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TÉCNICO EM ELETRÔNICA

CECON REDE DE ENSINO TÉCNICO EM


ELETRÔNICA
MÓDULO ELETROTÉCNICA
TÉCNICO EM ELETRÔNICA

Sumário
INTRODUÇÃO

UNIDADE I - SIMBOLOGIA GRÁFICA DE PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – DESENHO E


REPRESENTAÇÃO

1. Simbologia Gráfica de Projeto de Instalações Elétricas


2. Símbolos - Traço - Círculo
3. Triângulo Equilátero - Quadrado
4. Quadros de Distribuição - Dutos
5. Interruptores - Tomadas
6. Pontos de Luz - Outros Símbolos
Ideias-chave
Recapitulando
Para fixar conteúdo

UNIDADE II - DIAGRAMAS

1. Diagrama Unifilar
2. Diagrama Multifilar
3. Diagrama Funcional - Diagrama de Ligação
4. Circuito de Iluminação
5. Circuito de Iluminação Externa
6.Circuito de Tomadas de Uso Geral (TUG)
7. Circuito de Tomadas de Uso Específico (TUE)
8. Interruptores
Ideias-chave
Recapitulando
Para fixar conteúdo

UNIDADE III – DISJUNTORES

1. Dispositivos de Proteção
2. Dispositivo Diferencial Residual (DR)
3. Disjuntores
4. Principais Características Técnicas
Ideias-chave
Recapitulando
Para fixar conteúdo

UNIDADE IV - PLANTA ELETRICA

1. Circuito físico
2. Simbologia
3. Tipos de comando
4. Projeto de instalações prediais
5. Etapas do projeto
6. Locação dos pontos de consumo
7. Traçado e diagrama unifilar
Ideias-chave
Recapitulando
Para fixar conteúdo

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Introdução

Não há a menor dúvida de que a Eletricidade revolucionou a vida do ser humano nas últimas décadas. Isso me
faz acreditar que muitas descobertas virão para impulsionar a evolução intelectual da humanidade através da
eletrônica nos próximos anos. Hoje, é praticamente impossível passar um dia sem ter contato com a Eletricidade.
Desde o momento que ligamos o carro para sair de casa, olhamos a hora no relógio de pulso ou vemos as
mensagens no smartphone estamos em contato com esta ciência fascinante. E fascinante é pensar que ela se dá
através de conceitos e princípios sólidos e universais. Por exemplo, um transistor que opera em um simples rádio
FM trabalha com os mesmos princípios que os bilhões de transistores integrados em um processador de última
geração, que viaja embarcado em um satélite no espaço. Por isso a eletricidade é um vasto campo de
oportunidades! A ideia aqui é estudar os conceitos dentro da eletricidade; princípios sem os quais não damos um
passo sequer nessa viagem infinita que é estudar a eletricidade…Nosso objetivo é solidificar os conceitos básicos
da eletrotécnica dentro da eletricidade.

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UNIDADE I

SIMBOLOGIA GRÁFICA DE PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

DESENHO E REPRESENTAÇÃO
1. Simbologia Gráfica de Projeto de Instalações Elétricas

No projeto de instalações elétricas, vários dados devem estar claramente locados na planta: localização das tomadas,
pontos de iluminação, quadros, percursos da instalação, condutores, distribuição da carga, proteções, etc... Portanto,
na planta baixa devemos no mínimo representar:
a localização dos pontos de consumo de energia elétrica, seus comandos e indicações dos circuitos a
que estão ligados;
• a localização dos quadros e centros de distribuição;
• o trajeto dos condutores (inclusive dimensões dos condutos e caixas);
• um diagrama unifilar discriminando os circuitos, seção dos condutores, dispositivos de manobra e
proteção; indicar o material a ser utilizado

2. Símbolos - Traço - Círculo

Símbolos - Seria muito complicado reproduzir exatamente os componentes de uma instalação, por isso, utiliza-se de
símbolos gráficos onde todos os componentes estão representados. Existem muitos padrões para simbologia de
projeto de instalações elétricas: ABNT, Dim, ANSI, JIS, ... e aqui no Brasil também vemos a adoção de padrões
personalizados que ficam estampados nas legendas, alguns com a finalidade de simplificar o entendimento do projeto.
A norma técnica que especifica os símbolos padrões em nosso país é a NBR 5444 sb2/89. A simbologia apresentada
nesta Norma é baseada em Figurauras geométricas simples para permitir uma representação clara dos dispositivos
elétricos. Os símbolos utilizados baseiam-se em quatro elementos geométricos básicos: o traço, o círculo, o triângulo
equilátero e o quadrado.

Traço - O traço representa o eletroduto, os diâmetros devem ser anotados em milímetros e seguem a tabela de
conversão ao lado.

Círculo - Representa o ponto de luz, o interruptor e a indicação de qualquer dispositivo embutido no teto. Nesse ponto,
particularmente, recomendo não seguir a norma. Costumo utilizar o símbolo S para interruptor para não confundir o
desenho.

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3. Triângulo Equilátero - Quadrado

Triângulo Equilátero - Representa tomada em geral. Variações acrescentadas a ela indicam mudança de significado
e função (tomadas de luz e telefone, por exemplo), bem como modificações em sua altura na instalação (baixa, média
e alta).

Quadrado - Representa qualquer tipo de elemento no piso.

A seguir são mostradas tabelas dos símbolos mais utilizados, segundo a NBR 5444.

4. Quadros de Distribuição - Dutos

Tabela 2 - Símbolo de Quadros de Distribuição

Dutos

3 - Símbolo de Dutos

5. Interruptores - Tomadas

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Interruptores

Tabela 3 - Símbolo de Interruptores

Tomadas

Tabela 4 - Símbolo de Tomadas

6. Pontos de Luz - Outros Símbolos

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Pontos de Luz

Tabela 5 - Símbolo de Pontos de Luz

Outros Símbolos

Tabela 6 - Símbolo de Tipos de Condutores

IDEIAS-CHAVE

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Interruptores, tomadas (TUE e TUG), simbologia, diagrama unifilar, fase, neutro, retorno,

RECAPITULANDO...

Para representação de diagramas elétricos em uma planta para conhecimento das ligações trabalhamos com
diagramas unifilar representado por linhas que facilitam a compreensão sendo cada componente representado por
uma figura geométrica com especificações técnicas.

PARA FIXAR O CONTEÚDO

A. Questões discursivas.

1. Qual a bitola do circuito 1 e o diâmetro dos eletrodutos no desenho a seguir:

Figura 3.1 – Planta Baixa de Cômodo


2 - Considerando a planta a seguir:

3 - Crie uma legenda para a mesma.

4 - Quantos quadros de luz há e de que tipo ele é?

5 - Quantas luminárias fluorescentes e quantas incandescentes estão na planta?

6 - Tem alguma tomada destinada a chuveiro elétrico?

7 - Tem alguma tomada para motor ou bomba?

8 - Existem eletródutos com mais de 15 mm de diâmetro?

9- Quando não vem indicada, qual a potência nominal de uma tomada.

10 – O diagrama é unifilar ou multifilar?

B. Leia atentamente as afirmativas e marque V para as verdadeiras e F para as falsas.

1. ( ) Representação de tomadas é utilizado um círculo.


2. ( ) Representação de condutores é usando nome.
3. ( ) Diagrama unifilar simplifica as ligações elétricas para visualização.
4. ( ) Diagrama multifilar é a representação de como realmente está ligado.
5. ( ) Tomadas podem ser TUE e ou TUG
6. ( ) TUE Interruptor de uso misto
7. ( ) TUE Tomada de uso especifico.

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8. ( ) Quadro de distribuição onde liga lâmpadas.


9. ( ) TUG Termina de uso geral
10. ( ) Tomadas são representadas por triângulos.

C. Questões de múltipla escolha.

1 – A respeito de interruptores são representador por


a) Círculos
b) Triângulos
c) Retângulo

2 – A respeito de tomadas são representas por


a) Círculos
b) Triângulos
c) Retângulo

3 – Os quadros de distribuição podem ser


a) somente internos
b) somente externos
c) internos e ou externos

4 – Quanto aos cabos de energia podemos representar


a) Somente condutor fase e neutro.
b) Somente retorno.
c) Todos os condutores utilizados em um diagrama unifilar.

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UNIDADE II

DIAGRAMAS
Os diagramas representam a instalação elétrica como um todo. Possuem diversos modelos. Os mais utilizados são:
Unifilar e a Multifilar.

1. Diagrama Unifilar.

É o que comumente vimos nas plantas de instalações elétricas prediais. Define as principais partes do sistema elétrico
permitindo identificar o tipo de instalação, sua dimensão, ligação, o número de condutores, modelo do interruptor, e
dimensionamento de eletrodutos, condutores, lâmpadas e tomadas. Esse tipo de diagrama localiza todos os
componentes da instalação. O diagrama a abaixo indica a ligação de um ponto de luz no teto com 1 lâmpada de 100
watts ligado por um interruptor simples e pertencente ao circuito 2.

Figura – Ilustração de Representação do Diagrama Unifilar.

O trajeto dos condutores é representado por um único traço. Esse tipo de diagrama geralmente representa a posição
física dos componentes da instalação, porém não representa com clareza o funcionamento e a sequência funcional
dos circuitos. Também pode ser representado da forma ao lado quando indicar uma única instalação.

O diagrama unifilar deve indicar para cada carga (ponto de luz, tomada, ou aparelho específico), os seguintes
elementos básicos:
• Fonte (ponto de suprimento ou quadro de distribuição);
• Circuito ao que pertence;
• Pontos de comando (interruptores e chaves associados);
• Condutores associados.
No exemplo ao lado ligação de uma lâmpada a um interruptor:
O Condutor com função retorno e ora está no potencial do neutro quando a lâmpada está desligada, ora está no
potencial da fase quando a lâmpada estiver acesa.

Figura – Ilustração de Representação do Diagrama Unifilar.


Estes e outros símbolos são normalizados pela ABNT através de normas específicas. Este esquema unifilar é somente
representado em plantas baixas, mas o eletricista necessita de um outro tipo de esquema chamado multifilar, onde se

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mostram detalhes de ligações e funcionamento, representando todos os seus condutores, assim como símbolos
explicativos do funcionamento.

2. Diagrama Multifilar

Representa todo o sistema elétrico, indicando todos os condutores detalhadamente. Cada condutor é representado
por um traço que será utilizado na ligação dos componentes.

Figura 3.5 – Ilustração de Representação do Diagrama Multifilar.

3. Diagrama Funcional.

É mais utilizado para fins didáticos pois representa o esquema funcional de forma clara e acessível.

Figura 3.6 – Ilustração de Representação do Diagrama Funcional.


4. Diagrama de Ligação.

Representa exatamente como uma instalação é executada na prática. Também é utilizado para fins didáticos.

Figura 3.7 – Ilustração de Representação do Diagrama de Ligação

Comparativo

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Figura 3.8 – Ilustração de todos os Diagramas


Principais diagramas de ligação
(*) imagens retiradas do Manual da Pirelli – Instalações Elétricas Prediais

5. Circuito de Iluminação

Figura 3.9 – Ilustração de Ligação do Circuito de Iluminação


Circuito de Iluminação Externa

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Figura 3.10 – Ilustração de Ligação do Circuito de Iluminação Externa

6. Circuito de Tomadas de Uso Geral (TUG)

Figura 3.11 - Ilustração de Ligação do Circuito de Tomada de Uso Geral

7. Circuito de Tomadas de Uso Específico (TUE)

Figura 3.12 – Ilustração de Ligação do Circuito de Tomada de Uso Específico

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8. Interruptores

Interruptor de 1 seção: Interruptor de 2 seções:

Figura 3 .13 – Ilustração de Ligação de Interruptor de 1 e 2 Seções .

Interruptor Three Way Interruptor Four Way

Figura 3.14 – Ilustração de Ligação de Interruptor es Three e Four Way. .

IDEIAS-CHAVE

Diagrama unifilar, diagrama multifilar, diagrama funcional.

RECAPITULANDO...

Para representação de diagramas elétricos em uma planta para conhecimento das ligações trabalhamos com
diagramas unifilar representado por linhas que facilitam a compreensão sendo cada componente representado por
uma figura geométrica com especificações técnicas. Os diagramas multifilar mostram as ligações identificando
visivelmente condutores e o diagrama funcional como realmente é as ligações

PARA FIXAR O CONTEÚDO

A. Questões discursivas.

Mão à obra. Tente fazer as ligações indicadas. Nunca se esqueça de desligar o disjuntor correspondente.

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01 - Represente o interruptor simples no modelo unifilar.

02 – Represente o interruptor simples no modelo multifilar.

03 – Faça a representação de duas tomadas de uso geral em diagrama unifilar.

04 – Qual a diferença do diagrama unifilar para o diagrama multifilar?

05 – Um planta elétrica é representado o diagrama funcional?

06 – Quando não especifica a potência da tomada podemos considerar que?

07 – Represente o interruptor paralelo no diagrama unifilar com duas TUG.

08 – Faça um diagrama multifilar de um interruptor thre-way

09 – Todo interruptor possui fase e retorno?

10 – Todo interruptor possui fase e neutro?

B. Leia atentamente as afirmativas e marque V para as verdadeiras e F para as falsas.

1. ( ) TUE – Tomada de uso especifico.


2. ( ) Interruptor simples representado por um círculo.
3. ( ) Interruptor simples representado por um quadrado.
4. ( ) Interruptor simples representado por um triangulo.
5. ( ) Interruptor thre-way serve para acionar um ponto de luz de dois pontos diferentes.
6. ( ) Interruptor simples não se usa condutor neutro.
7. ( ) Interruptor simples usa neutro e fase.
8. ( ) Tomadas de uso geral sempre usa fase e neutro.
9. ( ) Tomada de uso geral sempre usa terra e neutro somente.
10. ( ) Tomada não se usa terra.

C. Questões de múltipla escolha.

1 - Um dos métodos de identificação de circuitos é


a) Utilização de letras
b) Utilização de números
c) Utilização de números romanos.

2 – O diagrama mais apropriado para desenho de uma planta é


a) Multifilar
b) Unifilar
c) Funcional

3 – Toda planta elétrica deve possuir uma legenda para:


a) Identificar o projeto e o projetista.
b) Apenas para controle.
c) Não há necessidade de legenda

4 – O diagrama funcional é representado para:


a) Identificação das ligações visualmente
b) Representação de uma única linha.
c) Representação de várias linhas.

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UNIDADE III

DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
1. Dispositivos de Proteção
Apesar do dimensionamento ter sido feito utilizando os disjuntores DTM (termomagnético), faz-se
necessário explanar um pouco mais sobre os tipos de dispositivos de proteção dos circuitos elétricos
existentes:
• interruptores de corrente de fuga;
• disjuntores;

2. Dispositivo Diferencial Residual (DR)


A partir de dez/1997, é obrigatório, em todas as instalações elétricas de baixa tensão no Brasil, o uso do
chamado dispositivo DR (diferencial residual) nos circuitos elétricos que atendam aos seguintes locais:
banheiros, cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço e áreas externas. Esse dispositivo
protege contra choques elétricos e incêndios, desligando o circuito elétrico caso ocorra uma fuga de
corrente que poderia colocar em risco a vida de pessoas e animais domésticos e a própria instalação
elétrica, portanto é um interruptor de corrente de fuga.

O interruptor de corrente de fuga é constituído por um transformador de corrente, um disparador e um


mecanismo liga-desliga, e é acionado pela comparação da corrente de entrada com a de saída, chamada
de “corrente diferencial Residual “ (IDR).

Figura 3.21 – Ilustração de Dispositivo de Proteção IDR.

A situação ideal é a de que IDR = 0, no entanto na realidade IDR _ 0 (correntes naturais de fuga)
Atuação: IDR = IDn (corrente diferencial residual nominal de atuação) (Figuraura 6) Tipos de
disjuntores ou interruptores DR: alta sensibilidade: < 30mA

• baixa sensibilidade: > 30mA


• 500mA – só protegem contra risco de incêndio, não oferecendo proteção contra riscos
pessoais.

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Figura 3.22 – Ilustração de Dispositivo de Proteção DDR.

Deve-se ligar de modo que todos os condutores do circuito, inclusive o neutro, passem pelo interruptor
DR, só assim é possível comparar as correntes de entrada e de saída e desligar a alimentação do circuito
em caso de fuga de corrente. O uso do disjuntor DR não substitui o uso das proteções contra
sobrecorrentes (DISJUNTORES) e nem libera a instalação de necessidade de aterramento.

Principais Aplicações
• falha em aparelhos elétricos (eletrodomésticos);
• falha na isolação de condutores;
• circuitos de tomadas em geral;
• laboratórios, oficinas, áreas externas;
• proteção contra riscos de incêndios de origem elétrica;
• canteiros de obra.

3. Disjuntores
Disjuntores são dispositivos de manobra e proteção com capacidade de ligação e interrupção de corrente
quando surgem no circuito condições anormais de trabalho, como curto-circuito ou sobrecarga.

Figura 3.23 – Ilustração de um Dispositivo de Proteção DTM.

O disjuntor é composto das seguintes partes:

caixa moldada feita de material


isolante na qual são montados os componentes;
alavanca (interruptor) por meio da qual se liga ou desliga manualmente o disjuntor;
mecanismo de disparo que desliga automaticamente o disjuntor em caso de anormalidade no circuito;
relê bimetálico que aciona o mecanismo de disparo quando há sobrecarga de longa duração;

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relê eletromagnético que aciona o mecanismo de disparo quando há um curto-circuito.


O disjuntor funciona como um interruptor. Como o relê bimetálico e o relê eletromagnético são ligados em
série dentro do disjuntor, ao ser acionada a alavanca ligadesliga, fecha-se o circuito que é travado pelo
mecanismo de disparo e a corrente circula pelos dois relês. (ligado). Havendo uma sobrecarga de longa
duração no circuito, o relê bimetálico atua sobre o mecanismo de disparo abrindo o circuito.

Figura 3.24 – Ilustração Interna de um Dispositivo de Proteção DTM.

Da mesma forma, se houver um curto-circuito, o relê eletromagnético é que atua sobre o mecanismo de
disparo abrindo o circuito instantaneamente. (desligado)

Quando ocorrer o desarme do disjuntor, basta acionar a alavanca de acionamento para que o dispositivo
volte a operar, não sendo necessária sua substituição como ocorre com os fusíveis, no entanto, convém
corrigir o problema que causou a queda do disjuntor, se não o mesmo voltará a desligar. Os disjuntores
podem ser unipolar, bipolar e tripolar.

Principais Características Técnicas

Corrente nominal (In): valor eficaz da corrente de regime contínuo que o disjuntor deve conduzir
indefinidamente, sem elevação de temperatura acima dos valores especificados. Corrente convencional
de não atuação (Ina): valor especificado de corrente que pode ser suportado pelo disjuntor durante um
tempo especificado.
Temperatura de calibração: temperatura na qual o disparador térmico é calibrado. Normalmente são
utilizadas as temperaturas de 20, 30 ou 40ºC.
Tensão nominal (Un): valor eficaz da tensão pelo qual o disjuntor é designado e no qual são referidos
outros valores nominais. Esse valor deve ser igual ou superior ao valor máximo da tensão do circuito no
qual o disjuntor será instalado.
Capacidade de interrupção (Icn): valor máximo que o disjuntor deve interromper sob determinadas
condições de emprego. Esse valor deverá ser igual ou superior à corrente presumida de curto-circuito no
ponto de instalação do disjuntor.
Curvas de disparo: as curvas de disparo correspondem à característica de atuação do disparador
magnético, enquanto que a do disparador térmico permanece a mesma.

IDEIAS-CHAVE

Disjuntor monopolar, disjuntor bipolar, disjuntor tripolar e dispositivo de proteção

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RECAPITULANDO...

Disjuntor podem ser do tipo monopolar, bipolar e tripolar, lembrando que a função do disjuntor é proteção ao circuito
eletro contra sobre carga do circuito.

PARA FIXAR O CONTEÚDO

A. Questões discursivas.

1 - Qual ddp se deve aplicar a um resistor ôhmico de resistência 200 Ω, para se ter uma corrente de 100 mA?

2 - Um resistor, quando submetido a uma tensão de 10 V, é percorrido por uma corrente elétrica de 0,5 A. O mesmo
resistor quando submetido a uma tensão de 50 V, é percorrido por uma corrente de 2 A.

a) Qual o valor da resistência desse resistor em cada caso?


b) Trata–se de um resistor ôhmico? Justifique.

3 - Os disjuntores têm a mesma função dos fusíveis: impedem que a corrente elétrica atinja valores muito altos que
danifiquem o circuito em que estão inseridos. Para isso, interrompem a passagem da corrente. Da mesma forma que
os fusíveis, os disjuntores são comercializados pelo valor da corrente máxima que permitem passar pelo circuito.
Suponha que um chuveiro elétrico de potência 5500W seja o único aparelho ligado num dos circuitos elétricos de uma
casa, cuja tensão é de 220 V. Qual a amperagem mínima do disjuntor mais adequada para proteger esse circuito?

4 - Um chuveiro elétrico tem resistência de 24 Ω e, quando ligado à rede de fornecimento de energia, fornece uma
potência de 2 kW. Qual o valor, em ohms, da resistência que deveria ser usada para que o chuveiro tivesse a sua
potência triplicada?

C. Questões de múltipla escolha.

1 - As afirmações abaixo referem–se à corrente elétrica.

I – O movimento ordenado de elétrons em um condutor metálico é corrente elétrica.


II – O movimento de íons em uma solução eletrolítica é corrente elétrica.
III – A intensidade de corrente, em um resistor ôhmico, é inversamente proporcional à ddp aplicada e diretamente
proporcional à resistência elétrica do resistor.
Sobre as afirmativas acima, pode–se concluir que apenas:

a) a I está correta.
d) a I e a II estão corretas.
b) a II está correta. e) a I e a III estão corretas.
c) a III está correta.

2 - A resistência elétrica de uma lâmpada de valores nominais 60 W e 120 V é:

a) 30 
b) 60 
c) 120 
d) 180 
e) 240 

3 - A maior parte da resistência elétrica no sistema da figura está:

a) no filamento.
b) no fio.
c) nos pinos da tomada.
d) na tomada no qual o sistema é ligado.
e) igualmente distribuída pelos elementos do sistema.

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4 - O fusível é um dispositivo elétrico que, ao ser inserido num circuito, protege–o, pois só permite a passagem de
corrente elétrica até um certo valor. Acima desse valor, o fusível queima, interrompendo a passagem da corrente. Uma
lâmpada de farol de carro tem as seguintes características elétricas: 12 V/ 24 W. O fusível para proteger essa lâmpada
deve permitir passar corrente elétrica até:

a) 0,5 A
b) 2 A
c) 6 A
d) 288 mA

5 - Três resistores de resistências elétricas R1 = 10 , R2 = 20  e R3 = 30  são associados por meio de sua ligação
aos terminais de um gerador que mantém a tensão elétrica constante V = 120 V, como mostra a figura. Determine:

a) a resistência R da associação (ou do resistor equivalente);


b) a intensidade da corrente de corrente que atravessa cada um dos resistores;
c) a ddp em cada um dos resistores;
d) a potência elétrica total dissipada pela associação.

6 - Uma lâmpada usada normalmente em Pelotas, onde a voltagem (ddp) é 220 V, não queima quando utilizada em
Rio Grande, em que a voltagem da rede elétrica é 110 V. No entanto, na situação inversa, queima.

a) O efeito joule explica por que a lâmpada queima. O que é o efeito Joule?
b) Compare, qualitativamente, a intensidade da corrente que circula na lâmpada usada normalmente em Rio Grande,
com a intensidade da corrente nessa lâmpada quando usada em pelotas.
c) Explique, com base na análise anterior e no efeito Joule, por que a lâmpada queima.

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UNIDADE IV

PLANTA ELETRICA
1. Circuito físico
Fisicamente a fonte é um quadro de distribuição, a lâmpada está no teto de um certo ambiente, o interruptor deve ser
localizado em uma parede desse ambiente e os condutores devem ser fixados em eletrodutos na parede e teto. O
problema que se coloca é: como isso é feito e como se representa de maneira prática e objetiva ? A figura 4.2 apresenta
essa situação e uma solução para o problema, através da utilização de eletrodutos e caixas.

FN

Figura 4.2- Circuito físico

Os condutores são acondicionados em eletrodutos, cujo caminhamento respeita condicionantes físicos e econômicos.

O traçado dos eletrodutos deve ser estudado de forma a minimizar as quantidades de material empregado, evitando-
se interferências com outras instalações prediais e elementos estruturais da edificação. Deve-se também atentar aos
problemas de execução e de manutenção futuras, por exemplo evitando-se o excesso de eletrodutos e condutores em
caixa de passagem, reduzindo os cruzamentos de condutores no interior de paredes e lajes, e posicionando as caixas
em lugares de fácil acesso.
Em capítulo específico, esta apostila trata de recomendações e diretrizes que devem ser respeitadas na fase de
execução dessas instalações.

2. Simbologia
Todos os elementos que compõem o diagrama unifilar de uma instalaçãso elétrica são representados por simbologias
específicas, determinadas pelas Normas Brasileiras. Além dessa simbologia existem outras que, embora
não sejam padronizadas por norma, têm uso corrente.

A tabela 4.1 apresenta as principais simbologias utilizadas.

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Tabel a 4.1 - Simbologia

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Particularmente, o circuito tratado no item anterior poderias ser representado pelo diagrama unifilar da figura 4.3.

2
100
a 2
do Q uadro de
dis tri buição
2

F igura 4.3- Di agrama Un ifilar S

A caracterização do diagrama unifilar no âmbito do projeto consiste em representar o diagrama da figura 4.3 sobre a
planta do projeto arquitetônico, como mostra a figura 4.4.

φ 20 m m 2
100 φ 20 m m
a 2
2
QD 1. 5 m m
2
1. 5 m m2
S

Figura 4.4 -Diagrama unifilar sobre planta

3. Tipos de comando
Em uma instalação elétrica predial há vários tipos de comandos que controlam os pontos de luz, destacando-se:

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TÉCNICO EM ELETRÔNICA

• comando simples;
• comando de vários pontos de luz de um só ponto;
• comando de um ponto (ou mais pontos) de luz por 2 pontos;
• comando de um (ou mais pontos) de luz por mais de 2 pontos,

os quais passam a ser descritos a seguir, supondo-se que a fonte é constituída por uma fase e neutro:

a) Comando Simples

É o comando mais utilizado, sendo composto por um interruptor simples que comanda um ponto de luz. O circuito e o
diagrama unifilar correspondente são apresentados na figura 4.5.

N
100
a 2

F
Sa

Figura 4.5 - Comando simples

b) Comando de Vários Pontos de Luz por um só Ponto

Empregam-se chaves interruptoras duplas ou triplas, inseridas em circuitos análogos aos do item (a). A figura 4.6
apresenta, a título ilustrativo, 3 pontos de luz de um salão comandados por apenas um ponto.

ELETROTÉCNICA - 24
TÉCNICO EM ELETRÔNICA

N eutro

Fa se

60 60 60
2 a 2 b 2 c

S abc

Figura 4.6 - Comando de vários pontos de luz por um só ponto

a) Comando de Um Ponto de Luz a partir de Dois Pontos

Este tipo de aplicação utiliza os interruptores “paralelos”, conforme ilustrado no circuito elétrico da figura 4.7.

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TÉCNICO EM ELETRÔNICA

Neutro

Fa se

100

Sp
Sp

Figura 4.7 - Comando Paralelo

Note que o circuito da figura 4.8, apesar de funcionar, não deve ser utilizado, uma vez que não respeita a norma, pois
em certos estados dos interruptores, a lâmpada permanece desligada submetida à tensão de fase. Além disso, a
diferença de potencial nos terminais do interruptor, em determinadas situações, é igual à d.d.p. fase/neutro,
transgredindo as suas especificações.

Fase Neutro

Figura 4.8 - Comando paralelo com ligação errada

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TÉCNICO EM ELETRÔNICA

b) Comando com Um (ou mais) Pontos de Luz por 3 ou mais Pontos

A utilização conjugada de interruptores “two ways” e paralelos permite o comando de um ponto de luz por 3 ou mais
pontos, conforme mostra a figura 4.9. Note que a medida que se insere mais um interruptor “two ways” nos circuitos
dos retornos, obtém-se mais um ponto de comando.

Sp Si Si Sp

Sp

100 Si
T

Si
Sp

Figura 4.9 - Comando por mais de 2 pontos

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TÉCNICO EM ELETRÔNICA

4. Projeto de instalações prediais

NORMAS E SÍMBOLOS
A norma que rege as instalações elétricas de baixa tensão, inclusive no aspecto dos projetos, é a NBR 5410 -
Instalações Elétricas de Baixa Tensão. As recomendações para níveis de iluminamento mínimos constam da NBR
5413 - Iluminação de Interiores.

A simbologia empregada nos desenhos é a padronizada pelas normas ABNT (NBR 5446, NBR 5553), sendo entretanto
bastante difundido o uso de outros símbolos.

COMPOSIÇÃO DE UM PROJETO
Um projeto de instalações elétricas é composto dos seguintes documentos:
a) Desenhos
Conjunto de plantas, esquemas e detalhes, contendo as indicações necessárias para a compreensão geral do projeto,
bem como a identificação, localização e interconexão de todos os materiais e equipamentos elétricos.

A escala usualmente utilizada nos desenhos de planta baixa é de 1:50, e de 1:25 para os detalhes de instalação.

Os esquemas elétricos e desenhos de prumadas não são, usualmente, realizados em escala.

É comum se utilizar o próprio desenho arquitetônico como matriz para as plantas das instalações elétricas, contendo,
porém, apenas as informações estritamente necessárias (alvenarias, portas, caixilhos e pilares).

É interessante se dispor de um jogo de plantas dos desenhos de formas e armações para consulta.

b) Memorial Descritivo

Apresenta uma visão sucinta dos sistemas projetados, visando complementar os desenhos ou facilitar a sua
compreensão.
Deve incluir os critérios básicos e normas que nortearam a sua concepção e justificativa de soluções adotadas.

c) Memória de Cálculo

Resumo de todos os cálculos efetuados como os de iluminação, cargas instaladas, demandas e correntes, quedas de
tensão e curto circuito.

d) Especificações Técnicas dos Materiais


Descrição dos materiais a serem empregados, fixando-se os requisitos mínimos quanto ao seu desempenho, qualidade
da matéria prima, processo de fabricação, acabamento, testes e ensaios.

e) Especificações Técnicas dos Serviços

Instruções referentes à montagem das instalações, fixando as condições gerais para a execução da obra e os cuidados
necessários para a aplicação dos materiais e equipamentos, além de recomendações sobre a sequência dos serviços.

f) Quantificação de Materiais e Orçamento

Lista dos materiais com as respectivas quantidades previstas, mão de obra e preço estimado.

No levantamento dos materiais devem ser previstas folgas nas quantidades de materiais a serem utilizados, tais como:

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• fios e cabos 10%


• eletrodutos 5%
• buchas e arruelas 3%
• curvas 3%

As unidades adotadas para a relação de materiais são:

• eletrodutos............................. barras de 3 metros


• fios........................................ rolos de 100 metros
• cabos..................................... metros
• demais materiais.................... peças

São utilizados formulários que apresentem no mínimo as seguintes informações:

ITE M DESCRIÇÃO UNIDADE QUANTIDADE

1 Fio isolado em PVC 2.5 mm2 Rolo 10


2 Cabo tipo Sintenax M 280
3 Eletroduto esmaltado com diâmetro Barra 08
21mm
4 Curva esmaltada 120 graus, diâmetro Peças 06
21mm

A obtenção do orçamento decorre da lista de materiais, acrescida de algumas colunas que indicam o preço unitário
referente ao material, a mão de obra, para instalação e montagem além do preço total correspondente a cada um dos
itens presentes, como mostra a tabela abaixo.

ITE M DESCRIÇÃO UNIDADE QUANT. CUSTO (R$)

Unitário Total
Mat. M.O. Total
1 Fio isolado de PVC Rolo 10 20,00 15,80 35,80 358,0
2.5mm2 0

Em projetos simples, a documentação escrita pode ser resumida, emitindose apenas memorial que contenha
informações sobre os cálculos, materiais e serviços necessários.

5. Etapas do projeto
As atividades técnicas relativas a confecção de um projeto de instalações elétricas, podem ser divididas nas
seguintes etapas principais, que serão descritas nos itens subsequentes:

• locação dos pontos de consumo


• traçado e diagrama unifilar
• cálculo das correntes
• dimensionamento dos condutores

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• definição da proteção e do aterramento


• elaboração dos desenho e demais documentos

O adequado desenvolvimento dessas atividades requer que haja uma estreita interação entre o projetista e o cliente,
através do estabelecimento e análise de:

- Critérios Básicos

Reuniões nas quais o projetista e o cliente consolidam as definições de carácter geral, como por exemplo: tipo de
iluminação e dos condutos e a maneira em que serão instalados, forma de alimentação, pontos de consumo e cargas
a serem previstas, etc.

- Anteprojeto

Versão preliminar das plantas, contendo a marcação dos pontos e o traçado dos eletrodutos, contendo ainda um
memorial resumido com a conceituação geral dos sistemas

- Projeto Básico

Apreciação das plantas, esquemas e documentações complexas, por parte do cliente, com objetivo de sua aprovação
final.

- Projeto Executivo

Projeto básico acrescido dos desenhos de detalhes que esclarecem aspectos de instalação e possibilitam a integração
da instalação elétrica com os demais sistemas, compatibilizando as interferências.

6. Locação dos pontos de consumo

Consiste na marcação em plantas, em escalas adequadas, dos quadros de distribuição, pontos de iluminação, tomadas
de uso geral, tomadas para aparelhos específicos e interruptores.
Pontos de luz
Os pontos de luz devem ser locados com base no projeto luminotécnico do ambiente. No caso de instalações simples,
onde o número de luminárias é reduzido, o projeto de luminotécnica pode ser dispensado, valendo-se apenas da
experiência do projetista e do arquiteto.
Entretanto para a determinação das cargas de iluminação em unidades residenciais pode ser adotado o seguinte
critério:

• em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6m2 deve ser prevista uma carga mínima de 100
VA;
• em cômodos ou dependências com área superior a 6m2 deve ser prevista uma carga mínima de 100 VA para
os primeiros 6m2, acrescida de 60 VA para cada aumento de 4m2 inteiros.

Tomadas
As tomadas denominadas específicas são aquelas destinadas ao suprimento de aparelhos determinados, geralmente
não portáteis, tais como: chuveiros, geladeiras, condicionadores de ar, etc. As demais tomadas, destinadas a ligação
dos demais aparelhos, são denominadas de uso geral.
As tomadas devem ser previstas nas seguintes quantidades mínimas, conforme o local, nas instalações residenciais:

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Nas unidades residenciais e acomodações de hotéis, motéis e similares, o número de tomadas de corrente para uso
não específico (tomadas de uso geral) deve ser fixado de acordo com o critério seguinte:

• em banheiros, pelo menos uma tomada junto ao lavatório;


• em cozinhas, copas e copas-cozinhas, no mínimo uma tomada para cada 3,5 m, ou fração de perímetro, sendo
que acima de cada bancada com largura igual ou superior a 0,30 m deve ser prevista pelo menos uma tomada;
• em subsolos, varandas, garagens e sótãos, pelo menos uma tomada;
• nos demais cômodos e dependências, se a área for igual ou inferior a 6m2, pelo menos uma tomada; se a área
for superior a 6m2, pelo menos uma tomada para cada 5m, ou fração, de perímetro, espaçadas tão
uniformemente quanto possível.

As tomadas de uso específico devem ser instaladas no máximo a 1,5 m do local previsto para o equipamento a ser
alimentado.

Às tomadas de corrente devem ser atribuídas as seguintes potências:

• para as tomadas de uso específico, a potência nominal do equipamento a ser alimentado;


• para as tomadas de uso geral em banheiros, cozinhas, copas, copa cozinhas, áreas de serviço, lavanderias
e locais análogos, no mínimo 600 VA por tomada, até 3 tomadas e 100 VA por tomada, para as excedentes;
• para as tomadas de uso geral nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 VA por tomada.

Interruptores

A locação dos interruptores deve levar em conta a posição das portas, a circulação das pessoas e deve ser analisada
previamente com o cliente.

7. Traçado e diagrama unifilar

Esta etapa envolve a definição do percurso dos eletrodutos, definição dos circuitos terminais e elaboração dos
diagramas unifilares.
Critérios gerais
O traçado dos eletrodutos deve ser estudado de forma a minimizar as quantidades de materiais a serem utilizados, e
evitando interferências com as outras instalações prediais (água, esgoto, gás, etc) e elementos estruturais da
construção. Deve-se também atentar para os problemas de execução e manutenção futuros, por exemplo, evitando-
se o excesso de eletrodutos e de condutores em caixas de derivação, reduzindo-se os cruzamentos de eletrodutos no
interior das paredes e lajes, posicionando as caixas em lugares de fácil acesso, etc.
As caixas de passagem próximas dos quadros de distribuição tendem, normalmente, a receber um grande número de
condutores. Isso deve ser evitado com a instalação de um maior número de eletrodutos saindo do quadro de
distribuição, podendo-se desse modo aliviar os eletrodutos, dividindo-se os condutores entre eles, conforme mostra a
figura 7.1.
Cargas dos pontos
A definição dos circuitos requer que se conheça as cargas dos pontos de consumo, procedendo-se como se segue.

- Cargas de Iluminação

Adotar a potência nominal das lâmpadas a serem utilizadas ou as potências mínimas referidas no item 6.1. No caso de
lâmpadas de descarga, deve-se considerar também as perdas nos reatores.

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- Tomadas Específicas

Adotar a potência nominal do aparelho a ser suprido pela tomada, utilizando para isso informações dos fabricantes ou
valores tabelados como aqueles da tabela 7.1.

1
2 5
3 2 3
4
5
6
7 T 1
4
6
7

— Concentração ex cessiva de circui tos

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TÉCNICO EM ELETRÔNICA

2 3 T
5

1
4
6
7

— Distribuição ade quada de circuitos

Figura 7.1 - Distribuição de Circuitos nos Eletrodutos

Tabela 7.1 - Potências Nominais de Aparelhos

APARELHOS POTÊNCIA (WATTS)

Aquecedor de água (boiler)


50 a 100 litros 150 a 1.000
200 litros 1.250
250 litros 1.500
300 a 350 litros 2.000
400 litros 2.500

Aquecedor de água 4.000 a 8.000


em passagem
Aspirador de pó 500 a 1000

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Batedeira de bolo 100 a 300


Cafeteira 1.000
Chuveiro 4.000 a 6.500
Condicionador de ar
7100 BTU/h 900
8500 BTU/h 1300
10000 BTU/h 1400
12000 BTU/h 1600
14000 BTU/h 1900
18000 BTU/h 2600
21000 BTU/h 2800
30000 BTU/h 3600

Congelador (freezer) 350 a 500


Exaustor doméstico 300 a 500
Ferro de passar roupa 800 a 1.650
Fogão residencial (por boca) 2500
Geladeira doméstica 150 a 500
Lavadora de pratos 1.200 a 2.800
(residencial)
Lavadora de roupa 500 a 1.000
(residencial)
Liquidificador 270
Máquina de escrever 60 a 150
Moedor de lixo residencial 300 a 600
Secador de roupa residencial 2.500 a 6.000
Secador de cabelo portátil 500 a 1.500
Televisor tranistorizado 70 a 300
Torradeira 500 a 1.200
Torneira elétrica 2.800 a 5.200
Ventilador portátil 60 a 100

- Tomadas Gerais em Residências

Em copas, cozinhas e áreas de serviço deve-se adotar o critério do item 6.1. - Outras Tomadas

Em tomadas em que se conhece a variedade de aparelhos que podem lá ser ligados, deve-se dimensioná-la para a
possibilidade que apresentar maior potência.
Divisão dos circuitos

Após a fixação das cargas nos pontos de consumo, adotam-se os seguintes critérios para a divisão das cargas entre
os circuitos elétricos:

• Prever circuitos individualizados em função do tipo de aparelhos que alimentam, como por exemplo circuitos
distintos para iluminação, tomadas, motores, etc.

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• Dividir a carga de iluminação, se possível, em vários circuitos, que atendem os vários ambientes da edificação.

• Prever condutores compatíveis com os terminais e com as cargas dos aparelhos e tomadas que irão ser
atendidas.

• Agrupar cargas nos circuitos de modo a respeitar a máxima capacidade de condução de corrente dos
condutores, bem como a sua queda de tensão admissível, prevendo-se ainda uma margem de segurança para
acréscimos de carga (por exemplo de 20%).

No caso de quartos de hotéis, residências e similares, é permitido o agrupamento, em um mesmo circuito de cargas
de iluminação e tomadas, exceto em cozinhas, copas e áreas de serviço, onde as tomadas devem ser supridas por
circuitos exclusivos. Devem ser previstos circuitos independentes para as cargas acima de 1500 VA (porém as de
mesmo tipo podem ser alimentadas pelo mesmo circuito).

É usual fixar-se a carga máxima de 1500 VA nos circuitos em 110 V, objetivando-se o uso de condutor de 1,5 mm2.
IDEIAS-CHAVE

Simbologia, plantas elétricas, diagramas unifilar

RECAPITULANDO...

Disjuntor podem ser do tipo monopolar, bipolar e tripolar, lembrando que a função do disjuntor é proteção ao circuito
eletro contra sobre carga do circuito.

PARA FIXAR O CONTEÚDO

A. Questões discursivas.

01) Faça do diagrama unifilar de um interruptor de uma secção.

02) Faça o diagrama multifilar de um interruptor de uma secção.

03) Faça do diagrama unifilar de um interruptor de duas secções.

04) Faça do diagrama multifilar de um interruptor de duas secções.

05) Faça do diagrama unifilar de um interruptor three-way.

06) Faça do diagrama multifilar de um interruptor three-way.

07) Faça do diagrama unifilar de um interruptor four way.

08) Faça do diagrama multifilar de um interruptor four way.

09) Faça do diagrama unifilar de um interruptor de uma secção e um TUG.

10) Faça do diagrama multifilar de um interruptor de uma secção e um TUG.

B. Leia atentamente as afirmativas e marque V para as verdadeiras e F para as falsas.

1- ( ) Diagrama multifilar representa somente uma única linha de representação de diagrama.


2 - ( ) Diagrama funcional é utilizado somente em plantas elétricas.
3 - ( ) Diagrama unifilar é utilizada em plantas elétricos para facilitar a compreensão das ligações.
4 - ( ) Planta elétrica é a representação das ligações elétricas.

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5 - ( ) TUE Terminal de uso geral


6 - ( ) TUE Terminal de uso especifico
7 - ( ) Four way controla um ponto de iluminação somente de um ponto de acionamento.
8 - ( ) TUG Terminal de uso especifico
9 - ( ) Four way controla um ponto de iluminação de dois ou mais pontos diferentes.
10 - ( ) TUG terminal de uso geral.

C. Questões de múltipla escolha.

1 – Permite acionar um ponto de iluminação de somente dois pontos diferentes:

a) Four way
b) Three way
c) Interruptor simples

2 – Permite acionar um ponto de iluminação de três pontos diferentes:

a) Four way
b) Three way
c) Interruptor simples

3 – Permite acionar um ponto de iluminação de quatro dois pontos diferentes:

a) Four way
b) Three way
c) Interruptor simples

4 – Permite acionar um ponto de iluminação de somente um pontos diferentes:

a) Four way
b) Three way
c) Interruptor simples

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