Você está na página 1de 9

CAVITAÇÃO

As tubulações de sucção nas bombas que não trabalham afogadas como as usadas na maioria
dos projetos de irrigação, trabalham com pressão inferior à pressão atmosférica.

𝑷𝒂𝒃𝒔 = 𝟖, 𝟓𝟒 𝒎𝒄𝒂 − 𝟏𝟎, 𝟎 𝒎𝒄𝒂 = −𝟏, 𝟒𝟔 𝑷𝒂𝒃𝒔 = 𝑷𝒂𝒕𝒎 + 𝑷𝒎𝒂𝒏


𝑷𝒂𝒃𝒔 = 𝟏𝟎, 𝟑𝟑𝒎𝒄𝒂 − 𝟏𝟎, 𝟎 𝒎𝒄𝒂
𝑷𝒂𝒃𝒔 = 𝟎, 𝟑𝟑 𝒎𝒄𝒂
Água tiver a 20º C= Pv= 0,24 mca
𝑷𝒂𝒃𝒔 = 𝟎, 𝟑𝟑 𝒎𝒄𝒂 > Pv = 0,24 mca
𝐀 𝐁𝐨𝐦𝐛𝐚 𝐧ã𝐨 𝐢𝐫á 𝐂𝐚𝐯𝐢𝐭𝐚𝐫
10 m 𝑷𝒂𝒕𝒎 = 𝟏𝟎, 𝟑𝟑 𝒎𝒄𝒂 Água tiver a 30º C= Pv= 0,43 mca
𝑵í𝒗𝒆𝒍 𝒅𝒐 𝒎𝒂𝒓 𝑷𝒂𝒃𝒔 = 𝟎, 𝟑𝟑 𝒎𝒄𝒂 < Pv = 0,43 mca
𝐀 𝐁𝐨𝐦𝐛𝐚 𝐢𝐫á 𝐂𝐚𝐯𝐢𝐭𝐚𝐫
Água tiver a 100º C= Pv= 10,33 mca
Altitude de 1500 m= Patm= 8,54 mca
Se na entrada da bomba houver pressão inferior à pressão de vapor d’água, haverá formação de
bolhas de vapor, podendo até interromper a circulação de água no interior da carcaça da bomba
ou formar bolhas menores que, ao atingirem as regiões de pressão positivas, ocasionam
implosões, causando ruídos (martelamentos) e vibrações no sistema.
Este fenômeno hidráulico é chamado de CAVITAÇÃO. A Cavitação, deve ser evitada em
bombas centrífugas devido a corrosão que ocasiona na carcaça e nas paletas do rotor da
bomba, bem como redução na sua eficiência.
A Cavitação é o fator que limita o valor da altura máxima de sucção das bombas centrífugas.

A queda de Pressão interna na tubulação de sucção, até a entrada da bomba depende:

a) Altura estática de sucção;


b) Comprimento da tubulação de sucção;
c) Material da tubulação;
d) Perdas de cargas localizadas e ao longo do comprimento da tubulação de sucção.

Altura máxima de sucção pode ser determinada pela seguinte equação:

V2
hs max  Po  ( Pv   hf s )
2g
em que:

hsmax – altura máxima de sucção, em m;


Po – pressão atmosférica local, em mca;
Pv – pressão de vapor d’água, à temperatura local, em mca;
V – velocidade da água na entrada da bomba, m.s-1;
hfs – perda de carga na tubulação de sucção, mca.
V2
hs max  Po  ( Pv   hf s )
2g
0,792 (1)
hsmax≤ 10,21 − (0,32 + + 0,1241) hsmax≤ 10,21- 0,47591 =9,73 mca
2.91
Analisando a equação (1), verifica-se que (hsmax) é função da pressão atmosférica local, que varia
com a altitude Tabela 1, da pressão de vapor da água, a qual varia com a temperatura Tabela 2, da
carga de velocidade na entrada da bomba e das perdas de carga. Separando nesta equação, de um
lado as grandezas que dependem das condições locais de instalação e do outro as que dependem da
bomba, inclusive a perda de carga, em função do tipo de rotor (hr), Ter-se-á:

𝑉2
𝑃𝑜 − (ℎ𝑠𝑚𝑎𝑥 + 𝑃𝑣 + ℎ𝑓𝑠) > + ∆ℎ𝑟 (2)
2. 𝑔

Os membros da expressão (2), representam a carga de sucção expressa em termos de pressão


absoluta e são representados pelas letras “NPSH” (“net positive suction head”).
𝑉2
𝑃𝑜 − (ℎ𝑠𝑚𝑎𝑥 + 𝑃𝑣 + ℎ𝑓𝑠) > + ∆ℎ𝑟 (2)
2. 𝑔

Os membros da expressão (2), representam a carga de sucção expressa em termos de pressão


absoluta e são representados pelas letras “NPSH” (“net positive suction head”).

a) NPSHD – Disponível (Depende das condições locais de instalação)

𝑁𝑃𝑆𝐻𝐷 = 𝑃𝑜 − (ℎ𝑠𝑚𝑎𝑥 + 𝑃𝑣 + ℎ𝑓𝑠)


𝑵𝑷𝑺𝑯𝑫 = 𝟏𝟎, 𝟐𝟏 − 𝟑, 𝟓 + 𝟎, 𝟑𝟐 + 𝟎, 𝟏𝟐𝟒𝟏 = 𝟔, 𝟐𝟔 𝒎𝒄𝒂
b) NPSHr – Requerido (Depende das características construtivas da bomba)

𝑉2
𝑁𝑃𝑆𝐻𝑅 = + ∆ℎ𝑟
2. 𝑔

Uma bomba jamais “Cavitará” quando o NPSHD, for maior do que o NPSHr
Tabela 1-Pressão atmosférica em função da altitude

Altitude (m) Pressão Atmosférica Altitude (m) Pressão Atmosférica


(mca) (mca)
0 10,33 1000 9,16
100 10,21 1200 8,88
200 10,09 1500 8,54
300 9,96 1800 8,20
400 9,84 2100 7,89
500 9,73 2400 7,58
600 9,59 2700 7,31
900 9,22 3000 7,03

Tabela 2 - Pressão de vapor da água, em função da temperatura

Temperatura Pressão Temperatura Pressão


oC (mca) oC (mca)
15 0,17 35 0,57
20 0,24 40 0,75
25 0,32 45 0,97
30 0,43 50 1,26
VELOCIDADE DE ROTAÇÃO DA BOMBA

A velocidade de rotação (n) é o número de rotações dado pelo rotor da bomba, na unidade de tempo, sendo
geralmente expressa em rotações por minuto (rpm).

Tanto o valor da velocidade de rotação do rotor (n) como o seu diâmetro (D) influem, de maneira sensível,
no funcionamento da bomba. Desta maneira, são válidas as seguintes equações:

a) mantendo a forma e o diâmetro do rotor constante (variando a rotação)

2
P2  n2 
3 𝑸𝟐 𝟑𝟎𝟎𝟎
Q2 n 2
 H 2  n2  = = 𝟒𝟐, 𝟎 𝒎𝟑 . 𝒉−𝟏
      𝟓𝟎, 𝟒 𝟑𝟔𝟎𝟎
Q1 n1 H 1  n1  P1  n1 
𝑯𝟐
= 𝟎, 𝟔𝟗𝟒𝟒 = 𝟐𝟐, 𝟎 𝒎𝒄𝒂
Sendo: 𝟑𝟐

Q – Vazão;
H – Altura manométrica;
P – Potência;
n – Rotação.
b) mantendo a forma e o rotação do rotor constante (variando o diâmetro do rotor)

2 3
Q2 D2 H 2  D2  P2  D2 
      
Q1 D1 H 1  D1  P1  D1 

Sendo:

Q – Vazão;
H – Altura manométrica;
P – Potência;
D – Diâmetro do rotor.
Deve-se admitir um acréscimo na potência instalada, em função da potência absorvida pela bomba, conforme
indicação a seguir:
Potência necessária Acréscimo
< 2 cv 30%
2 a 5 cv 25%
5 a 10 cv 20%
10 a 20 cv 15 %
> 20 cv 10 %

Q.Hman Q.Hman
Peixo  (cv ) Peixo  (cv )
75 2,7.
POTÊNCIAS COMERCIAS DE MOTORES ELÉTRICOS
Motores Monofásicos

2; 3; 5; 7,5; 10 cv

Motores Trifásicos (II Polos – 3600 rpm IV Polos 1800 rpm)

1; 1,5; 2; 3; 4; 5; 6; 7,5; 10; 12,5; 15; 20; 25; 30; 40; 50; 60; 75; 100; 125; 150; 175; 200; 250; 300; 350; 400 cv
𝐻𝑚 = 𝐻𝑠 + 𝐻𝑟 + ℎ𝑓𝑠 + ℎ𝑓𝑟

𝐻𝑚 = 𝐻𝐺 + ℎ𝑓𝑠 + ℎ𝑓𝑟

𝑄1,822 𝑄1,852
𝐻𝑚 = 𝐻𝐺 + 10,65. 𝐿𝑒𝑞𝑠. 1,852 + 10,65. 𝐿𝑒𝑞𝑟. 1,852
𝐶 . 𝐷𝑠 4,871 𝐶 . 𝐷𝑅4,871

1 1
Ks= 10,65. 𝐿𝑒𝑞𝑠. 𝐶 1,852 .𝐷𝑠4,871 Ks= 10,65.32,33. 1301,852 .0,204,871 = 106,32

1
Kr =10,65. 𝐿𝑒𝑞𝑟. 1
𝐶 1,852 .𝐷𝑅4,871 Kr =10,65.291,11𝑟. 1301,852 .0,1504,871 = 3887,25

𝑯𝒎 = 𝟏𝟕 + 𝑲𝒔. 𝑸𝟏,𝟖𝟓𝟐 + 𝑲𝒓. 𝑸𝟏,𝟖𝟓𝟐


𝑯𝒎 = 𝟏𝟕 + 𝟏𝟎𝟔, 𝟑𝟐. 𝑸𝟏,𝟖𝟓𝟐 + 𝟑𝟖𝟖𝟕, 𝟐𝟓. 𝑸𝟏,𝟖𝟓𝟐

Você também pode gostar