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Dispositivos de proteção são aparelhos projetados para desarmar o circuito em que está
instalado ao detetar calor atípico indicando corrente excedente. Dessa forma ele evita as
sobrecargas e curtos-circuitos em uma instalação elétrica. Tem por finalidade essencial retirar
automaticamente de serviço (isto é, sem intervenção de qualquer operador), circuitos elétricos
que por qualquer circunstância são solicitados a trabalhar em regime capazes de lhes provocar
avarias ou mesmo inutilização protegendo também o operador ou utilizador permitindo assim
uma maior eficiência na exploração - MUNDO DA ELÉTRICA -2014.
Todos elementos da rede de iluminação púbica estão sujeitos a danos. Acontece, porém, que a
grande maioria desses danos podem ser previstos, permitindo assim que sejam evitados o que
é conseguido pela utilização de dispositivos e sistemas de proteção. A atuação dos
dispositivos de proteção deve ser tanto mais rápida quanto maiores forem as alterações das
gradezas elétricas em causa (Corrente, tensão, potência, etc.) e deve também pôr fora de
serviço apenas a parte estritamente necessária da instalação (Troço da rede com defeito),
ficando a restante em serviço - MUNDO DA ELÉTRICA -2014.
1.1 CLASSIFICAÇÃO
Os tipos de dispositivos de proteção para a rede de iluminação pública são: fusível, DPS,
disjuntores e DDR.
1.3 FUSÍVEL
A parte que é de fato denominada como fusível, trata-se de um cilindro com uma liga
metálica,( Trata-se da forma como os átomos de um elemento metálico interagem entre
si, o que origina diversas propriedades importantes, como a maleabilidade e a
ductilidade) feita de chumbo ou de algum outro material com baixo ponto de fusão - SISTEMA
O fusível possui algumas características que são muito importantes no momento da sua
aquisição. Essas características, geralmente estão descritas no corpo do fusível, e são elas:
Corrente nominal: Corrente elétrica para a qual o fusível foi desenvolvido para
trabalhar.
Corrente de rutura: Valor da corrente que causa a interrupção do fornecimento da
energia elétrica, por parte do fusível, no circuito.
Curva característica: Relação entre o valor da corrente elétrica e o tempo necessário
para que o fusível interrompa o circuito.
Elo fusível: Tipo do material metálico que forma o elo interno do fusível, elo este que
se funde quando necessário.
1.3.4 FUSÍVEL NH
São dispositivos utilizados na rede de iluminação pública, de modo a proteger as instalações
eléctricas(: é a estrutura física responsável por permitir que o sistema eléctrico funcione
numa edificação. Essa instalação compreende os componentes das ligações eléctricas e a
conexão entre a fonte geradora de energia e as cargas eléctricas) contra sobre correntes e
curtos-circuitos. Eles possuem a categoria de utilização “gL/gG”, podem ter até seis tamanhos
diferentes e possuem alto valor de corrente de rutura, sendo 120KA em 690VCA (Voltagem
em Corrente Alternada). Usado nos mesmos casos do Diazed porem fabricado para correntes
de 4A 630A (Vmax = 500v e Icc = 120kA). O conjunto é formado por fusível e base. A
colocação ou retirada do fusível é feita com o punho saca-fusível. Existe nele um sinalizador
de estado, porém, não em cores diferentes como no Diazed. No fusível aparecem as letras gL-
gG que significa: proteção total de cabos e linhas - MUNDO DE ELÉTRICA 2014.
Figura 1.1 Fusível NH.
Fusíveis de ação retardada: São usados onde possíveis sobre correntes podem
acontecer no circuito e prevalecer por alguns segundos. Esse tipo de fusível é
recomendado para proteção de circuitos sujeitos a sobrecargas periódicas.
O fusível Diazed tem por característica a faixa de corrente nominal entre 2A e 100A, com a
capacidade de rutura na ordem de 100 kA. A curva de atuação deste fusível pode ser rápida ou
retardada variando de acordo com o tipo de instalação que está a ser empregada. Caso haja
algum curto-circuito ou sobrecarga por conta de uma descarga atmosférica ou anomalias na
rede o valor de corrente eléctrica(é o fluxo ordenado de partículas portadoras de carga
eléctrica ou o deslocamento de cargas dentro de um condutor, quando existe
uma diferença de potencial eléctrico entre as extremidades) do circuito sobe. Quando o
valor da corrente do circuito chega ao valor de corrente de atuação do fusível o elo fusível
começa a esquentar até se fundir completamente.
1.4 DISJUNTORES
Existem diversos tipos de disjuntores elétricos, cada um com sua devida aplicação. Os
disjuntores são dispositivos muito úteis e essenciais em uma instalação elétrica.
Quando acontece um curto-circuito, a corrente que passa pela bobina sofre um grande
aumento e o campo magnético(é uma região do espaço capaz de exercer forças sobre
cargas eléctricas em movimento e em materiais dotados de propriedades magnéticas) da
bobina aumenta também, proporcionalmente ao aumento da corrente. Esse aumento do campo
magnético acaba exercendo uma indução no pistão e o transforma em um tipo de imã –
MUNDO DA ELÉTRICA -2014.
Essa indução sofrida pelo pistão faz com que ele se movimente e acione o mecanismo que
abre o circuito do disjuntor. Quando isso acontece, o disjuntor desarma acionando todo o
circuito após ele, cumprindo assim a sua função de proteção – MUNDO DA ELÉTRICA -2014.
Proteção térmica: O disjuntor termomagnético é constituído por uma chapa térmica(, essa
chapa térmica, é uma chapa bimetálica(é composta por duas lâminas finas de metais
diferentes conectadas firmemente ao longo dos seus comprimentos) que é a principal
responsável pela proteção térmica que o disjuntor realiza. Essa chapa bimetálica faz a
proteção através do conhecido efeito Joule que acontece quando uma corrente elétrica passa
pela chapa. Essa passagem de corrente pela chapa gera um aquecimento e acaba liberando
energia na forma de calor, que em determinadas proporções pode resultar na mudança da
forma da chapa. Essa chapa foi projetada para se modificar quando a corrente ultrapassa o
valor nominal do disjuntor, ou seja, quando a corrente que passa por esse disjuntor esta dentro
dos valores da corrente nominal, a chapa bimetálica suporta o aquecimento e não muda a sua
forma. Porem, quando acorrente ultrapassa o valor nominal do disjuntor, a chapa sofre um
aquecimento alto e acaba se curvando. Ela aciona um mecanismo quando ela se curva, e esse
mecanismo secciona imediatamente a corrente que passaria para todo o circuito apos o
disjuntor – MUNDO DA ELÉTRICA -2014.
O Dispositivo Diferencial Residual possui três grandes vantagens, que podem ser vistas
abaixo:
Ele minimiza as consequências dos choques elétricos, que poderiam causar sérios
danos ao usuário da instalação elétrica;
Ele diminui e protege contra o desperdício de energia eléctrica(é uma forma de energia que
se origina da energia potencial eléctrica, baseada na geração de diferenças de potencial
eléctrico, permitindo estabelecer corrente eléctrica entre dois pontos e os fenómenos
físicos envolvidos)
Muitas pessoas ainda acham erroneamente que o Dispositivo Diferencial Residual é somente
um. Saiba que mesmo tendo nomes muito semelhantes, existem dois tipos de Dispositivo
Diferencial Residual.
IDR: Conhecido como Interruptor Diferencial Residual, é um dispositivo que possui como
função principal detetar uma fuga de corrente elétrica em um circuito e desarmá-lo
rapidamente. Essa fuga de corrente pode originar um choque elétrico, o contato com uma
carcaça metálica(Utilizada para fazer o acoplamento (ou extensão) dos cabos nas
instalações de grandes máquinas ou para viabilizar as emendas das linhas
automatizadas) ou o contato direto com um ponto aterrado, devido à essa função, além dele
ter a função de seccionamento e ser usado como dispositivo de proteção do usuário, o IDR
também pode ser usado para evitar um consumo desnecessário de energia, que aumentaria
bastante a conta de luz.
Caso você tenha o DDR como disjuntor geral, se um condutor estiver apresentando fuga de
corrente em uma caixa de passagem metálica por exemplo, toda a sua instalação terá a energia
cortada, o que vai dificultar muito na procura do problema. O ideal é usá-lo como disjuntor de
circuitos parciais.
O DDR monitora a corrente elétrica de um circuito e quando há uma fuga dessa corrente, ele
age rapidamente (em torno de 7ms ou 0,007s) para seccionar o circuito. Ele realiza esse
monitoramento usando basicamente uma bobina elétrica. Os condutores que serão
monitorados são enrolados em um núcleo toroidal(é um componente electrónico utilizado
na fabricação de transformadores de potência, medição e som profissional, sendo de
extrema importância para diversos segmentos da indústria e mercado.)no interior do
dispositivo, com isso, ao conectar a fase e o neutro ou as fases nos bornes do dispositivo DR,
o núcleo toroidal faz a soma das correntes que passam por ele e essa soma resulta em zero.
Caso haja uma fuga de corrente, a soma que normalmente dá zero vai resultar em outro valor,
que será o suficiente para gerar um campo magnético na bobina elétrica. Esse campo atrai o
contato que estava fechado e faz com que ele se abra, interrompendo a passagem de energia.
O DPS é um dispositivo de proteção contra surtos elétricos, que é essencial para proteger os
equipamentos elétricos e eletrônicos, evitando com que eles queimem.
Existem três classe de DPS, mas o princípio de funcionamento de todos eles é basicamente o
mesmo, sendo que o dispositivo de proteção contra surto funciona a partir da interação entre
seus componentes e materiais internos, como o varistor que desempenha um trabalho
fundamental para o funcionamento do DPS.
O varistor é um resistor elétrico que depende da tensão para mudar o valor de sua resistência,
quanto maior a tensão menor a oposição à passagem da corrente elétrica, e quanto menor o
valor da tensão maior será a resistência. A maior vantagem do varistor é o seu tempo de
resposta, que é extremamente rápido.
Figura 1.3 Dispositivo de Proteção contra Surtos – Mundo da elétrica 2014.
Quando o surto acontece na rede a tensão( a tensão eléctrica é definida como a energia
potencial eléctrica armazenada por unidade de carga eléctrica) é extremamente alta, com
uma tensão tendendo ao infinito passando pelo DPS sua resistência tende a zero, assim
oferecendo um caminho com menor oposição à passagem da corrente elétrica, escoando toda
essa energia pelo sistema de aterramento(é utilizado nos mais variados tipos de
instalações para evitar que ocorram desequilíbrios na tensão eléctrica da rede, fugas de
energia, que afectam o equilíbrio das fases na rede externa, e a ocorrência de choques
eléctricos), é desta forma que o varistor atua dentro do dispositivo de proteção. É importante
entender que o DPS desvia o surto elétrico para o sistema de aterramento, este desvio ocorre
em uma velocidade muito rápida, em uma fração de segundos, dessa forma o disjuntor não é
acionado, pois o tempo não é suficiente para detetar esta fuga pelo sistema de aterramento,
por isso o DPS só funciona com fase conectado de um terminal e terra conectado no outro.
Quando o DPS é acionado ele fecha um curto entre fase e terra, porém este período de tempo
é extremamente curto, como citado anteriormente. Portando de forma alguma, este curto
causado pelo dispositivo de proteção ocasiona em algum dano na instalação. Assim como
todo dispositivo o DPS também chega ao fim sua vida útil, quando seu circuito interno já não
consegue realizar o fechamento entre fase e terra com extrema velocidade.
O maior problema é em casos quando o dispositivo de proteção queima e o curto entre fase e
terra é permanente, por esse motivo existe a necessidade de possuir instalado no circuito um
dispositivo de desconexão. Embora o surto de energia ocasionado pelas descargas
atmosféricas seja muito alto não existe problemas, pois o DPS é feito para suportar altas
correntes, que chegam a Kiloampere. O princípio de funcionamento é o mesmo, como em
qualquer outro surto elétrico, assim que o dispositivo de proteção constatar esse altíssimo
pique de energia na rede ele desvia toda ela pelo sistema de aterramento.