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Comandos Elétricos

 ACIONAMENTO CONVENCIONAL – Conhecido como


partidas convencionais de motores, utilizam –se de
dispositivos eletromecâ nicos para o acionamento (partida)
do motor (ex. contatores eletromecâ nico, interruptores
mecâ nicos, etc.).

 ACIONAMENTO ELETRÔ NICO – conhecidos como partidas


eletrô nicas de motores, utilizam – se de dispositivos
eletrô nicos que realizam o acionamento do motor (ex. soft-
starters , inversores de freqü ência, etc.).

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Comandos Elétricos
1. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃ O PARA MOTORES:
1.1 – Fusíveis;
1.2 - Relé Térmico;
1.3 – Disjuntores Motores.
2. DISPOSITIVOS DE COMANDO, SINALIZAÇÃ O E AUXILIARES:
2.1 – Botoeiras e Chaves Manuais;
2.2 – Contatores;
2.3 – Relés Temporizadores;
2.4 – Relés Protetores;
2.5 – Sinalizadores Visuais e Sonoros .

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Comandos Elétricos
3. MOTORES DE INDUÇÃ O:
3.1 – Motores Monofá sicos;
3.2 – Motores Trifá sicos.

4. SOFT-STARTER

5. INVERSOR DE FREQUÊ NCIA

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Dispositivos de Proteção
Os dispositivos de proteçã o tem como finalidade a proteçã o
de equipamentos, circuitos eletroeletrô nicos , má quinas e
instalaçõ es elétricas, contra alteraçõ es da tensã o de
alimentaçã o e intensidade da corrente elétrica.

 Fusíveis – Sã o dispositivos cuja principal característica é a


proteçã o contra curto-circuito (aumento brusco da
intensidade da corrente elétricas ocasionada por falha no
sistema de energia ou operaçã o má quina/operador).
 Relé – sã o dispositivos projetado com a característica de
proteger os equipamentos contra a sobrecarga (aumento da
intensidade da corrente elétrica de forma gradual).

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Dispositivos de Proteção
 Disjuntores Motores – Sã o dispositivos que realizam a
proteçã o contra curto-circuito e sobrecarga (proteçã o
térmica e magnética). Possuem knob para o ajuste da
proteçã o da intensidade de corrente (ajuste da proteçã o
térmica).

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Fusíveis
 Conforme as Normas DIN 57636 E VDE 0636 sã o componentes
cuja a funçã o principal é a proteçã o dos equipamentos e fiaçã o
(barramentos) contra curto-circuito, atuando também como
limitadores das correntes de curto-circuito.

 Classe Funcional dos Fusíveis - A IEC utiliza a montagem com 2


letras, sendo que a primeira letra, denomina a "Faixa de
Interrupçã o" , ou seja, que tipo de sobrecorrente o fusível irá
atuar, que sã o elas:

• g Atuaçã o para sobrecarga e curto, fusíveis de capacidade


de interrupçã o em toda faixa;
• a Atuaçã o apenas para curto-circuito, fusíveis de
capacidade de interrupçã o em faixa parcial.

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Fusíveis
 A segunda letra, denomina a "Categoria de Utilizaçã o", ou seja, que
tipo de equipamento o fusível irá proteger, que sã o elas:
• L/G Cabos e Linhas/Proteçã o de uso geral
• M Equipamentos de manobra
• R Semicondutores
• B Instalaçõ es de minas
• Tr Transformadores

 Principais fusíveis utilizados no mercado:


• gL/gG- Fusível para proteçã o de cabos e uso geral (Atuaçã o
para sobrecarga e curto)
• aM - Fusível para proteçã o de motores
• aR -Fusível para proteçã o de semicondutores
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Fusíveis
 Classificaçã o dos Fusíveis quanto a velocidade de atuaçã o:
•Ultra – Rá pidos (Ultra-Fast acting) Utilizados para a proteçã o de
circuitos eletroeletrô nicos, principalmente para a proteção de componentes
semicondutores onde pequenas variaçõ es de corrente em curtíssimo espaço de
tempo fazem o fusível atuar.
•Rá pidos (fast acting) Também utilizados para a proteçã o de circuitos
com semicondutores e sua atuaçã o é rá pida suficiente para limitar o aumento
da corrente num curto intervalo de tempo.
•Normal (normal acting) A atuaçã o do fusível é mediana, tem como
objetivo de proteçã o de circuito eletroeletrô nico e circuito elétrico, utilizado de
forma mais geral onde a proteçã o do circuito nã o necessite um tempo muito
curto de atuaçã o. Utilizado normalmente em circuitos com baixa indutâ ncia.
•Retardado (time-delay acting) Sã o fusíveis de atuaçã o lenta. Utilizados
para a proteção de circuitos elétricos, e tem como principal objetivo a proteçã o
de circuitos com cargas indutivas (ex. motor) . Esta característica permite que o
fusível nã o atue no pico de corrente provocado pela partida do motor.

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Fusíveis

Fusível de Vidro Fusível Tipo Cartucho Fusível Tipo D Fusível Automotivo

Elo fusível Chave Seccionadora

Fusível p/ Média Tensão


Fusível Tipo NH

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Fusíveis
 Para os acionamentos de motores principalmente utilizamos
os diodos tipos D e NH. É recomendável utilizar fusíveis do
tipo D para até 63A e acima deste valor, fusíveis NH por
questõ es econô micas.
• Fusível Tipo D – Os fusíveis tipo D (Diazed) podem ser de
açã o rá pida ou retardada, sã o construídos para valores de no
má ximo 200 A. A capacidade de ruptura é de 70kA com uma
tensã o de 500V.

Capa de Proteção

Tampa Fusível D Parafuso de Anel de Base


Ajuste Proteção
Chave para o
Parafuso de ajuste
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Fusíveis
• Fusível Tipo NH - Podem ser de açã o rá pida ou retarda, sua
construçã o permite valores padronizados de corrente que variam de 6 a
1000 e sua capacidade de ruptura é sempre superior a 70kA com uma
tensã o má xima de 500V.

Base p/ Punho Saca Placa Divisória


Fusível NH Fusível NH Fusível NH
• Valores padrõ es de corrente nominais dos fusíveis:
• Tipo D – 2, 4, 6, 10, 16, 20, 25, 35, 50 e 63.
• Tipo NH – 6, 10, 16, 20, 25, 35, 50, 63, 80, 100, 125, 160, 200, 224, 250,
315, 355, 400, 500, 630, 800, 1000 e 1250.
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Relé
 O relé é um dispositivo utilizado para a proteçã o de circuitos em relaçã o a
sobrecarga, e diferentemente em relaçã o aos fusíveis, que atuam uma
ú nica vez (queima do filamento), os relés atuam diversas vezes durante a
sua vida ú til, ou seja, eles atuam e nã o tem a necessidade de serem
substituídos.
 Os relés utilizados comumente como dispositivos de segurança podem
ser do tipo eletromagnéticos e Térmico.
Relés Eletromagnéticos
a atuaçã o do dispositivo baseia-se na
açã o eletromagnética provocada pela
circulaçã o da corrente elétrica numa
bobina. Os tipos de relés mais comuns
sã o: Relé
eletromagnético
 relé de mínima tensã o (Bobina)
 relé de má xima corrente.

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Relé Eletromagnético

• Os relés de mínima tensã o monitoram a tensã o mínima admissível (limiar


mínimo de tensã o), sã o regulados aproximadamente em 80% do valor
nominal da tensã o. Quando a tensã o for inferior a este limiar o relé atua e
interrompe o circuito de alimentaçã o.
• O relé de má xima corrente é utilizado para monitorar a circulaçã o de
corrente e quando ocorre o aumento de corrente acima do valor
determinado o relé atua e interrompe o circuito de alimentaçã o.

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Relé Térmico
• Os relés térmicos tem como princípio de atuaçã o a deformaçã o de um
bimetal. O bimetal é formado por duas lâ minas de metais diferentes
(normalmente ferro e níquel) cujo coeficiente de dilaçã o é diferentes, e
com o aumento da temperatura provocado pelo aumento da circulaçã o de
corrente pelo bimetal este se deforma.

Relé Térmico
(bimetal)

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Disjuntor Motor
 O disjuntor motor é um dispositivo desenvolvido para a proteçã o de
motores, podem ser construídos apenas para a proteçã o de curto-
circuito (magnéticos) ou termomagnético (curto-circuito e sobrecarga) .
Possui ajuste na proteçã o de sobrecarga (térmico), este ajuste do
térmico possibilita uma melhor atuaçã o no caso de sobrecarga em
relaçã o a disjuntores com o térmico fixos.

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Disjuntor Motor
 Exemplo: Motor trifá sico de 3CV IV pó los 220V, carcaça 90L. Corrente
nominal (In) de 8,18A (catá logo WEG).
 Disjuntor de 10A classe C (faixa de atuaçã o de corrente de curto de 5 a
10 vezes a corrente nominal) ou classe D (faixa de atuaçã o de corrente
de curto acima de 10 vezes a corrente nominal)
 Disjuntor Motor WEG (MPW16-3-U010) ajustando o térmico em 8,5A.
 Disjuntor Motor Siemens (3RV10 11-1JA10) ajustando o térmico em
8,5A.
 Para ambos os disjuntores motores a atuaçã o da sobrecarga ocorrerá a
partir de 8,5A, enquanto que para o disjuntor convencional a partir de
10A, ou seja, o ajuste do térmico dos disjuntores motores permite a
atuaçã o da proteçã o para valores pró ximos da nominal do motor.

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Botoeiras e Chaves Manuais
• Para o acionamento de um motor, necessita-se de um dispositivo que realize a
operaçã o de ligar e desligar o motor elétrico, como por exemplo as chaves
manuais ou os botõ es manuais (botoeiras).
• As chaves manuais sã o os dispositivos de manobra mais simples e de baixo custo
para realizar o acionamento do motor elétrico, podem acionar diretamente um
motor ou acionar a bobina de um contator .
• Sua operação é bastante simples e funcionam como um interruptor que liga ou
desliga o motor, normalmente utilizam- se de alavancas para realizar esta
operaçã o de liga/desliga.

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Botoeiras e Chaves Manuais
• As botoeiras, como sã o conhecidas, sã o outra forma de acionamento de motores
por meio manual e servem para energizar ou desenergizar contatores, a partir da
comutaçã o de seus contatos NA ou NF. Existem diversos modelos e podem variar
quanto ao formato, cor, tipo de proteçã o do acionador, quantidade e tipos de
contatos.
• As botoeiras podem ser do tipo pulsante ou com intertravamento. As botoeiras
com intertravamento mantém a posiçã o de NA ou NF toda vez que é acionada
(pressionada), ou seja, permanecem na nova posição até o pró ximo acionamento.
Já as botoeiras pulsante apenas durante o tempo que o botã o está pressionado
mantém os contatos em NA ou NF, ou seja, permanecem na nova posiçã o apenas
durante o tempo em que o botã o está pressionado.

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Botoeiras e Chaves Manuais

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Botoeiras e Chaves Manuais
IDENTIFICAÇÃO DE BOTÕES SEGUNDO IEC 73 e VDE 0199

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Contatores
 Os contatores sã o chaves de operaçã o nã o manual, sendo que seu acionamento é
proveniente da açã o eletromagnética. Os contatos NA ou NF do contator sã o
acionados quando a bobina (eletromagnética) é energizada, assim o contato
permanecem na nova posiçã o apenas durante o tempo em que a bobina está
energizada, quando a bobina é desernergizada os contatos retornam em seu
estado normal. Os contatores sã o chaves que possibilitam o acionamento de
motores á distâ ncia, aumentando a segurança durante o processo do
acionamento do motor.

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Contatores

1. Contator
1. Contator
2. Blocos de contatos auxiliares laterais
2. Blocos de contatos auxiliares laterais
3. Intertravamento mecânico 3. Bloco de contato auxiliar frontal
4. Bloco de contato auxiliar frontal\ 4. Bloco supressor
5. Temporizador eletrô nico 5. Temporizador eletrô nico
6. Bloco supressor 6. Relé de sobrecarga
7. Bloco de retençã o mecâ nica
8. Temporizador pneumá tico
9. Relé de sobrecarga
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Contatores
 Categoria de Emprego dos Contatores:
 Alimentação: Corrente Alternada (CA) e Corrente contínua (CC)
Alimentação Categoria de Aplicações Típicas
Emprego
CA AC - 1 Manobras leves; carga ôhmica ou pouco indutiva (aquecedores,
lâmpadas incandescentes e fluorescentes compensadas)
CA AC - 2 Manobras leves; comando de motores com anéis coletores
(guinchos,
bombas, compressores). Desligamento em regime.
CA AC – 3 Serviço normal de manobras de motores com rotor gaiola
(bombas,
ventiladores, compressores). Desligamento em regime.*
CA AC – 4 Manobras pesadas. Acionar motores com carga plena; comando
intermitente (pulsatório); reversão a plena marcha e paradas por
contracorrente
(pontes rolantes, tornos, etc.).
CA AC – 6b Chaveamento de bancos de capacitores
CA AC - 14 Controle de pequenas cargas eletromagnéticas ≤72VA)
CA AC - 15 Controle de cargas eletromagnéticas (> 72VA)

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Contatores
 Categoria de Emprego dos Contatores:
 Alimentaçã o: Corrente Alternada (CA) e Corrente contínua (CC)
Alimentação Categoria de Aplicações Típicas
Emprego
CC DC – 1 Cargas não indutivas ou pouco indutivas, (fornos de resistência)
CC DC – 3 Motores CC com excitação independente: partindo, em operação
contínua ou em chaveamento intermitente. Frenagem dinâmica
de motores CC.
CC DC – 5 Motores CC com excitação série: partindo, operação contínua ou
em chaveamento intermitente. Frenagem dinâmica de motores
CC.
CC DC – 6 Chaveamento de lâmpadas incandescentes

* A categoria AC – 3 pode ser usada para regimes intermitentes ocasionais por um período de
tempo limitado como em set-up de máquinas; durante tal período de tempo limitado o
número de operações não pode exceder 5 por minuto ou mais que 10 em um período de 10
minutos.

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Relés Temporizadores
 Os Relés Temporizadores sã o dispositivos utilizados durante o processo do
acionamento das partidas de motores. Sua utilizaçã o é bastante diversa e
depende da aplicaçã o desejada. Os relés temporizadores mais utilizados sã o o
de retardo na energizaçã o (RE), o retardo de desenergizaçã o (RD), estrela-
triâ ngulo (Ү→Δ) e os relés cíclicos.

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Relés Temporizadores

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Prof. Carlos T. Matsumi 26


Relés Protetores
• Sã o reles projetados para a verificaçã o e monitoramento da tensã o, sã o muito
importantes em instalaçõ es por diversos motivos, como por exemplo a falta de
fase, inversã o de fase e subtensõ es que podem danificar um equipamento
ocasionando graves prejuízos á empresa.

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Sinalizadores Visuais e Sonoros
• Sã o componentes utilizados para indicar o estado em que se encontra um painel
de comando ou processo automatizado. As informaçõ es mais comuns fornecidas
através destes dispositivos sã o : ligado, desligado, falha e emergência. Podem ser
do Tipo Sonoro e/ou Visual.
IDENTIFICAÇÃO DE SINALEIROS SEGUNDO IEC 73 e VDE 0199

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Simbologia de Comandos

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Motores de Indução Monofásico
 Motor Monofá sico com dois terminais: Este motor é alimentado por apenas um
valor de tensão, assim a tensã o de alimentaçã o indicada na placa do motor
deverá ser a mesma da alimentação de rede, e nã o tem possibilidade de inversã o
de rotaçã o.
Ligaçã o em 110V ou em 220 (alimentaçã o ú nica)

 Motor Monofá sico com quatro terminais: Neste motor o enrolamento é dividido
em duas partes iguais, podendo ser ligado em dois valores diferentes de tensã o,
comumente denominados de maior tensã o e menor tensã o, a tensã o maior é
duas vezes o valor da tensã o menor.
Ligaçã o em Menor
Ligaçã o em Maior Tensão (110V)
Tensã o (220V)

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Motores de Indução Monofásico
 Motor Monofá sico com seis terminais: Este motor também possibilita a ligaçã o
em dois valores de tensão e permite ainda a rotaçã o de sentido. A inversã o do
sentido de rotaçã o nã o pode ser realizada em movimento (o enrolamento
auxiliar com os terminais 5-6 é o responsável pela inversã o de rotaçã o).
Ligaçã o em Maior Tensã o (220V) Ligaçã o em Maior Tensã o (220V)
Sentido Horá rio Sentido Anti - Horá rio

Ligaçã o em Menor Tensã o (110V) Ligaçã o em Menor Tensã o (110V)


Sentido Horá rio Sentido Anti - Horá rio

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Motores de Indução Monofásico
 Tipos de Motor Monofá sico:
• Motor de Pó los Sombreados ;
• Motor de Fase Dividida (enrolamento auxiliar acoplado a chave centrífuga);
• Motor de Capacitor de Partida (enrolamento auxiliar + capacitor acoplado a
chave centrífuga);
• Motor de Capacitor de Partida Permanente (enrolamento auxiliar +
capacitor permanentemente ligado);
• Motor com Dois Capacitores (enrolamento auxiliar + um capacitor
permanente paralelo com outro capacitor com chave centrífuga)

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Motores de Indução Trifásico

Motor Trifásico para Ligação Estrela-Triângulo Motor de dupla tensão


220/380V ou 380/660V

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Motores de Indução Trifásico

Motor Trifásico para Ligação Dupla Velocidade – Motor com Bobinas Isoladas

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Motores de Indução Trifásico

Motor Trifásico para Ligação Dupla Velocidade - Motor Dahlander

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Motores de Indução Trifásico

Motor Trifásico para Ligação Quatro Tensões- Motor 12 pontas

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