Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Arthur Costa Schaitza¹; Bianca Cristina de Sousa¹; Bruna de Mattos Pellin¹; Julia Vieira Pacheco de Carvalho¹
Prof. Arion Zandoná Filho
Fenômenos de Transporte Experimental II – TQ084
Universidade Federal do Paraná
1Discentes do curso de Engenharia Química da UFPR
Grupo D1
Resumo
Nas indústrias, as trocas térmicas são bastante recorrentes. Devido à necessidade de realiza-las, os equipamentos
utilizados com essa função são os trocadores de calor: desde condensadores, até vaporizadores, eles realizam a troca
térmica entre os fluídos. No presente trabalho, foram estudados os comportamentos de um trocador de calor casco e
tubo, em contra-corrente e cocorrente, a fim de estimar os valores de calor cedido e coeficientes globais de troca
térmica. Concluiu-se que, para o sistema contra-corrente, o coeficiente global de troca térmica apresenta maior valor,
sendo, então, mais eficiente. Considerações a respeito das imprecisões e erros, devido às medições e à ausência de
isolamento ideal também foram realizadas.
Palavras-chave: Trocador de calor; Coeficiente global de troca térmica; Cocorrente; Contra-corrente.
Abstract
In industries, the heat exchanges are very recurrent. Due to the need to make them, the equipments used with this
function are the heat exchangers: from condensers to vaporizers, they make the thermal exchange between the fluids.
In this work, it was studied the behaviour of a shell and tube heat exchanger, in counter-current and cocurrent system,
in order to estimate the values of warmth given and global coefficients of thermal exchange. It was concluded that, for
the counter-current system, the global coefficient of thermal exchange offers greater value, being, then, more efficient.
Considerations about the inaccuracies and errors due to measurement and the absence of ideal insulation were also
carried out.
Keywords: Heat exchanger; Global thermal exchange coefficient; cocurrent; Conter-current.
.
3.1. Material
Durante a atividade prática, foram obtidas
as seguintes tabelas (01 e 02), com as
Durante o experimento, os materiais
temperaturas registradas pelos termopares e as
utilizados foram:
diferenças de pressão obtidas pelas colunas de
- Sensores de temperatura (termopares);
mercúrio:
- Aquecedor de capacidade de 300L;
Considerando que o regime entrou no
- Trocador de calor duplo tubo;
estado pseudoestacionário a partir do momento em
- Fluído para a troca térmica (água);
que as temperaturas de saída registradas pouco
- Software para coletar e armazenar dados
variaram, determinou-se este regime a partir do
(computador);
instante t=8 minutos para o arranjo concorrente e
- Válvulas;
t=7 minutos para o arranjo contracorrente.
3.2. Procedimento experimental
Realizou-se então a média dos valores registrados
para pontos posteriores à estes, obtendo os
Inicialmente, foi decidido, pelos grupos D1 e
seguintes valores (tabela 03), utilizados nos
D2, qual seria o tipo de escoamento inicial do
cálculos posteriores.
processo: cocorrente, ou contracorrente. Então,
O trocador de calor utilizado possui
escolheu-se o escoamento cocorrente e, assim, o
especificações de suas dimensões e propriedades
chaveamento foi analisado. Para o escoamento
listadas abaixo, necessárias para posteriores
cocorrente, escolhido para o começo do
cálculos.
experimento, as válvulas e o chaveamento foram
analisados e ajustados. Em seguida, com o
aquecedor ligado, aguardou-se até que a
temperatura lida no visor indicasse 50ºC. Dessa
maneira, as bombas foram acionadas e a
circulação de fluídos se iniciou. Para maior troca
2
Tabela 04 - Dados do trocador e do sistema A área de troca térmica (área externa da
tubulação interna), que é a mesma para os dois
Diâmetro tubo externo
(mm) 20,67 casos, é dada por
Diâmetro tubo interno 𝐴 = 𝐿𝜋(𝐷𝑡𝑢𝑏𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 + 𝐸𝑡𝑢𝑏𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 ) =
(mm) 14,6 0,115𝑚² (n)
Espessura tubo E a média logarítmica da temperatura é
externo (mm) 1,65
dada por
Espessura tubo 𝛥𝑇1 −𝛥𝑇2
interno (mm) 1,27 𝛥𝑇𝑙𝑜𝑔𝑎𝑟𝑖𝑡𝑚𝑖𝑐𝑜 = 𝛥𝑇1 (n)
𝑙𝑛
𝛥𝑇2
Comprimento do tubo
sendo que para o regime concorrente
(m) 1,16
obtém-se
Número de tubos 2 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎
𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎
𝛥𝑇1 = 𝑇𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 − 𝑇𝑓𝑟𝑖𝑜 (n)
Capacidade calorífica
𝑠𝑎í𝑑𝑎 𝑠𝑎í𝑑𝑎
média -água 𝛥𝑇2 = 𝑇𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 − 𝑇𝑓𝑟𝑖𝑜 (n)
(kJ/kg/°C) 4,175 e para o regime contracorrente
𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑠𝑎í𝑠𝑎
𝛥𝑇1 = 𝑇𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 − 𝑇𝑓𝑟𝑖𝑜 (n)
Também foi fornecida a seguinte equação
𝑠𝑎í𝑑𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎
𝛥𝑇2 = 𝑇𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 − 𝑇𝑓𝑟𝑖𝑜 (n)
para determinação da vazão:
𝜔[𝑘𝑔/𝑠] = 0,08788√𝛥𝑃[𝑐𝑚𝐻𝑔] + 0,001969 (n)
Seguindo esta sequência de cálculos,
Partindo da equação fornecida para o
obteve-se os resultados apresentados na tabela
sistema, calculou-se a vazão mássica média de
06.
cada sistema, obtendo-se as vazões apresentadas
na tabela 05.
Tabela 05 – Vazões mássicas
Cocorrente Contracorrente
Cocorrente Contracorrente
𝛥𝑇1 (°C) 25,43 17,31
Onde a quantidade de calor fornecida pelo A partir dos cálculos efetuados, é possível
fluido quente é dada por concluir que o coeficiente global obtido para o
𝑄𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝜔 𝐶𝑝 𝛥𝑇𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 (n) sistema concorrente -0,537 W/m²°C- é menor que
3
para o sistema contra-corrente -0,735W/m²°C-,
comprovando a previsão teórica de que o sistema
em contra-corrente possui maiores coeficientes
globais de troca térmica.
Observou-se também, ao longo do
experimento, que os erros estão concentrados no
intervalo de tempo em que as temperaturas foram
registradas, na alta variação das temperaturas
registradas (o que dificultou a observação da
entrada no regime estacionário) e na ausência de
isolamento do trocador de calor, que, devido ao seu
material (Cobre), tem alta perda energética para o
exterior, alterando o resultado.
Por fim, pode-se concluir que o sistema em
contra-corrente é mais eficiente, uma vez que os
dois fluidos correm paralelamente um em relação
ao outro na cocorrente, o fluxo se dá com ambas
as correntes entrando e saindo do mesmo lado,
fazendo com que a taxa de transferência de calor
chegue perto da igualdade devido ao fluido frio
ganhar temperatura no decorrer do percurso junto
do fluxo quente. Já em contra-corrente, os fluidos
entram por lados opostos e, apesar do fluido frio
ganhar calor, ele trocará calor com o fluido quente
do outro lado, pois ainda se encontrará em uma
temperatura inferior à do fluido quente
6. Referências
4
7. Anexos
5
Pressão
Temperatura Temperatura Temperatura Temperatura
DPressão escoamento
entrada fria saída fria entrada saída quente escoamento quente
(°C) (°C) quente (°C) (°C) frio (cmHg) (cmHg)