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Ariovaldo Página 1
Nesta apostila serão discutidos aspectos tais como ajuste de velocidade, frenagem, reversão
do nível de torque, acionamentos etc.
Fluxo φ = K3 x If (Equação 4)
Tanto a armadura como o campo possuem indutâncias que influem quando há uma
mudança na corrente.
Apostila sobre motores C.C. Eletrônica Industrial Prof. Ariovaldo Página 2
V= E – Ia x Ra.
Na Figura 2, um motor CC com excitação independente: tanto armadura quanto campo são
alimentados separadamente. O torque é proporcional ao produto da corrente de armadura pelo fluxo,
sendo interessante manter constante este último para minimizar a corrente de armadura. Para a partida
R2 é zero e R1 é tal que seu valor mantenha a corrente de armadura dentro dos limites seguros. Quando
a armadura gira, a força contra-eletromotriz aumenta, crescendo de zero até um valor proporcional à
velocidade.
Figura 2 – Ajuste de velocidade por resistores. (a) Circuito (b) Variação a torque fixo.
A frenagem elétrica pode ser realizada de uma das três maneiras apresentadas na Figura 3.
Tomando-se as condições normais da máquina de corrente contínua operando como motor na Figura
3a como referência; retirando-se a tensão de armadura e colocando-se no lugar um resistor,
converteremos a máquina CC momentaneamente em gerador, como mostra a Figura 3b. Esse tipo de
frenagem é denominada dinâmica. Outra forma é a apresentada na Figura 3c. Na Figura 3d temos a
frenagem regenerativa, quando a tensão E > V e a máquina CC trabalha como gerador, fornecendo
energia para a fonte.
Figura 5 - Acionamento com velocidade variável. (a) Ajuste de tensão por regulador. (b)
Ajuste de tensão por retificador controlado.
A máquina CC poderá se tornar um gerador se uma frenagem rápida for necessária, e dessa
maneira o conversor deverá operar como inversor.
Comparando os dois sistemas da Figura 5, notamos que o tipo a é mais simples, porém, com
um tempo de resposta mais longo a uma possível mudança na velocidade e no torque. O controlador
da Figura 5b é muito mais flexível, com um tempo de resposta rápida a mudanças de velocidade e
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torque, porém proporciona um atraso no fator de potência da rede, gerando harmônicas de ordem
elevada.
Como a corrente é continua, as formas de onda são idênticas às desenvolvidas com carga
indutiva. Porém, para pequenos motores CC como a corrente de armadura pode ser descontínua, a
forma de onda da tensão difere um pouco da dos motores convencionais.
Portanto,
dim
vm = L + Rim + E
dt
(Equação 6)
Na prática, a tensão de armadura da Figura 6b contém oscilações que são retiradas com
capacitores e outros dispositivos de proteção.
O valor médio da corrente de armadura é proporcional ao torque médio do motor, sendo que
as harmônicas serão absorvidas pela inércia do motor. A potência mecânica desenvolvida é E x Ia ,
isto é, o produto da corrente média pela tensão interna. Qualquer harmônica não contribui na potência
mecânica, mas se adiciona às perdas dos condutores internos do motor.
Figura 6 – Pequeno motor com descontinuidade da corrente. (a) Circuito controlador híbrido.
(b) Formas de onda. (c) Circuito equivalente da armadura.
Quando uma rápida redução de velocidade for requerida, poderemos utilizar um conversor
totalmente controlado no modo inversor. Quando a regeneração não é possível, poderemos usar a
frenagem dinâmica. A Figura 7 ilustra um sistema, no qual ao ser pressionado o botão da parada (não
apresentado na figura) um contator coloca sobre a armadura um resistor e, ao mesmo tempo,
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desconecta a armadura do retificador. Usando um resistor fixo teremos sobre o mesmo uma queda de
tensão linear, pois a tensão é proporcional à velocidade.
Com reversão a contator, o acionamento poderá ser invertido em tempos de 0,8 s a 0,2 s. O
tempo do contator pode ser eliminado pelo uso de dois conversores (em ligação anti-paralela),
conforme a Figura 8b. Onde o conversor A termina de reduzir a corrente a zero passa a dar lugar à
condução do conversor B. Os indutores apresentados no esquema limitam a corrente que possa
circular entre os grupos, caso exista um disparo simultâneo, mas normalmente o disparo de tiristores
de um grupo inibe os de outro, dispensando assim a necessidade dos indutores.
Para que exista frenagem regenerativa (Figura 8b) durante o processo de reversão, o
conversor que passa a operar deverá fazê-lo como inversor, e após a frenagem passará a trabalhar no
modo retificador para inverter a rotação. Para uma melhor compreensão, vamos supor que a máquina
CC funcione como motor, sendo alimentada pelo conversor A. Para freá-la e inverter a rotação,
inibimos os pulsos de disparo dos tiristores do conversor A e disparamos os tiristores do conversor B,
de tal maneira que o mesmo opere como inversor. Dessa forma, a máquina CC passa a funcionar
como gerador e, sendo a rede em que o conversor B está ligado receptiva, a energia passará a ela,
fazendo com que a máquina CC freie. A partir desse instante disparamos os tiristores do conversor
retificador. Agora a máquina CC recebe uma tensão inversa e, portanto, passa a operar como motor
no sentido inverso.
armazenada. Essa operação é muito lenta devido ao tempo que a corrente de campo leva para atingir o
valor zero, e após o valor pleno novamente, no sentido inverso. O torque também fica limitado devido
a estabilização das condições de fluxo. Devido a esse fato é mais utilizada a reversão por armadura.
velocidade cair para 990 rpm, então o erro será de 0,2 V e, desse modo, a tensão sobre o motor
aumentará, levando novamente o acionamento à velocidade próxima a 1000 rpm.
Duas observações devem ser feitas em relação ao sistema de controle acima descrito:
sempre existirá um erro e qualquer mudança na carga motor poderá ocasionar um aumento excessivo
na corrente de armadura, e, portanto, nos tiristores; dessa maneira, é importante o emprego de um
circuito limitador de corrente.
A corrente poderá ser limitada usando-se um segundo elo de realimentaçâo, tal como o da
Figura 12. A corrente do motor CC pode ser monitorada por um sensor, como na Figura 12, ou por
três transformadores ligados na entrada CA de linha e um retificador trifásico, como mostra a Figura
13.
Tomando-se os dados anteriores para a condição de regime, podemos supor uma tensão de
300 V de armadura e uma corrente de 20 A. Para essa condição, o sinal de erro da corrente será
0,15V, e o sinal de realimentação da corrente, 4 V, com uma saída de A1 de 4,5 V. A entrada de A1
será 0,0415 V, portanto o sinal de realimentação do taco-gerador será (15 - 0,0415) = 14,9585 V, isto
é, a velocidade será 1495,85 rpm. Idealmente, uma entrada de 15 V deveria gerar 1500 rpm, porém
existe um erro de -0,277%. Um acréscimo no torque de carga produz uma redução na velocidade e um
aumento do erro, o que leva ao acréscimo da corrente no motor para acelerá-lo e levá-lo à velocidade
original.
Para evitar que variações bruscas sejam transmitidas diretamente aos amplificadores de
erro, um circuito como o da Figura 15 pode ser usado, onde uma variação de entrada é convertida em
uma rampa e passe a existir uma mudança gradual no ângulo de disparo.
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