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Experimento 4: Sistema de partı́culas - Colisões

Parte I: preparação para a experiência (uma resposta do grupo)


1. Considere um sistema onde a resultante das forças externas é nula; essa situação é reproduzida
no experimento dos carrinhos sobre o trilho de ar? Explique as diferenças entre a colisão elástica
e a inelástica no movimento unidimensional de dois carrinhos sobre o trilho de ar. Qual (quais)
grandeza(s) sao conservadas num processo de colisão? Alguma grandeza não é conservada? Justifique
as suas respostas.
A resultante das forças externas nesse experimento é nula. A colição é elástica quando as forças de
colisão são conservativas e após o choque, a velocidade das partículas muda de direção, mas a
velocidade relativa entre os dois corpos mantém-se igual, já a colisão inelástica é quando as forças de
colisão não são conservativas e após a colisão os objetos seguem unidos como se fossem um único
corpo. O momento linear é conservado porém a energia cinética não se conserva.

Parte II: procedimento experimental (uma resposta por integrante)


Estudo da colisão inelástica entre carrinhos de massas diferentes
1. Descreva os procedimentos adotados para a aquisição dos dados: a leitura do filme, a determinação
da escala. Como você determinou a incerteza na leitura das posições? Discuta, levando em conta a
ampliação que você usou.
Foi utilizado o aplicativo tracker para a leitura do vídeo e foi utilizado 8 quadros por pulo. Foi utilizado o
bastão de calibração sob o trilho de 2 m para o programa deteminar a escala. Para localizar os carrinhos foi
utilizada a ferramenta ponto de massa e então foi traçada uma trajetória com 20 medidas cada carrinho (10
medidas antes e 10 medidas depois da colisão) e para a incerteza da posição foi medida a largura do
quadrado branco no centro dos carrinhos e depois divida por dois.

2. Anote a massa dos dois carrinhos: A (incidente) e B (alvo).

Carrinho A: 289,5 ± 0,2 g

Carrinho B: 189,4 ± 0,2 g

3. Construa uma tabela semelhante à que mostramos abaixo (Tabela 1) e preencha os valores dos ins-
tantes (sem incertezas) e das posições (com suas incertezas). Não se esqueça das unidades. Atenção:
você vai precisar de uns 10 a 12 pontos antes da colisão e uns 10 a 12 pontos depois da colisão; assim,
não é necessário que você transcreva pontos sucessivos; adote um intervalo razoável.

4. Reserve uma seção do seu relatório para indicar como foi feita a propagação das incertezas.
Para propagar a incerteza da posição foi medido o quadrado branco no centro do carrinho e depois
dividido por dois.

Quadro t (s) x1 (cm) δx1 (cm) x2 (cm) δx2 (cm)


1 0,00 21,42 0,945 100,88 0,75
2 0,27 27,77 0,675 100,88 0,75
3 0,53 34,05 0,735 100,76 0,75
4 0,80 40,40 0,855 100,51 0,75
5 1,07 46,81 0,705 100,51 0,75
6 1,33 53,03 0,735 100,51 0,75
7 1,60 59,56 0,735 100,27 0,75
8 1,87 65,79 0,795 100,27 0,75
9 2,13 72,44 0,975 100,39 0,75
10 2,40 79,09 1,005 100,51 0,75
11 2,67 83,91 0,67 103,44 0,80
12 2,93 87,94 0,975 107,41 0,75
13 3,20 92,21 0,73 111,50 0,70
14 3,47 96,24 0,7 115,96 0,95
15 3,73 100,39 0,8 119,98 0,70
16 4,00 104,85 0,7 124,38 0,75
17 4,27 109,18 0,75 128,83 0,70
18 4,53 113,27 0,7 133,10 0,65
19 4,80 117,30 0,65 136,89 0,75
20 5,07 121,14 0,45 141,04 0,70

Tabela 1

Parte III: análise de dados (uma resposta por integrante)


1. Construa os gráficos, numa única folha de papel milimetrado, da posição dos carrinhos em funçao do
tempo (x × t). Marque no papel milimetrado o instante da colisão dos carrinhos e anote esse valor.

A colisão ocorreu em 2,7 segundos. O


momento da colisão está em azul no
gráfico.
2. A partir dos dados da sua tabela, utilize um programa de ajuste linear para determinar as velocidades
de cada um dos carrinhos antes e depois da colisão. Alternativamente, você pode determinar essas
velocidades com o método gráfico usando o grafico x × t do item anterior.

Sabendo que a velocidade é o coeficiente angular,


as velocidades obtidas pelo gráfico x × t :

Velocidade do Carrinho B: Antes da colisão o


carrinho B estava a 0,26 cm/s e após a colisão
estava a 15,86 cm/s.

Velocidade do Carrinho A: Antes da colisão o


carrinho A estava a 23,94 cm/s e após a colisão
estava a 15,7 cm/s

3. Determine os valores do momento linear total, antes e depois da colisão, com suas respectivas in-
certezas. Essa quantidade foi conservada? Justifique.

𝑃1 = 𝑚1 𝑣1 = 289,5 ∗ 24 = 6948 𝑔𝑐𝑚/𝑠


𝑃2 = 𝑚2 𝑣2 = 189,4 ∗ 0,15 = 28,41 𝑔𝑐𝑚/𝑠
𝑃𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑎 = 𝑃1 + 𝑃2 = 6976 𝑔𝑐𝑚/𝑠
𝑐𝑜𝑙𝑖𝑠ã𝑜

𝑃𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑑𝑎 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑣3 = (289,5 + 189,4)15,5 = 7422 𝑔𝑐𝑚/𝑠


𝑐𝑜𝑙𝑖𝑠ã𝑜

𝛿𝑝 = √𝑣 2 ∗ 𝛿𝑚2 + 𝑚2 ∗ 𝛿𝑣 2

𝛿𝑝1 = √242 ∗ 0,22 + 289,52 ∗ 0,482 = √576 + 19.309,8 = √18.885,8 = 141 𝑔𝑐𝑚/𝑠

𝛿𝑝2 = √0,152 ∗ 0,22 + 189,42 ∗ 0,42 = √0,0009 + 5740 = √5740 = 75,8 𝑔𝑐𝑚/𝑠

𝛿𝑝𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑑𝑎 = √15,52 ∗ 0,22 + 4792 ∗ 0,432 = √9,6 + 98.659,6 = √98.669,2 = 314,1 𝑔𝑐𝑚/𝑠
𝑐𝑜𝑙𝑖𝑠ã𝑜

O momento linear total do sistema formado por dois corpos é conservado se a força total externa (𝐹𝑒𝑥𝑡 )
que age sobre eles é nulo. Sendo assim:
𝑑𝑃
= 𝐹𝑒𝑥𝑡 = 0
𝑑𝑡
Momento linear total antes da colisão:
𝑑 𝑑
(𝑃1 + 𝑃2 ) = (6976) = 0
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Momento linear total depois da colisão

𝑑 𝑑
(𝑃𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑑𝑎 ) = (7422) = 0
𝑑𝑡 𝑐𝑜𝑙𝑖𝑠ã𝑜 𝑑𝑡

Após os cálculos é possível ver que o momento linear se conserva.


4. Determine os valores da energia cinética total, antes e depois da colisão, com suas respectivas in-
certezas. Essa quantidade foi conservada? Justifique.

𝑚𝑣 2
𝐸𝑐 =
2
𝑚𝑣 2
𝐸𝑐 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 =
2
𝑚𝑣 2 289,5 ∗ 242 166.752
𝐸𝑐 𝐶𝑎𝑟𝑟𝑖𝑛ℎ𝑜 1 = = = = 83.376
𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 2 2 2
𝑚𝑣 2 189,5 ∗ 0,152 0,023
𝐸𝑐 𝐶𝑎𝑟𝑟𝑖𝑛ℎ𝑜 2 = = = = 0,012
𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 2 2 2
𝑚𝑣 2 479 ∗ 15,52 115,079
𝐸𝑐 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = = = = 57.539,8
2 2 2

2 2
2
𝑣2 2𝑚𝑣
𝛿𝐸𝑐 = √(( ) ∗ 𝛿𝑚) + ( ∗ 𝛿𝑣)
2 2

2 2 2
242 2 ∗ 289,5 ∗ 24
𝛿𝐸𝑐 𝐶𝑎𝑟𝑟𝑖𝑛ℎ𝑜 1 = √(( ) ∗ 0,2) + ( ∗ 0,48) = √16.588,8 + 11.122.491,8 = √11.139.080,6 = 3.337,5
𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 2 2

2 2 2
0,152 2 ∗ 189,4 ∗ 0,15
𝛿𝐸𝑐 𝐶𝑎𝑟𝑟𝑖𝑛ℎ𝑜 2 √
= (( ) ∗ 0,2) + ( ∗ 0,4) = √0 + 129,1 = 11,36
𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 2 2

2 2 2
15,52 2 ∗ 479 ∗ 15,5
𝛿𝐸𝑐 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = √(( ) ∗ 0,2) + ( ∗ 0,43) = √8.329.014 + 10.192.279 = √18.521.293 = 4.303,6
2 2

A energia cinética não se conserva em colições inelásticas.

Parte IV: análise de dados (uma resposta do grupo)


1. Os valores obtidos pelo grupo para a fração da energia total dissipada são compatı́veis entre si?
𝐸𝑑𝑖𝑠𝑠𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎 = 𝐸𝑐𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 − 𝐸𝑐𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

𝐸𝑑𝑖𝑠𝑠𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎 = 83.375,988 − 57.539,8 = 25.836,2 (Aluna A)


𝐸𝑑𝑖𝑠𝑠𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎 = 97.861,3 − 61,312 = 36.549,3(Aluna B)
𝐸𝑑𝑖𝑠𝑠𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎 = 86.180,4 − 61.312 = 24.868,4 (Aluna C)
Os valores achados pelo grupo, são copativeis entre si

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