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CAPITULOI - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA_______________________

A primeira menção de um dispositivo que interrompesse a corrente por causa de algum


problema tem mais de 100 anos e foi feita em uma patente de Thomas Edison, naquela época
Edison precisava de uma forma de proteger o sistema de iluminação que vendia para as
grandes cidades, para isso, ele propôs um dispositivo que protegesse a rede contra eventuais
curto-circuitos e sobre cargas e deu o nome de fusível. Em 1923, a Stotz, lançou o primeiro
dispositivo compacto que unia as funções de proteção térmica e magnética do mercado, este
foi o primeiro disjuntor comercial. Ele e a sua equipe, buscando uma ideia para substituir o
fusível desenvolveram uma brilhante invenção, um dispositivo que tivesse um componente
que se aquecido, contraísse e acionasse um mecanismo de seccionamento, porém, quando
resfriado pudesse ser ligado novamente - MUNDO DA ELÉTRICA -2014.

Dispositivos de proteção são aparelhos projetados para desarmar o circuito em que está
instalado ao detetar calor atípico indicando corrente excedente. Dessa forma ele evita as
sobrecargas e curtos-circuitos em uma instalação elétrica. Tem por finalidade essencial retirar
automaticamente de serviço (isto é, sem intervenção de qualquer operador), circuitos elétricos
que por qualquer circunstância são solicitados a trabalhar em regime capazes de lhes provocar
avarias ou mesmo inutilização protegendo também o operador ou utilizador permitindo assim
uma maior eficiência na exploração - MUNDO DA ELÉTRICA -2014.

Todos elementos da rede de iluminação púbica estão sujeitos a danos. Acontece, porém, que a
grande maioria desses danos podem ser previstos, permitindo assim que sejam evitados o que
é conseguido pela utilização de dispositivos e sistemas de proteção. A atuação dos
dispositivos de proteção deve ser tanto mais rápida quanto maiores forem as alterações das
gradezas elétricas em causa (Corrente, tensão, potência, etc.) e deve também pôr fora de
serviço apenas a parte estritamente necessária da instalação (Troço da rede com defeito),
ficando a restante em serviço - MUNDO DA ELÉTRICA -2014.

1.1 CLASSIFICAÇÃO

A classificação dos dispositivos de proteção na rede de iluminação pública é feita para


proteger a instalação de maneira eficaz, evitando possíveis danos na instalação, isto é,
facilitando também a escolha correta dos mesmos.
1.2 TIPOS DE DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

Os tipos de dispositivos de proteção para a rede de iluminação pública são: fusível, DPS,
disjuntores e DDR.

1.3 FUSÍVEL

O fusível é um dispositivo de proteção contra o curto-circuito(é a passagem de corrente


eléctrica acima do normal em um circuito devido à redução abrupta da impedância
deste circuito) e a sobrecarga(ocorre num circuito eléctrico quando a intensidade de
corrente ultrapassa o valor da intensidade nominal do disjuntor desse circuito ) que
acontecem dentro do circuito eléctrico(Um circuito eléctrico é a ligação de elementos
eléctricos, tais como resistores, indutores, capacitores, díodos, linhas de transmissão,
fontes de tensão, fontes de corrente e interruptores, de modo que formem pelo menos
um caminho fechado para a corrente eléctrica). Os fusíveis estão presentes internamente
em aparelhos eletrônicos e em filtros de linha(:  é um componente com desenho
semelhante ao de uma extensão e que se posiciona entre a tomada da parede e a tomada
do aparelho eletroeletrônico), que são muito utilizados para ligar computadores em
escritórios. Na rede de iluminação pública, os fusíveis estão localizados no posto de
iluminação e dentro do armário - SISTEMA DE PROTEÇÃO ELÉTRICA 2008.

A parte que é de fato denominada como fusível, trata-se de um cilindro com uma liga
metálica,( Trata-se da forma como os átomos de um elemento metálico interagem entre
si, o que origina diversas propriedades importantes, como a maleabilidade e a
ductilidade) feita de chumbo ou de algum outro material com baixo ponto de fusão - SISTEMA

DE PROTEÇÃO ELÉTRICA 2008.

1.3.1 CARACTERÍSTICAS DO FUSÍVEL - MUNDO DE ELÉTRICA 2014.

O fusível possui algumas características que são muito importantes no momento da sua
aquisição. Essas características, geralmente estão descritas no corpo do fusível, e são elas:

 Corrente nominal: Corrente elétrica para a qual o fusível foi desenvolvido para
trabalhar.
 Corrente de rutura: Valor da corrente que causa a interrupção do fornecimento da
energia elétrica, por parte do fusível, no circuito.
 Curva característica: Relação entre o valor da corrente elétrica e o tempo necessário
para que o fusível interrompa o circuito.
 Elo fusível: Tipo do material metálico que forma o elo interno do fusível, elo este que
se funde quando necessário.

A curva característica do fusível é uma informação de grande importância no momento da


escolha deste item. Isso porque cada fusível reage de maneiras diferentes mediante ao curto-
circuito. O fusível pode ter a sua ação ultrarrápida, rápida, média, lenta ou muito lenta,
chamada também de acção retardada.

1.3.2 CATEGORIA DE UTILIZAÇÃO DOS FUSÍVEIS

Existe uma nomenclatura especificamente desenvolvida para caracterizar os diferentes tipos


de fusíveis. Essa nomenclatura é feita por meio de duas letras, a primeira letra é minúscula e a
segunda letra é maiúscula, conforme mostra a tabela abaixo.

Tabela 1.1 – Categoria de utilização dos fusíveis


NOMENCLATURA LETRA DESCRIÇÃO
a Fusível limitador de corrente
atuando somente na presença
Primeira letra minúscula
de curto-circuito.
G Fusível limitador de corrente
atuando na presença de
curto-circuito e de sobre
carga.
G Proteção de linha, uso geral.
M Proteção no circuito de
motores.
L Proteção de linha.
Segunda letra maiúscula
Tr Proteção de
transformadores.
R Proteção de semicondutores,
ultrarrápidos.
S Proteção de semicondutores
e linha.
1.3.3 TIPOS DE FUSÍVEIS

Os fusíveis são diferenciados pelas suas categorias e características, como a rapidez na


atuação. Existem diversos tipos de fusíveis, desenvolvidos com particularidades para atender
às várias demandas existentes. Veja a seguir, os tipos de fusíveis utilizados na rede de
iluminação pública.

1.3.4 FUSÍVEL NH
São dispositivos utilizados na rede de iluminação pública, de modo a proteger as instalações
eléctricas(: é a estrutura física responsável por permitir que o sistema eléctrico funcione
numa edificação. Essa instalação compreende os componentes das ligações eléctricas e a
conexão entre a fonte geradora de energia e as cargas eléctricas) contra sobre correntes e
curtos-circuitos. Eles possuem a categoria de utilização “gL/gG”, podem ter até seis tamanhos
diferentes e possuem alto valor de corrente de rutura, sendo 120KA em 690VCA (Voltagem
em Corrente Alternada). Usado nos mesmos casos do Diazed porem fabricado para correntes
de 4A 630A (Vmax = 500v e Icc = 120kA). O conjunto é formado por fusível e base. A
colocação ou retirada do fusível é feita com o punho saca-fusível. Existe nele um sinalizador
de estado, porém, não em cores diferentes como no Diazed. No fusível aparecem as letras gL-
gG que significa: proteção total de cabos e linhas - MUNDO DE ELÉTRICA 2014.
Figura 1.1 Fusível NH.

1.3.5 CARATERÍSTICAS DO FUSÍVEL NH QUANTO AO TIPO DE AÇÃO - MUNDO DE


ELÉTRICA 2014.

 Fusíveis de ação retardada: São usados onde possíveis sobre correntes podem
acontecer no circuito e prevalecer por alguns segundos. Esse tipo de fusível é
recomendado para proteção de circuitos sujeitos a sobrecargas periódicas.

 Fusíveis de ação rápida: São usados onde a corrente do circuito em todos os


momentos é inferior ao valor da corrente nominal do circuito e qualquer sobre corrente
deve ser interrompida.

1.3.6 FUSÍVEL DIAZED - MUNDO DE ELÉTRICA 2014.

É um dispositivo de proteção contra curto-circuito e sobre cargas. O fusível Diazed é


composto por um conjunto de 5 elementos, são eles:

 Base: A base do fusível Diazed é o suporte para toda estrutura do fusível.


 Porta fusível: parte onde fica localizado o fusível.
 Anel de proteção: protege a rosca da base do fusível.
 Indicador: Parte que possibilita a visualização do fusível.

O fusível Diazed tem por característica a faixa de corrente nominal entre 2A e 100A, com a
capacidade de rutura na ordem de 100 kA. A curva de atuação deste fusível pode ser rápida ou
retardada variando de acordo com o tipo de instalação que está a ser empregada. Caso haja
algum curto-circuito ou sobrecarga por conta de uma descarga atmosférica ou anomalias na
rede o valor de corrente eléctrica(é o fluxo ordenado de partículas portadoras de carga
eléctrica ou o deslocamento de cargas dentro de um condutor, quando existe
uma diferença de potencial eléctrico entre as extremidades) do circuito sobe. Quando o
valor da corrente do circuito chega ao valor de corrente de atuação do fusível o elo fusível
começa a esquentar até se fundir completamente.

1.4 DISJUNTORES

Existem diversos tipos de disjuntores elétricos, cada um com sua devida aplicação. Os
disjuntores são dispositivos muito úteis e essenciais em uma instalação elétrica.

O disjuntor é um dispositivo de proteção que todas as instalações possuem ou deveriam ter.


Ele também pode ser definido como um interruptor automático que protege as instalações
contra circuitos elétricos, desarmando assim que identifica correntes de curto-circuito ou
sobrecarga, sendo fundamental para evitar acidentes e até mesmo incêndios.

Figura 1.2 Disjuntor Monofásico – ENSINANDO ELÉTRICA 2020.

1.4.1 FUNÇÃO DO DISJUNTOR


Como mencionado anteriormente, o disjuntor é um dispositivo de proteção com desarme
automático e é importante destacar que ele protege apenas o circuito contra sobrecarga e
curto-circuito, sendo assim, não protege os equipamentos contra surtos de energia e nem as
pessoas contra choques eléctricos(É um estímulo rápido no corpo humano accionado pela
passagem da corrente eléctrica). É o dispositivo de proteção mais encontrado nas
instalações elétricas, geralmente os disjuntores para a rede de iluminação pública, são
instalados no PT e nos armários(é uma caixa de metal ou plástico, escondendo-se de
olhares indiscretos para trocar equipamentos, medidores e outros elementos da
instalação) para fazer a proteção dos seus respetivos circuitos.

1.4.2 TIPOS DE DISJUNTORES

Existem diversos tipos e modelos de disjuntores, cada um varia a sua configuração de acordo


com sua aplicação, como por exemplo as cargas que são ligadas a eles e a tensão de operação.
Embora sejam distintos, eles possuem o mesmo princípio de funcionamento e a mesma
finalidade, que é a proteção dos circuitos – IMPACTO DA UTILIZAÇÃO DE DISPOSITIVOS DE

ILUMINAÇÃO PÚBLICA DE BAIXO CONSUMO ENERGÉTICO 2015.

1.4.3 DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS


O disjuntor termomagnético é a junção da proteção térmica e magnética, sendo muito
utilizado nas instalações elétricas residenciais e comerciais. As vantagens deste disjuntor é
que pode ser usado para manobras de ligar e desligar os circuitos, proteção contra
aquecimentos, curtos circuitos e sobrecargas.

O disjuntor termomagnético é um dos muitos tipos de disjuntores, eles apresentam


características que são mais aproveitadas em relação a outros tipos de disjuntores por isso é
um dos mais usados como disjuntores residenciais e para a iluminação pública. Eles podem
ser classificados em:

 Disjuntor monopolar: Utilizado em instalações e circuitos que possuem apenas uma


única fase, como por exemplo circuitos de iluminação e tomadas em sistemas
monofásicos fase/neutro, seja com fase 127V ou 220V.
 Disjuntor bipolar: Usado em circuitos ou instalações com duas fases, como circuitos
com chuveiros, torneiras elétricas ou equipamentos de maior potência.
 Disjuntor tripolar: Indicado para instalações e circuitos com três fases, como circuitos
com motores eléctricos trifásicos.
1.4.4 CARACTERÍSTICA DO DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO

Esse disjuntor tem um diferencial, que é apresentar duas características principais de


acionamento para a proteção de circuito. O que oferece a proteção térmica e magnética ao
mesmo tempo por isso possui o nome termomagnético – MUNDO DA ELÉTRICA -2014.

Proteção magnética: O disjuntor termomagnético possui uma bobina eléctrica(: também


conhecida como indutor ou solenóide, são dispositivos passivos capazes de armazenar
energia eléctrica criada em um campo magnético), também chamada de indutor, e no
centro da bobina tem um pistão(ou êmbolo è uma peça cilíndrica normalmente feita de
alumínio que se move dentro dos cilindros dos motores de explosão). A bobina e o pistão
em momento alguma estabelecem contacto entre si, porém, quando ocorre um curto-circuito,
acontece uma interação entre eles. Todo o disjuntor possui uma corrente nominal, e o
disjuntor foi projetado para trabalhar respeitando essa corrente. Consequentemente a bobina
também foi projetado para ter um campo magnético, que não deve exercer influencia sobre o
pistão quando a corrente for menor ou igual a corrente nominal – MUNDO DA ELÉTRICA -2014.

Quando acontece um curto-circuito, a corrente que passa pela bobina sofre um grande
aumento e o campo magnético(é uma região do espaço capaz de exercer forças sobre
cargas eléctricas em movimento e em materiais dotados de propriedades magnéticas) da
bobina aumenta também, proporcionalmente ao aumento da corrente. Esse aumento do campo
magnético acaba exercendo uma indução no pistão e o transforma em um tipo de imã –
MUNDO DA ELÉTRICA -2014.

Essa indução sofrida pelo pistão faz com que ele se movimente e acione o mecanismo que
abre o circuito do disjuntor. Quando isso acontece, o disjuntor desarma acionando todo o
circuito após ele, cumprindo assim a sua função de proteção – MUNDO DA ELÉTRICA -2014.

Proteção térmica: O disjuntor termomagnético é constituído por uma chapa térmica(, essa
chapa térmica, é uma chapa bimetálica(é composta por duas lâminas finas de metais
diferentes conectadas firmemente ao longo dos seus comprimentos) que é a principal
responsável pela proteção térmica que o disjuntor realiza. Essa chapa bimetálica faz a
proteção através do conhecido efeito Joule que acontece quando uma corrente elétrica passa
pela chapa. Essa passagem de corrente pela chapa gera um aquecimento e acaba liberando
energia na forma de calor, que em determinadas proporções pode resultar na mudança da
forma da chapa. Essa chapa foi projetada para se modificar quando a corrente ultrapassa o
valor nominal do disjuntor, ou seja, quando a corrente que passa por esse disjuntor esta dentro
dos valores da corrente nominal, a chapa bimetálica suporta o aquecimento e não muda a sua
forma. Porem, quando acorrente ultrapassa o valor nominal do disjuntor, a chapa sofre um
aquecimento alto e acaba se curvando. Ela aciona um mecanismo quando ela se curva, e esse
mecanismo secciona imediatamente a corrente que passaria para todo o circuito apos o
disjuntor – MUNDO DA ELÉTRICA -2014.

1.5 DISPOSITIVO DIFERENCIAL RESIDUAL (DDR) - BLOGDASCHNEIDERELECTRIC 2016.

O Dispositivo Diferencial Residual é um dispositivo de proteção que faz parte do circuito


elétrico. Ele tem a função de detetar uma fuga de corrente(é o termo geralmente utilizado
para indicar o fluxo de corrente anormal ou indesejada em um circuito eléctrico devido
a uma fuga) e desarmar o circuito.

O Dispositivo Diferencial Residual possui três grandes vantagens, que podem ser vistas
abaixo:

 Ele minimiza as consequências dos choques elétricos, que poderiam causar sérios
danos ao usuário da instalação elétrica;

Ele diminui e protege contra o desperdício de energia eléctrica(é uma forma de energia que
se origina da energia potencial eléctrica, baseada na geração de diferenças de potencial
eléctrico, permitindo estabelecer corrente eléctrica entre dois pontos e os fenómenos
físicos envolvidos)

 por conta das fugas de correntes;


 Ele diminui a chance de possíveis curto-circuitos na instalação elétrica, que poderiam
ocasionar incêndios.

1.5.1 TIPOS DE DISPOSITIVOS DIFERENCIAL RESIDUAL E APLICAÇÕES

Muitas pessoas ainda acham erroneamente que o Dispositivo Diferencial Residual é somente
um. Saiba que mesmo tendo nomes muito semelhantes, existem dois tipos de Dispositivo
Diferencial Residual.

1.5.2 DIFERENÇA ENTRE IDR E DDR


É necessário conhecer a diferença entre IDR e DDR, porque sabendo a diferença entre eles
saberás onde empregar cada um deles.

IDR: Conhecido como Interruptor Diferencial Residual, é um dispositivo que possui como
função principal detetar uma fuga de corrente elétrica em um circuito e desarmá-lo
rapidamente. Essa fuga de corrente pode originar um choque elétrico, o contato com uma
carcaça metálica(Utilizada para fazer o acoplamento (ou extensão) dos cabos nas
instalações de grandes máquinas ou para viabilizar as emendas das linhas
automatizadas) ou o contato direto com um ponto aterrado, devido à essa função, além dele
ter a função de seccionamento e ser usado como dispositivo de proteção do usuário, o IDR
também pode ser usado para evitar um consumo desnecessário de energia, que aumentaria
bastante a conta de luz.

DDR: Conhecido como Dispositivo Diferencial Residual, é um dispositivo de proteção,


porém, ele não protege somente o usuário, ele também exerce a função de um disjuntor.
Basicamente, o Disjuntor DR é um IDR com as funções de um disjuntor, que são as proteções
contra curto-circuito e sobrecarga através da deteção térmica e magnética. Muitas pessoas
confundem DDR com dispositivo DR, mas apesar dos dois termos terem as siglas parecidas, o
termo disjuntor DR difere do dispositivo DR. O disjuntor diferencial residual pode ser usado
como disjuntor geral de uma instalação, porém não é recomendado.

Caso você tenha o DDR como disjuntor geral, se um condutor estiver apresentando fuga de
corrente em uma caixa de passagem metálica por exemplo, toda a sua instalação terá a energia
cortada, o que vai dificultar muito na procura do problema. O ideal é usá-lo como disjuntor de
circuitos parciais.

1.5.3 FUNCIONAMENTO DO DDR

O DDR monitora a corrente elétrica de um circuito e quando há uma fuga dessa corrente, ele
age rapidamente (em torno de 7ms ou 0,007s) para seccionar o circuito. Ele realiza esse
monitoramento usando basicamente uma bobina elétrica. Os condutores que serão
monitorados são enrolados em um núcleo toroidal(é um componente electrónico utilizado
na fabricação de transformadores de potência, medição e som profissional, sendo de
extrema importância para diversos segmentos da indústria e mercado.)no interior do
dispositivo, com isso, ao conectar a fase e o neutro ou as fases nos bornes do dispositivo DR,
o núcleo toroidal faz a soma das correntes que passam por ele e essa soma resulta em zero.
Caso haja uma fuga de corrente, a soma que normalmente dá zero vai resultar em outro valor,
que será o suficiente para gerar um campo magnético na bobina elétrica. Esse campo atrai o
contato que estava fechado e faz com que ele se abra, interrompendo a passagem de energia.

Para exercer a protecção contra choque eléctrico, o dispositivo diferencial residual é


encontrado com uma corrente nominal máxima de 30mA, mas em alguns países ele pode ser
encontrado com uma deteção de fuga de 15mA. Ele também pode ser encontrado com outros
valores para a indústria como por exemplo, 300mA. Porém, o DR com essa corrente nominal
não protege contra choques elétricos.

Classes do Dispositivo DR: antes de realizar a instalação de um dispositivo DR, é importante


saber qual é a classe em que ele trabalha, e ver se essa classe é a ideal para a sua instalação.
As classes do dispositivo Dr. são:

Classes AC – Corrente Alternada: O DR dessa classe deteta correntes residuais alternadas,


sendo utilizado normalmente em instalações elétricas residenciais, comerciais e prediais.
Também é usado em instalações elétricas industriais de características similares.

Classe A – Corrente Alternada e Contínua Pulsante: O DR dessa classe deteta correntes


residuais alternadas e contínuas pulsantes. Essa classe é aplicável em circuitos que contenham
recursos eletrônicos que alterem a forma da onda senoidal.

Classe B – Corrente Contínua: O DR dessa classe deteta correntes residuais alternadas,


contínuas pulsantes e contínuas puras. Essa classe é aplicável em circuitos de corrente
alternada normalmente trifásicos, que possuam em sua forma de onda partes senoidais, meia-
onda ou ainda formas de ondas de corrente contínua, geradas por cargas como equipamentos
eletrodomésticos e outros.

Classe SI – Corrente Alternada e Contínua Pulsante Super Imunizadas: A classe SI foi


concebida para manter uma rede de segurança e uma continuidade de serviço de qualidade nas
instalações com perturbações causadas por:

 Condições Atmosféricas Extremas


 Cargas Geradoras de Harmônicas
 Correntes Transitórias de Manobras

1.6 DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS (DPS)


Surto elétrico(é um efeito transitório ou uma onda transitória de tensão que ocorre na
rede eléctrica e aumenta a taxa de variação de energia durante algumas fracções de
segundo) é um fenômeno que pode ocasionar a queima de dispositivos elétricos e eletrônicos.
Os surtos elétricos acontecem devido a vários fatores, como as descargas atmosféricas(é uma
descarga eléctrica de grande intensidade que ocorre na atmosfera, entre regiões electricamente
carregadas) que atingem redes eléctricas, partidas de grandes motores e outras anomalias que
podem ocorrer nas instalações elétricas - PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS, 2001.

1.6.1 FUNCIONAMENTO DO DPS - DPS – DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS E


SUAS APLICAÇÕES EM CFTV E EM TELECOMUNICAÇÕES 2010.

O DPS é um dispositivo de proteção contra surtos elétricos, que é essencial para proteger os
equipamentos elétricos e eletrônicos, evitando com que eles queimem.

Existem três classe de DPS, mas o princípio de funcionamento de todos eles é basicamente o
mesmo, sendo que o dispositivo de proteção contra surto funciona a partir da interação entre
seus componentes e materiais internos, como o varistor que desempenha um trabalho
fundamental para o funcionamento do DPS.

O varistor é um resistor elétrico que depende da tensão para mudar o valor de sua resistência,
quanto maior a tensão menor a oposição à passagem da corrente elétrica, e quanto menor o
valor da tensão maior será a resistência. A maior vantagem do varistor é o seu tempo de
resposta, que é extremamente rápido.
Figura 1.3 Dispositivo de Proteção contra Surtos – Mundo da elétrica 2014.

Quando o surto acontece na rede a tensão( a tensão eléctrica é definida como a energia
potencial eléctrica armazenada por unidade de carga eléctrica) é extremamente alta, com
uma tensão tendendo ao infinito passando pelo DPS sua resistência tende a zero, assim
oferecendo um caminho com menor oposição à passagem da corrente elétrica, escoando toda
essa energia pelo sistema de aterramento(é utilizado nos mais variados tipos de
instalações para evitar que ocorram desequilíbrios na tensão eléctrica da rede, fugas de
energia, que afectam o equilíbrio das fases na rede externa, e a ocorrência de choques
eléctricos), é desta forma que o varistor atua dentro do dispositivo de proteção. É importante
entender que o DPS desvia o surto elétrico para o sistema de aterramento, este desvio ocorre
em uma velocidade muito rápida, em uma fração de segundos, dessa forma o disjuntor não é
acionado, pois o tempo não é suficiente para detetar esta fuga pelo sistema de aterramento,
por isso o DPS só funciona com fase conectado de um terminal e terra conectado no outro.

Quando o DPS é acionado ele fecha um curto entre fase e terra, porém este período de tempo
é extremamente curto, como citado anteriormente. Portando de forma alguma, este curto
causado pelo dispositivo de proteção ocasiona em algum dano na instalação. Assim como
todo dispositivo o DPS também chega ao fim sua vida útil, quando seu circuito interno já não
consegue realizar o fechamento entre fase e terra com extrema velocidade.

O maior problema é em casos quando o dispositivo de proteção queima e o curto entre fase e
terra é permanente, por esse motivo existe a necessidade de possuir instalado no circuito um
dispositivo de desconexão. Embora o surto de energia ocasionado pelas descargas
atmosféricas seja muito alto não existe problemas, pois o DPS é feito para suportar altas
correntes, que chegam a Kiloampere. O princípio de funcionamento é o mesmo, como em
qualquer outro surto elétrico, assim que o dispositivo de proteção constatar esse altíssimo
pique de energia na rede ele desvia toda ela pelo sistema de aterramento.

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