CONSTRUÇÃO DE PARQUES
EÓLICOS
Engenharia Elétrica na Construção de Parques Eólicos
NATAL - RN
2015
2015. CTGAS-ER
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada à fonte.
CDU 621.311.245
Hoje em dia há uma tendência mundial do uso de fontes de energia renováveis para a
geração de energia elétrica. Com o intuito de diversificar sua matriz energética, o governo
brasileiro, buscando também permanentemente a utilização de energias renováveis para a
redução dos efeitos do aquecimento global, tem na geração eólica uma fonte de energia que
entre as fontes renováveis de energia, a que mais apresenta forte crescimento mundial. E por se
tratar de o objetivo final desse processo de transformação energética ser a geração de energia
elétrica, nesse sentido, fica óbvia a grande utilização e aplicação da engenharia elétrica em
parques eólicos.
Dessa forma, neste trabalho é apresentado de forma resumida 05 (Cinco) etapas macros
(Aqui descritas como unidades) da construção de um parque eólico com um foco na parte
elétrica, considerando desde o ponto desde os componentes internos do aerogerador até o
ponto de conexão e linha de transmissão, assim como, o impacto do mesmo na qualidade da
energia elétrica da rede após a conexão. As mesmas podem ser visualizadas na figura 01,
abaixo.
Visão geral das etapas de implantação de um parque Eólico com foco na engenharia elétrica
II OBJETIVO GERAL
Nesta unidade você terá subsídios para: Identificar a função, os principais tipos e
componentes de uma subestação elétrica aplicadas nos parques eólicos.
Nesta unidade você terá subsídios para: A partir da apresentação da Norma IEC
61400-21, identificar os principais parâmetros para avaliação da qualidade de
energia gerada por aerogeradores e seu impacto na rede elétrica local onde o
mesmo está instalado.
LISTA DE FIGURAS
Figura 23 Exemplo de Estrutura aérea utilizada em Redes coletoras Aéreas 13,8 kV ....34
Figura 33 Exemplo de grupo gerador acionado por motor diesel – Modelo C20D6
da Power Generation® ...................................................................................48
FO Fibra Ótica;
IED´s Dispositivos Eletrônicos Inteligentes (Inteligent Eletronic Dispositive)
LM Linha de Média Tensão;
LT Linha de Transmissão;
PAC/PCC Ponto de acoplamento comum/ Ponto de conexão comum.
PRs Para-raios;
SE Subestação Elevadora;
TCs Transformador de Corrente;
TPs Transformador de Potencial;
TR Transformador de Força;
UPS Fonte de Interrupção Ininterrupta (Uninterruptible Power Supply)
WEC Conversor de Energia Eólica (Wind Energy Converter).
SUMÁRIO
Figura 5 – Painel com chave seccionadora com cabos da rede coletora desconectados para teste
Figura 9 – Esquema elétrico de um gerador com velocidade variável que usa um conversor de
frequência para o controle da frequência da geração elétrica
Fonte:DEWI, 2005
Os bordos de ataque e de fuga das pás, assim como as suas pontas, estão
equipados com perfis de alumínio que estão interligados por meio de um anel, também
de alumínio, junto ao cubo do rotor. Uma descarga atmosférica será absorvida com
segurança por estes perfis, a corrente da descarga atmosférica é conduzida por um
dispositivo de centelha (Varões) e por cabos para a malha de aterramento em volta da
fundação.
Figura 12 – Dispositivo de proteção eletrônica contra surto modelos SD7 056 Siemens e Quick PRD
Scheneider Electric respectivamente.
c. Sistema de Aterramento.
Toda a estrutura metálica interna dentro e fora das torres, assim como os
condutores para escoamento das correntes de descarga atmosférica em torres de
concreto, assim como torres metálicas, são interligadas aos eletrodos de terra,
b) Processo de instalação.
a) b)
Figura 17 – Detalhe do procedimento de lançamento dos cabos vista do lado oposto ao carro
tracionador.
Centro de tecnologias do Gás e Energias Renováveis – CTGAS-ER 30
Engenharia Elétrica na Construção de Parques Eólicos
Figura 18 Detalhe de preparação para lançamento dos cabos de força na LM – Vista em direção ao
carro tracionador
Figura 19 Detalhe dos carretéis utilizados dentro das valas no processo de lançamento dos cabos
na LM
d) Terminações e Emendas.
b) Processo de instalação.
I
s
Subestação Elevadora
do no Parque eólico.
(SE).
dependendo do caso a partir da LM, elevar para altas tensões (Como por exemplo de
34,5 kV para 138kV na SE do parque eólico de Mangue Seco – Guamaré/RN). Essas
tensões podem variar de acordo com o projeto do parque e o ponto de conexão com a
rede elétrica existente e tensões disponíveis.
Relé de Bulcholz
Buchas Primárias
Dispositivo de absorção
de umidade
Tanque Principal
Base para Arrastamento
b) Transformadores de aterramento
Gerador Síncrono
Aterrado
PCC ou PAC
Transformador e/ou
Reator de Aterramento Relé de Sobretensão
Trafo de Força
Trafo de Aterramento
c) Transformadores de instrumentos
Figura 29 Exemplo de um TP
Figura 30Exemplo de um TC
a) Disjuntores;
b) Chaves seccionadoras.
a) Disjuntores
Desses equipamentos o que é utilizado com mais freqüência nas SE’s de pequeno
e médio porte é o capacitor derivação.
a) Pára-Raios;
b) Relés de Proteção;
c) Fusíveis;
d) Transformadores de Aterramento.
O pára-raios é um dispositivo protetor que tem por finalidade limitar os valores dos
surtos de tensão transitantes que, de outra forma, poderiam causar severos danos aos
equipamentos elétricos. Eles protegem o sistema contra descargas de origem
atmosféricas e contra surtos de manobra, o mais comum em subestações são o do tipo
Válvula.
Os Relés têm por finalidade proteger o sistema contra faltas, permitindo através da
atuação sobre disjuntores, o isolamento dos trechos de localização das faltas.
O Fusível se destina a proteger o circuito contra curtos, sendo também um limitador
da corrente de curto. Muito utilizado na indústria para a proteção de motores.
a) Geradores Elétricos
Figura 33 Exemplo de grupo gerador acionado por motor diesel – Modelo C20D6 da Power
Generation®
c. Extintores
d. Sensores de fumaça.
Sensore de Fumaça
3.3.7 Sinalização
a) Aterramento
Figura 38 Detalhe de conexão da malha feita com solda exotérmica, montagem e instalação da
malha de aterramento em subestação
b) SPDA
4.1 DEFINIÇÃO
b) Isoladores
c) Condições de projeto
elemento fusível é o principal componente do elo fusível, formado por um fio composto
de liga de estanho, prata ou níquel-cromo, conforme mostrado na Figura 44(a). Os elos
fusíveis são utilizados juntamente com chaves mecânicas que abrem os contatos em
casos de rompimento do fusível, facilitando também a sua troca e o religamento do
circuito. Estas chaves são chamadas chaves fusíveis e um exemplo delas pode ser visto
na Figura 44(b).
O elo fusível é alojado dentro de um tubo de fibra isolante o qual é revestido
internamente por uma fibra especial. A queima desta fibra no instante de fusão do
elemento fusível produz gases desionizantes importantes na extinção do arco elétrico
que surge no momento em que o circuito é aberto.
Os elos fusíveis não possuem um tempo de atuação exato, pois como a sua
atuação depende da temperatura de fusão do elemento fusível, esta é influenciada pela
temperatura ambiente, corrente de carga, dentre outros. Desta forma o fabricante
determina uma faixa de operação aceitável entre duas curvas. Para um mesmo elo
fusível, existe a curva de tempo mínimo de fusão (T.mín. F) e a curva de tempo máximo
de fusão (T.máx. F). Em resumo, um elo fusível "nunca deve” fundir antes do T.mín. F e
nem ultrapassar o T.máx.F.
Desta forma o fabricante estabelece uma faixa de tolerância onde pode ocorrer a
fusão, que é chamada de "faixa de operação" do elo fusível.
b) Religadores
c) Seccionador Automático
O seccionador automático pode ser definido como: “Um equipamento utilizado para
interrupção automática de circuitos, que abre seus contatos quando o circuito é
desenergizado por um equipamento de proteção situado à sua retaguarda e equipado
com dispositivo para religamento automático”.
Os seccionadores automáticos são dispositivos projetados para operar em conjunto
com os religadores. Basicamente, eles são constituídos de uma chave a óleo
monofásica ou trifásica e possuem a aparência de um religador. Seu controle pode ser
tanto hidráulico quanto eletrônico.
Diferentemente do religador, o seccionador automático não interrompe a corrente
de defeito. Ele é ligado a certa distância do religador, no seu lado de carga.
A cada vez que o religador interrompe um corrente de falta, o seccionador conta a
interrupção, e após um pré-determinado número de interrupções abre seus contatos
antes da abertura definitiva do religador. Desta forma, um trecho sob condições de falta
permanente pode ser isolado, permanecendo o religador e os demais trechos em
situação normal. Além de sua operação normal, o seccionador pode ser operado
manualmente para interromper a corrente nominal de carga e ser empregado como
chave para seccionamento manual de alimentadores. A figura 48 apresenta uma vista de
um seccionador instalado em um sistema de distribuição de energia.
REFERÊNCIAS
HERON, D. M.; BRAZ, Melo, G.H.S.V, Benemar, A.S. – Planejamento da Rede Coletora
de um parque de geração eólica usando algorítmos geréricos.