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1 Escopo
1.1 Esta parte da ISO 8894 especifica um
método de fio quente para a determinação
da condutividade térmica de produtos e
materiais refratários.
1.2 O método é aplicável a temperaturas
até 1 250 OC inclusive e a materiais cuja
condutividade térmica seja inferior a 25
W/(mK). Materiais eletricamente
condutores são excluídos.
1.3 Sujeito aos limites em 1.2, o método é
aplicável a materiais em pó ou granulados
(ver 7.2).
NOTAS
1 A condutividade térmica dos tijolos
colados e dos refratários não moldados
(monolíticos) preparados pode ser afetada
pela quantidade apreciável de água que é
retida após o endurecimento ou pega e é
liberada na queima. Esses materiais
podem, portanto, exigir pré-tratamento; a
natureza e extensão de tal pré-tratamento
e o período durante o qual o corpo de
prova é mantido na temperatura de
medição, como preliminar para a
realização do teste, são detalhes que estão
fora do escopo desta parte da ISO 8894 e
devem ser acordados entre as Partes
interessadas.
2 Em geral, é difícil fazer medições em
materiais anisotrópicos, particularmente
aqueles que contêm fibras, e o uso deste
método para tais materiais também deve
ser acordado entre as Partes envolvidas.
1.4 A determinação da condutividade
térmica pelo método de fio quente (Cross-
array) é objeto da ISO 8894-1.
2 Referências normativas
As seguintes Normas contêm disposições
que, por referência neste texto, constituem
disposições desta parte do
ISO 8894. No momento da publicação, as
edições indicadas eram válidas. Todas as
Normas estão sujeitas a revisão, e as Partes
de acordos baseados nesta parte da ISO
8894 são encorajadas a investigar a
possibilidade de aplicar as edições mais
recentes das normas indicadas abaixo. Os
membros da IEC e ISSO mantêm registros
de Normas Internacionais atualmente
válidas.
ISO 5022: 1979, Produtos refratários
moldados - Testes de amostragem e
aceitação.
ISO 8894-1: 1987, Materiais refratários -
Determinação da condutividade térmica -
Parte 1: Método de fio quente de matriz
cruzada).
3 Definições
Para os propósitos desta parte da ISO 8894,
aplicam-se as seguintes definições.
3.1 condutividade térmica, A,: Densidade
da taxa de fluxo de calor dividida pelo
gradiente de temperatura.
A unidade de condutividade térmica é o
watt por metro-kelvin.
3.2 difusividade térmica, a: Condutividade
térmica dividida pela capacidade calorífica
por unidade de volume.
A unidade de difusividade térmica é o
metro quadrado por segundo.
3.3 potência, P: Produto da diferença de
corrente e potencial.
A unidade de potência é o watt (volt-
ampères).
4 Princípio
O método de fio quente (paralelo) é um
procedimento de medição dinâmico
baseado na medição do aumento de
temperatura em um determinado local e a
uma distância especificada de uma fonte
de calor linear encaixada entre dois corpos
de prova.
Os corpos de prova são aquecidos em um
forno a uma temperatura especificada e
mantidos nessa temperatura. O
aquecimento local adicional é fornecido
por um condutor elétrico linear (o fio
quente) que é embutido na peça de teste e
transporta uma corrente elétrica de
potência conhecida que é constante no
tempo e ao longo do comprimento da peça
de teste.
Um termopar é instalado a uma distância
especificada do fio quente, os fios do
termopar são paralelos ao fio (consulte a
figura 1). O aumento da temperatura em
função do tempo,
medida a partir do momento em que a
corrente de aquecimento é ligada, é uma
medida da condutividade térmica do
material sf do qual os corpos de prova são
feitos.
5 Aparelho
5.1 Forno, aquecido eletricamente, capaz
de realizar um ou mais conjuntos de teste
(ver 6.2) até uma temperatura máxima de
1 250 °C. A temperatura em quaisquer dois
pontos na região ocupada pelos corpos de
prova não deve diferir em mais de 10 °C. A
temperatura medida na parte externa do
conjunto de teste durante um teste (de
duração de cerca de 15 min) não deve
variar mais de & 0,5 OC, e deve ser
conhecida com uma precisão de + 5 OC.
5.2 Fio quente, preferencialmente de
platina ou platina/ródio, com cerca de 200
mm de comprimento e não superior a 0,5
mm de diâmetro, sendo o comprimento
real conhecido em ± 0,5 mm. Uma
extremidade do fio é conectada ao cabo
para fornecer a corrente de aquecimento.
Isso também pode ser uma continuação do
próprio fio e, em qualquer caso, deve ter o
mesmo diâmetro do fio quando estiver
dentro do conjunto. A outra extremidade é
presa a um cabo para medição de queda de
tensão, que deve ter diâmetro não
superior ao do fio quente quando dentro
do conjunto. Os condutores fora do
conjunto devem consistir em dois ou mais
fios torcidos de 0,5 mm de diâmetro.
Externamente ao forno as conexões dos
condutores de corrente devem ser feitas
com cabo de bitola pesada (20 A/2,5 mm²).
NOTA - Também é permitido um fio quente
feito de metal de base, caso em que os fios
condutores devem ser feitos do mesmo
material e estar em conformidade com os
demais aspectos dos requisitos desta
subseção.
5.3 Alimentação do fio quente, CA
estabilizada, não variando a potência em
mais de 2% durante o período de medição.
É necessária uma alimentação do fio
quente de pelo menos 80 W (equivalente a
250 W/m para um fio de 200 mm de
comprimento). Uma fonte de alimentação
constante, se disponível, deve ser
preferida.
5.4 Termopar diferencial de
platina/platina-ródio (Tipo R ou S),
formado a partir de um termopar de
medição e um termopar de referência
conectado em Oposição (ver figura 1). Os
fios do termopar de medição devem correr
paralelos ao fio quente a uma distância de
15 mm ± 1 mm (ver figura 2). A saída do
termopar de referência deve ser mantida
estável colocando-o entre a face externa
superior do corpo de prova superior e uma
tampa do mesmo material do corpo de
prova (ver figura 1). O diâmetro dos fios do
termopar deve ser o mesmo do fio quente
e os fios do termopar devem ser longos o
suficiente para se estender para fora do
forno onde as conexões com o aparelho de
medição devem ser feitas por fio de um
tipo diferente. As conexões externas do
termopar devem ser isotérmicas.
NOTAS
1 Temperaturas dos termopares de metal
base abaixo de 1000 °C.
2 Um isolante permitido. camada entre a
tampa e o também são permitidos para
uso em
NOTA - Um instrumento de classe 0,2 ou
superior (seção IEC 51-2: 1984,
Direcionando a indicação de instrumentos
de medição ef ic trical e seus acessórios -
Parte 2: Requisitos especiais para
amperímetros e voltímetros) é adequado.
5.6 Sistema de aquisição de dados.
Um dispositivo de registro de temperatura-
tempo com sensibilidade de pelo menos 2
V/cm ou 0,05 V/Dígito, com resolução de
tempo melhor que 0,5 s e medição de
temperatura de 0,05 K.
5.7 Recipientes (para uso se o teste for
realizado em pó ou material granular), com
dimensões internas iguais às do conjunto
de ensaio sólido especificado na cláusula 6,
de modo que o conjunto de ensaio deve
consistir em duas seções conforme
especificado em 6.2. O Container inferior
deve ter quatro lados e uma base, e o
Container superior deve ter apenas quatro
lados, além de uma tampa removível (ver
figura 3).
6 peças de teste
6.1 Amostragem
O número de itens do material a ser
testado deve ser determinado de acordo
com a ISO 5022 ou outro plano de
amostragem padrão.
6.2 Dimensões
O conjunto de teste Esch deve consistir em
dois corpos de prova idênticos, com
tamanho não inferior a 200 mm x 100 mm
x 50 mm.
NOTA - Recomenda-se que o tamanho de
cada corpo de prova seja 230mm x 114mm
x 64mm ou 230mm x 114mm x 76mm.
Tijolos de tamanho padrão podem então
ser usados como peças que formam o
conjunto de teste, observados os requisitos
de 6.3.
6.3 Planicidade da superfície
As superfícies dos dois corpos de prova que
formam o conjunto de ensaio que estão
em contato um com o outro devem, se
necessário, ser retificadas de modo que o
desvio da planicidade entre dois pontos
não inferiores a 100 mm não seja superior
a 0,2 mm .
6.4 Ranhuras em materiais densos
Em materiais densos, uma ranhura para
acomodar o fio quente e o termopar deve
ser usinada em ambas as faces de contato
ou apenas na face inferior do conjunto de
teste (ver figura 4). A largura e a
profundidade da ranhura devem permitir
que o arranjo mostrado na figura 4 seja
alcançado, quando necessário.
NOTA - Ranhuras em ambas as faces serão
necessárias para materiais de maior
condutividade, por exemplo, maiores que 5
W/(mK).
7 Procedimento
7.1 Organize o conjunto de teste pronto
para teste. Colocar o fio quente (5.2) e o
termopar diferencial (5.4) entre os dois
corpos de prova, com o fio quente ao longo
da linha central das faces do tijolo em
contato um com o outro e cimentá-los nas
ranhuras, quando apropriado, usando um
cimento feito de material de teste moído
misturado com uma pequena quantidade
de um aglutinante adequado (por exemplo,
2% de dextrina e água). Certifique-se de
que os fios sejam cimentados
uniformemente, para permitir uma
transferência de calor igual para as duas
peças de teste, conforme mostrado na
figura 4.
7.2 Se o teste estiver sendo realizado em
material em pó ou granulado, encha o
recipiente inferior (5.7) com o material de
teste PARA CIMA, e coloque sobre ele o fio
quente e o termopar diferencial conforme
mostrado na figura 1. Coloque o recipiente
superior ( 5.7) na parte inferior e preencha
com o material de teste. Cubra o conjunto
de teste com uma placa do mesmo
material dos recipientes. Determine a
densidade aparente aparente do material
de teste no estado vazado e não
compactado.
NOTA – O recipiente pode ser enchido por
vibração ou por pressão para dar uma
densidade aparente específica, quando um
valor for acordado.
7.3 Colocar o conjunto de teste no forno
(5.1), apoiando cada conjunto (para
garantir um aquecimento uniforme) em
três suportes de material semelhante ao
que está sendo testado e com dimensões
de 125 mm x 10 mm x 20 mm. Os suportes
devem estar apoiados em uma face de 125
mm x 10 mm e colocados paralelamente às
faces de 114 mm x 76 mm (ou 100 mm x 50
mm) do conjunto de teste a cerca de 20
mm dessas faces.
7.4 Conecte o conjunto de teste ao
aparelho de medição (5.5). Com o circuito
de fio quente aberto, eleve a temperatura
do forno, não mais que 10 K/min, até a
primeira temperatura de teste necessária.
NOTA – As taxas de aquecimento devem
ser baixas o suficiente para garantir que
não haja risco de danos por choque
térmico.
7.5 Defina a potência de entrada para um
valor que (a partir de testes preliminares) é
conhecido por produzir, para uma
sensibilidade escolhida do registrador, uma
deflexão do instrumento de pelo menos
60%, e preferencialmente cerca de 80%, da
deflexão total.
Um guia para a escolha da entrada de
energia para uma faixa de condutividades
térmicas e para uma faixa de sensibilidades
do registrador é fornecido na tabela 1. Os
níveis de potência são baseados em uma
deflexão do registrador de 0,8 x deflexão
de escala total para uma determinada
duração máxima do teste (t max), e a
tabela 1 também mostra a precisão
necessária para a medição do tempo
(precisão t).
NOTA – O nível apropriado de entrada de
energia para o fio quente difere de
equipamento para equipamento e precisa
ser avaliado em testes preliminares, mas
pode eventualmente ser baseado na
experiência,
7.6 Quando o forno atingir a temperatura
de teste, verifique se a temperatura na
região ocupada pelo conjunto de teste é
uniforme e constante. O termopar
diferencial (5.4) não deve apresentar
variação superior a 0,05 °C durante um
período de 10 min imediatamente anterior
ao ensaio.
7.7 Quando as condições de 7.6 forem
atendidas, feche o circuito de aquecimento
e registre a saída do termopar diferencial
com o tempo. Marque o momento exato
em que a entrada de energia para o fio
quente foi feita. Se não estiver usando uma
fonte de alimentação controlada
automaticamente, meça e registre a queda
de tensão no fio quente e a corrente nele
imediatamente após ligar o circuito de
aquecimento e novamente em intervalos
durante o período de teste.
7.8 Após um tempo de aquecimento
adequado (ver tabela 1), desconecte o
circuito de aquecimento e interrompa o
registro da saída do termopar diferencial.
7.9 Dê tempo para que o fio quente e o
conjunto de teste atinjam o equilíbrio de
temperatura. Verifique a uniformidade e
constância da temperatura conforme
especificado em 7.6. Repita os
procedimentos de 7.7 e 7.8, obtendo assim
uma nova medição da taxa de aumento de
temperatura do fio quente nas mesmas
condições.

7.10 Aumente a temperatura do forno para

a próxima temperatura de teste mais alta a
não mais que 10 K/min. Execute
novamente o procedimento descrito em
7.5 a 7.9.

7.11 Repita o procedimento de 7.10 até

que pelo menos duas medições tenham
sido obtidas em cada uma das
temperaturas de teste exigidas.