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Leis de Newton
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Como foi dito antes, Newton nunca escreveu uma
equação.
Comentário
Alguns autores afirmam que a primeira lei é uma
consequência da segunda lei, pois se a força é nula um
corpo descreve movimento retilíneo uniforme.
Ou seja:
Premissa 1: Se não há força não há aceleração.
Premissa 2: Se não há aceleração então não há mudança de
velocidade.
Conclusão: Se não há força não há mudança de
velocidade.
A conclusão é que uma mudança de velocidade só pode
ocorrer se uma força está presente. Mas isto é o que a
primeira lei diz. Em outras palavras, parece que a primeira
lei pode ser derivada da segunda. Mas o argumento acima
é uma falácia. A verdade é que a primeira lei limita o
escopo da segunda lei: é uma regra independente. A chave
para entendermos o que está errado com o argumento é
entendermos o que Newton quis dizer com “força”.
Para Newton, força estava intimamente ligado ao sistema
de referência. (Newton não usou sistema de referência
como hoje o fazemos e o que vou discutir mais tarde) no
qual a aceleração era medida. Isto leva a uma assimetria
importante: uma força causa aceleração mas aceleração
pode não necessariamente ser causada por uma força. Um
objeto pode parecer estar acelerado quando na realidade é
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o sistema de referência que está acelerado. A primeira lei
define o sistema de referência no qual o conceito de força
é válido.
Para entendermos Newton precisamos entender o que ele
quis dizer no contexto dos Principia. Fazer afirmações fora
de contexto pode levar a erros.
Mas erro pior comete aqueles que dizem que a segunda lei
é apenas uma definição de força. Força pode ser definida
como, por exemplo, o esticamento causado em uma mola.
Definimos força desse modo, medimos aceleração e
verificamos que a constante de proporcionalidade é a
massa.
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segmentos de reta devido à inércia, interrompidos por
mudanças súbitas de direção por causa das aplicações
impulsivas instantâneas da força do Sol. A técnica usada
na demonstração da proposição 1 é típica da apresentação
de Newton. Ele frequentemente tratava uma força, que
variava continuamente, atuando em um corpo, como o
limite de uma sequência, ou de impulsos sucessivos ou de
forças constantes finitas, cada uma atuando durante um
intervalo de tempo pequeno. A demonstração é simples e
eu vou apresentá-la, nas palavras de Newton, para ilustrar
o método. O diagrama que a demonstração se refere é
mostrado na figura 6.4.
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triângulo SAB. Pelo mesmo argumento, se a força
centrípeta atuar sucessivamente em C, D, E, etc., e fizer o
corpo, em cada ponto isolado do tempo, descrever as retas
CD, DE, EF, etc., todas elas ficarão no mesmo plano, e o
triângulo SCD será igual ao triângulo SBC, e SDE igual a
SCD, e SEF igual a SDE. E, desse modo, em tempos
iguais, áreas iguais são descritas em um plano imóvel; e,
por composição, qualquer soma SADS, SAFS dessas áreas
estarão uma para a outra como os tempos nos quais elas
são descritas. Agora, suponhamos que o número desses
triângulos seja aumentado, e suas larguras diminuídas in
infinitum; então (corolário 4, Lema 3) seu perímetro final
ADF será uma linha curva; e portanto a força centrípeta,
pela qual o corpo é continuamente arrastado a partir da
tangente dessa curva, agirá continuamente, e quaisquer
áreas descritas SADS, SAFS, que são sempre
proporcionais aos tempos de descrição serão, também
nesse caso, proporcionais a esses tempos.
Notemos que quando Newton fala que o triângulo SBC
é igual ao triângulo SBc ele quer dizer que eles têm a
mesma área. Ele provou, assim, a segunda lei de Kepler.
Na demonstração usou as suas duas primeiras leis e a ideia
de que a força da gravidade no planeta é dirigida para o
Sol. Notemos que ele não usou o fato de que a força da
gravidade varia com o inverso do quadrado da distância. A
segunda lei de Kepler implica apenas que a força sobre o
planeta está dirigida para o Sol (Essa lei é uma
consequência da conservação do momento angular).
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Movimento de um corpo sob ação de uma força central.
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Na seção 8, Newton apresentou o cálculo de órbitas
para corpos sofrendo a ação de qualquer tipo de força
centrípeta. Na seção 9, estudou o movimento de corpos
em órbitas móveis e na seção 10, o movimento de corpos
em superfícies e o movimento oscilatório de um pêndulo.
Na seção 11, comentou que até então tratou a atração de
corpos para um centro imóvel, embora tal coisa não exista
na Natureza. Mencionou que as atrações acontecem entre
corpos e as ações do corpo que atrai e do corpo que é
atraído são recíprocas e iguais pela terceira lei. Estudou
então o movimento de dois corpos que revolvem em torno
do centro de gravidade do sistema. Newton estava ciente
de que uma órbita elíptica só acontece para um “planeta”
girando em torno de um centro fixo
Livro II
Newton estuda entre outras coisas:
- Corpo movendo em um meio homogêneo com uma resistência proporcional à velocidade.
- Nas condições acima um corpo subindo e descendo em linha reta sobre a ação da força de
gravidade considerada constante.
- Movimento de um projétil.
- Resistência proporcional ao quadrado da velocidade.
- Resistência com um termo proporcional à velocidade e outro proporcional ao quadrado da
velocidade.
- Movimento circular de um corpo em um meio resistivo.
- Movimento em um fluido. Ele define: Um fluído é um corpo cujas partes cedem a qualquer
força aplicada nele, e em assim o fazendo são facilmente deslocadas entre elas.
- Pêndulo em um meio resistivo.
- Globo movendo em um fluído.
- Movimento da água escorrendo de um vaso cilíndrico através de um furo feito no fundo do
vaso.
- Ondas em um fluído.
- Movimento circular de fluídos.
No final ele escreve:
Corpos levados em um vórtice e voltando na mesma órbita são da mesma densidade do vórtice e movem-
se de acordo com a mesma lei que as partes do vórtice, tais como a mesma velocidade e direção do
movimento.
Em seguida ele mostra que a teoria de vórtices de Descartes para o movimento planetário está
em desacordo com as leis de Kepler.
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Proposição 24. Teorema 19.
A velocidade que uma dada força pode gerar em uma dada matéria em um dado tempo é
diretamente proporcional à força e ao tempo, e inversamente à quantidade de matéria. Isto
resulta da segunda lei do movimento (nota em notação moderna: F = mv/t, então v é
proporcional à Ft/m). Agora se os pêndulos são de mesmos comprimentos, a razão entre as
forças motivas em lugares igualmente distantes da perpendicular são proporcionais à razão entre
os pesos: portanto se dois corpos oscilando descrevem arcos iguais, e estes arcos são divididos
em partes iguais; como os tempos em que os corpos descrevem cada parte correspondente dos
arcos são proporcionais ao tempo total de oscilação, as velocidades nas partes correspondentes
estão uma para a outra como às forças motivas e ao tempo total da oscilação e inversamente às
quantidades de matérias (v ¿ FT/m). Portanto as quantidades de matéria são proporcionais às
forças e aos tempos de oscilação, e inversamente proporcionais às velocidades (m ¿ FT/v). Mas
velocidades são inversamente proporcionais aos tempos (v¿ 1/t) e, portanto, os tempos são
diretamente e as velocidades inversamente proporcionais aos quadrados dos tempos. Portanto,
as quantidades de matéria são proporcionais às forças motivas e aos quadrados dos tempos (m
¿ Ft2), isto é, aos pesos e aos quadrados dos tempos.
As medidas de Galileu usando o plano inclinado foram muito imprecisas. Note que ele
usava batidas de pulso para medir o tempo.
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O período de movimento de um pêndulo cônico (pêndulo simples em pequenas
oscilações) é igual a πt, onde t é o tempo que ele cai livremente de uma altura duas
vezes o comprimento do pêndulo.
Se temos
o que implica .
Um corpo caindo de uma altura h em 1 segundo:
ou
A altura que um corpo pesado atravessa, ao cair durante o tempo de um segundo, está
para a metade do comprimento desse pêndulo, assim como, na razão dupla, a
circunferência do círculo está para seu diâmetro.
Newton diz um pêndulo com l = 3,059 pés parisienses tem o período de 2 segundos.
Então h= 15,0956 pés parisienses.
Livro III
Newton começa o livro 3 com as seguintes regras:
Regra 1: Não devemos admitir mais causas para coisas naturais do que aquelas que são
verdadeiras e suficientes para explicar o fenômeno.
Regra 2: A efeitos naturais da mesma espécie, as mesmas causas devem ser assinaladas, tanto
quanto possível.
Observação: No que se segue vou resumir, mas Newton escreve por extenso sem usar a palavra
“leis de Kepler”.
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Fenômeno 1: Diz que os planetas em torno de Júpiter satisfazem às segunda e terceira leis de
Kepler e apresenta dados de observações.
Fenômeno 2: Diz o mesmo para cinco satélites de Saturno (descobertos entre 1665 e 1684).
Fenômeno 3: Diz que os cinco planetas, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno giram em
torno do Sol. Usa o argumento de fases para Mercúrio e Vênus, e argumento parecido para os
outros planetas (Face completa próximo de conjunção com o Sol e face gibbous (equivalente a
lua nova) em quadratura). Aqui ele não faz menção a Terra girando em torno do Sol.
Fenômeno 4: Diz que os planetas satisfazem a terceira lei de Kepler e apresenta dados de
observação.
Proposição 1: Diz que as forças pelos quais os planetas giram em torno de Júpiter são
proporcionais ao inverso do quadrado da distância. Diz que isto decorre do fenômeno 1 e da
segunda ou terceira proposição, e do sexto corolário da quarta proposição do livro I.
Nas proposições 2 e 3, ele diz o mesmo para os planetas e a Lua.
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Lua. Assim, um corpo na superfície da Terra caindo sob a ação daquela força deveria,
em um minuto, cair (a partir do repouso) 606015 1/12 pés de Paris, ou seja, cair 15 1/12
pés de Paris em um segundo. Das experiências feitas por Huygens utilizando o pêndulo,
(discutida antes) Newton deduziu que (na latitude de Paris) um corpo, na superfície da
Terra, caía a partir do repouso quase que exatamente a distância acima em um segundo.
A partir desse resultado, concluiu que era a força da gravidade terrestre que mantinha a
Lua em sua órbita.
A seguir, usando a regra de que “aos mesmos efeitos naturais devemos, tanto quanto
possível, atribuir as mesmas causas”, generalizou a sua proposição afirmando que os
satélites de Júpiter e Saturno eram atraídos para esses planetas, e os planetas para o Sol,
por uma força gravitacional. Escreveu que, a força que mantém os corpos celestes em
órbitas, que até então ele havia chamado de força centrípeta, passaria a se chamar
gravidade.
Na proposição 5 ele diz que a força de atração para os satélites de Júpiter e Saturno e para os
planetas do sistema solar é a força da gravidade. Diz que são fenômenos da mesma espécie que
a rotação da Lua em torno da Terra e usa a regra 2. Ele comenta que os planetas atraem uns aos
outros. Diz que a força que até aqui ele chamou de centrípeta, ele vai passar a chamar de
gravidade.
A proposição 6 diz:
Todos os corpos gravitam para cada planeta e os pesos dos corpos dirigidos para cada
um desses planetas, a distâncias iguais do centro do planeta, são proporcionais à
quantidade de matéria que o corpo contém.
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pesos. Por outro lado, se os satélites de Júpiter caíssem para o planeta a partir da mesma
distância eles percorreriam distâncias iguais em tempos iguais, da mesma forma como
aconteceria com os planetas em relação ao Sol. Mas forças que aceleram igualmente
corpos diferentes devem estar umas para as outras como as massas dos corpos. Ou seja,
os pesos dos planetas em relação ao Sol devem ser proporcionais à quantidade de
matéria dos planetas. Caso contrário, se algum desses corpos fosse mais fortemente
atraído para o Sol em proporção à sua quantidade de matéria, o movimento seria
perturbado pela desigualdade da atração. O peso de cada parte de um planeta dirigido
para qualquer outro planeta é proporcional à quantidade de matéria da parte, pois se
uma parte gravitasse mais e outras menos (em relação as suas quantidades de matéria) o
planeta como um todo, dependendo do tipo de partes que mais abunda, gravitaria mais
ou menos do que em proporção à quantidade de matéria do todo, conclui.
No corolário 1, Newton mostrou que os pesos dos corpos não dependem de suas
formas ou texturas. No corolário 2, afirmou que, universalmente, todos os corpos na
Terra gravitam para ela e os pesos desses corpos, a distâncias iguais do centro da Terra,
estão uns para os outros na mesma razão que as quantidades de matéria que eles contêm.
Ele acreditava que todos os corpos eram altamente porosos e que os poros eram
esvaziados de ar. No corolário 3, escreveu:
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encontramos o resultado importante de que, duas esferas homogêneas atraem uma à
outra com uma força inversamente proporcional ao quadrado da distância entre os seus
centros, ou seja, a lei de atração do inverso do quadrado aplica-se não somente aos
corpos celestes, mas também às partículas que os compõem. Na proposição 9, Newton
escreveu que a força da gravidade diminui da superfície de um planeta para dentro em
proporção direta à distância do centro. Desse modo, concluiu que a gravidade é uma
força completamente universal, mas não apresentou uma equação matemática para os
seus resultados. Foi somente no séc XVIII que Laplace escreveu a equação na forma
como hoje a conhecemos:
F=GMm /r 2 .
O valor numérico da constante G foi calculado, em 1798, por Henry Cavendish (1731-
1810) usando uma balança de torsão.
Na proposição 12 Newton diz que o Sol se move em um movimento incessante, mas nunca se
afasta do centro comum de gravidade de todos os planetas. Na proposição 13 ele diz que os
planetas movem em elipse com o Sol ocupando um dos focos. Ele comenta que é o centro do
sistema Terra-Lua que move em elipse, exceto por pequenas perturbações devidas aos outros
planetas. Ele comenta também na ação de Júpiter sobre Saturno e fornece alguns valores para
correções.
Na proposição 19 Newton mostra que a Terra não é uma esfera, mas um esferoide oblato. Nas
proposições 24 a 38 lida com o movimento da Lua e explica as marés. Na proposição 39 explica
a precessão dos equinócios e em seguida faz um longo estudo do movimento de cometas.
No escólio Geral Newton diz que a hipótese de vórtices apresenta muitas dificuldades e ele
mostra as inconsistências quando aplicada ao movimento dos planetas. Ele diz que não foi capaz
de deduzir as propriedades da gravidade a partir de fenômenos e não faz hipóteses. Aquilo que
não é deduzido de fenômenos deve ser chamado de hipótese, e hipóteses, sejam físicas ou
metafísicas, sejam qualidades ocultas ou mecânicas, não tem lugar na filosofia experimental.
Nesta filosofia, proposições são deduzidas dos fenômenos, e tornadas gerais pela indução.
Newton em uma carta para Richard Bentley em 1692 comentando sobre a força da gravidade:
Que a gravidade deve ser inata, inerente e essencial à Matéria, tal que um corpo possa agir sobre outro à
distância através de um Vacuum, sem a mediação de uma outra coisa, e através do qual sua Ação ou
Força possa ser levada de um ao outro é para mim um absurdo tão grande, que eu penso que nenhum
homem que tem em matérias filosóficas uma faculdade competente de raciocínio pode acreditar nisso.
Gravidade deve ser causada por um agente agindo constantemente de acordo com certas Leis; mas se este
agente é material ou imaterial eu deixo para a consideração de meus leitores.
Sistemas inerciais
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dinâmica do movimento leva à ideia de um “sistema inercial”, ou seja, a um sistema de
referência relativo ao qual movimentos têm propriedades dinâmicas distintas. Por esta
razão um sistema inercial é um sistema de referência espacial junto com um meio para
medir o tempo, tal que movimento uniforme possa ser distinguido do movimento
acelerado.
Newton escreveu no Corolário 5 do livro I:
Quando corpos estão confinados em um dado espaço, seus movimentos em relações uns aos outros são os
mesmos se o espaço está em repouso ou se ele está se movendo uniformemente em linha reta sem
movimento circular.
Tendo em vista o corolário 5, parece estranho que a noção de um sistema inercial só apareceu
um século e meio depois da morte de Newton. Ele identificou uma classe distinta de “espaços
relativos” dinamicamente equivalentes, em qualquer um dos quais forças verdadeiras e massas,
acelerações e rotações, teriam os mesmos valores medidos. No entanto estes espaços, embora
empiricamente indistinguíveis, não eram equivalentes em princípio. Newton os imaginava como
movendo com várias velocidades no espaço absoluto, embora essas velocidades não pudessem
ser conhecidas. Ele não conseguiu concluir que esses espaços indistinguíveis empiricamente
deviam ser equivalentes em todos os sentidos, tal que nenhum deles merecia, mesmo em
princípio, ser considerado como um “espaço absoluto”.
É interessante observar que de certa forma Newton teve um vislumbre do princípio de
equivalência de Einstein quando ele escreveu no Corolário VI das leis de movimento:
Se corpos estão movendo de algum modo uns em relação aos outros e eles sofrem a ação de forças
aceleradoras ao longo de linhas paralelas, eles continuarão a se mover em relação uns aos outros da
mesma forma que eles o faziam na ausência das forças.
Ele aplicou esta ideia ao sistema solar com o objetivo de justificar seu tratamento dele como um
sistema isolado. Se houvesse forças externas atuando sobre ele, elas deveriam estar agindo mais
ou menos igualmente e em direções paralelas em todas as partes do sistema.
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qualquer trajetória pode ser estipulada retilínea, e um sistema de coordenadas pode sempre ser
construído onde ela é retilínea. E assim, como no caso de uma escala de tempo, não podemos
definir adequadamente um sistema inercial pelo movimento de uma partícula. Da mesma forma,
para duas partículas quaisquer um sistema de coordenadas pode ser encontrado onde ambas as
trajetórias são retilíneas. Devemos definir um sistema inercial como um sistema onde pelo
menos três partículas livres não colineares movem em linhas retas não coplanares. Então
podemos enunciar a lei de inércia como a afirmação de que, relativo a um sistema inercial assim
definido, o movimento de uma quarta partícula qualquer, ou de muitas partículas arbitrárias,
será retilíneo. A noção de um sistema inercial no dizer de Lange fica, portanto:
Um sistema inercial é um sistema de coordenadas em relação ao qual três partículas livres, projetadas de
um ponto único e movendo em direções não coplanares, movem em linha reta e viajam distâncias
mutuamente proporcionais. A lei da inércia estabelece então que relativo a qualquer sistema inercial, uma
quarta partícula moverá uniformemente.
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