funcionam,
necessitando de algumas adaptações.

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Apesar das leis de Newton serem enunciadas de maneira bastante
simples, entendê-las e aplicá-las torna-se um grande desafio. Nesta aula,
partiremos esclarecendo conceitos fundamentais como força e massa, e
posteriormente esclareceremos suas relações com as leis de Newton e suas
aplicações.

TEMA 1 - FORÇA
Esse conceito é de vital importância para compreensão das leis de
Newton, visto serem as forças que agem nos corpos, modificando o estado de
movimento ou de repouso. Parece uma tarefa fácil, mas experimente responder
à seguinte pergunta:

O que é força?

Usando o senso comum, exercer uma força seria como empurrar, ou


puxar: “eu puxei a porta”; “eu empurrei o armário”. Ao puxar a porta, a pessoa
exerce uma força sobre esta porta; o mesmo ocorre com o armário, ela
também está exercendo uma força no armário. Numa visão intuitiva, a força
deforma objetos e/ou muda o estado de movimento. Nessa linha de raciocínio,
podemos definir força como a interação entre dois corpos. O corpo da pessoa
interagiu com a porta aplicando uma força. Portanto, sempre que nos
referirmos à palavra força, significa que um corpo exerceu força sobre outro
corpo.

Algumas forças recebem nomes especiais, por exemplo, quando existe


contato físico direto entre os dois corpos, como puxar e empurrar, dizemos ser
uma força de contato. Uma força de contato bastante comum em física é a
força normal. Toda vez que existe contato entre um corpo e uma superfície, a
força exercida pela superfície no corpo é chamada de força normal e esta é
sempre perpendicular à superfície em questão.

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Figura 1 – (a) A caixa apoiada no solo recebe força normal do solo aplicada na caixa.
(b) a estrutura metálica apoiada na coluna e no declive do terreno recebe força normal dos
apoios.

Outra força importante é a força de atrito, toda vez que um objeto


desliza, ou tem a intenção de deslizar em relação à superfície do outro corpo,
irá surgir uma força contrária ao movimento e paralela à superfície, chamada
força de atrito.

Quando uma força de puxar é aplicada em outro objeto por meio de uma
corda, cabo ou barra presa nesse objeto, ela é chamada de força de tensão ou
força de tração.

Existem forças que não necessitam o contato direto para interagir com
outros corpos, essas forças agem a distância e são chamadas de forças de
longo alcance ou força a distância, como a força magnética entre dois imãs, as
forças elétricas entre duas cargas elétricas e também a força gravitacional. O
planeta Terra exerce uma força de atração gravitacional nos objetos, chamada
de força peso ou apenas peso.

Uma força pode ser medida e comparada com um padrão. É bom


lembrar também que se trata de uma grandeza vetorial, logo, deve-se levar em
consideração o módulo, a direção e o sentido. Portanto, para descrever uma
força por completo, é necessário obter informações sobre a direção, o sentido e
o módulo dessa força, que determina o “quanto” ou a “intensidade” com que a
força puxa ou empurra. A unidade de medida de força no Sistema Internacional
de Unidades é o Newton, abreviado por N. Para ter noção do seu valor, um
Newton (1 N) é aproximadamente a força necessária para se erguer uma maça
média (100 g), e 50 N a força aproximada utilizada para levantar um pacote de
farinha de 5 kg.

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Quando um objeto sofre ação de mais de uma força, essas forças
podem ser substituídas por uma única força, chamada força resultante.

O efeito de movimento do móvel sob ação da força resultante é o


mesmo que o corpo sofreria se todas as forças atuassem no corpo. A força
resultante pode ser obtida pela soma vetorial das forças que atuam no corpo,
sendo:

As forças atuantes no corpo se combinam seguindo a regra da soma

vetorial, isso nos permite substituir uma força pelos seus vetores

componentes e . Quando aplicamos simultaneamente os vetores

componentes, o efeito do movimento é igual ao produzido pela força original .

Isso nos leva a concluir que qualquer força pode ser substituída pelos seus
vetores componentes que atuam no mesmo ponto.

Muitas vezes é mais conveniente escrever o vetor força em termos

dos seus componentes Fx, Fy e Fz e vetores unitários .

Figura 2 – A força atua formando um ângulo com o eixo x.

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Como vimos, a força resultante é obtida pela soma vetorial das forças
que atuam na partícula.

Veja a figura a seguir:

Figura 3 – As forças e atuam no carro de brinquedo.

Podemos representar o mesmo movimento provocado pelas duas

forças, e , por uma única que produzirá o mesmo efeito de movimento.

Essa força, chamada força resultante, será dada pela somatória das forças
atuantes.

As componentes retangulares e do vetor resultante serão

obtidas pelas equações:

Onde, é a soma de todas as componentes no eixo x e éa

soma de todas as componentes no eixo y, veja figura 4.

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Figura 4 – Componentes e do vetor força resultante.

Conhecendo-se as componentes do vetor força resultante e ,

podemos encontrar o módulo (intensidade), direção e sentido da força


resultante.

 Módulo:

 Direção:

O ângulo é o ângulo formado entre o vetor força resultante e o eixo

x positivo e representa a direção em que atua a força resultante em questão.

TEMA 2 - PRIMEIRA LEI DE NEWTON


A primeira lei de Newton também é conhecida como princípio da inércia.
A inércia, no conceito popular, está ligada à falta de movimento, estar inerte
significa estar parado. No entanto, o conceito científico de inércia inclui também

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os corpos em movimento, pois, da mesma forma que os corpos em repouso
tendem a permanecerem em repouso, os corpos em movimento tendem a
manterem o estado de movimento, ou seja, manterem a inércia.

Logo, a primeira lei de Newton está ligada diretamente ao equilíbrio


estático (repouso) e também ao equilíbrio dinâmico (velocidade constante e
trajetória retilínea). Desse modo, estando em repouso ou em movimento com
velocidade constante, as forças atuantes no objeto não provocam variações de
velocidade, pois se anulam, resultando em uma força resultante igual a zero.
Assim, os corpos permanecem como estão, em repouso ou velocidade
constante com trajetória retilínea.

Por exemplo, quando um avião na decolagem, parte do repouso


(equilíbrio estático) e acelera, o corpo dos passageiros são pressionados
contra o assento. Depois de decolar e estabilizar o voo, a aeronave entra em
voo de cruzeiro e o avião novamente está em equilíbrio, dessa vez em
equilíbrio dinâmico (velocidade constante e trajetória retilínea). Nesse momento
os viajantes têm a impressão de que o avião está parado, pois a força
resultante é nula, mas quando começa a reduzir a velocidade para o pouso,
parece que os passageiros são lançados para a frente, porém, seus corpos
continuam apenas com a mesma velocidade de quando o avião se deslocava.
Em ambos os casos, decolagem, voo de cruzeiro, ou pouso, os passageiros
experimentaram efeitos da inércia.

O primeiro cientista a se referir à inércia foi Galileu Galilei, enunciando a


lei da inércia e o conceito de referencial inercial. Posteriormente, Isaac Newton
organizou a ideia de inércia de Galileu, enunciando a primeira lei do
movimento:

Todo corpo tende a permanecer em equilíbrio, a não ser que uma força
externa atue sobre ele.

Quando se fala em equilíbrio, entenda-se repouso, ou movimento


retilíneo a velocidade constante. Portanto, o princípio da inércia estabelece que
todo corpo tem a tendência de manter seu estado de movimento: se estiver em

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repouso, tende a permanecer em repouso; se estiver em movimento, tende a
ficar em movimento.

Um exemplo dos efeitos da inércia pode ser observado quando um


automóvel sofre uma freada brusca ou batida. Nesse momento, o corpo do
motorista, passageiros e todos os objetos que estão no interior do veículo, ou
fazem parte dele, tendem a seguir na velocidade do carro no instante da
colisão. Por isso a importância do uso do cinto de segurança e dispositivos
como o air bag, pois eles impedem o motorista e passageiros de seguirem em
movimento por inércia e chocarem-se com o painel ou para-brisa durante uma
colisão.

Note que, para a compreensão da primeira lei de Newton, é relevante se


conhecer a força resultante, pois em uma situação de equilíbrio a força
resultante deve ser nula. Nesse contexto, podemos escrever:

Isso não quer dizer que não existe força atuando no corpo em equilíbrio,
mas, sim, que se somarmos vetorialmente todas as forças atuantes nesse corpo
o resultado será zero.

Por exemplo, um livro em repouso sobre uma mesa está em equilíbrio.


Nessa situação, existem duas forças atuando no livro neste momento: a força
gravitacional vertical de cima para baixo que o planeta Terra exerce no
livro, também chamada de peso; e a força de contato na vertical de baixo
para cima que a mesa exerce sobre o livro (força normal). Como o módulo da
força peso e da força normal são iguais e ambas possuem sentidos
contrários, a força resultante entre elas é zero.

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Figura 5 – Forças que agem em um livro em repouso sobre a mesa.

Referencial Inercial

Sistema de referencial inercial é um ponto ou objeto relativo ao qual um


corpo permanece em repouso ou em movimento retilíneo uniforme, quando
nenhuma força, ou força resultante, é aplicada sobre ele. Em outras palavras,
um referencial inercial é aquele em que a primeira lei de Newton descreve
corretamente o movimento de um corpo em equilíbrio, é um referencial onde a
primeira lei de Newton é válida.

TEMA 3 - SEGUNDA LEI DE NEWTON


Em nossas atividades diárias, as mais variadas formas de forças agem a
distância ou através de ferramentas e objetos. Mesmo quando dormimos,
estamos sujeitos a forças. Um exemplo é a ação da força gravitacional nos
puxando para baixo, essa força, chamada força peso, acaba pressionando
nosso corpo no colchão e exercendo uma força de contato, força que acaba
por deformar o colchão. Outro exemplo da ação de forças ocorre quando
caminhamos, nesse caso, aplicamos uma força para trás com os pés no solo e
este nos empurra para frente que, somado a força de atrito entre os pés e o
solo que contribui para que não escorreguemos, permite-nos deslocarmos de
um ponto a outro.

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A aplicação de forças e os efeitos por elas causados mostram a
importância das leis de Newton, bem como a melhor forma de utilizá-las para
facilitar nossas vidas.

De acordo com a primeira lei de Newton, o princípio da inércia, quando a


força resultante que atua em um corpo é nula, o corpo pode estar em duas
situações de equilíbrio – ou o corpo está em equilíbrio estático, repouso, nesse
caso, o vetor velocidade é nulo; ou o corpo está em equilíbrio dinâmico (MRU),
e, nesse caso, o vetor velocidade será constante em módulo, direção e sentido.

Mas o que ocorre quando o vetor força resultante não for nulo?

Partindo dessa observação, chega-se à segunda lei de Newton, pois,


caso a força resultante do somatório de todas as forças que agem no corpo
não seja nulo, o vetor velocidade irá sofrer variação, que pode ser em módulo
e/ou direção e/ou sentido, em um intervalo de tempo. Portanto, como vimos na
cinemática, a variação da velocidade em um intervalo de tempo fornece a
aceleração, logo, quando a força resultante é diferente de zero o movimento do
corpo no qual atua a força resultante é um movimento acelerado.

Newton sintetizou essa ideia como a segunda lei, enunciando:

Quando uma força resultante externa atua sobre um corpo, ele se acelera. A aceleração possui
a mesma direção e o mesmo sentido da força resultante. O vetor força resultante é igual ao
produto da massa do corpo pelo vetor aceleração do corpo.

Analisando o enunciado de Newton, podemos concluir que o módulo da


força resultante aplicada é proporcional ao produto da massa do corpo em que
se aplica a força, pelo módulo da aceleração adquirida por esse corpo.

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A aceleração adquirida tem a mesma direção e sentido da força,
segundo um referencial inercial. Assim, a força é proporcional à aceleração. Se
a força age para a direita, a aceleração também atua para direita; se a força
aumenta, a aceleração também aumenta.

Desse modo, se a força resultante é nula, a aceleração vetorial também


será nula e, assim, o vetor velocidade permanece constante, caracterizando
movimento retilíneo e uniforme (MRU), ou se a velocidade é nula, caracteriza
repouso, e assim voltamos à primeira lei de Newton.

Como a equação que representa a segunda lei de Newton é uma


equação vetorial, ou seja, a força é um vetor, podemos escrevê-la na forma de
componentes do vetor para cada eixo cartesiano.

Esse conjunto de equações para cada componente é equivalente a:

Observe que a segunda lei de Newton só é válida se a massa do corpo


for constante e o sistema de referência for inercial. Veja também que as forças
aplicadas ao corpo se referem a forças externas, isso quer dizer que as forças
aplicadas em um corpo são oriundas de outros corpos. É impossível um corpo
provocar o seu próprio movimento aplicando forças em si mesmo.

Massa e força

Conforme o que vimos até aqui, para determinado corpo, a razão entre o
módulo da força resultante aplicada e o módulo da aceleração adquirida pelo
corpo é constante, independente do módulo da força resultante. Essa razão
denomina-se massa inercial do corpo, ou simplesmente massa, e será
representado por m, ou seja:

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A massa mede quantitativamente a inércia, corpos de maior massa têm
maior inércia, e de menor massa, menor inércia. Se você aplicar a mesma
força em uma maçã e depois em uma melancia, irá notar que a maçã possui
uma aceleração maior que a melancia, pois esta tem menor massa. Já a
melancia, por ter uma massa maior, ficará sujeita a uma menor aceleração.

A massa de um corpo depende do número de prótons, nêutrons e


elétrons que ele contém, ou seja, a massa caracteriza a quantidade de matéria
contida em um corpo.

A unidade de massa no Sistema Internacional de Unidades é o


quilograma (kg). Considerando um corpo com massa de 1 kg, podemos definir
o Newton como:

Um Newton (1 N) é o valor da força que imprime a um corpo de um


quilograma (1 kg) de massa uma aceleração de um metro por segundo ao
quadrado (1 m/s2).

Ou seja:

TEMA 4 - MASSA E PESO


Massa e peso são termos muitas vezes confundidos no linguajar
popular, mal-empregados e muitas vezes considerados sinônimos. Um erro
comum, por exemplo, é a descrição do peso líquido de um pacote de 5 kg de
arroz, pois, na verdade, o que está sendo indicado é a massa do arroz e não o
peso. O mesmo acontece quando alguém diz que ganhou alguns quilos a mais,
onde, para um vocabulário científico correto, essa pessoa deveria falar que
ganhou massa em vez de peso.

O peso se deve às forças de atração existentes nos planetas, é uma


força a distância, sem contato, chamada força gravitacional. Quando o objeto
se encontra na superfície do planeta, ou próximo a ele, essa força passa a ser
chamada de força peso.

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Portanto, peso é uma força e ela sempre está presente na proximidade
do Planeta Terra e também de outros corpos celestes. É possível verificar a
existência da força peso apenas soltando nosso corpo ou outro objeto qualquer
mais pesado que o ar, os quais, devido à força peso, obrigatoriamente caem no
chão. Quanto maior a massa do objeto ou corpo, maior o seu peso. Analisando
a segunda lei de Newton, a força peso pode ser obtida pelo produto da massa
do objeto pela aceleração da gravidade local g.

Logo, a força vertical de cima para baixo que faz qualquer objeto
acelerar quando em queda livre é a força peso, e a aceleração que essa força
proporciona é a aceleração da gravidade (g), que na superfície do planeta
Terra vale aproximadamente:

g = 9,8 m/s2

Na realidade, o valor da aceleração da gravidade varia de um ponto a


outro na superfície da Terra, isso se deve ao movimento de rotação, translação
e também pelo fato do Planeta Terra não ser uma esfera perfeita. A aceleração
da gravidade da Terra pode variar de 9,78 m/s2 até 9,82 m/s2, logo, o peso de
um objeto de 1 kg de massa em um local onde g = 9,78 m/s 2 seria igual a 9,78
N e o mesmo objeto em um local onde g = 9,8 m/s 2 teria peso igual a 9,8 N,
porém a massa desse objeto continuaria a mesma, ou seja, 1 kg. O peso de
um corpo pode variar de um local para outro, já sua massa não.

Se levarmos esse mesmo objeto para a superfície da Lua, onde a


aceleração da gravidade g = 1,62 m/s2, seu peso passaria a ser 1,62 N, porém
a massa continuaria 1 kg.

A massa dos objetos caracteriza a quantidade de matéria do corpo e,


com isso, a propriedade da inércia de um corpo. Quanto maior a massa maior a
inércia desse corpo. Massa e peso se relacionam, um corpo de maior massa
terá maior peso.

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Terceira Lei de Newton - Lei da ação e reação

Como vimos, força é a interação entre dois corpos que pode deformar os
corpos e/ou mudar o estado de movimento deles. Portanto, sempre que nos
referirmos à palavra força, significa que um corpo exerceu força sobre outro
corpo. Nesse contexto, surgiu a expressão: “a toda ação existe uma reação”.
Ou seja, quando um corpo aplica uma força de ação em outro corpo, o
segundo aplica uma força de reação no primeiro. As forças de ação e reação
agem necessariamente em corpos diferentes, caso contrário, elas se
anulariam, assim sendo, as forças de ação e reação não geram resultante nula.
Para entender a terceira lei de Newton, deve-se saber que, na natureza, as
forças sempre aparecem aos pares.

A experiência mostra que, quando dois corpos interagem, as duas forças


decorrentes da interação possuem sempre o mesmo módulo e a mesma
direção, mas sentidos contrários. Enuncia-se, então, a terceira lei de Newton
da seguinte maneira:

Quando um corpo A exerce uma força sobre um corpo B (força de ação), então o
corpo B exerce uma força sobre o corpo A (força de reação). Essas duas forças têm
o mesmo módulo e a mesma direção, mas possuem sentidos contrários. Essas
duas forças atuam em corpos diferentes.

A figura abaixo ilustra uma situação clássica para se verificar a atuação


das forças de ação e reação: duas pessoas sentadas sobre skates alinhados
um atrás do outro, a pessoa sentada no skate denominado de “A” aplica uma
força FAB empurrando nas costas da pessoa sentada no skate “B”, devido à
aplicação da força FAB (força de ação), a pessoa do skate “B” aplica uma força
FBA na pessoa do skate “A” (força de reação), e ambos os skates entram em
movimento em sentidos contrários, afastando-se um do outro.

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Figura 6 – Força FAB (força de ação) e força FBA (força de reação).

Apesar das forças de ação e reação possuírem a mesma direção, terem


a mesma intensidade e sentidos opostos, elas nunca se anulam, pois agem em
corpos diferentes. A força FAB atua na pessoa no skate “B” e a força FBA atua
na pessoa no skate “A”.

TEMA 5 - APLICAÇÃO DAS LEIS DE NEWTON


As leis de Newton englobam todos os conceitos exigidos para solucionar
os mais variados tipos de problemas envolvidos na mecânica. Apesar de uma
formulação simples, essas leis podem apresentar desafios em suas aplicações.
A partir dessa seção, exploraremos técnicas úteis para solução de problemas
que envolvam às leis de Newton.

Ao começar a solução de determinado problema que envolva as leis de


Newton, deve-se inicialmente identificar se o problema trata da primeira lei ou
da segunda lei de Newton. Se o caso for da primeira lei, uma situação de

equilíbrio, a força resultante será igual a zero, . Agora, se o problema

não envolver uma situação de equilíbrio, vale a segunda lei de Newton, nessa

situação temos .

Depois da análise da situação do movimento, em equilíbrio ou não,


deve-se identificar o corpo ao qual as forças estão agindo e, independente do
caso, primeira ou segunda lei, deve-se localizar a aplicação de todas as forças

que estão atuando no corpo em questão e inclui-las em .

Uma maneira bastante simples de se localizar e identificar as forças que


atuam em um corpo é por meio do desenho chamado diagrama do corpo livre.

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Esse diagrama mostra para o corpo escolhido o desenho dos vetores com seu
módulo, direção e sentido de todas as forças que agem sobre o corpo devido a
vários outros corpos que interagem com ele. É muito importante que nessa
etapa você seja cuidadoso e identifique todas as forças que atuam no corpo,
tomando cuidado para não incluir as forças que esse corpo exerce sobre outros
corpos envolvidos na questão. Quando o problema possuir mais de um corpo,
deve-se separar os corpos e desenhar um diagrama do corpo livre para cada
um deles.

Aplicação da Primeira Lei de Newton

Baseado em um sistema de referencial inercial, um corpo está em


equilíbrio quando encontra-se em repouso ou quando move-se em trajetória
retilínea com velocidade constante. Em ambas as situações, de acordo com a
primeira lei de Newton, a força resultante deve ser igual a zero, ou seja, a soma
vetorial de todas as forças atuantes sobre o corpo deve ser zero.

Separando em componentes “x” e “y”, temos:

No que se refere ao uso da primeira lei de Newton para resolução de


problemas, deve-se ter em mente as seguintes recomendações para estratégia
de resolução.

Início

Para iniciar, além de evidenciar a situação de equilíbrio, repouso ou


velocidade constante, deve-se também identificar a variável-alvo, ou seja, o
que o problema está pedindo como resposta. Algumas variáveis-alvo comuns

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envolvem encontrar o módulo de alguma das forças atuantes no problema, ou
calcular as componentes, ou direção (ângulo ) de uma força envolvida.

Preparação

O passo seguinte é preparar o raciocínio para interpretar o problema,


para isso faça um desenho esquemático que seja possível visualizar o
problema em questão. Defina um conjunto de eixos de coordenados e indique
em cada eixo sua direção positiva, desenhe nesse esquema de eixos os corpos
envolvidos e represente as medidas conhecidas, como: dimensões, massas
dos corpos, intensidade das forças e ângulos. Identifique qual corpo no
esquema o problema está se referindo estar em equilíbrio. Represente esse
corpo como uma partícula e faça o diagrama do corpo livre para ele. Traçando
os vetores forças que estão atuando no corpo e identificando-as com símbolos,
geralmente letras, e seus módulos e unidades quando são conhecidos. Não
esqueça de incluir o peso e determinar seu módulo pela relação (P = m.g),
lembre-se também, se houver contato do corpo com alguma superfície, haverá
força normal perpendicular à superfície de contato; se existir atrito, a força
estará paralela à superfície; e, se o problema envolver uma corda, cabo, ou
corrente, a força será de tração (puxar) e nunca compressão (empurrar).

No diagrama do corpo livre, as forças traçadas correspondem apenas às


forças que atuam no corpo representado, deve-se ter cuidado e nunca traçar
forças que o corpo considerado exerce em outros corpos. Caso tenha dúvidas
em representar determinada força, pense sempre qual o outro corpo que
produz essa força, lei da ação e reação. Se você não for capaz de identificar o
corpo que produz aquela força, possivelmente você está cometendo um erro e
imaginando uma força que não existe.

Resolução

Após a parte de preparação vamos para a resolução do problema.


Nessa etapa, você deve primeiramente encontrar todas as componentes de
cada força para cada eixo cartesiano, substituindo o vetor por essas
componentes e tomando cuidado com os sinais delas que podem ser positivas
ou negativas.

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Some todas as componentes para cada eixo coordenado e iguale a zero,
ou seja, para as componentes do eixo x, some todas e iguale a zero, você terá
uma equação, faça a mesma coisa para o eixo y e também eixo z, quando
houver, e você obterá novas equações.

Jamais misture componentes de um eixo com outro.

Verifique se o número de equações independentes obtidas é igual ao


número de incógnitas envolvidas no problema. Caso isso não ocorra procure
identificar novas equações, ou obter os valores de algumas incógnitas faltantes
por fórmulas físicas conhecidas. Satisfeita essa condição, resolva essas
equações para obter o resultado das variáveis-alvo em questão.

Com os resultados em mãos resta analisá-los e verificar se tais valores


são pertinentes, se eles fazem realmente sentido e estão nas dimensões e
unidades corretas. Se o resultado está coerente o problema está terminado,
caso existam dúvidas revise cada passo.

Aplicação da Segunda Lei de Newton – Dinâmica das Partículas

Como já foi recomendado, ao iniciar a solução do problema para a


aplicação das leis de Newton, o primeiro cuidado é identificar se o problema
refere-se à primeira lei ou segunda lei de Newton. Se você identificou que não
se trata de uma situação de equilíbrio, a primeira lei de Newton está descartada

e a força resultante será diferente de zero, . Nesse caso, vale a

segunda lei de Newton, que diz, , ou para cada componente:

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A estratégia para solução desse tipo de problema é muito semelhante a
que utilizamos para aplicação da primeira lei.

Início

Começamos identificando a variável-alvo, normalmente pede-se para


identificar determinada força ou encontrar uma aceleração.

Preparação

Sabendo qual a variável-alvo, faça um esquema com os eixos


coordenados envolvidos indicando sua direção positiva, desenhe os corpos que
se movem, nos quais serão aplicadas a segunda lei. Esboce um diagrama do
corpo livre para cada corpo escolhido desenhando cada vetor força e
identificando-os com símbolos e seus respectivos módulos. As forças podem
ser o peso, as forças de contato (força normal), força de atrito, tração,
compressão, entre outras. Identifique todas as forças existentes e desenhe no
diagrama.

Resolução

Feito isso vamos à resolução do problema, determine as componentes


das forças ao longo dos eixos de coordenadas e substitua-os por essas
componentes escrevendo as equações da segunda lei de Newton separadas
para cada componente. Agora liste todas as grandezas conhecidas e
desconhecidas e identifique quais são as variáveis-alvo. Resolva as equações
obtidas, mas certifique-se antes que a quantidade de equações é o mesmo de
variáveis.

Obtido um resultado, analise se sua resposta tem as unidades corretas,


se o sinal algébrico é coerente, se o resultado faz sentido e está dentro do
esperado por sua intuição.

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Força de Atrito

Vimos que quando a superfície de um corpo toca a superfície de outro, a


força exercida nesse ponto de contato é chamada de força normal, agora
iremos falar de outra força que também é considerada uma força de contato
chamada força de atrito.

A força de atrito surge toda vez que duas superfícies estão em contato e
existe uma força movendo, ou com a intensão de mover essas superfícies,
deslizando uma em relação a outra. A força de atrito sempre será contrária ao
movimento, ou intensão de movimento, e paralela as superfícies em contato.

Figura 7 – Ampliação da superfície de um bloco sobre uma mesa, até as superfícies


lisas quando ampliadas pode-se ver que ainda são ásperas

Quando duas superfícies estão em contato, criam-se pontos de


aderência ou colagem entre elas, isso ocorre devido à força atrativa entre os
átomos próximos uns dos outros, de uma superfície a outra. A força de atrito é
caracterizada pela força existente para romper esses pontos de aderência.

Sendo o atrito uma força é, portanto, uma grandeza vetorial, ele possuirá
módulo, direção e sentido.

A força de atrito entre determinadas superfícies pode ser força de atrito


estática, ou força de atrito cinética. Quando o corpo se encontra em repouso,
velocidade igual a zero, a força de atrito é chamada de estática; e quando o
corpo se encontra em movimento, a força de atrito é chamada força de atrito

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cinética. O módulo da força de atrito varia de zero a um valor máximo em
função da força aplicada para realizar o movimento.

Por exemplo, um corpo está num plano horizontal em repouso cuja força
de atrito estática máxima entre as superfícies em contato é de 50 N. Veja a
figura abaixo.

Figura 8 – Um bloco é forçado a deslizar sobre uma mesa por uma força F que
aumenta gradativamente, para cada valor de F estão representadas as forças de atrito estática
e cinética.

Ao aplicar uma força de 10 N para produzir o movimento, verifica-se que


o corpo continua em repouso, esse efeito surgiu por que com a aplicação da
força F, surgiu uma força de atrito de 10 N contrária ao movimento e, sendo a
força resultante entre a força aplicada e a força de atrito igual a zero, o corpo
não se move. Se aumentarmos a força F aplicada para 30 N, a força de atrito
também aumentará para 30 N e o corpo ainda não se move, pois, a força
resultante continua igual a zero. Se continuarmos a aumentar a força aplicada
e, dessa vez, aumentaremos para 50 N, a força de atrito estática atinge seu
valor máximo igual a 50 N, mas o corpo continua estático, porém ele está na
eminência do movimento. Aplicando-se uma força de 60 N, vence-se a força de

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atrito estático máxima, e o corpo entra em movimento. A partir daí passa a
atuar no corpo a força de atrito cinético, que é sempre menor que a força
máxima de atrito estático. I

Ao representarmos o gráfico da variação da força F aplicada em relação


à força de atrito, temos para cada valor da força F um comportamento diferente
da força de atrito. Veja o gráfico abaixo.

Figura 9 – Gráfico da força F aplicada para mover o bloco em relação à força de atrito.

Quando a força F é igual a zero, não existe força de atrito. Quando há


intenção de movimento aumentando a força F, passa a existir a força de atrito e
ela, já que o bloco está parado, é chamada de força de atrito estática. Ao
aumentarmos a força F aumenta também a força de atrito estática que é
sempre igual a força F aplicada conforme ela vai aumentando até um valor
máximo, atingido esse valor o bloco começa a movimentar-se, a partir daí,
como já existe movimento, a força de atrito passa a ser força de atrito cinética,
que é constante. A partir desse ponto, como a força de atrito cinética é menor
que a força de atrito estática, pode-se diminuir a força F e mesmo assim
manter o movimento do bloco.

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Portanto, já vimos que a força de atrito sempre terá direção tangente à
superfície no ponto de contato, sentido que se opõe ao movimento relativo
(escorregamento) ou tendência de movimento relativo.

Já o módulo da força de atrito poderá ser calculado pelas expressões da


força de atrito estático e cinético, respectivamente:

(força de atrito estática)

(força de atrito cinética)

Onde:

N é a força de reação normal à superfície.

 (Lê-se: mi) é o coeficiente de atrito e seu valor depende do tipo de


material com que são feitas as superfícies que estão em contato, do grau de
polimento dessas superfícies e a lubrificação entre elas. Com o índice “e” é o
coeficiente de atrito estático, e com o índice “c” é o coeficiente de atrito
cinético.

Sempre o coeficiente de atrito estático será maior que o coeficiente de


atrito cinético. Como a força de atrito estática depende da força aplicada para
produzir o movimento ela varia de zero até um valor máximo dado por

( ).

Como vimos, as forças de atrito sempre se opõem ao movimento, a


força de atrito tem características de impedir o movimento. Apesar das forças
de atrito muitas vezes dificultarem o movimento, sem ela nossas vidas seriam
muito diferentes.

Sem atrito, por exemplo, seria muito difícil andar, pois escorregaríamos
todo momento, o freio a disco do carro não funcionaria e o carro não pararia,
ao sentar em uma cadeira iríamos escorregar a todo momento, até mesmo os

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óculos não parariam sobre o nariz. Por outro lado, o avião voaria mais rápido, o
carro teria mais velocidade, mas também não conseguiria parar.

SÍNTESE

Mecânica Newtoniana

Para que a velocidade de um objeto varie (ou seja, para que o objeto
sofra aceleração), é preciso que ele seja submetido a uma força (empurrão ou
puxão) exercida por outro objeto. A mecânica newtoniana descreve a relação
entre acelerações e forças.

Força

A força é uma grandeza vetorial cujo módulo é definido em termos da


aceleração que imprimiria a uma massa de um quilograma. Por definição, uma
força que produz uma aceleração de 1 m/s2 em uma massa de 1 kg tem um
módulo de 1 newton (1 N). Uma força tem a mesma orientação que a
aceleração produzida pela força. Duas ou mais forças podem ser combinadas
segundo as regras da álgebra vetorial. A força resultante é a soma de todas
as forças que agem sobre um corpo.

Primeira Lei de Newton

Quando a força resultante que age sobre um corpo é nula, o corpo


permanece em repouso ou se move em linha reta com velocidade escalar
constante.

Referenciais Inerciais

Os referenciais para os quais as leis de Newton são válidas são


chamados de referenciais inerciais. Os referenciais para os quais as leis de
Newton não são válidas são chamados de referenciais não inerciais.

Massa

A massa de um corpo é a propriedade que relaciona a aceleração do


corpo à força responsável pela aceleração. A massa é uma grandeza escalar.

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Segunda Lei de Newton

A força resultante que age sobre um corpo de massa m está relacionada


com a aceleração do corpo por meio da equação:

Diagrama de corpo livre

É um diagrama simplificado no qual apenas um corpo é considerado.


Esse corpo é representado por um ponto ou por um desenho. As forças
externas que agem sobre o corpo são representadas por vetores, e um sistema
de coordenadas é superposto ao desenho, orientado de modo a simplificar a
solução.

Algumas Forças Especiais

A força gravitacional Fg exercida sobre um corpo é um tipo especial de


atração que um segundo corpo exerce sobre o primeiro. Na maioria das
situações apresentadas neste livro, o segundo corpo é a Terra ou outro astro.
No caso da Terra, a força é orientada para baixo, em direção ao solo, que é
considerado um referencial inercial. Nessas condições, o módulo de Fg é:

em que m é a massa do corpo e g é o módulo da aceleração


em queda livre.

O peso P de um corpo é o módulo da força para cima necessária para


equilibrar a força gravitacional a que o corpo está sujeito. O peso de um corpo
está relacionado à massa através da equação

A força normal N é a força exercida sobre um corpo pela superfície na


qual o corpo está apoiado. A força normal é sempre perpendicular à superfície.

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A força de atrito é a força exercida sobre um corpo quando o corpo
desliza ou tenta deslizar em uma superfície. A força é sempre paralela à
superfície e tem o sentido oposto ao do deslizamento. Em uma superfície ideal,
a força de atrito é desprezível.

Quando uma corda está sob tração, cada extremidade da corda exerce
uma força sobre um corpo. A força é orientada na direção da corda, para fora
do corpo. No caso de uma corda sem massa (uma corda de massa
desprezível), as trações nas duas extremidades da corda têm o mesmo
módulo T, mesmo que a corda passe por uma polia sem massa e sem
atrito (uma polia de massa desprezível cujo eixo tem um atrito desprezível).

Terceira Lei de Newton

Se um corpo C aplica a um corpo B uma força FBC o corpo B aplica ao


corpo C uma força FCB tal que:

FBC = – FCB.

REFERÊNCIAS
YOUNG, H. D e FREEDMAN, R. A.; Sears e Zemansky; Física I -
Mecânica. São Paulo - 12ª ed.: Pearson, 2008
RESNICK, R., HALLIDAY, D. e MERRILL, J.; Fundamentos de Física
Mecânica. São Paulo - 9ª ed. vol1: LTC, 2012

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