Você está na página 1de 49

Ministério da Educação

PR
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

Departamento Acadêmico de Eletrotécnica

PROTEÇÃO EM
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
PREDIAIS

Professor: Esp. Geraldo Cavalin


PR
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Disjuntores
termomagnéticos
O que são?

São dispositivos que garantem,


simultaneamente, a manobra e a proteção contra
correntes de sobrecarga e contra corrente de curto-
circuito.

Numa instalação elétrica, residencial, comercial, industrial


ou hospitalar, o importante é garantir as condições ideais de
funcionamento do sistema sob quaisquer condições de operação,
protegendo os equipamentos e a rede elétrica de acidentes
provocados por alteração de corrente.
Disjuntores
termomagnéticos
Função

Em resumo, os disjuntores cumprem três


funções básicas:
1. Permite abrir e fechar os circuitos (manobra),
“operando-o como um interruptor, seccionando
somente o circuito necessário para uma
eventual manutenção” ou instalação de novos
equipamentos.

2. Proteger a fiação, ou mesmo os aparelhos, contra sobrecarga


por meio do seu dispositivo térmico;

3. Proteger a fiação contra curto-circuito


por meio de seu disparador ou dispositivo
magnético.
Disjuntores
termomagnéticos
Característica

Permite o religamento sem necessidade de


substituição de componentes.
Caso o defeito na rede persistir no
momento do religamento, o disjuntor desliga
novamente.

Ele não deve ser manobrado até que se


elimine o problema do circuito.
Disjuntores
termomagnéticos
Constituição

O disjuntor termomagnético é constituído de


diversos componentes, tais como:

Figura: Vista interna do disjuntor.

Cortesia: Merlin Gerin.


Fusíveis

Dentre todos os dispositivos de


proteção, o fusível é o, mais simples
construtivamente, mas apesar disso, é
importante observar que são elementos mais
fracos (de seção reduzidas),
propositadamente intercalados no circuito,
para interrompê-los sob condições anormais.
Fusíveis
Tipos

1. Segundo a tensão de alimentação: baixa


tensão ou alta tensão;

2. Segundo as características de desligamento:


efeito rápido ou efeito retardado.
Fusíveis
Tipos

Fusíveis de baixa tensão:

Fusíveis Diazed - são usados preferencialmente


na proteção dos condutores de rede de energia
elétrica e circuitos de comando. Podem se do tipo
rápido ou retardado.
Fusíveis NH – os fusíveis limitadores de corrente
NH reúnem as características de fusíveis retardado
para corrente de sobrecarga e de fusível rápido para
correntes de curto-circuito.
N=baixa tensão – H= alta capacidade de
interrupção.
Fusíveis
Tipos
Fusíveis
Tipos
Fusíveis
Constituição
Proteção contra choques
elétricos e efeitos térmicos
Introdução
A proteção das instalações elétricas deve ser analisada
de acordo com os seguintes aspectos:

Os dispositivos de proteção diferencial-residual (DR)


exercem importância fundamental...
Disjuntores e Interruptores
Diferenciais Residuais - DR
Disjuntores e Interruptores
Diferenciais Residuais - DR
Funções

Os disjuntores diferenciais exercem múltiplas funções:

1. Proteção dos condutores elétricos contra sobrecorrentes;

2. Proteção das pessoas e animais contra choques elétricos;

3. Proteção da instalação e do patrimônio (locais) contra incêndios;

4. Controlar o isolamento da instalação impedindo o desperdício de


energia por fuga de corrente...

...assegurando a qualidade da instalação.


Disjuntores e Interruptores
Diferenciais Residuais - DR
Características

Em caso de defeito na isolação, as correntes de fuga


passam à fonte de tensão (Figura no slide seguinte) e o disjuntor
ou interruptor diferencial percebe ou capta a corrente de fuga e se
desliga, quando ultrapassa corrente nominal de fuga.

Porém, em caso de defeito de isolação, não somente


pode aparecer uma tensão de contato excessivamente elevada,
como pode ser provocada por incêncio através de um arco
voltaico, originado pela corrente do circuito a terra.

A interrupção da corrente de fuga baseia-se em princípio


de “vigiar” os circuitos contra essas correntes indesejáveis e
altamente prejudiciais às instalações elétricas, ao patrimônio e
principalmente ao usuário.
Disjuntores e Interruptores
Diferenciais Residuais - DR
Funcionamento

Revista EM-Eletricidade
Moderna
Disjuntores e Interruptores
Diferenciais Residuais - DR
Funcionamento

Revista EM-
Eletricidade
Moderna

Ocorrendo uma corrente de falta à terra Id, a corrente “de retorno” I2 não será mais
igual à corrente “de ida” I1 e essa diferença provoca a circulação de uma corrente I3 no
enrolamento de detecção. Cria-se, no circuito magnético do relé, um campo que vence o
campo permanente gerado pelo pequeno imã, liberando a alavanca. A liberação da
alavanca detona o mecanismo de abertura dos contatos.
Disjuntores e Interruptores
Diferenciais Residuais - DR
Utilização

Disjuntor diferencial residual é um dispositivo que protege:


- os condutores do circuito contra sobrecarga e contra
curto-circuito; e
- as pessoas contra choques elétricos.

Disjuntor diferencial termomagnético DX. Cortesia: Pial-Legrand.


Disjuntores e Interruptores
Diferenciais Residuais - DR
Utilização

Interruptor diferencial residual é um dispositivo que:


- Liga e desliga, manualmente, o circuito; e
- protege as pessoas contra choques elétricos.

Interruptor diferencial IDR. Cortesia: Pial-Legrand.


D
Surtos – DPS
O que é?

É um dispositivo de proteção conta sobretensões


transitórias (surtos de tensão) “anulando as descargas indiretas
na rede elétrica causados por descargas atmosféricas”.

A NBR 5410:2004, item 6.3.5, estabelece


as prescrições para o uso e localização dos DPS.
D
Surtos – DPS
Modelos

DPS UNIC. DPS MTM. Cortesia MTM. Vários tipos de DPS. Cortesia ABB.
Cortesia PIAL-
Legrand.
Aterramento do Sistema
Elétrico
O que é?
Aterramento significa colocar instalações de estruturas metálicas e
equipamentos elétricos no mesmo potencial ou estabelecer um
referencial de modo que a diferença de potencial entre a terra e o
equipamento ou a estrutura seja zero.

“Tem também a finalidade de equalizar os potenciais das descidas


(descargas atmosféricas, correntes de fuga, etc) e os potenciais no
solo, devendo haver preocupação com os locais de freqüência de
pessoas, minimizando as tensões de passo” (Trmotécnica).

“Tem também a finalidade de equalizar os potenciais das descidas


(descargas atmosféricas, correntes de fuga, etc) e os potenciais
no solo, devendo haver preocupação com os locais de freqüência
de pessoas, minimizando as tensões de passo” (Trmotécnica).
Aterramento do Sistema
Elétrico
Objetivos
1. Escoar as cargas estáticas geradas nas carcaças de
equipamentos, aeronaves e caminhões com tanque de
combustíveis;
2. Sistemas de pára-raios (SPDA), para proporcionar um
caminho de escoamento para a terra de descargas
atmosféricas;

3. Manter as correntes de falta dentro de limites de segurança


de 30 mA, de modo a não causar fibrilações cardíacas, facilitar
o funcionamento de dispositivos DR, disjuntores e relés por
justamente estabelecer a referência ao potencial zero e,
também, estabelecer uma blindagem eletromagnética.
Aterramento do Sistema
Elétrico
Objetivos

4. Usar a terra como retorno de corrente do sistema;

5. Obter uma resistência de aterramento a mais baixa


possível, para correntes de falta a terra. Ex.:

Tabela 11.1 – Valor da resistência em função do local.

Local Resistência (Ω)


Residências ou sistemas sem 25
pára-raios
Sistema com pára-raios 10
Sistemas de computação - CPD 1
Aterramento do Sistema
Elétrico
Objetivos

Alertas:

1. O Sistema de Aterramento deverá ser projetado e


executado por profissionais qualificados (eletricistas).

2. Para manter a resistência de terra abaixo de 10


ohms (Ω) exigida pela NBR 5419:2005, item
5.1.3.3.2, nota 2, é necessário conhecer o tipo de
solo e as opções de aterramento.
PENSAMENTOS
“A maior recompensa para o trabalho do
homem não é o que ele ganha com isso, mas
o que ele se torna com isso”. (John Ruskin)

“Em todo trabalho há proveito, mas ficar só em


palavras leva à pobreza”.  (Provérbios 14,23)
Aterramento do Sistema
Elétrico
Objetivos

Com o aterramento adequado das instalações e


equipamentos elétricos, no caso de falha da isolação do
equipamento a corrente de falta passa pelo condutor de proteção
(condutor de aterramento), ao invés de percorrer o corpo da
pessoa, proporcionando segurança aos usuários.
Aterramento do Sistema
Elétrico
Objetivos
Para a segurança o sistema de aterramento deverá ser feito
conforme normas, pois num momento de falha o sistema deve
oferecer um percurso de retorno para a terra da corrente de falta,
permitindo que haja o desligamento automático das instalações
elétricas, evitando assim conseqüências maiores para os usuários.
Aterramento do Sistema
Elétrico
Objetivos

Para a Instalação de equipamentos eletrônicos em


geral, de modo especial computadores, CPD, etc., “o
aterramento deve fornecer um plano de referência zero, sem
perturbações, de tal modo que eles possam operar
satisfatoriamente tanto em altas quanto em baixas
freqüências” (Procobre).

No caso de alimentação elétrica de computadores,


o aterramento tem a função de proteger o usuário, única e
exclusivamente, contra cargas elétricas estáticas e não o
computador.
Aterramento do Sistema
Elétrico
Glossário

A seguir são apresentados alguns conceitos importantes sobre


aterramento:

1. Tensão de Contato: “É a tensão que pode aparecer


acidentalmente, quando da falha de isolação, entre duas partes
simultaneamente acessíveis” (Procobre).

2. Tensão de toque: “Se uma pessoa toca um


equipamento sujeito a uma tensão de contato,
pode ser estabelecida uma tensão entre mãos e
pés, chamada de tensão de toque”.
“Em conseqüência, poderemos ter a passagem de
uma corrente elétrica pelo braço, tronco e pernas,
cuja duração e intensidade poderão provocar
fibrilação cardíaca, queimaduras ou outras lesões
graves ao organismo” (Procobre).
Aterramento do Sistema
Elétrico
Glossário
3. Tensão de Passo: Quando da queda de um condutor no solo
ou uma descarga atmosférica, ocorre uma elevação de potencial
em torno do ponto de contato ou eletrodo de aterramento,
formando anéis chamados de distribuição de queda de tensão, que
são maiores junto ao ponto de contato e ficando menores quando
se distanciam do ponto.
Se a pessoa estiver em pé dentro da região dos anéis de
pés juntos, provavelmente estará segura. Caso saia correndo, com
passos de aproximadamente 1 metro, estará sob a influência da
diferença de potencial entre dois pontos e, consequentemente fará
com que haja circulação de corrente através das duas pernas,
provocando acidentes graves. O correto é permanecer parado ou
deslocar-se aos saltos com os pés juntos.
Aterramento do Sistema
Elétrico
Glossário

Vpasso
Aterramento do Sistema
Elétrico
Glossário

4. Ligação equipotencial: Ligação entre SPDA e as


instalações metálicas, destinada a reduzir as diferenças de
potencial causadas pela corrente de descarga atmosférica. (NBR
5419:2005, item 3.8).

5. Eletrodo de aterramento: Elemento ou conjunto de


elementos do subsistema de aterramento que assegura o contato
elétrico com o solo e dispersa as correntes provenientes de cargas
estáticas, falhas de isolação, descarga atmosférica, etc., para a
terra. (NBR 5419:2005, item 3.12).

6. Eletrodo de aterramento em anel: Eletrodo de


aterramento formando um anel fechado em volta da estrutura.
Aterramento do Sistema
Elétrico
Glossário

7. Equipotencialização: “É o procedimento que consiste na


interligação de elementos específicos (todos os barramentos e
infra-estrutura), visando obter a eqüipotencialização para os fins
desejados”. Tem a função de “proteção contra choque elétricos e
contra sobretensões e perturbações eletromagnéticas. Uma
determinada eqüipotencialização pode ser satisfatória para proteção
contra choques elétricos, mas insuficiente para proteção contra
perturbações eletromagnéticas” (NBR 5410:2004, item 3.3.1).

Alertas:
1. Para evitar choques do chuveiro elétrico é importante que o fio terra do
equipamento seja conectado diretamente ao aterramento da residência.

2. A falta de aterramento ou aterramento mal dimensionado é causa de


acidentes graves. O aterramento correto é feito com haste de cobre.
Relé de Sobrecarga
O que é?

O relé de sobrecarga é um dispositivo que tem a


finalidade de proteger, controlar ou comandar um circuito
elétrico, atuando sempre pelo efeito térmico provocada pela
corrente elétrica e proteção contra falta de fase.

São utilizados principalmente na proteção de motores


elétricos constituindo uma proteção contra sobrecarga. Os relés
bimetálicos de sobrecarga são acoplados em série a
contatores eletromagnéticos
Relé de Sobrecarga
Tipos

Quanto ao princípio de funcionamento pode


ser: Térmico ou bimetálico e eletrônico.
Relé de Sobrecarga
Funcionament
o
Funcionamento do relé de sobrecarga bimetálico

“O funcionamento do relé de sobrecarga bimetálico


baseia-se no princípio da dilatação linear de dois materiais
diferentes quando acoplados rigidamente.

O material de maior coeficiente de dilatação é


denominado componente ativo enquanto o de menor
coeficiente é denominado componente passivo.
Relé de Sobrecarga
Funcionamento
A curvatura de um bimetal numa dada temperatura
depende da diferença entre os dois coeficientes e tende sempre
para o lado do material de menor coeficiente.
Relé de Sobrecarga
Circuitos
O relé de sobrecarga bimetálico pode ser dividido em
dois circuitos fundamentais:

- Circuito principal ou de potência; e


- Circuito auxiliar ou de comando.
No circuito principal a corrente do motor circula através
de lâminas bimetálicas e de resistências auxiliares que
envolvem estes bimetais. Estas resistências variam de acordo
com a faixa de operação do relé.
A corrente nominal aquece os bimetais provocando uma
deformação não suficiente para desarmar o relé.
Quando ocorre uma sobrecarga, esta se reflete num
aumento de corrente fazendo com que os bimetais se desloquem
desarmando o relé.
Relé de Sobrecarga
Circuitos
A interligação dos dois circuitos é feita por uma alavanca
mecânica acionada pelos bimetais.
O Circuito auxiliar é composto de:

1. Contato do tipo reversor, por onde circula a corrente de


comando (alimentação da bobina do contator);

2. Botão de regulagem tipo “came” através do qual é feito o


ajuste de corrente;
Relé de Sobrecarga
Circuitos

O Circuito auxiliar é composto de:

3. Botão de rearme que tanto pode ser acionado manualmente


como pode ser fixado em posição de rearme automático através
de dispositivo de trava; e

4. Bimetal de compensação de temperatura que


proporciona ao relé operar, de -20 a 60ºC, sobre uma
mesma curva de desarme. Este bimetal desloca-se
conforme a temperatura ambiente de forma favorável ou
desfavorável à regulagem do came.
Relé de Sobrecarga
Constituição
Relé de
Sobrecarga

Constituição
Relé de Sobrecarga
Constituição
Relé de Sobrecarga
Esquema
Representação esquemática do relé de sobrecarga

Alerta:
Características técnicas tanto para os relés bimetálicos como
eletrônicos devem ser consultados catálogos dos fabricantes.
PR
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
FIM

DA

APRESENTAÇÃO

Agradeço a paciência.

“Quem quiser percorrer o caminho da santidade


não necessita de novos “programas”. O
programa já existe: é o mesmo CRISTO que deve
ser conhecido, amado, imitado e anunciado”.

Você também pode gostar