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Capítulo 5 – Motores CC
As máquinas CC que transformam energia elétrica em energia mecânica são chamadas de MOTORES,
na maioria dos processos produtivos industriais, a aplicação de máquinas elétricas são de fundamental
importância e é a força motriz que move a maioria dos processos, as máquinas CC motores são
empregados em processos normalmente que precisem de um controle de velocidade mais
simplificado, ou mesmo altos torques e baixas velocidades, algo que notoriamente é possível com
máquinas CC, uma máquina CC assim como outras máquinas, conforme já discutido, pode atuar tanto
como motor, como gerador, basicamente muda o sentido do fluxo de potência na máquina.
Antes do uso generalizado de retificadores e inversores baseados em eletrônica de
potência para controle de velocidade em motores de indução, os motores CC eram insuperáveis em
aplicações de controle de velocidade.
Frequentemente, os motores CC são comparados por sua regulação de velocidade. A
regulação de velocidade (RV) de um motor é dada por
ω m ,vazio −ω m , pc
RV = x 100 % (5-1)
ω m , pc
n m , vazio−nm , pc
RV = x 100 % (5-2)
nm , pc
A regulação de velocidade é uma medida rudimentar da forma da curva característica torque versus
velocidade do motor – uma regulação positiva diz que o motor tem uma queda de velocidade com o
aumento da carga, do contrário, uma regulação negativa diz que o motor tem um aumento de
velocidade com o aumento da carga.
Adotaremos em nossas análises que a tensão de alimentação CC dos motores é constante, para
simplificação das análises.
Analisaremos um a um a seguir.
A figura 5-1 mostra o circuito equivalente de um motor CC, nessa figura o circuito de armadura é
representado por uma fonte de tensão ideal EA e um resistor RA, a queda de tensão nas escovas é
representado por uma pequena bateria Vescova que está em oposição a circulação da corrente da
máquina. As bobinas de campo são representadas por um indutor LF e pelo resistor RF, o resistor Radj
representa um resistor externo variável para controlar a corrente de campo. Em algumas situações a
queda de tensão nas escovas é desprezada.
A tensão gerada interna dessa máquina é dada pela equação
E A =K ϕ ω m (4-21)
e o torque induzido desenvolvido pela máquina é dado por
τ ind =K ϕ I A (4-32)
Para análise do comportamento de um motor CC, utilizaremos as duas equações acima (4-
21 e 4-32), além da Lei de Kirchoff e a curva de magnetização.
É importante observar que, para obter a máxima potência possível por quilograma de uma máquina, a
maioria dos motores e geradores é projetada para operar próximo do ponto de saturação na curva de
magnetização (no joelho da curva).
τ ind
I A= (5-5)
Kϕ
EXEMPLO 5-1 Um motor CC em derivação de 50 HP, 250 V e 1200 rpm, com enrolamentos de
compensação, tem uma resistência de armadura (incluindo as escovas, os enrolamentos de
compensação e os interpolos) de 0,06 Ω. Seu circuito de campo tem uma resistência total de Raj + RF de
50 Ω, produzindo uma velocidade a vazio de 1200 rpm. Há 1200 espiras por polo no enrolamento do
campo em derivação (veja a Figura 5-6).
(a) Encontre a velocidade desse motor quando a corrente de entrada é 100 A.
(b) Encontre a velocidade desse motor quando a corrente de entrada é 200 A.
E A 1 K ϕ nm 2
= (5-8)
E A 2 K ϕ nm 1
Assim, podemos cancelar a constante K e o fluxo, ambos são constantes, de forma que a equação
resulta em
EA 2
nm 2 = n (5-9)
EA 1 m1
A vazio, a corrente de armadura é zero, de modo que EA1 = VT = 250 V, ao passo que a velocidade nm1 =
1200 rpm. Se pudermos calcular a tensão interna gerada para qualquer outra carga, será possível
determinar a velocidade para essa carga a partir da equação (5-9).
(a) Se IL = 100 A, então a corrente de armadura do motor será
VF
I A =I L −I F =I L −
RF
250 V
=100 A− =95 A
50 Ω
Portanto, EA para essa carga será
E A =V T −I A R A
O fluxo ϕ e, naturalmente, a tensão interna gerada EA de uma máquina CC é uma função não linear de
sua força magnetomotriz (FMM). Portanto, qualquer alteração na FMM de uma máquina produzirá um
efeito não linear sobre a tensão interna gerada. Por esse motivo, nas análises de máquinas CC
devemos utilizar a curva de magnetização para determinar com precisão sua tensão interna gerada.
Como a curva de magnetização da máquina é um gráfico de EA versus IF para uma dada
velocidade ω0, o efeito de mudança na corrente de campo da máquina pode ser determinado
diretamente de sua curva de magnetização.
Se uma máquina apresentar reação de armadura, seu fluxo será reduzido a cada aumento
de carga, nesse caso, a força magnetomotriz líquida pode ser calculado a partir da FMM original
menos a queda por conta da reação de armadura, assim
FMM liq=N F I F −FMM RA (5-10)
Para uma dada corrente de campo, o fluxo em uma máquina é fixo, assim, a tensão interna gerada
relaciona-se com a velocidade através da relação
E A nm
= (5-11)
E A 0 n0
onde EA0 e n0 representam os valores de referência da tensão e da velocidade, respectivamente.
Figura 5-7: Curva de magnetização de um motor CC de 250 V, plotada para uma velocidade de
1200 rpm.
EXEMPLO 5-2 Um motor CC em derivação de 50 HP, 250 V e 1200 rpm, sem enrolamentos de
compensação, tem uma resistência de armadura de 0,06 Ω. Seu circuito de campo tem uma resistência
total de RF + Raj de 50 Ω, produzindo uma velocidade a vazio de 1200 rpm. No enrolamento do campo
em derivação, há 1200 espiras por polo. A reação de armadura produz uma força magnetomotriz
desmagnetizante de 840 Ae para uma corrente de 200 A. A curva de magnetização dessa máquina está
mostrada na figura 5-7.
(a) Encontre a velocidade desse motor quando a sua corrente de entrada é de 200 A.
(b) Basicamente esse motor é idêntico ao do exemplo 8-1, exceto pelo fato de que os enrolamentos de
compensação inexistem. Como essa velocidade pode ser comparada com o do motor anterior para
uma corrente de carga de 200 A?
Solução
(a) Se IL = 200 A, então a corrente de armadura do motor será
VT
I A =I L −I F =I L −
RF
250 V
=200 A− =195 A
50 Ω
Assim, a tensão interna gerada é
E A =V T −I A R A
840 Ae
=5,0 A− =4,3 A
1200 e
Consultando a curva de magnetização para essa corrente de campo, encontramos uma tensão interna
gerada EA0 de 233 Volts para uma velocidade de 1200 rpm. Sabemos que a tensão interna gerada seria
de 233 V para uma velocidade de 1200 rpm. Como a tensão interna gerada real EA é 238,3 V, a
velocidade real de funcionamento do motor dever ser
E A nm
= (5-13)
E A 0 n0
EA 238,3
nm = n= (1200 rpm)=1227 rpm
E A 0 0 233
(b) No exemplo 5-1, para 200 A de carga, a velocidade do motor era nm = 1144 rpm. Neste exemplo, a
velocidade do motor é 1227 rpm. Observe que a velocidade do motor com reação de armadura é
superior à velocidade do motor sem reação de armadura. Esse aumento relativo de velocidade é
devido o enfraquecimento de campo da máquina com a reação de armadura.
EXEMPLO 5-3 A figura 5-13a mostra um motor CC em derivação de 100 HP, 250 V e 1200 rpm, com
uma resistência de armadura de 0,03 Ω e uma resistência de campo de 41,67 Ω. O motor tem
enrolamentos de compensação, de modo que a reação de armadura pode ser ignorada. Pode-se
assumir que as perdas mecânicas e no núcleo são desprezíveis. Assume-se que o motor está
acionando uma carga com uma corrente de linha de 126 A e uma velocidade inicial de 1103 rpm.
Assuma que a corrente de armadura do motor permanece constante. Se a curva de magnetização da
máquina for a mostrada na figura 5-7, qual será a velocidade do motor se a resistência de campo for
elevada para 50 Ω?
Solução
O motor tem uma corrente de linha inicial de 120 A e uma tensão de armadura VA de 250 V, de modo
que a tensão interna gerada EA é
E A =V T −I A R A =250 V −(120 A)( 0,03Ω)=246,4 V
Aplicando a equação 5-14 e sabendo que o fluxo ϕ é constante, a velocidade do motor pode ser
expressa como
E A 2 K ϕ 2 nm 2
= (5-14)
E A 1 K ϕ 1 nm 1
E A 2 nm 2
=
E A 1 nm 1
EA 2
nm 2 = n
EA 1 m1
Para encontrar EA2, use a LKT
E A 2 =V T −I A 2 R A
Como o torque e o fluxo são constantes, IA é constante. Isso leva a uma tensão de
E A 2 =200V −(120 A)(0,03 Ω)=194,6 V
O motor CC de ímã permanente é um motor que tem seus polos construídos com ímãs permanentes.
Em geral, os motores CC de ímãs permanentes são mais baratos, menores, mais simples e mais
eficientes do que os motores CC comuns (com circuito de campo eletromagnético), porém, como os
ímãs permanentes não conseguem produzir um fluxo de campo tão elevado quanto um circuito de
campo em derivação, ele terá um torque menor por ampere de corrente de armadura que um motor
de mesmo tamanho, além do risco de desmagnetização. A desmagnetização pode ocorrer por conta
da reação de armadura (para correntes de armadura muito elevadas), por choques mecânicos ou por
sobretemperatura.
O motor CC de ímãs permanentes é basicamente um motor em derivação com o fluxo de campo fixo.
As formas de controle de velocidade dessa máquina, podem ser:
1. Controle por tensão de armadura.
2. Controle por resistência de armadura.
O motor CC série basicamente é construído com poucas espiras de fio no enrolamento de campo,
conectados em série com a armadura, a figura 5-15 mostra o circuito equivalente deste motor. Como
sabemos, em um circuito série, a corrente será a mesma em todos os elementos, assim, em um motor
série, a corrente de linha, corrente de campo e corrente de armadura serão iguais.
A LKT para um motor CC série é
V T =E A + I A ( R A + RS ) (5-16)
As características torque versus velocidade de um motor CC série são bem diferentes das
características de um motor em derivação, basicamente, seu comportamento é decorrente de seu
fluxo de campo ser diretamente proporcional a corrente de armadura. A medida que se aplica carga no
motor, a corrente de campo aumenta, aumentando assim o fluxo de campo, sabemos que, um
aumento de fluxo causa uma queda na velocidade da máquina, assim, as características torque versus
velocidade para um motor CC série resulta em um declive bem acentuado.
Supondo uma curva de magnetização linear, o fluxo do motor é dado pela equação
ϕ =cI A
O levantamento das características torque versus velocidade do motor CC série começa com a lei de
Kirchoff das tensões
V T =E A + I A (R A + RS )
A partir da equação 5-18, podemos chegar a corrente de armadura como
τ ind
I A=
√ Kc
Temos que EA = Kϕωm. Substituindo essas expressões na equação 5-16, obtemos
τ ind
V T =K ϕ ω m+
√ Kc A S
(R +R ) (5-19)
Se o fluxo for eliminado dessa expressão, poderemos relacionar diretamente o torque de um motor
com sua velocidade. Para eliminar o fluxo da expressão observe que
ϕ
I A=
c
e a equação do torque induzido pode ser escrita como
K 2
τ ind = ϕ
c
ϕ=
√ c
√τ
K ind
Isolando a velocidade e substituindo a equação 5-20 na equação 5-19, chegamos a
(5-20)
VT 1 RA+ RS
ω m= √ τ ind
− (5-21)
√ Kc Kc
Observe que, a velocidade do motor varia com o inverso da raiz quadrada do torque, o que na prática,
diz que, quando o torque do motor vai a zero, a velocidade vai ao infinito, na prática, isso não acontece
devido as perdas, porém, com pouca carga, esse motor pode atingir velocidades muito altas o que
pode levar ela a sérios danos.
EXEMPLO 5-5 A figura 5-15 mostra um motor CC série de 250 V com enrolamentos de compensação e
uma resistência em série total de RA+ RS de 0,08 Ω. O campo em série consiste em 25 espiras por polo,
com a curva de magnetização mostrada na figura 5-17. Encontre a velocidade e o torque induzido
desse motor quando sua corrente de armadura é 50 A.
Solução
Para IA = 50 A, temos
E A =V T −I A ( R A + R S)=250V −(50 A)(0,08 Ω)=246 V
Como IA = IF = 50 A, a força magnetomotriz (FMM), é
FMM =N I =(25 espiras)(50 A)=1250 Ae
Da curva de magnetização, para FMM = 1250 Ae, temos uma tensão EA0 = 80. Para obter a velocidade
correta do motor, temos que
EA 246 V
nm = n0 = 1200 rpm=3690 RPM
EA 0 80=V
Para encontrar o torque induzido fornecido pelo motor nessa velocidade, lembre-se de que Pconv = EAIA
= τindωm. Portanto,
E I
τ ind = ωA m A
(246 V )(50 A )
τ ind = =31,8 Nm
(3690 rotações /min)(1 min/60 s)(2 π rad ,/rotação)
Observe que se faz necessário a conversão de rpm para rad/segundo, visto que a equação dada utiliza
a rotação em rad/seg.
Diferente do motor CC shunt, há apenas uma forma de controlar a velocidade do motor CC série, que
consiste em variar a tensão de terminal do motor, se a tensão de terminal for aumentada resultará num
aumento de velocidade para qualquer torque da máquina.
Figura 5-17: A curva de magnetização do motor do Exemplo 5-5. Essa curva foi obtida para uma velocidade de 1200
rpm.
Um motor CC composto é um motor que tem campos em derivação e em série. A figura 5-18 mostra o
circuito equivalente desse motor.
A equação da LKT para um motor CC composto é
V T =E A + I A ( R A + RS ) (5-22)
VT
I F= (5-24)
RF
No motor composto a FMM líquida e a corrente efetiva de campo em derivação são dadas por
FMM liq=FMM F ±FMM SE −FMM RA (5-25)
e
N SE FMM RA
I *F =I F± IA− (5-26)
NF NF
Onde o sinal positivo nas equações está associado a um motor CC composto cumulativo e o sinal
negativo está associado ao motor CC composto diferencial.
O motor CC composto cumulativo tem um torque de partida maior que um motor shunt, porém,
menor que um série. Em tese, um motor composto cumulativo combina as melhores características de
ambos os motores shunt e série. Com cargas leves, o campo série tem efeito muito pequeno, o que
leva o motor a comportar-se aproximadamente como um motor derivação, quando a carga torna-se
muito grande, o fluxo no enrolamento série aumenta e a característica torque versus velocidade se
torna semelhante à curva de um motor série.
No motor CC composto diferencial, a FMM em derivação e a FMM em série se subtraem entre si, o que
significa que quando a carga no motor aumenta, a corrente de armadura aumenta e o fluxo do motor
diminui, com a diminuição do fluxo, a velocidade do motor aumenta, esse aumento de velocidade
causa outro aumento na carga, o que por sua vez aumenta a corrente de armadura e diminui mais o
fluxo, aumentando novamente sua velocidade. O motor CC composto diferencial é muito instável e sua
velocidade tende a disparar, o que o torna praticamente sem uso.
(b) Quando uma corrente de armadura de 200 A flui no motor, a tensão interna gerada será
E A =V T −I A ( R A + R S)
3
I *F =5 A + 200 A=5,6 A
1000
Da curva de magnetização, temos E_A0 = 262 V para uma velocidade de n0 = 1200 rpm. Portanto, a
velocidade do motor será
EA 242 V
nm = n0 = 1200 rpm=1108 rpm
EA 0 262 V
* 3
I F =5 A− 200 A=4,4 A
1000
Da curva de magnetização, temos E_A0 = 236 V para uma velocidade de n0 = 1200 rpm. Portanto, a
velocidade do motor será
EA 242 V
nm = n0 = 1200 rpm=1230 rpm
EA 0 236 V
Um motor composto cumulativo pode ter sua velocidade controlada das seguintes formas:
1. Mudar a resistência de campo RF.
2. Mudar a tensão de armadura VA.
3. Mudar a resistência de armadura RA.
As formas de controle são bem similares em termos de funcionamento das já descritas para o motor
em derivação.
Para chegar a eficiência de um motor CC, devemos levar em consideração as seguintes perdas:
1. Perdas no cobre
2. Perdas nas escovas
3. Perdas mecânicas
4. Perdas no núcleo
5. Perdas suplementares
As perdas no cobre do motor são as perdas I2R que ocorrem nos circuitos da armadura e de campo. A
seguir está descrito como chegar a esses valores. Para determinar a resistência de armadura da
máquina, o rotor deve ser travado (de forma que não possa girar) e aplica-se uma pequena tensão CC
aos terminais da armadura, a tensão deve ser ajustada até que a corrente na armadura seja igual a
corrente nominal de armadura, através da lei de ohm se chega a resistência de armadura. Quanto a
resistência de campo, a mesma pode ser encontrada aplicando a tensão nominal de campo e
medindo-se a corrente de campo, assim, com a lei de ohm, se determina a resistência de campo.
As perdas no núcleo e mecânicas são determinadas em conjunto. Com a máquina funcionando a vazio,
como o motor está sem carga, IA é muito pequena e as perdas no cobre da armadura são desprezíveis,
portanto, se as perdas no cobre do campo forem subtraídas da potência de entrada do motor, então a
potência de entrada restante consistirá nas perdas mecânicas e perdas no núcleo da máquina.
EXEMPLO 5-7 Um motor CC e m derivação de 50 HP, 250 V e 1200 rpm, tem uma corrente nominal de
armadura de 170 A e uma corrente nominal de campo de 5 A. Quando seu rotor é travado, uma tensão
de armadura de 10,2 V produz uma corrente de 170 A e uma tensão de campo de 250 V produz uma
corrente de campo de 5 A. Assume-se que a queda de tensão nas escovas é 2 V. A vazio, com a tensão
de terminal igual a 240 V, a corrente de armadura é igual a 13,2 V, a corrente de campo é 4,8 A e a
velocidade do motor é 1150 RPM.
(a) Qual é a potência de saída desse motor em condições nominais?
(b) Qual a eficiência do motor?
Solução
A resistência de armadura dessa máquina é aproximadamente
10,2 V
RA= =0,06 Ω
170 A
e a resistência de campo é
250 V
RF = =50Ω
5A
Portanto, a plena carga, as perdas I²R na armadura são
2 2
P A=I R=( 170 A) (0,06 Ω)=1734 W
e as perdas I²R no circuito de campo são
2 2
PF =I R=(5 A) (50Ω)=1250 W
As perdas nas escovas a plena carga são dadas por
Pescovas=V QE I A=(2V )(170 A)=340 W
As perdas rotacionais a plena carga são essencialmente equivalentes às perdas rotacionais a vazio, por
que as velocidades a vazio e a plena carga do motor não diferem muito entre si. Essas perdas podem
ser determinadas obtendo-se a potência de entrada do circuito de armadura a vazio e assumindo que
as perdas no cobre da armadura e as devido à queda de tensão nas escovas são desprezíveis, o que
significa que a potência de entrada da armadura a vazio é igual as perdas rotacionais:
PERGUNTAS
5.4. Que efeito a reação de armadura tem sobre a característica de conjugado versus velocidade de um
motor CC em derivação? Os efeitos da reação de armadura podem ser sérios? O que se pode fazer
PROBLEMAS
Considere agora que o motor dos problemas 5.3 e 5.4 está conectados como excitação independente.
armadura igual à tensão de armadura a plena carga e (3) as perdas suplementares são 1% da plena
carga.]
5.5. Se o motor for ligado como composto cumulativo tendo Raj 175 Ω:
(a) Qual é a velocidade a vazio do motor?
(b) Qual é a velocidade de plena carga do motor?
(c) Qual é sua regulação de velocidade?
Figura 5-21: Curva de magnetização do Motor CC dos problemas 5-1 a 5.5, a uma velocidade de 1800 rpm.