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INSTITUTO DE FÍSICA
FÍSICA 1 EXPERIMENTAL
EXPERIMENTO 2 e 2.1
Movimento Retilíneo
Uniformemente
Variado
Grupo 1:
Shayla Chrystin Dos Santos Silva/212004957
Louise Castro Rodrigues/200055861
Introdução
O Movimento Retilíneo Uniformemente Variável (MRUV) é um movimento que ocorre em
linha reta com aceleração constante em que a velocidade do corpo estudado aumenta ou
diminui uniformemente ao longo de uma trajetória. Quando o módulo da velocidade do corpo
aumenta, o movimento é acelerado e quando ocorre uma diminuição é considerado movimento
retardado (Halliday D., 1983). Através das funções horárias da velocidade e da posição
(mostradas a seguir) é possível determinar a velocidade e a posição de um objeto móvel em um
dado instante de tempo:
1) 𝑉 (𝑡) = 𝑉0 + 𝑎 ⋅ 𝑡
𝑎⋅𝑡 2
2) 𝑆(𝑡) = 𝑆0 + 𝑉0 ⋅ 𝑡 + 2
Defina-se o trabalho realizado pela força sobre uma partícula como o produto do componente
da força na direção do movimento pela distância que a partícula percorreu naquela direção
(Halliday D., 1983). O Teorema do Trabalho e Energia estabelece que o trabalho total realizado
por todas as forças resultantes sobre um objeto é igual à variação na sua energia cinética.
Matematicamente, isso pode ser expresso como:
𝑊 = ∆𝐾
𝑚⋅𝑉 2
𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ ∆𝑆 = 2
Procedimentos
Primeiramente, utilizou-se uma balança digital para medir as massas do carrinho, do
suporte e de uma disco de metal (massa adicional) e registrou-se os valores observados na
tabela 1, subsequente foi utilizado um micrômetro para medir o diâmetro do pino de interrupção
do sensor e representado na tabela 2 juntamente com o erro instrumental. Em seguida todo o
sistema foi montado, como mostrado na figura abaixo. Encaixou-se o carrinho no trilho e
conectou-se o carrinho, através de um pedaço de barbante, ao suporte contendo a massa
adicional. Os três pinos do carrinho (pino para carrinho com fixador para eletroímã, pino para
carrinho para interrupção de sensor e pino para carrinho com gancho) foram devidamente
conectados.
Após ligar o compressor, posicionou-se o carrinho de modo a ser fixado no eletroímã e
permanecer em repouso. Foi registrado a posição inicial e mostrada na tabela 3.
O sensor foi posicionado a 10cm da posição inicial do carrinho, sendo essa medida feita
do centro do carrinho, onde se encontra o pino para interrupção do sensor, até o meio do sensor.
Os dados da tabela 4 foram coletados com o cronometro na função F2 para que seja medido
o tempo de deslocamento (ti) entre a soltura do carrinho e o momento que o pino de interrupção
do carrinho passe pelo sensor e na função F3 para medir o intervalo de interrupção do sensor
(Δti). Ao desligar a chave o carrinho é solto do eletroímã e então o tempo no espaço decorrido
é registrado. Foram feitas cinco repetições em cada função do cronometro e em cada posição
diferente do sensor (deslocando o sensor sempre 10cm a frente da posição que ele estava
anteriormente).
Material utilizado:
− Trilho de 120cm conectado a uma unidade de fluxo de ar
− Cronômetro digital multifunções com fonte DC 12V
− Sensor fotoelétrico com suporte fixador
− Eletroímã com bornes e haste
− Fixador de eletroímã com manípulo
− Chave liga-desliga
− Y de final de curso com roldana raiada
− Suporte para massas
− Massa de ~20g com furo central de diâmetro 2,5mm
− Pino para carrinho com fixador para eletroímã
− Carrinho para trilho cor preta
− Pino para carrinho para interrupção de sensor
− Pino para carrinho com gancho
− Cabos de ligação e cabos de força
− Balança digital
− Micrômetro
Tempo de deslocamento
∑ (𝑥𝑖 −𝑥𝑚 )2
Cálculo para a incerteza de medição: √ 𝑚⋅(𝑚−1)
+ 0,001
∆𝐿 ∆(∆𝑡𝑚)
Cálculo para a incerteza de medição da velocidade: ( 𝐿 + ∆𝑡𝑚
) ⋅ 𝑉𝑚
𝑃 = 9,81 ⋅ 0,2465
𝑘𝑔 ⋅ 𝑚
𝑃 = 2,42 ± 0,0001
𝑠2
𝑉2
Cálculo para a incerteza de medição da energia cinética: ( 2 ⋅ ∆𝑚 + 𝑚 ⋅ 𝑉 ⋅ ∆𝑉)
Discrepância entre trabalho realizado pela força peso e variação de energia cinética
A discrepância entre o trabalho realizado pela força peso e a variação de energia cinética
não será significativa se ׀W – ΔK ≤ ׀ΔW + Δ(ΔK)
Conclusão
Diante dos resultados obtidos e avaliação da discrepância, não podemos afirmar que
o trabalho realizado é igual à variação de energia cinética do conjunto, pois o módulo da
diferença do trabalho pela variação da energia cinética é muito maior que a soma dos erros
dos mesmos. Este resultado, portanto, pode ter sofrido grandes influências do sistema como
um todo, dado que a análise foi feita considerando assunções simplificadoras como a
suposição de que as forças são constantes ou que o sistema é idealizado. Contudo, essas
condições podem não ser estritamente atendidas, levando, consequentemente, a resultados
menos precisos. Existe a possibilidade da influência de forças não conservativas, como
forças de atrito, que dissipam energia na forma de calor, resistência do ar, especialmente
em velocidades mais altas, além da compressibilidade do ar, que em situações de rápida
aceleração, como em alta velocidade ou em pequena escala, podem ser relevantes para
diminuição da energia cinética do sistema.
Referência
Halliday, D; Resnick, R. Física 1. Livros tecnicos e cientificos editora LTDA. 4° ed. Rio
de janeiro/São Paulo, 1983.