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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO CEARÁ - IFCE


CAMPUS CEDRO
DEPARTAMENTO DE FÍSICA

FÍSICA S2

APRESENTAÇÃO DO MATERIAL

O presente material contém uma junção dos conteúdos ministrados e expostos durante o
semestre 2021.2 da disciplina de Física. O intuito principal do referente material é dá suporte aos alunos
que possuem dificuldade ou falta de acesso as plataformas digitais durante o período de afastamento
ou demais casos particulares.

Este material inclui uma breve revisão literária, do capítulo de estudo do livro didático (Física
Aula por Aula 01 - Mecânica) abordando os conceitos das Leis de Newton e suas de forma simples e
resumida para melhor compreensão. Nesta revisão se detalha os tópicos apresentados nas aulas online,
assim como os direcionamentos expostos durante o período, como por exemplo, links de vídeos aulas
sobre os temas e aplicativos que levam os alunos a aprimorarem ou treinarem o aprendido, e por fim
em anexo as atividades direcionadas como forma de complementar o material.

Professor: Romário N. Braz Contatos: romario.braz@ifce.edu.br


Leis de Newton e suas Aplicações

Dinâmica é a parte da física que estuda os movimentos e as suas causas. Agora iremos observar
quais as causas dos movimentos, o por quê de eles acontecerem.

Uma das principais palavras que nos vem à cabeça ao pensar em causa do movimento a palavra
FORÇA, então vamos estudar sobre a principal grandeza desse ramo e que é a Força!

 Força

Definindo FORÇA, temos que é uma grandeza vetorial capaz de alterar o estado de movimento ou de
repouso das coisas.
“Professor, quer dizer que, quando um objeto está em repouso, não há forças atuando sobre ele?”
Calma, calma! Essa pergunta deveria ser feita mais para frente! Quando falar- mos das três Leis
de Newton, guarde um pouquinho para daqui a pouco!
Então... Voltando à Força, temos que a Unidade no Sistema Internacional é o N (Newton), em
homenagem ao grande Isaac Newton, pai da Dinâmica!
Outro item importante é que ela pode ser com ou sem contato, veja alguns exemplos:

força de contato: Força de Atrito, Força de Tração, Força Normal;

força sem contato: Força Peso, Força Elétrica, Força de Atração Gravitacional entre os Corpos.

Adiante iremos falar um pouco mais sobre essas forças após apresentar as 3 Leis de Newton.

 As Leis de Newton

As leis de Newton fundamentam a base da Mecânica Clássica. São um conjunto de três leis capazes
de explicar a dinâmica que envolve o movimento dos corpos. Essas leis foram publicadas pela primeira
vez pelo físico inglês Isaac Newton, no ano de 1687, em sua obra de três volumes intitulada Princípios
Matemáticos da Filosofia Natural.
 1ª Lei de Newton

A 1ª Lei de Newton, também conhecida como Lei da Inércia, pode ser entendida com essa tirinha:

Então, por definição: “um corpo em repouso tende a permanecer em repouso e um corpo em
movimento tende a continuar em movimento retilíneo e uniforme”.

“Opa, Professor, Movimento Retilíneo e Uniforme, aquele que a velocidade é constante e a


aceleração é zero!”

Show de bola, futuro(a) servidor(a)! É exatamente assim, note que, na tirinha, a pedra aplica a
força somente no skate, então o skatista continua em MRU.
Fisicamente falando, a 1ª Lei de Newton pode ser descrita como:

Traduzindo, se o somatório das Forças que agem em um corpo (Força Resultan- te) for igual a zero,
ele estará em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme.
Agora você pode fazer aquela pergunta do início da aula:

“Professor, quer dizer que, quando um objeto está em repouso, não há forças atuando sobre ele?”

Observe que a 1ª Lei de Newton já responde a essa pergunta, ou seja, um corpo em repouso pode ter forças
agindo sobre ele, porém o seu somatório (Força Resultante) é zero.

 2ª Lei de Newton
A 2ª Lei de Newton também é conhecida como o Princípio Fundamental da Dinâmica.

Vamos tentar entender da seguinte forma: se eu aplico uma força de módulo (intensidade) F em
um corpo em repouso e de massa m, ele vai se movimentar com aceleração a.
Se eu duplico a intensidade da minha força 2F e a aplico no mesmo corpo de massa m, o que você
entende que acontecerá? Acertou se pensou que a aceleração será duplicada.

E a ideia continua a mesma, se triplicar a força, a aceleração nesse mesmo corpo triplicará, por
fim, se eu aplicar a metade da força, a aceleração também ficará na metade.
Ou seja, podemos concluir que a Aceleração adquirida por um corpo de massa m será diretamente
proporcional à Força aplicada nele.

Logo, podemos enunciar a 2ª Lei de Newton como:

Em que Fr é o somatório das Forças aplicadas em um corpo, m é a massa e a é a aceleração


adquirida.
Lembrando que m é uma grandeza escalar e sua unidade no SI é o quilograma (kg). Ah, outra coisa,
a Força Resultante e a aceleração terão a mesma direção e o mesmo sentido

 3ª Lei de Newton

A 3ª Lei de Newton, também conhecida como o Princípio da Ação e Reação, pode ser enunciada
da seguinte forma:

“Toda ação corresponde a uma reação, de mesmo módulo, mesma direção e sentidos
opostos.”

Se um corpo A exerce uma força em um corpo B, o corpo B exerce uma força no corpo A:

- com a mesma intensidade (mesmo valor numérico);


- com a mesma direção (na mesma reta);
- com sentidos opostos (setas apontando para lados diferentes).

Exemplos:

1) Soco em parede: 2) Combustível de um foguete:


3) Natação / barco a remo: 4) Pessoa andando:

Entre algumas aplicações da 2ºLei de Newton temos:

 FORÇA PESO

A Força Peso é do tipo sem contato e nada mais é do que a força de atração que a Terra aplica no
nosso corpo.
Ela sempre será voltada para o centro da Terra, então observando os corpos abaixo, vamos aplicar
a Força Peso em cada um deles.

Olha aí, nos três casos, a Força Peso sempre será voltada para o centro da Terra, independente da
superfície! Note, ainda, que o corpo não precisa estar em contato com a Terra para que a Força Peso aja
nele!
Toda matéria atrai matéria. Quanto maior é a massa dos corpos e quanto menor é a distância entre eles,
maior é a força de atração. Esta força é chamada de força da gravidade.
Obs.: a força da gravidade é muito pequena, por isso ela só é sentida em corpos com massa muito
grande, como planetas e outros corpos celestes.

 Força peso (P): é a força da gravidade que os planetas (e outros corpos celestes) exercem em
corpos próximos a sua superfície.

 Fórmula da força peso:

P=m.g
Onde:
P = peso do corpo (em Newtons)
m = massa do corpo (em kg)
g = aceleração da gravidade do local (em m/s2)

 Diferenças entre peso e massa:


- a massa é uma medida da quantidade de matéria de um corpo / o peso é uma força atuando
no corpo.
- a massa só depende do corpo / o peso depende do corpo e do local.
- a massa é medida em kg / o peso é medido em N (Newtons).

 FORÇA ELÁSTICA

A Força Elástica Fel é aquela decorrente de uma liga, mola, elástico e etc. Essa Força surge quando
comprimimos ou esticamos tais objetos.
Tem como características ser uma Força Restauradora e contrária aomovimento.

a) Mola em equilíbrio

b) Mola comprimida

c) Mola estendida

Observe que a Força Elástica sempre será oposta ao movimento e é chamada de restauradora,
pois tende a colocar o corpo no seu estado de equilíbrio.
Robert Hooke observou em seus experimentos que a Força Elástica é direta- mente proporcional à
deformação sofrida pela mola., daí a Lei de Hooke.

Em que K é a constante elástica da mola, medida em N/m e x é a deformação sofrida por ela.

 PLANO INCLINADO

O plano inclinado é a representação de um plano que possui certo ângulo em relação à


superfície horizontal. Em decorrência disso, a direção das forças que atuam nesse corpo é alterada
e, assim, é necessário trabalhar com notação vetorial para descobrir os valores dessas forças.
Analisemos o comportamento de um bloco de massa m apoiado sobre um plano inclinado de
ângulo ? em relação à horizontal; desprezemos os atritos.

Conforme podemos observar na figura, as forças que atuam sobre esse corpo são:
* P : força de atração gravitacional (força PESO);
* N : força de reação ao contato do bloco com a superfície de apoio (força NORMAL).

Para simplificarmos a análise matemática desse tipo de problema, costumamos decompor as


forças que atuam sobre o bloco em duas direções:
* tangente: paralela ao plano inclinado (chamaremos de direção X);
* normal: perpendicular ao plano inclinado (chamaremos de direção Y).
Assim, ao decompormos a força peso P temos:
* PX : componente tangencial do peso do corpo; responsável pela descida do bloco;
* PY : componente normal do peso; é equilibrado pela reação normal N
são obtidos a partir das relações da figura:
 MOVIMENTO CIRCULAR

Movimento Circular Uniforme:

O movimento circular uniforme (MCU) é o movimento cuja trajetória é um círculo


e a velocidade é constante. Elementos de um MCU:

Período (T): É o tempo gasto para o móvel


Tempo
efetuar uma volta. T  Voltas

Freqüência (f): É o número de voltas dadas no tempo. Voltas


f  Tempo

Observações:
- As unidades de medida de período são as unidades de medida de tempo. No SI, a
unidade é o segundo (s).
- As unidades de medida de freqüência mais conhecidas são o RPM (rotações por
minuto) e o Hz (Hertz), sendo o Hz a unidade do SI.

1 RPM = 1 volta por minuto 1 Hz = 1 volta por segundo

- A freqüência é o inverso do período: 1


f

Velocidade: No movimento circular, quando falamos de velocidade, podemos estar nos


referindo à variação da distância no tempo ou à variação do ângulo no tempo.

- Velocidade escalar (ou velocidade tangencial): É a variação da distância no tempo:

Lembrando que, em uma volta, a distância percorrida é igual ao perímetro do círculo e o tempo gasto
é igual ao período, teremos então:
- Velocidade ângular: É igual ao ângulo percorrido num intervalo de tempo: É representada
pela letra grega ω.(ômega).

Lembrando que, em uma volta, o ângulo percorrido vale 360° ou 2π.rad (rad = radianos).
Teremos:

Aceleração centrípeta: É a variação da direção da velocidade no tempo. Como já vimos, é dada por:

Força Centrípeta: É a força responsável por desviar a trajetória do corpo num movimento curvilíneo,
ou seja, é a força responsável pela aceleração centrípeta.

- A força centrípeta é igual à soma das forças que atuam na direção do raio da curva.
- A força centrípeta é perpendicular à velocidade e aponta para o centro da curva
(ou seja, tem a mesma direção e sentido da aceleração centrípeta).
- A força centrípeta também pode ser dada por:

Onde: Fc é a força centrípeta, m é a massa do objeto que está se movendo na


trajetória circular, v é a velocidade desse objeto e R, é o raio da curva.
 SUGESTÕES DE LINKS DE VÍDEO AULAS SOBRE O ASSUNTO
DEBATIDO.

 Vídeo aula sobre Leis de Newton


Link: https://www.youtube.com/watch?v=BiN4H98DIhM

 Vídeo aula sobre 3º lei de Newton e força peso


Link: https://www.youtube.com/watch?v=xCFpmPmB3Dk

 Vídeo aula sobre Força elástica e força de atrito


Links: https://www.youtube.com/watch?v=XpvQ7fFo2I0 e
https://www.youtube.com/watch?v=M0YKQtzV41w

 Vídeo aula sobre Plano Inclinado.


Links: https://www.youtube.com/watch?v=6kvPaFhPwVI

 Vídeo aula sobre Força centrípeta.


Links: https://www.youtube.com/watch?v=fboSjfGB1So&t=274s

 SUGESTÕES DE APLICATIVOS PARA OS ESTUDOS DOS CONTEÚDOS


DEBATIDOS.

 FísicaMaster
 FidicaQuiz
 Física Interativa

 SUGESTÕES DE APOSTILA:
Apostila do professor HÉRICO AVOHAI, do curso Gran Cursos online.
Esse material possui um banco de questões junto de explicações sucintas sobre todo o
conteúdo debatido.
 EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO

1. O motorista vai de encontro ao vidro porque:


a) o motorista exerce uma força em si mesmo que o joga para a frente;
b) o carro exerce uma força no motorista que o joga para a frente;
c) a gravidade exerce uma força no motorista que o joga para a frente;
d) a velocidade do motorista se mantém constante devido à força que o carro exerce nele;
e) a velocidade do motorista se mantém constante sem que nenhuma força o empurre.

2. O carro para porque:


a) não existe força para que ele continue o movimento;
b) ele vai perdendo força ao longo do movimento;
c) a inércia do carro faz com que ela pare;
d) o solo exerce forças no carro contrárias ao movimento.

3. A função de um cinto de segurança durante uma freada é:


a) cancelar a força que o carro exerce no motorista, produzindo uma desaceleração no motorista;
b) cancelar a força que o carro exerce no motorista, mantendo a velocidade do motorista
constante;
c) fazer uma força no motorista contrária ao seu movimento, produzindo uma desaceleração no
motorista;
d) fazer uma força no motorista contrária ao seu movimento, mantendo a velocidade do motorista
constante;
e) produzir uma desaceleração no motorista, sem exercer nenhuma força.

4. Uma pessoa liga os motores de um carro e ele começa a ganhar velocidade. Quem produz a força
no carro para alterar sua velocidade?
a) as rodas do carro;
b) o motor do carro;
c) o pé do motorista;
d) a pista.

5. Em um barco a remo, os remos empurram a água para trás e o barco vai para a frente. Isto ocorre
porque:
a) a água faz uma força no barco para a frente;
b) a água faz uma força no barco para trás;
c) o remo faz uma força no barco para a frente;
d) o remo faz uma força no barco para trás;
e) o barco faz uma força em si mesmo para a frente.

6. Um astronauta possui massa de 80 kg na Terra. Sabendo que a aceleração da gravidade na Terra


vale aproximadamente 10 m/s2 e na Lua vale aproximadamente 1,6 m/s2, determine:
a) a massa do astronauta na Lua;
b) o peso do astronauta na Terra;
c) o peso do astronauta na Lua.
d) a massa e o peso do astronauta no meio do espaço, longe de quaisquer corpos celestes

7. Um saco de açúcar de 10 kg cai em direção à Terra, devido a ação da força peso. Considere a
aceleração da gravidade da Terra igual a 9,8 m/s2.

a) Qual é o valor da força peso aplicada no saco de açúcar?


b) A força peso possui força de reação? Se a resposta for sim, onde ela está aplicada, quanto ela vale
e qual é o seu sentido?
8. Os diagramas mostram um homem empurrando um cilindro por um plano inclinado acima. O
cilindro pesa 240N. A proporção da altura do triângulo à sua hipotenusa determina a força necessária
para mover o cilindro pelo plano acima, a uma velocidade uniforme.

9. (UFCE) Um automóvel se desloca em uma estrada horizontal com velocidade constante de modo
tal que os seus pneus rolam sem qualquer deslizamento na pista. Cada pneu tem diâmetro D = 0,50 m,
e um medidor colocado em um deles registra uma frequência de 840 rpm. A velocidade do automóvel
é de:

a) 3 π m/s

b) 4 π m/s

c) 5 π m/s

d) 6 π m/s

e) 7 π m/s

10. Uma roda d’água efetua 8 voltas em 25 segundos. Sabendo que o raio da roda d’água é de 0,5 m e
utilizando π = 3, determine a velocidade linear da roda em m/s.
a) 0,96 m/s
b) 0,85 m/s
c) 0,20 m/s
d) 0,50 m/s
e) 0,55 m/s

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