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TRATAMENTO TÉRMICO
1. Objetivo
Esta instrução de trabalho tem por objetivo estabelecer a sistemática para tratamento térmico, realizados
interna e externamente para conexões e válvulas.
2. Departamentos Envolvidos
Controle da Qualidade
Engenharia
Forjaria
Metrologia
Compras
3. Documentos de referência
- Normas: ASTM A 105, A106, A 182, A 234, A283, A 287, A 350, A 403, A420, A 694, A 960, A 961,
A 216, A 217, A 351, A352, A 389, A 487, A 703, A 991 e demais Normas que especifiquem tratamentos
térmicos e forjamento para conexões, barras, tubos e válvulas.
Requisito de Inspeção nº 0009
Requisito de Inspeção nº 0011
As temperaturas utilizadas para os diversos materiais foram retiradas dos dados mencionados em
normas de materiais ou nas referencias do Metals Handbook, Vicente Chiaverini e referencias de Usinas.
Obs.: Os materiais não devem exceder demasiadamente o tempo de encharque estabelecido para cada
tipo de material para evitar que o material fique muito tempo exposto ao calor e evitar gasto excessivo de
energia para o tratamento.
3.3 Definição
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Gestor: Bruna Silva Depto: Qualidade Gestor: Douglas Santos
Função: Analista da Qualidade Função: Coordenador da Qualidade
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TRATAMENTO TÉRMICO
6. Especificações
6.1 Quando aplicável, deve-se informar o seguinte:
TRATAMENTO TÉRMICO
Para materiais ligados que forem submetidos a tratamento térmico de tempera e revenimento
deverá ser realizado ensaio de liquido penetrante ou partículas magnéticas para verificação de
descontinuidades, trincas, etc.
O tempo de encharque deverá ser calculado conforme item 3.2 e considerando sempre a maior
espessura da peça como referência para este cálculo. Em caso de tratamento de peças diferentes
no forno, a localização da peça no forno deve ser de tal forma que possam ser movimentadas
facilmente. Não colocar peças com tempos de encharques diferentes para evitar que peças de
dimensões menores fiquem no forno por mais tempo do que o estabelecido. Poderá ser realizado
tratamento de peças diferentes, porém com tempos de encharque bem próximos uns dos outros.
7. Tratamentos Térmicos
7.1.2 Especificações
Sem Trat. Térmico: O tratamento térmico não é requisito obrigatório desta especificação.
Normalização: O material será reaquecido uniformemente até a uma temperatura acima da faixa de
transformação, e a seguir resfriado ao ar à temperatura ambiente e será realizado em:
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
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Função: Analista da Qualidade Função: Coordenador da Qualidade
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TRATAMENTO TÉRMICO
- componentes de tubulação exceto flanges, que atendam a ambos os critérios seguintes: (1) maior do
que NPS 4 e (2) superior à classe 300
- componentes de tubulação de classe especial exceto flanges, que atendam a ambos os critérios
seguintes: (1) maior do que NPS 4 e (2) quando a pressão de trabalho à temperatura de operação
exceda os valores listados para a classe 300 especial, Grupo 1.1 da norma ASME B16.5
7.2.1 Após o trabalho a quente, os forjados serão resfriados a uma temperatura abaixo de 538ºC antes
do tratamento térmico, conforme tabela de temperatura, tempo de patamar e meio de resfriamento.
TEMPERATURA
TIPO DE TEMPO DE MEIO DE
GRAU DE PATAMAR
TRATAMENTO PATAMAR RESFRIAMENTO
(ºC) mínima
1,5 min / mm de
F5 Recozimento 975 +/- 14 ºC Forno
espessura
1,5 min / mm de
F5a Recozimento 975 +/- 14 ºC Forno
espessura
F11 cl 1,5 min / mm de
Recozimento 920+/- 14 ºC Forno
1 espessura
F11 cl 11,5 min / mm de
Recozimento 920 +/- 14 ºC Forno
2 espessura
F11 cl 1,5 min / mm de
Recozimento 920 +/- 14 ºC Forno
3 espessura
2,0 min / mm de
F304 Solubilização 1060 +/- 14 ºC Água
espessura
2,0 min / mm de
F304H Solubilização 1060 +/- 14 ºC Água
espessura
2,0 min / mm de
F304L Solubilização 1060 +/- 14 ºC Água
espessura
2,0 min / mm de
F316 Solubilização 1060 +/- 14 ºC Água
espessura
2,0 min / mm de
F316H Solubilização 1060 +/- 14 ºC Água
espessura
2,0 min / mm de
F316L Solubilização 1060 +/- 14 ºC Água
espessura
2,0 min / mm de
F317 Solubilização 1060 +/- 14 ºC Água
espessura
2,0 min / mm de
F317L Solubilização 1060 +/- 14 ºC Água
espessura
2,0 min / mm de
F347 Solubilização 1060 +/- 14 ºC Água
espessura
2,0 min / mm de
F347H Solubilização 1110 +/- 14 ºC Água
espessura
2,0 min / mm de
F348 Solubilização 1060 +/- 14 ºC Água
espessura
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Gestor: Bruna Silva Depto: Qualidade Gestor: Douglas Santos
Função: Analista da Qualidade Função: Coordenador da Qualidade
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ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
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Função: Analista da Qualidade Função: Coordenador da Qualidade
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TRATAMENTO TÉRMICO
1,5 min / mm de
Tempera 890 +/-14 ºC espessura Água
LF2 cl 1
Revenimento 620 +/-14 ºC Nunca menor Ar
que 30 minutos
1,5 min / mm de
Tempera 890 +/-14 ºC espessura Água
LF2 cl 2
Revenimento 620 +/-14 ºC Nunca menor Ar
que 30 minutos
Tempera e Revenimento: O procedimento para tempera consistirá de (1) austenitização plena dos
forjados seguida de tempera em um meio líquido adequado, ou (2) utilizando um processo de estágios
múltiplos através do qual o forjado é primeiramente totalmente austenitizado e rapidamente resfriado, a
seguir reaquecido até reaustenitização parcial, seguido de tempera em um meio líquido adequado. Todos
os forjados submetidos a tempera serão revenidos por reaquecimento até a temperatura descrita nas
tabelas relacionadas nesse procedimento e resfriado.
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Função: Analista da Qualidade Função: Coordenador da Qualidade
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TRATAMENTO TÉRMICO
TEMPO DE
TIPO DE TEMPERATURA MEIO DE
GRAU PATAMAR
TRATAMENTO DE PATAMAR (ºC) RESFRIAMENTO
TEMPERA 890+/- 14 ºC 1,5 min / mm de Água
F42
REVENIMENTO 620+/ -14 ºC espessura Ar
TEMPERA 890+/-14 ºC 1,5 min / mm de Água
F46
REVENIMENTO 620+/-14 ºC espessura Ar
TEMPERA 890+/-14 ºC 1,5 min / mm de Água
F48
REVENIMENTO 620+/ -14 ºC espessura Ar
TEMPERA 890+/-14 ºC 1,5 min / mm de Água
F50
REVENIMENTO 620+/ -14 ºC espessura Ar
TEMPERA 890+/-14 ºC 1,5 min / mm de Água
F52
REVENIMENTO 620+/ -14 ºC espessura Ar
TEMPERA 890+/-14 ºC 1,5 min / mm de Água
F56
REVENIMENTO 620+/ -14 ºC espessura Ar
Água
TEMPERA 890+/-14 ºC 1,5 min / mm de
F60 Ar
REVENIMENTO 620+/ -14 ºC espessura
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
Gestor: Bruna Silva Depto: Qualidade Gestor: Douglas Santos
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Nota 2: As Ligas e materiais não mencionados nas tabelas acima deverão ser consultados com o
departamento de engenharia, uma vez que existem Normas com variações muito grandes nas faixas de
temperatura a serem utilizadas.
Os fornos de tratamento utilizados possuem os controles necessários para realização das operações e
devem ser operados seguindo as instruções relativas a ajuste de controladores e taxas de aquecimento
conforme descritos nesse procedimento.
Para os casos onde for estabelecido tratamento térmico pós soldagem de alivio de tensões deve ser
seguida a instrução da IT-80 que define a forma de realização dessa operação.
Forno Nº 4
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Termopares: Este forno possui 4 termopares, estão dispostos nas laterais do forno como na figura
abaixo:
Forno Nº CF06
Termopar : Este forno possui apenas 1 termo-elemento tipo “S” no fundo da câmara.
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Função: Analista da Qualidade Função: Coordenador da Qualidade
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TRATAMENTO TÉRMICO
O operador do forno deve posicionar a carga de maneira que, quando o material atingir a
temperatura de encharque, ele não deve se deformar por ação do próprio peso (O material deve
estar apoiado em sua parte mais resistente) e/ou por ação de peças próximas ou apoiadas.
Nota: As cargas colocadas nos fornos de tratamento térmico são registradas no “Relatório de Carga de
Forno” (F-157).
Antes de ligar o equipamento, o operador do forno deve fazer uma limpeza (Liga-se apenas o ar
comprimido, a fim de se eliminar possíveis combustíveis que por ventura possam vagar no
período desligado, ocasionando uma explosão).
Após a configuração do painel fecham-se todas as Válvulas. Faz-se “pilotos”, que são colocados
junto aos maçaricos e abre-se somente o GLP.
Os Fornos só podem ser fechados após a temperatura de Pré-Aquecimento que é de 100°C + 20ºC. Após
fechado o forno, deve-se fazer a regulagem da taxa de aquecimento que define a rampa de temperatura.
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Função: Analista da Qualidade Função: Coordenador da Qualidade
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Velocidade de aquecimento de 180°C + 20°C por hora até a temperatura de patamar Indicada nas tabelas
de cada material.
Após atingir a temperatura de encharque, deve-se esperar o tempo necessário, para se homogeneizar
as peças. Esse tempo é calculado baseando-se na maior espessura da peça a ser tratada, ou seja,
deve-se esperar no mínimo, 1,5 minutos para cada milímetro de espessura, quando se tratar de aço
carbono e no mínimo 2 minutos para cada milímetro quando se tratar de aço inoxidável. Após o tempo
de encharque, caso o tratamento tenha um resfriamento dentro do forno, deve-se controlar a taxa de
resfriamento em no máximo 180°C por hora.
Após todo o ciclo de tratamento no forno o painel desliga automaticamente, logo após o
desligamento do painel deve-se cortar o fluxo de gás GLP, em seguida o oxigênio providencia-se o
resfriamento (dentro do Forno, fora do Forno, ao ar livre ou em meio líquido dentro de tanques de
água, conforme indicado nas tabelas de cada material).
Após o término do Tratamento, o material deve seguir para a próxima etapa indicada no controle de
processo.
Para Tratamento térmico realizado externamente deverá ser emitido um pedido de compra com todas as
informações necessárias para a execução do tratamento térmico, tratamento a ser realizado, material,
quantidade de peças, parâmetros de processo - Temperatura de tratamento, Tempo de patamar, meio de
resfriamento e norma aplicável ao produto - (sempre que necessário). O fornecedor deverá constar da
lista de fornecedores Qualificados e fornecer certificado de Qualidade da realização dos tratamentos
realizados, gráfico do processo e resultados dos exames realizados no produto depois de tratado,
demonstrando conformidade do tratamento.
Durante o processo de recebimento desses materiais o certificado do tratamento realizado deve passar
por análise do laboratório verificando se as informações contidas no certificado atendem aos requisitos
estabelecidos. Sempre que possível uma comprovação através de corpo de prova deve ser realizada
verificando as características solicitadas nas especificações e os valores mencionados no certificado do
fornecedor do tratamento térmico.
Em caso de rejeição do material, um relatório de não conformidade deve ser elaborado mencionando as
irregularidades apontadas para análise das áreas envolvidas conforme estabelece procedimento 8.3.
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Função: Analista da Qualidade Função: Coordenador da Qualidade
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