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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - CAMPUS SÃO MATEUS

Andressa dos Santos Oliveira


Beatriz Girardi Gomes
Lowiz Felype Oliveira Pittol
Samara Gonçalves Bezerra Mota

Experimento 1 - Estudo de Cinemática Utilizando Colchão de Ar

Projeto que compõe parte da avaliação da disciplina de Laboratório de Física para ocurso de
Engenharia de Petróleo.

Prof.: Wiliam Santiago Hipolito Ricaldi

São Mateus, ES
2023

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SUMÁRIO

1. Resumo...........................................................................................................................................3

2. Introdução.......................................................................................................................................3

3. Dados experimentais.......................................................................................................................4

4. Cálculos..........................................................................................................................................8

5. Análise de dados.............................................................................................................................9

6. Conclusão......................................................................................................................................10

7. Responsabilidades.........................................................................................................................10

8. Referências....................................................................................................................................10

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1. Resumo
Neste experimento, tem-se como objetivo o estudo do movimento retilíneo uniforme (MRU) e do
movimento retilíneo uniformemente variável (MRUV) através de uma ”partícula”, utilizando-se um
trilho de ar. Serão realizados vários disparos, para diferentes distâncias entre os sensores fotoelétricos ,
assim, obtendo os valores de tempo. Ao final do experimento conclui-se que os resultados confirmam a
teoria da cinemática, já que a variação da distância é proporcional ao tempo necessário para que se
chegue à posição final.

2. Introdução

O posicionamento de um determinado corpo, de forma resumida, é definido por um gráfico da posição


x em função do tempo t (gráfico x(t)). Ou pode ser representado pela fórmula a seguir:

(1)

A Eq. 1 é a descrição de um corpo com velocidade constante e que também pode ser escrita em
função
da velocidade e da posição inicial. Essa outra forma de representação é representado pela Eq. 2,
abaixo:

(2)

As equações exibidas acima são para um movimento que não possui uma aceleração envolvida. Porém
no mundo real é necessário que haja uma aceleração para um corpo continuar seu movimento, devido
a inúmeros termos que retardam o movimento do corpo. Logo, para um corpo que possui uma
aceleração específica, utiliza-se a Eq. 3 ou Eq. 4:

(3)

(4)

Quando se trata de movimento utilizando uma rampa inclinada (aceleração utilizada é a mesma da
aceleração gravidade) para uma velocidade inicial igual a zero, a Eq.4 se torna:

(5)

3
Em que o ângulo θ é a inclinação da rampa.

3. Dados Experimentais

Primeira parte: Movimento com velocidade constante

Foram realizados vários disparos, para diferentes distâncias entre os sensores fotoelétricos e se obteve
os valores de tempo, que estão apresentados na Tabela 1, com o tempo medido em segundos (s).
Utilizando a Eq. 1 foi possível que a velocidade do corpo fosse determinada. Os valores de velocidade
foram calculados para cada valor de distância percorrida (com desvio de ±0,2 mm). Posteriormente irá
compará-la com os valores obtidos pelo gráfico de distância percorrida versus tempo gasto (gráfico
x(t)). Velocidades mostradas na Tabela 2. O exemplo abaixo mostra como foi calculado os valores de
velocidade:

a. Para Δx = 550± 0,5 mm e t = 2,3402 ± 0,0005mm

550
v= =235,02 mm /s
2,3402
¿
¿

Variação da Tempo Tempo Tempo Tempo Tempo Média Desvio


distância 1 2 3 4 5
(mm)

550 2,360 2,304 2,354 2,348 2,335 2,3402 ±0,02

500 2,131 2,120 2,245 2,172 2,310 2,1866 ±0,08

450 2,060 1,907 1,855 1,986 2,016 1,9070 ±0,08

400 1,721 1,554 1,720 1,681 1,779 1,6918 ±0,08

350 1,473 1,611 1,400 1,412 1,449 1,4697 ±0,08

300 1,393 1,198 1,303 1,205 1,323 1,2844 ±0,08

250 1,181 1,129 1,102 1,251 1,136 1,1598 ±0,06

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Tabela 1 – Distâncias percorridas, tempos médios e desvios no MRU.

Tabela 2 – Velocidade para os diferentes valores de distância percorrida e tempo médio.

Para os valores de velocidade mostrados acima, todos não possuem aceleração, logo é uma média das
velocidades, significa a que velocidade o carrinho é lançado a partir do colchão de ar. A média das
velocidades da tabela 2 é v = 232 ± 0,1mm/s.

Segunda Parte: Movimento uniformemente acelerado


Para o experimento, o articulador dianteiro do colchão de ar foi substituído por um pedaço de metal de
forma que a bobina passasse a atrair o carrinho e o mantivesse em repouso, já que também se inclinou
a rampa em uma angulação de 10,0° ± 0,5º. O atrito foi desprezado devido ao mínimo contato
existente entre o carrinho e o trilho devido a corrente de ar. A Figura 1 apresenta o diagrama de corpo
livre para o sistema em questão.

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Figura 1: Diagrama de corpo livre para o sistema de colchão de ar

Da mesma forma que na parte anterior do experimento, o tempo foi medido 5 vezes para cada
distância x e calculada a sua média e o desvio padrão. A Tabela 2 apresenta os valores obtidos.

Variação
da
distância
(mm) Tempo 1 Tempo 2 Tempo 3 Tempo 4 Tempo 5 Média Desvio
250 0,334 0,321 0,323 0,318 0,315 0,321 0,007
300 0,357 0,354 0,356 0,355 0,357 0,356 0,001
350 0,397 0,397 0,398 0,4 0,401 0,398 0,002
400 0,442 0,443 0,443 0,443 0,446 0,443 0,002
450 0,474 0,486 0,488 0,487 0,487 0,487 0,006
500 0,527 0,528 0,537 0,537 0,528 0,528 0,005
550 0,561 0,561 0,558 0,557 0,554 0,558 0,003

Tabela 2 – Valores calculados da média do tempo para o deslocamento do carrinho

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Velocidade
Distância Intervalo de tempo instantânea
percorrida (mm) (Com incerteza) (Com incerteza)
250 0,321 1,557±0,007
300 0,356 1,685±0,001
350 0,398 1,758±0,002
400 0,443 1,805±0,002
450 0,487 1,848±0,006
500 0,528 1,893±0,005
550 0,558 1,971±0,003

Tabela 3: Velocidade Instantânea no final do percurso.

Como esperado, a velocidade aumentou proporcionalmente ao percurso do carrinho, mas estes não são
os valores adequados para as velocidades, visto que a velocidade inicial foi considerada igual a zero,
v0= 0, o que acarreta em erros pela dependência existente entre eles, que pode ser vista pela Eq. 4.
Este fato também acarreta erros na determinação da aceleração do carro, visto que pela Eq. 5 este
também é dependente de v0. Fazendo uso do diagrama de corpo livre da Figura 1 verifica-se a relação
entre a aceleração da gravidade e a aceleração do carrinho em plano inclinado.

Verifica-se no tópico 3, então que a aceleração da gravidade calculada se aproximado valor real g=
9,80665 m/s² segundo Young e Freedman/ Física / - 12 Ed – 2008.

4. Cálculos

A partir das Eq. 3 e 4 apresentadas, determinou-se a velocidade instantânea do finaldo percurso,


supondo desconhecida a aceleração da gravidade g, e assim a aceleração do carrinho a. Para tal, usou-
se álgebra para encontrar a aceleração do carrinho em função do tempo t e da distância x.

Substituindo na Eq.3:

(06)

7
Esta equação é então usada para o cálculo das velocidades instantâneas, como
apresentado no exemplo adiante.

a. Para x = 250 ± 0,5mm, t = 0,321 ± 0,0005

2× 250
v= =1,557 mm/ s
0,321
Δ v =11,557 × (0,5 0,0005

250 0,321 )
=0,0007
v=1,557 ± 0,0007 mm/ s

Fazendo uso do diagrama de corpo livre da Figura 1 verifica-se a relação entre a aceleração da gravidade
e a aceleração do carrinho num plano inclinado.

(07)

A partir do valor da inclinação 1,8 + 0,1 que é igual a aceleração do carrinho, obtém-se a
aceleração da gravidade.

Onde:

Verifica-se então que a aceleração da gravidade calculada se aproxima do valor real.

5. Análise de Dados

8
Quando o plano estava inclinado, o tempo de descida do carrinho foi menor, o que confirma a
existência do movimento uniformemente variado e da presença da aceleração. Pode-se calcular o
valor da gravidade através da aceleração obtida pelos dados. O valor obtido, experimentalmente, para
a aceleração da gravidade foi muito próximo do real valor, portanto, o experimento foi satisfatório,
uma vez que demonstrou o que era esperado.Possíveis erros podem ter alterado ou influenciado no
resultado esperado, como por exemplo,o tempo de reação ao apertar o botão que dava a partida, o imã
que poderia estar mal posicionado no carrinho (gerando saltos na partida) ou a própria incerteza do
cronômetro.

6. Conclusão

Essa prática teve como objetivo estudar a cinemática de dois movimentos que a englobam: o
movimento retilíneo uniformemente acelerado e o movimento retilíneo uniforme. Ao utilizar o
carrinho em diferentes distâncias e utilizando o tempo medido pelos sensores quando o plano estava a
0 grau, pode-se concluir que os resultados confirmam a teoria da cinemática, já que quanto maior a
distância percorrida pelo carrinho, maior foi o tempo necessário para que ele chegasse à posição final.
Quando o plano estava inclinado, o tempo de descida do carrinho foi menor, o que confirma a
existência do movimento uniformemente variado e da presença aceleração. Pode-se calcular o valor
da gravidade através da aceleração obtida pelos dados. O valor obtido, experimentalmente, para a
aceleração da gravidade foi muito próximo do real valor, portanto, o experimento foi satisfatório.
Desta maneira, pudemos observar experimentalmente as teorias aprendidas ao longo do curso
estudado.

7. Responsabilidades
Neste experimento, Beatriz estava anotando os valores e cronometrando o tempo, enquanto
Samara e Andressa mexiam na bancada e acionavam o botão de disparo.

8. Bibliografia

TIPLER, P. A.; MOSCA, G.Física para Cientistas e Engenheiros. v. 1. 5. ed. Rio de Janeiro, RJ:
Livros Técnicos e Científicos, 2006. 840 p

Física 1/ Young e Freedman –12. Ed –São Paulo: Addison Wesley, 2008.

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HALLIDAY/RESNICK, Fundamentos de física, Volume 1, 8ª edição, Rio de Janeiro, RJ:Livros
Técnicos e Científicos, 2007.

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