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ROTEIRO DE AULA
Escola: Instituto Federal do Norte de Minas Gerais
Professor: Camila Emanuele Dias Silva
E- mail: camiladias_18@hotmail.com
Disciplina: Física
Série: 1° ano
Ano: 2019
Tema: Leis de Newton
Leis de Newton
Em 1642, alguns meses após a morte de Galileu Galilei, nascia Isaac Newton.
Aos 23 anos de idade, Newton havia desenvolvido suas famosas leis do movimento,
derrubando de vez as ideias de Aristóteles que dominaram as grandes mentes por
2000 anos.
Com base nos trabalhos de Galileu, Isaac Newton elaborou três princípios que
constituem a base fundamental da Mecânica Clássica, também chamada
de Mecânica Newtoniana, justamente por ter seus pilares nos estudos de Newton.
Elas são os princípios usados para analisar o movimento dos corpos celestes, bem
como dos corpos materiais. Juntas, elas formam a base de estudos necessários para
compreensão da estática e dinâmica dos corpos materiais. As três leis foram descritas
na obra do físico inglês Isaac Newton e publicadas em 1687, no livro de três volumes
intitulado “Philosophiae Naturalis Principia Mathematica”.
A primeira lei é o estabelecimento do conceito de inércia, proposto antes por
Galileu. A segunda lei relaciona a aceleração à sua causa, a força. A terceira lei é a
bem conhecida 'Lei da Ação e Reação'.
1° Lei de Newton
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Figura 01- Representação da colisão entre carros, na qual o passageiro é arremessado para frente.
A inércia pode ser pensada como uma propriedade inata da matéria. Trata-se
de um poder de resistir, mediante o qual cada corpo, no que depender de si, continua
no seu estado presente.
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Figura 02 – Carro com aceleração realizando curva.
2° Lei de Newton
Força e aceleração são grandezas vetoriais, por isso estão representadas com
uma seta sobre as letras que as indicam. Sendo grandezas vetoriais, elas necessitam,
para ficarem totalmente definidas, de um valor numérico, de uma unidade de medida,
de uma direção e de um sentido. A direção e o sentido da aceleração será o mesmo
da força resultante. Qualquer alteração da velocidade de uma partícula é atribuída,
sempre, a um agente denominado força. Basicamente, o que produz mudanças na
velocidade são forças que agem sobre a partícula. Como a variação de velocidade
indica a existência de aceleração, é de se esperar que haja uma relação entre a força
e a aceleração. De fato, Sir Isaac Newton percebeu que existe uma relação muito
simples entre força e aceleração, isto é, a força é sempre diretamente proporcional à
aceleração que ela provoca.
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Gráfico 01- Relação entre força constante e tempo.
Figura 03- Representação do vetorial da força e da aceleração, que sempre possuem o mesmo sentido.
Figura 04 – Quanto maior a massa de um objeto, maior será a força para movê-lo.
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Desta forma, se aplicarmos a mesma força em dois corpos com massas
diferentes, o de maior massa sofrerá uma menor aceleração. Daí concluímos que o
de maior massa resiste mais as variações de velocidade, logo tem maior inércia.
Figura 06 – Representação de
várias forças atuando no corpo
em um mesmo sentido.
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No terceiro caso, a força resultante será determinada graficamente pela regra
do paralelogramo. A força resultante corresponderá ao vetor que tem origem no ponto
de aplicação das forças e a extremidade no vértice oposto do paralelogramo.
Força Peso
Ao longo da nossa vida, já ouvimos ou até mesmo falamos algo como: o peso
dessa sacola que estou carregando é de 1kg ou eu peso 50 kg. Isso é um grande
equívoco, porque peso e massa não são a mesma coisa. Podemos dizer que um quilo
é a massa da sacola e não o peso, visto que esse último termo representa uma força,
justamente a força peso.
A força peso nada mais é do que a atração com a qual o planeta atrai qualquer
corpo que está em sua superfície e é atraído por ele também (ação e reação). Você
vai entender qual é a relação entre esse conceito e a Segunda Lei de Newton quando
vir a equação que é usada para definir a força peso:
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P=força peso (N)
m=massa (kg)
a=aceleração da gravidade (m/s2)
Figura 10- Demonstração vetorial de que a força peso é sempre para baixo em direção a Terra.
Força Normal
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Contudo, quando duas superfícies estão em contato (por exemplo, uma caixa
e uma mesa) elas exercem uma força normal uma na outra, perpendicular às
superfícies de contato. Essa força normal será tão grande quanto necessário para
evitar que as superfícies penetrem uma na outra.
Força de atrito
Sempre que aplicarmos uma força a um corpo, sobre uma superfície, este
acabará parando. É isto que caracteriza a força de atrito:
• Se opõe ao movimento;
• Depende da natureza e da rugosidade da superfície (coeficiente de atrito);
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• É proporcional à força normal de cada corpo;
• Transforma a energia cinética do corpo em outro tipo de energia que é
liberada ao meio.
Onde:
Figura 14- O atrito estático pode impedir que um corpo entre em movimento.
Quando um corpo não está em movimento a força da atrito deve ser maior que
a força aplicada, neste caso, é usado no cálculo um coeficiente de atrito estático:
Então:
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Uma vez superada a iminência de movimento, tem início o deslizamento. A
partir daí, passamos a ter um atrito dinâmico entre a caixa e a superfície de apoio. A
força de atrito dinâmico é constante e possui uma intensidade dada por:
3° Lei de Newton
Figura 15- Representação das forças de ação e reação entre dois corpos.
Desse modo, quando um objeto A exerce uma força sobre um outro objeto B,
este outro objeto B vai exercer uma força de mesma intensidade, mesma direção e
sentido contrário sobre o objeto A. Assim, pode se fazer algumas considerações
acerca dessa lei:
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▪ Não existe força de ação sem a correspondente força de reação, ou seja, é
impossível a um corpo exercer força sobre outro e não sofrer a consequente
reação.
▪ As forças de ação e reação são simultâneas; não existe a possibilidade de
ocorrer a ação e depois a reação; elas ocorrem no mesmo instante.
▪ Elas podem apresentar efeitos diferentes. Por exemplo, quando uma bola bate
numa vidraça, embora o vidro e a bola sejam submetidos a forças de mesma
intensidade, as consequências podem ser desastrosas para a vidraça, mas
normalmente não são para a bola.
▪ O fato de elas apresentarem sempre a mesma intensidade, a mesma direção
e sentidos contrários não significa que elas se equilibram. Pelo contrário, isso
nunca acontece, pois elas são aplicadas em corpos diferentes. Só tem sentido
falar em forças que se equilibram quando consideramos duas ou mais forças
aplicadas a um único corpo.
Quando caminhamos, fazemos uma força sobre o solo que, por sua vez, faz
uma força sobre nosso corpo, impulsionando-o para a frente e contrabalanceando a
força.
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Referências:
POGIBIN, Alexander et al. Física em contextos. São Paulo: Editora do Brasil, 2016. 1 v.
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