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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

DEPARTAMENTO DE FÍSICA – FÍSICA EXPERIMENTAL BÁSICA: MECÂNICA

Gustavo Dantas Waughan e Vitor de Oliveira Massahud

Experimento 7: Movimento Retilíneo com Aceleração Constante

Relatório técnico referente à atividade experimental desenvolvida no dia 31/10/2022, como


requisito para aprovação na disciplina de Física Experimental Básica: Mecânica, do Curso de
graduação em Geologia na Universidade Federal de Minas Gerais.

Orientador: Helio Chacham

Belo Horizonte

Outubro, 2022
Introdução

- Equação Horária do Espaço

Sabe-se que a equação horária do espaço é denotada por:

X(t) = X0 + V0t + ½ *at² (I)

Cuja equação possuirá um gráfico semelhante a esse:

Gráfico Distância X Tempo


Distância

Tempo

Ao derivar a equação I obtemos

V(t) = dx/dt = V0t + at (II)

A equação para a velocidade, que possuirá um gráfico semelhante a esse:


Gráfico Velocidade X Tempo
Velocidade

Derivando a equação II tem-se

a(t) = dv/dt = a (III)

A equação para a aceleração, que é constante, que possuirá um gráfico semelhante a esse:

Gráfico Aceleração X Tempo


Aceleração

Tempo
Objetivos

Analisar o movimento de um objeto que se desloca sob a ação de uma força constante.

Materiais

- Computador;

- Interface;

- Sensor de movimento (sensibilidade 0,02 mm):

- Trilho de ar;

- Massas;

- Suporte;

- Carrinho;

- Fio de algodão;

- Trena (acoplada ao trilho de ar);

Procedimentos

Para este experimento utilizou-se um trilho de ar na horizontal, este com o objetivo de


diminuir o atrito e não ter que considera-lo no cálculo. Utilizou-se um carrinho acoplado a
este trilho preso por um fio e a um peso, assim como na imagem a seguir:

Utilizou-se o interface juntamente com o computador para retirar as mediadas a cada instante
de tempo em que o carrinho estivesse, desta forma dando maior precisão ao experimento.

Resultados e discussão
Obs: Os dados foram passados para o Sistema SciDavis ao invés do sistema DataStudio, por
apresentar maior clareza, facilidade e familiaridade em seu manuseio.

Posição Velocidade Aceleração

t (s) x (m) t (s) V (m/s) t (s) a (m/s²)

0,0 0,003 -0,05 0,026 0,0 0,877

0,1 0,014 0,05 0,113 0,1 0,915

0,2 0,034 0,15 0,205 0,2 0,896

0,3 0,064 0,25 0,294 0,3 0,874

0,4 0,102 0,35 0,382 0,4 0,900

0,5 0,149 0,45 0,472 0,5 0,926

0,6 0,206 0,55 0,564 0,6 0,851

0,7 0,271 0,65 0,649 0,7 0,911

0,8 0,345 0,75 0,741 0,8 0,848

0,9 0,427 0,85 0,825

1 0,519
Pelo gráfico de Posição X Tempo e seu ajuste de curva, temos:

A0 = 0,00255 +/- 0,00033

A1 = 0,0708 +/- 0,0016

A2 = 0,4458 +/- 0,0015

Desta forma, temos, pela equação I:

X(t) = 0,00255 + 0,0708t + 0,4458t²

Assim, tem-se que a*1/2 = 0,4458, portanto a = 0,8916 m/s²


Calculando a incerteza, Δx = 2*a  Δx = 2*0,0015 = 0,003

Portanto, a = (0,891 +/- 0,003) m/s²

Ao analisara a aceleração nos outros gráficos obtidos, observa-se valores semelhantes.

Para o gráfico de Velocidade X Tempo, por meio da análise da inclinação do gráfico, temos:

a = (0,891 +/- 0,002) m/s²

E, por fim, para o gráfico de Aceleração X Tempo

a = (0,899 +/- 0,017) m/s²

Ao observar todos os valores de a obtidos, nota-se uma grande similaridade, porém não uma exatidão,
entre estes valores o que afirma uma aproximação para os valores de a.

Conclusão

Por meio deste experimento, foi possível calcular a aceleração do carrinho disposto em um
MRUV (Movimento Retilíneo Uniformemente Variado). Para fazer o cálculo foi utilizado a
análise do ajuste de curva dos três gráficos feitos durante o experimento. Além disso, notou-se
uma certa variância entre os valores de a obtidos, o que denota certa imprecisão.

Fontes

CAMPOS, Agostinho Aurélio. ALVES, Elmo Salomão. SPEZIALI, Nivaldo Lúcio. “Física
Experimental Básica na Universidade”. Edição Junho/2018. Belo Horizonte, Minas Gerais,
Brasil.

H. M. Nussenzveig, Curso de Física Básica , vol. 1 Mecânica, 4a ed., Edgard Blucher, 2002. R. A.
Serway e J. W. Jewett Jr., Princípios de Física , vol. 1 Mecânica Clássica, Cengage Learning, 2004. F.
J. Keller, W. E. Gettys e M. J. Skove, Física, vol.1, 1 a ed., Makron Books, 1999.

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