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TUBO DE PITOT E MEDIÇÃO DE VAZÃO

O tubo de Pitot é um instrumento simples para medir a velocidade de


escoamentos. Seu uso depende da habilidade de medir as pressões de
estagnação e estática do escoamento. É necessário tomar certos cuidados para
obter estes valores adequadamente. Por exemplo, uma medição precisa da
pressão estática requer que nenhuma energia cinética do fluido seja convertida
num aumento de pressão no ponto de medida. Isto requer um furo bem usinado
e sem a presença de imperfeições, tais imperfeições podem provocar uma leitura
incorreta da pressão no qual, o valor medido pode ser maior ou menor do que a
pressão estática real.
A pressão varia ao longo da superfície do corpo imerso no escoamento
desde a pressão de estagnação (no ponto de estagnação) até valores que
podem ser menores do que a pressão estática ao longe do corpo (na linha de
corrente livre). Uma variação típica de pressão num tubo de Pitot está indicada
na Fig. (01). É importante que os furos utilizados para a medida de pressão
estejam localizados de modo a assegurar que a pressão medida é realmente
igual a pressão estática real.
É sempre difícil alinhar o tubo de Pitot com a direção do escoamento.
Qualquer desalinhamento produzirá um escoamento não simétrico em torno do
tubo de Pitot e isto provocará erros. Normalmente, desalinhamentos de 12 a 20º
(dependendo do projeto do tubo de Pitot que está sendo utilizado) provocam
erros menores do que 1% em relação a medida obtida com um alinhamento
perfeito. É interessante ressaltar que, geralmente, é mais difícil medir a pressão
estativa do que a pressão de estagnação.
Um dispositivo importante para determinar a direção do escoamento e sua
velocidade é o tubo de Pitot com três furos como mostrado na Fig. (02). Os três
furos são usinados num pequeno cilindro e são conectados a três transdutores
de pressão. O cilindro é rotacionado até que a pressão nos dois furos laterais se
tornem iguais e, assim, indicando que o furo central aponta diretamente para
montante do escoamento. O furo central mede a pressão de estagnação. Os dois
furos laterais estão localizados num ângulo especifico, de modo que eles medem
a pressão estática.

Fig. (01) – Distribuição típica de pressão ao longo de um tubo Pitot


Fig. (02) – Seção transversal de um tubo de Pitot com três furos (para a determinação da direção do
escoamento)

1
A velocidade do escoamento é obtida com 𝑉 = [2(𝑝2 − 𝑝1 )/𝜌]2

Medição de Vazão
Muitos tipos de dispositivos foram desenvolvidos, a partir da equação de
Bernoulli, para medir a velocidade de escoamento e vazões em massa. O tubo
de Pitot é um exemplo. Nesta seção será discutido alguns dispositivos utilizados
na medição de vazões em volume em tubos, condutos e canais abertos. Porém
só vamos considerar medidores de vazão “ideais”, ou seja, aqueles onde os
efeitos viscosos e de compressibilidade não são levados em consideração. O
objetivo nesta seção, é entender o princípio básico de operação destes
medidores de vazão.
Um modo eficiente de medir a vazão em volume em tubos é instalar algum
tipo de restrição no tubo (Fig. 03) e medir a diferença entre as pressões na região
de baixa velocidade e alta pressão (1) e a de alta velocidade e baixa pressão (2).
A Fig. 01 mostra três tipos comuns de medidores de vazão: O medidor de orifício,
o medidor de bocal e medidor Venturi. A operação

(Fig. 03)
Para cada um é baseada no mesmo princípio – um aumento de velocidade
provoca uma diminuição na pressão. A diferença entre eles é uma questão de
custo, precisão e como sua condição ideal de funcionamento se aproxima da
operação real.

(Fig. 04) – Distribuição de pressão e cavitação numa tubulação com diâmetro variavel

É possivel identificar a produção de cavitação num escoamento de liquido


utilizando a equação de Bernoulli. Se a velocidade do fluido é aumentada (por
exemplo, por uma redução da área disponível para o escoamento, Fig. (04) a
pressão diminuirá. Esta diminuição de pressão, necessária para acelerar o fluido
na restrição, pode ser grande o suficiente para que a pressão do liquido atinja o
valor da sua pressão de vapor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BEGA, Egídio Alberto. Instrumentação Industrial - 3ª edição


MUNSON, Bruce R Fundamentos da Mecanica dos Fluidos 4ªed
https://monografias.ufrn.br/jspui/handle/123456789/2307 Acessado em 20 Fev.
2019.
http://www.unicamp.br/fea/ortega/aulas/aula11_medidoresVazao.ppt Acessado
em 20 Fev. 2019.

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