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NORMATÉCNICA
Método de ensaio
SUMÁRIO 4 Aparelhagem
1 Objetivo
2 Documento complementar 4.1 Calorímetro
3 Definição
4 Aparelhagem
4.1.1 Consiste em um recipiente interno, que contém o
5 Execução do ensaio corpo-de-prova e água destilada, e um recipiente exter-
6 Resultados no, que mantém o isolamento ao redor do recipiente do
ANEXO - Planilha para cálculo do calor específico corpo-de-prova, minimizando as perdas de calor para o
ambiente (ver Figura 1).
NBR 12821 - Preparação de concreto em laborató- 4.1.4 Sobre o recipiente interno deve existir material iso-
rio - Procedimento lante removível de modo a permitir a retirada do corpo-de-
prova.
3 Definição
4.1.5 A circulação de água nas partes inferior, superior e
Para os efeitos desta Norma é adotada a definição de 3.1. central do corpo-de-prova deve ser obtida por um agita-
dor de bronze, cuja operação leva a água para cima pelo
3.1 Calor específico centro do corpo-de-prova ao redor do aquecedor e para
baixo ao redor da face externa do corpo-de-prova.
Quantidade de calor requerida para elevar de 1°C a tem-
peratura de uma massa unitária de material, expresso em Nota: O agitador deve ter uma rotação constante de 300 rpm e
J/g.°C. motor de corrente alternada.
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2 NBR 12817/1993
4.1.6 O aquecimento deve ser feito através de um aquece- 4.5 Barra metálica
dor de resistência elétrica imerso no orifício central do
corpo-de-prova, com capacidade de aproximadamente Deve ser utilizada uma barra metálica de diâmetro igual
225 W. ao do sensor do termômetro.
c) o segundo excêntrico abre a chave desligando a 5.2.1 Conectar o calorímetro a um terminal da parte pos-
energia para todo o aparelho, após 180 min do iní- terior da unidade de medição através do terminal elétrico
cio do ensaio. (E-20).
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NBR 12817/1993 3
5.2.2 Colocar, verticalmente, o cilindro de tela (E-10) no 5.2.7 Acoplar o bloco de ensaio (E-12) ao orifício central do
suporte da base (E-19) concêntrico com o tanque externo extremo superior do corpo-de-prova e puxar o cabo do
(E-15). aquecedor (E-11) pelo orifício do bloco de apoio.
5.2.3 Colocar o isolante entre o cilindro de tela (E-10) e o 5.2.8 Encher o tanque interno (E-9) com água até que o ex-
tanque externo (E-15). tremo superior do corpo-de-prova fique submerso de ma-
neira que, durante a operação de agitação, o corpo-de-
5.2.4 Colocar o tanque interno (E-9) no cilindro de tela prova permaneça coberto de água.
(E-10) e ajustar, no fundo, o pedestal do corpo-de-prova
(E-18). Sobre este pedestal, ajustar o corpo-de-prova ci-
5.2.9 Colocar a cobertura do tanque interno (E-8).
líndrico e embutir a cobertura do aquecedor tubular (E-14)
com o aquecedor de imersão (E-16) no orifício central do
corpo-de-prova. 5.2.10 Puxar o cabo do aquecedor (E-11) para fora, atra-
vés de um orifício lateral na parte superior do tanque ex-
5.2.5 Empurrar a cobertura do aquecedor (E-14) e o aque- terno, e conectá-lo com outro cabo por meio de um pa-
cedor (E-16) até que seus extremos inferiores toquem o rafuso que possa ser ligado ao plugue terminal (E-20).
nível do extremo inferior do corpo-de-prova.
5.2.11 Cobrir o eixo do agitador (E-6) com uma cobertura
5.2.6 Colocar o agitador de hélice (E-13) no topo do aque- cilíndrica (E-7) e encher completamente, com isolante
cedor de imersão e passar o eixo do agitador (E-6) através (CE-17), os espaços do cilindro de tela (E-10) que cobre o
do bloco de apoio (E-12). tanque interno, inclusive sobre o próprio.
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4 NBR 12817/1993
5.2.14 Colocar o bloco de apoio superior (E-2) no eixo do 6.1.1.1 Para o cálculo do equivalente em água do calorí-
agitador (E-6) e fixá-lo na cobertura do tanque externo. metro, esquematizado na Tabela 1, deve-se determinar a
somatória dos produtos das massas dos componentes
5.2.15 Ajustar a correia redonda (E-3) entre as polias do
do calorímetro pelo calor específico correspondente.
motor do agitador (E-4) e o eixo do agitador e fazer a co-
nexão dos cabos do motor com plugue de mesmo núme- 6.1.1.2 Para execução dos ensaios, torna-se necessário
ro do terminal (E-20). Fixar a polia, levantando-se o agita- calcular previamente as perdas do calorímetro e correla-
dor. cionar a energia perdida com a temperatura média do
ensaio.
5.2.16 Fazer a conexão do wattímetro com os terminais
instalados no painel do comando, observando as respec-
6.1.1.2.1 Para determinar as perdas do calorímetro, reali-
tivas polaridades.
zar uma série de ensaios em um corpo-de-prova padrão
Nota: O aquecedor é para corrente alternada de 100 V e a ener- de alumínio cujo calor específico não varia com a tempe-
gia é fornecida por um transformador na unidade de me- ratura e é igual a 0,904 J/g.°C, e calcular a energia perdi-
dição, reduzindo-a de 220 V para 100 V. da em cada ensaio, fazendo-se então uma regressão li-
near dos valores em função da temperatura média do en-
5.2.17 Ligar o comutador principal e ajustá-lo na posição saio.
correspondente ao ensaio do calor específico. Girar o co-
mutador (D-6) para a posição “manual”. Ao acionar o 6.1.1.2.2 O cálculo da energia perdida é feita da seguinte
comutador de partida (D-13), acende-se, então, a lâm- maneira:
pada-piloto e as hélices do agitador começam a girar.
Ep = Ec - (Eágua + Ecal + Ecp)
Nota: A operação de agitação deve permanecer por um período
de 60 min a fim de que a temperatura interna alcance Onde:
valores quase constantes.
Ec = energia fornecida para o conjunto = nº de re-
5.2.18 Ajustar o marcador de tempo da agitação inicial
voluções x W
(D-2), o marcador de aquecimento (D-1), o marcador de
parada (D-3) e o comutador autocambiável (D-6) para a
Eágua = energia consumida pela água = m água x
posição “automática”, iniciando-se então o ensaio.
x Cágua x ∆T
5.2.19 Registrar a temperatura Ti. Acionar o botão de con-
trole do wattímetro. Registrar temperaturas a intervalos Ecal = energia perdida no calorímetro = equivalen-
de 5 min até o término do ensaio. Ao fim de 30 min, deve te em água x ∆T
ser registrada a temperatura T0 (antes do início do aque-
Ecp = energia c ons um ida pelo corpo-de-prova de alu-
cimento) e, após 150 min, deve ser registrada a tem-
m ínio = m assa do corpo-de-prova x 0,904 x ∆T
peratura Tn. No fim do ensaio, ou seja, 180 min após o
equipamento de controle ter sido voltado para a posição
W = energia correspondente a uma revolução do
“Automático”, deve ser registrada a temperatura Tf.
wattímetro
Nota: Uma vez que o calor específico do concreto varia com a
temperatura, devem ser feitas três determinações em ca- C = calor específico da água cujos valores em fun-
da corpo-de-prova a temperaturas diferentes. Considerar a ção da temperatura se encontram na Tabela 1,
temperatura final de um ensaio como a temperatura inicial sendo representados graficamente na Figura 3
da determinação seguinte, facilitando assim o processo de
ensaio. T = elevação de temperatura conforme 7.2.1
NBR 12817/1993
Figura 3 - Representação gráfica do calor específico da água em função da temperatura
5
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6 NBR 12817/1993
1
( Tx + Tx - 1
2
)]
elevação da temperatura.
Onde:
T1. T2 ..., Tu = temperaturas registradas no período Nota: A Tabela do Anexo apresenta um roteiro para a leitura
intermediário (de aquecimento) das temperaturas e o cálculo do calor específico, de modo
a facilitar o desenvolvimento deste cálculo.
6.1.2.2 A correção de temperatura Tc é uma somatória,
com sinal trocado, dos desvios de temperatura por inter- 6.1.3 Dada a natureza do ensaio empregado, não é possí-
valo durante o período de aquecimento, calculado a par- vel medir o calor específico do concreto em uma condi-
tir dos desvios determinados durante os períodos inicial e ção diferente da saturada, sendo necessário corrigir o va-
final. O aumento nos desvios de temperatura entre os pe- lor do calor específico obtido na condição saturada para
ríodos inicial e qualquer intermediário está para o aumen- uma condição qualquer de umidade. Utilizar, para isto, a
to no desvio de temperatura entre os períodos final e ini- seguinte expressão:
cial, assim como, a diferença da temperatura média entre
os períodos inicial e o mesmo intermediário está para a di- Csss + α(y - 1)
C=
ferença de temperatura média entre os períodos inicial e 1 + α(y - 1)
final. Matematicamente essa proporção é escrita assim:
Onde:
Cx - Ca
=
[ Tx + Tx - 1
2
- Ta
] (1)
C = calor específico do concreto em qualquer teor
de umidade
Cb - Ca Tb - Ta
Csss = calor específico do concreto na condição de
Onde: saturado superfície seca
T0 - Ti Tf - Tn
Ca = e Cb = α = teor de umidade na condição de saturado super-
6 6 fície seca (absorção) (Nota a))
Ti + T0 Tn + Tf
Ta = e Tb = y = teor de umidade expresso como fração do teor
2 2 de umidade na condição de saturado superfície
seca (Nota b))
Resolvendo a equação (1) para Cx:
Notas: a) A absorção pode ser determinada em amostras retira-
Cx = Ca +
( Tx + Tx - 1
2
- Ta
) .
Cb - Ca
Tb - Ta
(2) das dos corpos-de-prova ensaiados através de corte
com serras diamantadas. A espessura da amostra po-
de ser de aproximadamente 50 mm e o mesmo diâme-
n
tro do corpo-de-prova.
Tc = - Ý Cx
1
b) Para concretos normalmente secos, teores de umida-
=-Ý
n
1
[ ( Ca +
Tx + Tx - 1
2 )
- Ta .
Cb - Ca
Tb - Ta
] de variam de 10% a 20% da saturação total. Então, o
valor do y pode ser assumido como igual a 20% para
as aplicações práticas usuais.
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/ANEXO
Cópia não autorizada
8 NBR 12817/1993
Cópia não autorizada
NBR 12817/1993 9
10 Tf - Tn
Cb =
15 6
20 Cb - Ca =
25 Ti + T0
Ta =
30 T0 2
35 T1 Tn + Tf
Tb =
40 T2 2
45 T3 T0 + Tn
Tm =
50 T4 2
55 T5 Tb + Ta =
Cb - Ca T0 + Tn
60
65
T6
T7
Tc = -nCa -
[ Tb - Ta ] [
. T1 + T2 + ... + Tn-1 +
2 ]
- nTa
70 T8 ∆T = Tn - T0 + Tc =
75 T9 Eágua = Mágua . Cágua . ∆T
80 T10 Ecalorímetro = (HQ)calorímetro. ∆T = Eperdida
(HQ)calorímetro = Equivalente em água do calorímetro
85 T11
90 T12 Ecp = Ec - (Eágua + Ecal + Eperdida) =
95 T13 Ecp
Ca = = (J/g.°C)
100 T14 m.T
105 T15
110 T16
115 T17
120 T18
125 T19
130 T20
135 T21
140 T22
145 T23
150 Tn
155
160
165
170
175
180 Tf