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IFPR-PR

Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnólogo - Física

Conhecimentos Específicos

Conhecimentos Específicos
Leis de Newton e suas aplicações . Trabalho e energias cinética, potencial e mecânica e
aplicações........................................................................................................................................1
Colisões e aplicações....................................................................................................................22
Leis da termodinâmica e suas aplicações......................................................................................25
Estática e dinâmica de fluidos e aplicações...................................................................................34
Oscilações e osciladores mecânicos clássicos e aplicações........................................................45
Equações de Maxwell e aplicações...............................................................................................55
Circuitos elétricos elementares e aplicações.................................................................................57
Ondas eletromagnéticas e aplicações...........................................................................................67
Óptica geométrica e aplicações.....................................................................................................73
Exercícios.......................................................................................................................................93
Gabarito e Resoluções.................................................................................................................108

1763870 E-book gerado especialmente para VICTORIA CRISTINA MORAIS OLIVEIRA


Leis de Newton e suas aplicações . Trabalho e energias cinética, potencial e mecânica
e aplicações

DINÂMICA
O termo “Dinâmica” significa “forte”. Em física, a dinâmica é um ramo da mecânica que estuda o movimento
de um corpo e as causas desse movimento. Em experiências diárias podemos observar o movimento de um
corpo a partir da interação dele com um ou mais corpos. Como por exemplo, quando um jogador de tênis bate
em uma bola, a raquete interage com ela e modifica o seu movimento. Outro exemplo é quando soltamos algum
objeto de uma certa altura do solo e ele cai, isso é resultado da interação da terra com este.
Esta interação é convenientemente descrita por um conceito chamado força. Os princípios de dinâmica
foram formulados por Galileu e Newton, porém foi Newton que os enunciou da forma que conhecemos hoje.
Leis de Newton
As leis de Newton constituem os três pilares fundamentais da Mecânica Clássica ou Newtoniana, sendo eles
o Princípio da Inércia, o Princípio da Dinâmica e o Princípio da Ação e Reação.
1ª Lei de Newton - Princípio da Inércia
A inércia consiste na tendência natural que os corpos possuem em manter a velocidade constante. Assim,
todo corpo em repouso tende a permanecer em repouso e todo corpo em movimento tende a permanecer em
movimento retilíneo uniforme. No cotidiano, notamos essas tendências ao observarmos uma pessoa de pé no
interior de um ônibus.
Exemplo: Quando o ônibus arranca, o passageiro por inércia, tende a permanecer em repouso em relação
ao solo terrestre. Já a pessoa que não está se segurando, quando o ônibus vai para frente, ela cai para trás.

Agora, se o ônibus estivesse em movimento e de repente freasse, a pessoa cairia para frente. Graças à
inércia, o passageiro exibe, nesse caso, sua vontade de continuar em movimento em relação ao solo terrestre:
o ônibus para, o passageiro não.

Ou seja: Todo corpo em equilíbrio mantém, por inércia sua velocidade constante. Em resumo, podemos es-
quematizar o princípio da inércia assim:

Exemplo:
Um elevador de um prédio encontra-se, durante um certo tempo, sob a ação exclusiva de duas forças opos-
tas: o peso e a tração do cabo, ambas de intensidade igual a 2000 N. O elevador está parado?

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Resposta:
Como a resultante das forças atuantes é nula, o elevador pode se encontrar tanto em repouso (equilíbrio
estático) quanto em movimento retilíneo uniforme (equilíbrio dinâmico), por inércia.
2ª Lei de Newton - Princípio Fundamental da Dinâmica
Quando aplicamos uma mesma força em dois corpos de massas diferentes observamos que elas não pro-
duzem aceleração igual.
A 2ª lei de Newton diz que a força é sempre diretamente proporcional ao produto da aceleração de um corpo
pela sua massa, ou seja:
A equação “F = m . a” é uma equação vetorial. Tanto a força quanto a aceleração são vetores e devem pos-
suir a mesma direção e sentido.
A unidade de força, no sistema internacional, é o N (Newton), que equivale a “kg.m/s²” (quilograma metro por
segundo ao quadrado) e “a” é a aceleração adquirida (em m/s²).
Como F = m.a é uma função do 1º grau, o gráfico da intensidade (F) da força aplicada a um corpo, em função
de sua aceleração (a) é uma reta inclinada cuja inclinação ou coeficiente angular representa a massa do corpo,
que é uma constante de proporcionalidade.

Essa constante de proporcionalidade (m), que é característica de cada corpo recebe o nome de massa iner-
cial ou simplesmente massa e corresponde à medida da inércia do corpo, ou seja, da resistência que o corpo
oferece à variação do vetor velocidade.
Observe na lei fundamental da Dinâmica (F = m.a) que, quanto maior a massa do corpo, maior será sua
inércia, ou seja, devemos aplicar uma força resultante maior para acelerar ou retardar um caminhão.
Exemplo:
Quando uma força de 12N é aplicada em um corpo de 2kg, qual é a aceleração adquirida por ele?
F=12N, m=2kg, a=?
F = m.a
12 = 2.a
a = 6 m/s²

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3ª Lei de Newton - Princípio da Ação e Reação
Quando uma pessoa empurra um caixa com uma força F, podemos dizer que esta é uma força de ação,
mas conforme a 3ª lei de Newton, sempre que isso ocorre, há uma outra força com módulo e direção iguais, e
sentido oposto a força de ação, esta é chamada força de reação.
Este é o princípio da ação e reação, cujo enunciado é:»As forças atuam sempre em pares, para toda força
de ação, existe uma força de reação.”
Exemplo:
O homem de peso 700N, mostrado na figura, mantém-se em equilíbrio, suportando um corpo de massa
30kg, por meio de uma corda e uma polia, ambas ideais. Considere g = 10m/s2. Calcule o módulo da força
exercida pelos pés do homem sobre o assoalho.

(A) 300N
(B) 400N
(C) 600N
(D) 750N
(E) 1050N
No homem, atuam Peso (para baixo), Normal e Tensão (para cima). Como o sistema está em equilíbrio, N
+ T = Phomem.
Por outro lado, no contrapeso, a tensão é igual T= mg (onde m é a massa do contrapeso)
Deste modo = > N + mg = Phomem => N + 30x10 = 700 => N= 400N
Força de Tração
Dado um sistema onde um corpo é puxado por um fio ideal, ou seja, inextensível, flexível e tem massa des-
prezível.

Podemos considerar que a força é aplicada no fio, que por sua vez, aplica uma força no corpo, a qual chama-
mos Força de Tração .

Exemplo:
Dada a figura

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Determine:
a) a aceleração do conjunto;
b) a força que o bloco A exerce sobre o bloco B.
Resolução:
- Separe os blocos A e B.
- Represente as forças de ação e reação sobre os blocos na direção do movimento.
- Aplique a 2ª Lei de Newton em cada bloco;

- Com as duas equações encontradas, resolva o sistema

Substitua o valor da aceleração em uma das equações acima, para que seja possível calcular o valor da
força f.
F = 3.a
F = 3 . 4 = 12 N
Força Peso
Quando falamos em movimento vertical, introduzimos um conceito de aceleração da gravidade, que sempre
atua no sentido a aproximar os corpos em relação à superfície. Relacionando com a 2ª Lei de Newton, se um
corpo de massa m, sofre a aceleração da gravidade.
A esta força, chamamos Força Peso, e podemos expressá-la como:
P = m.g
O Peso de um corpo é a força com que a Terra o atrai, podendo ser variável, quando a gravidade variar, ou
seja, quando não estamos nas proximidades da Terra. A massa de um corpo, por sua vez, é constante, ou seja,

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não varia.
Quando falamos no peso de algum corpo, normalmente, lembramos do “peso” medido na balança. Mas este
é um termo fisicamente errado, pois o que estamos medindo na realidade, é a nossa massa.
Além da Força Peso, existe outra que normalmente atua na direção vertical, chamada Força Normal. Esta é
exercida pela superfície sobre o corpo, podendo ser interpretada como a sua resistência em sofrer deformação
devido ao peso do corpo. Esta força sempre atua no sentido perpendicular à superfície, diferentemente da For-
ça Peso que atua sempre no sentido vertical. Analisando um corpo que encontra-se sob uma superfície plana
verificamos a atuação das duas forças.

Para que este corpo esteja em equilíbrio na direção vertical, ou seja, não se movimente ou não altere sua
velocidade, é necessário que os módulos das forças Normal e Peso sejam iguais, assim, atuando em sentidos
opostos elas se anularão.
Por exemplo, qual o peso de um corpo de massa igual a 10kg:
(a) na superfície da Terra (g=9,8m/s²);
(b) na superfície de Marte (g=3,724m/s²).
(a) P=mg
P=10.9,8=98 N
(b) P=mg
P=10.3,724=37,24 N
Força de Atrito
Até agora, para calcularmos a força, ou aceleração de um corpo, consideramos que as superfícies por onde
este se deslocava, não exercia nenhuma força contra o movimento, ou seja, quando aplicada uma força, este
se deslocaria sem parar.
Mas sabemos que este é um caso idealizado. Por mais lisa que uma superfície seja, ela nunca será total-
mente livre de atrito.
Sempre que aplicarmos uma força a um corpo, sobre uma superfície, este acabará parando.
É isto que caracteriza a força de atrito:
- Se opõe ao movimento;
- Depende da natureza e da rugosidade da superfície (coeficiente de atrito);
- É proporcional à força normal de cada corpo;
- Transforma a energia cinética do corpo em outro tipo de energia que é liberada ao meio.
Podemos perceber a existência da força de atrito e entender as suas características através de uma experi-
ência muito simples. Vamos imaginar uma caixa bem grande, colocada no chão, e contendo madeira. Podemos
até imaginar que, à menor força aplicada, ela se deslocará. Isso, no entanto, não ocorre. Quando a caixa ficar
mais leve, à medida que formos retirando a madeira, atingiremos um ponto no qual conseguiremos movimen-
tá-la. A dificuldade de mover a caixa é devida ao surgimento da força de atrito Fatrito entre o solo e a caixa.

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Várias experiências como essa levam-nos às seguintes propriedades da força de atrito (direção, sentido e
módulo):
Direção
As forças de atrito resultantes do contato entre os dois corpos sólidos são forças tangenciais à superfície de
contato. No exemplo acima, a direção da força de atrito é dada pela direção horizontal. Por exemplo, ela não
aparecerá se você levantar a caixa.
Sentido
A força de atrito tende sempre a se opor ao movimento relativo das superfícies em contato. Assim, o sentido
da força de atrito é sempre o sentido contrário ao movimento relativo das superfícies

Módulo
Sobre o módulo da força de atrito cabem aqui alguns esclarecimentos. Enquanto a força que empurra a
caixa for pequena, o valor do módulo da força de atrito é igual à força que empurra a caixa. Ela anula o efeito
da força aplicada.
A força de atrito é calculada pela seguinte relação:
Fat = µ.N
Onde:
μ: coeficiente de atrito (adimensional)
N: Força normal (N)
Atrito Estático e Dinâmico
Quando empurramos um carro, é fácil observar que até o carro entrar em movimento é necessário que se
aplique uma força maior do que a força necessária quando o carro já está se movimentando.
Isto acontece pois existem dois tipos de atrito: o estático e o dinâmico.
a) Atrito Estático: É aquele que atua quando não há deslizamento dos corpos. A força de atrito estático má-
xima é igual a força mínima necessária para iniciar o movimento de um corpo. Quando um corpo não está em
movimento a força de atrito deve ser maior que a força aplicada, neste caso, é usado no cálculo um coeficiente
de atrito estático: µest. Então:
Fat = µest.N
b) Atrito Dinâmico: É aquele que atua quando há deslizamento dos corpos. Quando a força de atrito estático
for ultrapassada pela força aplicada ao corpo, este entrará em movimento, e passaremos a considerar sua força
de atrito dinâmico. A força de atrito dinâmico é sempre menor que a força aplicada e no cálculo é utilizado o
coeficiente de atrito cinético: µd. Então:

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Fat = µd.N
Força Elástica
Imagine uma mola presa em uma das extremidades a um suporte, e em estado de repouso (sem ação de
nenhuma força).
Quando aplicamos uma força F na outra extremidade, a mola tende a deformar (esticar ou comprimir, depen-
dendo do sentido da força aplicada).
Ao estudar as deformações de molas e as forças aplicadas, Robert Hooke (1635-1703), verificou que a de-
formação da mola aumenta proporcionalmente à força. Daí estabeleceu-se a seguinte lei, chamada de Lei de
Hooke, que é definida pela fórmula:
F = K.x
Onde:
F: intensidade da força aplicada (N);
k: constante elástica da mola (N/m);
x: deformação da mola (m).
A constante elástica da mola depende principalmente da natureza do material de fabricação da mola e de
suas dimensões. Sua unidade mais usual é o N/m (newton por metro) mas também encontramos N/cm; kgf/m,
etc.
Exemplo:
Um corpo de 10kg, em equilíbrio, está preso à extremidade de uma mola, cuja constante elástica é 150N/m.
Considerando g=10m/s², qual será a deformação da mola?
Se o corpo está em equilíbrio, a soma das forças aplicadas a ela será nula, ou seja:
F – P = 0, pois as forças têm sentidos opostos, logo F = P
K.x = m.g
150x = 100
x = 0,66m
Força Centrípeta
Quando um corpo efetua um Movimento Circular, este sofre uma aceleração que é responsável pela mudan-
ça da direção do movimento, a qual chamamos de aceleração centrípeta, assim como visto no MCU.
Sabendo que existe uma aceleração e sendo dada a massa do corpo, podemos, pela 2ª Lei de Newton, cal-
cular uma força que assim como a aceleração centrípeta, aponta para o centro da trajetória circular.
A esta força damos o nome: Força Centrípeta. Sem ela, um corpo não poderia executar um movimento cir-
cular.
Como visto anteriormente, quando o movimento for circular uniforme, a aceleração centrípeta é constante,
logo, a força centrípeta também é constante. Sabendo que:
acp =
Ou
acp = ω2.R
Então:
Fcp = m.acp = m = mω2.R
A força centrípeta é a resultante das forças que agem sobre o corpo, com direção perpendicular à trajetória.
Exemplo:
Um carro percorre uma curva de raio 100m, com velocidade 20m/s. Sendo a massa do carro 800kg, qual é

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a intensidade da força centrípeta?
Fcp= m
Fcp= 800.
Fcp= 800.4
Fcp= 3200N
Força Centrífuga1
Imagine-se girando num carrossel. Você tem a sensação de que está sendo atirado para fora. Essa sen-
sação que o faz sentir-se compelido para fora, para fugir do centro, é o resultado da força centrífuga. A força
centrífuga surge sempre que nos movimentamos fazendo curvas (ao longo de trajetórias não-retilíneas).
Para um indivíduo num sistema em rotação ou que se movimenta numa curva surge uma força, nesse siste-
ma, conhecida como força centrífuga. Ela tem as seguintes características:
Direção
Na direção perpendicular à curva por aquele ponto no qual o objeto está.
Sentido
No sentido de “fuga do centro” (para fora). Fuga do centro da circunferência osculadora (a circunferência que
tangencia a curva num dado ponto).
Módulo
O módulo de força centrífuga é dado por

Onde v é a velocidade escalar do corpo no ponto P e R é o raio da circunferência osculadora pelo ponto P.

E R é a distância do objeto até o centro. Podemos então escrever

Para o indivíduo sobre a plataforma, o objeto está em repouso e ele escreverá para a aceleração na direção
normal

=0
Esse resultado é compatível com o anterior, desde que nos lembremos da força centrífuga. Levando em
conta a força centrífuga podemos escrever na direção normal

Donde concluímos que

1 https://bit.ly/2MrwnVb

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Que é exatamente o mesmo resultado dado acima.
Consideremos, a título de exemplo, o movimento de um objeto de massa m sobre uma plataforma circular
em movimento de rotação em torno do seu eixo (um carrossel é um bom exemplo dessa situação). O objeto
está preso ao eixo da plataforma por um fio.
Consideremos agora o movimento desse objeto descrito por dois observadores. Um localizado sobre o solo,
em repouso (sistema S), e outro localizado sobre a plataforma (S’).
Um indivíduo no solo escreverá

Na direção normal ao movimento ele escreverá

Onde acp é a aceleração centrípeta. De acordo com o resultado já conhecido, podemos escrever

Plano Inclinado
Dada uma rampa e considerando o atrito, podemos distribuir as forças da seguinte forma:

Ao observarmos a figura acima, notamos que as forças que atuam sobre o corpo são:
P: Força peso = P = m.g
Px = P.senθ
Py = P.cosθ
N = Normal = Py
Se o bloco estiver em repouso ou velocidade constante: Px=Fat
Se estiver descendo: Px - Fat = m.a
Exemplo:
Um corpo de massa m=10kg está apoiado num plano de 30° em relação à horizontal, sem atrito. Considere
g=10m/s², determine a aceleração do bloco.

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Px = m.a
m.g.senθ = m.a
a = g.senθ
a=10.sen30=10.0,5=5m/s²
Sistemas
Agora que conhecemos os princípios da dinâmica, a força peso, elástica, centrípeta e de atito e o plano in-
clinado, podemos calcular fenômenos físicos onde estas forças são combinadas.
Corpos em contato

Quando uma força é aplicada aos corpos em contato existem “pares ação-reação” de forças que atuam entre
eles e que se anulam.
Podemos fazer os cálculos neste caso, imaginando:

Depois de sabermos a aceleração, que é igual para ambos os blocos, podemos calcular as forças que atuam
entre eles, utilizando a relação que fizemos acima:
F BA=mB.a
Exemplo:
Sendo mA=5Kg e mB = 3Kg e que a força aplicada ao sistema é de 24N, qual é a intensidade da força que
atua entre os dois blocos?
F = (mA+mB).a
24 = (5+3).a
a=
a = 3m/s2

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FBA = mB.a
FBA = 3.3
FBA= FAB= 9N
Blocos ligados por fio em superfície lisa
Neste caso, também não será considerada a existência do atrito. Considere que os corpos sejam puxados
por uma força F.

Separando os corpos e colocando as forças que estão envolvidas no movimento, tem-se:

Aplica-se a segunda lei de Newton para cada corpo e resolve o sistema:


(corpo A) T2 = mA.a
(corpo B) T1-T2 = mB.a
(corpo C) F-T1= mC.a
F = ( mA+ mB+ mC).a
Um dos corpos pendurados
Para efetuar este cálculo faz-se da mesma forma que apresentado anteriormente.
No exemplo a seguir, considerando a inexistência de atrito em A, qualquer massa de B será suficiente para
deslocar o conjunto.

Separando os corpos e colocando as forças que estão envolvidas no movimento, tem-se:

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Aplicando a segunda lei de Newton nos dois corpos:

Trabalho
Na Física, o termo trabalho é utilizado quando falamos no Trabalho realizado por uma força, ou seja, o Traba-
lho Mecânico. Uma força aplicada em um corpo realiza um trabalho quando produz um deslocamento no corpo.

Utilizamos a letra grega tau minúscula ( ) para expressar trabalho.


A unidade de Trabalho no Sistema Internacional (SI) é o Joule (J).

Quando uma força tem a mesma direção do movimento o trabalho realizado é positivo: >0;
Quando uma força tem direção oposta ao movimento o trabalho realizado é negativo: <0.
O trabalho resultante é obtido através da soma dos trabalhos de cada força aplicada ao corpo, ou pelo cál-
culo da força resultante no corpo.
τR = τ1 + τ2 + τ3 + .......... + τN
Força paralela ao deslocamento
Quando a força é paralela ao deslocamento, ou seja, o vetor deslocamento e a força não formam ângulo
entre si, calculamos o trabalho:
τ = F.∆S
Exemplo:
Qual o trabalho realizado por uma força aplicada a um corpo de massa 5kg e que causa uma aceleração de
1,5m/s² e se desloca por uma distância de 100m?
τ = F.∆S
τ = m.a. ∆S
τ = 5.1,5.100
τ = 750J
Força não-paralela ao deslocamento
Sempre que a força não é paralela ao deslocamento, devemos decompor o vetor em suas componentes
paralelas e perpendiculares:

Considerando a componente perpendicular da Força e a componente paralela da força.


Ou seja:
cosθ =

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FII=F cosθ
Quando o móvel se desloca na horizontal, apenas as forças paralelas ao deslocamento produzem trabalho.
Logo:

τ = FII.∆S
τ = F cosθ.∆S
Exemplo:
Uma força de intensidade 30N é aplicada a um bloco formando um ângulo de 60° com o vetor deslocamento,
que tem valor absoluto igual a 3m. Qual o trabalho realizado por esta força?
τ= FII.∆S
τ= F cosθ.∆S
τ=30. cos 60º.3
τ = 45J
Podemos considerar sempre este caso, onde aparece o cosseno do ângulo, já que quando a força é paralela
ao deslocamento, seu ângulo é 0° e cos0°=1, isto pode ajudar a entender porque quando a força é contrária ao
deslocamento o trabalho é negativo, já que:
O cosseno de um ângulo entre 90° e 180° é negativo, sendo cos180°=-1
Trabalho da força Peso
Para realizar o cálculo do trabalho da força peso, devemos considerar a trajetória como a altura entre o corpo
e o ponto de origem, e a força a ser empregada, a força Peso.
Então:
τP = P. ∆h
τP = m.g. ∆h

Potência
A potência é o trabalho realizado em determinado período de tempo.
Exemplo: Dois carros saem da praia em direção a serra, com uma altitude de 600m (h=600m). Um dos car-
ros realiza a viagem em 1hora, o outro demora 2 horas para chegar. Qual dos carros realizou maior trabalho?
Nenhum dos dois. O Trabalho foi exatamente o mesmo. Entretanto, o carro que andou mais rápido desen-
volveu uma Potência maior.
A unidade de potência no SI é o watt (W).
1W =

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Além do watt, usa-se com frequência as unidades:
1kW (1 quilowatt) = 1000W
1MW (1 megawatt) = 1000000W = 1000kW
1cv (1 cavalo-vapor) = 735W
1HP (1 horse-power) = 746W
Potência Média
Definimos a partir daí potência média relacionando o Trabalho com o tempo gasto para realizá-lo:
Pot M =
Como sabemos que:
τ = F.∆ S
Então:
Pot M = = v m
Podemos também fazer uma relação de potência de uma força com a intensidade da força e com o módulo
da velocidade de um corpo sujeito a essa força, pela equação I:
Pméd =
O trabalho de uma força constante é definido pela equação II:
τ = F.d.cosθ
Fazendo a substituição de II em I, teremos:
Pméd =
Potência Instantânea
Quando o tempo gasto for infinitamente pequeno teremos a potência instantânea, ou seja:

Exemplo: Qual a potência média que um corpo desenvolve quando aplicada a ele uma força horizontal com
intensidade igual a 12N, por um percurso de 30m, sendo que o tempo gasto para percorrê-lo foi de 10s?
Pot M=
Pméd =
E a potência instantânea no momento em que o corpo atingir 2m/s?
Pot = F.v = 12.2 = 24W
Rendimento2
Todas as vezes que uma máquina realiza um trabalho, parte de sua energia total é dissipada, seja por
motivos de falha ou até mesmo devido ao atrito. Lembrando que essa energia dissipada não é perdida, ela é
transformada em outros tipos de energia (Lei de Lavoisier). Assim sendo, considera-se a seguinte relação para
calcular o rendimento:

Onde:

2 https://bit.ly/2P07Asp

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η é o rendimento da máquina;
Pu é a potência utilizada pela máquina;
Pt é a potência total recebida pela máquina.
A potência total é a soma das potências útil e dissipada.
Pt= Pu + Pd
Por se tratar de um quociente de grandezas de mesma unidade, rendimento é uma grandeza adimensional,
ou seja, ele não possui unidade. Rendimento é expresso em porcentagem e ele é sempre menor que um e
maior que zero 0< η<1.
Energia Mecânica
Energia é a capacidade de executar um trabalho. Energia mecânica é aquela que acontece devido ao movi-
mento dos corpos ou armazenada nos sistemas físicos. Dentre as diversas energias conhecidas, as que vere-
mos no estudo de dinâmica são:
- Energia Cinética;
- Energia Potencial Gravitacional;
- Energia Potencial Elástica.
Energia Cinética
É a energia ligada ao movimento dos corpos. Resulta da transferência de energia do sistema que põe o
corpo em movimento. Sua equação é dada por:
τ= F.∆S
τ= m.a. ∆S
Utilizando a equação de Torricelli e considerando o início do movimento sendo o repouso, teremos:
v2=v02+2a∆S
v2=0+2a∆S
∆S=
Substituindo no cálculo do trabalho:

A unidade de energia é a mesma do trabalho: o Joule (J)


Teorema da Energia Cinética
Considerando um corpo movendo-se em MRUV.

O Teorema da Energia Cinética (TEC) diz que:


“O trabalho da força resultante é medido pela variação da energia cinética.”

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τR=∆Ec= Ec - Eci
τR =-
Exemplo:
Qual o trabalho realizado por um corpo de massa 10kg que inicia um percurso com velocidade 10m/s² até
parar?
τR =-
τR =-
τR == -500 J
Energia Potencial
Energia Potencial é a energia que pode ser armazenada em um sistema físico e tem a capacidade de ser
transformada em energia cinética.
Conforme o corpo perde energia potencial ganha energia cinética ou vice-e-versa.
Energia Potencial Gravitacional
É a energia que corresponde ao trabalho que a força Peso realiza.
É obtido quando consideramos o deslocamento de um corpo na vertical, tendo como origem o nível de refe-
rência (solo, chão de uma sala...).

Enquanto o corpo cai vai ficando mais rápido, ou seja, ganha Energia Cinética, e como a altura diminui, per-
de Energia Potencial Gravitacional.
Energia Potencial Elástica
Corresponde ao trabalho que a força Elástica realiza.

Como a força elástica é uma força variável, seu trabalho é obtido através do cálculo da área do seu gráfico,
cuja Lei de Hooke diz ser:
A=
Então:
τFel = Eel =
Eel = =
Conservação de Energia Mecânica
A energia mecânica de um corpo é igual a soma das energias potenciais e cinética dele.
Então:

Qualquer movimento é realizado através de transformação de energia, por exemplo, quando você corre,
transforma a energia química de seu corpo em energia cinética, o mesmo que acontece para a conservação de

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energia mecânica.
Exemplo:
Uma pedra que é abandonada de um penhasco. Em um primeiro momento, antes de ser abandonada, a pe-
dra tem energia cinética nula (já que não está em movimento) e energia potencial total. Quando a pedra chegar
ao solo, sua energia cinética será total, e a energia potencial nula (já que a altura será zero).
Dizemos que a energia potencial se transformou, ou se converteu, em energia cinética.
Quando não são consideradas as forças dissipativas (atrito, força de arraste, etc.) a energia E M, inicial= E
M, final
E C, inicial + E P, inicial= E C, final+ E P, final
Para o caso de energia potencial gravitacional convertida em energia cinética, ou vice-versa:
mv2 inicial+mgh inicial = mv2 final + mgh final
Para o caso de energia potencial elástica convertida em energia cinética, ou vice-versa:
mv2 inicial+ Kx2= mv2 final+ Kx2inal
Exemplo:
Uma maçã presa em uma macieira a 3 m de altura se desprende. Com que velocidade ela chegará ao solo?
E M, inicial= E M, final
E C, inicial + E PG, inicial= E C, final+ E PG, final
mv2 inicial + mgh inicial = mv2 final + mgh final
m.0+m.10.3= mv2 final = mg.0
30m= mv2 final
√60=v final
7,75 m/s≅ v final
Gráficos de Energias Para um Sistema Conservativo3
Seja um sistema de forças conservativo e os gráficos das energias potencial (Ep) e cinética (Ec) em função
do tempo (t) ou em função de uma coordenada de posição (x).

Sabendo que a soma de Ep e Ec é constante, os gráficos serão simétricos em relação a um eixo paralelo ao

eixo dos tempos (ou das posições) e correspondente a uma energia igual a (metade da energia mecâ-
nica total).

3 https://www.colegioweb.com.br/energia-mecanica/grafico-de-energias-para-um-sistema-conservativo.
html

17
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Onde:
E1 = Energia Cinética
E2 = Energia Potencial
Em = Energia Mecânica
Impulso
Como já vimos, para que um corpo entre em movimento, é necessário que haja uma interação entre dois
corpos.
Se considerarmos o tempo que esta interação acontece, teremos o corpo sob ação de uma força constante,
durante um intervalo de tempo muito pequeno, este será o impulso de um corpo sobre o outro:

As características do impulso são:


- Módulo: I = F. ∆t
- Direção: a mesma do vetor F
- Sentido: o mesmo do vetor F
A unidade utilizada para Impulso, no SI, é: N.s
No gráfico de uma força constante, o valor do impulso é numericamente igual à área entre o intervalo de
tempo de interação:

A = F.Δt = I
Exemplo:
Ao dar um chute na bola, num jogo de futebol, um jogador aplica uma força de intensidade 6,0 · 10² N sobre
a bola, durante um intervalo de tempo de 1,5 · 10-1 s. Determine a intensidade do impulso da força aplicada
pelo jogador.
Resolução:
Dados do enunciado
F = 6,0 · 10² N
t = 1,5 · 10-1 s

I = 90 N.s
Quantidade De Movimento
Se observarmos uma partida de bilhar, veremos que uma bolinha transfere seu movimento totalmente ou
parcialmente para outra.

A grandeza física que torna possível estudar estas transferências de movimento é a quantidade de movimento
linear , também conhecido como quantidade de movimento ou momentum linear.

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A quantidade de movimento relaciona a massa de um corpo com sua velocidade:

Como características da quantidade de movimento temos:

- Módulo:
- Direção: a mesma da velocidade
- Sentido: a mesma da velocidade
- Unidade no SI: kg.m/s
Exemplo:
Qual a quantidade de movimento de um corpo de massa 2kg a uma velocidade de 1m/s?

Teorema do Impulso
Considerando a 2ª Lei de Newton:

E utilizando-a no intervalo do tempo de interação:

Mas sabemos que: , logo:

Como vimos:

Então:

“O impulso de uma força, devido à sua aplicação em certo intervalo de tempo, é igual a variação da quanti-
dade de movimento do corpo ocorrida neste mesmo intervalo de tempo.”
Exemplo:
Quanto tempo deve agir uma força de intensidade 100N sobre um corpo de massa igual a 20kg, para que
sua velocidade passe de 5m/s para 15m/s?

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Sistema de Partículas
Consideremos o caso mais simples de um sistema de partículas4. Aquele composto por apenas duas partí-
culas. Nesse caso as equações se reduzem a apenas duas:

No caso do sistema constituído por apenas duas partículas definimos além do centro de massa

A coordenada relativa

Definimos, além da massa total,

A massa reduzida

.
A utilidade das grandezas físicas assim definidas podem ser entendidas ao adicionarmos e subtrairmos as
equações. A adição nos leva a

.
Ao passo que a subtração nos leva, depois de dividirmos a primeira equação por m1 e a segunda por m2, a

.
A primeira equação representa o resultado já conhecido de que o centro de massa se move de tal maneira
que tudo se passa como se todas as forças externas estivessem atuando sobre ele.

4 http://efisica.if.usp.br/mecanica/avancado/multicorpo/sist_2_particulas/

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Para entendermos a relevância da coordenada relativa e de massa reduzida consideremos o caso em que o
sistema de duas partículas não está sujeito a forças externas. Nessas circunstâncias as equações se escrevem
agora

Uma vez conhecida a força (ou forças) de interação entre as duas partículas podemos determinar a partir de (

) e utilizando ( ). Uma vez conhecidos e podemos determinar e utilizando ( ). Isto é

Colisões
Em Física, colisões5 entre dois corpos constituem uma interação rápida e violenta, pois as forças trocadas
são de grande intensidade. Nesse breve intervalo de tempo, os corpos trocam entre si forças de intensidades
muito maiores do que as ações externas, o que nos permite considerar que o sistema é isolado.
Como consideramos o sistema mecanicamente isolado, a quantidade de movimento do sistema conserva-
-se em toda colisão, ou seja, a quantidade de movimento antes da colisão é igual à quantidade de movimento
depois da colisão, isto independentemente do tipo de colisão. Portanto, podemos escrever:
Qantes= Qdepois
mA.vA+mB.vB= mA.vA’+mB.vB’
Tipos de choques
- Choque perfeitamente elástico – assim denominamos as colisões em que as forças agentes na fase de in-
teração são exclusivamente elásticas e, portanto, conservativas. Nesse tipo de colisão, toda a energia cinética
consumida na etapa de deformação reaparece na fase de restituição. O coeficiente de restituição é, portanto,
100%, isto é, igual a 1.
|vafast |=| vaprox | ⇒ e=1
Ec i= Ec f
- Choque parcialmente elástico – colisão em que, além das forças elásticas, forças dissipativas oriundas de
atritos internos agem na fase de interação. Parte da energia cinética consumida na deformação dos corpos é
dissipada como energia térmica. A maioria das colisões do mundo macroscópico é desse tipo.
|vafast |<| vaprox | ⇒ 0 <e<1
Ec i> Ec f</e<1
- Choque inelástico – toda energia cinética consumida na deformação é perdida em outras formas de energia
como a térmica e a sonora. Dessa forma, não ocorre restituição (e = 0), portanto os corpos seguem juntos com
a mesma velocidade. Assim, temos:
|vafast |=0⇒ e=0
Ec i>>> Ec f
Resumindo, temos:

5 https://alunosonline.uol.com.br/fisica/tipos-colisoes.html

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Colisões e aplicações

Colisões Elásticas e Inelásticas


Colisão “é um evento isolado no qual dois ou mais corpos (os corpos que colidem) exercem uns sobre os
outros forças relativamente elevadas por um tempo relativamente curto”. No dia-a-dia dizemos que uma colisão
é um choque, o contato de dois ou mais corpos. Exemplos: Acidente de automóveis, jogo de sinuca... Contudo,
não necessariamente há contato entre os corpos para haver uma colisão. Por isso, podemos dizer que a colisão
é uma interação entre partículas.
Em um choque, forças relativamente grandes, atuam em cada uma das partículas que colidem, durante um
intervalo de tempo relativamente curto. Um exemplo corriqueiro seria um esbarrão entre duas pessoas distraí-
das. Não existe alguma interação significativa entre elas durante a aproximação e até que se choquem. Durante
o choque existe uma forte interação que eventualmente pode causar danos físicos. Depois da colisão volta-se
a situação inicial onde não existia interação significativa.
No entanto, diferentes situações podem ocorrer: 
Quando, por exemplo, dois corpos se chocam e continuam o movimento unidos, verifica-se o chamado cho-
que perfeitamente inelástico. Neste caso, embora a quantidade de movimento se conserve, existe uma signifi-
cativa perda de energia cinética do sistema.
Se, por outro lado, o choque ocorre sem deformações permanentes, pode ser classificado como choque
perfeitamente elástico. Neste caso existe a conservação da quantidade de movimento bem como da energia
cinética do sistema.
Existem ainda os choques parcialmente elásticos, que abrangem toda a gama de possibilidades entre os
extremos do choque elástico e do inelástico. ~
Choque inelástico
É o tipo de choque que ocorre quando, após a colisão, os corpos seguem juntos (com a mesma velocidade).

Nesse caso, ocorre apenas a conservação do momento linear. Podemos obter uma expressão para a velocidade final VF
dos objetos. Veja as equações a seguir:
Qi = Qf —> mA . VIA + mB . VIB = (mA + mB) VF
I
solando VF, temos:

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VF = mA . VIA + mB . VIB/ mA + mB
Choque parcialmente elástico
É o tipo de choque que ocorre quando, após a colisão, os corpos seguem separados (velocidade diferentes), tendo o sis-
tema uma perda de energia cinética.

A figura acima mostra o comportamento de duas esferas antes e depois de uma colisão parcialmente inelástica. Para
compreender melhor, utilizamos valores numéricos para as velocidades. A velocidade relativa antes da colisão é dada pela
diferença entre as duas velocidades:
Vrel = VIA - VIB
Substituindo os valores, temos:
Vrel = 6 – (-4) = 10 m/s
Depois da colisão, temos a seguinte situação:
Vrel = VFA - VFB
Vrel = 3 - (- 4) = 7m/s
Podemos ver que a velocidade relativa antes da colisão é diferente da velocidade relativa depois da colisão. É isso que
caracteriza essa colisão como parcialmente inelástica, mas que também pode ser chamada de parcialmente elástica
Choque perfeitamente elástico
É o tipo de choque que ocorre quando, após a colisão, os corpos seguem separados (velocidade diferentes) e o sistema
não perde energia cinética.

Podemos analisar com mais detalhes esses eventos se considerarmos a colisão entre duas bolas de bilhar,
onde uma bola rola em direção a uma segunda que está em repouso.
De maneira equivalente ao esbarrão, mencionado anteriormente, não existe interação significativa entre as
duas bolas de bilhar enquanto elas se aproximam e quando elas se afastam depois da colisão. A força de inte-
ração que descreve a colisão tem grande intensidade e curta duração, como descrito no gráfico ao lado. Forças
como essa, que atuam durante um intervalo pequeno comparado com o tempo de observação do sistema, são

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chamadas de forças impulsivas.
Resumindo, temos:

Coeficiente de
Tipos de choques Energia cinética Quantidade de movimento
restituição
Conservação de energia
Perfeitamente elástico e=1 Q antes=Q depois
cinética
Parcialmente elástico 0< e <1 Há dissipação de energia Q antes=Q depois
Dissipação máxima de
Inelástico e=0 Q antes=Q depois
energia

Conservação do momento linear durante uma colisão


Vamos considerar duas bolas de bilhar com mesma forma e pesos diferentes. Uma das bolas se movimenta
em direção à segunda que está em repouso. Depois da colisão as duas bolas se movimentam em sentidos
contrários. Durante a colisão, entram em ação as forças impulsivas. A bola 1 exerce uma força 12 na bola 2 e
de maneira equivalente a bola 2 exerce uma força na bola 1.

Usando a terceira Lei de Newton, é fácil perceber que 12 e são forças de ação e reação, logo:

Colisão elástica em uma dimensão


As colisões podem ser divididas em dois tipos, aquelas que conservam a energia cinéticas - ditas elásticas,
e aquelas que não conservam a energia cinética - ditas inelásticas. Vamos considerar a colisão de duas bolas
de massas m1 e m2 descrita a seguir: Antes da colisão Temos que v1I > v2I , pois em caso contrário não exis-
tiria a colisão. v 1I r v 2I r m1 m2 Depois da colisão Temos que v1F < v2F , pois em caso contrário existiriam
outras colisões depois da primeira. v 1 v 2

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Leis da termodinâmica e suas aplicações

TERMODINÂMICA
A Termodinâmica é a parte da Física que estuda principalmente a transformação de energia térmica em
trabalho. A utilização direta desses princípios em motores de combustão interna ou externa, faz dela uma im-
portante teoria para os motores de carros, caminhões e tratores, nas turbinas com aplicação em aviões, etc.
Portanto sua correlação com estudo dos gases é importante.
Energia Interna dos Gases
Um gás que possua uma temperatura diferente do zero absoluto (0 K) possui uma energia cinética interna
representada pela energia cinética de suas partículas em movimento:

Como, para determinada massa de gás, n e R são constantes, a variação da energia interna dependerá da
variação da temperatura absoluta do gás, ou seja, quando houver aumento da temperatura absoluta ocorrerá
uma variação positiva da energia interna

.
Quando houver diminuição da temperatura absoluta, há uma variação negativa de energia interna

.
E quando não houver variação na temperatura do gás, a variação da energia interna será igual a zero

.
Conhecendo a equação de Clapeyron, é possível compará-la a equação descrita na Lei de Joule, e assim
obteremos:

25
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Trabalho de Um Gás
Considere um gás de massa m contido em um cilindro com área de base A, provido de um êmbolo. Ao ser
fornecida uma quantidade de calor Q ao sistema, este sofrerá uma expansão, sob pressão constante, como é
garantido pela Lei de Gay-Lussac, e o êmbolo será deslocado.

Assim como para os sistemas mecânicos, o trabalho do sistema será dado pelo produto da força aplicada no
êmbolo com o deslocamento do êmbolo no cilindro:

Assim, o trabalho realizado por um sistema, em uma transformação com pressão constante, é dado pelo
produto entre a pressão e a variação do volume do gás. Quando:
O volume aumenta no sistema, o trabalho é positivo, ou seja, é realizado sobre o meio em que se encontra
(como por exemplo empurrando o êmbolo contra seu próprio peso);
O volume diminui no sistema, o trabalho é negativo, ou seja, é necessário que o sistema receba um trabalho
do meio externo;
O volume não é alterado, não há realização de trabalho pelo sistema.
Exemplo:
Um gás ideal de volume 12m³ sofre uma transformação, permanecendo sob pressão constante igual a
250Pa. Qual é o volume do gás quando o trabalho realizado por ele for 2kJ?

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De modo geral, na termodinâmica, o trabalho pode ser determinado através de um método gráfico. Conside-
re um gráfico de pressão por volume, como mostrado na figura abaixo.

O trabalho é numericamente igual à área entre a curva do gráfico e o eixo do volume.


U é a energia interna.
R é a constante dos gases perfeitos (um valor dado).
T é a temperatura.
n é o número de mols.
Essa relação matemática mostra que a energia interna e a temperatura estão relacionadas de maneira dire-
ta: para que ocorra uma variação de energia interna é necessário que ocorra uma variação de temperatura do
sistema. Resumindo:

Agora vamos nos aprofundar nos estudos da termodinâmica por meio de suas leis.
1ª Lei da Termodinâmica
Chamamos de 1ª Lei da Termodinâmica, o princípio da conservação de energia aplicada à termodinâmica,
o que torna possível prever o comportamento de um sistema gasoso ao sofrer uma transformação termodinâ-
mica.
Analisando o princípio da conservação de energia ao contexto da termodinâmica:

Um sistema não pode criar ou consumir energia, mas apenas armazená-la ou transferi-la ao meio onde se
encontra, como trabalho, ou ambas as situações simultaneamente, então, ao receber uma quantidade Q de
calor, esta poderá realizar um trabalho e aumentar a energia interna do sistema ΔU, ou seja, expressando
matematicamente:

Sendo todas as unidades medidas em Joule (J).


Conhecendo esta lei, podemos observar seu comportamento para cada uma das grandezas apresentadas:

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Q/ /
Calor Trabalho Energia Interna
ΔU
Recebe Realiza Aumenta >0
Cede Recebe Diminui <0
Não troca Não realiza e nem recebe Não varia =0

Exemplo:
Ao receber uma quantidade de calor Q=50J, um gás realiza um trabalho igual a 12J, sabendo que a Energia
interna do sistema antes de receber calor era U=100J, qual será esta energia após o recebimento?

2ª Lei da Termodinâmica
Dentre as duas leis da termodinâmica, a segunda é a que tem maior aplicação na construção de máquinas
e utilização na indústria, pois trata diretamente do rendimento das máquinas térmicas.
Dois enunciados, aparentemente diferentes ilustram a 2ª Lei da Termodinâmica, os enunciados de Clausius
e Kelvin-Planck:
Enunciado de Clausius:
O calor não pode fluir, de forma espontânea, de um corpo de temperatura menor, para um outro corpo de
temperatura mais alta.
Tendo como consequência que o sentido natural do fluxo de calor é da temperatura mais alta para a mais
baixa, e que para que o fluxo seja inverso é necessário que um agente externo realize um trabalho sobre este
sistema.
Enunciado de Kelvin-Planck:
É impossível a construção de uma máquina que, operando em um ciclo termodinâmico, converta toda a
quantidade de calor recebido em trabalho.
Este enunciado implica que, não é possível que um dispositivo térmico tenha um rendimento de 100%, ou
seja, por menor que seja, sempre há uma quantidade de calor que não se transforma em trabalho efetivo.
Ciclo de Carnot
Até meados do século XIX, acreditava-se ser possível a construção de uma máquina térmica ideal, que seria
capaz de transformar toda a energia fornecida em trabalho, obtendo um rendimento total (100%).
Para demonstrar que não seria possível, o engenheiro francês Nicolas Carnot (1796-1832) propôs uma má-
quina térmica teórica que se comportava como uma máquina de rendimento total, estabelecendo um ciclo de
rendimento máximo, que mais tarde passou a ser chamado Ciclo de Carnot.
Este ciclo seria composto de quatro processos, independente da substância:

28
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Uma expansão isotérmica reversível. O sistema recebe uma quantidade de calor da fonte de aquecimento
(L-M)
Uma expansão adiabática reversível. O sistema não troca calor com as fontes térmicas (M-N)
Uma compressão isotérmica reversível. O sistema cede calor para a fonte de resfriamento (N-O)
Uma compressão adiabática reversível. O sistema não troca calor com as fontes térmicas (O-L)
Numa máquina de Carnot, a quantidade de calor que é fornecida pela fonte de aquecimento e a quantidade
cedida à fonte de resfriamento são proporcionais às suas temperaturas absolutas, assim:

Assim, o rendimento de uma máquina de Carnot é:

e
Logo:

Sendo:

= temperatura absoluta da fonte de resfriamento


= temperatura absoluta da fonte de aquecimento
Com isto se conclui que para que haja 100% de rendimento, todo o calor vindo da fonte de aquecimento
deverá ser transformado em trabalho, pois a temperatura absoluta da fonte de resfriamento deverá ser 0K. Par-
tindo daí conclui-se que o zero absoluto não é possível para um sistema físico.
Exemplo:
Qual o rendimento máximo teórico de uma máquina à vapor, cujo fluido entra a 560ºC e abandona o ciclo a
200ºC?

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Maquinas Térmicas
Envolvendo os estudos de termodinâmica e calor, vamos analisar as máquinas térmicas. As máquinas tér-
micas foram os primeiros dispositivos mecânicos a serem utilizados em larga escala na indústria, por volta do
século XVIII. Na forma mais primitiva, era usado o aquecimento para transformar água em vapor, capaz de
movimentar um pistão, que por sua vez, movimentava um eixo que tornava a energia mecânica utilizável para
as indústrias da época.
Chamamos máquina térmica o dispositivo que, utilizando duas fontes térmicas, faz com que a energia térmi-
ca se converta em energia mecânica (trabalho).

A fonte térmica fornece uma quantidade de calor que no dispositivo transforma-se em trabalho mais
uma quantidade de calor que não é capaz de ser utilizado como trabalho . Assim é válido que:

Utiliza-se o valor absolutos das quantidade de calor pois, em uma máquina que tem como objetivo o resfria-
mento, por exemplo, estes valores serão negativos.
Neste caso, o fluxo de calor acontece da temperatura menor para o a maior. Mas conforme a 2ª Lei da Termo-
dinâmica, este fluxo não acontece espontaneamente, logo é necessário que haja um trabalho externo, assim:

Rendimento das Máquinas Térmicas

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Podemos chamar de rendimento de uma máquina a relação entre a energia utilizada como forma de trabalho
e a energia fornecida:
Considerando:

=rendimento;
= trabalho convertido através da energia térmica fornecida;
=quantidade de calor fornecida pela fonte de aquecimento;
=quantidade de calor não transformada em trabalho.

Mas como constatado:

Logo, podemos expressar o rendimento como:

O valor mínimo para o rendimento é 0 se a máquina não realizar nenhum trabalho, e o máximo 1, se fosse
possível que a máquina transformasse todo o calor recebido em trabalho, mas como visto, isto não é possível.
Para sabermos este rendimento em percentual, multiplica-se o resultado obtido por 100%.
Exemplo:
Um motor à vapor realiza um trabalho de 12kJ quando lhe é fornecido uma quantidade de calor igual a 23kJ.
Qual a capacidade percentual que o motor tem de transformar energia térmica em trabalho?

Alguns Exemplos de Máquinas Térmicas6.


Máquina à vapor.

6 http://www.if.ufrgs.br/tex/fis01043/20041/Melissa/semnome6.htm

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Cilindro e pistão da máquina a vapor. Vapor da caldeira empurra o pistão para a direita. O vapor de exaustão
escapa pelo cano de exaustão, E. A válvula deslizante se desloca então mudando a entrada do vapor no cilin-
dro; o pistão é empurrado novamente para a esquerda.
Locomotiva a vapor.

Os gases quentes da combustão do carvão passam por longos e finos, tubos envolvidos por água para fer-
vê-la. O vapor da caldeira entra no tubo de vapor e passa pelos cilindros, o vapor usado escapa por C, junta-se
com a fumaça saindo pela chaminé.
Motor a gasolina.

Os quatro tempos de um motor a gasolina. (A) Aspiração; (B) compressão; (C) explosão; (D) exaustão.
Cada cilindro deve passar por êsse ciclo de quatro tempos: aspiração, compressão, explosão, exaustão. Ob-
serve que há um tempo de explosão para duas revoluções de um motor de um só cilindro. Para a manutenção
do movimento, a roda deve ser pesada. Um motor de quatro cilindros tem dois tempos de explosão para cada
revolução; um motor de oito cilindros tem quatro tempos de explosão para cada rotação, ou um quarto de rota-
ção para cada explosão. O motor de muitos cilindros dá um suave fluxo de explosões. O rendimento do motor

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de um automóvel em boas condições pode variar de 22 a 28 por cento.
Turbina a vapor.

Turbina a vapor e gerador elétrico. Note que o capor passa por três estágios na turbina, de alta pressão no
primeiro estágio a baixa pressão no terceiro. As rodas da turbina são sucessivamente maiores porque o vapor
se expande à medida que passa pela turbina. Mostram-se claramente as lâminas girantes. Entre cada conjunto
de lâminas girantes há lâminas estacionárias, fixas. As lâminas estacionárias impelem o vapor contra o próximo
par de lâminas girantes.
Irreversibilidade e Limitações em Processos de Conversão Calor/Trabalho.
Transformações reversíveis: são aquelas que se realizam em ambos os sentidos, podendo voltar ao es-
tado inicial, passando pelas mesmas situações intermediárias, sem influências do meio externo. Isso ocorre
geralmente em transformações mecânicas sem atrito.
Considere o bloco da figura sendo abandonado do repouso no ponto A. Se você desprezar todos os atritos
ele se deslocará até o ponto B, atingindo o repouso na mesma altura que a do ponto A, retornará a A e ficará
oscilando entre A e B, pois não existe atrito.

Observe que no deslocamento entre A e B e o retorno entre B e A, a transformação produzida não teve ne-
nhuma influência do meio exterior (corpos circundantes) e, assim, ela é uma transformação reversível.
Transformações irreversíveis: observe no exemplo anterior que, se houver atrito, o corpo sofre perda de
energia e, portanto não poderia, espontaneamente, voltar à posição inicial. Nesse caso, essa é uma transforma-
ção irreversível, onde sua inversa só pode ocorrer com influência do meio externo ou de corpos circundantes,
que devem fornecer energia ao corpo para que ele retorne à posição inicial (ponto A)
Na realidade, na natureza todas as transformações espontâneas são irreversíveis. No exemplo acima é mui-
to improvável que você elimine totalmente o atrito e, devido ao choque com as moléculas de ar e outros atritos,
o bloco, depois de certo tempo irá parar. A energia do bloco se converteu em energia térmica. O contrário não
ocorre, ou seja, é impossível na natureza, que as moléculas se reorganizem e empurrem o bloco fazendo-o
retornar à posição inicial. É por esse motivo que surgiu o Princípio da Degradação da Energia que afirma que é
impossível converter totalmente calor em trabalho
Exemplo:
Uma pedra de gelo colocada em um copo com água a temperatura ambiente recebe calor da água e derrete,
mas jamais cederá calor para a água, pois, o gelo não ficará mais frio e nem a água mais quente, o que violaria

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a Segunda Lei da termodinâmica. Contudo, não viola a Primeira Lei, pois a conservação de energia seria man-
tida de qualquer modo.
Assim podemos dizer que a conservação de energia ocorre em toda transformação, porém essas transfor-
mações ocorrem espontaneamente em um só sentido por isso os processos termodinâmicos são ditos irrever-
síveis.

Estática e dinâmica de fluidos e aplicações

MECÂNICA DOS FLUIDOS


A Mecânica dos fluidos é a área onde são estudados os fenômenos físicos relacionados ao movimento dos
fluidos (ar, água etc).
A mecânica dos fluidos trata do comportamento dos fluidos em repouso ou em movimento e das leis que
regem este comportamento. São áreas de atuação da mecânica dos fluidos:
- Ação de fluidos sobre superfícies submersas, ex.: barragens;
- Equilíbrio de corpos flutuantes, ex.: embarcações;
- Ação do vento sobre construções civis;
-Estudos de lubrificação;
-Transporte de sólidos por via pneumática ou hidráulica, ex.: elevadores hidráulicos;
- Cálculo de instalações hidráulicas, ex.: instalação de recalque;
- Cálculo de máquinas hidráulicas, ex.: bombas e turbinas;
- Instalações de vapor, ex.: caldeiras;
- Ação de fluidos sobre veículos – Aerodinâmica
Pode-se definir fluido como uma substância que se deforma continuamente, isto é, escoa, sob ação de uma
força tangencial por menor que ele seja.

O conceito de fluidos envolve líquidos e gases, logo, é necessário distinguir estas duas classes: “Líquidos é
aquela substância que adquire a forma do recipiente que a contém possuindo volume definido e, é praticamen-
te, incompressível. Já o gás é uma substância que ao preencher o recipiente não formar superfície livre e não
tem volume definido, além de serem compressíveis.
De uma maneira geral, o fluido é caracterizado pela relativa mobilidade de suas moléculas que, além de
apresentarem os movimentos de rotação e vibração, possuem movimento de translação e portanto não apre-
sentam uma posição média fixa no corpo do fluido.
A principal distinção entre sólido e fluido, é pelo comportamento que apresentam em face às forças externas.

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Por exemplo, se uma força de compressão fosse usada para distinguir um sólido de um fluido,
este último seria inicialmente comprimido, e a partir de um certo ponto ele se comportaria
exatamente como se fosse um sólido, isto é, seria incompressível.
Pressão
O conceito de pressão foi introduzido a partir da análise da ação de uma força sobre uma superfície; já nos
fluidos, o peso do fluido hidrostático foi desprezado e a pressão suposta tornou-se igual em todos os pontos.
Entretanto, é um fato conhecido que a pressão atmosférica diminui com a altitude e que, num lago ou no mar,
aumenta com a profundidade. Generaliza-se o conceito de pressão e se define, num ponto qualquer, como a
relação entre a força normal F, exercida sobre uma área elementar A, incluindo o ponto, e esta área:

Exercendo a pressão. Definimos a pressão de uma força sobre uma superfície, como sendo a razão entre a
força normal e a área da superfície considerada. Então: p = F/A p = pressão A = área da superfície, no qual F
representa uma força normal à superfície. Sendo a pressão expressa pela relação P = F/A, suas unidades serão
expressas pela razão entre as unidades de força e as unidades de área, nos sistemas conhecidos.
Exemplo:
Assume que a área de um pé de uma pessoa de 80 kg é 25 cm x 6 cm. Determine a pressão que a pessoa
exerce no chão enquanto está em pé.
SOLUÇÃO
A pressão é definida como a força por unidade de área, onde a força é o peso da pessoa W:
W = m.g = (80 kg) (9,8 m s-2) = 784 N
e a área é a área da seção transversal na qual esta força é exercida:
Apé = área de uma elipse = p (0,25 m x 0,06 m)= 0,047 m2
Desde que a pessoa normalmente fica em pé sobre os dois pés, a área total é 2 Apé = 0,094 m2. Assim, a
pressão exercida pela pessoa sobre o chão é

A hidrostática, também chamada estática dos fluidos ou fluidostática (hidrostática refere-se a água, que foi o
primeiro fluido a ser estudado, assim por razões históricas mantém-se o nome) é a parte da física que estuda as
forças exercidas por e sobre fluidos (líquidos ou gases) em repouso. A massa específica (m) de uma substância

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é a razão entre a massa (m) de uma quantidade da substância e o volume (V) correspondente:

Uma unidade muito usual para a massa específica é o g/cm3, mas no SI a unidade é o kg/m3. A relação entre
elas é a seguinte:

Assim, para transformar uma massa específica de g/cm3 para kg/m3, devemos multiplicá-la por 1.000. Na
tabela a seguir estão relacionadas às massas específicas de algumas substâncias.

Substância
Água 1,0 1.000
Gelo 0,92 920
Álcool 0,79 790
Ferro 7,8 7.800
Chumbo 11,2 11.200
Mercúrio 13,6 13.600
Observação: É comum encontrarmos o termo densidade (d) em lugar de massa específica (m). Usa-se
“densidade” para representar a razão entre a massa e o volume de objetos sólidos (ocos ou maciços), e “massa
específica” para líquidos e substâncias.
A densidade absoluta de uma substância é definida como a relação entre a sua massa e o seu volume. A
densidade relativa é a relação entre a densidade absoluta de um material e a densidade absoluta de uma subs-
tância estabelecida como padrão.
A massa específica (m) de uma substância é a razão entre a massa (m) de uma quantidade da substância e
o volume (V) correspondente, ou seja, é representado pelo mesmo cálculo da densidade.
Obviamente, é comum o termo densidade (d) em lugar de massa específica (m)... Uma explicação que en-
contrei seria que se usaria “densidade” para representar a razão entre a massa e o volume de objetos sólidos
(ocos ou maciços), e “massa específica” para líquidos e soluções. Mas se assim fosse, não poderíamos falar
densidade da água, mas somente massa específica. Curiosamente já encontrei também massa específica se
referindo a solo, que não é líquido. Em termos gerais, a principal diferença observada que densidade é um
conceito mais usado na química e massa específica na física (hidrostática).
Definições:
Pressão: força sobre uma área
Pressão Atmosférica: pressão exercida pela atmosfera terrestre e varia de acordo com a altitude, quanto
maior altitude menor a pressão.
Pressão Manométrica: pressão que se acrescenta a pressão atmosférica.
Pressão Absoluta: soma da pressão atmosférica e manométrica.
Instrumentos para medir pressão
Barômetro: utilizado para medir pressão atmosférica.

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Fonte: www.emporionet.net
Manômetro:

Fonte: www.solucoesindustriais.com.br
Princípio de Arquimedes
Todo corpo imerso, total ou parcialmente, num fluido em equilíbrio, sofre a ação de uma força vertical, para
cima, aplicada pelo fluido. Essa força é denominada empuxo, cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslo-
cado pelo corpo.
E = Pfd = mfd . g E = df . Vfd . g

Assim, quando um barco está flutuando na água, em equilíbrio, ele está recebendo um empuxo cujo valor é
igual ao seu próprio peso, isto é, o peso do barco está sendo equilibrado pelo empuxo que ele recebe da água:
E = P.
Aplicação
Um mergulhador e seu equipamento têm massa total de 80kg. Qual deve ser o volume total do mergulhador
para que o conjunto permaneça em equilíbrio imerso na água?
Solução: Dados: g = 10m/s2; dágua = 103kg/m3; m = 80kg. Como o conjunto deve estar imerso na água, o
volume de líquido deslocado (Vld) é igual ao volume do conjunto (V).
Condição de equilíbrio:
E=P
d . Vld . g = m . g
103 x V x 10 = 80 x 10

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V = 8 x 10-2 m3
Princípio de Pascal
Quando um ponto de um líquido em equilíbrio sofre uma variação de pressão, todos os outros pontos do
líquido também sofrem a mesma variação.

Dois recipientes ligados pela base são preenchidos por um líquido (geralmente óleo) em equilíbrio. Sobre
a superfície livre do líquido são colocados êmbolos de áreas S1 e S2. Ao aplicar uma força F1 ao êmbolo de
área menor, o êmbolo maior ficará sujeito a uma força F2, em razão da transmissão do acréscimo de pressão
p. Segundo o Princípio de Pascal:
Importante: o Princípio de Pascal é largamente utilizado na construção de dispositivos ampliadores de força
– macaco hidráulico, prensa hidráulica, direção hidráulica, etc.
Equilíbrio de Corpos Flutuantes
Quando um corpo emerge na superfície da água, ele passa a deslocar um menor volume de água. De acordo
com o Princípio de Arquimedes, seu empuxo (que antes era maior do que seu peso) diminui. O bloco ficará em
equilíbrio de flutuação na superfície da água quando a força de empuxo for exatamente igual ao peso. Dizemos
que o corpo ficará flutuando em equilíbrio estático.
Ocasionalmente, algumas embarcações ou navios podem ser modificadas, introduzindo-se mastros maiores
ou canhões mais pesados; nestes casos, eles se tornam mais pesados e tendem a emborcar em mares mais
agitados. Os “icebergs” muitas vezes também viram quando derretem parcialmente. Estes fatos sugerem que,
além das forças, os torques destas forças também são importantes para o estudo do equilíbrio de flutuação.

Quando um corpo está flutuando em um líquido, ele está sujeito à ação de duas forças de mesma intensi-
dade, mesma direção (vertical) e sentidos opostos: a força-peso e o empuxo. Os pontos de aplicação dessas
forças são, respectivamente, o centro de gravidade do corpo G e o centro de empuxo C, que corresponde ao
centro de gravidade do líquido deslocado ou centro de empuxo.
Se o centro de gravidade G coincide com o centro de empuxo C, situação mais comum quando o corpo está
totalmente mergulhado, o equilíbrio é indiferente, isto é, o corpo permanece na posição em que for colocado.

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Quando um corpo flutua parcialmente imerso no fluido e se inclina num pequeno ângulo, o volume da parte
da água deslocada se altera e, portanto, o centro de empuxo muda de posição. Para que um objeto flutuante
permaneça em equilíbrio estável, seu centro de empuxo deve ser deslocado de tal modo que a força de empuxo
(de baixo para cima) e o peso (de cima para baixo) produzam um torque restaurador, que tende a fazer o corpo
retornar a sua posição anterior.

Quando o centro de gravidade G estiver acima do centro de empuxo C, o equilíbrio pode ser estável ou não.
Vai depender de como se desloca o centro de empuxo em virtude da mudança na força do volume de líquido
deslocado. As figuras mostram essa situação, onde o centro de gravidade G está acima do centro de empuxo,
mas, ao deslocar o corpo da posição inicial, o centro de empuxo muda, de modo que o torque resultante faz
com que o corpo volte para sua posição inicial de equilíbrio.
Obs.: A diferença conceitual entre centro de empuxo e centro de gravidade é que a posição do centro de
gravidade não se altera em relação ao corpo, a menos que ele seja deformado. Mas o centro de empuxo do
corpo flutuante muda de acordo com a forma do líquido deslocado porque o centro de empuxo está localizado
no centro de gravidade do líquido deslocado pelo corpo.

As figuras abaixo mostram o equilíbrio chamado instável. Movimentando o corpo (oscilando) de sua posição
inicial, o deslocamento do centro de empuxo faz com que o torque resultante vire o corpo. A tarefa de um enge-
nheiro naval consiste em projetar os navios de modo que isto não ocorra.

PRESSÃO ATMOSFÉRICA
Como existe uma atmosfera sobre a superfície da Terra e como esta atmosfera é um fluido, segue que cada
ponto no interior da atmosfera terrestre está sob ação de uma pressão, chamada de pressão atmosférica, que
diminui a medida que a altura em relação a superfície terrestre aumenta.
Como o ar não pode ser considerado um fluido incompressível em extensões muito elevadas, a relação de
Stevin não se aplica diretamente no caso da atmosfera, embora seja sempre possível se determinar facilmente
a pressão atmosférica em qualquer ponto.
Em 1643 Evangelista Torricelli (1608 – 1647) idealizou um experimento prático para a determinação da

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pressão atmosférica, que foi realizado por Vicenzo Viviani. Ele usou um tubo de 1 metro de comprimento, com-
pletamente cheio de mercúrio (Hg) e com uma extremidade tampada, como mostra figura 1 (a). Depois colocou
o tubo em pé tapando a outra extremidade e colocando esta extremidade dentro de um recipiente contendo
também mercúrio, como mostra a figura 1 (b). Finalmente, após destampar o tubo, mediu a altura da coluna de
mercúrio existente no tubo que, por construção, continha vácuo na parte superior, como mostra a figura 1 (c).
Como um ponto A na superfície livre do mercúrio está à mesma pressão que um ponto B na mesma altura
no interior do tubo e como a pressão no ponto B é dada por pB=ρg.h, pode-se determinar facilmente a pressão
atmosférica, pois a densidade do mercúrio é conhecida e dada por 13,6 g/cm³.
Repetindo-se o experimento de Torricelli num local onde a gravidade tem seu valor normal, obtém-se que a
coluna de mercúrio sobe por uma altura de h = 0,76m. Sendo, por definição, a pressão num local onde a gravi-
dade tem valor normal à pressão de 1 atm (uma atmosfera), pode-se obter que:
1 atm = 101,3 kPa = 76 cmHg = 760 mmHg

Figura 1. – Experimento de Torricelli


Diferença de pressão num fluido
É fácil entender por que a pressão varia com a profundidade num fluido. A pressão varia como resultado
da força peso (por unidade de área) exercida pela parte do fluido que está acima. À medida que mergulhamos
aumentamos a quantidade de fluido acima de nós e, consequentemente, a pressão.
Verifique como a pressão no fluido varia em função da profundidade admitindo que o fluido tenha uma den-
sidade constante.
Sejam dois pontos 1 e 2 dentro do fluido. Imaginemos uma coluna de fluido de altura h e área A.

O peso do fluido acima de 2 e até a altura associada ao ponto 1 é:


Portanto, a pressão adicional (P2 - P1), devido ao peso do fluido acima, é:

Logo, a pressão num ponto a uma altura h abaixo de 1 será dada por: P2 = P1 + rgh, onde P1 é a pressão
no ponto 1.
Este resultado vale para todos os pontos localizados a uma mesma altura dentro do fluido.
Suponhamos um vaso comunicante, no qual colocamos dois líquidos imiscíveis, por exemplo, água e óleo.

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Na figura A, temos somente água no tubo, e, na figura B, colocamos óleo. Neste caso, as alturas são diferen-
tes, pois as densidades dos líquidos são diferentes. Com a introdução de óleo, a água teve sua altura alterada.
À medida que o sistema tende ao equilíbrio, a água pára de subir no ramo direito e as pressões nos dois ramos
se igualam.
Vamos calcular essas pressões. Temos, como nível de referência, a linha que passa pela superfície de se-
paração dos dois fluidos.
Observe a figura b. As pressões, nos pontos
A e B são, respectivamente:
PA = Patm + µ0h0g O = óleo
PB = Patm + µAhAg A = água
Já sabemos que PA e PB são iguais, pois representam pressões aplicadas no mesmo nível de um líquido
em equilíbrio, então:
PA = PB
Patm = µ0h0g = Patm + µAhAg
µ0h0g = µAhAg
µ0h0 = µAhA ou =
Com esta expressão, podemos calcular a densidade absoluta do óleo de qualquer outro não miscível.
TIPOS DE ESCOAMENTO
O óleo, a água e o ar são chamados de fluidos porque são capazes de escoar, mas possuem propriedades
muito diferentes. A água escoa c m mais facilidade que o óleo e o escoamento doar se torna turbulento. O es-
coamento dos fluidos depende das forças que agem sobre o fluido e da forma que as superfícies solidas com
as quais o fluido entra em contato. O escoamento de fluidos está presente em muitas situações do dia a dia. As
observações mostram que o tipo de escoamento pode variar com o tempo e com o local. Assim, por exemplo,
A fumaça que sai de uma chaminé pode se mover por algum tempo como um todo compacto antes de se
misturar com o ar.
O óleo despejado de um recipiente pode respingar ou não, dependendo do modo que é despejado.
A água escoa suavemente ao passar pelos pilares de uma ponte, mas pode firmar turbilhões atrás dos pila-
res.

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Alguns líquidos escoam com muito mais facilidade que outros. Os gases escoam com mais facilidade que os
líquidos. No escoamento dos fluidos, em geral, diferentes partes do fluido se movem com velocidades diferen-
tes. Em um fluido que escoa com facilidades, as camadas passam uma pelas outras quase sem atrito. Quando
mexemos uma xícara de chá, por exemplo, o líquido continua a circular por um tempo considerável depois que
a colher é removida. Quando fazemos a mesma coisa com melado, o melado para de circular quase imediata-
mente. Isso acontece porque o atrito interno entre as partículas de melado e muito maior, o que faz com que as
camadas mais lentas freiem as camadas mais rápidas. O atrito interno dos fluidos é chamado de viscosidade.
O melado é muito mais viscoso que a água. Os líquidos são mais viscosos que os gases. O termo “não viscoso”
é usado para designar os fluidos cuja viscosidade para ser desprezada.
De acordo com a segunda Lei de Newton, a essas variações de velocidade correspondem forças que ten-
dem a frear a camada mais rápida e a acelerar a camada mais lenta. Essas forças de atrito são responsáveis
pela viscosidade dos fluidos.
Escoamento viscoso Pode se classificado em escoamento laminar ou turbulento. A diferença entre os dois
está associada ao fato que no primeiro caso, temos transferência de quantidade de movimento a nível molecu-
lar e no segundo a nível macroscópico. •A diferença no comportamento está associada com as forças que atu-
am no elemento de fluido. Quanto as forças viscosas dominam em relação as forças de inércia, o escoamento
apresenta comportamento laminar. Quando as forças de inércia dominam, o escoamento se comporta como
turbulento.
O escoamento só acontece quando, houver um trabalho contra as forças de resistência. Um fator levado em
conta da viscosidade é que, através dela podem-se distinguir regimes de escoamento, bem como são produzi-
das situações diferentes às do fluido ideal.
Escoamento laminar Partículas fluidas se movimentam em camadas paralelas, ou lâminas, escorregando
através das lâminas adjacentes. Para que ocorra é necessário que as partículas desloquem-se com certa velo-
cidade, denominada de velocidade crítica inferior.
Escoamento turbulento Neste escoamento verifica-se que as partículas não permanecem em camadas,
se movem de forma heterogênea através do escoamento, escorregando sobre algumas e colidindo com outra
de modo inteiramente caótico e em distâncias curtas em todas as direções. E para que ocorra é necessário
que no escoamento laminar haja um acréscimo de velocidade, denominada de velocidade crítica superior. O
regime de escoamento em tubo é medido através do número adimensional Reynolds e de acordo com estudos,
o limite estabelecido entre os dois escoamentos está na ordem de Rey < 2100 para laminar e Rey > 3000 para
turbulento, porém o número de Reynolds crítico é função da geometria e da rugosidade das paredes do tubo.
No intervalo de 2100 e 3000 o escoamento é dito de transição.
O parâmetro que mede a razão entre as forças de inércia e viscosas é o número de Reynolds, Re definido
como

onde:ρ é a massa específica, µ é a viscosidade absoluta.


Vc e Lc correspondem a velocidade e dimensão característica do escoamento.
O escoamento turbulento é o contrário do escoamento laminar. O movimento das moléculas do fluido é com-
pletamente desordenado; moléculas que passam pelo mesmo ponto, em geral, não têm a mesma velocidade e
torna-se difícil fazer previsões sobre o comportamento do fluido

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O escoamento turbulento não se move através de um fluido, de modo a provocar turbulência, a resistência
ao seu movimento é bastante grande. Por esta razão, aviões, carros e locomotivas são projetados de forma a
evitar turbulência. No caso de refinaria, a preocupação é com o escoamento de produtos perigosos.
Vazão e Débito em escoamento uniforme
A vazão ou débito de um fluido é a razão entre o volume de fluido escoado em um tempo e o intervalo de
tempo considerado.
Q = V/t
Onde V é o volume escoado no tempo t, e
Q é a vazão.
Se tivermos num condutor um fluido em escoamento uniforme, isto é, o fluido escoando com velocidade
constante, a vazão poderá ser calculada multiplicando-se a velocidade (v) do fluido, em dada seção do condu-
tor, pela área
(A) da seção considerada, ou seja:
Q = Av
Para demonstrar, suponhamos um condutor de seção constante.

O Volume escoado entre as seções (1) e (2) de área A é igual:


V=A.L
Porém L = vt (o movimento é uniforme) e, daí, temos que:
V = A vt
Como Q = V/t , temos: Q = Av
Em uma nomenclatura diferente, o sistema é conhecido como Sistema Fechado, e o Volume de Controle é
conhecido como sistema aberto.
Ambas nomenclaturas estão presentes na literatura e são aceitas pelos profissionais da área, sendo a mais
utilizada nos tempos recentes.
 Sistema
Em um sistema, existe uma quantidade de massa fixa, e esta é separada do ambiente pelas fronteiras do
mesmo. Ou seja, não é possível adicionar ou subtrair massa do mesmo, não importando se as fronteiras são

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fixas ou móveis, a massa é separada do ambiente, mantendo-se constante.
Existe a transferência de calor e trabalho através das fronteiras do sistema, mas não é transferida massa.
Volume de Controle
Um volume de controle, de forma oposta ao sistema, é um volume definido no espaço. O escoamento do
fluído se dá neste volume definido. O que define o volume em questão é a superfície de controle, ela pode ser
física ou definida apenas conceitualmente.
Por exemplo: deseja-se analisar um fluído dentro de uma mangueira de 20m, mas analisar-se-á apenas 30
cm da mangueira. Neste caso, 20m é a superfície de controle física, mas a que será utilizada para fins de cál-
culo é a superfície de controle conceitual, imaginária, definida na análise da questão.
Diferença entre os dois
No sistema, analisa-se uma porção fixa de massa, já no volume de controle, analisa-se a massa presente
em um volume no espaço, podendo a massa variar, devido a condições do fluido.
No sistema a massa é fixa.
No Volume de Controle, o volume é fixo, a massa pode variar. Analise Dimensional e Semelhança
A maioria dos problemas na mecânica dos fluidos não podem ser resolvidos com procedimentos analíticos,
apenas utilizando procedimentos experimentais;
Muitos problemas são resolvidos utilizando abordagem experimental e analítica;
Um objetivo de qualquer experimento é obter resultados amplamente aplicáveis (medidas obtidas num siste-
ma em laboratório podem ser utilizadas para descrever o comportamento de um sistema similar);
Para isso é necessário estabelecer a relação que existe entre o modelo de laboratório e o “outro” sistema
Pelo procedimento chamado análise dimensional, o fenômeno pode ser formulado como uma relação entre
um conjunto de grupos adimensionais das variáveis.
Quando se realiza um trabalho de laboratório, desejamos:
·    o maior número de informações
·    o menor número de ensaios
O desenvolvimento da Mecânica dos Fluidos depende de: análise teórica e resultados experimentais (numé-
ricos e/ou de laboratório)
Em certas situações são conhecidas as variáveis envolvidas no fenômeno físico, mas não a relação
funcional entre elas.
A análise dimensional permite associar variáveis em grupos adimensionais.
Quando o teste experimental em um protótipo em tamanho real é impossível ou caro, utiliza-se modelos
reduzidos representativos.
Pelo procedimento chamado análise dimensional, o fenômeno pode ser formulado como uma relação entre
um conjunto de grupos adimensionais das variáveis.
Quando se realiza um trabalho de laboratório, desejamos: o maior número de informações e o menor núme-
ro de ensaios.
VASOS COMUNICANTES
Um sistema de vasos comunicantes é um conjunto de vasos abertos à atmosfera, que são postos em comu-
nicação entre si de maneira que ao colocarmos um líquido em um dos vasos do conjunto, o líquido se distribuirá
por todos os demais vasos do conjunto. Como todos os pontos do liquido colocado nos vasos comunicantes em
contato com a atmosfera estarão a mesma pressão, segue que eles deverão estar à mesma altura, ou seja, o
líquido subirá em todos os ramos à mesma altura h, sendo então como mostra a figura 1 a seguir:

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Na figura 1, através de vasos comunicantes é possível perceber que a pressão depende apenas da profun-
didade e não de outras características, como a forma do vaso.
Por exemplo, se o óleo e a água forem colocados com cuidado num recipiente, o óleo fica na parte superior
porque é menos denso que a água, que permanece na parte inferior. Caso os líquidos imiscíveis sejam colo-
cados num sistema constituídos por vasos comunicantes, como um tubo em U (Figura 2), eles se dispõem de
modo que as alturas das colunas líquidas, medidas a partir da superfície de separação, sejam proporcionais às
respectivas densidades.

Na Figura 2, sendo d1 a densidade do líquido menos denso, d2 a densidade do líquido mais denso, h1 e h2
as respectivas alturas das colunas, obtemos:
d1h1 = d2h2

Oscilações e osciladores mecânicos clássicos e aplicações

MHS (Movimento Harmônico Simples)


Um fenômeno é periódico quando se repete, identicamente, em intervalos de tempo iguais. O período T é o
menor intervalo de tempo para uma repetição deste fenômeno.
Um oscilador harmônico efetua um movimento periódico, cujo intervalo é T para cada repetição do fenômeno
realizado. Para este tipo de fenômeno além de T é considerado um outro tipo de grandeza que é a frequência
f, que é o número de vezes que um movimento é repetido em um determinado intervalo de tempo.
Assim podemos verificar que fT = 1 , assim : f = 1/T ou T = 1/f
A unidade de T é segundos e de f é 1/segundo que é denominado hertz (Hz).
Diz-se que um corpo está em MHS quando, em uma determinada trajetória, oscila periodicamente em torno
de uma posição de equilíbrio.
Observe a figura: Um corpo sob uma superfície sem atrito preso a uma mola ideal. Posto a oscilar com uma
amplitude de módulo A, assim indo de – A até A.

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1 – Inicialmente a mola está em repouso sendo que a energia potencial do corpo é zero e a cinética é máxi-
ma. Sua velocidade é máxima e sua aceleração é zero.
2 – O corpo está com amplitude A, com energia potencial máxima e cinética zero. Sua velocidade é zero e
sua aceleração é mínima. (Note que a força está sendo dirigida para o sentido negativo.)
3 – O corpo está com sua amplitude em – A, com energia potencial máxima e cinética zero. Sua velocidade
é zero e sua aceleração é máxima. (Note que a força está sendo dirigida para o sentido positivo.)
4 – Para configurar o MHS o corpo retorna à sua posição inicial com todas suas características.
No caso de um corpo preso a uma mola podemos demonstrar como calcular o período do movimento.

Seja F = – kx e k = mw2 , como w =

Encontramos que onde m é a massa do corpo e k é a constante elástica da mola.


Vale salientar que o período T só depende da massa do corpo e da constante elástica da mola.
Exemplo:
A Terra demora 1 ano para completar uma volta ao redor do Sol. Este é chamado um movimento periódico
e 1 ano é o período do movimento. Qual é a frequência do movimento da Terra em torno do Sol? Considere 1
ano = 365 dias.
Primeiramente devemos transformar a unidade de ano para a que se utiliza inversamente na frequência, ou
seja, segundo.
1 ano=365 dias
365 dias.24 horas=8760 horas
8760horas.3600 s=31536000segundos
Sendo a frequência igual ao inverso do período, temos que:
Funções Horárias
Chamamos um movimento de harmônico quando este pode ser descrito por funções horárias harmônicas
(seno ou cosseno), que são assim chamadas devido à sua representação gráfica:

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Função Seno

Função Cosseno

Quando isto acontece, o movimento é chamado Movimento Harmônico Simples (MHS).


Para que o estudo desse movimento seja simplificado, é possível analisá-lo como uma projeção de um mo-
vimento circular uniforme sobre um eixo.
Função horária da velocidade
Partindo da função horária da elongação podem-se seguir pelo menos dois caminhos diferentes para deter-
minar a função horária da velocidade. Um deles é utilizar cálculo diferencial e derivar esta equação em função
do tempo obtendo uma equação para a velocidade no MHS.
Outra forma é continuar utilizando a comparação com o MCU, lembrando que, para o movimento circular, a
velocidade linear é descrita como um vetor tangente à trajetória:

Decompondo o vetor velocidade tangencial:

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Repare que o sinal de v é negativo pois o vetor tem sentido contrário ao vetor elongação, logo, o movimento
é retrógrado.
Mas sabemos que em um MCU:
Assim, podemos substituir estas igualdades e teremos a função horária da velocidade no MHS:
Função horária da aceleração
Analogamente à função horária da velocidade, a função horária da aceleração pode ser obtida utilizando
cálculo diferencial, ao derivar a velocidade em função do tempo. Mas também pode ser calculada usando a
comparação com o MCU, lembrando que quando o movimento é circular uniforme a única aceleração pela qual
um corpo está sujeito é aquela que o faz mudar de sentido, ou seja, a aceleração centrípeta.

Decompondo o vetor aceleração centrípeta:

Repare que o sinal de a é negativo pois o vetor tem sentido contrário ao vetor elongação, logo, o movimento
é retrógrado.
Mas sabemos que em um MCU:
acp= ω2.A
ϕ=ϕ0+ωt
Podemos substituir estas igualdades e teremos a função horária da aceleração no MHS:
a= -acp.cosϕ
a= -ω2.A.cos(ωt+ϕ0)
ou
a= -ω2.x

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Algumas observações importantes:
A fase (ωt +ϕ0)é sempre medida em radianos.
A pulsação (ω) pode ser definida por:
A fase inicial (ϕ0) é o igual ao ângulo inicial do movimento em um ciclo trigonométrico, ou seja, é o ângulo
de defasagem da onda senoidal.

Por exemplo, no instante t=0, uma partícula que descreve um MHS está na posição , então determina-se
sua fase inicial representando o ponto dado projetado no ciclo trigonométrico:

Exemplos:
(1) Uma partícula em MHS, com amplitude 0,5m, tem pulsação igual a rad/s e fase inicial ,, qual sua elonga-
ção, velocidade e aceleração após 2 segundos do início do movimento?
Energia no MHS7
Sabemos que a energia mecânica, em um sistema massa-mola, é dada pela conservação da energia, ou
seja, a energia mecânica total é a soma da energia cinética com a energia potencial. Representamos a energia
cinética pelo símbolo Ec, a energia potencial pelo símbolo Ep e a energia mecânica pelo símbolo E. Sendo
assim, a energia mecânica é dada pela seguinte equação:

A energia cinética, que está relacionada a corpos em movimento, é representada pela seguinte equação:

E a energia potencial elástica, que está relacionada à posição do corpo (ou objeto), é dada pela seguinte
equação:

Na figura abaixo representamos um sistema massa-mola, onde a partícula de massa m está presa a uma
mola cuja constante elástica é k. Esse sistema realiza um movimento harmônico simples (MHS), de amplitude
a, com extremos A e B. Na figura temos um ponto C intermediário qualquer.

7 https://bit.ly/2JKR3Kx

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Quando a partícula estiver:

1) De acordo com a figura acima temos um corpo de massa m em um dos pontos extremos A ou B, onde a
elongação da mola pode ser x = -a ou x = +a. Nesses dois pontos (A ou B), a velocidade do corpo é zero (v =
0), portanto a energia cinética e a potencial são, respectivamente:

De tal modo, temos que a energia mecânica é a própria energia potencial. Assim:

2) Na figura acima temos o corpo de massa m no ponto de equilíbrio, onde a elongação da mola é x = 0 e
a velocidade é máxima, sendo v = +v ou v = -v. No ponto de equilíbrio, as energias cinéticas e potencial são,
respectivamente:

Portanto, a energia mecânica é a própria energia cinética. Dessa forma:

3) Na figura acima temos o corpo de massa m em um ponto C qualquer, onde a elongação da mola é x.

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Nesse ponto, a energia cinética e potencial são, respectivamente:

Nesse caso, temos que a energia mecânica do sistema é a soma da energia cinética e potencial. Dessa
forma:

Força no Movimento Harmônico Simples


Assim como visto anteriormente o valor da aceleração para uma partícula em MHS é dada por:
a= -ω2.x
Então, pela 2ª Lei de Newton, sabemos que a força resultante sobre o sistema é dada pelo produto de sua
massa e aceleração, logo:
F=m.a
F= m(-ω2.x)
F=- m ω2.x
Como a massa e a pulsação são valores constantes para um determinado MHS, podemos substituir o pro-
duto mω² pela constante k, denominada constante de força do MHS.
Obtendo:
F= -K.x
Com isso concluímos que o valor algébrico da força resultante que atua sobre uma partícula que descreve
um MHS é proporcional à elongação, embora tenham sinais opostos.
Esta é a característica fundamental que determina se um corpo realiza um movimento harmônico simples.
Chama-se a força que atua sobre um corpo que descreve MHS de força restauradora, pois ela atua de modo
a garantir o prosseguimento das oscilações, restaurando o movimento anterior.
Sempre que a partícula passa pela posição central, a força tem o efeito de retardá-la para depois poder
trazê-la de volta.
Ponto de equilíbrio do MHS
No ponto médio da trajetória, a elongação é numericamente igual a zero (x=0), consequentemente a força
resultante que atua neste momento também é nula (F=0).
Este ponto onde a força é anulada é denominado ponto de equilíbrio do movimento.
Ponto de equilíbrio do MHS
No ponto médio da trajetória, a elongação é numericamente igual a zero (x=0), consequentemente a força
resultante que atua neste momento também é nula (F=0).
Este ponto onde a força é anulada é denominado ponto de equilíbrio do movimento.
Período do MHS
Grande parte das utilidades práticas do MHS está relacionado ao conhecimento de seu período (T), já que
experimentalmente é fácil de medi-lo e partindo dele é possível determinar outras grandezas.
Como definimos anteriormente:
k=mω²
A partir daí podemos obter uma equação para a pulsação do MHS:

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Mas, sabemos que:
Então, podemos chegar a expressão:
=
Como sabemos, a frequência é igual ao inverso do período, logo:
Exemplo:
(1) Um sistema é formado por uma mola pendurada verticalmente a um suporte em uma extremidade e a um
bloco de massa 10kg. Ao ser posto em movimento o sistema repete seus movimentos após cada 6 segundos.
Qual a constante da mola e a frequência de oscilação?
Para um sistema formado por uma massa e uma mola, a constante k é equivalente à constante elástica da
mola, assim:
T= 2π.
T2=4π2.
K= 10,96 N/m
Oscilador Massa-Mola
Um oscilador massa-mola ideal é um modelo físico composto por uma mola sem massa que possa ser de-
formada sem perder suas propriedades elásticas, chamada mola de Hooke, e um corpo de massa m que não
se deforme sob ação de qualquer força.
Este sistema é fisicamente impossível já que uma mola, por mais leve que seja, jamais será considerada um
corpo sem massa e após determinada deformação perderá sua elasticidade. Enquanto um corpo de qualquer
substância conhecida, quando sofre a aplicação de uma força, é deformado, mesmo que seja de medidas des-
prezíveis.
Mesmo assim, para as condições que desejamos calcular, este é um sistema muito eficiente. E sob determi-
nadas condições, é possível obtermos, com muita proximidade, um oscilador massa-mola.
Assim podemos descrever dois sistemas massa-mola básicos, que são:
Oscilador massa-mola horizontal
É composto por uma mola com constante elástica K de massa desprezível e um bloco de massa m, postos
sobre uma superfície sem atrito, conforme mostra a figura abaixo:

Como a mola não está deformada, diz-se que o bloco encontra-se em posição de equilíbrio.
Ao modificar-se a posição do bloco para um ponto em x, este sofrerá a ação de uma força restauradora,
regida pela lei de Hooke, ou seja:
F= -K.x
Como a superfície não tem atrito, esta é a única força que atua sobre o bloco, logo é a força resultante, ca-
racterizando um MHS.
Sendo assim, o período de oscilação do sistema é dado por:
T= 2π
Assim podemos fazer algumas observações sobre este sistema:
O bloco preso à mola executa um MHS;
A elongação do MHS, é igual à deformação da mola;

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No ponto de equilíbrio, a força resultante é nula.
Oscilador massa-mola vertical
Imaginemos o sistema anterior, de uma mola de constante K e um bloco de massa m, que se aproximam das
condições de um oscilador massa-mola ideal, com a mola presa verticalmente à um suporte e ao bloco, em um
ambiente que não cause resistência ao movimento do sistema:

Podemos observar que o ponto onde o corpo fica em equilíbrio é:


ΣF=0
Fel-P=0
Fel=P
Ou seja, é o ponto onde a força elástica e a força peso se anulam. Apesar da energia potencial elástica não
ser nula neste ponto, considera-se este o ponto inicial do movimento.
Partindo do ponto de equilíbrio, ao ser “puxado” o bloco, a força elástica será aumentada, e como esta é
uma força restauradora e não estamos considerando as dissipações de energia, o oscilador deve se manter em
MHS, oscilando entre os pontos A e -A, já que a força resultante no bloco será:
F= Fel-P
F=-Kx-P
Mas, como o peso não varia conforme o movimento, este pode ser considerado como uma constante. Assim,
a força varia proporcionalmente à elongação do movimento, portanto é um MHS.
Tendo seu período expresso por:
T= 2π
Pêndulo Simples
Um pêndulo é um sistema composto por uma massa acoplada a um pivô que permite sua movimentação
livremente. A massa fica sujeita à força restauradora causada pela gravidade.
Existem inúmeros pêndulos estudados por físicos, já que estes descrevem-no como um objeto de fácil pre-
visão de movimentos e que possibilitou inúmeros avanços tecnológicos, alguns deles são os pêndulos físicos,
de torção, cônicos, de Foucalt, duplos, espirais, de Karter e invertidos. Mas o modelo mais simples, e que tem
maior utilização é o Pêndulo Simples.
Este pêndulo consiste em uma massa presa a um fio flexível e inextensível por uma de suas extremidades

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e livre por outra, representado da seguinte forma:

Quando afastamos a massa da posição de repouso e a soltamos, o pêndulo realiza oscilações. Ao descon-
siderarmos a resistência do ar, as únicas forças que atuam sobre o pêndulo são a tensão com o fio e o peso da
massa m. Desta forma:

A componente da força Peso que é dado por P.cosθ se anulará com a força de Tensão do fio, sendo assim,
a única causa do movimento oscilatório é a P.senθ. Então:
F= P senθ
No entanto, o ângulo θ, expresso em radianos que por definição é dado pelo quociente do arco descrito pelo
ângulo, que no movimento oscilatório de um pêndulo é x e o raio de aplicação do mesmo, no caso, dado porℓ,
assim:

Onde ao substituirmos em F:

Assim é possível concluir que o movimento de um pêndulo simples não descreve um MHS, já que a força
não é proporcional à elongação e sim ao seno dela. No entanto, para ângulos pequenos, ,θ≥ , o valor do seno
do ângulo é aproximadamente igual a este ângulo.
Então, ao considerarmos os caso de pequenos ângulos de oscilação:

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Como P=mg, e m, g e ℓ são constantes neste sistema, podemos considerar que:

Então, reescrevemos a força restauradora do sistema como:

Sendo assim, a análise de um pêndulo simples nos mostra que, para pequenas oscilações, um pêndulo
simples descreve um MHS.
Como para qualquer MHS, o período é dado por:
T= 2π
e como

Então o período de um pêndulo simples pode ser expresso por:

Equações de Maxwell e aplicações

James Clerk Maxwell8.


Na metade do século XIX, o estudo da propagação de ondas em um meio elástico (por exemplo, a propa-
gação do som no ar ou outro meio material) era um campo de pesquisas bem desenvolvido e as equações que
descrevem este tipo de fenômeno já eram conhecidas. Além disso, o fato de a luz apresentar um comportamen-
to ondulatório, isto é, propagar-se como uma onda em um meio elástico (o éter), também era conhecido e aceito
pelos físicos da época. Uma das questões discutidas, era saber como seria essa onda e quais as propriedades
do éter.
Maxwell percebeu que a elasticidade dos vórtices presente em seu modelo mecânico poderia ser útil para
relacionar a óptica com o eletromagnetismo. Após obter as equações de movimento do seu sistema de vórtices
e partículas, Maxwell dedicou-se a determinar a rapidez de propagação de perturbações através dele na forma
de ondas. Essas ondas seriam perturbações elétricas e magnéticas que se propagariam através do éter. São
as chamadas “ondas eletromagnéticas”.

Considerou ondas transversais no meio elástico (ondas que se propagam na direção perpendicular à direção
de oscilação) cuja velocidade v de propagação dependeria da elasticidade do meio k e de sua densidade m

e seria dada por . De acordo com Maxwell, a constante k é inversamente proporcional à constante
dielétrica e e m é proporcional à permeabilidade magnética m do meio. Para determinar os coeficientes de
proporcionalidade, Maxwell assumiu que os vórtices seriam esféricos e que sua elasticidade seria devida a

8 http://www.ghtc.usp.br/Biografias/Maxwell/Maxwelleletreluz.html

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forças entre pares de moléculas constituintes do meio. Chegou a k = 1/4p²e e m = m/4p². Sendo assim, a

velocidade de propagação da luz em um meio seria dada por


Na época, os valores da constante dielétrica (e) e da permeabilidade magnética (m) de vários materiais já
eram conhecidos. Maxwell comparou esses resultados com os valores medidos para a velocidade de propa-
gação da luz disponíveis na época, encontrando uma grande concordância entre os valores calculados para a
velocidade de propagação de uma onda eletromagnética no éter com os valores medidos para a velocidade de
propagação da luz. Observando esta concordância, Maxwell concluiu que a luz é uma vibração transversal que
se propaga no mesmo meio que os fenômenos elétricos e magnéticos.
Essa hipótese foi confirmada experimentalmente por Heinrich Rudolph Hertz (1857-1894) através de vários
experimentos realizados entre 1886 e 1889. Ele produziu e detectou ondas eletromagnéticas que se propaga-
vam com a velocidade da luz e que possuíam propriedades similares às da luz tais como reflexão, difração,
polarização. A teoria de Maxwell e os experimentos de Hertz abriram um importante campo de estudos que
propiciou grandes avanços tecnológicos: o estudo da radiação eletromagnética na faixa das ondas de rádio e
micro-ondas.
Baseando-se nos estudos de Michael Faraday, Maxwell9 unificou, em 1864, todos os fenômenos elétricos e
magnéticos observáveis em um trabalho que estabeleceu conexões entre as várias teorias da época, derivando
uma das mais elegantes teorias já formuladas.
Maxwell demonstrou, com essa nova teoria, que todos os fenômenos elétricos e magnéticos poderiam ser
descritos em apenas quatro equações, conhecidas atualmente como Equações de Maxwell.
Essas são as equações básicas para o eletromagnetismo, assim como a lei da gravitação universal e as três
leis de Newton são fundamentais para a Mecânica Clássica.
Não serão apresentadas nesse artigo as deduções matemáticas das equações de Maxwell, uma vez que
essas necessitam do conhecimento do Cálculo Diferencial e Integral, que somente é estudado na íntegra em
cursos superiores.
As equações de Maxwell para o eletromagnetismo constam da unificação entre as Leis de Gauss, para a
eletricidade e para o magnetismo, a Lei de Ampère generalizada e a Lei de Faraday para a Indução eletromag-
nética.
Segue então as equações de Maxwell:
1) Lei de Gauss para a eletricidade:
Essa é a primeira das quatro equações de Maxwell, proposta originalmente pelo matemático alemão Carl
Friedrich Gauss (1777-1855), é o equivalente à lei de Coulomb em situações estáticas. Ela relaciona os campos
elétricos e suas fontes, as cargas elétricas, e pode ser aplicada mesmo para campos elétricos variáveis com o
tempo.
2) Lei de Gauss para o magnetismo:
Esta lei é equivalente à primeira, mas aplicável aos campos magnéticos e evidenciando ainda a não exis-
tência de monopolos magnéticos (não existe polo sul ou polo norte isolado). De acordo com essa lei, as linhas
de campo magnético são contínuas, ao contrário das linhas de força de um campo elétrico que se originam em
cargas elétricas positivas e terminam em cargas elétricas negativas.
3) Lei de Ampère:
A lei de Ampère descreve a relação entre um campo magnético e a corrente elétrica que o origina. Ela es-
tabelece que um campo magnético é sempre produzido por uma corrente elétrica ou por um campo elétrico
variável. Essa segunda maneira de se obter um campo magnético foi prevista pelo próprio Maxwell, com base
na simetria de natureza: se um campo magnético variável induz uma corrente elétrica, e consequentemente um
campo elétrico, então um campo elétrico variável deve induzir um campo magnético.
4) Lei de Faraday:
A quarta das equações de Maxwell descreve as características do campo elétrico originando um fluxo mag-
9 http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/as-equacoes-maxwell.htm

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nético variável. Os campos magnéticos originados são variáveis no tempo, gerando assim campos elétricos do
tipo rotacionais.
Até o final do século XIX, acreditava-se que com estas equações não havia mais nada para ser descoberto
na física. Porém, em 1900, Max Planck deu início à chamada Física quântica, com seus postulados sobre a
radiação de corpo negro.
Em 1905, Albert Einstein revoluciona de uma vez por todas os conhecimentos da ciência, lançando a Teoria
da Relatividade e o Efeito Fotoelétrico, abrindo caminho para o maior desenvolvimento científico da história.
As equações de Maxwell são consideradas o marco final do que chamamos de Mecânica Clássica.
Maxwell foi o primeiro físico a encontrar através de cálculos matemáticos a velocidade das ondas eletromag-
néticas, tudo graças às suas famosas equações.

Circuitos elétricos elementares e aplicações

Eletricidade
Carga elétrica: propriedade das partículas subatômicas que determina as interações eletromagnéticas des-
sas. Matéria eletricamente carregada produz, e é influenciada por, campos eletromagnéticos. Unidade SI (Sis-
tema Internacional de Unidades): ampère segundo (A.s), unidade também denominada coulomb (C).
Campo elétrico: efeito produzido por uma carga no espaço que a contém, o qual pode exercer força sobre
outras partículas carregadas. Unidade SI: volt por metro (V/m); ou newton por coulomb (N/C), ambas equiva-
lentes.
Potencial elétrico: capacidade de uma carga elétrica de realizar trabalho ao alterar sua posição. A quanti-
dade de energia potencial elétrica armazenada em cada unidade de carga em dada posição. Unidade SI: volt
(V); o mesmo que joule por coulomb (J/C).
Corrente elétrica: quantidade de carga que ultrapassa determinada secção por unidade de tempo. Unidade
SI: ampère (A); o mesmo que coulomb por segundo (C/s).
Potência elétrica: quantidade de energia elétrica convertida por unidade de tempo. Unidade SI: watt (W); o
mesmo que joules por segundo (J/s).
Consumo de energia elétrica
Cada aparelho que utiliza a eletricidade para funcionar consome uma quantidade de energia elétrica.
Para calcular este consumo basta sabermos a potência do aparelho e o tempo de utilização dele, por exem-
plo, se quisermos saber quanta energia gasta um chuveiro de 5500W ligado durante 15 minutos, seu consumo
de energia será:
E=5500.0,25=1,375kWh
Mas este cálculo nos mostra que o joule (J) não é uma unidade eficiente neste caso, já que o cálculo acima
se refere a apenas um banho de 15 minutos, imagine o consumo deste chuveiro em uma casa com 4 moradores
que tomam banho de 15 minutos todos os dias no mês.
Para que a energia gasta seja compreendida de uma forma mais prática podemos definir outra unidade de
medida, que embora não seja adotada no SI, é mais conveniente.
Essa unidade é o quilowatt-hora (kWh).- Energia elétrica: energia armazenada ou distribuída na forma elé-
trica. Unidade SI: a mesma da energia, o joule (J).
Eletromagnetismo: interação fundamental entre o campo magnético e a carga elétrica, estática ou em mo-
vimento.
O uso mais comum da palavra “eletricidade” atrela-se à sua acepção menos precisa, contudo. Refere-se
a: Energia elétrica (referindo-se de forma menos precisa a uma quantidade de energia potencial elétrica ou,
então, de forma mais precisa, à energia elétrica por unidade de tempo) que é fornecida comercialmente pelas

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distribuidoras de energia elétrica. Em um uso flexível, contudo comum do termo, “eletricidade” pode referir-se à
“fiação elétrica”, situação em que significa uma conexão física e em operação a uma estação de energia elétri-
ca. Tal conexão garante o acesso do usuário de “eletricidade” ao campo elétrico presente na fiação elétrica, e,
portanto, à energia elétrica distribuída por meio desse.
Embora os primeiros avanços científicos na área remontem aos séculos XVII e XVIII, os fenômenos elétri-
cos têm sido estudados desde a antiguidade. Contudo, antes dos avanços científicos na área, as aplicações
práticas para a eletricidade permaneceram muito limitadas, e tardaria até o final do século XIX para que os
engenheiros fossem capazes de disponibilizá-la ao uso industrial e residencial, possibilitando assim seu uso
generalizado. A rápida expansão da tecnologia elétrica nesse período transformou a indústria e a sociedade da
época. A extraordinária versatilidade da eletricidade como fonte de energia levou a um conjunto quase ilimitado
de aplicações, conjunto que em tempos modernos certamente inclui as aplicações nos setores de transportes,
aquecimento, iluminação, comunicações e computação. A energia elétrica é a espinha dorsal da sociedade
industrial moderna, e deverá permanecer assim no futuro tangível.
Eletrostática é o ramo da eletricidade que estuda as propriedades e o comportamento de cargas elétricas em
repouso, ou que estuda os fenômenos do equilíbrio da eletricidade nos corpos que de alguma forma se tornam
carregados de carga elétrica, ou eletrizados.
Corrente Elétrica
Chama-se corrente elétrica o fluxo ordenado de elétrons em uma determinada secção. A corrente contínua
tem um fluxo constante, enquanto a corrente alternada tem um fluxo de média zero, ainda que não tenha valor
nulo todo o tempo. Esta definição de corrente alternada implica que o fluxo de elétrons muda de direção con-
tinuamente. O fluxo de cargas elétricas pode gerar-se em um condutor, mas não existe nos isolantes. Alguns
dispositivos elétricos que usam estas características elétricas nos materiais se denominam dispositivos eletrô-
nicos. A Lei de Ohm descreve a relação entre a intensidade e a tensão em uma corrente eléctrica: a diferença
de potencial elétrico é diretamente proporcional à intensidade de corrente e à resistência elétrica. Isso é des-
crito pela seguinte fórmula:
U = R.I
Onde:
V = Diferença de potencial elétrico I = Corrente elétrica R = Resistência
A quantidade de corrente em uma seção dada de um condutor se define como a carga elétrica que a atra-
vessa em uma unidade de tempo
I=Q/T
Numa corrente elétrica devemos considerar três aspectos:
Voltagem - (Que é igual a diferença de potencial) é a diferença entre a quantidade de elétrons nos dois polos
do gerador. A voltagem é medida em volts (em homenagem ao físico italiano Volta). O aparelho que registra a
voltagem denomina-se Voltímetro;
Resistência - é a dificuldade que o condutor oferece á passagem da corrente elétrica. A resistência é medida
em ohms (em homenagem ao físico alemão G.S. Ohms). Representamos a resistência pela letra grega (W).
Intensidade - é a relação entre a voltagem e a resistência da corrente elétrica. A intensidade é medida num
aparelho chamado Amperímetro, através de uma unidade física denominada Ampére.
Lei de Ohm pode ser assim enunciada: A intensidade de uma corrente elétrica é diretamente proporcional à
voltagem e inversamente proporcional à resistência. Assim podemos estabelecer suas fórmulas:
I = U/R

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Fonte: http://educacao.globo.com/
I = Intensidade (ampère)
U = Voltagem ou força eletromotriz
R = Resistência
Segunda lei de Ohm: A resistência de um condutor homogêneo de secção transversal constante é propor-
cional ao seu comprimento e da natureza do material de sua construção, e é inversamente proporcional à área
de sua secção transversal. Em alguns materiais também depende de sua temperatura.
R=resistência
ρ=resistividade
L=comprimento da secção
A=área da secção
Corrente Contínua ou Alternada
A diferença entre uma e outra está no sentido do “caminhar” dos elétrons. Na corrente continua os elétrons
estão sempre no mesmo sentido. Na corrente alternada os elétrons mudam de direção, ora num sentido, ora no
outro. Este movimento denomina Ciclagem.
Corrente Alternada - utilizadas nas residências e empresas.
Corrente Contínua - proveniente das pilhas e baterias.
Condutores e Isolantes
Em alguns tipos de átomos, especialmente os que compõem os metais - ferro, ouro, platina, cobre, prata e
outros -, a última órbita eletrônica perde um elétron com grande facilidade. Por isso seus elétrons recebem o
nome de elétrons livres.
Estes elétrons livres se desgarram das últimas órbitas eletrônicas e ficam vagando de átomo para átomo,
sem direção definida. Mas os átomos que perdem elétrons também os readquirem com facilidade dos átomos
vizinhos, para voltar a perdê-los momentos depois. No interior dos metais os elétrons livres vagueiam por entre
os átomos, em todos os sentidos.

Devido à facilidade de fornecer elétrons livres, os metais são usados para fabricar os fios de cabos e apa-
relhos elétricos: eles são bons condutores do fluxo de elétrons livres. Já outras substâncias - como o vidro, a
cerâmica, o plástico ou a borracha - não permitem a passagem do fluxo de elétrons ou deixam passar apenas

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um pequeno número deles. Seus átomos têm grande dificuldade em ceder ou receber os elétrons livres das
últimas camadas eletrônicas. São os chamados materiais isolantes, usados para recobrir os fios, cabos e apa-
relhos elétricos.

Essa distinção das substâncias em condutores e isolantes se aplica não apenas aos sólidos, mas também
aos líquidos e aos gases. Dentre os líquidos, por exemplo, são bons condutores as soluções de ácidos, de
bases e de sais; são isolantes muitos óleos minerais. Os gases podem se comportar como isolantes ou como
condutores, dependendo das condições em que se encontrem.
O que determina se um material será bom ou mau condutor térmico são as ligações em sua estrutura atômi-
ca ou molecular. Assim, os metais são excelentes condutores de calor devido ao fato de possuírem os elétrons
mais externos “fracamente” ligados, tornando-se livres para transportar energia por meio de colisões através do
metal. Por outro lado temos que materiais como lã, madeira, vidro, papel e isopor são maus condutores de calor
(isolantes térmicos), pois, os elétrons mais externos de seus átomos estão firmemente ligados.
Os líquidos e gases, em geral, são maus condutores de calor. O ar, por exemplo, é um ótimo isolante térmi-
co. Por este motivo quando você põe sua mão em um forno quente, não se queima. Entretanto, ao tocar numa
forma de metal dentro dele você se queimaria, pois, a forma metálica conduz o calor rapidamente. A neve é
outro exemplo de um bom isolante térmico. Isto acontece porque os flocos de neve são formados por cristais,
que se acumulam formando camadas fofas aprisionando o ar e dessa forma dificultando a transmissão do calor
da superfície da Terra para a atmosfera.
Aparelhos de medição elétrica (amperímetros, voltímetros)
Amperímetro – instrumento que mede a intensidade de corrente elétrica. Alguns amperímetros indicam tam-
bém, além da intensidade da corrente, seu sentido que, quando a indicação for positiva ela circula no sentido
horário e negativa, no sentido anti-horário.
Símbolo

Se você quer medir a intensidade da corrente na lâmpada L1 da figura, você deve inserir o amperímetro no
trecho onde ela está, pois ele “lê” a corrente que passa através dele.

Assim o amperímetro deve ser associado em série no trecho onde você deseja medir a corrente. Como o
amperímetro indica a corrente que passa por ele no trecho do circuito onde ele está inserido, sua resistência
interna deve ser nula, caso contrário ele indicaria uma corrente de intensidade menor que aquela que realmente
passa pelo trecho. Então ele deve se comportar como um fio ideal, de resistência interna nula, ou seja, deve se
comportar como se estivesse em curto circuito.
Um amperímetro ideal deve possuir resistência interna nula.
Voltímetro – instrumento que mede a diferença de potencial ou tensão
                                 

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Símbolo

Como em qualquer ligação em paralelo à diferença de potencial (tensão) é a mesma, o voltímetro deve ser
ligado em paralelo ao aparelho em cujos terminais você quer determinar a ddp, assim o aparelho e o voltímetro
indicarão a mesma ddp.

O voltímetro deve ser ligado em paralelo com o aparelho ou trecho cuja diferença de potencial (tensão) se
deseja medir. Para que a corrente que passa pelo aparelho cuja ddp se deseja medir não se desvie para o vol-
tímetro, um voltímetro ideal deve possuir resistência interna extremamente alta, tendendo ao infinito.
Um voltímetro ideal deve possuir resistência interna infinita.
Suponha que você deseja medir a corrente que passa pelo ponto B e a diferença de potencial entre os pon-
tos C e D, da figura, dispondo de voltímetro e amperímetro, ambos ideais.

Para isso, você deve abrir o circuito em B e inserir aí o amperímetro, pois ele deve ficar em série com o tre-
cho percorrido por iB, de modo que iB passe por ele. Os terminais do voltímetro devem ser ligados aos pontos
C e D de modo que o voltímetro fique em paralelo com o trecho entre C e D, onde você quer medir a ddp. Ob-
serve que a resistência interna do amperímetro ideal dever ser nula de modo que toda iB passe por ele e que a
resistência interna do voltímetro deve ser infinita de modo que iCD não desvie para ele
Medidas Elétricas
É de vital importância, em eletricidade, a utilização de dois aparelhos de medidas elétricas: o amperímetro
e o voltímetro.
Voltímetro
Aparelho utilizado para medir a diferença de potencial entre dois pontos; por esse motivo deve ser ligado
sempre em paralelo com o trecho do circuito do qual se deseja obter a tensão elétrica. Para não atrapalhar o
circuito, sua resistência interna deve ser muito alta, a maior possível. Se sua resistência interna for muito alta,
comparada às resistências do circuito, consideramos o aparelho como sendo ideal. Os voltímetros podem me-
dir tensões contínuas ou alternadas dependendo da qualidade do aparelho.
Voltímetro Ideal → Resistência interna infinita.
Amperímetro
Aparelho utilizado para medir a intensidade de corrente elétrica que passa por um fio. Pode medir tanto
corrente contínua como corrente alternada. A unidade utilizada é o àmpere. O amperímetro deve ser ligado
sempre em série, para aferir a corrente que passa por determinada região do circuito. Para isso o amperímetro
deve ter sua resistência interna muito pequena, a menor possível. Se sua resistência interna for muito pequena,
comparada às resistências do circuito, consideramos o amperímetro como sendo ideal.
Amperímetro Ideal → Resistência interna nula

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Voltímetro não ideal
Amperímetro Ideal

Circuitos Simples
Vamos verificar tal circuito através da de um “corte” em uma pilha, mostrando seus componentes, entretanto
a diferença de potencial entre os polos da pilha abaixo é mantida graças à energia liberada em reações quími-
cas. Consideraremos também dois polos sendo um positivo e um negativo, sendo que sem esses componentes
a corrente elétrica jamais se formaria.
A voltagem que sempre é fornecida em uma pilha é de 1,5 V, entretanto há aparelhos que se utilizam mais
do que essa quantidade de Volts. Sendo assim é necessário que mais de uma pilha sejam colocadas para o
devido funcionamento, onde a corrente elétrica é o valor da pilha x o seu próprio número. Como exemplo, con-
fira o seguinte raciocínio: Um carrinho de criança que se coloca 3 pilhas, o valor de sua corrente elétrica se dá
por: 1,5 V + 1,5 V + 1,5 V = 4,5 V
Já as baterias de automóvel vem com uma carga elétrica de 12 V, onde suas placas são mergulhadas em
uma solução de ácido sulfúrico e colocando-as dentro de um invólucro resistente, para que não ocorra seu va-
zamento. Se por acaso houver uma diferença de potencial entre os seus polos, a voltagem será estabelecida
nas extremidades dos fios, gerando assim um circuito elétrico simples.
Resistência Elétrica
Para um condutor AB, estando ele ligado a uma bateria, ocorrerá sempre que se estabelecer contato, uma
diferença de potencial nas extremidades, e consequentemente a passagem da corrente i através dele. As car-
gas realizarão colisões contra os átomos ou moléculas havendo, então oposição a corrente elétrica, podendo
ser maior ou menor, dependendo da natureza do fio ligado em A e B.
Portanto, quanto menor for o valor da corrente i, maior será o valor de R. A unidade de representação da
medida de resistência é a do sistema internacional, sendo que 1 volt/ampère = 1 V/A, sendo denominada como
1 ohm (ou representada pela letra grega Ω, em homenagem ao físico alemão do século passado, Georg Ohm.
Podemos concluir que: quando uma voltagem VAB é aplicada nas extremidades de um condutor, estabele-
cendo nele uma corrente elétrica i, a resistência é dada pela fórmula acima descrita. Quanto maior for o valor
de R, maior será a oposição que o condutor oferecerá à passagem da corrente. O valor da resistividade pode
ser considerada como sendo uma grandeza característica de todo material que constitui um fio, sendo definida
como: uma substância será tanto melhor condutora de eletricidade quanto menor for o valor de sua resistivida-
de.
Reostato segundo seus criadores, é um aparelho onde se pode variar a resistência de um circuito e, assim,
tornando-se possível aumentar ou diminuir, a intensidade da corrente elétrica. Dado um comprido fio AC, de
grande resistência, um cursor B, que se desloca através do fio, entrando em contato com A e C, observe a cor-
rente que sai do polo positivo da bateria percorrendo o trecho AB do reostato. Verifica-se que não há corrente
passando no trecho BC, pois estando o circuito interrompido em C, a corrente não poderá prosseguir através
desse trecho.
Diferença de Potencial
Graças à força do seu campo eletrostático, uma carga pode realizar trabalho ao deslocar outra carga por
atração ou repulsão. Essa capacidade de realizar trabalho é chamada potencial. Quando uma carga for dife-
rente da outra, haverá entre elas uma diferença de potencial (E). A soma das diferenças de potencial de todas
as cargas de um campo eletrostático é conhecida como força eletromotriz. A diferença de potencial (ou tensão)
tem como unidade fundamental o volt(V).

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Corrente
Corrente (I) é simplesmente o fluxo de elétrons. Essa corrente é produzida pelo deslocamento de elétrons
através de uma ddp em um condutor. A unidade fundamental de corrente é o ampère (A). 1 A é o deslocamento
de 1 C através de um ponto qualquer de um condutor durante 1 s.
I=Q/t
O fluxo real de elétrons é do potencial negativo para o positivo. No entanto, é convenção representar a cor-
rente como indo do positivo para o negativo.
Correntes e Tensões Contínuas e Alternadas
A corrente contínua (CC ou DC) é aquela que passa através de um condutor ou de um circuito num só senti-
do. Isso se deve ao fato de suas fontes de tensão (pilhas, baterias,...) manterem a mesma polaridade de tensão
de saída. Uma fonte de tensão alternada alterna a polaridade constantemente com o tempo. Consequentemen-
te a corrente também muda de sentido periodicamente. A linha de tensão usada na maioria das residências é
de tensão alternada.
Resistência Elétrica
Resistência é a oposição à passagem de corrente elétrica. É medida em ohms (W). Quanto maior a resis-
tência, menor é a corrente que passa. Os resistores são elementos que apresentam resistência conhecida bem
definida. Podem ter uma resistência fixa ou variável.
Símbolos em eletrônica e eletricidade
Abaixo estão alguns símbolos de componentes elétricos e eletrônicos:

Associações de Resistores
Os resistores podem se associar em paralelo ou em série. (Na verdade existem outras formas de associa-
ção, mas elas são um pouco mais complicadas e serão vistas futuramente).
Associação Série
Na associação série, dois resistores consecutivos têm um ponto em comum. A resistência equivalente é a
soma das resistências individuais. Ou seja:
Req = R1 + R2 + R3 + ...
Exemplificando:
Calcule a resistência equivalente no esquema abaixo:

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Req = 10000 + 1000000 + 470
Req = 1010470Ω
Associação Paralelo
Dois resistores estão em paralelo se há dois pontos em comum entre eles. Neste caso, a fórmula para a
resistência equivalente é:
1/Req = 1/R1 + 1/R2 + 1/R3 + ...
Exemplo: Calcule a resistência equivalente no circuito abaixo:

Note que a resistência equivalente é menor do que as resistências individuais. Isto acontece pois a corrente
elétrica têm mais um ramo por onde prosseguir, e quanto maior a corrente, menor a resistência.
Resolução
R=1+1+1=3Ω
Req=2Ω
As Leis de Kirchoff
Lei de Kirchoff para Tensão: A tensão aplicada a um circuito fechado é igual ao somatório das quedas de
tensão naquele circuito.

Ou seja: a soma algébrica das subidas e quedas de tensão é igual à zero (SV). Então, se temos o seguinte
circuito: podemos dizer que VA = VR1 + VR2 + VR3
Lei de Kirchoff para Correntes: A soma das correntes que entram num nó (junção) é igual à soma das
correntes que saem desse nó.

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I1+I2= I3+I4+I5 As leis de Kirchoff serão úteis na resolução de diversos problemas.
Capacitor
O capacitor é constituído por duas placas condutoras paralelas, separadas por um dielétrico. Quando se
aplica uma ddp nos seus dois terminais, começa a haver um movimento de cargas para as placas paralelas. A
capacitância de um capacitor é a razão entre a carga acumulada e a tensão aplicada.
C = Q/V
Deve-se também ter em mente que a capacitância é maior quanto maior for a área das placas paralelas, e
quanto menor for a distância entre elas. Desta forma: A (8,85 x 10-12 ) C= ---------------------- k d
Onde: C = capacitância A = área da placa d = distância entre as placas k = constante dielétrica do material
isolante
Vamos agora estudar o comportamento do capacitor quando nele aplicamos uma tensão DC. Quando isto
acontece, a tensão no capacitor varia segundo a fórmula: Vc=VT(1-e-t/RC)
Isso gera o seguinte gráfico Vc X t

Isto acontece porque a medida que mais cargas vão se acumulando no capacitor, maior é a oposição do
capacitor à corrente (ele funciona como uma bateria).
Note que no exemplo abaixo ligamos um resistor em série com o capacitor. Ele serve para limitar a corrente
inicial (quando o capacitor funciona como um curto). O tempo de carga do capacitor é 5t, onde t = RC (resistên-
cia vezes capacitância).

No exemplo abaixo, o tempo de carga é: Tc= 5 x 1000 x 10-6 = 5ms


Se aplicarmos no capacitor uma tensão alternada, ele vai oferecer uma “oposição à corrente” (na verdade é

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oposição à variação de tensão) chamada reatância capacitiva (Xc).
Xc=1/2pfC
A oposição total de um circuito à corrente chama-se impedância (Z). Num circuito composto de uma resis-
tência em série com uma capacitância:
Z = (R22+Xc2) 1/2 ou Z = Ö R22+XC2
Podemos imaginar a impedância como a soma vetorial de resistência e reatância. O ângulo da impedância
com a abscissa é o atraso da tensão em relação à corrente.
Aplicações: Se temos um circuito RC série, a medida que aumentarmos a frequência, a tensão no capacitor
diminuirá e a tensão no resistor aumentará. Podemos então fazer filtros, dos quais só passarão frequências
acima de uma frequência estabelecida ou abaixo dela. Estes são os filtros passa alta e passa baixa.
Frequência de corte: é a frequência onde XC=R.
Quando temos uma fonte CA de várias frequências, um resistor e um capacitor em série, em frequências
mais baixas XC é maior, desta forma, a tensão no capacitor é bem maior que no resistor. A partir da frequência
de corte, a tensão no resistor torna-se maior. Dessa forma, a tensão no capacitor é alta em frequências mais
baixas que a frequência de corte. Quando a frequência é maior que a frequência de corte, é o resistor que terá
alta tensão.
Filtro passa baixa:

Vsaída=It XC
Filtro passa alta

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Ondas eletromagnéticas e aplicações

ONDAS ELETROMAGNÉTICAS
É importante tomarmos consciência de como estamos imersos em ondas eletromagnéticas. Iniciando pelos
Sol, a maior e mais importante fonte para os seres terrestres, cuja vida depende do calor e da luz recebidos
através de ondas eletromagnéticas.
Além de outras, recebemos também: a radiação eletromagnética emitida, por átomos de hidrogênio neutro
que povoam o espaço interestelar da nossa galáxia; as emissões na faixa de radiofrequências dos “quasares”
(objetos ópticos que se encontram a enormes distâncias de nós, muito além de nossa galáxia, e que produzem
enorme quantidade de energia); pulsos intensos de radiação dos “pulsares” (estrelas pequenas cuja densidade
média é em torno de 10 trilhões de vezes a densidade média do Sol). As Ondas eletromagnéticas se originam
do movimento acelerado de cargas elétricas, consistem de campos elétricos e campos magnéticos que vibram
nos planos perpendiculares entre si e em relação à direção de propagação, todas têm, no vácuo, a mesma
velocidade etc. Por possuir a mesma descrição física, as ondas eletromagnéticas diferem entre si apenas pelas
frequências e correspondentes comprimentos da onda.
Essas frequências, porém, abrangem uma faixa enorme que denominamos espectro eletromagnético. A pa-
lavra espectro (do latim “spectrum”, que significa fantasma ou aparição) foi usada por Isaac Newton, no século
XVII, para descrever a faixa de cores que apareceu quando, numa experiência, a luz do Sol atravessou um
prisma de vidro em sua trajetória. Os nomes de vários tipos das ondas, que usamos frequentemente no nosso
dia-dia, são dados em acordo com a faixa das frequências que as mesmas ocupam no espectro eletromagné-
tico conforme a Figura 1 a seguir:

Figura1. Espectro eletromagnético apresentado na escala de frequência (esquerda) e dos comprimentos da


onda (direita). Essas escalas são logarítmicas devido ao fato que os intervalos são muito elevados. As divisões
entre os vários tipos das ondas não são definidas precisamente, e devem ser consideradas como aproximadas.
A energia das ondas eletromagnéticas é proporcional a sua frequência, i.e., cresce com aumento da frequência.
Velocidade de propagação: Depende do meio em que ela se propaga.
    Maxwell mostrou que a velocidade de propagação de uma onda eletromagnética, no vácuo, é dada pela
expressão:

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onde   é a permissividade elétrica do vácuo e   é a permeabilidade magnética do vácuo.

Aplicando os valores de   e de   na expressão acima, encontra-se a velocidade:

ou

(valor exato)
que é igual a velocidade da luz. Nisso Maxwell se baseou para afirmar que a luz também é uma onda ele-
tromagnética.
Podemos resumir as características das ondas eletromagnéticas no seguinte:
- São formadas por campos elétricos e campos magnéticos variáveis.
- O campo elétrico é perpendicular ao campo magnético.
- São ondas transversais (os campos são perpendiculares à direção de propagação).
- Propagam-se no vácuo com a velocidade “c”.
- Podem propagar-se num meio material com velocidade menor que a obtida no vácuo.
Propriedades das ondas eletromagnéticas
Algumas propriedades podem ser observadas em todos as ondas eletromagnéticas, independente da forma
como estas ondas foram criadas, são elas:
- Os campos elétrico e magnético são perpendiculares à direção de propagação da onda;
- O campo elétrico é perpendicular ao campo magnético;
- Os campos variam sempre na mesma frequência e estão em fase.
Observe na figura abaixo o comportamento dos campos elétrico e magnético nestas ondas:

A figura mostra a direção do campo magnético, do campo elétrico e da propagação da onda eletromagnética
Veja que enquanto o campo magnético (B) se propaga na direção z, o campo elétrico (E) se propaga na
direção y. Já a onda segue na direção x todas perpendiculares entre si.
As ondas eletromagnéticas, assim como todas as ondas, são caracterizadas por três grandezas, são elas:
- Período: é o tempo que a onda leva para percorrer um ciclo;
- Frequência: é o número de ciclos por unidade de tempo, sendo a unidade de medida mais conhecida o
Hertz, que corresponde a um ciclo por segundo;
- Fase: representa o avanço ou atraso da onda em relação ao ponto de origem.

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Propriedades básicas das ondas: amplitude, comprimento de onda e frequência
Como você já deve saber, uma onda tem um vale (ponto mais baixo) e uma crista (ponto mais alto). A dis-
tância vertical entre a extremidade de uma crista e o eixo central da onda é chamada de amplitude. Esta é a
propriedade associada ao brilho, ou intensidade, da onda. A distância horizontal entre dois vales ou cristas
consecutivas é conhecida como comprimento de onda da onda. Essas medidas podem ser vistas da seguinte
maneira:

Lembre-se de que algumas ondas (inclusive as eletromagnéticas) também oscilam no espaço e, sendo
assim, elas oscilam em uma determinada posição conforme o tempo passa. A grandeza conhecida como frequ-
ência da onda diz respeito ao número de comprimentos de onda completos que passam por um determinado
ponto no espaço a cada segundo. A unidade do SI para frequência é Hertz (Hz). Como você deve imaginar, o
comprimento de onda e a frequência são inversamente proporcionais, isto é, quanto menor o comprimento de
onda, maior será a frequência, e vice-versa.
A relação é dada pela seguinte equação: c=λν
Em que λ (lambda, do alfabeto grego) é o comprimento de onda (em metros), e ν (nu do alfabeto grego) é a
frequência (em Hertz) Seu produto é a constante c a velocidade da luz, que é igual a 3,00×108m/s
. Esta relação reflete um fato importante: toda radiação eletromagnética, independentemente de comprimen-
to de onda ou frequência, viaja à velocidade da luz.
Período
A última grandeza a ser considerada é o período de uma onda. O período de uma onda é a duração de tempo
que leva para que um comprimento de onda passe por um determinado ponto no espaço. Matematicamente, o
período (T) é simplesmente o inverso da frequência da onda (f).

A radiação eletromagnética pode ser descrita por sua amplitude (brilho), comprimento de onda, frequência
e período.
Quantização de Energia
De acordo com os físicos clássicos, a matéria seria composta de partículas que tinham massa e cuja posição
no espaço poderia ser conhecida. Por outro lado, considerava-se que as ondas de luz tinham massa igual a
zero, e que sua posição no espaço não poderia ser determinada.
Planck descobriu que a radiação eletromagnética emitida por corpos negros não poderia ser explicada pela
física clássica, que considerava que a matéria poderia absorver ou emitir qualquer grandeza de radiação ele-
tromagnética. Planck observou que, na verdade, a matéria absorvia ou emitia energia, apenas em múltiplos
de números inteiros do valor hν,em que h é a constante de Planck,  6,626×10−34 J.s e ν é a frequência da luz
absorvida ou emitida
Pela equação E=hν, vimos como a frequência de uma onda de luz é proporcional à sua energia. No início
do século XX, a descoberta de que a energia é quantizada levou à revelação de que a luz não é só uma onda,
mas que ela também pode ser descrita como uma coleção de partículas chamadas de fótons. Os fótons carre-

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gam quantidades discretas de energia chamadas de quanta. Esta energia pode ser transferida para átomos e
moléculas quando os fótons são absorvidos.
Agora que conhecemos algumas propriedades básicas das ondas, vamos ver os diferentes tipos de radiação
eletromagnética.
Todas as ondas no espectro eletromagnético exibem a mesma natureza física. Entretanto, a origem de vá-
rios tipos das ondas não é a mesma. Ondas de rádio ou micro-ondas, por exemplo, são produzidas de maneira
diferente do que as ondas luminosas ou de raios X. Abaixo estão descritas cada tipo de onda eletromagnética.
- Ondas de rádio
Estas ondas são caracterizadas pelo λ , que pode variar de alguns quilômetros até aproximadamente 0,3
m, que corresponde às frequências relativamente pequenas, até 108 Hz. As ondas de rádio são geradas por
equipamentos eletrônicos (i.e. circuitos LC), e utilizadas principalmente no sistema de rádio e TV.
As ondas longas de rádio, que vão de 104 Hz a 107 Hz, têm comprimento de onda grande, o que permite
que elas sejam refletidas pelas camadas ionizadas da atmosfera superior (ionosfera). Portanto, elas alcançam
muito longe, seguindo a curvatura da Terra. Estas ondas, além disso, têm a capacidade de contornar obstácu-
los como árvores, 160 edifícios, de modo que é relativamente fácil captá-las num aparelho rádio receptor. As
bandas FM são reservadas para ondas curtas de rádio, cuja frequência é acima de107 Hz, que carregam o som
da maior qualidade, mas não são refletidas pela ionosfera e, portanto, têm alcance muito mais curto do que as
ondas longas.
- Micro-ondas
As micro-ondas são caracterizadas pelo λ , que varia de 0,3 m até 1 mm aproximadamente. Estas ondas
possuem a faixa limite de frequências que podem ser produzidas por equipamentos e circuitos eletrônicos. Para
produzir frequências mais altas, precisam ser usados osciladores moleculares e atômicos.
As micro-ondas são muito utilizadas em telecomunicações. As ligações de telefone e programas de TV re-
cebidos “via satélite” de outros países são feitas com o emprego de micro-ondas. As micro-ondas também são
utilizadas no funcionamento de um radar. Uma fonte emite uma radiação que atinge um objeto e volta para o
ponto onde a onda foi emitida. De acordo com a direção em que a radiação volta pode ser descoberta a loca-
lização do objeto que refletiu a onda. Finalmente, uma utilização de micro-ondas bem comum é nos fornos de
micro-ondas, onde se esquentam os alimentos.
-- Ondas infravermelhas
Os comprimentos de onda λ das ondas infravermelhas abrangem um intervalo entre 1,00 mm até7. 10−7
⋅ m (700 nm) aproximadamente (um nanômetro (1 nm) = 10-9 m). Essas ondas são produzidas pelos corpos
(objetos) quentes e usualmente chamadas radiação térmica (calor). A origem das ondas infravermelhas são
vibrações dos átomos e moléculas do corpo, cuja agitação depende da temperatura do corpo. Como os átomos
e moléculas são compostos de partículas eletricamente carregadas (elétrons, núcleos), sua vibração inclui um
movimento não uniforme de cargas, e, portanto, produz radiação eletromagnética.
- Luz visível
O olho humano tem condições de perceber somente frequências que vão de 4,3⋅ 1014 Hz a 7⋅ 1014 Hz
(com λ entre 400 e 800 nm), preenchendo uma faixa bem estreita do espectro eletromagnético, indicada como
luz visível. A luz visível é produzida ou pelos corpos muito quentes (fonte: vibração atômica), ou através das
transições eletrônicas nos átomos que compõem o corpo. No último caso, a energia que o átomo adquiriu de
alguma maneira não se gasta na agitação da sua vibração, mas para promover os seus elétrons para o estado
com a energia mais alta. Quando os elétrons retornam para o estado da energia inicial, o excesso da energia é
emitido na forma das ondas eletromagnéticas de luz visível ou ultravioleta. Para entender completamente este
processo complexo, porém, precisa-se empregar a mecânica quântica, uma disciplina de física que estuda as
leis da física que se aplicam ao mundo microscópico.
Quando se trata de luz visível, o cérebro humano interpreta os comprimentos de onda diferentes como cores
diferentes.

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Faixas de comprimentos de onda e das frequências de luz visível que determinam as cores.
- Luz ultravioleta
A luz ultravioleta possui comprimentos de onda na faixa de 400 nm até 0,6 nm. Essa luz é produzida pelas
transições eletrônicas que ocorrem nos átomos e moléculas excitados, da mesma maneira como luz visível (so-
mente as transições agora envolvem energias maiores). A energia da radiação ultravioleta é grande, compará-
vel com a energia suficiente para retirar elétrons dos átomos (digamos, para ionizar os átomos). Portanto, essa
radiação pode causar danos aos tecidos vivos, como por exemplo, à nossa pele. O Sol é uma fonte poderosa
da radiação ultravioleta (que vem junto com a radiação visível e infravermelha). Exatamente por causa dessa
radiação, devemos utilizar protetores solares para proteger a nossa pele.
Raios Gama
As ondas eletromagnéticas com frequência e energia acima da dos raios X recebem o nome de raios gama
( γ ). Os raios γ são produzidos por desintegração natural ou artificial de elementos radioativos, então originam
de mudança dos estados da energia nos núcleos atômicos. Um material radioativo pode emitir raios γ durante
muito tempo, até atingir uma forma mais estável.
Raios γ de alta energia podem ser detectados nos raios cósmicos que atingem a alta atmosfera terrestre em
grande quantidade por segundo. Eles são perigosos e podem causar graves danos às células, de modo que
os cientistas que trabalham em laboratório de radiação devem desenvolver métodos especiais de detecção e
proteção contra doses excessivas dessa radiação.
Interação eletromagnética
Uma interação eletromagnética qualquer como, por exemplo, o afastamento de partículas portando cargas
(positiva e negativa) ocorre com a interação entre as duas cargas mediante a troca de fótons (energia da ra-
diação eletromagnética).  A fonte de radiação puder ser vista como uma antena de transmissão (um emissor),
a matéria (um receptor) com que a radiação interage pode ser vista como uma antena receptora. A diferença
essencial entre os receptores está apenas na frequência das ondas eletromagnéticas à qual respondem.

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CASOS IMPORTANTES
1. Se v = 0 (partícula abandonada em repouso), a resultante  Fm é = 0.
Portanto, partículas eletrizadas abandonadas em repouso não sofrem ação do campo magnético.
2. Partícula eletrizada lançada paralelamente às linhas de indução de um campo magnético uniforme (v pa-
ralelo a B)
Neste caso, θ = 0 ou θ = 180º e sendo sen 0 = 0 e sen 180º = 0, concluímos que a força magnética é nula.
Portanto, a partícula desloca-se livre da ação de forças, realizando um movimento retilíneo e unifor-
me (MRU).

3. Partícula eletrizada lançada perpendicularmente às linhas de indução de um campo magnético uniforme


(v perpendicular a B).
Neste caso, θ = 90º e sendo sen 90º = 1, resulta:

A força magnética é sempre perpendicular à velocidade  v. Ela altera a direção da velocidade e não seu
módulo. Sendo q, v e B constantes, concluímos que o módulo da força magnética Fm é constante. Logo, a par-
tícula está sob ação de uma força de módulo constante e que em cada instante é perpendicular à velocidade.

Portanto, a partícula realiza movimento circular uniforme (MCU).


Cálculo do raio da trajetória
Seja m a massa da partícula e R o raio da trajetória. Observando que a força magnética é uma resultante
centrípeta, vem:

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4. Partícula lançada obliquamente às linhas de indução. Neste caso, decompomos  a velocidade de lança-
mento v nas componentes: v1 (paralela a B) e v2(perpendicular a B). Devido a v1 a partícula descreve MRU
e devido a v2, MCU. A composição de um MRU com um MCU é um movimento denominado helicoidal. Ele é
uniforme
As ondas de rádios, TVs, raios X, micro-ondas e, principalmente, a luz do sol são exemplos de ondas ele-
tromagnéticas.

Óptica geométrica e aplicações

ÓPTICA
A óptica é um ramo da Física que estuda a luz ou, mais amplamente, a radiação eletromagnética, visível
ou não. A óptica explica os fenômenos de reflexão, refração e difração, a interação entre a luz e o meio, entre
outras coisas. Geralmente, a disciplina estuda fenômenos envolvendo a luz visível, infravermelha, e ultraviole-
ta; entretanto, uma vez que a luz é uma onda eletromagnética, fenômenos análogos acontecem com os raios
X, micro-ondas, ondas de rádio, e outras formas de radiação eletromagnética. A óptica, nesse caso, pode se
enquadrar como uma subdisciplina do eletromagnetismo. Alguns fenômenos ópticos dependem da natureza da
luz e, nesse caso, a óptica se relaciona com a mecânica quântica. Segundo o modelo para a luz utilizada, dis-
tingue-se entre os seguintes ramos, por ordem crescente de precisão (cada ramo utiliza um modelo simplificado
do empregado pela seguinte):
- Óptica geométrica: Trata a luz como um conjunto de raios que cumprem o princípio de Fermat. Utiliza-se no
estudo da transmissão da luz por meios homogêneos (lentes, espelhos), a reflexão e a refração.
- Óptica ondulatória: Considera a luz como uma onda plana, tendo em conta sua frequência e comprimento
de onda. Utiliza-se para o estudo da difração e interferência.
- Óptica eletromagnética: Considera a luz como uma onda eletromagnética, explicando assim a reflexão e
transmissão, e os fenômenos de polarização e anisotrópicos.
- Óptica quântica ou óptica física: Estudo quântico da interação entre as ondas eletromagnéticas e a matéria,
no que a dualidade onda-corpúsculo joga um papel crucial.
Modelo Corpuscular da Luz10
Influenciado pelo trabalho desenvolvido pelos gregos, o Isaac Newton elaborou um modelo para explicar
a natureza da luz, hoje popularizado como “a teoria da natureza corpuscular da luz.” Este modelo sobre a luz
baseia-se num fluxo de partículas muito microscópicas que são emitidas por meio de fontes luminosas. A ideia
de partícula foi muito satisfatória a Newton, pois encaixava-se em seu conceito de mundo, isto é, um modelo
mecânico, determinista, com corpos materiais em movimento, onde seria possível determinar diversas grande-
zas ao mesmo tempo. Além disso, através do modelo corpuscular sobre a natureza da luz, Newton conseguia
explicar fenômenos físicos como a reflexão e a refração, já conhecidos na época.
A base de sustentação da teoria formulada por Newton estava, justamente, na reputação que conquistou
perante a sociedade científica de sua época e de gerações de cientistas depois dele. A obra de Newton é con-
siderada uma das mais importantes formulações científicas já elaboradas pelo homem e, certamente, o modelo
10 Universidade federal do Rio grande do Sul. Disponível em: http://lief.if.ufrgs.br/pub/cref/n25_Alvarenga/
teoria_corpuscular.htm

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corpuscular foi sustentado devido a este enorme prestígio. No entanto, não apenas fama e prestígio conquis-
tou Newton. Houve ferrenhos debates científicos, discussões envolvendo Newton e sua teoria corpuscular,
principalmente, com seu maior desafeto: Robert Hooke. Dessa relação cientificamente conturbada com Hooke
nasceu a discussão sobre a natureza da luz.
Luz - Comportamento e princípios
A luz, ou luz visível como é fisicamente caracterizada, é uma forma de energia radiante. É o agente físico
que, atuando nos órgãos visuais, produz a sensação da visão.
Energia radiante é aquela que se propaga na forma de ondas eletromagnéticas, dentre as quais se pode
destacar as ondas de rádio, TV, micro-ondas, raios X, raios gama, radar, raios infravermelho, radiação ultravio-
leta e luz visível.
Uma das características das ondas eletromagnéticas é a sua velocidade de propagação, que no vácuo tem
o valor de aproximadamente 300 mil quilômetros por segundo, ou seja:C=3.108 m/s
Podendo ter este valor reduzido em meios diferentes do vácuo.
A luz que percebemos tem como característica sua frequência que vai da faixa de 4.1014 Hz (vermelho) até
8.1014 Hz(violeta). Esta faixa é a de maior emissão do Sol, por isso os órgãos visuais de todos os seres vivos
estão adaptados a ela, e não podem ver além desta, como por exemplo, a radiação ultravioleta e infravermelha.
Velocidade da luz. Princípio dos métodos ópticos11
Admitindo-se que a luz se propaga em movimento uniforme, sua velocidade c é o quociente da distância
percorrida D pelo intervalo de tempo Dt gasto em percorrê-la: c = D/Dt
É suficiente, portanto, medir D e Dt.
A velocidade da luz foi medida por diferentes métodos dos quais exporemos apenas os principais.
Método Astronômico
Baseado na observação dos eclipses dos satélites de Júpiter, por Olaus Roemer, em 1672 (1675 segundo
outros autores), trabalhando no Observatório de Paris.
A Terra e Júpiter giram em torno do Sol, sendo as suas durações de revolução, respectivamente, um e doze
anos. A ilustração a seguir representa as órbitas da Terra (T) e de Júpiter (J) em torno do Sol (S) assim como a
órbita de um dos satélites de Júpiter (o mais próximo).

Em cada uma de suas revoluções este satélite entra no cone de sombra de Júpiter e desaparece para o
observador terrestre; ele gira com velocidade constante e pode-se medir o intervalo de tempo t entre duas en-
tradas consecutivas no cone de sombra.
Se a distância TJ fosse fixa, o desaparecimento do satélite seria observado sempre a intervalos de tempo
iguais. Ora, esta distância varia entre um mínimo e um máximo. Determina-se então t1, período do satélite
para a posição T1J1 (conjunção), e calculam-se as horas em que deveriam ser observados todos os eclipses
11 https://bit.ly/2JXzfv5

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seguintes. Roemer observou que o início do eclipse ocorria cada vez mais tarde à medida que T se afastava de
J e encontrou um atraso máximo Dt = 996 s correspondente às posições T2 e J2, isto é, na oposição da Terra
e Júpiter.
Este atraso Dt é o tempo gasto pela luz para percorrer o diâmetro D da órbita terrestre.
O mesmo método foi retomado por Glasenapp que encontrou Dt = 1 002 s. O erro mais importante vem do
diâmetro da órbita terrestre (2,99.108 km com um erro da ordem de 0,5%).
Vê-se que a velocidade da luz no vácuo é cerca de 300 000 km/s.
Método da roda dentada - (H. I. Fizeau, em 1849)
A luz de uma fonte S refletida por um vidro sem espelhamento G, conforme ilustramos, passa entre os dentes
de uma roda dentada R e se reflete, a uma distância D da ordem de alguns quilômetros, em um espelho plano
M. Uma lente concentra o feixe luminoso sobre a roda dentada, uma outra fornece um feixe de raios sensivel-
mente paralelos e, por fim, uma terceira concentra os raios sobre o espelho M.

Seja N o número de dentes da roda dentada, os quais apresentam a mesma largura que os intervalos ou
vazios. Façamos a roda girar lentamente, com uma freqüência n tal que:
1/N.n > 1/10 de segundo
sendo 1/10 de segundo a duração da persistência das impressões luminosas (persistência retiniana). Em
1/10 de segundo a luz pode percorrer 30 000 km, em conseqüência, o observador colocado atrás do vidro sem
espelhamento G não percebe a luz de retorno senão periodicamente.
Aumentemos a freqüência (1/N.n < 1/10 de segundo) ; devido à persistência das impressões luminosas, o
observador vê a luz de retorno de maneira contínua. Aumentando ainda mais a freqüência da roda, dando-se
a n um valor tal que durante o tempo Dt, gasto pela luz para realizar a ida e a volta 2D, um dente assuma o
lugar de um vazio: o feixe luminoso de retorno é interceptado, diz-se que há eclipse. A velocidade procurada é
portanto:
c = 2D/Dt com Dt = 1/2N.n vem c = 4NnD
Nas experiências, quando se faz n variar, o clarão da imagem de retorno passa, em realidade, por um míni-
mo, disto resultando alguma imprecisão quanto ao valor de n.
Sendo o erro relativo Dn/n tanto menor quanto maior for n, aumenta-se a freqüência a fim de obter um outro
eclipse correspondente à passagem de:
k dentes, k vazios e um dente,
em lugar de um dente. Por outro lado há interesse em aumentar a distância D para não ser necessário dar à
roda uma freqüência perigosa.
Nas experiências de Perrotin (1902) utilizou-se k = 32 e D = 46 km.
Método do espelho girante
Um delgado feixe de raios de luz, saído de uma fenda S, atravessa um vidro sem espelhamento G e uma
lente (não representados na ilustração abaixo) sendo em seguida refletido por um espelho girante msituado no
centro de um espelho côncavo M, fixo.

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Sejam S1 a imagem que se obteria da fenda S se o espelho não cortasse os raios luminosos e S’ a imagem
de S no espelho côncavo. Quando o espelho m não gira, o raio refletido pelo espelho côncavo M volta segundo
S’OS.
E.Mail-Autoremos por Dt o intervalo de tempo gasto pela luz para percorrer a distância 2D; teremos:
Dt = 2D/c
A seguir, dá-se ao espelho uma freqüência assaz grande para que ele tenha girado de um ângulo aapre-
ciável durante o intervalo de tempo Dt. A luz que se reflete em m no instante zero continua seu caminho
para M independentemente do movimento do espelho m, reflete-se em M e, na volta, não mais encontra-
ra no mesmo lugar o espelho m que terá girado de um ângulo a. Então o espelho m fornece de S’ uma
imagem S2 tal que S1OS2 = 2a, de acordo com uma propriedade bem conhecida dos espelhos giran-
tes (“para um raio incidente fixo, quando o espelho gira de a o correspondente raio refletido gira de 2a”).
O raciocínio que terminamos de fazer para a posição inicial m do espelho girante permanece valida para uma
posição inicial qualquer; S’ mudaria de posição, mas ainda encontraríamos a imagem S2 tal que S1OS2 = 2a
desde que, bem entendido, a freqüência do espelho seja mantida constante.
Em conseqüência, enquanto S’ varre o espelho M, a imagem S” permanece fixa.
O feixe de raios OS” reflete-se no vidro sem espelhamento (ilustrado acima) e sua direção é marcada por
meio de uma luneta. Do ângulo 2a medido deduz-se a velocidade da luz c.
E.Mail-Autoremos por n a freqüência do espelho. O ângulo a descrito durante o tempo Dt tem o valor:
a = 2pnDt
de outro lado: Dt = 2D/c
vem, portanto:
2a = 8pnD/c
Nas experiências de Foucault os valores adotados eram n = 800 Hz, D = 20 m, donde 2a = 0,001 4 rad, ou
seja, 4,8’ (ângulo perfeitamente determinável).

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Fonte: www.profcordella.com.br
Divisões da Óptica
Óptica Física: estuda os fenômenos ópticos que exigem uma teoria sobre a natureza das ondas eletromag-
néticas.
Óptica Geométrica: estuda os fenômenos ópticos em que apresentam interesse as trajetórias seguidas
pela luz. Fundamenta-se na noção de raio de luz e nas leis que regulamentam seu comportamento.
Conceitos Básicos
Raios de luz: são a representação geométrica da trajetória da luz, indicando sua direção e o sentido da sua
propagação. Por exemplo, em uma fonte puntiforme são emitidos infinitos raios de luz, embora apenas alguns
deles cheguem a um observador. Representa-se um raio de luz por um segmento de reta orientado no sentido
da propagação.

Feixe de luz: é um conjunto de infinitos raios de luz; um feixe luminoso pode ser:
Cônico convergente: os raios de luz convergem para um ponto;

Cônico divergente: os raios de luz divergem a partir de um ponto;

Cilíndrico paralelo: os raios de luz são paralelos entre si.

Fontes de Luz
Tudo o que pode ser detectado por nossos olhos, e por outros instrumentos de fixação de imagens como
câmeras fotográficas, é a luz de corpos luminosos que é refletida de forma difusa pelos corpos que nos cercam.
Fonte de luz são todos os corpos dos quais se podem receber luz, podendo ser fontes primárias ou secundárias.
Fontes primárias: Também chamadas de corpos luminosos, são corpos que emitem luz própria, como por
exemplo, o Sol, as estrelas, a chama de uma vela, uma lâmpada acesa.
Fontes secundárias: Também chamadas de corpos iluminados, são os corpos que enviam a luz que rece-
bem de outras fontes, como por exemplo, a Lua, os planetas, as nuvens, os objetos visíveis que não têm luz
própria.
Quanto às suas dimensões, uma fonte pode ser classificada como:
Pontual ou puntiforme: uma fonte sem dimensões consideráveis que emite infinitos raios de luz.

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Extensa: uma fonte com dimensões consideráveis em relação ao ambiente.

Meios de Propagação da Luz


Os diferentes meios materiais comportam-se de forma diferente ao serem atravessados pelos raios de luz,
por isso são classificados em:
Meio transparente: é um meio óptico que permite a propagação regular da luz, ou seja, o observador vê um
objeto com nitidez através do meio. Exemplos: ar, vidro comum, papel celofane, etc.
Meio translúcido: é um meio óptico que permite apenas uma propagação irregular da luz, ou seja, o obser-
vador vê o objeto através do meio, mas sem nitidez.
Meio opaco: é um meio óptico que não permite que a luz se propague, ou seja, não é possível ver um objeto
através do meio.
Fenômenos Ópticos
Ao incidir sobre uma superfície que separa dois meios de propagação, a luz sofre algum, ou mais do que
um, dos fenômenos a seguir:
Reflexão regular: a luz que incide na superfície e retorna ao mesmo meio, regularmente, ou seja, os raios
incidentes e refletidos são paralelos. Ocorre em superfícies metálicas bem polidas, como espelhos.
Reflexão difusa: a luz que incide sobre a superfície volta ao mesmo meio, de forma irregular, ou seja, os
raios incidentes são paralelos, mas os refletidos são irregulares. Ocorre em superfícies rugosas, e é responsá-
vel pela visibilidade dos objetos.
Refração: a luz incide e atravessa a superfície, continuando a se propagar no outro meio. Ambos os raios
(incidentes e refratados) são paralelos, no entanto, os raios refratados seguem uma trajetória inclinada em re-
lação aos incididos. Ocorre quando a superfície separa dois meios transparentes.
Absorção: a luz incide na superfície, no entanto não é refletida e nem refratada, sendo absorvida pelo corpo,
e aquecendo-o. Ocorre em corpos de superfície escura.
Princípio da independência dos raios de luz
Quando os raios de luz se cruzam, estes seguem independentemente, cada um a sua trajetória.

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Princípio da propagação retilínea da luz
Todo o raio de luz percorre trajetórias retilíneas em meios transparentes e homogêneos.
Um meio homogêneo é aquele que apresenta as mesmas características em todos os elementos de volu-
me.
Um meio isótropo, ou isotrópico, é aquele em que a velocidade de propagação da luz e as demais pro-
priedades ópticas independem da direção em que é realizada a medida.
Um meio ordinário é aquele que é, ao mesmo tempo, transparente, homogêneo e isótropo, como por exem-
plo, o vácuo.
Propagação Retilínea da Luz: Em um meio homogêneo e transparente a luz se propaga em linha reta.
Cada uma dessas “retas de luz” é chamada de raio de luz.
Reversibilidade dos Raios de Luz: Se revertermos o sentido de propagação de um raio de luz ele continua
a percorrer a mesma trajetória, em sentido contrário.
O terceiro princípio pode ser verificado, por exemplo, na situação em que um motorista de táxi e seu passa-
geiro, este último no banco de trás, conversam, um olhando para o outro através do espelho central retrovisor.
O domínio de validade da óptica geométrica é o de a escala em estudo ser muito maior do que o comprimen-
to de onda da luz considerada e em que as fases das diversas fontes luminosas não têm qualquer correlação
entre si. Assim, por exemplo é legítimo utilizar a óptica geométrica para explicar a refração mas não a difração.
Todos os três princípios podem ser derivados do Princípio de Fermat, de Pierre de Fermat, que diz que quando
a luz vai de um ponto a outro, ela segue a trajetória que minimiza o tempo do percurso (tal princípio foi utilizado
por Bernoulli para resolver o problema da braquistócrona. Note a semelhança entre os enunciados do princípio
e do problema).
A óptica geométrica fundamentalmente estuda o fenômeno da reflexão luminosa e o fenômeno da refração
luminosa. O primeiro fenômeno tem sua máxima expressão no estudo dos espelhos, enquanto que o segundo,
tem nas lentes o mesmo papel. Durante sua propagação no espaço, a onda propicia fenômenos que acontecem
naturalmente e frequentemente.
O conhecimento dos fenômenos ondulatórios culminou em várias pesquisas de importantes cientistas, como
Christiaan Huygens e Thomas Young, estes defendiam que a luz tinha características ondulatórias e não cor-
pusculares como Isaac Newton acreditava, isso foi possível mediante a uma importante experiência feita por
Young, a da “Dupla fenda”, baseada no fenômeno de interferência e difração, inerente às ondas. Mais tarde,
outro cientista célebre chamado Heinrich Rudolf Hertz, runescape fotoelétrico que foi muito bem entendido e
explicado pelo físico Albert Einstein, o que lhe rendeu o Nobel de Física.
Essa contradição permitiu à luz ter caráter dualista, ou seja, ora se comporta como onda ora como partícula.
Outro exemplo importante foi o de Gauss, no campo da óptica, com suas descobertas e teorias sobre a reflexão
da luz em espelhos esféricos e criador das fórmulas que permite calcular a altura e distância de uma imagem
do espelho com relação ao objeto.
Reflexão
Há muitos séculos, curiosos gregos como Heron de Alexandria tentavam desvendar os mistérios da nature-
za, em especial a ele a reflexão luminosa. Atualmente os conhecimentos adquiridos sobre este campo culmi-
naram, em parte, na contemporânea mecânica quântica, cientistas como Niels Bohr (com seu modelo atômico
mais complexo) perpassaram por estudos na área da reflexão, quando um de seus postulados dizia que fótons
poderiam interagir com os elétrons da camada mais exterior da eletrosfera de um átomo, excitando-os e propor-
cionando-os a estes os chamados saltos quânticos que resultariam na “devolução” da radiação(pacote destes

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fótons) incidente.
A reflexão, no entanto, não vale só para as ondas luminosas e sim para todas as ondas, ou seja, acústica,
do mar, etc. Tomando como exemplo ondas originadas de inúmeras perturbações superficiais (pulsos) perió-
dicas em um balde largo e comprido de água inerte (parada), percebe-se que as ondas se propagam no meio
“batem” nas paredes do recipiente e “voltam” sem sofrerem perdas consideráveis de energia, esse fenômeno
é chamado de reflexão.
Os estudos do grego Alexandria resultaram na conclusão de que as ondas luminosas, natureza de onda
estudada por ele, incidiam sobre um espelho e eram refletidas, e ainda que o ângulo de incidência é igual ao
de reflexão. Esta teoria, aceita até os dias atuais, é válida para todas as naturezas de onda, com exceção à
acústica, por se propagar em todas as direções (tridimensional).

Quando são refletidos em uma superfície rugosa:

Refração
Leis da Refração
1. Os raios de onda incidente, refratado e normal são coplanares.
2. Lei de Snell - Descartes: a frequência e a fase não variam. A velocidade de propagação e o comprimento
de onda variam na mesma proporção.

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Fonte: osfundamentosdafisica.blogspot.com
Difração
Uma onda quando perpassa um obstáculo que possui a mesma ordem de grandeza de seu comprimento de
onda, apresenta um fenômeno denominado difração, modificando sua direção de propagação e contornando
um obstáculo. Esse fenômeno foi estudado pelo físico Thomas Young e representado em sua experiência junto
ao de interferência - utilizado pra provar a característica ondulatória da luz. Se uma pessoa tentar se comunicar
com outra, sendo estes separados por uma parede espessa e relativamente alta, os dois se ouvirão em uma
conversa, isso é possível graças ao fenômeno de difração, pois como a onda sonora possui um comprimento de
onda na escala métrica, esta contornar a parede e atingir os ouvidos dos indivíduos. A luz não poderia contornar
a parede, pois possui um comprimento de onda na escala manométrica o que faz os indivíduos não se verem
apenas se escutarem.
Absorção
No fenômeno de Absorção a luz incidente em um corpo não se reflete e nem se refrata. A luz, que é uma for-
ma de energia radiante, é absorvida em S, aquecendo-a. Ocorre, por exemplo, nos corpos de superfície preta
(corpos negros).
Interferência
É quando duas ondas, simultaneamente, se propagam no mesmo meio. Denomina-se então uma superpo-
sição de ondas. Quando ocorre o encontro entre duas cristas ambas aumentam sua amplitude. Quando dois
vales se encontram sua amplitude é igualmente aumentada e os dois abaixam naquele ponto. Quando um vale
e uma crista encontram-se, ambos irão querer puxar cada elevação para o seu lado. Se as amplitudes forem
iguais elas se cancelam (a=0). Se as amplitudes foram diferentes elas se subtraem.

Polarização
A polarização é um fenômeno que pode ocorrer apenas com ondas transversais, aquelas em que a direção
de vibração é perpendicular à de propagação, como a produzida em uma corda esticada. A onda é chamada
polarizada quando a vibração ocorre em uma única direção. Polarizar uma onda significa orientá-la em uma
única direção ou plano.
Dioptro
É todo o sistema formado por dois meios homogêneos e transparentes. Quando esta separação acontece
em um meio plano, chamamos então, dioptro plano.

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A figura acima representa um dioptro plano, na separação entre a água e o ar, que são dois meios homogê-
neos e transparentes.
Formação de imagens através de um dioptro
Considere um pescador que vê um peixe em um lago. O peixe encontra-se a uma profundidade H da super-
fície da água. O pescador o vê a uma profundidade h. Conforme mostra a figura abaixo:

A fórmula que determina esta distância é:


Onde n é o índice de refração
Prisma
Um prisma é um sólido geométrico formado por uma face superior e uma face inferior paralelas e congruen-
tes (também chamadas de bases) ligadas por arestas. As laterais de um prisma são paralelogramos. No entan-
to, para o contexto da óptica, é chamado prisma o elemento óptico transparente com superfícies retas e polidas
que é capaz de refratar a luz nele incidida. O formato mais usual de um prisma óptico é o de pirâmide com base
quadrangular e lados triangulares.

A aplicação usual dos prismas ópticos é seu uso para separar a luz branca policromática nas sete cores
monocromáticas do espectro visível, além de que, em algumas situações poder refletir tais luzes.
Funcionamento do prisma
Quando a luz branca incide sobre a superfície do prima, sua velocidade é alterada, no entanto, cada cor da
luz branca tem um índice de refração diferente, e logo ângulos de refração diferentes, chegando à outra extre-
midade do prima separadas.

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Tipos de prismas
- Prismas dispersivos são usados para separar a luz em suas cores de espectro.

- Prismas refletivos são usados para refletir a luz.


- Prismas polarizados podem dividir o feixe de luz em componentes de variadas polaridades.
Efeito Fotoelétrico12
O efeito fotoelétrico ocorre quando uma placa metálica é exposta a uma radiação eletromagnética de frequ-
ência alta, por exemplo, um feixe de luz, e este arranca elétrons da placa metálica.
efeito fotoelétrico parece simples, mas intrigou bastantes cientistas, só em 1905 Einstein explicou devida-
mente este efeito e com isso ganhou o Prêmio Nobel.
Uma das dúvidas que se tinha a respeito era que quanto mais se diminuía a intensidade do feixe de luz o
efeito ia desaparecendo e a respeito da frequência da fonte luminosa também intrigava muito os cientistas,
pois ao reduzir a frequência da fonte abaixo de um certo valor o efeito desaparecia (chamado de frequência de
corte), ou seja, para frequências abaixo deste valor independentemente de qualquer que fosse a intensidade,
não implicava na saída de nenhum único elétron que fosse da placa metálica.
Mais tarde Einstein com a teoria dos fótons explicou que, a intensidade de luz é proporcional ao número de
fótons e que como consequência determina o número de elétrons a serem arrancados da superfície da placa
metálica e, quanto maior a frequência maior é a energia adquirida pelos elétrons assim eles saem da placa e
abaixo da frequência de corte, os elétrons não recebem nenhum tipo de energia, assim não saem da placa.

Placa metálica incidida por luz e perdendo elétrons devido o efeito fotoelétrico.
Espelhos Planos

Fonte:www.infoescola.com
Características da imagem:
-mesma distância que o objeto
-mesma altura
12 https://www.infoescola.com/fisica/efeito-fotoeletrico/

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-direita (mesmo sentido que o objeto)
-inversa
-virtual
Espelhos Esféricos
É uma calota esférica que possui uma de suas partes polida e com alto poder de reflexão. Esse espelho
pode ser classificado de acordo com a superfície refletora. Se essa for interna, o espelho é côncavo; e se a
superfície refletora é a externa, o espelho é convexo. Os espelhos esféricos, tanto côncavos quanto conve-
xos, são muito utilizados em nosso cotidiano. Nos estojos de maquiagem, nos refletores atrás das lâmpadas
de sistema de iluminação e projeção (lanternas e faróis, por exemplo), nas objetivas de telescópios, etc., são
utilizados os espelhos esféricos côncavos. Já os espelhos esféricos convexos são utilizados, por exemplo, em
retrovisores de automóveis.
Espelhos Côncavos: É toda e qualquer superfície espelhada (refletora), na forma de uma calota esférica.
O espelho esférico pode ser côncavo ou convexo, dependendo da face onde se encontra a superfície refletora.
Se a parte espelhada for interna, o espelho chama-se côncavo.
Se a parte espelhada for externa, então o espelho é convexo.
Vejamos como devem ser feitos os raios de luz para a formação da imagem:

Fonte:www.infoescola.com
Vamos analisar cada caso

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Objeto entre o centro de curvatura e o foco

Características da imagem
-invertida
-depois do centro de curvatura
-maior que o objeto
-real
Objeto depois do centro de curvatura

Características da imagem
-entre o centro de curvatura e o foco
-menor que o objeto
-invertida
-real
Objeto no centro de curvatura

Características da imagem:
-Real
-invertida
-imagem no centro de curvatura
-mesmo tamanho do objeto
Objeto entre o foco e o vértice

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Características da imagem:
-virtual
-direita
-maior que o objeto
Espelhos Convexos
Proporcionam um amplo campo de visão

Fonte:www.infoescola.com

Características da imagem:

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-virtual
-menor
-direita
Lentes esféricas convergentes
- Em uma lente esférica com comportamento convergente, a luz que incide paralelamente entre si é refrata-
da, tomando direções que convergem a um único ponto.
- Tanto lentes de bordas finas como de bordas espessas podem ser convergentes, dependendo do seu índi-
ce de refração em relação ao do meio externo.
- O caso mais comum é o que a lente tem índice de refração maior que o índice de refração do meio externo.
Nesse caso, um exemplo de lente com comportamento convergente é o de uma lente biconvexa (com bordas
finas):

Já o caso menos comum ocorre quando a lente tem menor índice de refração que o meio. Nesse caso, um
exemplo de lente com comportamento convergente é o de uma lente bicôncava (com bordas espessas):

Lentes esféricas divergentes


Em uma lente esférica com comportamento divergente, a luz que incide paralelamente entre si é refratada,
tomando direções que divergem a partir de um único ponto. Tanto lentes de bordas espessas como de bordas
finas podem ser divergentes, dependendo do seu índice de refração em relação ao do meio externo. O caso
mais comum é o que a lente tem índice de refração maior que o índice de refração do meio externo. Nesse
caso, um exemplo de lente com comportamento divergente é o de uma lente bicôncava (com bordas espessas):

Já o caso menos comum ocorre quando a lente tem menor índice de refração que o meio. Nesse caso, um
exemplo de lente com comportamento divergente é o de uma lente biconvexa (com bordas finas):

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Fonte: www.brasilescola.com
Óptica da Visão
Na Física, o estudo do comportamento dos raios luminosos em relação ao globo ocular é conhecido como
óptica da visão. Para entender a óptica da visão será necessário estudar, anteriormente, a estrutura do olho
humano.
Nossos olhos são constituídos de vários meios transparentes que levam os raios luminosos até a retina
(onde se formam as imagens).
Observe a figura abaixo:

Na óptica da visão é importante entender a função das partes mais importantes na formação de imagens no
globo ocular. Vamos ver estas partes e suas funções:
O cristalino funciona como uma lente convergente biconvexa.
A pupila funciona como um diafragma, controlando a quantidade de luz que penetra no olho.
Os músculos ciliares alteram a distância focal do cristalino, comprimindo-o.
A retina é a parte do olho sensível à luz. É nesta região que se formam as imagens.
Para que o olho consiga formar uma imagem com nitidez, um objeto é focalizado variando-se a forma do
cristalino. Essa variação da distância focal do cristalino é feita pelos músculos ciliares, através de uma maior ou
menor compressão destes sobre o cristalino. Esse processo é chamado de acomodação visual.

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O sistema óptico do globo ocular forma uma imagem real e invertida no fundo do olho, mais precisamente na
retina. Como esta região é sensível à luz, as informações luminosas são transformadas em sinais elétricos que
escoam pelo nervo óptico até o centro da visão (região do cérebro). O cérebro trata de decodificar estes sinais
elétricos e nos mostrar a imagem do objeto focalizado.

Fonte: www.fisioterapiaparatodos.com
Pela figura acima, nota-se que as pessoas que possuem miopia, tem um olho mais longo, formando a ima-
gem antes e com a lente divergente, forma a imagem no foco.
As pessoas que tem hipermetropia, tem olhos longos, formando a imagem depois do foco e com a lente
convergente a imagem fica correta.
E o astigmatismo torna a imagem distorcida.
Adaptação visual
Chama-se adaptação visual a capacidade apresentada pela pupila de se adequar a luminosidade de cada
ambiente, comprimindo-se ou dilatando-se. Em ambientes com grande luminosidade a pupila pode atingir um
diâmetro de até 1,5mm, fazendo com que entre menos luz no globo ocular, protegendo a retina de um possível
ofuscamento. Já em ambientes mais escuros, a pupila se dilata, atingindo diâmetro de até 10mm. Assim a inci-
dência de luminosidade aumenta no globo ocular, possibilitando a visão em tais ambientes.
Acomodação visual
As pessoas que tem visão considerada normal, emétropes, têm a capacidade de acomodar objetos de dis-
tâncias de 25 cm em média, até distâncias no infinito visual.
Ponto próximo
A primeira distância (25cm) corresponde ao ponto próximo, que é a mínima distância que um pessoa pode
enxergar corretamente. O que caracteriza esta situação é que os músculos ciliares encontram-se totalmente
contraídos.
Neste caso, pela equação de Gauss:
+
Considerando o olho com distância entre a lente e a retina de 15mm, ou seja, p’=15mm:
Neste caso, o foco da imagem será encontrado 14,1mm distante da lente.
Ponto remoto
Quanto à distância infinita, corresponde ao ponto remoto, que a distância máxima alcançada para uma
imagem focada. Nesta situação os músculos ciliares encontram-se totalmente relaxados.
Da mesma forma que para o ponto próximo, podemos utilizar a equação de Gauss, para determinar o foco
da imagem.
No entanto, é um valor indeterminado, mas se pensarmos que infinito corresponde a um valor muito alto,
veremos que esta divisão resultará em um valor muito pequeno, podendo ser desprezado. Assim, teremos que:
Muitas vezes não temos muitos dados no exercício, fala simplesmente em ampliação. Ex: o objeto foi au-
mentado em 2 vezes.

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Para isso, utilizamos a fórmula:

Onde:
I=tamanho da imagem
O=tamanho do objeto
P’=distância da imagem até o vértice
P=distância do objeto até o vértice
F=distância focal
Ilusão de Óptica
Ilusão de óptica são imagens que enganam momentaneamente o cérebro deixando o inconsciente confuso e
fazendo com que este capte ideias falsas, preenchendo espaços que não ficam claros à primeira vista. Podem
ser fisiológicas quando surgem naturalmente ou cognitivas quando se cria com artifícios visuais. Uma das
mais famosas imagens, que causa ilusão de óptica, foi criada em 1915 pelo cartunista W. E. Hill. Nesta figura
duas imagens podem ser vistas. Uma é uma garota, posicionada de perfil olhando para longe, a outra é o rosto
de uma senhora idosa que olha para o chão.

Instrumentos Ópticos13
Lupa

É o instrumento óptico de ampliação mais simples que existe. Sua principal finalidade é a obtenção de
imagens ampliadas, de tal maneira que seus menores detalhes possam ser observados com perfeição. A lupa,
também é chamada de microscópio simples e consiste em uma lente convergente, logo, cria imagens virtuais.
Em linhas gerais, qualquer lente de aumento pode ser considerada como uma lupa. Há tipos que constam de
13 Por ZILZ, Denis

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um suporte contendo a lente, uma armação articulada, onde é colocada a lâmina que contém o objeto a ser
observado e um espelho convergente (o condensador) para concentrar os raios luminosos sobre o objeto. Este
deve ser colocado a uma distância da lente, menor que a distância focal da mesma. Há uma condição para que
a imagem formada seja nítida. De acordo com o foco objeto da lente usada como lupa, temos uma distância
mínima de visão nítida. Se a lente for colocado próximo a um objeto numa distância menor que a sua distância
mínima de visão nítida, a imagem não será visível.
Luneta

As lunetas astronômicas são instrumentos ópticos de aproximação, são usadas na observação de objetos
muitos distante. As lunetas astronômicas são instrumentos formados por dois sistemas ópticos distintos: uma
lente objetiva de grande distância focal que proporciona uma imagem real e invertida do objeto observado, e
uma lente ocular com distância focal menor que proporciona uma imagem virtual e invertida do objeto. Os dois
sistemas são colocados nas extremidades opostos de um conjunto de tubos concêntricos, que se encaixam um
nos outros fazendo variar à vontade o comprimento do conjunto a fim de focar melhor objeto a ser observado.
As lunetas de grande porte e alta capacidade de ampliação são dotadas de uma luneta menor pesquisadora, já
que as primeiras possuem um campo de visão. A principal diferença entre as lunetas astronômicas e terrestres
é, além do porte, a posição da imagem. Aquelas apresentam a imagem final invertida, e essas apresentam a
imagem na posição real do objeto já que possuem sistemas de lentes adicionais entre a objetiva e a ocular.
Microscópio

O microscópio composto, ou simplesmente, microscópio, é um instrumento óptico utilizado para observar re-
giões minúsculas cujos detalhes não podem ser distinguidos a olho nu. É baseado no conjunto de duas lentes.
A primeira é a objetiva que é fortemente convergente (fornece uma imagem real e invertida) e possui pequena
distância focal, fica voltada para o objeto e forma no interior do aparelho a imagem do mesmo. A segunda é
ocular também com pequena distância focal, menos convergente que a objetiva, permite ao observador ver
essa mesma imagem, ao formar uma imagem final virtual e direita. Essas lentes são colocadas diametralmente
em extremidades opostas de um tubo, formando o conjunto chamado de canhão. O sistema que permite o afas-
tamento ou aproximação do conjunto ocular – objetiva permite uma melhor visualização do campo observado
ao focalizá-lo.

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Câmera Fotográfica

A câmera fotográfica como um instrumento óptico de projeção, se baseia no princípio de que um objeto visto
através de uma lente convergente, a uma distância maior que a distância da mesma, produz uma imagem real
e invertida, e mais ainda: seu tamanho é inversamente proporcional à distância foco objeto. A lente ou sistema
de lente empregada recebe o nome de objetiva. É importante que a imagem seja projetada sobre o filme, se a
mesma se formar antes ou depois do filme teremos uma foto fora de foco. Por isso, ajusta-se as lentes objetivas
a fim de que obtenha-se uma imagem nítida. Quando em foco, a imagem que formada no filme fotográfico é
real e invertida.
Binóculos

É um instrumento de óptica, com lentes, que possibilitam um grande alcance da visão. É composto por um
par de tubos, interligados por um sistema articulado, sendo que cada tubo possui igualmente uma lente objetiva
(que fica na extremidade do binóculos, mais próxima do objeto a ser visto) e uma lente ocular (que fica mais
próxima dos olhos) e entre elas, um sistema de prismas. Há ainda um sistema de foco, situado entre os tubos
do binóculo.
Há dois tipos de prisma, que definem a qualidade da imagem e o preço do binóculo. O prisma Roof é o tipo
mais complexo e é mais caro. Os binóculos que possuem este sistema, tem os tubos retos, como os telescó-
pios. O prisma Porro é mais simples, mas tem melhor percepção da profundidade, isto porque as objetivas não
estão alinhadas com as oculares. Elas ficam mais afastadas entre si.
O binóculo primitivo era de uma objetiva com uma lente convergente no meio de duas lentes divergentes
e uma lente ocular de sentido inverso. Atualmente é constituído de uma lente ocular e de outra objetiva ba-
seada nas lunetas astronômicas, onde é utilizado o método poli prisma. Esse equipamento é adequado para
visualização terrestre, marítima e, em alguns casos, astronômica. Como é utilizada a visão dos dois olhos em
simultâneo, ao olhar-se por um binóculo tem-se uma percepção da profundidade da cena, ou seja, visão tridi-
mensional: pode-se notar a largura, altura e profundidade. As lunetas e telescópios não tem essa capacidade.
- A qualidade da imagem de um binóculo depende de cinco fatores:
- Alinhamento da ótica
- Qualidade das lentes
- Qualidade dos prismas

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- Tratamento dado às superfícies dos óticos
- Estabilidade mecânica do corpo e do mecanismo de focalização.
Os binóculos possuem dois números impressos em seu corpo, do tipo: 7x50, 12x60, 20x70. O primeiro nú-
mero significa a magnificação (ou aumento) e o segundo, o tamanho (em milímetros) da objetiva. Quanto maior
a objetiva, mais luz entra e melhor será a visualização das imagens. Os modelos que possuem lentes coloridas
(vermelhas) recebem esse acabamento para diminuir a reflexão, sendo um tratamento antirreflexo, permitindo
diminuir as aberrações cromáticas. No máximo, apenas ajudam a “quebrar” o excesso de luz em ambientes
como praia ou montanhas com neve.

Exercícios

1. (PETROBRAS – Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO) Com base na segunda lei de Newton,
se a um corpo de 50 kg de massa é aplicada uma força de 1,0 kN, esse corpo é acelerado de
(A) 10 cm/s²
(B) 20 cm/s²
(C) 10 m/s²
(D) 20 m/s²
(E) 50 cm/s²
2. (ETAM – Técnico de Projetos Navais – BIO-RIO) Dois blocos A e B, de massas respectivamente iguais
a 4,0 kg e 2,0 kg, estão dispostos sobre um plano horizontal conforme a figura abaixo.

O conjunto é empurrado por uma força , de módulo 30 N, aplicada horizontalmente sobre o bloco A. O atrito
entre os blocos e o plano horizontal deve ser desprezado. A intensidade da força que o bloco B exerce sobre
o bloco A é:
(A) 10N
(B) 20N
(C) 30N
(D) 40N
3. (SEE/AC – Professor de Matemática e Física – FUNCAB) Uma força de 2 N atua empurrando um corpo
de 4 kg. A aceleração com que esse corpo se movimenta será, portanto, em unidades do SI, de:
(A) 1,0.
(B) 0,6.
(C) 0,5.
(D) 2,0.
(E) 0,0.
4. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior – CESGRANRIO) Um
bloco de 10 kg sobe com velocidade constante um plano inclinado. Outro bloco de 8,0 kg está conectado ao
primeiro através de um fio e de uma roldana ideais, conforme mostra a Figura abaixo.

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O módulo, em N, da força de atrito entre o bloco de 10 kg e o plano inclinado é
Dados Aceleração da gravidade = 10 m/s2
sen 30° = 0,50
cos 30° = 0,87
(A) 70
(B) 30
(C) 50
(D) 80
(E) 87
5. (PC/SP – Perito Criminal – VUNESP) No campo de provas de uma montadora de automóveis há uma
pista horizontal e retilínea. Durante a realização de um teste, um de seus veículos, de massa total 1 200 kg,
incluindo a do motorista, parte do repouso e atinge a velocidade de 144 km∕ h ao fim de um percurso de 400 m.
Se o movimento do veículo é realizado com aceleração constante, a força resultante sobre ele tem intensidade,
em newtons, de
(A) 3600
(B) 4800
(C) 2400
(D) 1800
(E) 1200
6. (PETROBRAS – Técnico de Química Júnior – CESGRANRIO) Um objeto está descendo um plano in-
clinado com velocidade constante. Nesse movimento,
(A) há uma força resultante diferente de zero agindo sobre o objeto.
(B) a força peso do objeto não está realizando trabalho.
(C) o atrito do objeto com o plano tem valor idêntico ao da projeção da força peso do objeto na direção do
movimento.
(D) a energia cinética do objeto está aumentando.
(E) não há atrito agindo sobre o objeto.
7. (PC/SP – Técnico de Laboratório – VUNESP) Um acidente fatal em uma estrada fez com que um veículo
caísse por uma ribanceira. No local, um guincho começava a subir o carro até o nível da pista.

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Já com o carro acidentado conectado ao guincho, o perito que acompanhava a retirada do veículo teve sua
atenção voltada para um objeto sobre a rampa e, para averiguar, solicitou a interrupção da subida do carro, que
já se encontrava a meio caminho da pista. Sendo T a tração no cabo do guincho, N a força de reação normal
da rampa sobre o carro e P o peso do carro, a tração imposta ao cabo na situação de equilíbrio tem seu valor
calculado por
(A) T = P
(B) T = 3/4. N
(C) T = N + P
(D) T = 3/5. P
(E) T = N
8. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior – CESGRANRIO) Um
bloco de madeira de massa M está em repouso sobre um plano inclinado de um ângulo θ em relação à hori-
zontal, num local onde a aceleração da gravidade é g. Desprezando-se os efeitos do ar, o módulo da força de
atrito estático sobre o bloco é
(A) M g cos θ
(B) M g sen θ
(C) M g (sen θ / cos θ)
(D) M g (cos θ / sen θ)
(E) M g (sen θ + cos θ)
9. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior – CESGRANRIO). Três
cubos que são designados por 1, 2 e 3 têm massas iguais a, respectivamente, M1 , M2 e M3 , sendo M1 >
M2 > M3 . Os cubos são empilhados sobre um plano horizontal com o cubo 1 apoiado sobre o plano, o cubo 2
apoiado sobre a face superior do cubo 1, e o cubo 3 apoiado sobre a face superior do cubo 2. O conjunto está
em repouso num local onde a aceleração da gravidade é g.
Desprezando-se os efeitos do ar, a reação normal de apoio da face superior do cubo 1, em módulo, é
(A) (M2 - M1 + M3) g
(B) (M2 - M3) g
(C) (M2 + M3) g
(D) (M1 - M3) g
(E) (M2 + M1 - M3) g
10. Um carrinho de massa m1 = 2,0 kg, deslocando-se com velocidade V1 = 6,0 m/s sobre um trilho horizon-
tal sem atrito, colide com outro carrinho de massa m2 = 4,0 kg, inicialmente em repouso sobre o trilho. Após a
colisão, os dois carrinhos se deslocam ligados um ao outro sobre esse mesmo trilho. Qual a perda de energia
mecânica na colisão?
(A) 0 J
(B) 12 J
(C) 24 J
(D) 36 J
(E) 48 J
11. Uma partícula se move com velocidade uniforme V ao longo de uma reta e choca-se frontalmente com
outra partícula idêntica, inicialmente em repouso. Considerando o choque elástico e desprezando atritos, pode-
mos afirmar que, após o choque:
(A) as duas partículas movem-se no mesmo sentido com velocidade V/2.
(B) as duas partículas movem-se em sentidos opostos com velocidades – V e + V.

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(C) a partícula incidente reverte o sentido do seu movimento, permanecendo a outra em repouso.
(D) a partícula incidente fica em repouso e a outra se move com velocidade v.
(E) as duas partículas movem-se em sentidos opostos com velocidades – v e 2v.
12.Um corpo de massa m1 = 4,0 kg se move com v1 = 2,0 m/s. Ele se choca com um corpo de massa m2 =
1,0 kg, que se move com v2 = -14,0 m/s. Após a colisão, os dois corpos seguem grudados um ao outro. Qual é
a velocidade final dos corpos?
(A)6,0 m/s
(B) 12 m/s
(C) -6,0 m/s
(D) -1,2 m/s
(E) -10 m/s
13.Dois patinadores de mesma massa deslocam-se numa trajetória retilínea com velocidades respectiva-
mente iguais a 8m/s e 6 m/s. O patinador mais rápido persegue o outro. Ao alcançá-lo, salta verticalmente e
agarra-se às suas costas, passando os dois a se deslocarem com a mesma velocidade V. Calcule V.
(A)8,0 m/s
(B) 14 m/s
(C) 7,0 m/s
(D) 7,5m/s
(E) 6,0 m/s
14.Dois corpos A e B, de massa respectivamente iguais a 2 kg e 6 kg, movimentam-se sobre uma mesma
trajetória retilínea, no mesmo sentido com velocidades vA = 4 m/s e vB = 1 m/s, onde o atrito é desprezível.
Sabendo-se que os corpos realizam uma colisão perfeitamente elástica, determine suas velocidades após o
choque.
(A) v’A = 2,5 m/s e v’B = 0,5 m/s.
(B) v’A = 1,5 m/s e v’B = 2,5 m/s.
(C) v’A = 2,0 m/s e v’B = 2,5 m/s.
(D) v’A = 0,5 m/s e v’B = 2,0 m/s.
(E) v’A = 0,5 m/s e v’B = 2,5 m/s.
15. Qual a energia interna de 1,5 mols de um gás perfeito na temperatura de 20°C? Considere R=8,31 J/
mol.K.
(A)8,31
(B)5,47
(C)3,0
(D)293
(E)55
16. Quando são colocados 12 moles de um gás em um recipiente com êmbolo que mantém a pressão igual
a da atmosfera, inicialmente ocupando 2m³. Ao empurrar-se o êmbolo, o volume ocupado passa a ser 1m³.
Considerando a pressão atmosférica igual a 100000N/m², qual é o trabalho realizado sob o gás?
(A)1000
(B)20000
(C)240
(D)-1000

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(E)100
17.Uma transformação é dada pelo gráfico abaixo:

Qual o trabalho realizado por este gás?


(A)9.106
(B) 3.105
(C)9.105
(D) 18.104
(E) 8.105
18. (UNIVALI - SC) Uma máquina térmica opera segundo o ciclo de Carnot entre as temperaturas de 500K e
300K, recebendo 2 000J de calor da fonte quente. O calor rejeitado para a fonte fria e o trabalho realizado pela
máquina, em joules, são, respectivamente:
(A) 500 e 1 500
(B) 700 e 1 300
(C) 1 000 e 1 000
(D) 1 200 e 800
(E) 1 400 e 600
19. (PETROBRAS-TÉCNICO DE OPERAÇÃO JÚNIOR- CESGRANRIO) Uma máquina térmica opera com
rendimento de 35%. A quantidade de calor que a máquina recebe da fonte de calor quente é 1.000 J. Qual é a
quantidade de calor, em J, que a máquina cede à fonte de calor fria?
(A) 650
(B) 538
(C) 350
(D) 286
(E) 186

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20. (PETROBRAS- TÉCNICO DE OPERAÇÃO JÚNIOR-CESGRANRIO)

Um gás ideal sofre uma expansão reversível partindo do estado inicial A e evoluindo até o estado final C.
Esse processo pode ser realizado por meio de três caminhos diferentes, conforme mostrado no gráfico acima.
O caminho 1 consiste em uma expansão isobárica (AB), seguido de um processo isovolumétrico (BC). O cami-
nho 2 consiste na expansão AC e o caminho 3 em um processo isovolumétrico AD, seguido de uma expansão
isobárica (DC). Com relação à quantidade de calor recebido, afirma -se que,
(A) no percurso 1, ABC, o gás recebe a maior quantidade de calor.
(B) no percurso 2, AC, o gás recebe uma quantidade maior de calor.
(C) no percurso 3, ADC, o gás recebe a maior quantidade de calor.
(D) nos percursos 1 e 2, a quantidade de calor trocada é a mesma.
(E) nos percursos 2 e 3, a quantidade de calor trocada é a mesma.
21. (PETROBRAS – Engenheiro de Petróleo Júnior – CESGRANRIO) Um reservatório de base retangular
é preenchido com água até uma altura h. Se a pressão manométrica máxima suportada pela base do reserva-
tório é de 25 kPa, a altura h máxima, em metros, para o nível da água é
Dados :Massa específica da água = 1.000 kg/m3
Aceleração da gravidade = 10 m/s2
(A) 1,0
(B) 1,5
(C) 2,0
(D) 2,5
(E) 4,0
22 (ETAM – Técnico de Projetos Navais – BIO-RIO/2015) Na cidade de Boituva, a 122 km da capital pau-
lista, os passeios de balão são comuns. A figura a seguir ilustra um desses passeios.

Considere que o balão, durante a decolagem, esteja sob ação exclusiva das forças peso e em empuxo, cujos
módulos são, respectivamente, P e E. A relação correta entre os módulos destas forças para que o balão des-
creva um movimento vertical, para cima e com velocidade crescente, durante a decolagem, é:
(A) E<P

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(B) E=P
(C) E>P
(D) E+P=0
23. (UFF – Técnico em Equipamento Médico – Odontológico – COSEAC/2015) Na figura abaixo, os pis-
tões possuem áreas A1=50 cm² e A2=30 cm²

Sendo a massa de um corpo colocado sobre o pistão de A1 igual a 80kg, desprezando-se os pesos dos
pistões e considerando que o sistema está em equilíbrio estático, a massa do corpo colocado sobre o pistão de
A2 deverá ser, em kg, de
(A) 80
(B) 55
(C) 36
(D) 48
(E) 18
24 O sangue flui da aorta para as artérias maiores, as artérias menores, os vasos capilares e as aveias até
atingir o átrio direito. Durante este processo, a pressão (manométrica) cai de cerca de 100 torr para zero. Se a
vazão volumétrica é 800 mL/s, determine a resistência total do sistema circulatório.
25. Uma placa circular com diâmetro igual a 0,5m possui um peso de 200N, determine em Pa a pressão
exercida por essa placa quando a mesma estiver apoiada sobre o solo.
26. Determine o peso em N de uma placa retangular de área igual a 2m² de forma a produzir uma pressão
de 5000Pa.
27. Na figura apresentada a seguir, os êmbolos A e B possuem áreas de 80cm² e 20cm² respectivamente.
Despreze os pesos dos êmbolos e considere o sistema em equilíbrio estático. Sabendo-se que a massa do
corpo colocado em A é igual a 100kg, determine a massa do corpo colocado em B.

28. As mangueiras, assim como os tubos, são linhas utilizadas na hidráulica móbil e estacionária. Sua utili-
zação é aconselhada quando se pretende
(A) conduzir fluidos líquidos ou gases; absorver vibrações; e reduzir drasticamente o nível de ruído na linha.
(B) transferir o calor do fluido para o ambiente; absorver vibrações; e compensar e/ou dar liberdade de mo-
vimentos.

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(C) conduzir fluidos líquidos ou gases; absorver vibrações; e compensar e/ou dar liberdade de movimentos.
(D) transferir o calor do fluido para o ambiente; reduzir drasticamente o nível de ruído na linha; e compensar
e/ou dar liberdade de movimentos.
29. Demonstre que líquidos imiscíveis colocados num tubo em U se dispõem de modo que as alturas, medi-
das a partir da superfície de separação, sejam inversamente proporcionais às respectivas densidades.
30. Uma bomba transfere óleo diesel em um reservatório à razão de 20 m3/h. Qual é o volume do reserva-
tório, sabendo-se que ele está completamente cheio após 3 horas de funcionamento de bomba.

31 (Unitau-SP) Um corpo de massa m, ligado a uma mola de constante elástica k, está animado de um mo-
vimento harmônico simples. Nos pontos em que ocorre a inversão no sentido do movimento:
(A) são nulas a velocidade e a aceleração
(B) são nulas a velocidade e a energia potencial
(C) o módulo da aceleração e a energia potencial são máximas
(D) a energia cinética é máxima e a energia potencial é mínima
(E) a velocidade, em módulo, e a energia potencial são máximas
32 Um oscilador massa-mola, cuja massa é 1 kg, oscila a partir de sua posição de equilíbrio. Sabendo que a
constante elástica da mola é 60 N/m, calcule a velocidade angular e a frequência desse oscilador.
33 Dada a função horária da elongação:

Sabendo que todos os valores se encontram em unidades do SI responda


Qual a amplitude do movimento?
Qual a pulsação do movimento?
Qual o período do movimento?
Qual a fase inicial do movimento?
Quando t=2s qual será a elongação do movimento?
34.Qual a força exercida em um oscilador massa-mola de amplitude 0,3m, com massa 0,5kg, tendo um pe-
ríodo de 3 segundos, no momento em que sua elongação é máxima?
35. Qual deve ser a constante elástica de uma mola para que, quando colocada em um oscilador massa-mo-
la horizontal, considerando a força máxima admissível igual a 100N, suporte um movimento de uma massa de
2kg em uma amplitude de 1m?
36.Qual o período e a frequência de um pêndulo simples, que tem comprimento de 0,25m? Considere
g=10m/s².
37.Um pêndulo com massa m = 100 g e comprimento L é posto a oscilar com pequenas amplitudes.
O período mensurado foi T = 1 s. Considere g = 9,8 m/s².

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Determinar:
a. O comprimento L deste pêndulo.
b. Qual seria o período deste pêndulo quando colocado a oscilar na superfície da Lua, onde a aceleração da
gravidade é 1,63 N/kg (m/s²)?
38. (UFG) O gráfico mostra a posição, em função do tempo, de uma partícula em movimento harmônico
simples no intervalo de tempo entre 0 e 4 segundos. A equação da posição em função do tempo para esse mo-
vimento é dada por x = a.cos(w.t + φ0). A partir do gráfico, encontre os valores das constantes a, w e φ
0.

Analisando o gráfico percebemos que a posição do móvel que se encontra em mhs oscila entre os pontos 2
e -2. Logo, a amplitude do movimento equivale a 2m.
39.Uma partícula descreve uma trajetória circular com velocidade angular constante. A projeção ortogonal
desse movimento sobre um diâmetro da circunferência descrita é um movimento
(A) retilíneo uniforme.
(B) harmônico simples.
(C) retilíneo uniformemente acelerado.
(D) retilíneo uniformemente retardado.
(E) harmônico acelerado.
40. A função horária da posição de uma partícula que realiza um Movimento Harmônico Simples (MHS) é: x =
A cos(ωt + φ). A figura a seguir apresenta o gráfico da função horária da posição de uma partícula que descreve
um MHS segundo um certo referencial. Qual a função horária da posição dessa partícula com dados no (SI)?

41. (PETROBRAS – Técnico de Química Júnior – CESGRANRIO) As especificações técnicas de uma


torradeira estabelecem que, ao ser conectada a uma tomada de 120 V, a torradeira tem uma corrente de 10 A
por ela percorrida. 
Qual é, em ohm, o valor estimado para a resistência dessa torradeira?
(A) 1200
(B) 12
(C) 1,2

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(D) 0,1
(E) 0
42. (COBRA TECNOLOGIA – Técnico de Operações – Equipamentos – ESPP) Dado o circuito abaixo,
sendo R1 = 4 ohms e R2 = 6 ohms, calcule It, I1 e I2:

(A) It=5A, I1=3 A, I2=2A.


(B) It=3A, I1=2 A, I2=1A.
(C) It=6A, I1=2 A, I2=3A.
(D) It=2A, I1=1 A, I2=2A.
43. (PC/DF – Papiloscopista Policial – FUNIVERSA) Para mostrar a função e a forma como resistores po-
dem ser arranjados dentro de um circuito elétrico, um instrutor do laboratório de perícia papiloscópica montou o
circuito ilustrado abaixo. Após uma análise desse circuito, o instrutor solicitou aos estudantes que determinas-
sem a resistência equivalente da combinação mostrada.

Com base nesse caso hipotético e no circuito ilustrado, assinale a alternativa que apresenta o valor da re-
sistência equivalente.
(A) 41 Ω
(B) 40 Ω
(C) 36 Ω
(D) 24 Ω
(E) 18 Ω
44. (IF/PR - Técnico em laboratório – CETRO) Dispõe-se de três resistores iguais de resistência elétrica
6,0Ω. Vamos associá-los, primeiro, em série e, depois, em paralelo. Chamemos de is a corrente que percorre
a associação em série sob tensão de 180V e designemos por ip a corrente que percorre a associação dos três
resistores em paralelo sob a mesma tensão de 180V. Por motivo de segurança, imaginemos um fusível antes da
associação em série e antes da associação em paralelo. Assinale a alternativa que apresenta o melhor fusível
a ser comprado para poder usar em qualquer uma das associações.
(A) 10A
(B) 90A
(C) 80A
(D) 50A
(E) 60A

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45. (SEDUC/PI – Professor – NUCEPE) As unidades de intensidade de corrente elétrica, tensão elétrica e
resistência elétrica, bem como seus respectivos aparelhos de medição, são:
(A) respectivamente ampère (A), volt(V) e Ohm(Ω), medidos por amperímetro, voltímetro e ohmímetro.
(B) respectivamente volt (V), ampère(A) e Ohm(Ω), medidos por amperímetro, ohmímetro e voltímetro.
(C) respectivamente Ohm(Ω), volt(V), ampère(A) medidos por ohmímetro, amperímetro e voltímetro.
(D) respectivamente ampère (A), Ohm(Ω) e volt(V) medidos por ohmímetro, amperímetro e voltímetro.
(E) respectivamente ampère (A), volt(V) e Ohm(Ω) medidos por ohmímetro, voltímetro e amperímetro.
46. (PETROBRAS – Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO) Se três lâmpadas de mesma resistên-
cia (R) são conectadas, em paralelo, a uma fonte de alimentação V, a corrente que passa por cada lâmpada é
expressa por
(A) V/R
(B) 3V/R
(C) V/(3R)
(D) 2V/R
(E) V/(2R)
47. (PC/SP – Perito Criminal – VUNESP) Duas lâmpadas idênticas, de especificações 15 W – 220 V cada,
são ligadas em paralelo a uma rede elétrica alimentada por uma fonte de tensão de 220 V. A intensidade da
corrente elétrica através de cada lâmpada será, em ampéres, mais próxima de
(A) 0,05.
(B) 0,07.
(C) 0,03.
(D) 0,10.
(E) 0,14.
48. (POLITEC/MT – Perito Criminal – FUNCAB) A intensidade de corrente elétrica que atravessa o gerador
ideal do circuito abaixo, quando a chave C estiver fechada, é de:

(A) 6A
(B) 3A
(C) 7A
(D) 4A
(E) 2A
49. (SEC/PI – Professor – NUCEPE) A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou no mês de
fevereiro o aumento na taxa extra das bandeiras tarifárias cobrada nas contas de luz quando há aumento no
custo de produção de energia no país. Em caso de bandeira vermelha, que vigora atualmente em todo país e
sinaliza que está muito caro gerar energia, passará a ser cobrada nas contas de luz uma taxa extra de R$ 5,50
para cada 100 kWh. Supondo que em uma residência alimentada com uma tensão de 220 V, mora uma família
com 4 membros e que cada um costuma tomar um banho com duração de 30 minutos por dia no chuveiro elé-

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trico cuja potência é de 5400 W, a taxa extra que esta família irá pagar na conta mensal decorrente dos 30 dias,
no que se refere apenas ao uso do chuveiro elétrico, será de:
(A) R$ 5,50.
(B) R$ 11,00.
(C) R$ 16,50.
(D) R$ 22,00.
(E) Já que não atingiu os 100 KWh no mês, a família não irá pagar taxa extra.
50. (PETROBRAS – Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO)
Considere o circuito elétrico esquematizado na figura abaixo.

Qual é, aproximadamente, em A, a intensidade da corrente que atravessa a fonte?


(A) 0,50
(B) 0,71
(C) 0,91
(D) 2,4
(E) 5,9
51. (Unesp) A luz visível é uma onda eletromagnética, que na natureza pode ser produzida de diversas ma-
neiras. Uma delas é a bioluminescência, um fenômeno químico que ocorre no organismo de alguns seres vivos,
como algumas espécies de peixes e alguns insetos, onde um pigmento chamado luciferina, em contato com o
oxigênio e com uma enzima chamada luciferase, produz luzes de várias cores, como verde, amarela e verme-
lha. Isso é o que permite ao vaga-lume macho avisar, para a fêmea, que está chegando, e à fêmea indicar onde
está, além de servir de instrumento de defesa ou de atração para presas. As luzes verde, amarela e vermelha
são consideradas ondas eletromagnéticas que, no vácuo, têm:
(A) os mesmos comprimentos de onda, diferentes frequências e diferentes velocidades de propagação.
(B) diferentes comprimentos de onda, diferentes frequências e diferentes velocidades de propagação.
(C) diferentes comprimentos de onda, diferentes frequências e iguais velocidades de propagação.
(D) os mesmos comprimentos de onda, as mesmas frequências e iguais velocidades de propagação.
(E) diferentes comprimentos de onda, as mesmas frequências e diferentes velocidades de propagação.
52. (Ufpr) O primeiro forno de micro-ondas foi patenteado no início da década de 1950 nos Estados Unidos
pelo engenheiro eletrônico Percy Spence. Fornos de micro-ondas mais práticos e eficientes foram desenvolvi-
dos nos anos 1970 e a partir daí ganharam grande popularidade, sendo amplamente utilizados em residências
e no comércio. Em geral, a frequência das ondas eletromagnéticas geradas em um forno de micro-ondas é de
2450 MHz. Em relação à Física de um forno de micro-ondas, considere as seguintes afirmativas:

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1. Um forno de micro-ondas transmite calor para assar e esquentar alimentos sólidos e líquidos.
2. O comprimento de onda dessas ondas é de aproximadamente 12,2 cm.
3. As ondas eletromagnéticas geradas ficam confinadas no interior do aparelho, pois sofrem reflexões nas
paredes metálicas do forno e na grade metálica que recobre o vidro da porta.
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
(B) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
(C) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
(D) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
(E) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
53. (UFPR) O primeiro forno de micro-ondas foi patenteado no início da década de 1950 nos Estados Unidos
pelo engenheiro eletrônico Percy Spence. Fornos de micro-ondas mais práticos e eficientes foram desenvolvi-
dos nos anos 1970 e a partir daí ganharam grande popularidade, sendo amplamente utilizados em residências
e no comércio. Em geral, a frequência das ondas eletromagnéticas geradas em um forno de micro-ondas é de
2450 MHz. Em relação à Física de um forno de micro-ondas, considere as seguintes afirmativas:
Um forno de micro-ondas transmite calor para assar e esquentar alimentos sólidos e líquidos.
O comprimento de onda dessas ondas é de aproximadamente 12,2 cm.
As ondas eletromagnéticas geradas ficam confinadas no interior do aparelho, pois sofrem reflexões nas pa-
redes metálicas do forno e na grade metálica que recobre o vidro da porta.
(A) Somente alternativa A é verdadeira;
(B) Somente afirmativa 2 é verdadeira;
(C) Somente afirmativa 3 é verdadeira;
(D) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras;
(E) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
54. A respeito das ondas são feitas as seguintes afirmações: I) Quando percutida, a corda do violão vibra
formando uma onda estacionária que se move praticamente a 340 m/s. II) Reduzindo sua velocidade, uma onda
estará, ao mudar de meio, sofrendo o fenômeno da refração mesmo sem mudar sua direção de propagação.
III) No vácuo todas as ondas eletromagnéticas caminham com uma mesma velocidade, independentemente de
sua frequência. É(são) correta(s) a(s) afirmativa(s):
(A) somente I e II.
(B) somente I e III.
(C) somente II e III.
(D) somente I.
(E) somente II.
55. Em um forno de micro-ondas são produzidas ondas com frequências de 2,5 x 109 Hertz e de natureza
eletromagnéticas, as quais são absorvidas por ressonância pelas moléculas dos alimentos, resultando no seu
aquecimento. Com relação a essas ondas, é correto afirmar:
01) Se a velocidade das ondas do interior do forno é de 3.108 m / s, elas têm comprimento de onda igual a
0,12m.
02) As micro-ondas têm a mesma natureza que os raios X, raios alfa, beta, gama, e ondas de rádio.
04) As micro-ondas deixariam de se propagar no interior do forno se nele fosse feito vácuo.
08) São ondas transversais que propagam energia e somente se propagam no vácuo.
16) Se aumentarmos a frequência desta onda, sua velocidade dentro do micro-ondas aumentaria.

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32) No vácuo se aumentarmos o comprimento de onda a frequência diminuirá.
56. (EEAR – Sargento – Controlador de Tráfego Aéreo – AERONÁUTICA/2015) O Distintivo da Orga-
nização Militar (DOM) da EEAR está diante de um espelho. A imagem obtida pelo espelho e o objeto estão
mostrados na figura abaixo.

De acordo com a figura, qual o tipo de espelho diante do DOM?


(A) côncavo
(B) convexo
(C) delgado
(D) plano
57. (VUNESP) Para observar uma pequena folha em detalhes, um estudante utiliza uma lente esférica con-
vergente funcionando como lupa. Mantendo a lente na posição vertical e parada a 3 cm da folha, ele vê uma
imagem virtual ampliada 2,5 vezes.

Considerando válidas as condições de nitidez de Gauss, a distância focal, em cm, da lente utilizada pelo
estudante é igual a
(A) 5.
(B) 2.
(C) 6.
(D) 4.
(E) 3.

58. (POLITEC/MT – Perito Criminal – FUNCAB) Afigura a seguir mostra um raio de luz incidindo sobre um

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espelho plano. Qual o valor do ângulo de reflexão desse raio?

(A) 60°
(B) 25°
(C) 37°
(D) 45°
(E) 53°
59. (SECU/PI – Professor – Física – NUCEPE/2015) Sobre a refração e reflexão da luz considere as se-
guintes proposições:
I - Quando a transmissão da luz de um meio para outro é acompanhada de mudança de velocidade, dizemos
que houve refração da luz.
II - A primeira lei da refração diz que o raio incidente, o raio refratado e a normal, no ponto de incidência,
estão contidos no mesmo plano.
III - Reflexão é o fenômeno óptico que consiste no fato de a luz voltar a se propagar no meio de origem, após
incidir sobre um objeto ou superfície.
Responda mediante o código:
(A) se somente I for correta.
(B) se somente II for correta.
(C) se somente III for correta.
(D) se somente I e III forem corretas.
(E) se I, II e III forem corretas.
60. (SEE/AC – Professor de matemática e Física – FUNCAB) O ângulo de incidência de um raio de luz em
um espelho plano é 30. O ângulo entre o raio refletido e a superfície do espelho será, portanto, de:
(A) 30º
(B) 50º
(C) 60º
(D) 80º
(E) 10º

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Gabarito e Resoluções

Gabarito
1. D / 2. A / 3. C / 4. B / 5. C / 6. C / 7. D / 8. B / 9. C
10.C / 11. D / 12. D / 13.C / 14.E
15. B / 16. D / 17. D / 18 D / 19. A / 20 A
1. Resposta: D.
F=ma
1000=50a
a=20m/s²
2. Resposta: A.

30 = (4+2) a
30 = 6a
a = 5 m/s²
Voltando em B> F = 2x5 = 10N
3. Resposta: C.
F=ma
2=4a
a=0,5 m/s²
4. Resposta: B.

T = Fat+Px
Px = Psenθ = 10.10.0,5 = 50N
A tração é igual ao peso do bloco pendurado
T = mg = 8.10 = 80N
Substituindo na equação:
80 = Fat+50
Fat = 80-50 =30N

5. Resposta: C.

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V²=v0²+2a∆S
40²=0²+2a.400
1600=800a
a=2m/s²
F=ma
F=1200.2=2400N
6. Resposta: C.

Como é velocidade constante, as forças devem ser iguais.


Px = Fat
7. Resposta: D.

Como está em equilíbrio:


T = Px
Px = P.senθ
Podemos aplicar teorema de Pitágoras no triângulo
Hip²=3²+4²
Hip²=25
Hip=5
Portanto o sen θ = 3/5
8. Resposta: B.
Como está em repouso:
Px = Fat
Fat = m.g.senθ
9. Resposta: C.

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N1=P2+P3
N1=m2g+m3g
N1=(m2+m3) g
15. Resposta: B.
Primeiramente deve-se converter a temperatura da escala Celsius para Kelvin:

A partir daí basta aplicar os dados na equação da energia interna:

16. Resposta: D.
Sabemos que o trabalho de um gás perfeito em uma transformação isobárica é dado por:

Substituindo os valores na equação:

O sinal negativo no trabalho indica que este é realizado sob o gás e não por ele.
17. Resposta: C.
O trabalho realizado pelo gás é igual a área sob a curva do gráfico, ou seja a área do trapézio azul.
Sendo a área do trapézio dado por:

Então, substituindo os valores temos:

18. Resposta: D.
Calculando o calor da fonte quente:
Q2 = T2

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Q1    T1
2000 = 500
  Q1     300
2000 = 1,67
  Q1
Q1 = 2000
         1,7
Q1 = 1198 J
Por aproximação, podemos considerar a resposta como 1200 J.
Calculando o trabalho:
Q2 - Q1 = T
2000 - 1200 = T
T = 800J
19. Resposta: A
O rendimento é:     r = 1 - {Q2 / Q1}
35 %    e’      escrito como     35/100
35 / 100 = 1 - [Q2 / 1000]
 Q2 = 1000 - 350 
                       . : .   Q2 = 650 J
20. Resposta: A.
Através do gráfico, verifica-se que quanto maior a distância, maior o espaço de expandir, maior será a tem-
peratura, consequentemente maior quantidade de calor.
21. Resposta: D.
P=ρgh
25000=1000x10xh
H=2,5 m
22. Resposta: C.
Dado que o balão sobe, o Empuxo tem que ser maior que o peso.
23. Resposta: D.
F2=24000/50=480N
F=mg
480=m.10
M=48kg
24. Resposta:
= x x= 16,61 KPa.s/m3

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25.Resposta

26. Resposta

27.Resposta

28.Resposta:C
29. Resposta:
A pressão no ponto A é igual à pressão no ponto B (mesma horizontal e mesmo líquido):
pA = pB
Mas:
pA = pATM + d1gh1
pB = pATM + d2gh2
Assim:
pATM + d1gh1 = pATM + d2gh2
d1h1 = d2h2
30. Resposta:
Temos que Q = 20 m3/h
t=3h
V=?
Q = V/t V = Q x t

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V = 20 x 3
V = 60 m3
31 Resposta
Quando ocorre a inversão do sentido do movimento harmônico simples, a velocidade é nula e, consequen-
temente, a energia cinética também. Porém, a energia mecânica transforma-se completamente em energia
potencial, que, por sua vez, assume seu máximo valor. Nesse instante, a aceleração também atinge seu valor
máximo.
32 Resposta
Dados:
m = 1kg
k = 60 N/m
Calculamos a velocidade angular a partir da seguinte equação:
ω = √k
√m
ω = √60
√1
ω = 7,74 rad/s
Agora, determinamos a frequência:
ω=2πf
7,74 = 2 π f
f = 7,74

f = 1,23 Hz
33 Resposta
Retirando o valor da equação, com unidades do SI temos: A=3m

Retirando o valor da equação, com unidades do SI temos:


Conhecendo a pulsação e sabendo que:

Igualando os valores:

Aplicando o valor na equação temos:

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34 Resposta
Utilizando a equação:

Lembrando que:

E que, no momento onde a elongação é máxima:


x=A
Podemos escrever a equação da força:

35 Resposta
Utilizando a equação da força, lembrando que para osciladores massa-mola a constante k equivale a cons-
tante elástica da mola temos:

Para este caso utilizaremos os valores de alongação máxima (amplitude) e de maior força admissível (lem-
brando que esta será restauradora, portanto, negativa), assim:

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36 Resposta
Utilizando a equação:

Substituindo os valores dados:

Sabendo que a frequência é igual ao inverso do período:

37 Resposta
Decomposição das forças agindo sobre o corpo que oscila.
A partir da equação, T L = 2π g, o comprimento do pêndulo em estudo pode ser determinado. Elevando ao
quadrado essa expressão, obtemos:

Diferentemente do sistema massa-mola, onde o período não depende da gravidade, no pêndulo simples ele
é fundamental. Em particular, um pêndulo não oscila numa região onde inexista gravidade. No caso da Lua, o
período é dado por:

Donde inferimos que o mesmo pêndulo, quando colocado a oscilar na Lua, teria um período de TLua = 2,46
s.

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38 Resposta
Velocidade angular w = 2.π.f
f = 1/T = 1/4 Hz
w = 2.(1/4).π
w = π/2 rad/s
A fase inicial é dada por
X = a.cos(wt + π}
X = 2.cos ([π/2].t + π
Analisando graficamente, temos que: T = 4s
w = 2. π.f = 2.π.1/4 = ½]
39 Resposta: B
40 Resposta:
-0,1 cos (π/2 t + 3π/2)
41. Resposta: B.
U=Ri
120=R.10
R=12
42. Resposta: A.
12=2,4.i
I=5A
R1.i1=R2.i2
E como it=5A
Temos que i1=3A e i2=2A
43. Resposta: A.
R=24+5+12=41Ω
44. Resposta: B.
Em série: 6+6+6=18Ω
180=18i
I=10A
Em paralelo:
180=2i
I=90A
Portanto, o fusível tem que ser de 90 para poder suportar as duas montagens.
45. Resposta: A.
46. Resposta: A.
Lâmpadas em paralelo:
Req=R/3
U=Ri
Como é paralelo a corrente tem que ser dividida:

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V=R.3i
I=V/R
47. Resposta: B.
R=3226,67
U=Ri
220=3226,67 i
I=0,068A
Aproximadamente i=0,07A
48. Resposta: A.
R=5
Como a outra resistência está em série: 5+5=10
U=Ri
60=10i
I=6A
49. Resposta: C.
E=2700
Como são 4 membros:
2700x4=10800
E 30 dias: 10800x30=324000 Wh=324 kWh
Portanto, a cada 100kWh tem um custo de R$5,50, foram consumidos 3 vezes esse valor: 5,50x3=16,50
50. Resposta: C.
Devemos somar as resistências 10 e 20, pois estão em série: 10+20=30Ω
Assim, ficamos em paralelo:
R=15Ω
Assim, ficamos novamente em série de 15+40=55Ω
U=Ri
50=55i
I=0,909
I=0,91A
51. Resposta: C.
No vácuo, todas as radiações eletromagnéticas têm a mesma velocidade (c).
O comprimento de onda é inversamente proporcional à frequência. Como radiações diferentes possuem
deferentes frequências, os comprimentos de onda também são diferentes.
52. Resposta: E.
Analisando cada uma das proposições:
1. Falsa. O aquecimento ocorre devido à fricção entre as moléculas de água contidas no alimento, que ten-
dem sempre a se orientar na direção de um campo elétrico de direção variável aplicado pelo magneto.
2. Verdadeira.
Dados: f = 2.450 MHz = 2,45 109 Hz.

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Considerando a velocidade de propagação das micro-ondas no interior do forno, v = c = 3 .10 na 8 m/s, da
equação fundamental da ondulatória, temos:
Λ = v/f
Λ= 3. 10 na 8/ 2,45.10 na 9
Λ= 0,122 m
Λ= 12,2 cm
3. Verdadeira. As micro-ondas são refletidas nas paredes para evitar vazamentos, aumentando a segurança
do aparelho e a sua eficiência, além de propiciar o aquecimento homogêneo dos alimentos, também favorecido
pela rotação do prato.
53. Resposta: E.
54. Resposta: C.
55. Resposta: 35 (1+2+32).
Comentários
56. Resposta: C.
Como foi visto na teoria, o espelho convexo tem a imagem virtual, direita e menor.
57. Resposta: A.
P’=-7,5cm
58.Resposta: E.
O ângulo de reflexão seria de 90-37=53°= ângulo de reflexão.
59. Resposta: E.
Refração: a luz incide e atravessa a superfície, continuando a se propagar no outro meio.
Os raios incidente, refratado e a normalmente são coplanares, ou seja, estão no mesmo plano.
60. Resposta: C.
90-30=60º

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