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Marcos Marques
Dispositivos de Proteção

1. Disjuntor Termomagnético – DTM


Um disjuntor é um dispositivo
eletromecânico, que funciona como um
interruptor automático, destinado a
proteger uma determinada instalação
elétrica contra possíveis danos causados
por curtos-circuitos e sobrecargas
elétricas.

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Funções do DTM
Os disjuntores possuem diversas faixas de
correntes de interrupção aceitáveis de acordo
com seus fabricantes, assim também como
os métodos de fixação que são padronizados
por norma, assim como sua fabricação e
padrão de qualidade e segurança também
padronizados por normas nacionais e
internacionais.

Vale ressaltar que disjuntor é sinônimo de


segurança e desta forma não pode haver
dúvidas para o eletricista quanto o correto
dimensionamento bem como sua correta
instalação.

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Minidisjuntor

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A instalação de disjuntor é uma questão de segurança, e por se tratar
de questão de segurança deve ser levada muito a sério e nem
sempre é o que  os eletricistas encontram nas instalações.

Ainda pior do que uma instalação que tenha sido feita de qualquer
maneira e que tenha disjuntores mal dimensionados, são os ditos
profissionais de elétrica que não sabem dimensionar novos
disjuntores para uma troca e acabam agravando o problema.

Conhecer bem as caraterísticas de funcionamento dos componentes


elétricos é um diferencial nos profissionais, qualquer eletricista
conhece um disjuntor, mas poucos sabem como eles funcionam.
Dimensionar um disjuntor e dimensiona-lo corretamente é muito mais
delicado do que simplesmente saber qual a corrente do equipamento,
circuito ou instalação ao qual se quer proteger, tem que saber
exatamente qual tipo de carga será instalada.

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Para cada tipo de carga foi estipulado uma curva de ruptura para o
disjuntor e essas curvas foram separadas em categorias. A curva de
ruptura do disjuntor é o tempo em que o disjuntor suporta uma
corrente acima da corrente nominal por determinado tempo.

Quando se tem uma equipamento muito delicado necessita-se que a


interrupção do circuito quando a corrente passe o limite de
funcionamento seja muito rápida, para que o equipamento não seja
danificado, em compensação na partida de um motor por exemplo,
para que este saia do estado de inércia e chegue a sua velocidade
máxima uma grande corrente é necessária no instante da partida, ás
vezes muitas vezes maior do que a corrente para que este mesmo
motor esteja em velocidade plena, nestes casos o disjunto tem que
suportar a corrente alta durante um período de tempo maior.

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Na representação da figura ao lado, são coordenados os valores de
referência dos condutores com os disjuntores termomagnéticos. Na Norma
NBR NM 60898, são definidas as características, curvas B, C e D.
Deve-se cumprir para uma boa seleção, a seguinte fórmula:
Ib < In < Iz e além disso, que I2 < 1,45 x Iz.

Onde:
Ib = Corrente de projeto do circuito.
In = Corrente nominal do disjuntor termomagnético, nas condições previstas
na instalação.
Iz = Capacidade de condução de corrente dos condutores, nas condições
previstas para sua instalação.
1,45 x Iz = Corrente de sobrecarga máxima permitida, para uma condição de
temperatura excedita, sem que haja o comprometimento do isolante dos
condutores.
I1 = Corrente convencional de não atuação na sobrecarga.
I2 = Corrente convencional de atuação na sobrecarga
I3 = Limite de tolerância do disparador
I4 = Corrente convencional de não atuação no curto-circuito.
I5 = Corrente convencional de atuação no curto-circuito.
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Curva A
Para proteção de circuitos com
semicondutores e circuitos de
medição.

* Não designada na NBR NM 60898

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Curva B
A curva de ruptura B para um
disjuntor estipula, que sua corrente de
ruptura esta compreendido entre 3 e 5
vezes a corrente nominal, um
disjuntor de 10A nesta curva deve
operar quando sua corrente atingir
entre 30A a 50A.
Os disjuntores curva B são usados
onde se espera um curto circuito com
baixa intensidade, normalmente
cargas resistivas, em residências nas
tomadas de uso comum, onde a
demanda de corrente de partida do
equipamento é baixa.

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Curva C
A curva de ruptura C para um disjuntor
estipula, que sua corrente de ruptura
esta compreendido entre 5 e 10 vezes a
corrente nominal, um disjuntor de 10A
nesta curva deve operar quando sua
corrente atingir entre 50A a 100A.
Os disjuntores de curva C são usados
onde se espera uma curto circuito de
intensidade média e onde a demanda de
corrente para partida de equipamentos é
mediana, normalmente cargas indutivas,
como motores, sistemas de comando e
controle, circuitos de iluminação em geral
e ligação de bobinas.

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Curva D
A curva de ruptura D para um disjuntor,
estipula que sua corrente de ruptura esta
compreendido entre 10 e 20 vezes a
corrente nominal, um disjuntor de 10A
nesta curva deve operar quando sua
corrente atingir entre 100A a 200A.
Os disjuntores de curva D são usados
onde se espera uma curto-circuito de
intensidade alta e onde a corrente de
partida é muito acentuada, sendo muito
utilizados em grande motores e grandes
transformadores.

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DTM - Funcionamento

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2. Dispositivo Diferencial Residual (DR)
É um dispositivo de proteção utilizado em instalações
eléctricas, permitindo desligar um circuito sempre que seja
detectada uma corrente de fuga superior ao valor nominal.

 IDR é a sigla para Interruptor Diferencial Residual.

 DR é a sigla para Diferencial Residual, o que demonstra


que DR é outra maneira de nomear o IDR.

 DDR é a sigla para Disjuntos Diferencial Residual.

O IDR se diferencia o DDR, pois ele não funciona como


disjuntor, o que é o caso do DDR.

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Formas de contato 

 Contato direto: falha de isolação


ou remoção das partes isolantes,
com toque acidental da pessoa
em parte energizada (fase/terra-
PE).

 Contato indireto: através  do


contato da pessoa com a parte
metálica (carcaça do aparelho),
que estará energizada por falha
de isolação, com interrupção ou
inexistência do condutor de
proteção (terra-PE).

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Características de Dispositivo DR

O dispositivo DR de corrente nominal residual até 30mA, são destinados


fundamentalmente à proteção de pessoas, enquanto correntes nominais
residuais de 100mA, 300mA, 500mA, 1000mA ou ainda superiores a estas,
são destinadas apenas a proteção patrimonial contra efeitos causados pelas
correntes de fuga à terra, tais como: consumo excessivo de energia elétrica ou
incêndios.

Conceito de funcionamento
A soma vetorial das correntes que passam pelos condutores ativos no núcleo
toroidal é praticamente igual a zero (Lei de Kirchhoff). Existem correntes de
fuga naturais não relevantes.

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Quando houver falha (corrente de fuga) a somatória  será diferente de
zero, o que irá induzir no secundário uma corrente residual que
provocará, por eletro magnetismo, o disparo do dispositivo DR
(desligamento do circuito), desde que a fuga atinja a zona de disparo do
dispositivo DR (conforme norma ABNT NBR NM 61008 o dispositivo
deve operar entre 50% e 100% da corrente nominal residual).

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Quando o uso do DR é obrigatório?

De acordo com o item 5.1.3.2.2 da norma NBR5410, o dispositivo DR é obrigatório desde


1997 nos seguintes casos:

a) Em circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais que contenham


chuveiro ou banheira;
b) Em circuitos que alimentam tomadas situadas em áreas externas à edificação;
c) Em circuitos que alimentam tomadas situadas em áreas internas que possam vir a
alimentar equipamentos na área externa;
d) os circuitos que, em locais de habitação, sirvam a pontos de utilização situados em
cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais
dependências internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens;
e) os circuitos que, em edificações não-residenciais, sirvam a pontos de tomada
situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e, no
geral, em áreas internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens.

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Localização do DR no QD

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Dispositivo - DR

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2. Dispositivo de Proteção Contra Surtos - DPS

Dispositivos de proteção contra surtos


(DPS) são equipamentos desenvolvidos
com o objetivo de detectar sobretensões
transitórias na rede elétrica e desviar as
correntes de surto.
Estes distúrbios, são mais comuns do que
muitos imaginam, ocorrendo diariamente
em ambientes residenciais, comerciais e
industriais.

Mas, como eles são gerados? E mais, que


tipo de danos os surtos elétricos podem
causar? Qual é a melhor proteção para os
nossos equipamentos?

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O QUE É O SURTO ELÉTRICO?
Surto elétrico é uma onda transitória de tensão, corrente ou potência
que tem como característica uma elevada taxa de variação por um
período curtíssimo de tempo.  Ele se propaga ao longo de sistemas
elétricos e pode causar sérios danos aos equipamentos
eletroeletrônicos.

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DE ONDE VEM O SURTO ELÉTRICO?

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O QUE É DPS? COMO ELES PROTEGEM OS EQUIPAMENTOS?

Muito conhecida por profissionais do setor elétrico, como engenheiros,


eletricistas e montadores de painéis, a sigla DPS, infelizmente, ainda
não faz parte do vocabulário da grande maioria da população
brasileira.

Os Dispositivos de Proteção contra Surtos são equipamentos


desenvolvidos para detectar a presença de sobretensões transitórias
na rede e drená-las para o sistema de aterramento antes que atinjam
os equipamentos eletroeletrônicos.

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Existem três classes de DPS:
Classe I – Dispositivos com capacidade de corrente suficiente para
drenar correntes parciais de um raio. É a proteção primária, utilizada
em ambientes expostos a descargas atmosféricas diretas, como áreas
urbanas periféricas ou áreas rurais.  Instalados nos quadros primários
(QGBT) de distribuição.
Classe II – Dispositivos com capacidade para drenar correntes
induzidas que penetram nas edificações, ou seja, os efeitos indiretos
de uma descarga atmosférica. Utilizados em áreas urbanas e
instalados nos quadros secundários de distribuição.
Classe III – Dispositivos destinados à proteção fina de equipamentos,
instalados próximos aos equipamentos. São utilizados para proteção
de equipamentos ligados à rede elétrica, à linha de dados e linhas
telefônicas.

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Localização do DPS

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Esquemas de ligação do DPS (NBR5410 - Item 6.3.5.2.2)

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Condutores de conexão do DPS (NBR5410 - Item 6.3.5.2.9)

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Instalação do DPS no QD

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O uso do DPS é obrigatório?

NBR5410
5.4.2.2.1 Toda linha externa de sinal, seja de telefonia, de
comunicação de dados, de vídeo ou qualquer outro sinal eletrônico,
deve ser provida de proteção contra surtos nos pontos de entrada e/ou
saída da edificação, conforme 6.3.5

5.4.2.2.2 Além dos pontos de entrada/saída, conforme 5.4.2.2.1, pode


ser necessário prover proteção contra surtos também em outros
pontos, ao longo da instalação interna e, em particular, junto aos
equipamentos mais sensíveis, quando não possuírem proteção
incorporada.

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Seleção do DPS
NBR5410
6.3.5.2.4 Os DPS devem atender à IEC 61643-1 e ser selecionados
com base no mínimo nas seguintes características:
 nível de proteção;
 máxima tensão de operação contínua;
 suportabilidade a sobretensões temporárias;
 corrente nominal de descarga e/ou corrente de impulso e
 suportabilidade à corrente de curto-circuito.

Além disso, quando utilizados em mais de um ponto da instalação (em


cascata), os DPS devem ser selecionados levando-se em conta
também sua coordenação.

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Seleção do DPS

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Tipos de DPS

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Dispositivo - DPS

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