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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA


CAMPUS PATOS DE MINAS

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Cap. IV – Comando, Controle e Proteção de Circuitos


Elétricos

Prof. Thiago Vieira da Silva


thiagovs@unipam.edu.br

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Prescrições Fundamentais da Norma


NBR 5410
Proteção contra Choques Elétricos
 • Elemento condutivo ou parte condutiva
 • Dispositivo de proteção a corrente diferencial-residual (formas abreviadas:
dispositivo a corrente diferencial-residual, dispositivo diferencial, dispositivo DR).
Proteção contra Efeitos Térmicos
 • Risco de queimaduras;
 • Combustão ou degradação dos materiais;
 • Comprometimento da segurança de funcionamento dos componentes
instalados.
Proteção contra Sobrecorrentes
 • Proteção contra correntes de sobrecargas e contra correntes de curto-circuito;
 • Proteção dos condutores de fase e do condutor neutro.
Proteção contra Sobretensões
 • Proteção contra sobretensões temporárias e contra sobretensões 2
transitórias
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Proteção Contra Sobrecorrentes -


Disjuntores
 Os disjuntores são dispositivos que garantem, simultaneamente, a manobra
e a proteção contra correntes de sobrecarga e contra correntes de curto-
circuito, isto é:
 • Abrir e fechar os circuitos {manobra).
 • Proteger a fiação, ou mesmo os aparelhos, contra sobrecarga por meio do seu dispositivo
térmico.
 • Proteger a fiação contra curto-circuito por meio do seu dispositivo magnético .
 A grande vantagem do disjuntor é que ele Permite o religamento sem
necessidade de substituição de componentes.

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Funcionamento dos Disjuntores


Termomagnéticos

VEJA O VÍDEO
https://www.youtube.com/watch?v=1mpgU3Wu9QA

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Características dos Disjuntores

A - Número de pólos
 • Monopolares ou unipolares
 • Bipolares
 • Tripolares
b - Quanto à tensão de operação
 • Disjuntores de baixa tensão (tensão nominal até 1000 V)
 Disjuntores em caixa moldada
 • Disjuntores de média e alta tensões (acima de 1.000 V)
 Vácuo
 Ar Comprimido
 Óleo
 Pequeno volume de óleo (PVO)
 SF6 (hexafluoreto de enxofre)

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Características dos Disjuntores

Disjuntor a Vácuo Disjuntor a Óleo 6


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Dimensionamento dos Disjuntores

A NBR 5410:2004, item 5.3.4, diz que "devem ser


previstos dispositivos de proteção para interromper toda
corrente de sobrecarga nos condutores dos circuitos
antes que ela possa provocar um aquecimento prejudicial
à isolação, aos terminais ou às vizinhanças das linhas".
 
𝐼𝐵≤ 𝐼 𝑁≤ 𝐼𝑧
𝑒
 

 
𝐼 2 ≤1 , 45 × 𝐼 𝑧 𝐼 𝑧 =𝐼 𝑐 × 𝐹𝐶𝑇 × 𝐹𝐶𝐴
 

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Dimensionamento dos Disjuntores


 Ib- Corrente de projeto do circuito, em ampere (A).
 In - Corrente nominal do dispositivo de proteção nas
condições previstas para a sua instalação, em ampere (A).
 lz- Capacidade de condução de corrente dos condutores vivos
do circuito nas condições previstas para a sua instalação,
submetidos aos fatores de correção, em ampere(s) (A).
 lc- Capacidade de condução de corrente dos condutores, em
ampere(s) (A).
 I2 - Corrente que assegura efetivamente a atuação do
dispositivo de proteção; na prática, a corrente I2 é considerada
a corrente convencional de atuação para disjuntores.
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Dimensionamento dos Disjuntores

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Tabelas de Capacidade dos


Disjuntores Termomagnéticos

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Tabelas de Capacidade dos


Disjuntores Termomagnéticos

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Curva de Atuação e Características l2t


(Integral de Joule)

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Exemplo de Dimensionamento

 Seja o esquema seguinte, calcule os disjuntores para


cada circuito abaixo. A tensão nominal é 127V e entre
tomadas tem-se a distância de 2 metros. A máxima
queda de tensão admissível é de 2% e a temperatura
ambiente é de 30ºC.

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Fusíveis

 Dentre todos os dispositivos de proteção conhecidos, o fusível é o mais


simples construtivamente, mas apesar disso, é importante observar que são
elementos mais fracos (de seção reduzida), propositadamente intercalados
no circuito, para interrompê-lo sob condições anormais.

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Características Elétricas dos Fusíveis


 Das grandezas elétricas, são as seguintes as mais importantes no
dimensionamento:
 • A corrente nominal deve ser aquela que o fusível suporta continuamente.
 • A corrente de curto-circuito é a máxima que pode circular no circuito sem
provocar danos à instalação, e que deve ser desligada instantaneamente.
Aqui deve-se optar por fusíveis de efeito rápido ou efeito retardado
 • A tensão nominal dimensiona a isolação do fusível: baixa tensão ou alta
tensão
 • A resistência de contato depende do material e da pressão exercida. A
resistência de contato entre a base e o fusível é a responsável por eventuais
aquecimentos, devido à resistência oferecida na passagem da corrente.
 • A instalação dos fusíveis deve processar-se sem perigo para o operador.
 • A montagem deve ser feita em bases que evitem a substituição de um
fusível por outro de grandeza inadequada.
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Nomenclatura segundo a NBR11841


(IEC 60269)
 A IEC utiliza a montagem com 2 letras, sendo que a primeira letra, denomina a
"Faixa de Interrupção" , ou seja, que tipo de sobrecorrente o fusível irá atuar,
que são elas:
"g" - Atuação para sobrecarga e curto
"a" - Atuação apenas para curto-circuito,
 A segunda letra, denomina a "Categoria de Utilização", ou seja, que tipo de
equipamento o fusível irá proteger, que são elas:
"L/G" - Proteção de cabos e uso geral
"M" - Proteção de Motores
"R"- Proteção de circuitos com semicondutores
 Sendo assim, temos as montagens dos principais fusíveis utilizados no mercado:
"gL/gG"- Fusível para proteção de cabos e uso geral (Atuação para sobrecarga e curto) -
"Retardados")
"aM" - Fusível para proteção de motores - "rápida"
"aR" -Fusível para proteção de semicondutores - "Ultra-Rápido"
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Tipos de Fusíveis
Diazed: são usados preferencialmente na proteção dos condutores de
redes de energia elétrica e circuitos de comando.
Neozed: fusíveis de menores dimensões e com característica retardo
da atuação, utilizados para proteção de redes de energia elétrica e
circuitos de comando.
Ultrarápidos Silized/Sitor: esses fusíveis têm como característica serem
ultra-rápidos da curva tempo/corrente. São, portanto, ideais para a
proteção de aparelhos equipados com semicondutores (tiristores e
diodos) em retificadores e conversores
NH: Os fusíveis NH também são próprios para proteger os circuitos,
que em serviço estão sujeitos às sobrecargas de curta duração, como,
por exemplo, acontece na partida direta de motores trifásicos com
rotor em gaiola.; 17
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Fusíveis Diazed
 Os fusíveis DIAZED de ação retardada são
utilizados na proteção de curto-circuito em
instalações elétricas residenciais, comerciais e
industriais. Quando corretamente instalados,
permitem o seu manuseio sem riscos de
toque acidental. 
 Possuem três tamanhos (DI, DII e DIII)
atendem as correntes nominais de 2 a 100A;
 Limitadores de corrente, possuem
capacidades de interrupção: até 100kA em
até 500V CA.
 Podem ser do tipo rápido ou retardado. 18
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Acessórios para Fusíveis Diazed

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Fusíveis Neozed

 Os fusíveis NEOZED possuem tamanho


reduzido e são aplicados na proteção de
curto-circuito em instalações típicas
residenciais, comerciais e industriais.
 Possui dois tamanhos (D01 e D02)
atendendo as correntes nominais de 2 a
100A.
 Limitadores de corrente, são aplicados
para até 50kA em 400VCA.
 A sua forma construtiva garante total
proteção de toque acidental quando da 20
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Acessórios para Fusíveis Neozed

 Minized:

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Fusíveis Silized
 Os fusíveis ultrarrápidos SILIZED são
utilizados na proteção de curto-circuito de
semicondutores, estão adaptados às curvas
de carga dos tiristores e diodos de potência,
permitindo quando da sua instalação seu
manuseio sem riscos de toque acidental. 
 Possui categoria de utilização gR, em três
tamanhos e atendem as correntes nominais
de 16 a 100A.
 Limitadores de corrente, possuem
capacidade de interrupção: 50kA em até
500VCA. 22
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Fusíveis Sitor

 Os fusíveis SITOR são fusíveis ultra-


rápidos apropriados em instalações
industriais para a proteção de
semicondutores, tiristores, GTO's e
diodos.
 Possuem correntes nominais de 16 a
900 A.
 Encontrado em cinco tamanhos
diferentes, podendo ser usado em
VAC (de 690 a 2500V) ou VDC (de 440 23
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Fusíveis NH
 Os fusíveis NH são aplicados na proteção de
sobrecorrentes de curto-circuito em instalações
elétricas industriais. 
 Possui seis tamanhos diferentes e atendem as
correntes nominais de 6 a 1250A. 
 Limitadores de corrente, possuem elevada
capacidade de interrupção de 120kA em até
690VCA. 
 Com o uso de punhos garantem manuseio seguro
na montagem ou substituição dos fusíveis.
 Seus valores de energia de fusão e interrupção
facilitam a determinação da seletividade e
coordenação de proteção  24
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Fusíveis tipo Cartucho

 São utilizados na proteção principalmente de


máquinas e painéis, dispondo de modelos
adaptados tanto às curvas dos tiristores e diodos de
potência quanto às instalações em geral.
Devidamente aplicados podem ser instalados sem
riscos de toque acidental durante seu manuseio em
seccionadoras fusíveis padrão DIN. 
 Possui categorais de utilização gG e aM, com
correntes nominais de 1 a 100A. Disponível em 3
tamanhos diferentes e capaz de atuar em redes de
tensão nominal até 500VCA. 
 Mas seu maior diferencial se destaca por apresentar
uma alta capacidade de interrupção (100kA) em um
produto extremamente compacto e inovador.  25
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Curva característica de tempo


corrente e I2t para Fusíveis Diazed

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Curva característica de tempo


corrente e I2t para Fusíveis Neozed

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Curva característica de tempo


corrente e I2t para Fusíveis Silized

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Processo de fusão de um fusível

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Processo de fusão de um fusível

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Dimensionamento de Fusíveis para Proteção


de Circuitos de distribuição de aparelhos

 As correntes nominais dos fusíveis, expressas em amperes,


devem ser escolhidas entre os seguintes valores: 2-4-6-8-
10-12-16-20-25-32-40-50- 63 - 80-100 - 125 - 160 -200-
250-315 -400 - 500- 630 - 800- 1.000- 1.250
 A corrente nominal do fusível deve ser igual ou superior à
soma das correntes de cargas – tipicamente 15% acima;
 A corrente nominal do fusível não deve ser superior a 50%
do valor nominal de corrente do condutor;
 O fusível deve proteger a isolação dos condutores,
segundo a Tabela;
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Dimensionamento de Fusíveis para Proteção


de Circuitos de distribuição de aparelhos

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Dimensionamento de Fusíveis para Proteção


de Circuitos de distribuição de aparelhos

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Precauções a Serem Tomadas nas


Substituições de Fusíveis
 Nunca utilizar um fusível de capacidade de corrente superior ao projetado
para a instalação nem por curto período de tempo;
 Na falta do fusível, no momento da troca, jamais faça nenhum tipo de
"remendo", supondo que a instalação estará protegida.
 No lugar do fusível que "queimou", podemos colocar um fusível de
capacidade de corrente menor até que seja providenciado o correto.
 Se o rompimento do fusível se deu por sobrecarga, fazer um levantamento de
carga do circuito para redimensioná-lo.
 Se foi por curto-circuito a causa do rompimento do fusível, proceder ao
reparo na instalação antes da substituição do fusível.
 Na eventualidade de ainda se utilizarem porta-fusíveis do tipo rolha, não
colocar moeda para substituir o fusível rompido. O procedimento correto
para esse caso é a substituição por disjuntor.
 Na substituição de fusíveis do tipo cartucho (virola ou de lâmina ou faca), 34
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Proteção contra Choques Elétricos

 “Os disjuntores diferenciais exercem múltiplas funções,


pois, além de realizarem proteção dos condutores contra
sobrecorrentes, garantem a proteção das pessoas contra
choques elétricos (diretos e indiretos) e a proteção dos
locais contra incêndios, nas condições descritas pela
Norma Brasileira de Instalações Elétricas, a NBR
5410:2004.
 Além disso, esses disjuntores são ideais para controlar o
isolamento da instalação, impedindo o desperdício de
energia por corrente de fuga excessiva e assegurando a
qualidade da instalação". 35
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Proteção contra Choques Elétricos

 Contato Direto: É o contato acidental seja por falha de


isolamento, por ruptura ou remoção indevida de partes
isolantes, ou então, por atitude imprudente de uma pessoa
com uma parte elétrica normalmente energizada (parte viva);
 Contato Indireto: É o contato entre uma pessoa e uma parte
metálica de uma instalação ou componente, normalmente
sem tensão, mas que pode ficar energizada por falha de
isolamento ou por uma falha interna.
 Corrente de Fuga: Corrente que, na ausência de falta, flui
para terra ou para elementos condutores estranhos à
instalação.
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Quais são os efeitos dos Choques


Elétricos?

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Efeitos dos Choques Elétricos

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Efeitos dos Choques Elétricos

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Prescrições da NBR 5410 sobre DRs

 Obrigatoriedade do uso do dispositivo diferencial-residual de alta


sensibilidade (DR) - (5.1.3.2.2), Além dos locais que contenham banheira
ou chuveiro, e qualquer que seja o esquema de aterramento deve
possuir proteção DR de alta sensibilidade ∆I ≤ 30 mA :
a) Os circuitos que sirvam pontos de utilização situados em locais com banheira
ou chuveiro.
b) Os circuitos que alimentem tomadas de corrente situados em áreas externas à
edificação.
c) Os circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam
vir alimentar equipamentos no exterior.
d) Os circuitos que, em locais de habitação, sirvam pontos de utilização situados
em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais
dependências internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens.
e) Os circuitos que, em edificações não-residenciais, sirvam pontos de tomada 40
situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e
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Prescrições da NBR 5410 sobre DRs

 O uso do dispositivo DR não dispensa, em nenhuma hipótese, o


uso de condutor de proteção. Todo circuito deve dispor de
condutor de proteção, em toda sua extensão
 Os DRs dever ser utilizados conforme tipo de esperado para as
correntes de falta, ou seja:

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Conceito de funcionamento dos DRs

 A somatória vetorial das correntes que passam


pelos condutores ativos no núcleo toroidal e
praticamente igual a zero (Lei de Kirchhoff).
 Quando houver uma falha a terra (corrente de
fuga) a somatória será diferente de zero, o que
ira induzir no secundário uma corrente residual
que provoca, por indução eletromagnética, o
disparo do Dispositivo DR.
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Conceito de funcionamento dos DRs

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Conceito de funcionamento dos DRs

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Conceito de funcionamento dos DRs

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Esquemas básicos de Ligação

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Tabela de Escolha de DRs

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Tabela de Escolha de DRs

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O DR
atuou,
o que
fazer? 49
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Proteção e Seletividade

Para que um sistema de proteção atinja a finalidade a que se


propõe, deve responder aos seguintes requisitos básicos:
Seletividade;
exatidão e segurança de operação;
Sensibilidade.
A seletividade em um circuito elétrico dá-se em função da escolha
adequada de fusíveis e disjuntores, de forma que, ao ocorrer um
defeito (desligamento) em um ponto da instalação elétrica, o
desligamento afete uma parte mínima da mesma, através da
atuação da proteção mais próxima do defeito;
Para tanto, deve-se coordenar os tempos de atuação dos
disjuntores de proteção, de maneira que os tempos de atuação 50
(tempos de desligamentos) aumentem à medida que as proteções
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Seletividade entre Fusíveis


 Quando houver um curto-circuito num dos ramais, os fusíveis serão
percorridos pela mesma corrente. Os fusíveis serão seletivos quando as suas
curvas características de fusão não tiverem nenhum ponto de interseção e
mantiverem uma distância suficiente entre si.
 Quando as correntes nominais forem próximas, p. ex., proteções no início e
no final de um alimentador, sugere-se utilizar a seguinte relação: In (anterior)
≥ 1,6.In (posterior).

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Seletividade entre Disjuntores

 A seletividade entre disjuntores em série só é possível quando o nível das


correntes de curto-circuito variam suficientemente nos diferentes pontos da
instalação dos disjuntores;
 Há casos em que a corrente de curto-circuito varia muito pouco devido à
baixa impedância dos condutores, então só haverá seletividade através dos
disparadores de sobrecorrente de curta temporização no disjuntor de
entrada;
 Na faixa de sobrecarga, a curva do disjuntor de entrada deverá estar sempre
acima da curva do disjuntor do ramal;
 Para a corrente de curto-circuito, Icc, a diferença de tempo Δt, entre os
tempos de atuação dos dois disjuntores, deverá ser maior do que 150 ms;
 A corrente de operação dos disjuntores com disparador de curta
temporização deve ser ajustada para um valor superior ou igual a 25% do
valor ajustado do disjuntor do ramal. 52
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Seletividade entre Disjuntores

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Seletividade Entre Disjuntores e


Fusíveis para Sobrecarga
 Haverá seletividade na faixa de sobrecarga se a curva característica dos
fusíveis não tiver nenhum ponto de interseção com a curva característica dos
disparadores de sobrecorrente térmicos dos disjuntores;
 Na prática o tempo entre os disparadores de sobrecorrente e a curva dos
fusíveis é da ordem de 100 ms.

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Seletividade Entre Disjuntores e


Fusíveis para Curto-Circuitos
 Neste caso haverá seletividade para a corrente de curto-circuito, se os
tempos de atuação do fusível e do disjuntor tiverem uma diferença mínima
de 50 ms (Δt ≥ 50 ms).

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DPS – Dispositivos de Proteção


Contra Surtos
 A causa mais frequente da queima de equipamentos eletrônicos
– como computadores, TVs e aparelhos de fax, por exemplo – é
a sobretensão causada por descargas atmosféricas ou manobras
de circuito;
 Instalados nos quadros de luz, os Dispositivos de proteção
contra surtos (DPS), são capazes de evitar qualquer tipo de
dano, descarregando para a terra os pulsos de alta-tensão
causados pelos raios;
 Utilizado para limitar as sobretensões e descarregar os surtos de
corrente originários de descargas atmosféricas nas redes de
energia, os dispositivos são aplicados na proteção de
equipamentos conectados à redes de energia, informática,
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telecomunicações etc.
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DPS – Funcionamento

 Para compreender o funcionamento do DPS, suponhamos que


temos um DPS ideal, cujo funcionamento descreve-se

 O DPS ideal pode ser descrito imaginando-se que temos uma


caixinha, cujo conteúdo não conhecemos, conectada, por
exemplo, entre L-PE, cuja impedância (Z) e infinita para não
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alterar o funcionamento do sistema.
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DPS – Funcionamento

 A chegada de um surto de tensão abaixa rapidamente para 0 Ω


a impedância nos terminais da caixa, permitindo “absorver” a
corrente associada ao surto;
 Quanto mais alto for o surto de tensao, menor será a
impedância e maior será a corrente drenada.

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DPS – Funcionamento em 3 fases


 1) Fase inicial: DPS  2) Durante o surto de  3) Fase de extinção do
aberto tensão: Atuação do DSP fenômeno
 Na existência de  O DPS reduz sua própria  DPS e atravessado pela
variações de tensão, impedância para drenar a corrente a 50/60 Hz
existe uma faixa de corrente, e mantem fornecida pelo circuito
tolerância na qual o DPS constante a tensão nos do qual ele faz parte:
não será acionado – terminais; corrente subsequente;
normalmente +/- 10%  Nesta fase, identificamos:  E possível que o DPS
(tensão de operação  Ures: tensão residual; não consiga se reabrir;
contínua);  Up: valor escolhido logo  Isx - corrente máx.
acima de Ures – Define o
 Nesta fase, idealmente, nível de Proteção; capaz de suportar e
o DPS permanece  O valor de Up é relativo à extinguir no primeiro
aberto. Na prática pode uma frente de onda 8/20µs; zero da semi-onda
existir uma corrente de  In – corrente a qual o DPS (>100A);
resiste normalmente;
fuga em seus terminais  O DPS deve ser
 Imax – valor de pico da
– a corrente de corrente máx. a qual o DPS protegido Fusíveis;
operação contínua (µA); 59
resiste ao menos uma vez.
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DPS – Tipos de DPS


 Existem três famílias de DPSs:
 a) Por comutação ou disparo. Neste caso, o elemento principal e o centelhado.
Existem também modelos a tiristores.
 b) Por limitação. E a tecnologia mais popular: varistores ou diodos zener;
 c) De tipo combinado. E obtido através da ligação dos dois primeiros em serie ou em
paralelo.

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DPS – O Centelhador

 O centelhador e um dispositivo que, na sua configuração mais


simples, e produzido com dois eletrodos adequadamente
separados pelo ar;
 Na presença de surtos de tensão entre os dois eletrodos,
desencadeia-se um arco elétrico;
 O valor da tensão de ignição não depende apenas da distancia
entre os eletrodos, mas também das condições ambientais:
temperatura, pressão e poluição do ar;
 Isso significa que a tensão de ignição do arco e muito
influenciada, em distancias iguais, pelas outras três variáveis.

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DPS – O Centelhador

 O centelhador usado no DPS e definido como “a gás”,


normalmente (argônio e neônio);
 É chamado de “GDT”: Gas Discharge Tube;

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DPS – O Centelhador

 Um GDT altera
sua resistência
dentro de 100
ns, de valores
em GΩ para
valores abaixo
de 1Ω, durante
um surto de
tensão.

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DPS – O Varistor

 Os varistores são dispositivos utilizados para proteção contra


surtos de tensao, fabricados com uma mistura de cerâmica e
partículas de oxido de zinco (MOV) ou oxido de magnésio
sinterizado;
 Eles podem ser considerados como uma resistência cujo valor
muda de acordo com a tensão aplicada aos terminais: quanto
maior a tensão, menor a resistência.

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DPS – O Varistor

 Sendo fabricados de partículas de metal, os varistores, quando


submetidos a uma tensão, são sempre atravessados por uma
pequena corrente de fuga.
 Por isso se diz que o varistor esta sempre “ON”, e opera com
frequência, mesmo com pequenas variações de tensão (região
de baixa corrente).
 Com o tempo, as partículas de metal se soldam umas as outras,
criando novos caminhos para a corrente de fuga Ic, que, com o
aumento dos valores, levam ao superaquecimento e a quebra
do varistor;

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DPS – O Varistor

Figura 7: característica de tensão-corrente que caracteriza o


funcionamento dos varistores
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DPS – O Varistor

 Os DPSs fabricados com varistores são definidos como “de


limitação”, pois tem a capacidade de manter constante a tensão
nos terminais durante a absorção do surto de tensão, uma
característica especial dos vistores.

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Comparação entre DPSs


Centelhadores e Varistores
 Na imagem abaixo, são comparadas as características dos
componentes de comutação e de limitação encontradas em
ensaios de laboratório: em azul, o GDT; em vermelho, o varistor.
 Percebe-se como o ultimo começa a trabalhar a baixas tensões,
razão pela qual ele e instalado entre a fase e o neutro.

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Vantagens e Desvantagens entre


DPSs Centelhadores e Varistores

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DPS – Classes

 Classe I  
 Protegem os sistemas de baixa tensão contra sobretensões e altas
correntes de surto que podem ser provocadas por raios, diretos ou
indiretos.;
 Esses dispositivos possuem o nível de proteção de tensão de até 1,5kV;
 são testados com correntes de impulso de 25…100kA, com  forma de
onda de 10/350µs.  
 Classe II
 são dispositivos adequados a proteção contra os efeitos das descargas
indireta
 Estes modelos são os mais utilizados em residências e pequenos imóveis
comerciais ou de serviços, na proteção de descargas indiretas, como
complemento ao trabalho dos modelos classe I, ou ainda na prevenção
contra sobre tensões de manobras. 70
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DPS – Classes

 Classe I e II (Combinados) 
 são utilizados para proteção contra sistemas de baixa tensão.;
 Eles unem a capacidade de descarga do DPS classe II com o nível de 
proteção característicos do DPS classe I.
 Com a combinação do DPS Classe I e II o nível de proteção é de 1,5kV;
 Eles são testados através de correntes de impulso de 25 ...100kA, com
formas de onda de 10/350µs.
 Classe III
 Os DPS`s classe III são utilizados como complemento ao trabalho dos
modelos classe II.
 Instalados em quadros de distribuição que fiquem próximos as cargas
protegidas, limitam ainda mais a sobretensão para proteger os
equipamentos eletroeletrônicos da sua instalação.
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Técnicas de Instalação de DPSs


 Apos a analise das características estruturais e funcionais dos DPSs no
mercado, continuamos com a analise do processo de instalação, que
desempenha um papel importante na proteção dos equipamentos: uma
instalação malfeita inutiliza ate mesmo a presença dos DPSs em um sistema.

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