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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

POLO NORTE SHOPPING – RJ

EXPERIMENTO I: REYNOLDS

Alunos - matrícula
Bruna vieira da silva - 201802275029
Dario Martins Costa Filho - 201502481715
Gerald da Silva Brito - 201707264457
Joyce Alvim do Nascimento - 201808209931
Matheus Ribolho Fausto - 201502255456
Patrícia Correia Amaral - 202007302389
Raphael Monteiro da Silva Rodrigues - 201808408471
Robson Azeredo Gonçalves - 201801203733
Tatiana de Araújo Branco - 201802280529

Professora: Mischelle Santos

Rio de Janeiro

2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................3
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES..........................................................................5
4 CONCLUSAO........................................................................................................7
5 REFERÊNCIA........................................................................................................8
1 INTRODUÇÃO
Introduzido por George Gabriel Stokes em 1851 e aperfeiçoado por
Osborne Reynolds em 1883, o número de Reynolds é utilizado na mecânica dos
fluidos para determinar os regimes de escoamento de um fluido que pode ser
laminar, de transição ou turbulento dentro de uma tubulação ou sobre uma
superfície. O número de Reynolds é um coeficiente adimensional (não possui
unidades) que é determinado a partir da divisão das forças de inércia (velocidade e
massa específica) e diâmetro do tubo pela viscosidade dinâmica de um fluido.

O número de Reynolds é muito utilizado em projetos de tubulações


industriais e em asas de aviões.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Reynolds é um número adimensional usado para o cálculo do regine de
escoamento de determinado fluido sobre uma superfície, é utilizado por exemplo em
projetos de tubulações industriais, aeronaves, foguetes e embarcações. O seu
significado físico é um quociente entre as forças de inércia e as forças de
viscosidade

Em 1883 o Físico Osborne Reynolds, realizou experimento que


demonstrou a existência de dois tipos de escoamento, o escoamento laminar e
escoamento turbulento.

Na Figura 1 mostra o esquema típico da configuração do experimento de


Reynolds. Um longo tubo de vidro reto com uma pequena perfuração foi instalado
em um grande tanque com laterais e vidro, uma válvula de controle (C) foi instalada
na saída do tubo de vidro para regular a saída do escoamento. Um pequeno frasco
(b) cheio de água colorida e uma válvula reguladora no gargalo do frasco foram
utilizados para introduzir um pequeno fio de água colorida na estrada do tubo de
vidro quando o escoamento começou. A água no tanque permaneceu diversas horas
em repouso, para que a água de todos os pontos estivesse totalmente estática.
Então a válvula (C) foi parcialmente aberta para permitir em pequeno escoamento
no tubo. Nesse momento, a água colorida surgiu como um pequeno fio estendendo
-se no sentido do fluxo, indicando fluxo laminar no tubo. A válvula foi vagarosamente
aberta de modo a permitir que a taxa de escoamento no tubo aumentasse
gradualmente até que uma determinada velocidade fosse alcançada, então, o fio
colorido se rompeu e se misturou a água adjacente, o que demostrou que o fluxo do
tubo se tornou turbulento (Houghtalen, 2012).

Figura 1

Reynolds, descobriu que a transição de fluxo laminar para fluxo turbulento


em um tubo na verdade depende não só da velocidade, mas também do diâmetro do
tubo e da viscosidade do fluido. Além disso, ele postulou que o início da turbulência
estava relacionado a um número-índice em particular. Este valor adimensional é
comumente conhecido como número de Reynolds (Re) e pode ser escrita como:
(Houghtalen, 2012).

Na expressão do número de Reynolds para o escoamento nos tubos, D é


o diâmetro do tubo, V é a velocidade média, e v é a viscosidade cinemática do fluido,
definida pela taxa de viscosidade absoluta (m) e a densidade do fluido (r).
(Houghtalen, 2012).

Para tubos circulares o número de Reynolds crítico é aproximadamente


2.000. Nesse ponto, o fluxo laminar do tubo passa a ser turbulento. A transição de
fluxo laminar para fluxo turbulento não acontece exatamente quando Re= 2.000, e
varia de aproximadamente 2.000 a 4.000, com base nas diferenças nas condições
experimentais. (Houghtalen, 2012).
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Como método de aprofundamento ao conteúdo descrito acima, o grupo
de alunos listado, juntamente com a professora responsável, Mischelle Santos, nos
dirigimos para o laboratório para realizarmos o procedimento experimental que
através de equipamentos e recursos adequados, poderíamos na prática visualizar e
caracterizar, inicialmente visualmente, o fluxo de escoamento de fluido colorido em
tubo de vidro.

Ao chegarmos ao laboratório, o hidroduto, equipamento utilizado para


este experimento, encontrava-se ajustado, contudo, aguardávamos as definições
previamente determinadas pela professora a serem aplicadas ao equipamento, no
total de três ajustes sequenciados. À medida que iam sendo finalizados os ajustes
seguíamos com a observação visual e anotações.

Primeiramente, verificou-se que a temperatura da água a ser utilizada no


experimento encontrava-se a 25ºC, gerando assim informações bases, contidas em
material compartilhado pela professora aos alunos, para cálculos futuros, bem como
fomos informados sobre o diâmetro interno do hidroduto, sendo o mesmo de 19mm.

Como mencionado, seriam executadas três sequências de escoamentos,


tendo a primeira sequência o ajuste do controlador da bomba hidráulica para uma
baixa vazão, no caso em questão, para 0,2. Em paralelo, a professora acionou a
liberação do fluido colorido, gerando uma linha fina, suave e contínua.

Para a segunda sequência de teste, o controlador da bomba hidráulica foi


ajustado para uma vazão intermediária, no caso, para 0,5. Novamente, novo
acionamento do fluido colorido, gerando novo escoamento contínuo, contudo com
maior intensidade aparente.

Por fim, como última sequência de ajustes o controlador para uma vazão
máxima, sendo o máximo aplicável a bomba de 1,1; e último acionamento da válvula
de liberação do fluido. Mais intenso, espaçado, porém contínuo.

Vale destacar que para este grupo, foram executadas duas vezes esta
sequência de três experimentos e para este trabalho, estamos nos valendo do
segundo momento para apresentação desta discussão dos resultados observados e
apurados.
Abaixo os dados obtidos, os respectivos cálculos e considerações acerca
dos valores obtidos e discutidos pelo grupo. Como sequência lógica, os cálculos
referentes a cada uma das sequências observadas em laboratório, será exposto em
3 partes: 1ª parte com a identificação da área da seção (A) base do experimento, 2ª
etapa consistiu na identificação das velocidades de escoamento (U) e por fim o 3º
passo de identificação dos valores de Reynolds (Re).

Dados:

T = 25ºC V1 = 0,2 L/min = 3,33 x 10-6


Ρ = 997 V2 = 0,5L/min = 8,33 x 10-6
µ = 0,89 x 10-3 V3 = 1,1L/min = 1,83 x 10-5
v = 0,893 x 10-6
D = 19 mm = 0,019 m

1º Passo: Definição da área (A)


π D2 −4
A= =2,8 x 10
4

2ª Passo: Definição das velocidades de escoamento (U).

Q 3,33 x 10−6 0,00000333 −2


U 1= = = =0,012=1,2 x 10 m/ s
A 2,8 x 10−4 0,00028

Q 8,33 x 10−6 0,00000833 −2


U 2= = = =0,02975=2,9 x 10 m/s
A 2,8 x 10− 4 0,00028

Q 1,83 x 10−5 0,0000183 −2


U 3= = = =0,065=6,53 x 10 m/s
A 2,8 x 10− 4 0,00028

3º Passo: Identificação dos valores de Reynolds (Re).

D v ρ 0,019 x 1,2 x 10−2 x 997 0,2273


ℜ1 = = = =255,4
μ 0,89 x 10−3 0,00089

D v ρ 0,019 x 2,9 x 10−2 x 997 0,5493


ℜ2 = = = =617,2
μ 0,89 x 10−3 0,00089

D v ρ 0,019 x 6,53 x 10−2 x 997 1,2313


ℜ3 = = = =1383,5
μ 0,89 x 10−3 0,00089
Vazão Vazão Velocidade Número de Classificação
(L/min) (m³/s) (m/s) Reynolds da vazão
1 0,2 3,33 x 10-6 1,2 x 10−2 255,4 laminar
2 0,5 8,33 x 10-6 2,9 x 10−2 617,2 laminar
3 1,1 1,83 x 10-5 6,53 x 10−2 1383,5 laminar

Obtidos os diferentes valores de Reynolds, sendo, aproximadamente, o segundo o


dobro do primeiro valor encontrado, como o terceiro aproximadamente o dobro do
segundo valor, para tal experimento observou-se características de escoamento
semelhantes.

Por não apresentarem escoamento com mistura significativa de partículas, reforçado


numericamente pelos valores de Reynolds obtidos inferiores a 2000, dessa forma,
os valores apurados neste experimento nos fazem observar que tivemos
escoamento laminar nas três sequências de testes.

Todavia, vale o reconhecimento da dificuldade encontrada no decorrer do


experimento, pois o equipamento apresentou problema de vazamento, mas apesar
deste fato foi possível realizar e contribuir para melhor entendimento e visualização
do padrão de escoamento de água através de um tubo de vidro não somente a este
grupo como também a mais dois grupos.

4 CONCLUSAO
Conclui-se que após as três sequências de testes e com os cálculos
obtidos no experimento o filete fica retilíneo durante todo o percurso do tubo o que o
caracteriza como escoamento laminar. Tudo o que foi observado pode-se comprovar
pelos cálculos feitos nas páginas 6 e 7.

No laboratório foi possível reimplantar o experimento de Reynolds


evidenciando a suas conclusões através da comparação dos tipos de escoamentos
e contratando também visualmente os resultados matemáticos com os experimentos
físicos. Pode-se notar que com a realização da experiência em laboratório a teoria
se transforma em algo palpável aos nossos olhos.
5 REFERÊNCIA
Houghtalen, Robert J. Engenharia Hidráulica/Robert J. Houghtalen, A. Osman Akan,
Ned H.C. Hwang; [tradução Luciana Teixeira]. – São Paulo: Pearson Education do
Brasil, 2012.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Coeficiente_de_Reynolds (Acessado em 03/10/2021).

https://www.engquimicasantossp.com.br/2013/10/numero-de-reynolds.html
(Acessado em 03/10/2021).

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