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Leis de Newton

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Mecânica clássica

Diagramas de movimento orbital de um satélite ao


redor da Terra, mostrando a velocidade e aceleração.

Cinemática[Expandir]

Dinâmica[Esconder]

 Força
 Inércia
 Produto de inércia
 Leis de Newton
 Primeira Lei de Newton
 Segunda Lei de Newton
 Terceira Lei de Newton
 Equações de movimento
 Ressonância

História[Expandir]
Trabalho e Mecânica[Expandir]
Sistema de partículas[Expandir]
Colisões[Expandir]
Movimento rotacional[Expandir]
Sistemas Clássicos[Expandir]
Formulações[Expandir]
Gravitação[Expandir]
Físicos[Expandir]

v • e

A expressão leis de Newton designa as três leis que possibilitaram e ainda constituem a
base primária para compreensão dos comportamentos estático e dinâmico dos corpos
materiais, em escalas quer celeste quer terrestre.

As três leis foram formuladas pelo físicoinglêsIsaac Newton ainda no século XVII e
encontram-se primariamente publicadas em seu livro PhilosophiaeNaturalis Principia
Mathematica. Em essência as leis estabelecem, inicialmente, os observadores
(referenciais) que podem corretamente usá-las a fim de se explicar a estática e dinâmica
dos corpos em observação (as leis valem em referenciais inerciais); e assumindo estes
referenciais por padrão, passam então a mensurar as interações físicas entre dois (ou, via
princípio da superposição, entre todos os) corpos materiais bem como o resultado destas
interações sobre o repouso ou o movimento de tais corpos.

A interação entre dois corpos, à parte sua natureza física, é mensurada mediante o
conceito de força; e o resultado físico da interação sobre cada corpo é fisicamente
interpretado como resultado da ação desta força: em essência, as forças representam
interações entre pares de corpos, e são responsáveis pelas acelerações, ou seja, pelas
mudanças nas velocidades dos corpos nos quais atuam.

Corpos distintos usualmente respondem de formas distintas a uma dada força, e para
caracterizar essa resposta define-se para cada corpo uma massa.

As leis de Newton definem-se sobre uma estrutura vetorial, contudo essas leis foram
expressas nas mais diferentes formas nos últimos três séculos, incluso via formulações
de natureza essencialmente escalar. As formulações de Hamilton e de Lagrange da
mecânica clássica; embora em nada acrescentem em termos de fundamentos às leis de
Newton, expressam os mesmos princípios de forma muito mais prática a certos
problemas, embora representem a primeira vista complicações frente aos problemas
mais simples usualmente encontrados em seções que visam a explicar as leis de
Newton.[a]

Newton não apenas estabeleceu as leis da mecânica como também estabeleceu a lei para
uma das interações fundamentais, a lei da Gravitação Universal, e ainda construiu todo
o arcabouço matemático necessário - o cálculo diferencial e integral - para que hoje se
pudessem projetar e pragmaticamente construir desde edifícios até aviões, desde
sistemas mais eficientes de freios automotivos até satélites em órbita. O mundo hoje
mostra-se inconcebível sem a compreensão que vem à luz via leis de Newton.

Índice
 1 História
 2 Primeira lei de Newton
 3 Segunda lei de Newton
o 3.1 Impulso
o 3.2 Sistema de partículas e massa variável
o 3.3 Síntese das formulações
o 3.4 Observações referentes à segunda lei de Newton
 4 Terceira lei de Newton
o 4.1 Exemplo da terceira lei de Newton
 5 Componentes normal e tangencial da força
 6 Leis de conservação e interações
 7 Importância e validade
 8 Notas
 9 Referências
 10 Bibliografia
 11 Ver também

História
Isaac Newton publicou estas leis em 1687, no seu trabalho de três volumes intitulado
PhilosophiæNaturalis Principia Mathematica. As leis expressam os princípios
relacionados à dinâmica da matéria, ou seja, à estática ou movimento de objetos físicos.

Newton, usando as três leis da mecânica juntamente com a lei da gravitação universal,
deduziu matematicamente as leis de Kepler, que à época, há pouco empiricamente
estabelecidas, já descreviam, com precisão até hoje válida, o movimento dos orbes
celestes (planetas); e por extensão de quaisquer corpos em órbita ao redor de um corpo
central. Quanto à dedução, a história relata uma aposta entre Edmund Halley e alguns de
seus contemporâneos. Edmund, ao procurar a ajuda de Newton para resolver o
problema, surpreendeu-se quando ele afirmou que já o havia resolvido outrora, só não
lembrava onde enfiara os papeis1 .

A concordância entre as leis descobertas por Kepler e as por Newton propostas


representou uma significativa corroboração tanto à teoriaheliocêntrica como à
gravitação universal. A teoria mecânica que assim se consolidou - a primeira nos
moldes científicos modernos - era agora capaz não apenas de descrever com precisão o
movimento dos corpos tanto planetários como celestes - em pé de igualdade - como
também provia uma explicação causal para tais movimentos; no caso dos corpos
celestes ou mesmo da queda livre, a gravidade.

Primeira lei de Newton


Em uma pista de boliche infinita e sem atrito a bola não pararia até que uma força
contrária ao movimento fosse efetuada.
Lex I: Corpus
“ omneperseverareinstatusuoquiescendivelmovendiuniformiterindirectum,
nisiquatenus a viribusimpressiscogiturstatumillummutare. ”
Lei I: Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento
“ uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele
estado por forças aplicadas sobre ele.2 ”
Conhecida como princípio da inércia,3 a primeira lei de Newton afirma que: se a
força resultante (o vetor soma de todas as forças que agem em um objeto) é nula, logo a
velocidade do objeto é constante. Consequentemente:

 Um objeto que está em repouso ficará em repouso a não ser que uma força
resultante aja sobre ele.
 Um objeto que está em movimento não mudará a sua velocidade a não ser que
uma força resultante aja sobre ele.

Newton apresentou a primeira lei a fim de estabelecer um referencial para as leis


seguintes. A primeira lei postula a existência de pelo menos um referencial, chamado
referencial newtoniano ou inercial, relativo ao qual o movimento de uma partícula não
submetida a forças é descrito por uma velocidade (vetorial) constante.45

Em todo universo material, o movimento de uma partícula em um sistema


“ de referência preferencial Φ é determinado pela ação de forças as quais
foram varridas de todos os tempos quando e somente quando a velocidade
da partícula é constante em Φ. O que significa, uma partícula inicialmente
em repouso ou em movimento uniforme no sistema de referência
preferencial Φ continua nesse estado a não ser que compelido por forças a
mudá-lo.6 ”
As leis de Newton são válidas somente em um referencial inercial. Qualquer sistema de
referência que está em movimento uniforme respeitando um sistema inercial também é
um sistema referencial; o que se expressa via Invariância de Galileu ou princípio da
relatividade Newtoniana.7
A lei da inércia aparentemente foi percebida por diferentes cientistas e filósofos naturais
de forma independente.[b]

Segunda lei de Newton

Ao fazer uma força sobre um objeto, quanto menor a massa, maior será a aceleração
obtida. Fazendo a mesma força sobre o caminhão de verdade e o de brinquedo resultará
em acelerações visivelmente diferentes.
Lex II: Mutationemmotisproportionalem esse vimotriciimpressae,
“ etfierisecundumlineamrectam qua vis illaimprimitur. ”
Lei II: A mudança de movimento é proporcional à força motora imprimida,
“ e é produzida na direção de linha reta na qual aquela força é imprimida.8 ”
A segunda lei de Newton, também chamada de princípio fundamental da dinâmica,3
afirma que a força resultante em uma partícula é igual à taxa temporal de variação do
seu momento linear em um sistema de referência inercial:

Esta lei, conforme acima apresentada, tem validade geral, contudo para sistemas onde a
massa é uma constante, a massa pode ser retirada da razão (derivada), o que resulta na
conhecida expressão muito difundida no ensino médio 91011 :

ou, de forma direta,


.

Nesta expressão, é a força resultante aplicada, m é a massa (constante) do corpo e é a


aceleração do corpo. A força resultante aplicada a um corpo produz uma aceleração a
eladiretamente proporcional.

Embora em extensão igualmente válido, neste contexto faz-se fácil perceber que, sendo
a massa, o comprimento e o tempo definidos como grandezas fundamentais, a força é
uma grandeza derivada. Em termos de unidades padrões, newton (N), quilograma (kg)
metro (m) e segundo (s), tem-se:

Em casos de sistemas à velocidades constantes e massa variável, a exemplo um fluxo


constante de calcário caindo sobre uma esteira transportadora em uma indústrias de
cimento, a velocidade pode ser retirada da derivada e a força horizontal sobre a esteira
pode ser determinada como:

onde é a velocidade constante da esteira e é a taxa temporal de depósito de massa


sobre esta (em Física usualmente se usa o ponto como abreviação de taxa (derivada)
temporal: )

Em casos mistos onde há variação tanto da massa como da velocidade - a exemplo do


lançamento do ônibus espacial - ambos os termos fazem-se necessários, e esses são
separáveis apenas mediante mecanismos matemáticos adequados (regra do produto).

A segunda lei de Newton em sua forma primeira, , ainda é válida mesmo se os


efeitos da relatividade especial forem considerados, contudo no âmbito da relatividade a
definição de momento de uma partícula sofre modificação, sendo a definição de
momento como o produto da massa de repouso pela velocidade válida apenas no âmbito
da física clássica.

Impulso

Um impulso ocorre quando uma força age em um intervalo de tempo Δt, e é dado
por:1213

Se a força que atua é constante durante o tempo no qual atual, esta definição integral
reduz-se à definição usualmente apresentada em nível de ensino médio:

.
Já que força corresponde à derivada do momento no tempo, não é difícil mostrar que:

Trata-se do teorema do impulso variação da quantidade de movimento, muito útil na


análise de colisões e impactos.1415

Sistema de partículas e massa variável

Sistemas de massa variável, como um foguete queimando combustível e ejetando


partes, não é um sistema fechado; e com a massa não é constante, não se pode tratá-lo
diretamente via segunda lei conforme geralmente apresentada nos cursos de ensino
médio, .10

O raciocínio, apresentado em AnIntroduction to Mechanics de Kleppner e Kolenkow


bem como em outros textos atuais, diz que a segunda lei de Newton nesta forma se
aplica fundamentalmente a partículas.11 Na mecânica clássica, partículas tem por
definição massa constante. No caso de um sistema de partículas bem definido, contudo
com a massa total constante (sistema fechado), mostra-se que esta forma da lei de
Newton pode ser estendida ao sistema como um todo, tendo-se então que:

onde refere-se à soma das forças externas sobre o sistema, M é a massa total do
sistema, e é a aceleração do centro de massa do sistema.

Para um sistema com massa variável puntual ou tratado como tal em vista da definição
de centro de massa, a equação geral do movimento é obtida mediante a derivada total
encontrada na segunda lei em sua forma primeira (regra do produto): 9

onde é a velocidade instantânea da massa sobre o qual se calcula a força e


corresponde à massa em questão, ambas no instante t em consideração.

Em análise de lançamento de foguetes é comum expressar-se o termo associado à


variação de massa não em função da massa e da velocidade do objeto mas sim
em função da massa ejetada e da velocidade desta massa ejetadaem relação ao centro
de massa do objeto (em relação à nave) e não em relação ao referencial em uso. Nestes
termos, é pois a velocidade relativa da massa ejetada em relação ao veículo que a ejeta.
Mediante tais considerações mostra-se que:
O termo no lado direito, conhecido geralmente como o empuxo , corresponde à
força atuando no foguete em um dado instante devido à ejeção da massa com
velocidade (em relação à nave) devido à ação de seus motores, e o temo à esquerda,
, à força total sobre a nave, incluso qualquer força externa que por ventura
esteja simultaneamente atuando sobre o projétil - a saber a força de atrito do ar, ou
outra. Vê-se pois, em termos de diferenciais, que a força total F sobre a nave é:

Para um caso ideal sem atrito tem-se pois que:

ou seja, a força a impelir a massa m para frente é devida apenas à ejeção de massa
proporcionada pelos seus foguetes para trás (lembre-se que e têm sentidos opostos,
contudo é negativo, pois a massa diminui com o tempo).

Síntese das formulações

Com uma escolha apropriada de unidades, a segunda lei pode ser escrita de forma
simplificada como

sendo:

 : aceleração de um ponto material;

 : resultante de todas as forças aplicadas ao ponto material;

 : massa de um corpo.

A segunda lei de Newton também podem ser formulada de forma mais abrangente,
utilizando-se para tal o conceito de quantidade de movimento.

Em um referêncial inercial a taxa de variação da quantidade de movimento de um corpo


é igual à resultante de todas as forças externas a ele aplicadas:

sendo:
 : quantidade de movimento;
 : velocidade;
 : tempo.

Observações referentes à segunda lei de Newton

Quando existem várias forças em um ponto material, tendo em conta que o princípio da
superposição aplica-se à mecânica, a segunda lei se escreve como:

ou

A segunda lei de Newton é válida apenas para velocidades muito inferiores a velocidade
da luz, e em sistemas de referência inerciais. Para velocidades próximas à velocidade da
luz, as leis são usadas são da teoria da relatividade.

Terceira lei de Newton

Terceira lei de Newton. As forças que os patinadores fazem no outro são iguais em
magnitude, mas agem em sentidos opostos e em corpos diferentes
Lex III: Actioni contrariam semperetaequalem esse reactionem: sine
“ corporumduorumactionesin se mutuosemper esse aequalesetin partes
contrarias dirigi. ”
Lei III: A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade:
“ ou as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e
dirigidas em sentidos opostos.8 ”
A terceira lei de Newton, ou Princípio da Ação e Reação,3 diz que a força representa a
interação física entre dois corpos distintos ou partes distintas de um corpo16 . Se um
corpo A exerce uma força em um corpo B, o corpo B simultaneamente exerce uma força
de mesma magnitude no corpo A— ambas as forças possuindo mesma direção, contudo
sentidos contrários. Como mostrado no esquema ao lado, as forças que os patinadores
exercem um sobre o outro são iguais em magnitude, mas agem em sentidos opostos,
cada qual sobre um patinador. Embora as forças sejam iguais, as acelerações de ambos
não o são necessariamente: quanto menor a massa do esquiador maior será sua
aceleração.

As duas forças na terceira lei de Newton têm sempre a mesma natureza. A exemplo, se a
rua exerce uma força ação para frente no pneu de um carro acelerando em virtude do
atrito entre este pneu e o solo, então também é uma força de atrito a força reação que
empurra o asfalto para trás.

De forma simples: as forças na natureza aparecem sempre aos pares, e cada par é
conhecido como uma par ação-reação. O par de forças ação-reação é a expressão física
de uma interação entre dois entes físicos; há sempre um par de forças a agir em um par
de objetos, uma força em cada objeto do par; e não há na natureza força solitária, ou
seja, não há força (real) sem a sua contra-parte.

Exemplo da terceira lei de Newton

Considere o exemplo proposto por Newton: um cavalo que arrasta um bloco pesado por
meio de uma corda (figura abaixo). Em termos de módulo, a corda exerce sobre o bloco
a mesma força que o bloco exerce sobre ela, tensionando-a. Igualmente, a força que a
corda exerce sobre o cavalo tem módulo igual ao da força que o cavalo exerce sobre a
corda, tensionando-a. Em cada caso, o sentido da força na corda é oposto ao da força no
objeto com a qual interage. 17

Cavalo a arrastar um bloco de 350 kg.

Em uma usual aproximação, despreza-se a massa da corda, e nestes termos as duas


forças, cada qual aplicada em uma de suas extremidades, têm módulos sempre iguais.
Tal aproximação equivale a pensar que o cavalo interage diretamente com o bloco.

É conveniente analisar por separado as forças que atuam no bloco e no cavalo, como
mostra a figura abaixo. Se a velocidade com que o cavalo arrasta o bloco for constante,
a segunda lei de Newton implicará que a soma das forças que atuam sobre o bloco e
sobre o cavalo será nula.
Forças sobre o bloco e sobre o cavalo.

O peso do bloco, , atua no centro de gravidade do bloco. A corda puxa o bloco na


direção em que está esticada, com uma força , como se mostra no lado esquerdo da
figura ao lado. 17

A resultante do peso e da força da corda é um vetor que aponta para baixo e para a
direita. Uma vez que a resultante das forças no bloco é nula (aceleração nula), o chão
deverá exercer uma força para cima e para a esquerda, força essa devida ao contato
entre as superfícies do bloco e do chão.17

A corda puxa o cavalo para trás, com a força oposta à força que atua no bloco. Nas
duas ferraduras do cavalo que estão em contato com o chão haverá duas forças de
contato, e , que apontam para cima e para a frente. A resultante dessas duas forças,
mais o peso do cavalo e a tensão na corda, deverá ser nula.

As forças exercidas pelo chão são as 3 forças e .

Essas três forças de contato com o chão contrariam a tendência do bloco e do cavalo
caírem sobre a ação da gravidade, travam o movimento do bloco e a empurram o cavalo
para a frente. A corda está a travar o movimento do cavalo e ao mesmo tempo está a
puxar o bloco para a frente, com a mesma força com que está a travar o cavalo (corda
sem massa).17

Sobre a Terra atuam em total 5 forças de reação, representadas na figura abaixo. As


reações aos pesos do bloco e do cavalo, e , são as forças de atração gravítica do
17
bloco e do cavalo sobre a Terra.

Essas forças atuam no centro de gravidade da Terra (centro da Terra), mas foram
representadas perto do chão na figura. As outras três forças são as forças exercidas
sobre o chão pelo bloco e pelo cavalo. Se a velocidade do cavalo for constante (MRU),
a soma dessas 5 forças será nula.

Forças exercidas sobre o chão.

Se o cavalo estivesse a acelerar, a soma das forças sobre o cavalo e o bloco seria uma
força que apontaria para a direita. A soma das 5 forças que atuam sobre na Terra seria a
reação daquela somatória de força; nomeadamente, sobre a Terra atuaria uma força
igual e oposta, para a esquerda, que faria com que todo o planeta acelerasse para a
esquerda.

No entanto, como a massa da Terra é muitas ordens de grandeza superior à massa do


cavalo e do bloco, a aceleração da Terra para a esquerda seria imperceptível em
comparação com a aceleração para a direita do cavalo e do bloco. Como salienta
Newton, o resultado dessas forças sobre o cavalo mais o bloco e sobre a Terra não seria
o de produzir velocidades iguais e de sentidos contrários, mas sim quantidades de
movimento iguais e de sentidos contrários.

Componentes normal e tangencial da força

Componentes tangencial e normal da força.

A aceleração de um objeto sempre pode ser separada nas suas componentes tangencial
(paralela à velocidade) e normal (perpendicular à velocidade),17

onde

e .

Aplicando a segunda lei de Newton, podemos também separar a força resultante em


componentes normal (força centrípeta) e tangencial:17

em que...

e .

Se a força resultante sobre uma partícula com velocidade for , a componente


nadireção paralela a faz aumentar ou diminuir o módulo da velocidade, conforme
esteja no mesmo sentido ou no sentido oposto de , contudo não altera a direção desta.

A componente perpendicular a faz curvar a trajetória da partícula no sentido dessa


componente (figura acima), mudando assim a direção da velocidade; contudo não altera
o seu módulo.17

Leis de conservação e interações


Das leis de Newton seguem-se algumas conclusões interessantes:
 A terceira lei de Newton diz que, enquanto um corpo ou sistema pode ter sua
dinâmica alterada mediante interações com outro corpo ou sistema, este não
pode, por si só, mudar a sua dinâmica global (o movimento de seu centro de
massa): existe uma lei de conservação para o momento; e forças internas não
alteram a quantidade de movimento total do sistema.

 Se as interações entre os corpos forem dependente apenas da distância entre eles,


pode-se definir uma energia potencial total associada a estas interações; e se
apenas esta classe de interações encontra-se presente (as forças são todas
conservativas), há também uma lei da conservação para a energia mecânica total
atrelada aos corpos que interagem. Para o caso de duas partículas em interação
conservativa:

onde os dois primeiros termos correspondem respectivamente às energias


cinéticas das partículas.

 As leis de Newton são as leis básicas da mecânica, contudo não a define por
completo. A partir das leis de Newton pode-se derivar toda a dinâmica dos
sistemas mecânicos, no entanto, em sua formulação tradicional, tal procedimento
requer que se conheçam de antemão todas as interações entre os sistemas ou
partes destes; pois as naturezas e intensidades das interações não se podem
derivar das leis de Newton. Por exemplo, a lei da gravidade, lei de Hooke, ou
mesmo a interação de Coulomb não são conseqüências das três leis de Newton, e
a partir destas não se pode derivar teoricamente aquelas. Necessita-se conhecê-
las de antemão para que as leis de Newton mostrem-se aplicáveis. Não se nega
contudo que a compreensão das leis de Newton podem levar ao reconhecimento
de uma interação de natureza até então desconhecida entre dois entes dados os
efeitos que produz. Se espera-se que o sistema comporte-se de uma forma, e ele
comporta-se de outra, o cálculo das forças envolvidas no comportamento
empiricamente determinado pode evidenciar uma interação até então
desconhecida, cuja natureza pode então ser investigada. Até hoje se conhecem
quatro interações fundamentais: gravitacional, eletromagnética, nuclear fraca e
nuclear forte.

 Newton usou suas leis para obter a lei da Conservação do Momento Linear18 , no
entanto, por uma perspectiva mais profunda, as leis de conservação, incluindo-se
a lei da conservação da energia e a lei da conservação do momento angular, têm
caráter físico mais fundamental. As leis de conservação expressam simetrias
fundamentais da natureza, e derivam-se da aplicação do Teorema de Noether a
cada caso. Em mecânica clássica, a conservação do momento linear reflete a
simetria espacial atrelada à invariância de Galileu, e mantém-se válida incluso
nos casos onde a terceira lei de Newton aparentemente falha; por exemplo
quando há ondas eletromagnéticas envolvidas ou em situações que demandam
abordagens semiclássicas. As leis de conservação do momento e da energia são
também pilares centrais tanto na mecânica quântica quanto na mecânica
relativística.
Importância e validade
As leis de Newton foram testadas por experimentos e observações por mais de 200
anos, e elas são uma excelente aproximação quando restritas à escalas de dimensão e
velocidades encontradas no nosso cotidiano. As leis do movimento, a lei da gravitação
universal e as técnicas matemáticas atreladas provêm em um primeiro momento uma
boa explicação para quase todos os fenômenos físicos observados no dia-a-dia de uma
pessoa normal. Do chute em uma bola à construção de casas e edifícios, do voo de
aviões ao lançamento de satélites, as leis de Newton aplicam-se plenamente.

Contudo, as leis de Newton (combinadas com a gravitação universal e eletrodinâmica


clássica) são inapropriadas em circunstâncias que ultrapassam os limites de velocidades
e dimensões encontradas no dia-a-dia, notavelmente em escalas muito pequenas como a
atômica e em altas velocidades como a das partículas carregadas em aceleradores de
partículas. Houve a necessidade, pois, de se expandir as fronteiras do conhecimento
com teorias mais abrangentes que as da mecânica de Newton.

Na relatividade especial, o fator de Lorentz deve ser incluído na expressão para a


dinâmica junto com massa de repouso. Sob efeitos de campos gravitacionais muito
fortes, há a necessidade de usar-se a relatividade geral. Em velocidades comparáveis à
velocidade da luz, a segunda lei mantém-se na forma original , o que indica que a
força é derivada temporal do momento do objeto, contudo a definição do que vem a ser
momento sofre consideráveis alterações.

Em mecânica quântica conceitos como força, momento linear e posição são definidos
por operadores lineares que operam no estado quântico. Na mecânica quântica não
relativística, ou seja, em velocidades que são muito menores do que a velocidade da luz,
as ideias de Newton mostram-se ainda tão exatas frente a estes operadores como são
para objetos clássicos. Contudo ao considerarem-se velocidades próximas à da luz em
dimensões tão diminutas como as de fato envolvidas, tal afirmação não pode mais ser
feita, e em verdade a teoria associada à "mecânica quântica relativística" ainda não está
completamente consolidada, sendo alvo de grandes pesquisas por parte dos físicos
atuais.

Notas
[a] ^
Para explanações sobre as lei do movimento de Newton do início do século
XVIII, por Lord Kelvin e uma visão do século XXI sobre o assunto, veja:

1. Newton's "Axioms or Laws of Motion" starting on 19 of volume 1 of the 1729


translation of the "Principia";
2. Section 242, Newton's laws of motion in Thomson, W (Lord Kelvin), and Tait, P
G, (1867), Treatise on natural philosophy, volume 1; and
3. Benjamin Crowell (2000), NewtonianPhysics

[b] ^
Thomas Hobbes escreveu em Leviatã:Que quando uma coisa permanece
quieta, a não ser que algo o agite, ela permanecerá quieta para sempre, é uma
verdade que nenhum homem duvida. Mas [a proposição de] que quando uma
coisa está em movimento ela estará eternamente em movimento a não ser que
alguma coisa o suspenda, mesmo a razão sendo a mesma (a saber que nada
pode mudar sozinho), não é tão facilmente aceita.

Referências
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The Story of Science, Power, Proof and Passion - Episode: What is out there?
(A História da Ciência, Poder, Prova e Paixão - Episódio: O que há lá fora?)
(vídeo) [documentário]. Inglaterra: BBCProductions. (em inglês)Acessado em
28 de dezembro de 2013.
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(eminglês)
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Saunders College Publishing, 1999. ISBN 0030223172. (eminglês)
 LIKINS, Peter W.. Elements of Engineering Mechanics. [S.l.]: McGraw-Hill
BookCompany, 1973. ISBN 0070378525. (em inglês)
 MARION, Jerry; Thornton, Stephen. In: Jerry. Classical Dynamics of Particles
and Systems. [S.l.]: HarcourtCollegePublishers, 1995. ISBN 0030973023. (em
inglês)
 Newton, Isaac, PhilosophiaeNaturalis Principia Mathematica, 1729 Tradução
para o inglês baseada na terceira edição em latim (1726), volume 1, contendo o
Livro 1, especialmente na seção AxiomsorLawsofMotion início na página 19.
 Newton, Isaac, PhilosophiaeNaturalis Principia Mathematica, 1729 Tradução
para o inglês baseada na terceira edição em latim (1726), volume 2, contendo os
Livros 2 & 3.
 Thomson, W (Lord Kelvin), and Tait, P G, (1867), Treatise on natural
philosophy, volume 1, especialmentenaSeção 242, Newton's laws of motion. (em
inglês)
 Woodhouse, NMJ. In: Springer. Special relativity.Londres/Berlin: [s.n.], 2003.
p. 6. ISBN 1-85233-426-6. (em inglês)
 Galili, I. &Tseitlin, M.. (2003). "Newton's first law: text, translations,
interpretations, and physics education.".ScienceandEducation12 (1): 45–
73.DOI:10.1023/A:1022632600805. (
Segunda Lei de Newton
De acordo com a segunda lei de Newton, a força
resultante sobre um corpo é igual ao produto da massa
pela aceleração.
 

http://brasilesc

A segunda Lei de Newton descreve a relação entre força e aceleração

 De acordo com a segunda Lei de Newton:

“A força resultante que atua sobre um corpo é proporcional ao produto da massa


pela aceleração por ele adquirida”. Essa relação pode ser descrita com a equação:

Fr = m .a

sendo:

Fr – Força resultante;
m – massa;
a – aceleração.

De acordo com essa Lei, para que se mude o estado de movimento de um objeto, é
necessário exercer uma força sobre ele que dependerá da massa que ele possui. A
aceleração, que é definida como a variação da velocidade com o tempo, terá o mesmo
sentido da força aplicada, conforme mostra a figura abaixo:
Ao aplicar uma força sobre um objeto, imprimimos sobre ele uma aceleração que será dependente de sua massa

Podemos ver a partir da figura que, ao aplicar uma força de 2N sobre um objeto, ele
adquirirá uma aceleração maior quando a massa for 0,5 kg e uma pequena aceleração
quando a massa for 4 kg. Isso significa que quanto maior a massa de um corpo, maior
precisa ser a força aplicada para que se altere seu estado de movimento.

Sendo a inércia definida como a resistência de um corpo para alterar seu estado de
movimento, podemos dizer que a segunda lei de Newton também define a massa como
a medida da inércia de um corpo.

A força é uma grandeza vetorial, pois, precisa ser caracterizada por módulo, direção e
sentido. A unidade no Sistema Internacional é o Newton, N, que representa kg m/s2.

A segunda Lei de Newton também é chamada de princípio fundamental da dinâmica,


pois, é a partir dela que se define a Força como uma grandeza necessária para se vencer
a inércia de um corpo.

Força Peso

A partir da Segunda Lei de Newton, também chegamos à outra importante definição na


física, o Peso.

A Força peso corresponde à atração exercida por um planeta sobre um corpo em sua
superfície. Ela é calculada com a equação:

P = m .g

Sendo g a aceleração da gravidade local.

Apesar da massa de um corpo ser fixa, não é o que ocorre com o peso, por exemplo:

Um corpo de massa 20 kg no planeta Terra, onde a aceleração da gravidade é 9,8 m/s2,


possui o seguinte peso:
P = 20 . 9,8
P = 196 N

O mesmo corpo, em outro planeta, como em Marte, onde g = 3,711 m/s2, possui o peso:

P = 20 . 3,711
P = 74,22 N

Vemos que o peso no planeta Marte é bem menor que na Terra, pois, a gravidade em
Marte é bem menor. Isso ocorre porque a gravidade g de um determinado local depende
da massa do corpo. Como a massa de Marte é bem menor que a da Terra, ele também
terá a gravidade menor.

Por Mariane Mendes


Graduada em Física

Três blocos, A, B e C, deslizam sobre uma superfície horizontal cujo atrito com estes
corpos é desprezível, puxados por uma força F de intensidade 6,0N.

A aceleração do sistema é de 0,60m/s 2 , e as massas de A e B são respectivamente 2,0kg


e 5,0kg. A massa do corpo C vale, em kg,
a)   1,0
a)   1,0
b)   3,0
c)   5,0
d)   6,0
e)   10
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Aplicação das Leis de Newton – Questão 8 – Fixação –


Nível Básico
Dinâmica, Leis de Newton, Questões Resolvidas, Vídeo Aulas

Sobre uma mesa horizontal sem atrito, dois blocos são ligados, por uma corda de massa
desprezível, e puxados por uma força de intensidade F = 60 N. A aceleração do sistema
tem módulo 3,0 m/s2 e a massa m2 é de 8,0 kg.

A massa m1 é, em kg,
a)   8,0
b)   12
c)   16
d)   20
e)   30
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Aplicação das Leis de Newton – Questão 7 – Fixação


Dinâmica, Leis de Newton, Questões Resolvidas, Vídeo Aulas

Dois carrinhos de supermercado podem ser acoplados um ao outro por meio de uma
pequena corrente, de modo que uma única pessoa, ao invés de empurrar dois carrinhos
separadamente, possa puxar o conjunto pelo interior do supermercado. Um cliente
aplica uma força horizontal de intensidade F, sobre o carrinho da frente, dando ao
conjunto uma aceleração de intensidade 0,5 m/s2.

Sendo o piso plano e as forças de atrito desprezíveis, o módulo da força F e o da força


de tração na corrente são, em N, respectivamente:
a)   70 e 20.
b)   70 e 40.
c)   70 e 50.
d)   60 e 20.
e)   60 e 50.
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Aplicação das Leis de Newton – Questão 6 – Fixação –


Nível Básico
Dinâmica, Leis de Newton, Questões Resolvidas, Vídeo Aulas

A figura mostra um helicóptero que se move verticalmente em relação à Terra,


transportando uma carga de 100 kg por meio de um cabo de aço. O cabo pode
ser considerado inextensível e de massa desprezível quando comparada à da
carga. Considere g = 10(m/s)/s . )
Suponha que, num determinado instante, a tensão no cabo de aço seja igual a
1200 N.
a) Determine, neste instante, o sentido do vetoraceleração da carga e calcule o
seu módulo.
b) É possível saber se, nesse instante, o helicópteroestá subindo ou descendo?
Justifique a suaresposta.

Resolução 
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Aplicação das Leis de Newton – Questão 5 – Fixação –


Nível Básico
Dinâmica, Leis de Newton, Questões Resolvidas, Vídeo Aulas

Um avião “A” reboca um planador “P” com a velocidade constante de 60 m/s


numa trajetória horizontal, como ilustra a figura. O cabo utilizado para o
reboque tem massa desprezível e está sob uma tensão, considerada uniforme,
de 2000 N. As forças horizontais (forças de arrasto) que o ar opõe aos
movimentos do avião e do planador são tais que a força de arrasto, no avião, é
20 % maior do que no planador.

Calcule:
a) O módulo da força horizontal que o ar exerce sobre o planador P. Justifique.
b) A potência mínima em kW que o motor do avião tem de desenvolver para
efetuar o reboque nessas condições.
Resolução 

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estes:

01. A respeito do conceito da inércia, assinale a frase correta:  

 a) Um ponto material tende a manter sua aceleração por inércia.


 b) Uma partícula pode ter movimento circular e uniforme, por inércia.
 c) O único estado cinemático que pode ser mantido por inércia é o repouso.
 d) Não pode existir movimento perpétuo, sem a presença de uma força.
 e) A velocidade vetorial de uma partícula tende a se manter por inércia; a força é usada
para alterar a velocidade e não para mantê-la.   

02. (OSEC) O Princípio da Inércia afirma:  

 a) Todo ponto material isolado ou está em repouso ou em movimento retilíneo em


relação a qualquer referencial. 
 b) Todo ponto material isolado ou está em repouso ou em movimento retilíneo e
uniforme em relação a qualquer referencial. 
 c) Existem referenciais privilegiados em relação aos quais todo ponto material isolado
tem velocidade vetorial nula.  
 d) Existem referenciais privilegiados em relação aos quais todo ponto material isolado
tem velocidade vetorial constante.  
e) Existem referenciais privilegiados em relação aos quais todo ponto material isolado
tem velocidade escalar nula.   

03. Um homem, no interior de um elevador, está jogando dardos em um alvo fixado na


parede interna do elevador. Inicialmente, o elevador está em repouso, em relação à
Terra, suposta um Sistema Inercial e o homem acerta os dardos bem no centro do alvo.
Em seguida, o elevador está em movimento retilíneo e uniforme em relação à Terra. Se
o homem quiser continuar acertando o centro do alvo, como deverá fazer a mira, em
relação ao seu procedimento com o elevador parado?  

      a) mais alto;


      b) mais baixo;
      c) mais alto se o elevador está subindo, mais baixo se descendo;
      d) mais baixo se  o elevador estiver descendo e mais alto se descendo;
      e) exatamente do mesmo modo.    
04. (UNESP) As estatísticas indicam que o uso do cinto de segurança deve ser
obrigatório para prevenir lesões mais graves em motoristas e passageiros no caso de
acidentes. Fisicamente, a função do cinto está relacionada com a:  

      a) Primeira Lei de Newton;


      b) Lei de Snell;
      c) Lei de Ampère;
      d) Lei de Ohm;
      e) Primeira Lei de Kepler.   

05. (ITA) As leis da Mecânica Newtoniana são formuladas em relação a um princípio


fundamental, denominado:  

     a) Princípio da Inércia;      


     b) Princípio  da Conservação da Energia Mecânica;
     c) Princípio da Conservação da Quantidade de Movimento;
     d) Princípio da Conservação do Momento Angular;
     e) Princípio da Relatividade: "Todos os referenciais inerciais são equivalentes, para a
formulação da Mecânica Newtoniana".  

06. Consideremos uma corda elástica, cuja constante vale 10 N/cm. As deformações da
corda são elásticas até uma força de tração de intensidade 300N e o máximo esforço
que ela pode suportar, sem romper-se, é de 500N. Se amarramos um dos extremos da
corda em uma árvore e puxarmos o outro extremo com uma força de intensidade 300N,
a deformação será de 30cm. Se substituirmos a árvore por um segundo indivíduo que
puxe a corda também com uma força de intensidade 300N, podemos afirmar que: 

      a) a força de tração será nula;


      b) a força de tração terá intensidade 300N e a deformação será a mesma do caso da
árvore;
      c) a força de tração terá intensidade 600N e a deformação será o dobro do caso da
árvore;
      d) a corda se romperá, pois a intensidade de tração será maior que 500N; 
        e) n.d.a.   
07. (FATEC) Uma bola de massa 0,40kg é lançada contra uma parede. Ao atingi-la, a
bola está se movendo horizontalmente para a direita com velocidade escalar de -15m/s,
sendo rebatida horizontalmente para a esquerda com velocidade escalar de 10m/s. Se o
tempo de colisão é de 5,0 . 10-3s, a força média sobre a bola tem intensidade em
newtons:  

      a) 20
      b) 1,0 . 102
      c) 2,0 .102
      d) 1,0 . 102 
       e) 2,0 . 103 

08. (FUND. CARLOS CHAGAS) Uma folha de papel está sobre a mesa do professor.
Sobre ela está um apagador. Dando-se, com violência, um puxão horizontal na folha de
papel, esta se movimenta e o apagador fica sobre a mesa. Uma explicação aceitável para
a ocorrência é: 

 a) nenhuma força atuou sobre o apagador;


 b) a resistência do ar impediu o movimento do apagador;
 c) a força de atrito entre o apagador e o papel só atua em movimentos lentos;
 d) a força de atrito entre o papel e a mesa é muito intensa;
 e) a força de atrito entre o apagador e o papel provoca, no apagador, uma aceleração
muito inferior à da folha de papel. 

09. Um ônibus percorre um trecho de estrada retilínea horizontal com aceleração


constante. no interior do ônibus há uma pedra suspensa por um fio ideal preso ao teto.
Um passageiro observa esse fio e verifica que ele não está mais na vertical. Com relação
a este fato podemos afirmar que:  

 a) O peso é a única força que age sobre a pedra.  


 b) Se a massa da pedra fosse maior, a inclinação do fio seria menor.
 c) Pela inclinação do fio podemos determinar a velocidade do ônibus.
 d) Se a velocidade do ônibus fosse constante, o fio estaria na vertical. 
 e) A força transmitida pelo fio ao teto é menor que o peso do corpo.  

10. (UFPE) Um elevador partindo do repouso tem a seguinte seqüência de


movimentos:  

   1) De 0 a t, desce com movimento uniformemente acelerado.


   2) De t1 a t2 desce com movimento uniforme.
   3) De t2 a t3 desce com movimento uniformemente retardado até parar.  
Um homem, dentro do elevador, está sobre uma balança calibrada em newtons. 

O peso do homem tem intensidade P e a indicação da balança, nos três intervalos


citados, assume os valores F1, F2 e F3 respectivamente:  

Assinale a opção correta: 

      a) F1 = F2 = F3 = P
      b) F1< P; F2 = P; F3< P
      c) F1< P; F2 = P; F3> P
      d) F1> P; F2 = P; F3< P
      e) F1> P; F2 = P; F3> P  

Gabarito:

01 - E 02 - D 03 - E 04 - A 05 - E
06 - B 07 - E 08 - E 09 - D 10 - C

Exercícios

Segunda Lei de Newton


 
A resultante das forças que agem sobre um ponto material é igual ao produto de sua
massa pela aceleração adquirida.
F = m.a

F = força (N)

m = massa (kg)

a = aceleração (m/s2)

Unidade de força no S.I: (N) Newton

Exercícios

1. Um corpo com massa de 0,6 kg foi empurrado por uma força que lhe comunicou
uma aceleração de 3 m/s2. Qual o valor da força?
2. Um caminhão com massa de 4000 kg está parado diante de um sinal luminoso.
Quando o sinal fica verde, o caminhão parte em movimento acelerado e sua
aceleração é de 2 m/s2. Qual o valor da força aplicada pelo motor?
3. Sobre um corpo de 2 kg atua uma força horizontal de 8 N. Qual a aceleração que
ele adquire?
4. Uma força horizontal de 200 N age corpo que adquire a aceleração de 2 m/s2.
Qual é a sua massa?
5. Partindo do repouso, um corpo de massa 3 kg atinge a velocidade de 20 m/s em
5s. Descubra a força que agiu sobre ele nesse tempo.
6. A velocidade de um corpo de massa 1 kg aumentou de 20 m/s para 40 m/s em 5s.
Qual a força que atuou sobre esse corpo?
7. Uma força de12 N é aplicada em um corpo de massa 50 kg. A) Qual é a
aceleração produzida por essa força? B) Se a velocidade do corpo era 3 m/s
quando se iniciou a ação da força, qual será o seu valor 5 s depois?
8. Sobre um plano horizontal perfeitamente polido está apoiado, em repouso, um
corpo de massa m=2 kg. Uma força horizontal de 20 N, passa a agir sobre o
corpo. Qual a velocidade desse corpo após 10 s?
9. Um corpo de massa 2 kg passa da velocidade de 7 m/s à velocidade de 13 m/s
num percurso de 52 m. Calcule a força que foi aplicada sobre o corpo nesse
percurso.
10. Um automóvel, a 20 m/s, percorre 50 m até parar, quando freado. Qual a força
que age no automóvel durante a frenagem? Considere a massa do automóvel
igual a 1000 kg.
11. Sob a ação de uma força constante, um corpo de massa 7 kg percorre 32 m em 4
s, a partir do repouso. Determine o valor da força aplicada no corpo.

Questões

12. Um corpo tem uma certa velocidade e está se movendo em movimento uniforme.
O que deve ser feito para que a sua velocidade aumente, diminua ou mude de
direção?

13. Aplica-se a uma força de mesma intensidade sobre a massa A e sobre a massa B.
Qual delas chegará primeiro à barreira?
14. Uma pequena esfera pende de um fio preso ao teto de um trem que realiza
movimento retilíneo. Explique como fica a inclinação do fio se: A) o movimento
do trem for uniforme. B) o trem se acelerar. C) o trem frear.
15. Se duas forças agirem sobre um corpo, a que condições essas forças precisam
obedecer para que o corpo fique em equilíbrio?
16. A ação do vento sobre as folhas de uma árvore pode ser considerada uma força?

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ÍNDICE EXERCÍCIOS

ÍNDICE GERAL

2ª Lei de Newton

Exercícios Resolvidos
 

Estes exercícios estão separados por exemplos. Estes exercícios servirão como base para
a resolução dos Exercícios de Fixação. Se possível Imprima esta página.

Considere todos modelos em condições ideais e sem atritos

Dados para todos os modelos: 


  g = 10 m/s²
 MA = 2 kg
MB = 3 kg
MC = 5 kg
       | | = F = 20 N
    Sen 30º = 0,5
MD= 1 kg  

MODELO 1 
                Represente as forças que atuam nos blocos A, B e C.

        

RESOLUÇÃO
1. Separe os blocos A, B e C

2. Represente as forças : Peso, reação normal, a tração no fio e a força de contato


no bloco A

    3.    Represente as forças: Peso, reação normal e a força de contato no bloco B
 

    4.    Represente as forças: Peso e a tração no bloco C

    5.    Junte todos os objetos em um único plano

 OBS.: NA = PA, NB = PB   só utilizamos as forças paralelas ao movimento

MODELO 2
            Dada a figura 
Determine:
                    a) a aceleração do conjunto; 
                    b) a força que o bloco A exerce sobre o bloco B.

RESOLUÇÃO

1.      Separe os blocos A e B.

2.      Represente as forças de ação e reação sobre os blocos na direção do movimento.

      3.   Aplique  a 2ª Lei de Newton em cada bloco;

     Com as duas equações encontradas, resolva o sistema

Substituir o valor da aceleração em uma das equações acima, para que possamos
calcular o valor da força f.

f=3
f = 3 · 4 = 12 N

RESPOSTAS:
                         a) 4 m/s² 
                       b) 12 N

MODELO 3
            Dado a figura abaixo:
                Determine:
                        a) a aceleração do conjunto;
                        b) a força que o bloco A exerce sobre o bloco B;
                        c) a força que o bloco B exerce sobre o bloco C.

RESOLUÇÃO

    1.   Separe os blocos A, B e C.

    2.   Represente as forças de ação e reação sobre os blocos na direção do movimento

    3.   Aplique a 2ª Lei de Newton em cada bloco.

    4.   Resolva o sistema com as equações que foram encontradas

            Substituir o valor da aceleração em duas equações, para que possamos calcular o
valor de f1 e f2.
f2 = 5 a                                                        20 - f1 = 2 a
f2 = 5 · 2                                                      20 - f1 = 2 · 2
f2 = 10 N                                                             f1 = 16 N

RESPOSTAS:
                     a) 2 m/s² 
                    b) 16 N 
                   c) 10 N

MODELO 4
            Dada a figura abaixo

                        Determine:
                                a) a aceleração do conjunto;
                                b) aatração no fio.

RESOLUÇÃO

    1.   Represente as forças de ação e reação no fio, na direção do movimento;

    2.   Aplique a 2ª Lei de Newton em cada bloco


 

    3.   Resolva o sistema com as equações encontrada no item anterior

        Substituir o valor da aceleração em uma das equações, para que possamos calcular
o valor de T.

T=2
T=2·4
T=8N

RESPOSTAS:
                 a) 4 m/s²
            b) 8N

MODELO 5
            Dada a figura abaixo:

                        Determine:
                                a) a aceleração do conjunto;
                                b) astrações nos fios.

RESOLUÇÃO

    1.   Represente as forças de ação e reação nos fios na direção do movimento

    2.   Aplique a 2ª Lei de Newton em cada bloco;

    3.   Com as equações achadas, resolva o sistema.


        Substituir o valor da aceleração em duas equações

T1 = 2                     20 - T2 = 5 
T1 = 2 · 2                  20 - T2 = 5 · 2
T1 = 4 N                   T2 = 10 N

RESPOSTAS:
                a) 2 m/s ²
                                        b) T1 = 4 N e T2 = 10 N

MODELO 6
            A partir da figura abaixo

                        Determine:
                                a) a aceleração do conjunto;
                                b) atração no fio.

RESOLUÇÃO

    1.   Calcule a força Peso do bloco B e represente no bloco B.

    2.   Represente as forças de ação e reação no fio.


    4.   Com as equações achadas no passo anterior, devemos resolver o sistema de
equações

Devemos, agora, substituir o valor da aceleração em qualquer uma das equações acima,
para que possamos calcular o valor da força Tração no fio.

T=2
T=2·6
T = 12 N

RESPOSTAS:
                        a) 6 m/s²
                        b) 12 N

MODELO 7
            Dada a figura abaixo,
 

                   Sabendo que | | = 45 N, determine:


                                                a) a aceleração do conjunto
                                                b) a tração no fio

RESOLUÇÃO

    1.   Calcule a força Peso do bloco B e represente no bloco B;

    2.   Represente as forças de ação e reação no fio

    3.   Aplique a 2ª Lei de Newton em cada bloco


    4.   Com as equações achadas, resolva o sistema de equações.

    Devemos, agora, substituir o valor da aceleração em uma das equações acima:

T - 30 = 3 
T - 30 = 3 · 3
T = 39 N

RESPOSTAS:
                a) 3 m/s²
                b) 39 N

MODELO 8
            Dada a figura abaixo

                        Determine:
                                    a) a aceleração;
                                    b) atração no fio.

RESOLUÇÃO

    1.   Calcule as forças Peso dos blocos A e B e as represente;

    2.   Represente as forças de ação e reação no fio;

    3.   Aplique a 2ª Lei de Newton em cada bloco;

PB>PA
    4.   Resolva o sistema com as equações achadas

Substituindo o valor da aceleração em uma das equações acima, acharemos o valor da


tração

T - 20 = 2 
T - 20 = 2 · 2
T = 24 N

RESPOSTAS:
                    a) 2 m/s²
                    b) 24 N

MODELO 9
            Dada a figura abaixo
 

                                    Determine:
                                                a) a aceleração do conjunto
                                                b) a tração no fio;
                                                c) atração T ' da figura

RESOLUÇÃO

    1.   Calcule as forças - Pesos dos blocos A e B e as represente;

    2.   Represente as forças de Ação e Reação no fio.

    3.   Aplique a 2ª Lei de Newton em cada bloco.

PB>PA
 

FRA = MA ·                 FRB = MB · 


T - PA = MA ·             PB - T = MB · 
T - 20 = 2                    30 - T = 3   

    4.   Resolva o sistema com as equações acima


Substituindo o valor da aceleração em uma das equações acima, podemos achar o valor
da tração

T - 20 = 2 
T - 20 = 2 · 2
T = 24 N

PRECISAMOS CALCULAR, AGORA, O VALOR DE T '

             
                                      T ' = 2 · 24 = 48 N

RESPOSTAS:
                     a) 2 m/s²
                    b) 24 N
                    c) 48 N

Plano Inclinado

N- reação normal
Pt - força paralela ao plano inclinado, e de sentido descendente
Obs.: Alguns livros usam a sigla Pxno lugar de Pt

MODELO 10
            Determine a aceleração, sabendo que g = 10 m/s² e sen 30º = 0,5.

RESOLUÇÃO

    1.   Calcule o valor de PTA e o represente na figura

PTA = PA · sen 30º


PTA = 20 · 0,5
PTA = 10 N

    2.   Utilize a 2ª Lei de Newton

FR = M · 
PTA = 2 · 
10 = 2 · 

RESPOSTA:
                          = 5 m/s²

 
MODELO 11:
            Determine a aceleração, sabendo que g = 10 m/s², sen 30º = 0,5, | | = 16 N e MA
= 2 kg.

RESOLUÇÃO

    1.   Determine o valor de PTA e representá-lo na figura

Q > PTA

PTA = PA · sen 30º


PTA = 20 · 0,5
PTA = 10 N

    2.   Aplique 2ª Lei de Newton

FRA = MA · 
16 - 10 = 2 
6=2

RESPOSTA:
                         = 3 m/s²

MODELO 12
            Dada a figura abaixo
                            Determine:
                                    a) a aceleração do conjunto
                                    b) a tração no fio

RESOLUÇÃO

    1.   Calcule o valor de PTA e o represente na figura

    2.   Calcule PB e a represente na figura

    3.   Represente as forças de ação e reação no fio

PB> PTA

PTA = P · sen 30º


PTA = 20 · 0,5
PTA = 10 N

    4.   Aplique a 2ª Lei de Newton em cada um dos blocos

    BLOCO A                               BLOCO B

FRA = MA · a                          FRB = MB · a


T - PTA = 2 a                           30 - T = 3 a
T - 10 = 2 a                                  

    5.   Com as equações encontradas, resolva o sistema


Substituindo o valor da aceleração em qualquer uma das equações, acharemos o valor
da tração

T - 10 = 2 
T - 10 = 2 · 4
T = 18 N

RESPOSTAS:
                            a) 4 m/s²
                            b) 18 N

MODELO 13
            Dada a figura abaixo, determine:
                                        a) a aceleração do sistema
                                        b) atração no fio

RESOLUÇÃO

    1.   Calcule PTB e o represente

    2.   Calcule PD e a represente

    4.   Represente as forças de ação e reação no fio


PTB = PB · sen 30º
PTB = 30 · 0,5
PTB = 15 N

    5.   Aplique a 2ª Lei de Newton em cada um dos blocos

BLOCO B                        BLOCO D

FRB = MB ·                         FRD = MD · 


PTB - T = MB ·                   T - PD = 1 
15 - T = 3                          T - 10 = 1 

    Com as equações encontradas, resolva o sistema de equações

Substituindo o valor da aceleração em uma das equações acima, fará com que achemos
o valor da tração

T - 10 = 1 
T - 10 = 1 · 1,25
T = 1,25 + 10
T = 11,25 N

RESPOSTAS:
                        a) 1,25 m/s²
                        b) 11,25 N

MODELO 14:
            Dada a figura abaixo, determine:
                                            a) a aceleração
                                            b) a força que o bloco A exerce sobre o bloco B.
                   Sabendo que neste modelo : MA = 2 kg, MB = 3 kg, g = 10 m/s ², sen 30º =
0,5 e | | = 30N
RESOLUÇÃO

    1.   Calcule PTA

    2.   Calcule PTB

    3.   Separe os blocos A e B

    4.   Represente as forças , , e (força de contato) sobre os blocos A e B

PTA = PA · sen 30º                            PTB = PB · sen 30º


PTA = 20 · 0,5                                   PTB = 30 · 0,5
PTA = 10 N                                       PTB = 15 N

    5.   Aplique a 2ª Lei de Newton em cada bloco

BLOCO A                               BLOCO B

FRA = MA · a                        FRB = MB · a 
F - PTA - f = MA · a              f - PTB = MB · a
30 - 10 - f = 2 a                    f - 15 = 3 a

Com estas equações resolva o sistema de equações


Substituindo o valor da aceleração em uma das equações, acharemos o valor de f

f- 15 = 3 
f - 15 = 3 · 1
f= 18 N

RESPOSTAS:
                    a) 1 m/s²
                    b) 18 N

MODELO 15
            Dada a figura abaixo, determine:
                                    a) a aceleração do conjunto
                                    b) atração no fio

RESOLUÇÃO

    1.   Calcule PTA e a represente

    2.   Represente as forças de ação e reação no fio


 

PTA = PA · sen 30º


PTA = 20 · 0,5
PTA = 10 N

    3.   Aplique a 2ª Lei de Newton em cada bloco

  BLOCO A                                  BLOCO B

FRA = MA ·                             FRB = MB · 


PTA - T = 2                              T = 3 
10 - T = 2 

    Com estas equações monte um sistema de equações e o resolva

    Substituindo o valor da aceleração em uma das equações acharemos o valor da tração.

T=3
T=3·2
T=6N

RESPOSTAS:
                        a) 2 m/s²
                    b) 6 N

5.3 Forças em Plano Horizontal Liso (duas massas)

   Para a situação envolvendo duas massas, temos duas possibilidades


distintas, uma refere-se as massas em contatodireto, e a outra, quando ocorre
a conexão pela ação de um fio.

1. Contatodireto

Considere duas massas A e B,


de massas mA e mB em
contatodireto sendo deslocadas
através de A por uma força
horizontal , imprimindo ao
corpo uma aceleração horizontal
de acordo com a 2ª Lei de
Newton dado por (5.1). O
somatório das forças resultantes
segundo cada eixo são:

2.
3. de 1, obtém-se a aceleração do conjunto

4. e a partir de 2, as forças normais que agem em cada corpo

5.    As forças de contato são encontradas isolando os corpos e


escrevendo a 2ª Lei de Newton para cada um deles. Para o bloco A,
temos
6.
7. então, a força que o corpo B exerce em A após substituirmos o valor da
aceleração (5.7) é mostrada em (5.9)

8. A força que o corpo A exerce sobre o corpo B é simplesmente a


aceleração do conjunto multiplicado pela massa do corpo B como
mostrado em (5.10)

9. idêntico a equação (5.9) como esperado, pela 3ª Lei de Newton.

   Considere as massas A e B
sob a ação de uma força F
aplicada formando um ângulo
com a horizontal, de acordo
com a 2ª Lei de Newton (5.1)

10.
11. de 3, obtém-se a aceleração para as duas massas

12. observando 4, as forças normais são

13. Conectadas por um fio

Considere duas massas A e B,


de massas mA e mB
intercaladas por fio inextensível
(massa desprezível) e puxadas
por uma força horizontal
através de A, de acordo com a
2ª Lei de Newton dada por
(5.1), o somatório das forças
resultantes segundo cada eixo
pode ser escrito como

14.
15. somando-se as forças na direção horizontal e pela 3ª Lei de Newton
(5.2) TAB = TBA = T obtém-se a aceleração do conjunto

16. e a partir de 2, as forças normais que agem em cada corpo

   Considere as massas A e B
sob a ação de uma força F
aplicada formando um ângulo
com a horizontal, de acordo
com a 2ª Lei de Newton (5.1)

18.
19. de 3, obtém-se a aceleração das duas massas
20. observando 4, as forças normais são

21.

Forças sobre um objeto no plano


inclinado
Por Glauber Luciano Kítor
Quando um objeto se encontra sobre um plano inclinado, sofre a ação de uma força de
reação normal ao apoio, conforme figura 01.

Neste caso foi desprezada a força de atrito. A força peso age na vertical, dirigida para o
centro da Terra (de cima para baixo). Fixemos um plano cartesiano de coordenadas com
o eixo x paralelo ao plano inclinado e o eixo y apontando para a direção da força
normal, perpendicular a este plano. A força resultante na direção x é Px e pode ser
escrita em função do ângulo θ. Então se obtém:

Px = P.senθ

A força normal tem o mesmo módulo de Py:


N = Py

Se

Py = P.cosθ

Então

N = P.cosθ

Ou seja, neste sistema de referência adotado, a força peso é representada por duas
componentes, Px na direção x ou horizontal e Py na direção y ou vertical.

Fica evidente que quando o ângulo de inclinação do plano em relação à horizontal for
maior, maior será a intensidade da componente da força peso na direção x, e menor será
a intensidade da componente da força atuante na direção y, até um limite máximo, onde
o ângulo for de 90º. Neste caso, a componente Px é igual ao peso P e a componente Py
vale 0. Isso pode ser demonstrado:

Para a componente x:

Px = P.sen90º

Logo

Px = P.1

Pois

sen90º = 1

E obtemos:

Py = P

Para a componente y:

Py = P.cos90º

Logo,

Py = 0

Pois

cos90º = 0

Conforme havíamos comentado anteriormente.


Referências bibliográficas
HALLIDAY, David, RESNIK Robert, KRANE, Denneth S. Física 1, volume 1, 4 Ed.
Rio de Janeiro: LTC, 1996. 326 p.

PROBLEMA DE DINÂMICA #01

Um corpo de massa m = 10kg está apoiado num plano inclinado de  em relação à
horizontal, sem atrito, e é abandonado no ponto A, distante 20m do solo. Supondo a
aceleração da gravidade no local de módulo , determinar:

a) a aceleração com que o bloco desce o plano;

b) a intensidade da reação normal sobre o bloco;

c) o tempo gasto pelo bloco para atingir o ponto B;

d) a velocidade com que o bloco atinge o ponto B.

Solução:
a)

      

b)

                                   

Plano Inclinado
Exercícios sobre plano inclinado

Leia o artigo: Plano Inclinado

Questões:

01. Um bloco é colocado, em repouso, em um plano inclinado de a em relação ao plano


horizontal. Sejam k1 e K2 respectivamente os coeficientes de atrito estático e dinâmico
entre o bloco e o plano de apoio. Sendo g o módulo da aceleração da gravidade, pede-
se:  
 a) Qual a condição para que o bloco desça o plano?
 b) Calcule o módulo da aceleração, supondo que o bloco desce o plano.  

02. (UFPE) No plano inclinado da figura abaixo, o bloco de massa M desce com
aceleração dirigida para baixo e de módulo igual a 2,0m/s2, puxando o bloco de massa
m. Sabendo que não há atrito de qualquer espécie, qual é o valor da razão M/m?
Considere g = 10m/s2.  
  

03. No esquema da figura os fios e a polia são ideais e não se consideram resistência e o
empuxo do ar. O sistema é abandonado do repouso. Os blocos A e B têm massa de
2,0kg. O módulo de aceleração de gravidade vale 10m/s2 e a = 30°. 

Supondo a inexistência de atrito, determine: 


      a) o módulo da aceleração do sistema;
      b) a intensidade da força que traciona a corda.   

04. Considere um plano inclinado que forma ângulo q com o plano horizontal.  

                                      
Sendo sen q = 0,60, cos q = 0,80 e g = 10m/s2, calcule:  
 a) a intensidade da aceleração de um corpo que escorrega livremente neste plano, sem
atrito;  
 b) o coeficiente de atrito dinâmico entre um corpo e o plano, para que o corpo lançado
para baixo desça o plano com velocidade constante.  

05. (CESGRANRIO) Um corpo de massa m = 0,20kg desce um plano inclinado de 30°


em relação à horizontal. O gráfico apresentado mostra como varia a velocidade escalar
do corpo com o tempo. 
a) determine o módulo da aceleração do corpo;
b) calcule a intensidade da força de atrito do corpo com o plano. Dados: g = 10m/s 2, sen
30° = 0,50, cos 30° = 0,87.   

06. (VUNESP) Um bloco de massa 5,0kg está apoiado sobre um plano inclinado de 30°
em relação a um plano horizontal. 
Se uma força constante, de intensidade F, paralela ao plano inclinado e dirigida para
cima, é aplicada ao bloco, este adquire uma aceleração para baixo e sua velocidade
escalar é dada por v = 2,0t (SI), (fig.1). Se uma força constante, de mesma intensidade
F, paralela ao plano inclinado e dirigida para baixo for aplicada ao bloco, este adquire
uma aceleração para baixo e sua velocidade escalar é dada por v' = 3,0t (SI), (fig. 2). 

  
2
      a) Calcule F, adotando g = 10m/s .
      b) Calcule o coeficiente de atrito de deslizamento entre o corpo e o plano
inclinado.   

 07. (VUNESP) No plano inclinado da figura abaixo, o coeficiente de atrito entre o


bloco A e o plano vale 0,20. A roldana é isenta de atrito e despreza-se o efeito do ar. 

Os blocos A e B têm massas iguais a mcada um e a aceleração local da gravidade tem


intensidade igual a g. A intensidade da força tensora na corda, suposta ideal, vale:  
      a) 0,875 mg
      b) 0,67mg
      c) 0,96 mg
      d) 0,76 mg
      e) 0,88 mg   

08. Considere a figura abaixo: 

As massas de A, B e C são, respectivamente, iguais a 15kg, 20kg e 5,0kg. Desprezando


os atritos, a aceleração do conjunto, quando abandonado a si próprio, tem intensidade
igual a: Dados: g = 10 m/s2     sen q = 0,80     cos q = 0,60 
 
      a) 0,25 m/s2
      b) 1,75 m/s2
      c) 2,50 m/s2
      d) 4,25 m/s2
      e) 5,0 m/s2   

09. Uma garota de massa 50,0kg está sobre uma balança de mola, montada num
carrinho que desloca livremente por um plano inclinado fixo em relação ao chão
horizontal. Não se consideram atritos nem resistência do ar. 

O módulo da aceleração da gravidade local é igual a 10,0 m/s2. 


 a) Durante a descida, qual o módulo da componente vertical da aceleração da garota?
 b) Durante a descida, qual a leitura na escala da balança que está calibrada em
newtons? 
 
 
 
Resolução:
 
01.  a) tg a > k1
       b) a = g (sen a - k2 cos a)
02.  4,0

03.  a) 2,5 m/s2 


       b) 5,0N

04.  a) 6 m/s2  
       b) 0,75

05.  a) 2 m/s2 
       b) 0,60N 

06.  a) 2,5N 

      

07.  E

08.  B

09. a) 2,5m/s2  
      b) 375N
 

Questões resolvidas - Plano inclinado


1. (UERJ-RJ) Um bloco de massa igual a 1,0 kg repousa em equilíbrio sobre um plano
inclinado. Esse plano tem comprimento igual a 50 cm e alcança uma altura máxima em
relação ao solo igual a 30 cm. Calcule o coeficiente de atrito entre o bloco e o plano
inclinado.

Resolução

FR = Fx - Fat = 0
Fx = Fat 

Fx = P.senα 

Fat = μN
N = Py = P.cosα 
Fat = μ.P. cosα

P. senα = μ.P. cosα


μ = senα/cosα = tgα 

502 = 302 + x2
250 - 90 = x2
x2 = 160
x = 40 cm

μ = = tgα = 30/40 = 0,75

2. (Ufrrj-RJ) Um bloco se apóia sobre um plano inclinado, conforme representado no


esquema:

Dados: sen 30° = 0,5

Se o bloco tem peso de 700N, a menor força de atrito capaz de manter o bloco em
equilíbrio sobre o plano é

a) 350N.            
b) 300N.            
c) 250N.            
d) 200N.            
e) 150N.

Resolução

FR = Fx - Fat = 0
Fx = Fat  =P.senα 

Fat  = 700 . 0, 5 = 350 N

3. (Vunesp, 2011) Considere um carrinho de brinquedo (B) que seja capaz de exercer
uma força F, constante e paralela ao plano inclinado, sobre uma caixinha de fósforos
(C), enquanto sobe uma rampa inclinada de um ângulo α, conforme indica a figura:

Considere as seguintes afirmações sobre as forças atuantes sobre a caixinha de fósforos:


I. a força de atrito depende da massa da caixinha de fósforos;
II. a força de atrito independe da inclinação α;
III. a força resultante depende da massa da caixinha.
É (são) verdadeira(s) a(s) afirmação(ões)
(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

Resolução
Fat= μN
N = Py = P.cosα = m.a cosα
Fat= μ.m.a cosα

4. (IFPE, 2008) Um garoto de 30 kg deitado sobre um esqui desce, a partir do repouso,


um declive de 4,0 m de altura e forma um ângulo de 30º com a horizontal, conforme
indica a figura. Ao chegar à base, possui uma velocidade de 2 m/s. Qual o coeficiente de
atrito entre a lâmina do esqui e a superfície gelada? (Considere g = 10 m/s²)

a) 0,58.
b) 0,55.
c) 0,44.
d) 0,37.
e) 0,26.

Resolução
sen 30° = 4/Δs
0,5 = 4/Δs
Δs = 4/0,5 = 8 m

v2 = v02 + 2.a.Δs
22 = 02 + 2.a.8
a = 0,25 m/s2

sen 30° = Px/P


Px = P sen 30°
cos 30° = Py/P
Py = P cos 30°

Fat = N.μ = Py.μ

Fx = Px - Fat
Fx = Px - Py.μ
m.a = P sen 30° - P.μ cos 30°
m.a = m.g sen 30° - m.g.μ cos 30°
a = g sen 30° - g.μcos 30°
0,25 = 10.0,5 - 10.√3/2.μ
0,25 = 5 - 5√3.μ
5√3.μ = 4,75
μ = 4,75/5√3 = 4,75√3/15 = 0,55

5. (IME-RJ) No plano inclinado da figura, os corpos A e B, cujos pesos são de 200N e


400N, respectivamente, estão ligados por um fio que passa por uma polia lisa.

O coeficiente de atrito entre os corpos e o plano é 0,25. Determine a intensidade da


força  de modo que o movimento se torne iminente. Considere g=10m/s2, cos30°=0,87 e
sen30°=0,5.

Resolução

Forças atuando no corpo A

FR = F + Fx - FatA - FatB =  0
F + Fx = FatA + FatB

Fx  = PA.senα = 200 . 0,5 = 100 N

Fat = μN
N = PyA = PA.cosα 
FatA = μ.PA.cosα = 0,25 . 200  . 0,87 = 43,5 N

FatB =  μN =  μPB = 0,25 . 400  = 100 N


F + Fx = FatA + FatB
F + 100 = 43,5 + 100
F = 43,5 N

Plano Inclinado
 

O Plano Inclinadopermite a redução da força para subida de um corpo a custo de uma


distância maior a percorrer. Como se diz: “Vantagens e Desvantagens“. Veja o

exemplo, abaixo.

Viu a experiência na imagem? 

As equações envolvidas neste tópico são tiradas de análises que serão vistas em alguns
casos específicos. Por isso, acompanhe cada passo para vê-las e entender.

Plano Inclinado - O que é


[wikiboxlang = “pt”]Plano inclinado[/wikibox]

 
Siga os Passos

Entenda os detalhes

Plano Inclinado

O Plano inclinado pode facilitar algumas tarefas a quem deseja erguer um bloco como
pode ser visto na imagem que segue, desde que seja praticamente sem atrito.

Repare o seguinte:

No primeiro caso só podemos erguer o bloco se aplicarmos uma força vertical para cima
para vencer a Força Peso. Logo a força para erguê-lo deve ser maior que a força Peso.
Mas e no segundo caso?

Para entender melhor toda esta situação, analisemos dois casos:

Sem Atrito

A análise de forças para um plano sem atrito segue apenas com a ação destas forças:

Mais precisamente teremos esta situação levando em conta a decomposição destas em


componentes x e y:
 

Repare que pelo fato de o plano ser sem atrito, é claro que o bloco vai descer seguindo a
componente Px uma vez que N neutraliza Py.

Analisando o Plano Inclinado

Analisando em y

 N = Py logo, a resultante em y é zero, ou seja, o bloco nem sobe, nem desce em y.

Py = P .cosӨ = m . g .cosӨ

(Veja Trigonometria)

ou

 N = m .g . cosӨ 

 
Analisando em x

O corpo descerá devido a Px e, pela segunda lei de Newton, esta é a força resultante
nele.

Logo

Frx = Px 

ou

m . a = P . senӨ = m . g . senӨ
cancelandom

  a = g . senӨ 

  O bloco desce com aceleração g .senӨque não depende da massa. 

Caso queiramos fazer o bloco subir pelo plano basta que apliquemos uma força F que
seja maior que Px que por sua vez é menor que P. Para ver que Px é menor que P basta
ver os tamanhos dos vetores na imagem.

  Assim, nitidamente, comparado a erguer o bloco na primeira figura, usa-se uma força
menor. 

Com Atrito

A análise de forças para um plano com atrito:

Fazendo a decomposição de forças tem-se

Analisando em y
Vale exatamente toda a análise executada para o plano sem atrito:

N = Py logo a resultante em y é zero, ou seja, o bloco nem sobe, nem desce em y.

Py = P .cosα = m . g .cosα

(Veja Trigonometria)

ou

 N = m .g . cosα 

Analisando em x

Bloco em repouso

Isto significa que a Fate neutraliza Px e, logo

Fate = Px

μate . N = m .g . senα

μate . m .g .cosα = m . g .senα

ou

 μate = senα / cosα = tgα 

 Repare que o coeficiente de atrito estático varia com ângulo de inclinação α 

 
Bloco em movimento

Pela segunda lei de Newton

-   Descida

Frx = Px – Fatd

m . a = m . g . senα – μatd . N

M .a = m . g . senα – μatd . m . g cosα

 a = g . (senα – μatd .cosα) 

 Esta será a aceleração de descida do bloco se Px for maior que Fatd 

 
-   Subida

Ele estará subindo por uma F no sentido oposto de Px

Então pela segunda lei de Newton

Frx = F – (Px + Fatd)

m . a = F – (m . g . senα + μatd . m . g . cosα)

m . a = F – m .g . (senα + μatd . cosα)

m . a = F – P . (senα + μatd . cosα)

 Assim, se (senα + μatd . cosα) > 1, então, a F a ser aplicada para movimentar o bloco,
terá de ser maior que P (Pois P . (senα + μatd  . cosα) > P) e não será vantagem utilizar o
plano inclinado. O que acha? Há mais algo a dizer?  

Lembre-se que para toda a análise acima tem-se que:

• Foi definido o plano cartesiano com inclinação igual ao plano inclinado, ou seja, com
o eixo x formando um ângulo igual ao do plano, e o eixo y, perpendicular ao eixo x;

• A força Normal é igual à decomposição da força Peso no eixo y;

• O ângulo formado entre a força Peso e a sua decomposição no eixo y, será igual ao
ângulo formado entre o plano e a horizontal;

• Se houver força de atrito, esta se oporá ao sentido da força resultante.

 
O estudo do plano inclinado pode apresentar diversas variações de casos
incluindo outros elementos. Veja com atenção os exercícios e a referência
abaixo para ver que isto ocorre. 

E aqui é o fim desta pequena aula de Plano Inclinado. Pesquise-o e colabore


aqui enviando para o grupo de Mecânica para compartilhar seu aprendizado
disponibilizando-o na opção documentos. Compartilhe! Abaixo você terá

links para se aperfeiçoar.

Exercícios resolvidos
Deixaremos aqui links para muitos exercícios resolvidos para que você aprenda mais
sobre este assunto. Veja e divirta-se!

1.   Exercícios de Plano Inclinado

2.   Exercícios Resolvidos de Plano Inclinado

3.   Plano Inclinado – Exercícios

4.   Veja muito mais em link de busca do googleExercícios de Plano Inclinado

Referências
(Você também pode usar o comentário para isto)

Links

1.   Definição de Plano Inclinado

2.   Plano Inclinado

3.   Mecânica Plano Inclinado

4.   Veja muito mais em link de busca do google Plano Inclinado

Determine a força tensora no cabo que


sustenta a cabine de um elevador?
Massa da cabine do elevador= 500 kg
g=10m/s²
a) sobe com velocidade constante
b) sobe com aceleração 2m/s²
c) sobe com movimento uniformemente retardado de aceleração 2m/s²
d) desce com movimento uniformemente retardado de aceleração 2m/s²
Melhor resposta

 KnowerKoll respondido 2 anos atrás


dados:
m = 500kg
g = 10m/s²

a)
T = mg
T = 500.10
T = 5000N

b)
T = m(g + a)
T = 500.(10 + 2)
T = 500.12
T = 6000N

c)
T = m(g - a)
T = 500(10 - 2)
T = 4000N

d)
T = m(g + a)
T = 500(10 + 2)
T = 5000N

De um corpo A de massa ma = 2,0 kg pende uma corda homogênea de massa mc = 4,0


kg, presa a um bloco de massa mb = 4,0 kg, conforme a figura. Uma força vertical
constante, de intensidade F = 180 N, solicita o bloco A para cima. Desprezando-se o
efeito do ar e adotando-se g = 10 m/s², calcule:

[Você precisa estar registrado e conectado para ver este link.]

a) a intensidade da aceleração do sistema

Resolução
É possível se verificar que a resultante do sistema pode ser expressa por:

Rs = F - Pa - Pb - Pc, onde:

Pa: peso do corpo A


Pb: peso do corpo B
Pc: peso da corda

Então, temos:

Rs = 180 - 20 - 40 - 40
Rs = 80 N (i)

A 2ª Lei de Newton garante:

Rs = ms.a, onde:

Rs: resultante das forças que atua sobre o sistema


ms: massa do sistema
a: aceleração do sistema
ms = ma + mc + mb = 10,0 kg

Rs = 10.a (ii)

Das igualdades (i) e (ii), vem:

10a = 80
a = 8,0 m/s²

b) a intensidade da força tensora no meio da corda.

???

Resposta: 108N

Última edição por jesselp em SabJul 23 2011, 10:42, editado 1 vez(es)

jesselp
Recebeu o sabre de luz

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Re: Força tensora no meio da corda


 por Elcioschin em SexJul 22 2011, 11:22

Isolando o corpo B e metade da corda:

T = tração no meio da corda


P = peso de B + metade do peso da corda ---> P = (4 + 4/2)*10 ----> P = 60 N

T - P = m*a ---> T = 60 = (4 + 4/2)*8 ----> T - 60 = 48 ---> T = 108 N

Elcioschin
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função da força nas extremidades e uma força aplicada a meio do
seu comprimento total

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Permissão deste fórum:

Princípios da dinâmica
Medidas de forças

Questões

1 a 5  |  6 a 10  |  11 a 13

6.(MED. POUSO ALEGRE) - Três blocos são atados como mostra a figura; são puxados, no
espaço interestelar onde a gravidade é desprezível, com aceleração de 10 m/s 2. Calcule as
intensidades das forças de tração nas cordas.

   
7.No esquema, existe atrito entre o bloco A e o plano de apoio. O sistema está com velocidade
constante.

    Determine:

    a) a intensidade da força de atrito entre o bloco A e o apoio;

    b) a intensidade da força trocada entre A e B;

    Dados: massa do bloco A = 4,0 kg

             massa do bloco B = 2,0 kg

             módulo da aceleração da gravidade local = 10 m/s2

     

8.No esquema a seguir não existem forças dissipativas.

    Os blocos A, B e C têm massas iguais a 1,0 kg e estão sobre um plano horizontal. A força
aplicada em B tem intensidade F = 15 N.

    a) calcule o módulo da aceleração do sistema;

    b) calcule o módulo da força tensora no fio;


    c) calcule o intensidade da força trocada entre A e B.

     

     

9. (PUC-SP) - O sistema representado na figura tem massa total de 100 kg e é puxado para a
direita por uma força que o acelera uniformemente sobre trilhos sem atrito. O dinamômetro
ligado à esfera, de massa 10 kg, que pode deslizar sem atrito sobre a prancha horizontal acusa
uma força de 5,0 N durante a aceleração. Calcule o módulo da aceleração do sistema e da
força F aplicada ao sistema.

   

10. (FEI-SP) - Os blocos representados na figura abaixo possuem, respectivamente, massas


m1 = 2,0 kg e m2 = 4,0 kg; a mola AB possui massa desprezível e constante elástica K = 50
N/m. Não há atrito entre os dois blocos e nem entre o bloco maior e o plano horizontal.
Aplicando-se ao conjunto a força F constante e horizontal, verifica-se que a mola experimenta
uma deformação de 20 cm. Qual a aceleração do conjunto e qual a intensidade da força F?

   

Forças de Atrito
por Luís Coelho, Marco Fernandes, Ronaldo Filipe e Tiago Monteiro

INTRODUÇÃO

Quando dois corpos deslizam um sobre o outro, existem, nas superfícies de


contacto de cada um, forças que se opõem ao movimento, estas são designadas por
forças de atrito. No entanto, pode suceder que não haja movimento e existam forças de
atrito. É o que sucede quando um corpo está parado num plano inclinado, de atrito não
desprezável.

Estas forças, forças de atrito, desempenham um papel bastante importante no dia-a-dia.


Sem a sua existência seria impossível caminhar, escrever, agarrar um qualquer
objecto,...
As forças de atrito provocam também o desgaste nas peças móveis
das máquinas e são responsáveis pelo seu aquecimento, ao aumentarem a
sua energia interna.

Considerando um bloco assente sobre uma superfície horizontal polida e se a este bloco
for aplicada uma força , horizontal, de fraca intensidade verifica-se que o bloco não
se move, a força não foi suficiente para provocar o deslizamento do bloco. Se tal não
aconteceu significa que nesse mesmo bloco não actuam apenas as forças , e ,
actua igualmente uma força de intensidade igual a mas de sentido contrário,
impedindo o movimento do bloco. Essa é uma força de atrito.

Enquanto o bloco permanece em repouso, a força de atrito tem sempre intensidade


proporcional à intensidade da força , no entanto quando a força atinge determinada
intensidade o bloco entra em movimento, desliza.

Após o bloco entrar em movimento, se a força for mantida o bloco descreve um


movimento rectilíneo uniformemente acelerado, se se diminuir a intensidade da força
o bloco mantém um movimento uniforme. Assim sendo, verifica-se que mesmo não
havendo movimento do bloco em relação à superfície horizontal existe sempre uma
força de atrito que se opõe ao seu movimento, neste caso uma força de atrito estático.
Aumentando a intensidade da força verifica-se que para determinado valor dessa
força o bloco está na iminência de entrar em movimento, nesse instante a força de atrito
estático atingiu o seu valor máximo, é designada então por força máxima de atrito

estático ou por força de atrito de arranque, .

Para que o corpo entre em movimento a força terá que ser superior
à intensidade da força máxima de atrito estático. A força de atrito, depois
de iniciado o movimento, normalmente diminui e passa a designar-se por

força de atrito cinético .

Graficamente, é observável que a força de atrito estático aumenta em função da força


, logo a sua intensidade é proporcional à da força . Quando essa força de atrito atinge
o seu valor máximo o corpo fica na iminência do movimento. Para valores da força
superiores, o corpo passa a mover-se com força de atrito de valor constante e
geralmente inferior ao valor da força máxima de atrito estático, sob a acção da força de
atrito cinético.
A força de atrito manifesta-se sempre que um corpo tende a mover-se sobre outro ou se
move, é uma força tangencial pois é paralela à superfície de contacto entre os dois
corpos e além disso tem sentido contrário ao movimento de um corpo em relação ao
outro.

O atrito de escorregamento, este tipo de atrito, manifesta-se sobretudo devido à


existência de reentrâncias e saliências, que mesmo uma superfície muito polida
apresenta. Quando são colocados dois corpos, um sobre o outro, essas reentrâncias e
saliências, existentes em ambos os corpos, encaixam, impedindo assim o movimento.
No entanto se nas superfícies de contacto entre os dois corpos for aplicado um
lubrificante o atrito é reduzido, isto acontece pois os lubrificantes enchem as depressões
existentes nas superfícies dos corpos, facilitando o seu deslizamento.

O atrito de escorregamento foi estudado por Leonardo de Vinci (1452- 1519) que
descobriu experimentalmente as leis empíricas a que este obedece.

A diferença entre atrito estático e atrito cinético foi, no entanto, descoberta


posteriormente, por Coulomb (1 736-1806).

Logo, verifica-se que entre duas superfícies, não lubrificadas:

Primeira lei:

A intensidade da força de atrito é independente da área das superfícies


em contacto, isto é, a força de atrito não depende da área de contacto
das superfícies.

Segunda lei

1.     A intensidade da força máxima de atrito estático é directamente


proporcional à intensidade da reacção normal, quando as duas
superfícies estão em repousouma em relação à outra;
 

2.     A intensidade da força de atrito cinético é directamente proporcional


à intensidade da reacção normal quando há movimento relativo das
duas superfícies. A intensidade da força de atrito cinético é também
independente da velocidade relativa das duas superfícies desde que
esta não seja muito elevada.

Estas duas leis traduzem expressões que permitem calcular a intensidade da e da


:

As constantes de proporcionalidade, são designadas por coeficientes

de atrito estáticos ( ) e coeficientes de atrito cinético ( ).

Os coeficientes de atrito defendem da natureza das superfícies de


contacto, ou seja, são característicos de cada par de materiais em contacto.

No entanto, geralmente

 
Materiais Coeficiente de Atrito Coeficiente de Atrito
Estático Cinético
Cabedal e Madeira 0,5 – 0,6 0,3 – 0,5
Cabedal e Metal 0,3 – 0,5 = 0,3
Metal e Metal 0,15 – 0,24 = 0,1
Metal e Madeira 0,4 – 0,6 0,3 – 0,5
Madeira e Madeira 0,4 – 0,7 = 0,3
Aço e Gelo = 0,03 0,015

Quadro 1 – comparação de coeficientes de atrito estáticos ( ) com coeficientes

de atrito cinético ( ), em relação a vários pares de materiais.

A actividade experimental relatada neste ensaio consiste em três


pontos:
 

• Puxar um corpo, sobre uma superfície e exercer sobre ele uma força de
modo a que este se desloque.

• Colocar um corpo sobre uma superfície inclinada até que o corpo,


sobre ela, fique na eminência de escorregar.

• Determinar relativamente a diversos pares de materiais.


Neste caso as forças que vão actuar no corpo são, força gravítica , a reacção normal

e a força de atrito estático, . Assim, uma vez que não existe movimento,
estas forças equilibram-se. Deste modo é possível decompor a em duas
componentes, uma normal e uma tangencial.

Temos, que:

Como,

Então,

 
Se:

Fica:

Assim, medindo o ângulo para o qual o corpo fica na iminência de


entrar em movimento e achando a sua tangente, fica-se a conhecer o
coeficiente de atrito estático entre a superfície do corpo e a superfície do
plano inclinado.

MATERIAL
Três garrafões de água de 5 litros com um bocado de areia;

Tábua de madeira, (plano horizontal e plano inclinado);

Tábua de madeira, (corpo)

Papel;

Mesa horizontal;

Manual de física;
Lápis;

Fita métrica, (min: 1 mm; máx: 5 m);

Fita cola;

Dinamómetro (min: 0,1 N; máx: 2,5 N);

Dinamómetro (min: 0,2 N; máx: 5 N);

Calculadora gráfica casio;

Borracha;

Balança digital;

PROCEDIMENTOS

1ª Experiência:

Para efectuar a experiência dispusemos de três garrafões de plástico,


areia, uma balança digital, fita-cola e um dinamómetro com a escala
mínima de 0.1N.

Inicialmente colocamos um pouco de areia dentro de cada garrafão,


para aumentar as suas massas, e pesámos os ditos garrafões.

 De seguida calibrou-se o dinamómetro e colocou-se um garrafão


(A) sobre a mesa, apoiado pela sua face de maior área, prendeu-se
o dinamómetro á gola do garrafão, e puxando-o lentamente
registou-se o valor medido pelo dinamómetro assim que o
garrafão entrou em movimento.

 Sequencialmente repetimos, duas vezes estes últimos passos de


puxar o dinamómetro e registar o seu valor, quando o garrafão
(A) entrava em movimento e, três vezes estes últimos passos,
mas para dois garrafões (A e B) sobrepostos e ainda para três
garrafões(A, B e C), isto sempre com a face de maior área assente
sobre a mesa.

 Para uma melhor organização de dados, registaram-se todos os


dados recolhidos, em dois quadros, um para as massas dos
garrafões e outro para os valores de arrastamento medidos pelo
dinamómetro.

 Com a ajuda dos dados recolhidos, até estes procedimentos,


calcularam-se as intensidades da reacção normal sobre a mesa,
para as três situações (A, A+B e A+B+C), e calculou-se também
as respectivas forças de atrito estático máximo, registando os
dados num quadro.

 Construiu-se um gráfico, em que segundo o eixo vertical colocou-


se a força de atrito estático máxima entre as superfícies da mesa e
dos garrafões, e segundo o eixo horizontal colocou-se a reacção
normal que a mesa exerce sobre os ditos garrafões.

Determinou-se o coeficiente de atrito estático referente ao


contacto entre as superfícies da mesa e dos garrafões.

 Colocou-se o garrafão (A) sobre a mesa, mas desta vez assente


sobre a sua face de área intermédia, puxando de imediato e
lentamente o dinamómetro, registando assim o seu valor de
quando o garrafão entrou em movimento, repetiu-se este mesmo
passo mais duas vezes e também para as situações de dois e três
garrafões sobrepostos.

 Determinou-se um valor médio para os três valores das três


situações, obtidos através do dinamómetro, registaram-se todos os
dados recolhidos num quadro e com a ajuda desses mesmos dados
e ainda das massas dos garrafões determinaram-se as respectivas
forças de atrito estático máximo.

2ª Experiência:
 

Para efectuar a experiência dispusemos de um plano inclinado em


madeira, de uma fita métrica com escala mínima de 1mm e uma pequena
tábua de madeira.

    Começámos por medir o comprimento do plano inclinado, colocámos


a tábua em cima do plano e fomos inclinando-o lentamente até a tábua
estar na eminência de entrar em movimento, medindo-se de seguida a
altura a que se encontrava o ponto mais alto do plano, com o intuito de
determinar o ângulo em que tal se verifica. Seguidamente repetimos toda
esta experiência mais quatro vezes.

    Consecutivamente determinou-se o coeficiente de atrito estático


entre as superfícies do plano inclinado e da pequena tábua, assim como o
seu valor médio e registamos todos os valores num quadro.
Progressivamente determinámos os desvios padrão, a incerteza absoluta
e a incerteza relativa para os coeficientes de atrito estático.

 
RESULTADOS OBTIDOS

Após a realização da actividade experimental e dos respectivos registos procedemos à


realização dos cálculos necessários que nos permitirão obter as conclusões.

Força de atrito entre o garrafão de plástico e a mesa num


plano horizontal

 
Medimos a massa de cada garrafão, com recurso à balança digital, e registamos
os seguintes valores:

Garrafão Massa (Kg)


A 0,499
B 0,413 Quadro 2- Valores da
C 0,294 massa de cada garrafão

Colocamos um garrafão assente sobre uma mesa, apoiado sobre a face de maior
área e prendemos o dinamómetro à gola do garrafão. Puxamos 3 vezes lentamente e
registamos o valor medido pelo dinamómetro assim que ele entra em movimento.
Fizemos o mesmo para dois e três garrafões. Registamos os seguintes valores:

Garrafão\Tentativa 1.º 2.º 3.º Média


A 1,10 N 1,15 N 1,10 N 1,12 N
A+B 2,15 N 2,20 N 2,15 N 2,17 N
A+B+C 2,75 N 2,80 N 2,90 N 2,82 N

Quadro 3- Valor da força necessária para que o garrafãoentre em movimento, medido


pelo dinamómetro. Com a face de maior área do garrafão em contacto com a superfície.

Fomos calcular a intensidade da reacção normal, para:

1.     um (A) garrafão.

2.     dois (A+B) garrafões.


3.     três (A+B+C) garrafões.

Figura 1 – Representação das forças que actuam no garrafão.

1.     Garrafão A

Temos que:

Como,

Então,
A reacção normal que a mesa exerce sobre o garrafão A é de aproximadamente 4.89 N.

2.     Garrafão A + B

A reacção normal que a mesa exerce sobre os garrafões A+B é aproximadamente


8.94 N.

3.     Garrafão A + B + C
 

A reacção normal que a mesa exerce sobre os garrafões A+B+C é aproximadamente de


11.82 N.

Fomos calcular a partir de valores médios da força necessária para que o


garrafãoentre em movimento, a força de atrito estático máximo para:

1.     um (A) garrafão.

2.     dois (A+B) garrafões.

3.     três (A+B+C) garrafões

O instante da força de atrito estático máximo é quando o bloco está na iminência de


entrar em movimento. Neste instante, temos que:

 
1.     Garrafão A

2.     Garrafão A + B

3.     Garrafão A + B + C
Na tabela seguinte, está apresentado o valores calculados da força de
atrito estático máximo para as 3 situações. Também é apresentado o valor

médio da força , exercida no garrafão.

Garrafão Força exercida no corpo, Força de atrito


quando este está na
eminência de se mover / N estático máximo / N

 
A 1,12 1,12
A+B 2,17 2,17
A+B+C 2,82 2,82

Quadro 4 - Valores da força de atrito estático máximo para as 3 situações comparada


com a força necessária para que o garrafão entre em movimento

De seguida iremos relacionar a força de atrito estático máximo com a reacção normal que a mesa exerce sobre o

garrafão:

Garrafão Reacção Normal / N Força de atrito


estático máximo / N
A 4,89 1,12
A+B 8,94 2,17
A+B+C 11,82 2,82

Quadro 5 – Relação da força de atrito estático máximo com a reacção normal que a
mesa exerce sobre o garrafão.

Graficamente, fica:

 
O coeficiente de atrito estático referente a este par de materiais (garrafão de plástico e uma mesa ) em contacto,

em relação a:

1.     um (A) garrafão.

2.     dois (A+B) garrafões.

3.     três (A+B+C) garrafões

Como,

1.     Garrafão A

O coeficiente de atrito estático entre a mesa e o corpo (A) é aproximadamente de


0,23.

2.     Garrafão A + B
 

O coeficiente de atrito estático entre a mesa e o corpo (A+B) é aproximadamente


de 0,24.

3.     Garrafão A + B + C

O coeficiente de atrito estático entre a mesa e o corpo (A+B+C) é


aproximadamente de 0.24.
 

Colocamos um garrafão assente sobre uma mesa, apoiado sobre a face de menor
área e prendemos o dinamómetro à gola do garrafão. Puxamos 3 vezes lentamente e
registamos o valor medido pelo dinamómetro assim que ele entra em movimento.
Fizemos o mesmo para dois e três garrafões. Registamos os seguintes valores:

Garrafão\Tentativa 1.º 2.º 3.º Média


A 1,05 N 1,20 N 1,05 N 1,10 N
A+B 2,20 N 2,15 N 2,20 N 2,18 N
A+B+C 2,80 N 2,85 N 2,85 N 2,83 N

Quadro 6- Valor da força necessária para que o garrafãoentre em movimento, medido


pelo dinamómetro (N). Com a face de menor área do garrafão em contacto com a
superfície.

Fomos calcular a partir de valores médios da força necessária para que o


garrafãoentre em movimento, a força de atrito estático máximo para:

1.     um (A) garrafão.

2.     dois (A+B) garrafões.

3.     três (A+B+C) garrafões

O instante da força de atrito estático máximo é quando o bloco está na iminência de


entrar em movimento. Neste instante, temos que:

1.     Garrafão A
 

2.     Garrafão A + B

3.     Garrafão A + B + C

 
Na tabela seguinte, está apresentado o valores calculados da força de
atrito estático máximo para as 3 situações. Também é apresentado o valor

médio da força , exercida no garrafão.

Garrafão Força exercida no garrafão, Força de atrito


quando este está na
eminência de se mover / N estático máximo / N

 
A 1,10 1,10
A+B 2,18 2,18
A+B+C 2,83 2,83

Quadro 7 - Valores da força de atrito estático máximo para as 3 situações comparada


com a força necessária para que o garrafão entre em movimento.

Força de atrito entre uma tábua ( corpo) e uma superfície de madeira inclinada

Comprimento do plano inclinado =


0.934 m
 

Colocou-se uma tábua em cima de um plano inclinado, inclinamo-lo


lentamente 5 vezes, e verificamos o momento em que a tábua está na eminência de
entrar em movimento. Neste momento medimos e registamos a altura do plano
inclinado:

 
Número de Altura em que a tábua Angulo (graus) formado
tentativas está na eminência de pelo plano inclinado em
entrar em movimento / m relação à horizontal
1 0,485 31,28º
2 0,445 28,45º
3 0,460 29,51º
4 0,500 32,37º
5 0,450 28,80º

Quadro 8 - Altura do plano inclinado, em que a tábua está na eminência de entrar em


movimento, e o seu respectivo angulo com a horizontal.

A partir da altura do plano inclinado ( cateto oposto ), e do seu

comprimento ( hipotenusa ) calculou-se o angulo para cada tentativa:

=?
 

O coeficiente de atrito estático para cada situação:

Figura 3 – Representação de todas as forças que actuam na


tábua (corpo).

como,
 

Logo,


 

Tentativa Coeficiente de atrito


estático
1 0,61
2 0,54
3 0,57
4 0,63
5 0,55

Quadro 9 - Coeficiente de atrito estático para cada uma das tentativas.

Valor médio do coeficiente de atrito estático:

= =

Incerteza absoluta ( )

 
 

maior desvio relativamente à média = 0,05

Incerteza relativa ( )

DISCUSSÃO e CONCLUSÃO

A realização desta actividade experimental, tinha como principais objectivos estudar e


relacionar as forças de atrito com a reacção normal da superfície em contacto, suas leis e
determinação de coeficientes de atrito estático entre diversos pares de materiais.
Nesta actividade experimental podemos concluir, através da análise dos resultados, que
a força de atrito estático máximo e o coeficiente de atrito estático dependem de muitos
factores.

Para a primeira situação, que tinha como objectivo principal verificar se a força de atrito
estático máximo dependia da área da superfície dos dois materiais em contacto, foi
utilizado uma placa de madeira e um garrafão de plástico com faces de diferentes áreas.
Após a realização dos vários ensaios podemos observar que para um mesmo garrafão,
ao arrasta-lo sobre uma superfície de madeira segundo a sua face maior, a força que
indicava no dinamómetro era de 1,12 N, logo essa era a força que se deveria exercer
sobre o garrafão para que este se arrastasse a uma velocidade constante, pois existiria
uma força de atrito para contrariar o movimento. Se colocarmos o garrafão com a sua
superfície menor sobre a tábua de madeira, a força que indicava no dinamómetro era de
1,10 N. Esta diferença de intensidades, é mínima e deve-se a erros de medição.
Podemos concluir que a intensidade da força que exercermos para que o garrafão se
desloque com a sua superfície de menor contacto é igual à intensidade da força que teria
de se exercer se estivesse com a sua superfície maior contacto. O mesmo se pode
verificar para dois e três garrafões, a intensidade da força que exercermos para que o
garrafão se desloque com a sua superfície de menor contacto é igual à intensidade da
força que teria de se exercer se estivesse com a sua superfície maior contacto.

Assim podemos, concluir que a intensidade da força de atrito não depende da área de
contacto, respeitando assim a Primeira Lei do Atrito, que nos diz que a força de atrito
não depende da área de contacto das superfícies, pois, quando duas superfícies estão em
repouso relativo, a intensidade da força máxima de atrito estático é directamente
proporcional à intensidade da reacção normal - Segunda Lei do Atrito.

Ainda dentro da mesma actividade experimental, tínhamos como objectivo verificar se a


massa do corpo assente na superfície influenciava a força de atrito estático máximo, e
verificar também com estão relacionadas entre si as intensidades da força máxima de
atrito estático e a da reacção normal.

Determinou-se a massa de dos três garrafões separados. Verificou-se que a massa de


cada garrafão variava, isto devido, principalmente às diferentes quantidades de areia que
cada um continha.

Podemos concluir que a intensidade da força de atrito , será directamente


proporcional à reacção normal , isto é, depende da massa do corpo, pois esta
influencia a força exercida pelo corpo sobre a superfície , que por sua vez irá fazer
com que exista uma da superfície sobre o corpo.
Como foi verificado experimentalmente, com o aumento da massa existe também um
aumento da , e da . Também verificamos que terá de haver um aumento da
intensidade da força para que o corpo se desloque. Podemos observar isto quando se pôs
2 garrafões em cima um do outro, e medimos a intensidade da força a partir do
dinamómetro, que por sua vez aumentou. O mesmo se sucede se pusermos 3 garrafões
uns em cima dos outros.

Esta actividade experimental tinha igualmente como objectivo determinar e verificar a


relação de um ângulo de um plano inclinado e coeficiente de atrito estático
relativamente à tábua (corpo) e à superfície do plano inclinado. Assim como se pode
observar e concluir, podemos dizer que apenas a partir de um certo ângulo, o garrafão
entrava em movimento. Esse movimento era atingido quando o plano inclinado atingia
aproximadamente 30,08º (angulo médio, das 5 medições feitas ).

Logo para um certo ângulo que a superfície faz com a horizontal existe uma força de
atrito estático máximo que é vencida fazendo com que o corpo entre em movimento
apenas com a acção da força gravítica.

Um factor bastante importante, e que não podemos concluir nada acerca dele é as forças
de atrito que são de maior ou menor intensidade atendendo à natureza da superfície, isto
porque, a experiência apenas visava duas situações completamente distintas:

1.     a primeira situação consistia em deslocar um garrafão de plástico


em uma superfície horizontal de madeira, puxando-o com um
dinamómetro.

2.     a segunda situação consistia ter uma tábua em cima de um plano, e


inclina-lo lentamente, verificando o angulo em que a tábua está na
eminência de entrar em movimento.

Com a realização desta actividade experimental a maior parte dos nossos objectivos
foram conseguidos, isto porque se procurou realizar a actividade com o maior rigor e
exactidão, para que no final as discrepâncias fossem mínimas, no entanto para alem dos
factores de influência já nossos conhecidos, existiram ainda factores que foram alheios à
nossa percepção e não puderam ser controlados.

 
 

BIBLIOGRAFIA
Maria, Marques De Sá - Física 11º Ano; Texto Editora; págs. 10 a 26.

Maria, Marques De Sá – Física 12º Ano; Texto Editora; págs. 11 a 65.

Site da Internet: www.form.cce.ms/physica

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