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Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Departamento Acadêmico de Física


Licenciatura em Física
Mecânica Clássica Experimental
Prof. Jose Luis Fabris

LEONARDO BAJERSKI

RELATÓRIO MECÂNICA EXPERIMENTAL

EXPERIMENTO 4: Queda Livre

CURITIBA
2019
ÍNDICE

1.1 – Objetivo .................................................................................. 1


1.2 – Introdução ........................................................................... 1-2
1.3 – Material Utilizado .................................................................... 2
1.4 – Procedimentos Experimental ............................................... 2-3
1.5 – Analise de dados ................................................................. 4-8
1.5.1 – No Desenvolvimento – Cálculos .................................... 4-8
1.5.2 – No Desenvolvimento – Gráficos ........................................ 7
1.6 – Conclusão .............................................................................. 9
1.7 – Bibliografia ..............................................................................10
1.1) Objetivo

Determinação gráfica da aceleração da gravidade

1.2) Introdução
Se você arremessasse um objeto para cima ou para baixo e pudesse de
alguma forma eliminar o efeito do ar sobre o movimento, observaria que o objeto
sofre uma aceleração constante para baixo, conhecida como aceleração em
queda em livre, cujo módulo é representado pela g. O valor dessa aceleração
não depende das características do objeto como massa, densidade e forma, ela
é a mesma para todos os objetos.
O valor de g varia ligeiramente com a latitude e com a altitude. No nível
do mar e em latitudes médias o valor é 9,8m/s². Na física, a queda livre é
estudada como uma particularização de um movimento uniforme variado,
também expresso nessa área como MRUV. Esse movimento foi estudado pela
primeira fez pelo grande filósofo grego Aristóteles, que viveu em uma época de
aproximadamente 300 a.C. Seus estudos continham sua afirmação de que se
duas pedras caíssem de uma mesma altura, aquela que fosse a mais pesada
chegaria ao chão primeiro. Isso foi aceito por muito tempo, mas sem que
seguidores e até mesmo o próprio filósofo verificassem a afirmação.
Posteriormente, no século XVII, o físico e astrônomo Galileu Galilei,
italiano, usou um método experimental para, enfim, determinar que o que
Aristóteles afirmava não se aplicava na prática. Galileu foi considerado o pai da
experimentação, e acreditava que somente depois de experimentos e
comprovação, uma afirmativa poderia ser confirmada. Seu feito, em repetição ao
de Aristóteles, foi lançou duas esferas de peso igual de cima da Torre de Pisa,
notando que chegavam ao solo ao mesmo tempo.
Ele pode perceber que existia a ação de uma força que, ao movimento de
o corpo estar caindo, retardava a movimentação dele. Com isso, ele lançou à
sociedade uma hipótese: o ar tem influência na queda dos corpos. Se dois
corpos forem largados a uma mesma altura em um ambiente de vácuo ou ainda
com resistência desprezível, pode-se notar que o tempo de queda será o mesmo,
mesmo que eles tenham pesos diferenciados.
O movimento, acelerado, sofre a ação da gravidade representada por g
que é variável em cada ponto da superfície terrestre. No estudo da física, no
entanto, somos instruídos a aceitar um valor constante – desprezando a
resistência do ar: 9,8 m/s².
Para calcular o movimento de queda livre, precisamos de, basicamente,
duas equações:
𝑔
𝑑 = ∗ 𝑡2 e 𝑣 = 𝑔 ∗ 𝑡
2

1.3) Material Utilizado

⎯ Uma esfera de massa m


⎯ Um eletroímã preso a um suporte que contém uma trena
Resolução: 0,001m
⎯ Um cronometro
Marca: Azeheb
Resolução: 0,001s

1.4) Procedimento Experimental

1) Foi ligado o eletroímã e posicionado a esfera


2) Foi posicionado o primeiro sensor o mais próximo possível da esfera

3) Foi medido o valor da posição inicial da esfera


4) Foi posicionado o segundo sensor a uma determinada distância do
sensor um
5) Utilizando da chave liga/desliga e do cronometro foram medidas 5 vezes
o tempo para a espera percorrer essa distância entre os sensores.
6) Foram alteradas essas distancias entre os sensores 5 vezes e para cada
caso foram feitas 5 medições de tempo
1.5) Análise de dados

Como nosso objetivo é encontrar o valor da gravidade através da queda


livre foi utilizado da formula da equação horaria do espaço
𝑎𝑡 2
𝑆 = 𝑆0 + 𝑉0 ∗ 𝑡 +
2
Sendo assim o primeiro sensor foi posicionado o mais próximo possível
da esfera para que assim o valor da velocidade inicial seja 0. Logo:

𝑔 2
𝑑= ∗𝑡
2
Onde:
t: é o tempo de queda
g: é a aceleração da gravidade
d: é a distância percorrida pelo corpo em queda

O segundo sensor foi posicionado em 5 posições diferentes e para cada


caso foram feitas 5 medições de tempo de queda para esfera percorrer essa
distancia entre os sensores. Contudo cada sensor possui uma certa espessura,
logo deve ser levado em consideração um erro estático e um erro sistemático.
Sendo assim foram utilizadas das seguintes formulas para calcular a incerteza
padrão nas medições das distancias.

𝐿𝑒
𝜎𝑒 = e 𝐿𝑒 = (𝑌𝑓 − 𝑌𝑖 )
3

𝐿𝑟
𝜎𝑟 = 𝐿𝑟 = 𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑙𝑖𝑏𝑟𝑎çã𝑜
2√3

E a incerteza padrão é obtida atrás da seguinte formula

𝜎𝑝 = √𝜎𝑒2 + 𝜎𝑟2

E como foi considerado que 𝑌0 = (0,023 ± 0,0031)𝑚 todos os valores


finais de Y foram subtraídos pelo 𝑌0 para que assim não haja erro nas distancias
percorridas. Sendo assim os valores obtidos para as distancias e as suas
devidas incertezas são:
Distancias
(m) Distancia 1 Distancia 2 Distancia 3 Distancia 4 Distancia 5

0,210 0,3262 0,4432 0,608 0,884


𝜎𝑒 3 ∗ 10−3 3,1 ∗ 10−3 3,1 ∗ 10−3 3 ∗ 10−3 4 ∗ 10−3
𝜎𝑟 2,88 ∗ 10−4
𝜎𝑃 3 ∗ 10−3 3 ∗ 10−3 3,1 ∗ 10−3 3 ∗ 10−3 4 ∗ 10−3
Tabela 1: Referente as medidas das distancias finais sem a subtração da
distancia inicial

Sendo assim é necessário subtrair a distância inicial ((0,023 ± 0,0031))e


calcular novamente a incerteza padrão através da seguinte formula

𝜎𝑝 = √𝜎𝑥2 + 𝜎𝑦2

Distancias
Distancia 1 Distancia 2 Distancia 3 Distancia 4 Distancia 5
subtraídas(m)

Medidas: 0,187 0,3032 0,4202 0,585 0,861

4,31 ∗ 10−3 4,31 ∗ 10−3 4,38 ∗ 10−3 4,31 ∗ 10−3 5,06 ∗ 10−3
𝜎𝑃

Tabela 2: Referente as medidas das distancias subtraídas pela distancia

inicial.

Portanto para cada uma das cinco distancias há uma medição de tempo
de queda. Logo para se calcular a média dos tempos e o desvio padrão foi
utilizado o SciDavis para se calcular, mas para 𝜎𝑟 foi utilizado da seguinte
𝐿
formula 𝜎𝑟 = , sendo L a resolução do aparelho, e para se obter o
2 √3

𝜎𝑝, foi utilizado da formula


𝜎
𝜎𝑝 = √(𝜎𝑚)² + (𝜎𝑝 )², sendo 𝜎𝑚 = . Assim foram obtidos os seguintes
√𝑁

resultados.
Tempo
t1 t2 t3 t4 t5
Queda (s)
0,165 0,220 0,262 0,316 0,387
0,166 0,219 0,263 0,316 0,388
0,166 0,219 0,262 0,315 0,387
0,165 0,218 0,263 0,316 0,387
0,166 0,218 0,264 0,315 0,387
Média 0,1656 0,2188 0,2628 033154 0,3872

𝝈 5,47 ∗ 10−4 8,36 ∗ 10−4 8,36 ∗ 10−4 5,47 ∗ 10−4 4,47 ∗ 10−4

𝝈𝒎 2,44 ∗ 10−4 3,74 ∗ 10−4 3,74 ∗ 10−4 2,44 ∗ 10−4 2 ∗ 10−4

𝝈𝒓 2,88 ∗ 10−4

𝝈𝒑 3,78 ∗ 10−4 4,72 ∗ 10−4 4,72 ∗ 10−4 3,78 ∗ 10−4 3,5 ∗ 10−4

Tabela 3: Referente as medidas do tempo de quedas e suas incertezas.


Sendo assim, possuímos o valor da distancia percorrida e o valor do
tempo de queda do corpo de massa. Logo para encontrar o valor da aceleração
da gravidade é utilizado da seguinte formula:
𝑔
𝑑 = ∗ 𝑡2
2

Aonde temos uma equação que já está linearizada e que se compararmos


𝑔
com a equação da reta 𝑌 = 𝑚𝑋 + 𝑛, temos que é o coeficiente angular da
2
reta, Y é a distância, X é t² e n é 0.
Portanto para montar o gráfico no eixo Y temos a distancia e no eixo X
temos t², para isso é necessário elevar ao quadrado todos os valores do tempo
e propagar a incerteza utilizando da seguinte formula,

𝑑𝑦 2
𝑌 = 𝒕𝟐 , 𝑈(𝑦) = √( ) ∗ (𝛔𝐩)²que resulta em 𝑈(𝑇) = 2𝑡 ∗ σp
𝑑𝒕
Assim obtemos os seguintes valores:
Tempo de
queda ao t1 t2 t3 t4 t5
quadrado(s)
Média² 0,02742 0,04787 0,06906 0,09947 0,14992

𝝈𝒑 1,25 ∗ 10−4 2,06 ∗ 10−4 2,48 ∗ 10−4 2,38 ∗ 10−4 2,7 ∗ 10−4

Tabela 4: Referente a média do tempo de queda em cada caso ao


quadrado e a transferência de incerteza.

Dessa forma ao analisarmos os dados da distancia percorrida e do tempo


de querda é necessario realizar a transferencia de incerteza do eixo x para o y,
logo foi utilizado da seguinte formula:
√((Incerteza Distancia)2 + (5,48 ∗ Incerteza do tempo)2 )

Portanto ao analisarmos os dados, obtemos o seguinte gráfico:

Grafico 1: Referente a distancia pelo tempo ao quadrado, é possivel


observar que as incertezas são bem pequenas e pouco visiveis no grafico.
Através do grafico obtemos o seguinte coeficiente angular:
𝑎 = (5,49 ± 0,05)𝑚/𝑠²
𝑔
Contudo como temos que o coeficiente angular é igual a , é necessario
2
multiplicar o coeficiente angular por 2, para se obter o valor correto da gravidade.
Sendo assim obtemos que a aceleração da gravidade é:
𝑔 = (10,98)𝑚/𝑠²
Logo é necessario propagar a incerteza para o valor correto da aceleração
da gravidade, utilizado da formula:
𝜎𝑤 = |𝑎|𝜎𝑥
Uma vez que a a grandeza é obtida atravez de uma relação linear,
devemos multiplicar o valor da incerteza por 2, sendo assim obtendo o seguinte
resultado para a incerteza.
𝑔 = (10,98 ± 0,10)𝑚/𝑠²
1.6) Conclusão

É possível constatar que o valor da aceleração da gravidade encontrado


através da análise gráfica, 𝑔 = (10,98 ± 0,05)𝑚/𝑠², está errado. Logo é possível
concluir que esse valor só foi encontrado por motivos de erro humano durante
as medições da distancia percorrida pela esfera e por provavelmente por
posicionar de forma errada o primeiro sensor em relação a esfera. Uma vez que
os valores medidos do tempo de queda são valores medidos por sensores,
sendo assim havendo um erro muito pequeno durante as medições.
1.7) Referências Bibliográficas

MULLER, Marcia; FABRIS, José Luíz; Curso introdutório de Fundamentos da


Fisica Experimental :Um guia para atividades de laboratório. 2017, Curitiba.
Disponível em:
https://lablaser.tk/graduacao/fisica_exp/mat_complement/apostilatotalaluno201
7.pdf.

HALLIDAY, RESNICK, WALKER. Fundamentos de Física. Vol. 1. 8 ed. Editora LTC,


2009

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