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2017
OPERAÇÃO DE GRUPOS MOTOR-GERADOR INSTALADOS NO
CENTRO DE REFERÊNCIA TECNOLÓGICA DA EMBRATEL
Rio de Janeiro
Junho de 2017
OPERAÇÃO DE GRUPOS MOTOR-GERADOR INSTALADOS NO CENTRO
DE REFERÊNCIA TECNOLÓGICA DA EMBRATEL
Examinado por:
____________________________________________
____________________________________________
JUNHO DE 2017
Correia, Rodrigo Vieira Pimentel
Operação de Grupos Motor-Gerador Instalados no Centro
de Referência Tecnológica da Embratel/ Rodrigo Vieira
Pimentel Correia. Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica,
2017.
XI, 83 p.: il; 29,7 cm.
Orientador: Sebastião Ércules Melo de Oliveira
Coorientador: Carlos Ribeiro da Cunha
Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/ Curso de
Engenharia Elétrica, 2017.
Referências Bibliográficas: p. 68-69.
1. Gerador síncrono 2. Grupos motor-gerador. 3. Operação. 4.
Sistemas de emergência. 5. Centro de Referência Tecnológica
da Embratel. I. Oliveira, Sebastião Ércules Melo de et al. II.
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica,
Curso de Engenharia Elétrica. III. Operação de Grupos Motor-
Gerador Instalados no Centro de Referência Tecnológica da
Embratel.
iii
AGRADECIMENTOS
A minha família e meus sogros, que sempre foram à base e motivação para as minhas
conquistas.
Aos colegas que ajudaram neste trabalho: André Luís, Sergio e Francisco.
iv
Resumo do projeto de graduação apresentado ao Departamento de Engenharia Elétrica
da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos
requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Eletricista.
Junho/2017
v
Abstract of the undergraduate project presented to the Electrical Engineering
Department of the Polytechnic School of the Federal University of Rio de Janeiro, as
partial fulfillment requirements for the degree of Electrical Engineer.
June/2017
The present report aims to present the description, electrical drive and operation of the
motor generator sets, installed in the Technological Reference Center, at Embratel. In
this research, the theoretical basis, project and functioning of the active plant are
addressed. In order to delineate such a comprehensive subject as the emergency power
system, the object was limited to aspects of electrical drive, operation and construction
of the motor generator sets, with an overview of the emergency system. The motor
generator system operating in parallel is important to ensure reliability, quality and
expansion in the supply of electrical energy. This implies planning in construction and
performance, which encompasses from theoretical knowledge in construction and
functioning of electrical machines that compose the system, to the project of the system
that controls the electrical drive and the parallelism of the plant. Therefore, this
research presents the theoretical aspects of the constituents of motor generator sets,
addressing electrical driving batteries, starting CC motor and synchronous generator
connected to a diesel engine. This paper also presents the aspects of construction and
functioning of the motor generator system, with the interconnection of its constituent
parts, of the driving system, of the synchronization system and its automation. At last,
the full emergency system is presented, with the integration of its motor generator set
and usage measurement.
vi
LISTA DE FIGURAS
vii
Figura 30 - Potência ativa total, com ênfase na comutação da usina de geradores para
a rede .......................................................................................................................... 63
Figura 31 - Tensão rms total ...................................................................................... 64
Figura 32 - Corrente rms total.................................................................................... 64
Figura 33 - Corrente rms total e seus ângulos de fase ............................................... 65
Figura 34 - Fluxograma do futuro sistema de distribuição de energia ...................... 67
Figura 35 - Fluxograma do sistema de distribuição de energia do CRT ................... 77
Figura 36 - Diagrama do sistema nobreak ................................................................. 80
Figura 37 - Diagrama da fonte CC chaveada ............................................................. 81
viii
LISTA DE TABELAS
ix
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 1
2. SISTEMA DO GRUPO MOTOR-GERADOR (GMG) .................................. 6
2.1. Sistema de partida ......................................................................................... 6
2.1.1. Baterias ...................................................................................................... 6
2.1.2. Motor de partida ou arranque .................................................................... 9
2.2. Motor a diesel .............................................................................................. 10
2.2.1. Aspectos constitutivos ............................................................................. 10
2.2.2. Princípios de funcionamento ................................................................... 11
2.2.3. Consumo de combustível ........................................................................ 12
2.2.4. Rendimento térmico e energia térmica de um combustível .................... 13
2.2.5. Regulação de velocidade ......................................................................... 13
2.2.6. Fluxo de potência e rendimento do motor ............................................... 16
2.3. Gerador síncrono ou alternador ................................................................... 18
2.3.1. Potência e conjugado do gerador síncrono .............................................. 18
2.3.1.1. Fluxo de potência e rendimento do gerador ............................................ 18
2.3.1.2. Equações de potência e conjugado .......................................................... 21
2.3.2. Características dos geradores síncronos em regime transitório ............... 23
2.3.3. Sincronismo entre os geradores síncronos e regulação de tensão ........... 24
2.3.3.1. Gerador síncrono operando isolado ......................................................... 25
2.3.3.2. Gerador síncrono operando em paralelo .................................................. 27
2.4. Funcionamento do GMG............................................................................. 29
3. PROJETO E DESCRIÇÃO DO SISTEMA INSTALADO .......................... 30
3.1. Grupo motor-gerador (GMG) ..................................................................... 30
3.1.1. Características técnicas ............................................................................ 30
3.1.2. Características do ambiente ..................................................................... 34
3.1.3. Regimes de funcionamento do grupo motor-gerador (GMG) instalado.. 34
3.1.4. Componentes do grupo motor-gerador (GMG) ....................................... 35
3.1.4.1. Tanque de combustível ............................................................................ 35
3.1.4.2. Baterias de partida ................................................................................... 36
3.1.4.3. Motor de partida (de arranque) ................................................................ 38
3.1.4.4. Motor a diesel .......................................................................................... 38
3.1.4.5. Gerador síncrono ..................................................................................... 39
3.1.4.6. Características do GMG instalado ........................................................... 40
3.1.4.7. Regulador automático de frequência ....................................................... 40
3.1.4.8. Regulador automático de tensão .............................................................. 41
3.2. Sistema de acionamento e controle ............................................................. 43
3.3. Descrição do sistema da usina de emergência e da distribuição da energia
elétrica .................................................................................................................... 45
3.3.1. Sistema de distribuição de energia do CRT: tipos de consumidores ....... 45
3.3.2. Projeto da usina de emergência ............................................................... 50
4. FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE EMERGÊNCIA .......................... 52
x
4.1. Sincronização e paralelismo do sistema de GMGs ..................................... 52
4.2. Funcionamento do sistema de emergência e convencional ......................... 53
5. RESULTADOS ................................................................................................. 58
5.1. Procedimento para manobra e medição ...................................................... 58
5.2. Observação da demanda de energia ............................................................ 60
5.3. Dados e análise da medição do Mavowatt 30 ............................................. 62
6. CONCLUSÃO................................................................................................... 66
7. REFERÊNCIAS ............................................................................................... 68
8. APÊNDICE ....................................................................................................... 70
8.1. Fundamentos sobre geradores síncronos ..................................................... 70
8.1.1. Aspectos construtivos .............................................................................. 70
8.1.1.1. Método de excitação de campo por anéis coletores e escovas ................ 71
8.1.1.2. Método de excitação de campo por fonte de potência CC ...................... 71
8.1.2. Funcionamento básico ............................................................................. 72
8.1.3. Características dos geradores síncronos em regime permanente ............ 73
8.1.3.1. Velocidade de rotação de um gerador síncrono ...................................... 73
8.1.3.2. Tensão interna gerada por um gerador síncrono ...................................... 74
8.1.3.3. Modelagem dos geradores síncronos ....................................................... 75
8.2. Definições das unidades de energia do CRT............................................... 77
8.2.1. Subestação ............................................................................................... 77
8.2.1.1. Para-raios ................................................................................................. 78
8.2.1.2. Compensação de reativos ........................................................................ 78
8.2.1.3. Transformador ......................................................................................... 78
8.2.2. Grupo motor-gerador ............................................................................... 79
8.2.3. Unidade de supervisão de corrente alternada .......................................... 79
8.2.4. Quadro de transferência automática ........................................................ 79
8.2.5. Cargas essenciais e não essenciais .......................................................... 80
8.2.5.1. Sistema de alimentação essencial ............................................................ 80
8.2.5.1.1. Sistema nobreak ................................................................................... 80
8.2.5.1.2. Fontes CC chaveadas ........................................................................... 81
8.2.5.1.3. Sistema essencial auxiliar (short-break) .............................................. 81
8.2.6. Quadros de distribuição ........................................................................... 82
8.3. Sistema fancoil/chiller ............................................................................. 83
xi
1. INTRODUÇÃO
1
de telecomunicações, formado por equipamentos que não devem sofrer quaisquer tipos
de desajustes que possam resultar em eventos desde a perda de configuração até
avarias parciais ou totais, em decorrência da interrupção abrupta no suprimento de
energia elétrica. Somado a estes problemas, é necessário prover os serviços de
telecomunicações de modo contínuo, para não afetar o serviço de comunicação.
Neste cenário se insere o Centro de Referência Tecnológica (CRT), da
Embratel, que é um laboratório direcionado à realização de testes de soluções em
Comunicação (EMBRATEL, Centro de Referência Tecnológico, ano desconhecido),
além de atividades relacionadas ao fornecimento de serviços de comunicação a região
local e treinamentos de pessoal. São estas as principais motivações para a instalação
de uma usina de energia elétrica de emergência, já que o local de instalação de um
Centro que se constitui como referência em soluções tecnológicas não pode sofrer
quedas de energia ou, ainda, interrupção brusca no andamento de testes. Deve-se
considerar também a necessidade imperiosa de preservação de seus equipamentos e
fornecimento contínuo de seus serviços.
A usina de emergência de energia elétrica do CRT é composta de mais de um
grupo motor-gerador, que é uma configuração especificada para suprimento eficiente
da demanda máxima, com solicitação mínima dos GMGs quando em operação mais
próxima da plena carga, obtendo melhor distribuição da energia e maiores índices de
confiabilidade. A implantação dessa usina no CRT também objetivou suprir sua
demanda crescente de carga, que já era uma necessidade no momento de sua
implantação, mas garantindo igualmente futuras expansões e adequação aos
equipamentos de maior consumo e maior simultaneidade nos testes.
O CRT é um complexo do grupo multinacional AMX, mais especificamente
do grupo empresarial NET, Claro e Embratel, instalado na Cidade Universitária da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Rua Pascoal Lemme, n° 80, atrás
do prédio da Reitoria, como mostrado na Figura 1, com 30.000 m².
É importante destacar que acompanhamos de perto o processo de instalação da
usina de emergência do CRT, o que nos motivou a estudar e analisar a relação entre a
demanda e os resultados finais.
A proposta deste trabalho foi apresentar as necessidades de geração de energia
prévias ao funcionamento da usina de emergência e trazer informações sobre a
evolução da demanda e do seu atendimento até a conclusão do projeto de implantação
dos GMGs.
2
Figura 1 - Localização do Centro de Referência Tecnológica (CRT) (GOOGLE MAPS,
2017)
3
Os GMGs representam a parte fundamental de um sistema de emergência
elétrico e, sem eles, não haveria a configuração de emergência, funcionando como o
verdadeiro coração, “bombeando” energia elétrica para o sistema.
Além do projeto, tratamos da complexidade da entrega adequada da energia
necessária ao acionamento, estabilização, sincronização e paralelismo dos geradores,
da forma como o sistema de GMGs funciona quando falta energia e da supervisão e
comutação automática do sistema de energia convencional da concessionária de
energia elétrica para o sistema de energia de emergência da usina de GMGs.
A metodologia de pesquisa adotada neste trabalho foi do tipo quantitativa, de
pesquisa aplicada, com procedimentos experimentais. A caracterização quanto ao
objeto foi a descrição das etapas da pesquisa, com levantamento bibliográfico, tanto
acadêmico quanto voltado a normas e manuais, com medições experimentais e
descrição do sistema(PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar de;
2013).
Ressalta-se ainda que as figuras e tabelas incorporadas neste trabalho foram
criadas por este autor, com algumas exceções, quando serão apresentadas suas fontes.
No Capítulo 2, são apresentados os fundamentos teóricos das partes
constituintes dos grupos motores geradores. O capítulo inicialmente apresenta a
descrição de motores de arranque do tipo CC, máquinas primárias a diesel, geradores
síncronos e baterias de partida e, em seguida, os procedimentos de paralelismo e
sincronização de geradores síncronos e acionamento e operação com carga.
No Capítulo 3, são apresentados o projeto das partes constituintes dos GMGs
do CRT e as interligações do sistema de comando e de potência, além dos outros
sistemas conectados a eles. Também são apresentados o sistema de distribuição de
energia do CRT, o projeto da usina de emergência e o projeto do sistema de GMGs,
bem como o cálculo de demanda de carga solicitada e gerenciamento de energia.
No Capítulo 4, é apresentado o funcionamento dos GMGs na planta ativa do
CRT, com detalhamento da utilização do sistema convencional pela concessionária de
energia e do funcionamento da usina de emergência, reafirmando o cálculo da
demanda de carga.
No Capítulo 5, são apresentados os resultados de medições do sistema em
funcionamento. As medições foram feitas pelo analisador de qualidade de energia
Mavowatt 30, através do software Dran-view 7, para demonstrar o funcionamento da
usina de geradores quando há uma queda de energia. Além disso, esse capítulo também
4
apresenta informações sobre a demanda de potência e observações do visor das
controladoras quando o sistema está em funcionamento.
Logo adiante, na Conclusão, apresenta-se uma visão panorâmica da demanda
de potência, com continuidade no fornecimento de energia e gerenciamento de carga,
além da previsão de expansão de carga.
O Apêndice apresenta a definição das unidades de energia do CRT, para uma
visão mais aprofundada da distribuição de energia do local.
5
2. SISTEMA DO GRUPO MOTOR-GERADOR (GMG)
2.1.1. Baterias
As baterias são bastante utilizadas nos sistemas elétricos por ser uma forma
bastante apropriada de armazenamento de energia barata e móvel. Seu princípio de
funcionamento é suportado por transformação eletroquímica para produção de tensão
e corrente contínua através da conversão de energia química em elétrica, e, em alguns
casos, na restauração quase ideal do estado químico carregado pelo processo inverso,
isto é, a de transformação de volta da energia elétrica disponível para o estado
eletroquímico.
As baterias são formadas por células eletroquímicas que podem formar juntas
um arranjo elétrico de mais de uma célula, aumentando a capacidade e tensão da
bateria. Além disso, as baterias podem ser recarregáveis ou não recarregáveis.
Baterias com células não recarregáveis perdem a vida útil com o
descarregamento. Já as baterias recarregáveis, também chamadas de acumuladores ou
baterias de armazenamento, são carregadas a partir de uma fonte elétrica.
Os tipos de baterias recarregáveis são(PINHO, GALDINO, 2014):
6
Automotivas: também chamadas de SLI, que quer dizer starting, lighting and
ignition, são projetadas para descargas rápidas com níveis elevados de
corrente, apropriados para sistemas automotivos;
De tração: são projetadas para veículos elétricos, como empilhadeiras, que
necessitam de descargas diárias profundas e taxa de descarga moderada (C/6)1;
Estacionárias: são projetadas para sistemas que ocasionalmente necessitam de
ciclos, leves ou moderados, de descarga (e carga). No tempo ocioso ficam em
regime de flutuação e, por isso, são utilizadas em sistemas de nobreak e fontes
CC;
Fotovoltaicas: são projetados para ciclos diários de profundidade de rasa a
moderada, com taxas de descarga reduzidas (C/20), e devem suportar
descargas profundas eventuais.
1
A taxa de carga ou descarga será explicada mais adiante, nesta mesma seção.
7
Capacidade: definida como a quantidade de carga em ampères-hora (Ah) ou
de energia em watts-hora (Wh) que pode ser retirada das baterias quando estão
a plena carga, ou seja, completamente carregadas.
Dessa forma, idealmente, uma bateria de 150 Ah deve ser capaz de fornecer
uma corrente de 150 A em 1 hora, ou 50 A em 3 horas, ou ainda 1 A em 150 horas.
Além disso, a capacidade é influenciada pelo regime de descarga e ainda pela
temperatura de operação da bateria. Assim, quanto mais lento for o descarregamento,
ligeiramente maior será a capacidade.
As baterias são projetadas para trabalhar em torno de 25 °C. Assim,
temperaturas mais baixas diminuem a capacidade, ao passo que temperaturas maiores
aumentam a capacidade, mas aumentam também a perda da água do eletrólito e
diminuem o número de ciclos durante a vida útil da bateria.
Por exemplo, para uma bateria de 100 Ah, a descarga de 25 Ah retira 25% da
carga, ou seja, há uma profundidade de carga de 25 %.
Baterias de níquel-cádmio podem ter carga e descargas totais, mas as baterias
de chumbo-ácido possuem restrições quanto a descargas profundas. Assim, cada tipo
de bateria tem certo nível de descarga aceitável para não reduzir a sua vida útil.
8
Taxa de carga: é o valor da corrente elétrica aplicada a uma bateria durante o
processo de carga, sendo referenciada por capacidade nominal da bateria.
Dessa forma, uma bateria de 500 Ah, que é carregada num intervalo de 10 h,
com corrente constante, necessita de uma corrente de 50 A.
Na situação real, a eficiência das baterias é inferior a 100 %%. Logo o tempo
necessário para a sua carga é maior que o especificado na taxa de carga pela capacidade
nominal.
9
O movimento do pinhão é devido à energia potencial da sua mola, que arrasta o eixo
da cremalheira, fazendo com que a árvore de manivelas comece a girar.
A partir do momento em que o motor a diesel começa a funcionar por conta
própria, aumenta a sua rotação tendendo a arrastar o motor de partida. Nesse momento,
as ranhuras helicoidais forçam o pinhão a recuar, fazendo o sistema ser desacoplado,
e o motor de partida é desligado.
10
Seção dianteira: parte em que ficam as engrenagens de distribuição de
movimentos para os acessórios externos e, principalmente para o sincronismo
da bomba de combustível e da árvore de comando das válvulas.
Seção traseira: parte onde se encontram o volante (importante engrenagem
utilizada no sistema de partida) e a carcaça.
11
2.2.3. Consumo de combustível
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝐾𝑔
𝐵= ⁄ℎ 𝑜𝑢 𝑙𝑏⁄ℎ
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜
Equação 1 – Consumo horário de combustível
𝜌 ×𝑉
𝑏=
𝑃 ×𝑡
Equação 2 – Consumo específico de combustível
12
Essa relação é descrita pela Equação 3, onde 𝑃𝑚𝑒𝑐 é a potência mecânica
produzida pelo motor e 𝑃 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 é a potência liberada pelo calor entregue pelo
combustível.
𝑃 𝑚𝑒𝑐
𝜌𝑡 =
𝑃 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟
Equação 3 – Rendimento térmico
13
maior que o suportado pela resistência dos materiais, além da velocidade de abertura
e fechamento das válvulas de admissão e escapamento.
A quantidade de combustível injetada é realizada pela bomba injetora, através
de atuação no acionamento do mecanismo de aceleração. Logo, esse mecanismo
acelera o motor. No entanto, o mecanismo de aceleração não é capaz de controlar a
rotação do motor com o aumento ou redução de carga, que diminui ou aumenta a
velocidade. Dessa forma, é necessário a presença de um mecanismo que permita a
regulação da velocidade.
Genericamente, o controle de velocidade é feito por dispositivo com
realimentação negativa, projetado para satisfazer seguintes exigências: estabilidade,
rastreamento assintótico de um sinal de referência, rejeição assintótica de
perturbações, robustez, ou seja, pouca sensibilidade a variações em seus parâmetros e,
uma das mais importantes, bom desempenho transitório.
A Figura 2 retrata a situação genérica de qualquer sistema de controle com
realimentação negativa, ou seja, que funciona pela correção do sistema através do erro
obtido entre o valor medido na saída do sistema e o valor de referência padrão.
14
𝑒(𝑡) = 𝑟(𝑡) − 𝑦(𝑡)
Equação 4 – Sinal de erro
15
Equação 5 – Regulação de velocidade
Em que:
QV é a regulação de velocidade;
𝑛𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜 é a velocidade a vazio da máquina motriz;
𝑛𝑝𝑙𝑒𝑛𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 é a velocidade a plena carga.
Segundo Chapman (2013, p. 229), a maioria das máquinas motrizes tem uma
queda de 2% a 4% na sua velocidade quando passam de vazio para plena carga, o que
deve ser levado em conta na hora de entrar em funcionamento no sistema. Portanto,
considerando a necessidade de promover mudanças no ponto de operação, é
interessante e necessário permitir que a velocidade a vazio possa ser modificada.
16
Potência de atrito: é um dos tipos de potência perdida e associada ao consumo
de energia por atrito, podendo ser percebido pelo trânsito de energia sonora ou
energia luminosa através do motor e dos equipamentos auxiliares durante o
funcionamento do motor2;
Potência térmica: é outro tipo de potência perdida, associada a não conversão
total da energia química disponibilizada pelo combustível em energia mecânica
de movimento.
2
A energia (potência) convertida em energia sonora ou luminosa não necessariamente pode ser
percebida pelo homem ou qualquer outro animal, se situando na faixa de frequência audível
para a de natureza mecânica e na faixa de frequências visíveis para a de natureza
eletromagnética. Dessa forma, são utilizados equipamentos que detectam uma maior gama da
frequência para obter melhor o espectro da energia desejada, como o detector de radiação
eletromagnética.
17
2.3.1. Potência e conjugado do gerador síncrono
Perdas mecânicas: são perdas oriundas do atrito nas escovas e nos mancais, e
também por ventilação, ou seja, perdas por atrito e ventilação. Estas perdas
podem ser medidas pela potência de entrada da máquina sem carga (a vazio) e
sem excitação, quando está na velocidade apropriada.
Perdas por histerese e por correntes parasitas, ou perdas no núcleo: são
perdas que surgem devido às alterações de densidades de fluxo magnético no
18
ferro da máquina, ou seja, devido aos campos magnéticos variáveis dentro do
núcleo de ferro, e são perdas que aparecem no circuito aberto ou a vazio.
𝑃𝑃 = 𝐾𝑒 (𝐵𝑚á𝑥 𝑓𝛿)2
Equação 9 – Aproximação para estimativa da perda por corrente parasita
Sendo:
𝐾𝑒 constante de proporcionalidade;
𝐵𝑚á𝑥 densidade de fluxo máxima;
19
𝑓 frequência;
𝛿 espessura das chapas.
𝑛
𝑃ℎ = 𝐾ℎ 𝑓𝐵𝑚𝑎𝑥
Equação 10 – Relação mais utilizada para o cálculo das perdas por histerese
Sendo:
𝐾ℎ constante de proporcionalidade;
𝐵𝑚á𝑥 densidade de fluxo máxima;
𝑓 frequência;
20
𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑠𝑎í𝑑𝑎 𝑃𝑠𝑎í𝑑𝑎
𝜂= × 100% = × 100%
𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎
Equação 11 – Rendimento
3 ∗ 𝑉∅ ∗ 𝐸𝐴 ∗ 𝑠𝑒𝑛(𝛿 + 𝛼𝑍 ) 3 ∗ 𝐸𝐴2 ∗ 𝑅𝐴
𝑃𝑠𝑎í𝑑𝑎 = −
|𝑍| |𝑍|²
Equação 14 – Equação da potência elétrica gerada
3 ∗ 𝑉∅ ∗ 𝐸𝐴 ∗ 𝑠𝑒𝑛(𝛿)
𝑃𝑠𝑎í𝑑𝑎 = = 𝑃𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜
𝑋𝑆
21
Equação 15 – Equação da potência elétrica gerada, desprezando a resistência elétrica de
armadura
Em que:
𝑃𝑠𝑎í𝑑𝑎 é a potência elétrica ativa gerada na saída do gerador;
𝑃𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 é a potência de conversão eletromecânica de energia;
|𝑍| é o módulo da impedância de armadura, que conta com a reatância de
armadura e resistência de armadura;
𝛿 é o ângulo interno ou ângulo de conjugado entre a tensão gerada interna e a
tensão de fase;
𝛼𝑍 é o ângulo de impedância entre a reatância síncrona e a impedância de
armadura.
3 ∗ 𝑉∅ ∗ 𝐸𝐴 ∗ 𝑐𝑜𝑠(𝛿) |𝑉∅ |2
𝑄𝑠𝑎í𝑑𝑎 = −
𝑋𝑆 𝑋𝑆
Equação 16 – Equação da potência reativa
Em que:
𝑃𝑠𝑎í𝑑𝑎 é a potência elétrica ativa gerada na saída do gerador;
𝑄𝑠𝑎í𝑑𝑎 é a potência elétrica reativa gerada na saída do gerador;
𝜃 é o ângulo de impedância entre a resistência e a impedância, complementar
do ângulo 𝛼𝑍 e seu cosseno é o fator de potência.
22
⃗⃗𝑅 × 𝐵
Para o conjugado induzido temos que 𝜏⃗𝑖𝑛𝑑 = 𝑘𝐵 ⃗⃗𝑆 , mas como
𝑃𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 = 𝜏𝑖𝑛𝑑 𝜔𝑚𝑒𝑐â𝑛𝑖𝑐𝑜 , ao utilizar a Equação 15, obtemos a Equação 19.
3𝑉∅ 𝐸𝐴 𝑠𝑒𝑛(𝛿)
𝜏𝑖𝑛𝑑 =
𝜔𝑚𝑒𝑐â𝑛𝑖𝑐𝑜 𝑋𝑆
Equação 19 – Conjugado induzido entre os campos magnéticos.
23
Além do ângulo de carga é necessário observar a situação da potência reativa
gerada pela máquina. Se |𝐸𝐴 | ∗ 𝑐𝑜𝑠(𝛿) > |𝑉∅ |, então 𝑄𝑠𝑎í𝑑𝑎 > 0, assim o gerador
produz potência reativa, agindo como capacitor em paralelo, do ponto de vista do
circuito de distribuição. Já quando |𝐸𝐴 | ∗ 𝑐𝑜𝑠(𝛿) < |𝑉∅ |, então 𝑄𝑠𝑎í𝑑𝑎 < 0, assim o
gerador consome potência reativa, agindo como indutor em paralelo, do ponto de vista
do circuito de distribuição.
O primeiro caso ocorre com uma forte excitação, satisfeita com uma alta
magnitude de |𝐸𝐴 | , e denominado como máquina síncrona sobre-excitada. Pelo
contrário, o segundo caso é uma máquina síncrona subexcitada.
De forma prática, a operação sobre-excitada ou subexcitada exige mais ou
menos corrente de campo suprida pela excitatrizes estáticas, ou seja, pelos conversores
CA/CC ou por máquinas de CC que constituem a excitatrizes rotativas de alimentação
do campo dos geradores em operação isolada ou paralela, com tensão terminal sempre
em torno de seu valor nominal.
(𝑉à𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜 − 𝑉𝑝𝑙𝑒𝑛𝑎𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 )
𝑅𝑇 = × 100 %
𝑉𝑝𝑙𝑒𝑛𝑎𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
Equação 20 – Regulação de tensão.
Em que:
RT é a regulação de tensão;
𝑉à𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜 é a tensão terminal a vazio, ou seja, sem carga e igual a tensão interna
𝐸𝐴 ;
𝑉𝑝𝑙𝑒𝑛𝑎𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 é a tensão terminal a plena carga.
24
Um gerador síncrono com carga de fator de potência atrasado apresenta um RT
muito positivo, e com carga de fator de potência adiantado apresenta geralmente um
RT negativo. Já um gerador síncrono com carga de fator de potência mais próximo de
unitário apresenta um RT positivo e pequeno.
A importância dessa medida é que se deseja um RT menor possível, assim a
tensão nos terminais do gerador é mais constante com as variações de carga.
Nesse sentido, o regulador de tensão é um elemento que compara o valor real
de tensão proveniente da saída do gerador com o valor teórico ajustado. O erro é obtido
pela malha de realimentação de forma semelhante ao regulador de velocidade, da seção
2.2.5.
Utiliza-se a compensação de reativos para compensar a inserção de carga
reativa. Essa inserção de carga reativa altera o nível de tensão, e por isso precisa ser
compensada, ou seja, a tensão de cada gerador é regulada de acordo com o tipo de
carga, conforme a Tabela 1, na seção 2.3.3.1.
Além disso, ainda é preciso garantir que todos os geradores tenham as mesmas
características elétricas, conforme especificado na seção 2.3.6.2, a seguir. Senão, os
geradores podem não funcionar corretamente, ou, ainda, serem danificados.
Comportamento Comportamento
Tipo de variação de Tipo de fator de
da corrente de da tensão
carga potência
armadura terminal
Q indutivo (+Q) <0 Aumenta Diminui
Diminui
Acréscimo Resistiva 0 Aumenta
ligeiramente
Q capacitivo (-Q) >0 Aumenta Aumenta
25
Q indutivo (+Q) <0 Diminui Aumenta
Aumenta
Decréscimo Resistiva 0 Diminui
ligeiramente
Q capacitivo (-Q) >0 Diminui Diminui
26
Outras características importantes para a utilização dos geradores em paralelo
são: a disponibilidade de desligamento de algum gerador para manutenção preventiva
ou corretiva, e o aumento da eficiência de geração.
Essa última característica advém de que a operação abaixo do valor ótimo de
carga diminui a eficiência de geração, o que é resolvido com a utilização de mais de
um gerador, visando à utilização a plena carga de alguns geradores e desligamento dos
restantes, de acordo com a demanda de carga.
Para conseguir ligar os geradores em paralelo é preciso obedecer alguns
requisitos para não haver danos ou perda de potência útil. Assim, os geradores não
podem ser ligados arbitrariamente, tendo que ter tensões iguais em módulo, ângulo e
sequência de fases, senão haverá um grande fluxo de corrente entre os geradores.
Dessa forma, é preciso que:
𝑛𝑠𝑚 𝑃𝑜𝑙𝑜𝑠
𝑓𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 =
120
27
Equação 21 – Relação entre frequência elétrica e a velocidade de rotação
Em que:
𝑓𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 é a frequência elétrica de saída do gerador;
𝑛𝑠𝑚 é a velocidade de rotação do eixo mecânico de entrada do gerador;
𝑃𝑜𝑙𝑜𝑠 é o número de polos magnéticos do rotor.
𝑃 = 𝑠𝑃 (𝑓𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜 − 𝑓𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 )
Equação 22 – Relação entre a potência e as frequências do gerador
Em que:
P é a potência de saída do gerador;
𝑓𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜 é a frequência do gerador a vazio, ou seja, sem demanda de potência;
𝑓𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 é a frequência do gerador em operação no sistema;
𝑠𝑃 é a inclinação da curva, em kW/Hz ou MW/Hz;
28
MOTOR A GERADOR
BATERIA MOTOR DE
DIESEL CONSUMO
PARTIDA OU DE
(MÁQUINA
ARRANQUE
MOTRIZ)
29
3. PROJETO E DESCRIÇÃO DO SISTEMA INSTALADO
30
aumentariam mais ainda a demanda de energia. As especificações das demandas
encontram-se na Tabela 3.
Peso 2588 kg
Tensão 220 V/ 127 V
Corrente 1180 A
Potência 450 kVA
Fator de potência 0,8
Frequência 60 Hz
Rotação 1800 rpm
Regime funcional Stand-by
31
A partir dos dados de placa, podemos organizar os dados descritos na Tabela
5, referente à carga plena do projeto dos GMGs.
32
Cada GMG contém um tanque diário de combustível de 100 L e banco de
baterias com 12 elementos de 2 V cada, para o motor de partida, conforme mostrado
na Figura6. Além disso, conta com um quadro de bornes e um painel de instrumentos
do motor, com manômetro, para indicar o nível de combustível e chave de partida
manual de super-emergência, que funciona em último caso, e aciona somente um
gerador.Neste caso, mostrado na Figura 7, não há controladora para fazer o
sincronismo e paralelismo.
Figura 7 - Superior esquerdo: foto de frente do GMG, superior direito: quadro de bornes, e
inferior: painel de instrumentos do motor, com manômetro, indicador de combustível e sistema
de super-emergência de partida no modo manual
33
3.1.2. Características do ambiente
34
Stand-by: o equipamento é dimensionado para alimentar cargas variáveis na
modalidade emergência, ou seja, na falta ou anormalidade do fornecimento da
concessionária de energia elétrica, com limite de utilização de 2000 h/ano;
Prime: o equipamento é dimensionado para alimentar cargas variáveis durante
o tempo necessário, ou seja, utilizado em situação normal de fornecimento ou
como substituição, sem limite de horas de utilização;
Base load: o equipamento é dimensionado para alimentar cargas constantes
durante o tempo necessário.
35
Já os tanques diários, ou auxiliares, são de 100 l cada, como representado na
Figura 8. Cada GMG tem um tanque auxiliar,com tubulações hidráulicas para
fornecimento do combustível.
As baterias têm a função principal de fornecer energia para dar partida ao motor
de partida, além de outros equipamentos auxiliares. Elas são projetadas para serem
utilizadas de forma repetitiva e com baixa profundidade de descarregamento. Logo são
utilizadas as baterias automotivas.
Outra verificação importante é a do nível de eletrólito das baterias,
completando-se a água destilada quando necessário. Esse procedimento é importante
36
para evitar a perda de capacidade da bateria e tensão reduzida, quando o nível de
eletrólito é menor do que o mínimo. Além disso, seus terminais devem ser mantidos
limpos se realizada a monitoração constante da densidade para poder se manter o
estado da carga.
As baterias de partida são utilizadas no motor de partida, sendo utilizada, para
o modelo GMG 44 N, a interligação em 24 VCC, como mostrado na Figura 9, ligando-
se o polo positivo (+) ao motor de partida, e o polo negativo (-)à base metálica deste
motor.
37
3.1.4.3. Motor de partida (de arranque)
38
3.1.4.5. Gerador síncrono
N° de polos 4
Sistema Trifásico
Fator de potência 0,8 indutivo
Excitação Brushless (sem escovas), com bobina auxiliar
Mancais Único
Ventilação Aberto / auto-ventilado, com ventilador
montado no eixo
Grau de proteção IP - 21, conforme NBR 60529 e NBR 9884
Classe de isolamento H (180 °C), conforme NBR 7094
Partida Enrolamento auxiliar
Distorção harmônica a < 5%
vazio
Icc 3*In, durante o período de 10 s
Disponibilidade de 220 / 127 V, 380/220 V e 440/254 V, ou em
tensão tensão única
Regulador de tensão Eletrônico, com resposta inferior a 0,5s e
regulação de tensão inferior a + ou - 1%
Passo Encurtado de 2/3 nos enrolamentos, para
eliminar o 3° harmônico e a corrente de
neutro
Acoplamento Discos flexíveis
39
As principais características do GMG no projeto do CRT estão mostradas nas
informações de placa da Tabela 9 e fizeram parte das especificações de compra para o
projeto demandado.
N° série 0253450001
Motor N° 8727144
Gerador N° 1024557445
Data montagem 09/2014
Peso (Kg) 2588
Modelo 44N17I
Tensão nominal (V) 220 / 127
Pot. Nominal (kVA) 450
Regim. funcional Stand-by
Frequência (Hz) 60
Rotação (rpm) 1800
Fator de potência 0,8
Corrente nominal (A) 1180
40
Assim, quando há diferença entre os valores obtidos na saída e o valor de referência,
o regulador altera o fluxo de corrente enviada para o atuador, efetuando as correções
na injeção de combustível.
41
Figura 11 - Diagrama de blocos do regulador automático de tensão
42
Já DROOP é o ajuste de regulação de tensão de acordo com a carga, como
explicado na equação 20, da seção 2.3.3. O escorvamento automático é utilizado na
partida do gerador, porque o início de geração é dado pela tensão residual do gerador
até obter tensão nominal. A partir do momento em que é obtida a tensão nominal, a
malha de controle PID mantém o valor de tensão de saída constante, no valor ajustado.
Esses dois sistemas de controle são supervisionados e acionados pelo sistema
ECU, Eletronic Control Unit, ou unidade de controle eletrônica, que são parte do
sistema de acionamento e controle, da seção 3.2. O ECU é um dos componentes da
USCA, Unidade de Supervisão de Corrente Alternada, conforme descrito na
seção3.4.1.
43
Proteções integradas nas 3 fases do gerador (tensão e frequência);
Proteções integradas nas 3 fases da rede (tensão e frequência);
Proteções de sobrecorrente temporizada e de curto circuito;
Proteção de sobrecarga;
Proteção de potência reversa;
Proteção de fuga a terra;
Proteção de vetor de deslocamento;
Sincronismo automático e controle de potência (via regulador de velocidade
ou ECU – Eletronic Control Unit);
Controle de tensão e FP (AVR);
Medições do Gerador: V, I, Hz, kW, kVAr, kVA, FP, kWh, kVAhr;
Medições da Rede: V, I, Hz, kW, kVAr, FP.
44
Esse sistema permite supervisão externa que reconhece falta de energia da rede
convencional, enviando comando de partida dos grupos geradores, através da partida
automática na entrada bináriaSys start/stop.
Além disso, após tempo mínimo de estabilidade e regime permanente, com
tensão e frequência dentro dos limites estabelecidos, o GCB (disjuntor de GMG) é
fechado. É feito também sincronismo entre grupos gerador e barramento, divisão de
carga ativa e reativa e gerenciamento de carga, com partida e parada de geradores,
dependendo da carga.
45
Fornecimento
Light Usina 3x440 kVA
Trafos
QDCA
Banco de baterias Fontes CC Banco de baterias
nobreak (CA) Short - break chaveadas
Consumo
QDCA QDCA QDF
Consumo
46
acionados. Essa alimentação é feita pelo nobreak, na modalidade CA, e fontes CC
chaveadas, e são essenciais aos equipamentos mais delicados.
No caso de interrupção no fornecimento de energia elétrica, os GMGs entram
em funcionamento entregando energia diretamente ao barramento essencial,
recarregando as baterias do sistema nobreak e das fontes CC chaveadas. Além dessas
alimentações, os GMGs alimentam diretamente os QDCAs (Quadro de Distribuição
de Corrente Alternada) do tipo essencial auxiliar (short-break) e que tem interrupção
de fornecimento durante o tempo de partida dos geradores.
Dando prosseguimento a descrição do sistema essencial, a energia do nobreak
entrega a corrente alternada aos QDCAs (que não fazem parte da modalidade short-
break) e estes dirigem o fluxo de energia de corrente alternada para os consumidores
finais.
Já a fonte CC chaveada entrega a sua energia em forma de corrente contínua
para os QDFs (Quadro de Distribuição de Fila), que por sua vez distribuem o fluxo de
energia para os QDCCs (Quadro de Distribuição de Corrente Contínua). Finalmente,
a energia é disponibilizada para os consumidores finais, em especial os equipamentos
de telecomunicações.
Por outro lado, o fornecimento de energia que vem pela concessionária,
alimenta tanto a parte essencial descrita acima, como a parte não essencial. Essa parte
não essencial não tem fornecimento de energia que advém da usina de emergência
quando há falta ou irregularidade no fornecimento.
Os diagramas unifilares dos subsistemas do sistema de energia encontram-se
nas figuras16, 17, 18 e 19.
47
Figura 16 - Diagrama unifilar - subsistema de entrada de energia
48
Figura 18 - Diagrama unifilar - subsistema da usina de emergência
Figura 19 - Diagrama unifilar - Detalhe do transformador a seco, 500 kVA, 13,8 / 220 V
49
3.3.2. Projeto da usina de emergência
50
Figura 20 - QGU (Quadro Gerenciador de Usina) e USCA (Unidade de Supervisão de
Corrente Alternada)
51
4. FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE EMERGÊNCIA
52
Depois que cada grupo GMG entra na operação de regime permanente, os
grupos referidos são sincronizados entre si e passam a operar em paralelo para
disponibilizar uma carga maior que somente um poderia disponibilizar.
53
energia, respectivamente. Comparando essas figuras, vimos algumas diferenças como
a não alimentação dos quadros de distribuição não essenciais, na Figura 24, e as
diferenças de alimentação nos quadros de potência da usina, devido ao intertravamento
entre os disjuntores DJR 1 e DJU 1, DJR 2 e DJU 2.
Figura 23 - Diagrama unifilar do sistema de energia do CRT, com ênfase no fluxo energia
através da rede convencional
54
Figura 24 - Diagrama unifilar do sistema de energia do CRT, com ênfase no fluxo energia
através da usina de emergência
55
Os três grupos motores geradores entram em funcionamento juntos. No
entanto, dependendo da energia consumida os grupos serão desligados
escalonadamente, de forma a manter apenas o número de geradores para a geração
necessária ao consumo.
O processo de funcionamento da usina inicia-se quando se tem déficit no
fornecimento de energia elétrica, de forma que a USCA e o QGU iniciam todo o
processo de acionamento, controle da partida e funcionamento dos GMGs.
Para dar início a esse processo, as controladoras na USCA alimentam e
recarregam as baterias que, por sua vez, alimentam o motor de partida que, também é
monitorado por essas controladoras. O próximo passo é a partida do motor a diesel
pelo motor de partida, tendo novamente essas controladoras como o equipamento de
controle de todo o processo.
Este acionamento é temporizado e executado uma série de vezes. No entanto,
caso haja falha, ele pode ser feito manualmente de acordo com as instruções no manual
de operação USCAMAQ 31-C(SDMO, Manual de operação USCAMAQ 31 C, ano
desconhecido). Por outro lado, se a partida obtiver sucesso, o sistema de baterias e
motor de partida são desligados e a controladoras assumem a regulação de velocidade
do motor a diesel, além da regulação de tensão do gerador síncrono.
Quando o gerador entra em regime permanente, com a USCA controlando o
seu nível de tensão e controlando a frequência pela velocidade de rotação do motor a
diesel, o QTA (Quadro de transferência automática) transferirá o fornecimento de
energia da rede convencional para a usina. Esse processo todo demora cerca de trinta
segundos e muda totalmente a alimentação do barramento essencial do sistema
convencional para o sistema de emergência, conforme demonstrado nas Figuras 23 e
24.
Por fim, quando o fornecimento da concessionária retorna, as controladoras do
QGU recebem sinalização desse evento e aguardam por aproximadamente um minuto
para ter segurança que o sistema realmente retornou e se não teve falhas nesse período.
Permanecendo estável, essas controladoras acionam o QTA para trocar o fornecimento
para o sistema convencional, e iniciam o processo de desligamento dos GMGs que, de
um modo geral, param o motor a diesel e desligam o gerador.
Outra característica que vale a pena ressaltar são a demora do sistema de
emergência entrar em funcionamento (cerca de trinta segundos) e a finalidade dos
56
bancos de baterias do sistema nobreak e fonte CC chaveada para o não desligamento
dos equipamentos mais sensíveis. Esses equipamentos poderiam apresentar um mau
funcionamento, também poderiam perder as configurações de teste, ou ainda parar o
sistema de comunicação, se não houvesse um sistema de bancos de baterias para suprir
sua demanda no tempo de comutação para o sistema de emergência.
57
5. RESULTADOS
58
Figura 25 - Foto do local da medição
59
5.2. Observação da demanda de energia
Essa demanda permite a utilização de apenas um dos GMGs, mas como ele
está configurado para acionar um segundo GMG se a demanda superar 60% de seu
valor nominal (270 kVA = 0,6×450 kVA), dois GMGs funcionaram em paralelo. Com
esse gerenciamento de carga, evita-se o risco de ocorrer picos de demanda que fiquem
acima da potência nominal de um GMG.
Além disso, foi observado também que, depois da entrada em operação dos três
GMGs, somente dois são necessários para a demanda, ficando um no modo stand-
by(reserva). Como esse sistema funciona no modo escalonado, os GMGs que ficam
ligados são escolhidos aleatoriamente e, de tempo em tempo, são trocados os GMGs
que ficam ligados, de acordo com o gerenciamento de carga.
60
Como mostrado na Figura 27, abaixo, estão em funcionamento os GMGs 1 e
3, enquanto que o GMG 2 está no modo stand-by desligado. Os GMGs 1 e 3 estão
carregados com potência de aproximadamente 160 kW cada, significando que os
geradores 1 e 3 juntos estavam entregando a potência de 320 kW requerida pelo
sistema.
61
5.3. Dados e análise da medição do Mavowatt 30
62
a temporização das controladoras do QGU para o desligamento do fornecimento pela
usina.
A comutação para o fornecimento de energia pela rede aconteceu em
aproximadamente 10 s, ou seja, um tempo bem menor que o da comutação para a usina
de geradores, ocasionando um menor descarregamento das baterias, e, por
conseguinte, um menor pico de corrente, com estabilização mais rápida e suave, como
pode ser visto na Figura 30.
Figura 29 - Potência ativa total, com ênfase na comutação da rede para a usina de geradores
Figura 30 - Potência ativa total, com ênfase na comutação da usina de geradores para a rede
63
se a mesma situação qualitativa de queda de energia e restabelecimento nas
comutações, com a diferença que registro de tensão não confirma a adequação de
carga, comutando de 0 V a aproximadamente 127 V quase que instantaneamente.
No entanto, a corrente tem características que se assemelham ao que foi visto
pela potência, já que os desvios de potência são simultâneos aos desvios da tensão e/ou
da corrente.
64
Já a Figura 33 evidencia os ângulos de fase da corrente e da intensidade de
corrente em cada fase. A título de curiosidade, é notado que a corrente da fase “a”
indica fase de referência 360° ou 0°, a fase “b” indica defasagem 240°, enquanto que
a fase “c” indica a fase 120°, respeitando assim a sequência positiva de fase abc.
65
6. CONCLUSÃO
Neste trabalho foi realizada uma análise dos aspectos relacionados à construção
e funcionamento do sistema de motores geradores, desde as suas partes constituintes
até o sistema de acionamento, de sincronização e de automatização. Foi apresentado
também o sistema de emergência completo, com a integração do sistema de motores
geradores.
Esta análise foi realizada no contexto de uma situação real de implantação de
uma planta ativa, comparando predições de cargas e medições de utilização dos
sistemas em uma simulação de falha, com funcionamento automático.
O local de operação é o laboratório de referência do grupo Claro – Embratel –
NET, o CRT (Centro de Referência Tecnológico) que realiza não somente testes de
tecnologia, mas também se dedica à verificação de desempenho de plantas ativas locais
e à distância. Dessa forma, a percepção evidente e apropriadamente registrada de
alguma falha ou interrupção da energia fornecida às cargas, quando da operação de
sistemas de emergência como o descrito, proporciona alta confiabilidade aos serviços
prestados pelo CRT, com garantia de cumprimento de prazos e qualidade.
A potência solicitada em caso de falha de fornecimento da concessionária de
energia elétrica é de aproximadamente 320 kVA, atualmente comparada com os 900
kVA, mais os 450 kVA de stand-by instalados, permitindo assim a continuidade de
operação do sistema elétrico essencial, sem perigo de interrupção de fornecimento,
caso seja feita manutenção preventiva em algum GMG.
O dimensionamento de carga foi baseado na carga existente, como também na
previsão futura de aumento na demanda de potência que ocorrerá com a expansão do
sistema de condicionadores de ar, ativação ou instalação de novos equipamentos,
havendo uma previsibilidade de aumento de 60 kVA de carga para o ano de 2017.
No entanto, a expansão de carga contempla ainda os projetos da construção de
um novo prédio logístico, além da instalação de dois condicionadores de ar centrais,
do tipo fancoil/chiller, que aumentariam a demanda em 272,5 kVA. As informações
estão organizadas na Tabela 3, na Seção 3.1.1.
O fluxograma da distribuição de energia no sistema futuro inclui o QDG – AG
(Quadro de Distribuição Geral de Água Gelada), que alimenta eletricamente o sistema
fan coil/chiller. O fluxograma reformulado encontra-se na Figura 34, adiante.
66
Figura 34 - Fluxograma do futuro sistema de distribuição de energia
67
7. REFERÊNCIAS
68
SDMO. MAQ 44N. Ano desconhecido. Disponível em:
<http://br.sdmo.com/Content/Subsidiaries/BR/Boletins/44N.pdf>. Acesso em: 13
nov. 2016.
YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A. Física II: Termodinâmica e ondas. 10.
ed. São Paulo: Addison Wesley, 2003.
69
8. APÊNDICE
70
alimentação convencional. Assim, há duas abordagens principais: por meio de escovas
e anéis coletores (ou deslizantes), ou por fonte de potência CC especial, montada
diretamente no eixo da máquina.
Por sua vez, a excitação por meio de fonte de potência CC especial, montada
diretamente no eixo do gerador síncrono, pode ser feita por excitatriz sem escovas,
também chamada de brushless, ou por excitatriz piloto, por imã permanente.
O método por excitação de campo sem escovas fornece corrente CC de campo
para a máquina, a partir de um pequeno gerador CA. Este arranjo é alimentado por
uma entrada trifásica, de baixa corrente, e retificada a uma corrente CC de campo da
excitatriz, montado no estator.
No rotor são construídos a armadura da excitatriz, que recebe a tensão induzida
trifásica do seu campo, o retificador trifásico, para converter a tensão em CC, além do
circuito de campo principal. Esse tipo de excitação de campo é comumente utilizado
em máquinas síncronas de maior porte.
71
O método de excitação de campo por imãs permanentes (excitatriz piloto) não
utiliza quaisquer fontes de potência externa, por ser um pequeno gerador CA com imãs
permanentes.
Os imãs permanentes são montados do eixo do rotor, que excitam o
enrolamento trifásico da excitatriz montado no estator, a armadura da excitatriz piloto.
Após isso, a tensão é retificada até o campo da excitatriz, também montada no estator
da máquina. A corrente desse campo induz uma tensão trifásica na armadura da
excitatriz, montada no rotor, para então ser retificada novamente e utilizada no campo
principal do gerador síncrono.
⃗⃗ ∙ 𝑑𝑙⃗ = 𝜇 𝑖
∮𝐵
𝑑ΦB
∮ 𝐸⃗⃗ ∙ 𝑑𝑙⃗ = −
𝑑𝑡
72
Equação 24 – Lei de Faraday
𝑑𝜑 𝑑𝜆
𝑒𝑖𝑛𝑑 = 𝑁 =
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Equação 25 –Tensão (interna) induzida
73
A Equação 26 relaciona a taxa de rotação do campo magnético (campo girante)
com a frequência elétrica do estator.
𝑛𝑚𝑒𝑐â𝑛𝑖𝑐𝑎 𝑃
𝑓𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 =
120
Equação 26 – Relação entre a frequência elétrica e velocidade do rotor
Em que:
𝑓𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 é a frequência elétrica em Hz;
𝑛𝑚𝑒𝑐â𝑛𝑖𝑐𝑎 é a velocidade mecânica do campo magnético, ou do rotor das
máquinas síncronas, em rpm;
𝑃 é o número de polos do rotor do gerador.
𝐸𝐴 = 𝐾𝜙𝜔
Equação 27 – Tensão interna gerada
Em que:
𝐸𝐴 é a tensão interna gerada;
𝐾 é a constante que representa os aspectos construtivos da máquina;
𝜙 é o fluxo magnético;
𝜔 é a velocidade de rotação do eixo, em radianos elétricos se: 𝐾 =
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑒𝑚 0°
2 .
√2
74
A tensão desenvolvida nos terminais do circuito de saída do gerador é diferente
da tensão interna gerada por causa da carga do gerador. Os fatores responsáveis por
essa diferença são:
𝑉̂∅ = 𝐸̂𝐴 − 𝑗𝑋𝐼̂𝐴 − 𝑗𝑋𝐴 𝐼̂𝐴 − 𝑅𝐴 𝐼̂𝐴 = 𝐸̂𝐴 − 𝑗𝑋𝑆 𝐼̂𝐴 − 𝑅𝐴 𝐼̂𝐴
Equação 28 – Modelagem em termos de circuito elétrico para a máquina síncrona de polos
lisos
O último efeito é o formato dos polos do rotor, que, como dito anteriormente,
pode ser cilíndrico, com ranhuras para acomodar seu enrolamento, ou pode ser de
polos salientes, que são protuberâncias, sapatas polares, com os enrolamentos
envolvendo o próprio polo.
A modelagem para rotores de polos lisos já foi descrito na Equação 14, mas
para a máquina de polos salientes temos o acréscimo do efeito da componente de
75
campo de eixo direto, que é alinhado aos eixos dos polos, e da componente de campo
de eixo de quadratura, que são os eixos a 90° elétricos defasados dos eixos dos polos.
A divisão nesses dois eixos é para incluir o efeito do conjugado de relutância,
ou seja, que existe a tendência de produzir fluxo ao longo do eixo do rotor, com um
ângulo entre os campos do estator e do rotor. Nesse sentido, é preciso modificar o
termo que reflete a reação de armadura (CHAPMAN, 2013, p. 660). A aproximação
vista na Equação 28 não é de todo ruim para explicar o regime permanente, mas não
retrata muito bem a máquina nos regimes transitórios.
Esse novo efeito é retratado em parte do fluxo que é disperso sendo decomposto
em sua maioria no eixo direto, mas com uma parcela no eixo de quadratura, isto é, são
acrescentadas quedas de tensão de eixo direto e eixo de quadratura, como estão
representados nas Equações 29 e 30, respectivamente.
76
8.2. Definições das unidades de energia do CRT
8.2.1. Subestação
77
A seguir, serão apresentados alguns elementos fundamentais de uma
subestação.
8.2.1.1. Para-raios
8.2.1.3. Transformador
78
Transformador a silicone;
Transformador a seco
79
8.2.5. Cargas essenciais e não essenciais
Cargas essenciais são aquelas que não podem ter seu fornecimento de energia
interrompido. Já as cargas não essenciais são as que não têm essa característica. A
definição de cargas essenciais e não essenciais deve ser feita pelo usuário, mas sempre
em consonância com as necessidades e limitações de cada equipamento.
Entrada Saída
RETIFICADOR INVERSOR
BATERIAS
80
Na ocorrência de qualquer falta do sistema que interrompa o fornecimento de
energia ao sistema nobreak, as baterias fornecerão energia diretamente ao inversor na
forma de corrente contínua. Além disso, os retificadores trabalham na forma de
controlar as variações de tensão estabilizando o seu nível.
Por fim, o sistema nobreak também é utilizado para isolar as duas partes do
sistema CA, possibilitando a eliminação de harmônicos (principalmente o terceiro
harmônico), prejudiciais ao funcionamento do sistema elétrico.
RETIFICADOR
BATERIAS
81
Quadros de distribuição são unidades de instalação elétrica nos quais são
conectados os circuitos a serem alimentados, recebendo energia elétrica de uma ou
mais fontes de alimentação e distribuem para alimentação da carga de consumo ou
outro quadro, representando uma forma eficiente de organização do fluxo de energia.
82
8.3. Sistema fancoil/chiller
83