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SUMÁRIO

1 A BIOMECÂNICA ....................................................................................... 3

2 A DIFERENÇA DE ATUAÇÃO ENTRE BIOMECÂNICA E CINESIOLOGIA


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3 CONCEITO DE BIOMECÂNICA E LEIS, INÉRCIA, AÇÃO E REAÇÃO. .... 7

4 A INÉRCIA .................................................................................................. 9

4.1 Conceito de ação e reação................................................................. 10

4.2 Aplicações da 3º Lei de Newton ......................................................... 11

5 TERCEIRA LEI DE NEWTON (AÇÃO E REAÇÃO) .................................. 12

5.1 Aplicações da 3º Lei de Newton ......................................................... 12

6 CINEMETRIA ............................................................................................ 13

7 DINAMOMETRIA ...................................................................................... 14

8 ELETROMIOGRAFIA................................................................................ 15

9 ANTROPOMETRIA ................................................................................... 16

10 O QUE É AVALIAÇÃO POSTURAL ...................................................... 18

11 POSTURA ............................................................................................. 19

12 O QUE É UMA AVALIAÇÃO POSTURAL ............................................. 21

13 A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO POSTURAL ................................... 25

13.1 Avaliação postural ........................................................................... 30

13.2 Coluna Vertebral ............................................................................. 31

14 AVALIAÇÃO POSTURAL EM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL34

15 AVALIAÇÃO POSTURAL EM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO .............. 38

16 AVALIAÇÃO POSTURAL EM ADULTOS .............................................. 41

17 AVALIAÇÃO POSTURAL EM IDOSOS ................................................. 42

18 TABELA ................................................................................................. 46

19 HÁBITOS POSTURAIS ......................................................................... 51

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20 PROBLEMAS POSTURAIS COMUNS EM CRIANÇAS ........................ 53

21 AVALIAÇÃO POSTURAL NA BIOMECANICA ...................................... 54

22 ALTERAÇÕES DA POSTURA PADRÃO .............................................. 57

23 CONSEQUÊNCIAS DA INCLINAÇÃO PÉLVICA .................................. 57

24 ALTERAÇÕES DA POSTURA PADRÃO - AÇÕES MUSCULARES ..... 57

25 ENCURTAMENTOS MUSCULARES – THOMAS ................................. 58

26 POSTURA DESLEIXADA ...................................................................... 58

27 CIFOSE TORÁCICA .............................................................................. 59

28 VISUALIZANDO A CIFOSE ................................................................... 59

29 ESCOLIOSE .......................................................................................... 59

30 ENTENDENDO A ESCOLIOSE............................................................. 60

31 COLUNA ................................................................................................ 61

32 ABDOME ............................................................................................... 62

33 MÚSCULOS ADICIONAIS QUE ATUAM NO TRONCO ........................ 62

34 FORMAS DE QUANTIFICAÇÃO DA POSTURA ................................... 62

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 64

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1 A BIOMECÂNICA

Fonte: professorromario.blogspot.com.br

Como o nome já entrega, essa ciência investiga o movimento sob aspectos


mecânicos, suas causas e seus efeitos no corpo.
Biomecânica diz respeito ao estudo das forças mecânicas que estão envolvidas
nos movimentos do corpo humano, incluindo a interação entre os indivíduos e seu
meio ambiente físico.
"Nos exercícios de força, você coloca uma carga extra sobre ossos e
articulações.
Nessa situação, é fundamental observar o alinhamento dos segmentos:
Como a cabeça em relação ao tronco ou o quadril em relação aos pés;
Isto para ativar corretamente os grupos musculares envolvidos e evitar a
formação silenciosa de lesões".
Alguns ajustes biomecânicos previnem machucados e dores e aumentam a
eficácia do treino.
Um exemplo: em qualquer exercício feito em pé, o peso do corpo deve estar na
parte anterior (frente) dos pés.
Isso facilita o trabalho dos abdominais e distribui melhor a carga entre as
vértebras da coluna.

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O corpo humano é um dos principais objetos de estudo do homem. À busca por
compreender o seu funcionamento, contrapõe-se sua complexidade, levando
cientistas e estudiosos a aprofundar cada vez mais os seus estudos.
Dentro deste âmbito se encontra a Biomecânica, que é uma disciplina derivada
das ciências naturais que se preocupa com a análise física dos sistemas biológicos,
examinando, entre outros, os efeitos das forças mecânicas sobre o corpo humano em
movimentos quotidianos, de trabalho e de esporte.
No século XX ocorreram grandes avanços tecnológicos que se refletiram nos
métodos experimentais usados em praticamente todas as áreas de atuação científica,
incluindo a Biomecânica, ocasionando um grande avanço nas técnicas de medição,
armazenamento e processamento de dados, fatos estes que contribuíram para o
estudo e melhor compreensão do movimento humano.
A Biomecânica é um dos métodos para estudar a maneira como os seres vivos
(principalmente o homem) se adaptam às leis da mecânica quando realizando
movimentos voluntários.
Para Donskoy & Zatsiorsky (1988) a Biomecânica é a ciência das leis do
movimento mecânico nos sistemas vivos e pode ser também definida como a
aplicação da Mecânica a organismos vivos e tecidos biológicos.
Nigg (1995) define a Biomecânica como sendo a ciência que examina as forças
que atuam externa e internamente numa estrutura biológica e o efeito produzido por
essas forças e Hatze apud Nigg (1995) afirma que ela é a ciência que estuda
estruturas e funções dos sistemas biológicos usando o conhecimento e os métodos
da Mecânica.
A Biomecânica estuda diferentes áreas relacionadas ao movimento do ser
humano e animais, incluindo:
(a) funcionamento de músculos, tendões, ligamentos, cartilagens e ossos,
(b) cargas e sobrecargas de estruturas específicas,
(c) fatores que influenciam a performance.
A Biomecânica do Esporte se dedica ao estudo do corpo humano e do
movimento esportivo em relação a leis e princípios físico-mecânicos, incluindo os
conhecimentos anatômicos e fisiológicos do corpo humano (Amadio, 1996).

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No Brasil, os resultados das pesquisas em Biomecânica têm influenciado
diretamente na medicina, ergonomia, fabricação de equipamentos esportivos e muitos
outros aspectos da vida humana (Nasser, 1995).
Ela também pode auxiliar na produção de conhecimento para aquisição de
competências tecno-motoras, que levam em consideração as características dos
participantes, do contexto e sua organização, possibilitando uma efetiva
aprendizagem (Crum, 1993).

Fonte: slideplayer.com

Para Moro apud Nasser (1995), a Biomecânica tem acompanhado o ensino das
técnicas associando a prevenção musculoesquelética do indivíduo nas ações
cotidianas, evitando assim que certos esforços desnecessários possam danificar suas
estruturas e que sua ação motora seja racionalizada.
O progresso da Biomecânica como disciplina científica que estuda funções dos
seres vivos tornou-se, ao longo dos últimos três séculos, muito amplo e disso
resultaram múltiplas divisões didáticas e delimitação de território de especialidades
científicas, tais como Biomecânica do Movimento Humano, Biomecânica Clínica e de
Reabilitação, Biomecânica de Tecidos e Biomateriais, Biomecânica
Musculoesquelética e Métodos e Técnicas de Pesquisa em Biomecânica.

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2 A DIFERENÇA DE ATUAÇÃO ENTRE BIOMECÂNICA E CINESIOLOGIA

O estudo do movimento humano é uma prática extremamente antiga. Contudo,


só a partir do século XX é que houve um desenvolvimento acerca das abordagens e
formas de análise de cada atividade locomotora. Por conta disso, ainda existe muita
confusão quanto aos limites de atuação da biomecânica e da cinesiologia.
A principal diferença entre as duas disciplinas é a perspectiva. Biomecânica e
cinesiologia dividem um mesmo objeto de estudo, que é o movimento humano, mas
fazem isso a partir de óticas distintas. Portanto, as duas disciplinas acabam sendo
complementares e fundamentais para o entendimento de cada situação do esporte.
Na prescrição de exercícios, por exemplo, pode ser importante saber quando e
quais músculos são usados em cada atividade. Além disso, as mudanças no uso dos
músculos que ocorrem de acordo com a intensidade ou a característica do exercício
são dados que podem comprometer de forma contundente um trabalho de um atleta.
Por conta disso, biomecânica e cinesiologia são duas disciplinas importantes
para o entendimento minucioso de como funcionam as articulações. A partir desse
conhecimento é que os profissionais ligados ao esporte podem formular a
programação de treinamento ou determinar a carga de cada atividade.
“É importante que as duas áreas sejam compreendidas em cada estudo, até
por serem coisas complementares para o entendimento dos movimentos. São duas
disciplinas bem distintas, mas uma afeta a outra de maneira contundente”, analisou
Jefferson Loss, da sociedade brasileira de biomecânica.
A biomecânica é o uso de técnicas da mecânica clássica no entendimento do
sistema biológico. Ela se preocupa com o funcionamento e a geração de força num
exercício e faz comparações entre ambientes, por exemplo. É essa disciplina que se
encarrega de apontar a resistência em cada atividade e o efeito da força.
A mecânica é usada por engenheiros para elaborar e construir qualquer
estrutura, já que possibilita o estudo das forças envolvidas nesses projetos e ajuda a
previsão sobre os movimentos de máquinas e objetos.
Desenvolvida a partir dos anos 1960, a biomecânica transportou esse
conhecimento os conceitos da mecânica para o “funcionamento” dos seres vivos. A
disciplina avalia o movimento de um organismo e o efeito da força a cada momento,

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em uma abordagem que pode ser qualitativa (descrição do movimento) ou quantitativa
(medida das variáveis envolvidas).
Já a cinesiologia permite duas formas distintas de entendimento. A disciplina é
a responsável por descrever o conteúdo de uma matéria em que o movimento humano
é avaliado pelo exame de sua fonte e de suas características.
Além disso, de uma forma mais global, a cinesiologia é o estudo científico do
movimento humano, e pode ser um termo genérico usado para falar de qualquer
avaliação anatômica, fisiológica, psicológica ou mesmo mecânica do movimento.
“De uma maneira bem simplificada, podemos pegar como exemplo a flexão de
um joelho de um atleta. A cinesiologia vai dizer como foi o movimento do músculo e
quais foram os músculos que trabalharam para isso acontecer. A biomecânica vai
explicar como funcionou a geração de força para o exercício ser possível e comparar
com outras atividades para ver o que se encaixa melhor em cada situação do
treinamento”.

3 CONCEITO DE BIOMECÂNICA E LEIS, INÉRCIA, AÇÃO E REAÇÃO.

Conceitos de Biomecânica

"Cinesiologia é estudo da estrutura e função do sistema esquelético e


humano." (Attwater, 1980; Zernicke, 1981).
A Cinesiologia foi um termo muito utilizado pela área médica na década de 70,
para denominar o estudo do movimento humano que combinava conhecimentos e
princípios da anatomia, histologia, antropologia e mecânica.
(SMITH et al, 1997).
"Biomecânica é uma ciência que investiga o movimento sob aspectos
mecânicos, suas causas e efeitos nos organismos vivos"(Encontro Internacional sobre
Biomecânica do Esporte - Donskoi, 1960; Seminário Internacional sobre Biomecânica,
1969).

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Fonte: oprojetopedal.wordpress.com

"Biomecânica é o estudo do movimento humano" (Winter,1979).


A Biomecânica examina o corpo humano e seus movimentos, fundamentando-
se nas leis, princípios e métodos mecânicos e conhecimentos anatomofisiológicas.

Conceitos de inércia

“Um corpo só pode permanecer em movimento se existir uma força atuando


sobre ele”.
“Se um corpo está em repouso ele irá permanecer neste estado até que uma
força externa seja aplicada neste corpo”.
“Se um corpo está em movimento uniforme este permanecerá em movimento
até que uma força mude isso”.
Muitos anos mais tarde Newton ao formular sua teoria sobre as Leis da
Mecânica, anunciou sua primeira lei, conhecida como a Lei da Inércia, que baseada
nas conclusões de Galileu, dizia:
Por inércia, um corpo em repouso tende a continuarem repouso (Ex: por isso
que quando uma pessoa está em pé dentro de um ônibus e este “dá uma arrancada”
brusca, esta pessoa é jogada para trás, pois tende a permanecer parada).
Por inércia, um corpo que está se movendo tende a continuar em movimento.
Daí se tem a ideia de equilíbrio estático.
Equilíbrio Dinâmico.
Para que tenhamos a ideia correta sobre referencial devemos observar que:
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Referencial não-Inercial pode ser considerado sempre estático, definido como
as estrelas mais distantes da Terra. Pois para qualquer movimento estas estrelas
muito distantes irão sempre permanecer paradas.

4 A INÉRCIA

Uma das propriedades fundamentais dos corpos massivos talvez seja a inércia.
Ela implica na existência da massa, a medida da quantidade de inércia de um corpo.
Bem no início da história da Física, quando ainda não havia sido formulada
nenhuma das leis físicas conhecidas na modernidade, ainda não se tinha uma ideia
de que esta seria uma das chaves da mecânica. Aliás, pensadores importantes, que
deram importantes passos para a Física Clássica, como Aristóteles, por exemplo, não
acreditavam que existisse tal propriedade (GALILEI - 1631).
Aristóteles (384–322 a.C.) acreditava que os corpos celestes estariam em
movimento com velocidade constante devido a uma força atuante sobre eles, uma
espécie de força motriz.
Com o passar dos tempos, algumas dessas ideias foram mudando. Mas desde
aquele período até praticamente o fim do século XVI, em que viveram Galileu
Galilei (1564–1642) e Isaac Newton (1643–1727) havia muita repressão por parte da
igreja contra as modernidades que a ciência apresentava. Deste modo, alguns
cientistas tiveram alguma dificuldade em divulgar suas ideias. Talvez isto possa ter
causado um atraso no desenvolvimento da Física.
Mas depois de muito tempo de poucos avanços significativos, onde havia
perdurado o modelo geocêntrico criado por Claudio Ptolomeu (87–151), surge um
modelo novo criado por Nicolau Copérnico (1473–1543). Este último já apresenta
ideias mais revolucionárias, que seriam consideradas até mesmo após todas as
revoluções da física clássica.
Isaac Newton, depois de muitas análises acerca do movimento dos corpos,
chegou a um conjunto de leis fundamentais da Física, especialmente da dinâmica. As
três leis enunciadas por Newton basicamente tratam da inércia e das forças. Em 1686,
Newton publica o trabalho Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, mais
conhecido como Principia. O primeiro dos três enunciados, os principias, diz:

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“I – Corpus omne perseverare in statu suo quiescendi vel movendi uniformiter
in directum, nisi quatenus illud a viribus impressis cogitur statum suum mutare.
” (FITAS -1996)
Esta é muito conhecida como lei da inércia, que em português assume a
seguinte forma, conforme extraído de Física 1, HALLIDAY (1996):
“Considere um corpo no qual não atue nenhuma força resultante. Se o corpo
estiver em repouso, ele permanecerá em repouso; se o corpo estiver em movimento
com velocidade constante, ele continuará neste estado do movimento. ”
Mas esta lei é válida somente para referenciais inerciais, ou seja, referenciais
para os referenciais que medem uma mesma aceleração para um dado corpo. Assim,
esta lei pode ser expressa da seguinte forma:
“Se a força resultante que atua sobre um corpo for nula, então é possível
encontrar um conjunto de referenciais nos quais este corpo não tem aceleração. ”
Ou seja, se um referencial não é acelerado, consequentemente, não será
observada nenhuma variação na aceleração de um corpo que não possa ser
constatada em outro referencial não acelerado.
Tais conclusões podem ser feitas se analisando o caso de um objeto
executando um movimento circular uniforme, por exemplo. Se forem feitas
comparações quanto ao estado de repouso e de movimento, especialmente se
envolvendo as forças atuantes, nota-se uma diferença entre a configuração observada
por um observador neste respectivo referencial e um observador no referencial em
repouso.
Esta talvez seja uma das mais sutis, que acabou por desestruturar conceitos
antigos. No caso em questão, achava-se necessária a aplicação de uma força para
manter um objeto em movimento, para qualquer situação. O que não é verdade, visto
que, se fosse possível eliminar totalmente o atrito, um corpo em movimento iria se
manter neste estado por um tempo infinito, na ausência de forças externas.

4.1 Conceito de ação e reação

Com a sua terceira lei, Newton postula um dos pilares da mecânica clássica.
Para toda interação, na forma de força, que um corpo A aplica sobre um corpo
B, dele A irá receber uma força de mesma direção, intensidade e sentido oposto.

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Assim:
|FA-B| = |FB-A|

Em casos de troca de forças é indiferente saber qual corpo realizou a ação e


qual realizou a reação, pois as forças sempre estarão aos pares, quando existe uma
ação sendo realizado sempre haverá uma reação. Que é o equivalente a dizer que
não existe uma ação sem reação.
Exemplos quando uma bola bate na parede a parede bate na bola com a
mesma intensidade, direção e em sentido oposto.

Fonte: podoslife.com.br

É usual utilizamos a notação F e – F quando representamos um par de forças


ação-reação. O sinal negativo representa que o sentido da força é o oposto de F.
A natureza da força de reação é sempre a mesma da de ação, por exemplo
ambas de contato, ou ambas elétricas, etc.

4.2 Aplicações da 3º Lei de Newton

Toda força que um corpo recebe é consequência da força que ele aplicou:
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Quando uma pessoa caminha sobre uma superfície, ela é direcionada para
frente graças à força que ela aplicou sobre o chão.
Um foguete para entrar em órbita aplica uma constante ação de forças, sobre
o ar atmosférico, e em reação à esta força o foguete é impulsionado para cima. Note
que quando já em órbita o foguete só necessita de propulsão para alterar sua rota,
pois como prevê a 1º Lei de Newton o corpo irá permanecer em movimento, para
mudar sua rota no espaço o foguete aplica uma força para o lado oposto que
necessita ir, e pela 3º Lei de Newton é direcionado para o outro lado.

5 TERCEIRA LEI DE NEWTON (AÇÃO E REAÇÃO)

Como as duas primeiras Leis de Newton (lei da inércia e princípio fundamental


da mecânica) descrevem como é o comportamento de uma força, a terceira lei irá
analisar o sistema de troca de forças entre os corpos.
Assim:
|FA-B| = |FB-A|

Em casos de troca de forças é indiferente saber qual corpo realizou a ação e


qual realizou a reação, pois as forças sempre estarão aos pares, quando existe uma
ação sendo realizado sempre haverá uma reação. Que é o equivalente a dizer que
não existe uma ação sem reação.
Exemplos quando uma bola bate na parede a parede bate na bola com a
mesma intensidade, direção e em sentido oposto.
É usual utilizamos a notação F e – F quando representamos um par de forças
ação-reação. O sinal negativo representa que o sentido da força é o oposto de F.
A natureza da força de reação é sempre a mesma da de ação, por exemplo
ambas de contato, ou ambas elétricas, etc.

5.1 Aplicações da 3º Lei de Newton

Toda força que um corpo recebe é consequência da força que ele aplicou:
Quando uma pessoa caminha sobre uma superfície, ela é direcionada para
frente graças à força que ela aplicou sobre o chão.

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Um foguete para entrar em órbita aplica uma constante ação de forças, sobre
o ar atmosférico, e em reação à esta força o foguete é impulsionado para cima. Note
que quando já em órbita o foguete só necessita de propulsão para alterar sua rota,
pois como prevê a 1º Lei de Newton o corpo irá permanecer em movimento, para
mudar sua rota no espaço o foguete aplica uma força para o lado oposto que necessita
ir, e pela 3º Lei de Newton é direcionado para o outro lado.

6 CINEMETRIA

A cinemetria consiste na análise de parâmetros cinemáticos, tendo por base a


recolha de imagens do movimento em estudo e a sua posterior análise.
Este método permite, fundamentalmente, a caracterização cinemática das
técnicas em estudo. Por exemplo, a análise da distância, do tempo, da velocidade e,
da aceleração obtida por um dado segmento corporal ou pelo centro de massa do
sujeito ao realizar um determinado gesto.
Existem diversos processos de análise cinemática, como a cinematografia, a
cronociclografia, cineradiografia e, a estroboscopia.
Todavia, hoje em dia, o processo mais frequente na análise cinemática é
videografia. Existem dois tipos distintos de análises cinemáticas: as análises
bidimensionais e as tridimensionais.
Os procedimentos metodológicos incluem, num primeiro momento, a filmagem
de um objeto de calibração e do movimento em estudo, por câmaras colocadas num
só plano (estudos bidimensionais) ou em diversos planos (estudo tridimensional).
Numa segunda fase, é utilizado um sistema vídeo-analógico de medição do
movimento, ou seja, um programa informático, através do qual se captará os dados
por meio de um procedimento manual ou automático de digitalização dos pontos de
referência anatómica do indivíduo, em cada fotograma. Este procedimento tem como
objetivo a criação de imagens animadas de modelos espaciais, isto é, de um modelo
que represente o sujeito através de segmentos rígidos e articulados, correspondentes
aos diversos segmentos anatómicos a realizar a tarefa em estudo.
Antes, realizar-se-á o cálculo do fator escala, a partir de um objeto de calibração
do tipo bidimensional ou tridimensional, de acordo com o tipo de estudo a realizar, o

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qual permitirá a conversão das coordenadas do sistema informático em coordenadas
reais.
Após a digitalização das imagens, os dados serão tratados, isto é, através de
determinadas técnicas de filtragem, as informações obtidas serão corrigidas,
aumentando a fiabilidade dos resultados.
Finalmente, serão recolhidos os dados de interesse para o estudo sob a forma
numérica, gráfica ou, pictórica.

7 DINAMOMETRIA

A dinamometria refere-se a todo o tipo de processos que tem em vista a


medição de forças, bem como, a medição da distribuição de pressões (Adrian e
Cooper, 1995; Amadio, 1996).

Fonte: concubras.com

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Uma das técnicas fundamenta-se na utilização de plataformas de força. São
dispositivos que registam a força de reação do solo, nas suas diversas componentes
(vertical, lateral e, anteroposterior) em relação à plataforma.
Esses valores são enviados para um processador, o qual através de um
aplicativo informático, regista esses dados, os quais serão tratados e analisados.
Uma outra técnica consiste na utilização de plataformas de pressão. Estes são
dispositivos que fornecem mapas gráficos e digitais das pressões. Os equipamentos
mais frequentes são os sistemas de medição das pressões plantares. Mais não são
que palmilhas que contêm transdutores, os quais medem a pressão nas diversas
regiões da planta do pé.

8 ELETROMIOGRAFIA

Refere-se ao estudo da atividade neuromuscular, através da representação


gráfica da atividade eléctrica do músculo (Pezzarat Correia et al., 1993).

Fonte: www.treinoemfoco.com.br

A Eletromiografia caracteriza-se pela detecção e recolha de uma corrente


eléctrica, com origem nas fibras musculares. Essas correntes eléctricas tem origem

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nas alterações eletroquímicas das fibras musculares ao serem excitadas, ou seja, nos
potenciais de ação.
São atualmente utilizadas duas formas de recolher os sinais eletromiográficos:
através da colocação de eléctrodos sobre a pele (Eletromiografia de superfície) ou no
interior do músculo (Eletromiografia de profundidade).
O sinal depois de recolhido, será processado, ou seja, tratado através de um
conjunto de técnicas para que seja possível medir com fiabilidade os valores obtidos.
Segundo De Luca (1993) e Pezzarat et al. (1993), atualmente, as aplicações
mais comuns da Eletromiografia consiste em:
a) Determinar o tempo de ativação do músculo;
b) Medir o nível de excitação, enquanto indicador da força produzida;
c) Utilizar o sinal eletromiográficos enquanto indicador de fadiga.

9 ANTROPOMETRIA

A Antropometria tem em vista determinar as características e as propriedades


do aparelho locomotor. Ou seja, consiste na caracterização e determinação das
propriedades da massa corporal.
O estudo do centro de massa de um corpo é um dos elementos fundamentais
na análise dos movimentos. E para tal será necessário determinar previamente a sua
localização. Para tal, será necessário recorrer-se aos conhecimentos oriundos da
Antropometria.
Uma outra área de interesse, para a Biomecânica, é a construção e
aperfeiçoamento de equipamentos e materiais. E, mais uma vez, os conhecimentos
oriundos da Antropometria serão determinantes para levar a bom termos essas
investigações.
Segundo Zatsiorskij et al. (1982, in Amadio, 1996), a Antropometria, no âmbito
biomecânico dedica-se, fundamentalmente ao estudo de:
a) A geometria da massa corporal;
b) O centro de massa do corpo;
c) O momento de inércia de cada segmento corporal;
d) O centro de massa de cada segmento;
e) As dimensões e as proporções corporais.

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Fonte: prezi.com

Esta área auxilia na descrição e análise do movimento, apoiando-se na


construção de modelos antropométricos do corpo humano, tendo por base leis
matemáticas e físicas, procurando a optimização do rendimento (Amadio, 1989).
Os métodos de investigação para a determinação das características e
propriedades da massa corporal humana, pode dividir-se nas seguintes categorias
(Zatsiorsky et al., 1984 in Amadio, 1996):
a) Investigação em cadáveres;
b) Investigação in vivo;
c) Investigação analítica indireta.

As investigações com cadáveres consistem na determinação das


características e propriedades da massa corporal, após o desmembramento dos
segmentos do corpo. Um dos estudos, deste tipo, mais citado é o de Dempster (1955),
o qual utilizou cadáveres de sujeitos entre os 52 e os 83 anos com pesos que variaram
entre os 49 e os 72 Kg.
As investigações antropométricas in vivo, consistem na caracterização e
determinação das propriedades da massa em corpos vivos através de diversos
métodos, como por exemplo, a pesagem hidrostática, a fotogrametria ou, o pêndulo
físico.

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Finalmente, as investigações analíticas indiretas têm por base procedimentos
analíticos para o cálculo das características e propriedades inerciais da massa
corporal. Estes modelos são construídos com base em corpos rígidos e articulados.
Esses modelos caracterizam-se por serem:
Sólidos de densidade uniforme;
Com formas geométricas simples;
Com os eixos articulares fixos substituídos por móveis, para que simulassem
posições e movimentos humanos.

10 O QUE É AVALIAÇÃO POSTURAL

Fonte: www.podotech.com.br

A postura do ser humano pode ser definida como a posição que nosso corpo
adota no espaço, bem como a relação direta de suas partes com a linha do centro de
gravidade. Segundo Magee (2002), “postura é um composto das posições das
diferentes articulações do corpo num dado momento”. Para que possamos estar em
boa postura, é necessária uma harmonia/equilíbrio do sistema
neuromusculoesquelético.
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Já Palmer & Apler (2000) definem a postura correta como o “alinhamento do
corpo com eficiências fisiológicas e biomecânicas máximas, o que minimiza os
estresses e as sobrecargas sofridas ao sistema de apoio pelos efeitos da gravidade”.
Cada indivíduo apresenta características individuais de postura que podem vir
a ser influenciada por vários fatores: anomalias congênitas e/ou adquiridas, má
postura, obesidade, alimentação inadequada, atividades físicas sem orientação e/ou
inadequadas, distúrbios respiratórios, desequilíbrios musculares, frouxidão ligamentar
e doenças psicossomáticas.
A análise da postura envolve a identificação e a localização dos segmentos
corpóreos relativos à linha de gravidade. É importante lembrar que a avaliação
postural deve determinar se um segmento corporal ou articulação desvia-se de um
alinhamento postural ideal. Portanto, podemos entender que na avaliação postural o
paciente deve sentir-se à vontade e evitar rigidez e posições não-naturais. Há a
necessidade de ser visualizado o equilíbrio global do corpo. O fio de prumo situa-se
no ponto Anteroposterior anterior ao maléolo lateral e, para os desvios laterais, entre
os calcanhares.
Agora, quando falamos da Postura Padrão, nos referimos a uma postura “ideal”
ao invés de uma postura média. O alinhamento esquelético ideal utilizado como
padrão consiste nos princípios científicos válidos, envolvendo uma quantidade mínima
de esforço e sobrecarga, e conduz à do corpo.
Podemos concluir que o objetivo principal da avaliação postural é identificar os
desequilíbrios mais evidentes a fim de evitar prescrição de exercícios que possam vir
a acentuar esses desequilíbrios. A boa postura é aquela que melhor ajusta nosso
sistema musculoesquelético, equilibrando e distribuindo todo o esforço de nossas
atividades diárias, favorecendo a menor sobrecarga em cada uma de suas partes.
Diversos profissionais da área corporal têm utilizado a avaliação postural como
forma de aumentar o número de serviços prestados a seus clientes.

11 POSTURA

A postura é a capacidade de manter e movimentar as partes corporais de


maneira coordenada e confortável, sem perder a funcionalidade dos gestos, sem
sobrecarregar o sistema ósteo-articular e sem gerar tensões desnecessárias. Esses

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aspectos são peculiares a cada indivíduo. Não há como estabelecer um padrão
postural (VIEIRA e SOUZA, 1999).

Fonte: blogpilates.com.br

Ou seja, postura é a atitude que o corpo adota em relação ao espaço para


manter-se em equilíbrio com um todo.
A postura do ser humano pode ser definida como a posição que nosso corpo
adota no espaço, bem como a relação direta de suas partes com a linha do centro de
gravidade.
Segundo Magee (2002), “postura é um composto das posições das diferentes
articulações do corpo num dado momento”. Para que possamos estar em boa postura,
é necessária uma harmonia/equilíbrio do sistema neuromusculoesquelético.
Já Palmer & Apler (2000) definem a postura correta como o “alinhamento do
corpo com eficiências fisiológicas e biomecânicas máximas, o que minimiza os
estresses e as sobrecargas sofridas ao sistema de apoio pelos efeitos da
gravidade”. Cada indivíduo apresenta características individuais de postura que
podem vir a ser influenciada por vários fatores:
 Anomalias congênitas e/ou adquiridas,
 Má postura,
 Obesidade,
 Alimentação inadequada,
 Atividades físicas sem orientação e/ou inadequadas,
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 Distúrbios respiratórios,
 Desequilíbrios musculares,
 Frouxidão ligamentar e
 Doenças psicossomáticas.

A postura também pode ter relação com os seguintes aspectos:


Socioculturais:
Cada cultura pode adotar diversos hábitos posturais, tais como formas de
dormir, lugares onde dormir, formas de caminhar, dançar, sentar.
Psicológicos:
Percepção pessoal em relação ao mundo. Como a pessoa se sente e se porta
em relação aos outros e perante certas situações. Estas atitudes geralmente estão
associadas à personalidade de cada um.
Biológicos:
São as características biológicas de cada ser humano. Aspectos anatômicos
(largura, comprimento e forma dos ossos), fisiológicos (níveis de flexibilidade, força,
resistência, etc.), genéticos (diferentes etnias) e biomecânicos (funcionalidade do
movimento).

12 O QUE É UMA AVALIAÇÃO POSTURAL

A avaliação postural consiste em determinar e registrar se possível através de


fotos, os desvios ou atitudes posturais dos indivíduos, onde o mesmo é inspecionado
globalmente, numa visão anterior, posterior e lateral, a fim de observar se existe
alguma alteração anatômica, a qual resultará em má postura.
Esta avaliação geralmente é feita com trajes de banho (biquíni e sunga), ou
com menos roupa possível (top e short), preferencialmente no primeiro dia, na
avaliação física, juntamente com um questionário de ANAMNESE.

Por que avaliar a postura do indivíduo

Porque ao fazer uma avaliação, o profissional obterá conhecimento de todas


as características do indivíduo nas quais deverão ser levadas em consideração, ao

21
estipular um tipo específico de exercício, seja qual for.
A partir daí, trabalha-se especificamente nos objetivos a serem seguidos, dependendo
das características estruturais de cada indivíduo, sem prejudicar sua funcionalidade e
podendo inclusive realizar correções.

Como é feita uma avaliação postural

Com o indivíduo vestindo roupas apropriadas e em pé, primeiramente é feito a


marcação/verificação dos pontos anatômicos.

Vista Lateral:
1. Tornozelo – Articulação calcâneo cuboidea.
2. Joelho – Epicôndilo lateral do fêmur.
3. Coxo femoral – Trocânter maior.
4. Ombro – Acrômio.
5. Cabeça – Meato auditivo externo.

Vista Anterior:
1. Calcanhares – Linha equidistante.
2. Joelhos – Linha equidistante aos côndilos mediais.
3. EIAS – Espinhas Ilíacas Antero Superiores.
4. Cicatriz umbilical.
5. Externo.
6. Nariz.

Vista Posterior:
1. Calcanhares – Linha equidistante.
2. Joelhos – Linha equidistante aos côndilos mediais.
3. Linha Interglútea.
4. EIPS – Espinhas Ilíacas Póstero Superiores.
5. L5 ou L4 – Processo espinhoso.
6. T12 – Processo espinhoso.
7. T8 ou T7 – Processo espinhoso.

22
8. C7 – Processo espinhoso.

Após verificar os pontos anatômicos, a avaliação é feita sempre partindo de um


ponto específico em relação ao fio de prumo.

Segmento Lateral:

O ponto utilizado como referência para alinhar ao fio de prumo será a


articulação calcâneo cuboidea. Após submeter o indivíduo corretamente ao fio de
prumo, verificar:
1. Geral – À frente, atrás ou sobre o fio de prumo.
2. Tornozelo – Dorso flexão, flexão plantar ou neutro.
3. Joelho – Hiperestendido, flexionado ou neutro.
4. Coxo femoral – Anteversão, retroversão, neutra.
5. Coxo femoral – Antepulsão, retropulsão e neutra.
6. Coluna lombar – Hiperlordose, retificação ou neutra.
7. Coluna dorsal – Hipercifose, retificação ou neutra.
8. Coluna cervical – Hiperlordose, retificação e neutra.
9. Ombro – Rotação medial, lateral e neutro.
10. Ombro – Protração, retração e neutro.
11. Cabeça – Projeção anterior, posterior e neutra.

Segmento Posterior:

O ponto referência utilizado em relação ao fio de prumo será a linha


equidistante entre os calcanhares. Após submeter o indivíduo corretamente ao fio de
prumo, verificar:
1. Geral – À direita, à esquerda e sobre o fio de prumo.
2. Calcanhares – Pronado, supinado ou neutro.
3. Joelhos – Varo, valgo ou neutro.
4. Quadril – Alinhamento horizontal das EIPS.
5. Coluna – Desvios laterais e gibosidades/saliências paraespinhais.
6. Ombros – Alinhamento horizontal.

23
7. Triângulo de Tales – Assimetrias.

Segmento Anterior:

O ponto referência utilizado em relação ao fio de prumo será a linha


equidistante entre os calcanhares. Após submeter o indivíduo corretamente ao fio de
prumo, verificar:
1. Geral – À direita, à esquerda e sobre o fio de prumo.
2. Antepés – Hálux valgo, dedos em garra ou neutro.
3. Pés – Plano, cavo ou neutro.
4. Calcanhares – Pronado, supinado ou neutro.
5. Joelhos – Varo, valgo ou neutro.
6. Quadril – Alinhamento horizontal das EIAS.
7. Quadril – Rotação medial, lateral ou neutro.
8. Ombros – Alinhamento horizontal.
9. Triângulo de Tales – Assimetrias.

A análise da postura envolve a identificação e a localização dos segmentos


corpóreos relativos à linha de gravidade.
É importante lembrar que a avaliação postural deve determinar se um
segmento corporal ou articulação desvia-se de um alinhamento postural ideal.
Portanto, podemos entender que na avaliação postural o paciente deve sentir-
se à vontade e evitar rigidez e posições não-naturais.
Há a necessidade de ser visualizado o equilíbrio global do corpo.
O fio de prumo situa-se no ponto Anteroposterior anterior ao maléolo lateral e,
para os desvios laterais, entre os calcanhares. Agora, quando falamos da Postura
Padrão, nos referimos a uma postura “ideal” ao invés de uma postura média. O
alinhamento esquelético ideal utilizado como padrão consiste nos princípios científicos
válidos, envolvendo uma quantidade mínima de esforço e sobrecarga.
Podemos concluir que o objetivo principal da avaliação postural é identificar os
desequilíbrios mais evidentes a fim de evitar prescrição de exercícios que possam vir
a acentuar esses desequilíbrios. A avaliação postural deve ser realizada de tempos
em tempos.

24
A boa postura é aquela que melhor ajusta nosso sistema musculoesquelético,
equilibrando e distribuindo todo o esforço de nossas atividades diárias, favorecendo a
menor sobrecarga em cada uma de suas partes.

13 A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO POSTURAL

Fonte: studiopilatesteresina.blogspot.com.br

Nossa postura pode ser definida como a posição que nosso corpo adota no
espaço, bem como a relação direta de suas partes com a linha do centro de gravidade.
Para que possamos estar em boa postura, é necessária uma harmonia/equilíbrio do
sistema neuromusculoesquelético.
Cada indivíduo apresenta características individuais de postura que podem vir
a ser influenciada por vários fatores: anomalias congênitas e/ou adquiridas, má
postura, obesidade, alimentação inadequada, atividades físicas sem orientação e/ou
inadequadas, distúrbios respiratórios, desequilíbrios musculares, frouxidão ligamentar
e doenças psicossomáticas.
A boa postura é aquela que melhor ajusta nosso sistema musculoesquelético,
equilibrando e distribuindo todo o esforço de nossas atividades diárias, favorecendo a
menor sobrecarga em cada uma de suas partes.
25
A avaliação postural se faz importante para que possamos mensurar os
desequilíbrios e adequarmos a melhor postura a cada indivíduo, possibilitando a
reestruturação completa de nossas cadeias musculares e seus posicionamentos no
movimento e/ou na estática. A partir deste procedimento, estaremos com certeza
promovendo a prevenção de muitos males causados inicialmente pela má postura,
fruto de ausência de controle e informação.
Para a avaliação postural podemos utilizar alguns materiais para melhor avaliar
os alunos/clientes submetidos ao programa de atividades reeducativas:
Objetivos: - uso de radiografia (solicitada pelo médico que acompanha o
programa), fotografia.
Subjetivos: - uso do tato e da visão, observando o aluno de costas, perfil direito,
perfil esquerdo, frente e anteroflexão, à frente do simetrógrafo. O aluno deverá estar
em traje de banho, de maneira a favorecer a visão do observador para uma melhor
visualização das alterações posturais.

Devemos observar nosso aluno globalmente como um todo, pois um


desequilíbrio postural jamais se apresenta de forma isolada, portanto, devemos
estabelecer critérios de adaptação morfológica e funcional quanto ao equilíbrio e a
coordenação dos movimentos do corpo. Não importando o plano que estaremos
analisando, devemos estar associando sempre a linha de gravidade.
Os segmentos que não estiverem compatíveis com o eixo perpendicular ao solo
estarão em desequilíbrios.
No plano sagital, devemos considerar o corpo como duas metades simétricas
anterior e posteriormente em relação à linha da gravidade, esta deve passar anterior
ao ouvido externo, face anterior da coluna cervical, anterior a coluna dorsal, cruzar a
coluna vertebral em L1, L2 e L3, porção média do osso sacro, posteriormente a
articulação coxofemoral, posterior ao longo do eixo femural, nível médio da articulação
do joelho, cruze a tíbia em quase toda a extensão, anterior a articulação do tornozelo,
pela articulação de Chopart (calcâneo-cuboide e talonavicular) e finalmente atinja o
solo.
Neste plano, estaremos observando se há acentuação das curvaturas
fisiológicas, joelhos em hiperextensão ou em semiflexão, projeção dos ombros à
frente, projeção da cabeça à frente, proeminência abdominal, se ocorre anteversão

26
ou retroversão da pelve e se o corpo apresenta alguma rotação para a direita ou para
a esquerda pélvica para verificar se há basculamento lateral. Um ombro mais baixo
que o outro e proeminências ósseas na escápula, acusam um desnivelamento
escapular. Pregas glúteas e triângulo de Tales em desigualdade, acusam um
desnivelamento da cintura pélvica. Observar se há inclinação lateral da cabeça,
existência de pregas lombares, se tendão calcâneo estará valgo ou varo, aproximação
medial do joelho ou afastamento lateral dos joelhos.
No plano frontal, se há assimetria torácica, assimetria facial e conferir as
observações feitas posteriormente.
As verificações, citadas acima, são feitas de forma estática, porém, devemos
realizar um exame dinâmico, para observar a marcha e como o corpo se comporta no
momento de sua realização. É muito importante que seu aluno não saiba que você
estará observando-o na marcha, pois isto poderá estar interferindo em uma marcha
mais natural e seu aluno acabar escondendo, mesmo que inconsciente algum
problema que possa estar iniciando.
Todas estas alterações posturais correspondem ao desequilíbrio do sistema
dinâmico e estático, muitas vezes acarretando desconforto, algias e incapacidades
funcionais.
O padrão respiratório deverá ser avaliado no plano sagital, classificando em
apical ou diafragmático durante a respiração normal e verificar se há hipertonicidade
ou hipotonicidade através da palpação muscular.
Atenção especial devemos dar ao ambiente escolar onde encontramos
crianças e adolescentes, desenvolvendo hábitos posturais incorretos e praticando
atividades físicas não compatíveis com o seu desenvolvimento, quando na verdade
deveriam estar num programa de exercícios específicos individualizado. Neste caso,
se faz muito importante a avaliação postural para estarmos detectando os
desequilíbrios posturais e estar encaminhando nossos alunos para as atividades de
maior benefício a cada um sem oferecer riscos. Sem a avaliação podemos estar
acentuando os desequilíbrios na aplicação de atividades sem orientação.

27
Fonte: www.artecorpus.com.br

É com base nesses fatos que vemos a escola como local ideal para atuação do
profissional de Educação Física não só, para jogos, esportes, dança e recreação. Mas
também, atuando na educação postural dos alunos prevenindo e orientando os
desequilíbrios posturais. Afinal, é na escola que encontramos o maior número de
crianças reunidas, e onde podendo aplicar os recursos disponíveis em nossa
formação, informando pais e alunos da importância de melhores posicionamentos da
postura, prevenir desequilíbrios, diagnosticar precocemente, e orientar com eficiência,
a fim de combater o aparecimento e desenvolvimento de alterações posturais.
Como sugestão, na avaliação física dispor de uma ficha de avaliação individual,
fita métrica e simetrógrafo. Esta ficha pode conter um formulário de Anamnese
contendo informações do histórico da criança, e um quadro para anotar as
observações realizadas na visão anterior, posterior e sagital. Pode-se verificar a
critério, a flexibilidade, condição muscular e o equilíbrio.
Estudos realizados em uma escola pública do Estado de São Paulo - em
crianças de 9 a 12 anos, no ano de 1996, pudemos mensurar estes resultados: de 100
crianças avaliadas, 80% apresentaram alterações posturais.
A escoliose foi encontrada em 30% dos resultados (2% escoliose estrutural -
desse resultado, 52% convexa à direita, 22% convexa à esquerda e 26% escoliose
mista), 19% apresentavam hiperlordose associada a escoliose, 22% hipercifose
associada a escoliose.

28
A hiperlordose encontramos em 16%, a hipercifose em 10% e, representando
18% encontramos desequilíbrios na assimetria de ombros, cintura pélvica, joelhos e
pés.
Quando realizamos a avaliação de acordo com o sexo, observamos que os
meninos apresentaram 4% de incidência nos desequilíbrios a mais que as meninas.
Podemos perceber após este relato que, as alterações posturais são
ocorrências significativamente presentes entre as crianças de 9 a 12 anos, daí a
necessidade de estar avaliando. Outro fato importante, é a presença significativa da
escoliose idiopática não estrutural.
Diante destas informações, podemos concluir a necessidade da implantação
de um setor de avaliação e acompanhamento do desenvolvimento motor da criança
dentro das escolas, onde os professores possam desenvolver programas de
orientação e intervenção imediata em atividades físicas corretivas para os
desequilíbrios posturais, avaliações periódicas, orientação para a importância de bons
hábitos posturais nas atividades diárias, possibilitando uma boa biomecânica.
Utilizar-se da ergonomia ao sentar à frente do computador, nas carteiras de
sala de aula, no transporte do material escolar, na realização das tarefas de casa,
enfim, em todas as atividades diárias.
No entanto, após realizada a avaliação postural, se faz necessário que os pais
tomem conhecimento dos resultados e que se necessário, seja orientado a procurar
um ortopedista, para um melhor acompanhamento da criança.
O objetivo principal da avaliação postural na escola é identificar os
desequilíbrios mais evidentes a fim de evitar prescrição de exercícios que possam vir
a acentuar esses desequilíbrios. Acredito que, mais do que executar, nossa função é
orientar.
Em primeiro lugar, para se caracterizar um desvio postural, deve-se ter o
conhecimento do que é postura correta.
A boa postura é aquela que um indivíduo, em posição ostostática exige
pequeno esforço da musculatura e dos ligamentos para se manter nessa posição.
Representa um alinhamento dinâmico dos vários segmentos corporais, nas várias
posições, de tal maneira que, cada segmento ocupe uma posição próxima à sua
posição de "equilíbrio mecânico". Assim, ele encontra o melhor equilíbrio estático.

29
13.1 Avaliação postural

Fonte: slideplayer.com.br

A avaliação postural tem como finalidade prevenir e futuramente corrigir


possíveis alterações posturais existentes. Consiste em determinar e registrar, se
possível através de fotografias, os desvios posturais ou atitudes posturais erradas dos
indivíduos.
Vários são os fatores que podem interferir na postura:
•anomalias congênitas e/ou adquiridas,
•má postura,
•obesidade,
•alimentação inadequada,
•atividades físicas sem orientação e/ou inadequadas,
•distúrbios respiratórios,
•desequilíbrios musculares,
•frouxidão ligamentar e
•doenças psicossomáticas.

A postura também pode ter relação com os seguintes aspectos. As alterações


mais frequentes se encontram relacionadas abaixo:

30
Socioculturais:
Cada cultura pode adotar diversos hábitos posturais, tais como formas de
dormir, lugares onde dormir, formas de caminhar, dançar, sentar.

Psicológicos:
Percepção pessoal em relação ao mundo. Como a pessoa se sente e se porta
em relação aos outros e perante certas situações. Estas atitudes geralmente estão
associadas à personalidade de cada um.

Biológicos:
São as características biológicas de cada ser humano. Aspectos anatômicos
(largura, comprimento e forma dos ossos), fisiológicos (níveis de flexibilidade, força,
resistência, etc.), genéticos (diferentes etnias) e biomecânicos (funcionalidade do
movimento).

13.2 Coluna Vertebral

Hiperlordose lombar e/ou cervical


Lordose
É o aumento anormal da curva lombar ou cervical levando a uma acentuação
da lordose lombar ou cervical normal (hiperlordose). Os músculos abdominais fracos
e um abdome protuberante são fatores de risco. Caracteristicamente, a dor nas costas
em pessoas com aumento da lordose lombar ocorre durante as atividades que
envolvem a extensão da coluna lombar, tal como o ficar em pé por muito tempo (que
tende a acentuar a lordose lombar).

31
Fonte:www.foamrollerbrasil.com.br

Hipercifose dorsal Flexível ou Rígida


Cifose
É definida como um aumento anormal da concavidade posterior da coluna
vertebral, sendo as causas mais importantes dessa deformidade, a má postura e o
condicionamento físico insuficiente. Doenças como espondilite anquilosante e a
osteoporose senil também ocasionam esse tipo de deformidade.

Escoliose
É a curvatura lateral da coluna vertebral podendo ser estrutural ou não
estrutural. A progressão da curvatura na escoliose depende, em grande parte, da
idade que ela inicia e da magnitude do ângulo da curvatura durante o período de
crescimento na adolescência, período este onde a progressão do aumento da
curvatura ocorre numa velocidade maior. O tratamento fisioterápico usando
alongamentos e respiração são essenciais para a melhora do quadro.

Costa Plana
Hérnia de disco

32
Cintura escapular
 Protrusão (Rotação interna dos ombros),
 Protração escapular,
 Retração escapular,
 Depressão escapular,
 Ombros assimétricos,
 Encurtamento do trapézio.

Cintura Pélvica
 Desvio de quadril
 Assimetria de quadril
 Protusão abdominal

Membros inferiores
 Joelhos genuflexo,
 Joelhos genurecurvato,
 Joelhos genuvalgo,
 Joelhos genuvaro,
 Pé aduto,
 Pé valgo,
 Pé varo,
 Pé cavo,
 Pé equino.

Para que possamos estar em boa postura, é necessária uma


harmonia/equilíbrio do sistema neuromusculoesquelético.
Para a avaliação postural podemos utilizar alguns materiais para melhor avaliar
os alunos/clientes submetidos ao programa de atividades reeducativas:

a) objetivos:
Uso de radiografia (solicitada pelo médico que acompanha o programa),
Fotografia.

33
b) subjetivos:
Uso do tato e da visão,
Observando o aluno de costas,
Perfil direito, perfil esquerdo,
Frente e anteroflexão,
À frente do simetrógrafo.

Devemos observar nosso aluno globalmente como um todo, pois um


desequilíbrio postural jamais se apresenta de forma isolada, portanto, devemos
estabelecer critérios de adaptação morfológica e funcional quanto ao equilíbrio e a
coordenação dos movimentos do corpo.
Não importando o plano que estaremos analisando, devemos estar associando
sempre a linha de gravidade. Os segmentos que não estiverem compatíveis com o
eixo perpendicular ao solo estarão em desequilíbrios.
Todas estas alterações posturais correspondem ao desequilíbrio do sistema
dinâmico e estático, muitas vezes acarretando desconforto, algias e incapacidades
funcionais.

14 AVALIAÇÃO POSTURAL EM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Fonte: dicasdemusculacao.org

34
Desde que assumiu a postura ereta, o maior desafio do Homem foi ficar em pé
sem sobrecarregar a estrutura óssea e as articulações. Para isso, o corpo se defende
diariamente na luta contra a gravidade a fim de compensar deficiências de equilíbrio
ou dores (SOUCHARD, 1996 apud MADEIRA et al, 2002).
Magee (2002) deixa claro que a maior vantagem da postura ereta é habilitar as
mãos a ficar livres e os olhos a focar mais longe à frente. Porém, as desvantagens
incluem a sobrecarga aumentada sobre a coluna e os membros inferiores e
dificuldades comparáveis na respiração e transporte do sangue à cabeça, o que se
torna simples quando se tem postura adequada.
Por definição, postura é a posição ou a atitude do corpo em disposição estática
ou o arranjo harmônico das partes corporais a situações dinâmicas, resultado da
capacidade que os ligamentos, cápsulas e tônus muscular têm de suportar o corpo
ereto, permitindo a permanência em dada posição por períodos prolongados sem
desconforto e com baixo consumo energético (MAGEE, 2002).
Na postura padrão, a coluna apresenta curvaturas normais, e os ossos dos
membros inferiores ficam em alinhamento ideal para a sustentação de peso. A posição
neutra da pelve conduz ao bom alinhamento de abdome, tronco e membros inferiores.
O tórax e a coluna superior se posicionam de forma que a função ideal dos órgãos
respiratórios seja favorecida. A cabeça fica ereta, bem equilibrada, minimizando a
sobrecarga sobre a musculatura cervical (KENDALL, McCREARY e PROVANCE,
1995). Quando o equilíbrio não acontece, surgem os desvios posturais, que na
infância podem ser tratáveis.

Desvio postural na infância

Vários são os desvios posturais apresentados pela criança durante a fase de


desenvolvimento devido às alterações provenientes do próprio crescimento
(CORREA, PEREIRA e SILVA, 2005).
Calvete (2004) lembra que é na infância e adolescência que a postura se
encontra em processo de desenvolvimento.
Para Magee (2002), a postura decorrente de maus hábitos pode causar
alterações na estrutura óssea durante a infância e a adolescência, gerando

35
complicações no âmbito funcional, ortopédico, respiratório e outros, além de algias
musculares.
As afecções do sistema musculoesquelético, particularmente as algias
vertebrais, constituem um problema tão sério na sociedade moderna que equipes
multidisciplinares procuram desenvolver normas para a adequada avaliação da coluna
vertebral, a fim de diagnosticar precocemente problemas relacionados a postura
(ALEXANDRE e MORAES, 2001).
Assim, a avaliação passa a ser de enorme importância não apenas para o
tratamento, mas também como fator de prevenção de intercorrências e feedback
(BARAÚNA e ADORNO, 2001).
Excluindo-se as patologias de ordem traumática, senil ou infecciosa, acredita-
se que as deformações ósseas tenham origem entre o nascimento e os 20 anos de
idade. Justifica-se, diante disso, a importância de diagnosticar, na época de
adolescência, os desvios posturais que ocorrem (LAPIERRE, 1982).
O diagnóstico precoce, principalmente dos desvios da coluna vertebral, é
fundamental. É aconselhável que todas as crianças sejam examinadas
periodicamente, e com maior atenção na fase do crescimento rápido (MIRANDA e
SODRÉ; GENESTRA, 2009).
Segundo Costa (1997), deve-se ficar atento às alterações posturais
encontradas em crianças na faixa etária de 7 a 12 anos por ser um período
intermediário entre o primeiro estirão de crescimento, que ocorre do nascimento até o
3º ano de idade, e o segundo, que acontece na adolescência.
Crianças em idade escolar passam entre quatro e cinco horas na escola e
permanecem sentadas a maior parte do tempo, e a escola tem se tornado o ambiente
que mais favorece a postura de sustentação na posição sentada, tendo em vista que
a criança permanece assim durante horas (FREIRE, TEIXEIRA e SALES, 2008).
Segundo Calvete (2004), na infância e adolescência, a postura encontra-se em
processo de desenvolvimento. Nesse período, qualquer alteração funcional em função
da má postura irá repercutir negativamente no futuro. A partir daí, vem a necessidade
do avanço na reflexão das principais características que envolvem a má postura. Para
detectar os desvios posturais, deve ser realizada avaliação postural por meio de um
dos vários instrumentos de diagnose relatados na literatura. Após a análise dos
resultados, sugere-se que as crianças sejam atendidas de acordo com as

36
necessidades, podendo ser encaminhadas a outros profissionais, como fisioterapeuta
ou ortopedista.
Na escola, por meio das aulas de Educação Física, pode ser potencializado o
fortalecimento de musculaturas fragilizadas e o alongamento daquelas encurtadas, já
que os exercícios terapêuticos são o principal meio pelo qual o equilíbrio muscular é
restaurado. Além disso, fica clara a necessidade de desenvolver a consciência
corporal (FREIRE, TEIXEIRA e SALES, 2008).
Martelli e Traebert (2006) reafirmam que a idade escolar compreende a fase
ideal para recuperação das disfunções na coluna vertebral de maneira eficiente, pois
a correção precoce nesse momento possibilita padrões posturais corretos na vida
adulta e é o período de maior importância para o desenvolvimento musculoesquelético
do indivíduo.
Para Santos et al. (2009), o aumento significativo de problemas posturais em
crianças de todo o mundo se deve à má postura durante a atividade escolar, como
uso incorreto de mochila escolar, na maioria das vezes pelo excesso de peso de livros
e cadernos, utilização de calçados inadequados, sedentarismo e obesidade.
Do ponto de vista de Iunes et al. (2005) e Kendall et al. (1995), a avaliação
postural é de fundamental importância para o planejamento do tratamento
fisioterapêutico e para o acompanhamento da evolução e dos resultados do
tratamento. Normalmente, a avaliação postural é feita pelo método clássico, que
consiste da análise visual do aspecto anterior, lateral e posterior do corpo, com o
sujeito em trajes sumários, analisando os desníveis de ombro, clavículas, mamilo,
cintura, espinhas ilíacas, joelhos e pés.
Entre as várias lesões posturais encontradas na fase escolar, a principal é a
escoliose, que se define como desvio no eixo sagital da coluna correspondente a
valores maiores que 10 graus. A alteração inicia-se na infância e adolescência
podendo acarretar, se não tratada devidamente, uma instalação definitiva dessa
anomalia vertebral, afetando drasticamente a aparência física e possivelmente
encurtando a expectativa de vida (SILVA, 2008).
Para Rodrigues et al. (2003), é principalmente no período de 7 a 12 anos de
idade, quando ocorre a busca do equilíbrio para as novas proporções do corpo, que
se evidenciam as transformações posturais.

37
15 AVALIAÇÃO POSTURAL EM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

Fonte: correndodebemcomavida.blogspot.com.br

Avaliação postural na escola de maneira geral não é de costume dos


professores de educação física em aplicar um método subjetivo de análise. As fontes
bibliográficas interferem muito nesta questão e citam um leque de informações onde
se determina que utilizando um método didático e estimulando os alunos participam
das aulas de avaliação postural.
Os alunos do ensino médio transportam excesso de material escolar, livros
pesados. Dores de coluna nesta faixa etária são os primeiros sintomas que podem
aparecer e causar desvios. O método de avaliação depende de cada profissional que
irá aplicar.
Na experiência em sala de aula, a realidade dos maus hábitos que estes alunos
têm, assim criando estratégias, planejamento bimestral em adotar um método
avaliativo para verificar os desvios da coluna vertebral. O método de avaliação
depende de cada sala de aula em nível de comportamento e de cada professor, assim
usando uma didática metodológica que proporciona interesse na participação de
todos.
Percebe-se que é durante a fase de crescimento e desenvolvimento onde há
decorrência de alterações posturais, principalmente nos alunos do ensino médio que

38
passam longos períodos sentados de maneira incorreta em sala causando
desequilíbrio postural da coluna vertebral e prejudicando a marcha.
Medeiros, (2010, p.12), descreve que “muitas vezes, os adolescentes são
afetados pelas condições ergonômicas da sala de aula, sentados em móveis não
adequados, ficando muito tempo em uma única posição [...]”.
“Uma pessoa que fica sentada ou de pé por períodos longos tende a ter má
postura. Isso pode resultar em um desequilíbrio muscular” (LIPPERT, 2010, p.265).
Educação física é saúde e são fundamentais para o aprendizado dos alunos e
por isso eles aparecem descritos nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Com a
educação física os estudantes buscam maior conhecimento sobre o corpo, prevenção
(MENESTRINA, 2005).
O Desequilíbrio que acomete as curvaturas fisiológicas da coluna vertebral é
gerado pelas tensões musculares, maus hábitos posturais, disfunção postural,
sedentarismo, causando modificações da coluna aumentando a hiperextensão das
curvaturas Lordose e Cifose, acometendo síndromes dolorosas relacionadas a má
postura.
Cifose é uma anormalidade e pode ser denominada de curvatura posterior que
quando aumentada por descuidos e condições anormais geram a Hipercifose que
pode ser mencionado de “corcunda”, seria como a curvatura torácica aumentada.
Esse tipo de deformidade causa desconforto no indivíduo, sendo que a
Hipercifose é considerada um dos desvios mais comuns, essa alteração ocorre desde
o desenvolvimento e crescimento. O aluno que ainda está na fase escolar senta
muitas vezes errado prejudicando a coluna lombar, onde está situada a lordose, que
quando fica muito tempo nesta posição há possibilidade de alterar a lordose para
Hiperlordose. Charro et al. (2010, p. 134) descrevem que a “Hipercifose pode estar
associada a um encurtamento dos músculos peitorais e a um aumento de tensão no
grupo abdominal”.
Para definição de Cifose Hall (2009, p. 286) contextualiza que “é um aumento
exagerado da curvatura torácica [...] que pode resultar de uma anormalidade
congênita, de uma patologia como a osteoporose ou doença [...]”.
Para Lordose ele conceitua que “é um aumento exagerado da curvatura
lombar”. Como mencionamos Lordose ela pode ter aumento tanto na região Cervical
e Lombar, podendo ser chamado de Hiperlordose Cervical e Hiperlordose Lombar.

39
A pessoa que não tem hábitos de postura tem a possibilidade de ter
Hiperlordose (os dois tipos), não somente isto, inclusive outros desvios posturais pelo
corpo.
Para Tribastone (2001, apud BACK, 2006 p. 27), a Hiperlordose pode ser
definida como “a acentuação da curvatura lordótica fisiológica, podendo ocorrer em
nível cervical ou lombar [...]”. Esses desvios são caracterizados por aumento e
retificação das curvaturas na região cervical e lombar, onde os maus hábitos de
sentar-se errado e posicionar incorretamente.
Outro problema que se torna grave em questão aos desvios da coluna vertebral
é a Escoliose, é definido como um desvio lateral da coluna vertebral ou simplesmente
uma curvatura lateral da coluna, dependendo o lado que se altera forma “S” ou “C”;
ela pode ser classificada em Escoliose Lateral à Direita ou Esquerda, tanto Lombar
quanto Torácica.
Quanto ao diagnóstico pode ser feito pelo método simples de avaliação postural
com um profissional de Educação Física e através de exames radiográficos solicitados
por um médico. Para Ferreira et al., (2009, p. 358) eles afirmam que a escoliose é
uma das deformidades que afetam a coluna vertebral e se caracteriza por envolver os
três planos de referência:
 Frontal – favorecendo uma curvatura lateral,
 Transverso – favorecendo uma rotação vertebral,
 Sagital – levando a uma Hiperlordose.

A escoliose pode ser Funcional e Postural conforme Kisner e Colby (1998, p.


526) “Escoliose Estrutural envolve uma curvatura lateral irreversível com rotação fixa
das vértebras, já a Escoliose Não Estrutural é reversível e pode ser alterada com
inclinação para frente ou ao lado e com mudanças no posicionamento”. A Escoliose
pode evoluir de muitas causas, geralmente a partir dos 15 anos mesmo iniciado na
infância progredindo uma alteração anatômica, agravando-se ao grau da curvatura
escoliótica.
Para Valladão et al., (2009, apud BARBOSA, 2010, p. 32), destaca que:
A Inadequação do mobiliário escolar em relação ao peso e estatura das
crianças e o peso excessivo das bolsas e mochilas escolares também agravam a
aquisição ou o aumento dos problemas posturais da coluna sendo fácil observar que

40
as crianças ficam todas tortas com uma imensa mochila, carregada de material
escolar.
O Professor de Educação Física deve estar atento nesses indivíduos
procurando intervir na avaliação postural dos estudantes, buscando relacionar os
desvios da coluna vertebral e procurar alertar, melhorando a postura.
Entanto sobre a avaliação postural o professor pode realizar o método de forma
subjetiva, buscando orientar durante o processo e realizando uma aula diferente com
todos os alunos.
A avaliação postural na escola deve ser estimulada pelo professor de educação
física numa forma didática que seja possível a compreensão dos alunos e
participação. É possível fazer esse trabalho mesmo que haja evacuações dos alunos
nas horas em que as aulas de Educação Física são vivenciadas.
Para que isso ocorra o professor deve ter paciência, responsabilidade com seu
trabalho e organização da turma para obter resultados e conseguir aplicar o método
avaliativo. Se o professor criar estratégias que desempenha no método de avaliação
postural, planejar-se, pode considera-se uma qualificação ao trabalho, mesmo que
seja trabalhoso, mas, é extremamente importante ao professor e o aluno um resultado
significante.
Por fim, a avaliação postural da coluna vertebral pode ser aplicada por qualquer
profissional da área da saúde. De maneira geral dentro da escola quem fica
responsável por esse processo é o professor de Educação Física. Ele pode orientar
em ao aluno hábitos de atitudes saudáveis; se o caso for sério, alertar os familiares
que buscam tratamento adequado.

16 AVALIAÇÃO POSTURAL EM ADULTOS

O estilo de vida atual torna as pessoas mais sedentárias do que no passado


quando, ao experimentar vários tipos de brincadeiras, promoviam um maior equilíbrio
entre a musculatura estática e dinâmica, evitando grandes retrações musculares e
fixações das articulações.
Os adultos têm uma grande tendência a desenvolver essas retrações e
fixações, por causa do tempo em que permanecem exercendo apenas um tipo de
postura, em sala de aula, na frente do computador, vídeo games, trabalhos

41
domésticos, escritório entre outras atividades diárias. Mais tarde começam os
problemas de coluna.
Os esportes mais praticados nem sempre são uma garantia de que não
desenvolverão algum problema de coluna. Se o indivíduo praticar apenas um esporte
durante um longo período pode também estar exposto a um desequilíbrio entre as
cadeias musculares.
Alterações posturais são ocorrências significativamente presentes nas
pessoas, daí a necessidade de avaliações periódicas desde cedo, para que
comportamentos que possam causar ou agravar essas alterações sejam corrigidos
preventivamente, e para evitar a prescrição de exercícios e esportes que possam vir
a acentuar esses problemas.
A partir da avaliação de um profissional especializado, poderão ser melhor
orientadas quanto às práticas preventivas e corretivas das quais poderá se beneficiar.
Com a supervisão deste especialista, é possível desenvolver programas de
orientação e intervenção imediata na escola, trabalho e atividades físicas corretivas
para os desequilíbrios posturais.
Pais e empresas serão estimulados a conscientizar seus filhos e pares para a
importância de bons hábitos posturais nas atividades rotineiras como, sentar à frente
do computador, TV, no trabalho, no transporte, na realização das tarefas de casa,
enfim, em todas as atividades diárias.
O trabalho preventivo é sempre o mais efetivo e o que traz resultados mais
satisfatórios a longo prazo. Contudo, na presença da alteração já instalada e havendo
a necessidade, procure um especialista para avaliação, tratamento e
acompanhamento.

17 AVALIAÇÃO POSTURAL EM IDOSOS

Postura Posição ou atitude do corpo, a disposição relativa das partes do corpo


para uma atividade específica, ou uma maneira característica de sustentar o próprio
corpo. (SMITH,1997).
A boa postura é conceituada como a posição que o corpo assume no espaço
em função do equilíbrio de vértebras, discos, articulações e músculos. Deve envolver
interações complexas entre os ossos, as articulações, o tecido conjuntivo, os

42
músculos esqueléticos e os sistemas nervosos central e periférico (SOUSA, 2003;
FILHO, 2001).
Sabe-se que o controle da postura é um grande desafio para o corpo humano,
sobretudo em idosos, pois o processo de envelhecimento traz várias alterações
anatômicas e fisiológicas, como distúrbios na coluna vertebral, que apresenta as
curvaturas: cervical (concavidade posterior), torácica (convexidade posterior), lombar
(concavidade posterior) e sacra (convexidade posterior) (FILHO, 2001).

Fonte: www.fisioweb.com.br

A senescência caracteriza-se como um processo de comprometimento e


decadência das funções motoras e cognitivas, de modo que ocorrem modificações
fisiológicas no sistema neuromusculoesquelético, as quais associadas a doenças
crônico-degenerativas, podem levar a déficits de equilíbrio e alterações na marcha,
influenciando na aquisição de desvios posturais o que predispõem à ocorrência de
quedas, ocasionando graves consequências sobre o desempenho funcional, bem
como na realização de atividades de vida diária (AVD’s) (CASSOL, DIAS E
DALMAGRO, 2007).
43
O componente sensorioperceptual é responsável pelo controle da postura e do
equilíbrio, está governado por informações aferentes de três sistemas: o visual, o
vestibular e o proprioceptivo; cada um deles é dirigido a um sistema distinto de
coordenadas externas e nenhum deles percebe o centro da gravidade do corpo
diretamente. Já o integrador central faz as escolhas das informações sejam elas,
corretas ou incorretas, para que isso ocorra é necessária uma ação integradora do
sistema nervoso central (GUCCIONE, 2002).
No idoso pode-se observar uma diminuição da integridade destes
componentes, causando compensações ao alinhamento da coluna vertebral, que é
influenciada pela diminuição do arco medial do pé, um aumento das curvaturas da
coluna, bem como a diminuição no tamanho da coluna vertebral, decorrentes de
perdas do líquido nos discos das articulações intervertebrais. Muitas destas alterações
são ocasionadas pelos esforços submetidos ao decorrer da vida, maus hábitos
alimentares e/ou sedentarismo.
O número de idosos vem crescendo no Brasil. Isso porque os brasileiros estão
vivendo mais tempo. Em 2000 o país tinha mais de 14 milhões de pessoas com 60
anos ou mais de idade, o que representava 8,6% da população (IBGE, Censo
Demográfico 2000). O que torna os estudos referentes a esta parcela da população
cada vez mais necessários, tanto para a identificação de problemas e até mesmo para
o desenvolvimento de métodos preventivos mais eficazes sendo que a fisioterapia é
ponto fundamental nesta conjuntura.
De acordo com Cassol, Dias e Dalmagro (2007) o organismo passa por
mudanças físicas e fisiológicas com o passar do tempo. Isto resulta em perdas
funcionais progressivas, geradas por fatores como: mutações genéticas, ambientais,
surgimento de doenças e declínios nos sistemas do corpo. Dentre as estruturas de
perda funcional encontram-se os tendões e ligamentos, que sofrem redução do
conteúdo de água e, como decorrência, aumento da rigidez dessas estruturas, e os
ossos, que sofrem uma considerável alteração, no que diz respeito à densidade
mineral e a microarquitetura óssea durante o envelhecimento, havendo ainda
alteração no disco intervertebral.
Sousa (2003) apud Guccione (2002), relata que a taxa média de diminuição na
altura é de cerca de 2cm por década, em homens e mulheres entre 60 e 80 anos,
podendo atingir até 12 cm em casos mais extremos de perda óssea.

44
Sousa (2003) apud Hall (1993) “afirma que as lesões e o envelhecimento
reduzem irreversivelmente a capacidade de absorção de água pelos discos,
resultando numa diminuição na sua capacidade de absorção de choque. ”
Essas alterações ocorrem mais precocemente na coluna vertebral,
principalmente no corpo da vértebra, do que nos membros, afetando de forma mais
acentuada o sistema osteomioarticular, responsável pelos sistemas ósseo, muscular
e articular (SOUSA, 2003; CASSOL, DIAS E DALMAGRO, 2007).
“Um dos problemas frequentemente enfrentados com a chegada da velhice é a
alteração da postura corporal, os movimentos são lentos e por isso, o equilíbrio
corporal é mais difícil, explicando tantas quedas e tombos” (UES E MORAES, 2003
apud KNOPLICH, 1991, p. 52).
Belchior e Rocha (2006) apud Oliver e Middleditch (1998) relatam que:
As alterações degenerativas associadas à idade, podem afetar
predominantemente o disco vertebral de alguns pacientes, enquanto em outros podem
afetar principalmente as articulações apofisárias. A maioria dos discos mostra alguns
sinais de degeneração com a idade, sendo que combinado com a diminuição da altura
do corpo vertebral, resulta numa diminuição da estatura do idoso. Ressalta também,
que a degeneração do disco e subsequentemente a reduzida capacidade de absorção
de choques da coluna vertebral, contribui para a formação de osteófitos.
Os osteófitos são uma “formação óssea anormal, muito frequente, que é
produzida na proximidade das articulações vertebrais, podendo ter outras
localizações. É o responsável pelo chamado “bico de papagaio”. Dependendo do
tamanho destes osteófitos, pode ocorrer uma restrição do movimento da coluna
vertebral, comum em indivíduos idosos (BELCHIOR E ROCHA, 2006).
Algumas alterações nas curvaturas da coluna vertebral como hipercifose
torácica e hiperlordose lombar, quase sempre estão presentes em indivíduos idosos.
Ues e Moraes (2003) apud Souza (1997) relatam que a hiperlordose lombar
pode estar relacionada à obesidade, fraqueza dos músculos abdominais e a má
postura mantida e ainda a anteversão pélvica. A hipercifose pode ser resultado de
fatores ambientais, ocupacionais, nutricionais e raciais, segundo Ues e Moraes (2003,
apud CAILLIET, 1985) e pode acarretar na redução nos movimentos do tronco para
as respostas respiratórias e motoras, na protração escapular e pode provocar
patologias no ombro.

45
A cifose ocasiona uma projeção da cabeça no sentido de manter o olhar
horizontalizado (SOUSA, 2003).
Outro problema postural que acomete os idosos é a escoliose, definida como
um desvio lateral da coluna, e apresenta como causas desde modificações no
posicionamento dos pés, no comprimento dos membros, no posicionamento pélvico,
retrações musculares, mal funcionamento da ATM, entre outras (SOUSA, 2003).
As alterações posturais podem também causar dor, como lombalgia e
cervicalgia, e redução do movimento da coluna vertebral, sobretudo os movimentos
sutis de rotação envolvidos no rolamento segmentar e padrão recíproco normal dos
membros na marcha normal.

18 TABELA

A avaliação da postura é fundamental para o equilíbrio e também na prescrição


de exercícios.
Veja que poderemos realizar dois tipos de avaliação: a quantitativa e a
qualitativa. Neste livro só iremos abordar a qualitativa, pois não necessita de grandes
equipamentos, nem tão pouco cálculos matemáticos, mas seguramente deverá ter o
executante da análise uma boa sensibilidade e domínio das variações.
A proposta deste capítulo é apenas identificar as alterações posturais e
classifica-la quanto à gravidade, desta forma possibilitando aos profissionais
competentes uma abordagem mais segura na prescrição dos exercícios.
O objetivo principal desta análise é observar as acentuações e retificações das
curvaturas da coluna, acentuações nas mobilidades articulares, desnivelamento de
cinturas, projeções de determinadas regiões e qualquer outra alteração acima da
normalidade.
Para se fazer uma boa avaliação postural qualitativa, deve-se ter alguns
princípios:
1. Possuir um bom referencial de alterações postural, como um retináculo ou
similar para desníveis;
2. O avaliado deverá possuir a menor quantidade de roupa possível, ou seja,
para homens calção de banho (sunga) e mulheres sunquíni ou biquíni.

46
3. Possuir um ângulo de visão de não ultrapasse alguns metros para não perder
a definição das alterações;
4. Inicia-se com o avaliado na posição posterior para o avaliador com os pés
próximos;
5. A avaliação inicia-se sempre de baixo para cima, ou seja, observando os
calcanhares até atingir a cabeça;
6. Depois se posiciona o avaliado em qualquer perfil, para depois observar o
outro;
7. Por último, o perfil anterior, sempre com a mesma estratégia, ou seja, de
baixo para cima;
8. Anotam-se todas as observações em papel pré-fixado as variáveis e
qualificando de acordo com alguns referenciais.

As qualificações poderão seguir diversos critérios. O importante é que se crie


um e o assuma para todas as futuras avaliações. Pois não adiante observar uma
acentuação do arco lordótico lombar, sem classifica-la em que graduação esta se
apresenta. Pois uma coisa é ter uma pequena acentuação e outra é uma severa
acentuação. Para a prescrição dos exercícios, isto realmente é muito importante.
Assim, minha sugestão seria:
Discreta (grau I) – quando a observação é feita com muito detalhe para se
chegar às conclusões. Tem-se dificuldade de encontrar aquela alteração da
normalidade;
Moderada (grau II) – Quando a observação é fácil de ser observada, sem
grandes preocupações ou dúvidas, porém sem ser algo que chame muita a atenção;
Severa (Grau III) – Quando o avaliador se espanta com tamanha alteração.
Chega a ser visível para qualquer leigo, sendo necessário sempre uma opinião médica
para melhor diagnóstico.
Lembre-se que apesar da experiência de qualquer avaliador, é sempre possível
observar algo que para outro avaliador seja diferente. Isto porque esta avaliação é
subjetiva, cabe a cada profissional um treinamento adequado para minimizar os erros
interavaliador e até mesmo o intra-avaliador. A seguir iremos apresentar um
instrumento de coleta das informações da avaliação postural qualitativa:

47
Fonte: www.scielo.br

48
Neste instrumento, basta apenas assinalar em qual qualificação lhe parece o
quadro e depois informar o lado em que está, se é que cabe este tipo de análise na
região observada.
Pé cavo – acentuação do arco plantar. Vista no plano frontal com os pés
afastados;
Pé plano – redução do arco plantar. Vista no plano frontal com os pés
afastados;
Tornozelo pronado – visto no perfil posterior no plano coronal, quando o
calcâneo gira para dentro em relação a perna;
Tornozelo supinado – Exatamente o oposto do anterior;
Tornozelo abduzido – Quando a coxa estiver alinhada no marco zero, e o pé
estiver ligeiramente rodado externamente. Vista no perfil superior no plano transverso;
Tornozelo aduzido – exatamente o oposto do anterior;
Tíbia vara – visto no perfil anterior plano coronal, é quando há uma acentuação
da curvatura da tíbia se torna evidente;
Joelho valgo – Com uma linha imaginária entre a perna e a coxa, forma-se um
ângulo externamente, projetando os joelhos para dentro;
Joelho varo – exatamente o oposto do anterior;
Joelhos recurvatum – visto no plano sagital, a linha que imaginamos entre
perna e coxa, é formado um ângulo inferior a 180º na parte anterior, projetando os
joelhos para trás;
Joelho flexo – exatamente o oposto ao anterior;
Coxa em rotação externa – muito confundida com pés abduzidos. Lembre-se
que o pé não abduz e sim o tornozelo. Observe se os posicionamentos dos pés estão
relacionados com a coxa. Se todo o segmento (patela, coxa, etc.) estiverem em
rotação, pode ter certeza que foi a coxa quem rodou.
Coxa em rotação interna – exatamente o oposto;
Pelve desnivelada – Inclinação da crista ilíaca em relação a outra para um dos
lados, tornando-a mais alta. Geralmente devido a diferença de segmentos. Observe o
lado mais alto;
Anteposição pélvica – Posição adquirida devido a extensão lombar e flexão de
coxofemoral;
Retroposição pélvica – exatamente o oposto;

49
Cintura escapular desnivelada – Como na pelve, apresenta-se com a elevação
de um dos ombros. Geralmente provocada pela escoliose, mas também pode ser em
função dos encurtamentos musculares;
Acentuação lordótica lombar – A curvatura fisiológica lombar, que é a lordose,
foi acentuada. Vista no perfil sagital. Pode-se atribuir graus de inclinação. Não usar o
termo hiperlordose deliberadamente.
Retificação lordótica lombar – O oposto. Quando a curvatura deixa de existir
em função de um novo posicionamento das vértebras. Sugere-se anteposição pélvica;
Acentuação cifótica torácica – Mesmo que na lombar. Porém o acometimento
se dá em uma curvatura de convexidade posterior, tornando o sujeito inclinado para
frente.
Retificação cifótica torácica – O oposto ao anterior. A vista será a postura mais
ereta, porém não fisiológica;
Acentuação lordótica cervical – Como na lombar, provoca proeminência da
sétima vértebra cervical ou a primeira torácica. Costuma projetar também a cabeça à
frente;
Retificação lordótica cervical – Uma postura que normalmente provoca
alterações em todo o resto do corpo, devido ao posicionamento da cabeça;
Triângulo de tales – ao desnivelar a pelve, haverá uma abertura maior entre um
dos braços e o tronco. Normalmente do lado oposto a inclinação;
Retroposição da cintura escapular – Quando o complexo retroage em função
de encurtamento muscular ou pela postura retificada da cifose torácica. Tende a
projetar os ombros para trás. Vista no plano sagital;
Anteposição da cintura escapular – O oposto ao anterior. Não há relação direta
com a acentuação da cifose, mas poderá estar presente;
Ombros em rotação interna – A dica é observar a interlinha articular do cotovelo
pelo perfil anterior, pois caso haja a rotação interna, esta não é visível neste perfil, ou
se tem grande dificuldade de se observar;
Ombros em rotação externa – Ao contrário da anterior, com facilidade de
observação da linha interarticular, e também com a palma da mão voltada para frente;
Cabeça anteposicionada – como o nome sugere, a cabeça se torna protusa,
pode ser gerada pela flexão de cervical, ou pela extensão, pois a cervical possui dois

50
pilares. Importante é observar se um ponto perto do meato acústico externo está muito
projetado à frente;
Cabeça retroposicionada – exatamente o oposto da anterior;
Escápulas – esta poderá estar posicionada de diversas formas, mas esta é fácil
perceber pelo que sugere o próprio nome;
· Escoliose – O lado da convexidade é quem determina para que lado está a
curvatura não fisiológica;
· Gibosidade – Ao flexionar as U.M., observa-se que a massa corporal de um
dos lados está mais elevada do que outra. Isto pode ser pela rotação automática e
estrutural das U.M., ou pelo encurtamento muscular. Nem sempre o lado da
gibosidade é o lado da escoliose, mas é mais comum.

19 HÁBITOS POSTURAIS

Fonte: kmpilates.blogspot.com.br

Parar e observar a forma como praticamos pequenas coisas em nossa rotina


é, sem dúvida, algo que passa desapercebido para a grande maioria das pessoas.
Uma atenção e pequenos cuidados podem melhorar nossa qualidade de vida, a
postura saudável de nossos filhos, trazendo bem-estar e minimizando possíveis
patologias.

51
Começa pela escolha da roupa, do sapato adequado e confortável, assim como
optar por uma mochila não muito pesada. E, certamente que devemos observar a
qualidade da pele, unhas, cabelo e dentes de todos nós. Não só a questão do asseio,
mas o brilho, viço ou fragilidade. Mas, não podemos esquecer de prestar atenção em
questões posturais como:
1. Altura dos ombros
2. Joelhos
3. Coluna

Estas observações estão na nossa frente apontando uma desarmonia, mas que
pais e professores não estão preparados para enxergar como um problema postural,
que se não tratado a tempo, poderá desencadear problemas no futuro. A observação
pode ser mesmo indireta, por exemplo, pela forma como estão gastos os calçados:
gasta somente um dos pés? Gasta para dentro? Gasta para fora?
A coluna vertebral – ossos - funciona como um tronco de uma árvore, mas
quem lhe dá movimento são os músculos e tendões, que devem ser fortes, tônicos e
flexíveis. Qualquer alteração ou descompensação acarretará em desequilíbrio, que
para compensar descompensa na postura (acentuação de curvaturas), e assim vai
até cristalizar numa patologia mais grave.
A maioria dos problemas de coluna são causados pelos vícios posturais e pela
má conduta de postura. A musculatura do tronco é estática, ou seja, utilizada apenas
para sustentação e não para mobilidade, como pernas e braços. Seu movimento é
realizado quando estimulado, sendo assim, quanto menos movimentá-lo, mais fraco
se tornará e mais dificuldade haverá ao realizar o movimento.
Devemos começar a observar – e evitar - desde o posicionamento do berço,
algo muito importante, pois a criança sempre irá perceber e procurar a luz e o barulho,
muitas vezes virando a cabeça sempre para o mesmo lado, bem como seu corpo. O
certo é posicionar o berço de tal forma que a criança não precise fazer esforço algum
para enxergar a luminosidade (nem acima, nem atrás, nem ao lado), e os pés da
criança fiquem de frente para a porta.
Na fase de crescimento e desenvolvimento é primordial ela que tenha uma
postura adequada, para que seus músculos se formem fortes e sua estrutura óssea

52
íntegra. Portanto, várias transformações podem ser evitadas, se notadas ou
prevenidas precocemente.
A prevenção de atitudes prejudiciais, somada ao controle de equilíbrio das
necessidades corporais, alcançam um resultado satisfatório.

20 PROBLEMAS POSTURAIS COMUNS EM CRIANÇAS

Hipercifose – ombros fletidos para a frente e cabeça fletida para baixo.


Este quadro é comum em crianças acanhadas, envergonhadas e que sentam
muito errado, como no computador ou no hábito diário de jogar vídeo games. Na
adolescência, este quadro é mais comum em meninas, pela vergonha e necessidade
de proteger ou esconder as mamas.

Hiperlordose – bumbum empinado para trás.


Embora seja bem visto pela cultura brasileira, este é um quadro comum de má
postura, obesidade e fragilidade da musculatura abdominal. Existe, embora menos
comum, muitos casos de meninos com este problema. Alguns esportes, como o balé
e a natação, podem agravar este quadro, e o profissional responsável, assim como os
pais, deverão estar atentos, na forma de evitar agravamentos.

Escoliose – ombro caído para um dos lados


Causada principalmente pela utilização de bolsas ou mochilas em um ombro
só, puxar mochila de rodinha ou “andar com gingado”.

Todos estes problemas posturais se não forem tratados, irão, ao longo do


crescimento, aumentando as tensões, as compensações e curvaturas. Dores
localizadas irão surgir cada vez com maior frequência, além de sinais de
enfraquecimento abdominal, atonias musculares e comprometimentos da coluna, do
movimento e da disposição.
Todos esses fatores devem chamar a atenção dos pais e parentes, para assim,
recorrerem a um profissional para que haja uma investigação e boa orientação.
Um alerta: muitos pais (ou parentes) ficam realizados em implementar a prática
de um esporte no cotidiano de seus filhos (sobrinhos, netos, etc.). Demandam grande

53
energia econômica (custo, uniformes, etc.) e de tempo (levar, pegar, etc.) para realizar
este sonho “saudável”. Mas, é preciso estar atento sobre a existência de algum dos
problemas posturais mencionados acima, pois o esporte praticado sem integrar a
devida correção postural, irá agravar ou até deixar sequelas.
O primeiro passo a ser tomado é procurar um médico especializado em
ortopedia para que sejam realizados exames específicos e avaliadas as reais
condições de comprometimento postural.
Outro passo importante é consultar um fisioterapeuta especializado em RPG
(Reeducação Postural Global), para que se faça uma reconstrução de sua postura,
com reeducação via conscientização dos seus hábitos de movimento e postura.
Quanto mais cedo for detectado o problema postural, mais fácil será sua correção e
cura.

21 AVALIAÇÃO POSTURAL NA BIOMECANICA

Fonte: consultoriodefisioespecializada.blogspot.com.br

Postura padrão e a coluna vertebral


 Alinhamento da Postura de Referência da linha da gravidade que
permite estabelecer um padrão de simetria - fio de prumo.
 Vista posterior - ponto médio entre os calcanhares; metades iguais
esquerda e direita.
54
 Vista lateral - ligeiramente anterior ao maléolo lateral; metade frontal e
dorsal, de igual peso.

Postura padrão vista posterior


 Ponto médio entre os maléolos
 Ponto médio da pelve
 Centro das vertebras - proc. espinhosos
 Ponto médio das escápulas
 Centro do crânio
 Centro da fissura sagital

Postura padrão vista lateral


 Levemente anterior ao maléolo
 Levemente anterior ao joelho
 Levemente posterior ao quadril
 Centro das vértebras lombares
 Centro articular do ombro
 Centro da maioria das vertebras cervicais
 Meato auditivo
 Levemente posterior a sutura coronal

Postura padrão vista lateral


 Pelve e coluna lombar
 Relação entre a pelve e quadril
 Pelve pode inclinar-se anterior e posteriormente sobre o eixo da articulação do
quadril;
 Posição neutra:
 EIAS ficam num mesmo plano horizontal;
 EIAS e a sínfise púbica ficam num mesmo plano vertical
 Curvatura normal da pelve causa uma inclinação fisiológica anterior - lordose
funcional

55
Postura padrão vista lateral
 Quadril e Joelho
 O arranjo articular entre o quadril e o joelho determinam a estabilidade da pelve;
 Se a linha da gravidade passar fora da posição neutra, surge um momento
fletor ou extensor ao redor das articulações;
 Sustentação dos momentos deve ser corrigida por forças musculares e/ou por
outras estruturas (ex. ligamentos)

Postura padrão vista lateral


 Tornozelo e Pés
 Lateralmente, a linha de referência da gravidade passa levemente anterior ao
maléolo lateral e aproximadamente através do ápice do arco plantar;
 Na posição ereta, o ângulo de dorsiflexão é de aproximadamente 10 graus,
quando o sujeito está sem calçado;
 Os pés devem estar num alinhamento que corresponda a aproximadamente 8
a 10 graus da linha média.
 Cabeça e Pescoço
 O alinhamento ideal é aquele em que a cabeça está numa posição equilibrada
e é mantida com mínimo esforço muscular;
 Na vista lateral a linha de referência coincide com o lobo da orelha e o pescoço
possui uma curvatura anterior normal.
 Na vista posterior, a linha de referência coincide com a linha média da cabeça
e com os processos espinhosos das vértebras cervicais.
 O alinhamento da cabeça, em muitos casos depende da ação muscular dos
extensores do pescoço

 Ombro e Cintura Escapular


 A posição do ombro depende da posição da escápula;
 Num bom alinhamento as escápulas ficam planas, contra a superfície torácica
e afastadas aproximadamente 10 cm;
 A linha de referência passa na linha média coincide com o centro das
escápulas.

56
 Coluna torácica
 Num bom alinhamento, a coluna torácica se curva posteriormente (convexa);
desta forma alterações da coluna torácica podem ser refletidas na coluna
cervical;
 O alinhamento da coluna torácica também depende da curvatura da coluna
lombar; existem efeitos compensatórios sistêmicos;

22 ALTERAÇÕES DA POSTURA PADRÃO

 As alterações da postura padrão são mecanicamente determinadas por


forças internas (ex. músculos) ou externas (ex. gravidade; vícios
posturais).
 Na postura padrão os músculos desempenham um papel mínimo no
controle da postura
 As curvas normais da coluna vertebral podem ser alteradas em função
de desequilíbrios das forças musculares

23 CONSEQUÊNCIAS DA INCLINAÇÃO PÉLVICA

 Na posição ereta, a linha de gravidade passa anteriormente a L4 que


cria um torque anterior e que deve ser neutralizado dos músculos e
ligamentos das costas.
 Qualquer movimento ou deslocamento da linha de gravidade afeta a
magnitude do torque
 Posturas relaxadas são prejudiciais – prolongados períodos de tempo

24 ALTERAÇÕES DA POSTURA PADRÃO - AÇÕES MUSCULARES

 Lordose lombar
 Exagero na curvatura lombar
 Associada com fraqueza dos músculos abdominais (em relação aos
extensores)
57
 Caracterizada por dor nas costas (lombalgias)
 Prevalente em ginastas, nadadores e lutadores

Lordose é um aumento da concavidade posterior da curvatura lombar ou


cervical. Estes aumentos na curvatura da coluna, geralmente, são acompanhados por
ajustes na pelve (inclinação anterior) ou na coluna torácica (cifose).

25 ENCURTAMENTOS MUSCULARES – THOMAS

Outros perfis posturais:


- Lombar retificada
- Dorso plano
 Cabeça anteriorizada
 Cervical ligeiramente estendida
 Torácica aumentada - parte superior
 Lombar reduzida - reta
 Pelve em inclinação posterior
 Quadris estendidos
 Flexores uniarticulares do quadril, alongados e fracos;
 Isquiotibiais, fortes e encurtados.

26 POSTURA DESLEIXADA

 Cabeça anteriorizada
 Cervical estendida
 Torácica aumentada - cifose longa
 Lombar reduzida - achatada
 Pelve em inclinação anterior
 Quadris Hiperestendido
 Flexores uniarticulares do quadril, oblíquos externos extensores da
coluna e flexores do pescoço: alongados e fracos; Isquiotibiais, fibras
superiores do obliquo interno fortes.

58
27 CIFOSE TORÁCICA

 Exagero na curva torácica


 É mais frequente que a lordose
 Mecanismo – vértebra assume uma forma inclinada
 Faz com que a pessoa se curve anteriormente
 Cifose
 Também conhecida como “costas de nadador”
 Desenvolve nas crianças que praticam excessivamente nado borboleta
 Também vista em mulheres de idade que possuem osteoporose
Cifose é um aumento da convexidade posterior da curvatura lombar, a qual é,
geralmente acompanhada por uma inclinação anterior da pelve. Deve-se diferenciar a
cifose de desvios posturais da cintura escapular (ombros caídos), apesar de que tais
alterações quase sempre aparecerem de forma conjunta.

28 VISUALIZANDO A CIFOSE

 Cabeça anteriorizada
 Cervical Hiperestendida
 Escapulas abduzidas
 Torácica em flexão
 Lombar Hiperestendida
 Pelve em inclinação anterior
 Flexores do quadril encurtados
 Joelhos Hiperestendido

29 ESCOLIOSE

 Desvio lateral da coluna


 Pode ser em formato de ‘C’ ou ‘S’
 Envolve as regiões lombar e torácica

59
 Associada a doenças, anormalidades no comprimento dos segmentos ou
desequilíbrios musculares
Casos varia de moderado a severo – Pequenos desvios podem ser causados
por carregamento unilateral repetido (ex. Carregar livros em um único ombro)

30 ENTENDENDO A ESCOLIOSE

Escoliose é uma da curvatura lateral da coluna, ou seja, é um desvio lateral em


relação a linha da gravidade. Alguns estudos têm demonstrado que os músculos
profundos (multifídio, semiespinhais e os rotadores da coluna) são importantes no
controle da escoliose.
Lados côncavo e convexo.

Causas da escoliose:
 Hereditárias
 Deterioração das vertebras, ligamentos ou músculos
 Doenças paralisia unilateral dos músculos espinhais
 Diferença de comprimento de membros inferiores
 Sobrecargas anormais

Entendendo melhor a escoliose:


 Levemente inclinada e rodada
 Cervical reta
 Ombro assimétrico- direito baixo
 Escápulas - abduzidas com a direita levemente deprimida
 Torácica e Lombar - convexa a esquerda
 Pelve em inclinação lateral

Desequilíbrios:
 Músculos do lado oposto a curvatura alongados;
 Músculos do mesmo lado curtos e fortes flexores laterais do tronco
direito

60
 Adutores do quadril
 Abdutores do quadril esquerdo
 Tibial direito
 Flexor longo do Hálux.
 Flexor longo dos dedos
 Fibulares longos e curto esquerdo, típica em indivíduos destros

Fonte: doutissima.com.br

31 COLUNA

Suporte muscular posterior:


Produz primariamente extensão e flexão médio-lateral
De superficial a profundo:

61
 Eretor espinhal
 Semiespinhais
 Posteriores Profundos

Posteriormente:
 Eretor espinhal
 Iliocostais
 Longo dorsal
 Espinhais

32 ABDOME

Pressão Intra-Abdominal:
Age como um balão que expande a coluna e reduz a força compressiva, que
por sua vez reduz a atividade dos músculos eretores
Músculos oblíquos interno/externo e transverso se ligam a fáscia que liga a
região posterior do tronco na altura da coluna tóraco-lombar. Quando estes músculos
e contraem, contribuem para o suporte da região dorsal

33 MÚSCULOS ADICIONAIS QUE ATUAM NO TRONCO

Coletivamente conhecidos como iliopsoas:


Extensores potentes mediados pela ação dos músculos abdominais
Quadrado lombar:
Forma a parede lateral que mantém a posição pélvica durante a fase de balanço
na marcha

34 FORMAS DE QUANTIFICAÇÃO DA POSTURA

QUALITATIVA
LEVE, MODERADO E ACENTUADO
QUANTITATIVA

62
INDIRETA
RAIO X
DUPLAMENTE INDIRETA
DIRETAS
INDIRETAS

63
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