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Universidade Zambeze

Faculdade de Ciências de Saúde -Tete

Curso: Farmácia Pós – Laboral

1° Nível

Cadeira: Química Geral e Inorgânica

Tema: Funções inorgânicas

Discentes Docente

Jack Araújo Alberto Dr: Castigo Sebastião Chame

Ermelindo Do Rosário

Tete, Março de 2023


Universidade Zambeze

Faculdade de Ciências de Saúde - Tete

Curso: Farmácia Pós - Laboral

1° Nível

Discentes

Jack Araújo Alberto

Ermelindo Do Rosário

Trabalho de pesquisa a ser apresentado na


cadeira de Química Geral e Inorgânica como
requisito parcial avaliativo, licenciatura em
farmácia I° ano pos laboral.

Dr: Castigo Sebastião Chame

Tete, Março de 2022


Índice
Introdução .................................................................................................................................. 4
Metodologia ............................................................................................................................... 4
Objetivos: ................................................................................................................................... 5
Geral ........................................................................................................................................... 5
Específico ................................................................................................................................... 5
Funções Inorgânicas................................................................................................................... 6
As Bases ................................................................................................................................... 10
Nomenclatura Das Bases ......................................................................................................... 12
Sais ........................................................................................................................................... 13
Óxidos ...................................................................................................................................... 16
Nomenclatura Dos Óxidos ....................................................................................................... 17
Estequiometria ......................................................................................................................... 20
A Massa Atômica ..................................................................................................................... 20
Massa Molecular E Massa Molar ............................................................................................ 22
Número De Avogadro .............................................................................................................. 23
Conclusão................................................................................................................................. 25
Referências Bibliográficas ....................................................................................................... 26
Introdução

Funções inorgânicas são os grupos de substâncias químicas que não apresentam como elemento
químico central o carbono (já que as substâncias que o apresentam pertencem às funções
orgânicas), ou seja, fazem parte da Química Inorgânica.
As funções inorgânicas são os grupos em que se dividem os compostos inorgânicos, baseados
nas similaridades entre as suas propriedades químicas e sua reatividade sendo formados por
todos os demais elementos da tabela periódica. No entanto, há algumas exceções, como o CO2
e Na2CO3, que mesmo possuindo átomo de carbono são considerados substâncias inorgânicas
devido às suas características.

METODOLOGIA
A metodologia utilizada para a produção deste trabalho foi de caráter bibliográfico
exploratório, o qual busca explicar o assunto em questão através de referências teóricos,
traçando objetivos, com o intuito de explicar as Funções inorgânicas, e os dados que
contribuíram para este trabalho, foram retirados dos livros digitais, exemplares digitais em sites
de busca de artigos científicos, tais como Silo, Google Acadêmico Para a busca das referências
bibliográficas.
OBJETIVOS:

Geral

➢ Descrever As Funções Inorgânicas

Específico
➢ Óxidos e sua nomenclatura
➢ Bases e sua nomenclatura
➢ Ácidos e sua nomenclatura
➢ Sais e sua nomenclatura
➢ Estequiometria
FUNÇÕES INORGÂNICAS
Funções inorgânicas são classificações das substâncias inorgânicas de acordo com suas
similaridades químicas. Ácidos, bases, sais e óxidos são as principais funções.

Funções inorgânicas são os grupos de substâncias químicas que não apresentam como elemento
químico central o carbono (já que as substâncias que o apresentam pertencem às funções
orgânicas), ou seja, fazem parte da Química Inorgânica. As principais são:

➢ Ácidos,
➢ Bases,
➢ Sais e
➢ Óxidos.

Há outras funções inorgânicas de menor relevância, por possuírem menor número de


compostos. São elas:

➢ Hidretos,
➢ Carbetos e
➢ Sulfetos.

As funções inorgânicas classificam as substâncias inorgânicas em diferentes grupos, de acordo


com as suas propriedades químicas.

Os ácidos liberam íons H+ em contato com água.

As bases liberam íons OH- em contato com água.

Os sais são formados por um cátion diferente do íon H+ e um ânion distinto do íon OH-.

Os sais são formados na reação entre um ácido e uma base.

Os compostos inorgânicos são aqueles que não possuem o carbono como principal elemento,
os óxidos são compostos binários formados por oxigênio e um outro cátion.

As funções inorgânicas são os grupos em que se dividem os compostos inorgânicos, baseados


nas similaridades entre as suas propriedades químicas e sua reatividade.

sendo formados por todos os demais elementos da tabela periódica. No entanto, há algumas
exceções, como o CO2 e Na2CO3, que mesmo possuindo átomo de carbono são considerados
substâncias inorgânicas devido às suas características.
ÁCIDOS
A função inorgânica ácido engloba os compostos covalentes que sofrem ionização em água,
gerando o íon H+ como único cátion.

Por exemplo, a espécie ácido clorídrico (HCl) é classificada como ácido porque sofre ionização
em água, gerando cátion H+ e ânion Cl-:

HCl (aq)⟶ H+(aq)+ Cl−(aq)

A presença de íons em solução é condição para que ocorra condução de corrente elétrica. Logo,
soluções aquosas ácidas conduzem eletricidade de forma proporcional à concentração de íons
em solução.

Substâncias ácidas são solúveis em água, caracterizadas pelo sabor azedo e por registrarem
valores de pH entre 0 e 7 na escala de pH.

Os ácidos podem ser classificados de acordo a força relativa, a quantidade de hidrogênios


ionizáveis e a presença de oxigênio que possuem.

A força dos ácidos é medida em grau de ionização (α), que é a razão entre a quantidade de
moléculas que efetivamente sofrem ionização pela quantidade total de moléculas em solução:

α= número de moléculas ionizadas


número de moléculas dissolvidas

Quanto maior o valor de α, mais forte é o ácido.

Ácidos fortes possuem α superior a 50% (α > 0,5).

Ácidos moderados possuem α entre 5% e 50% (0,05 < α < 0,5).

Ácidos fracos possuem α inferior a 5% (α < 0,5).


Por exemplo, o ácido nítrico é um ácido forte porque possui α = 92%. Isso significa que, em
uma solução constituída por 100 moléculas desse ácido, 92 moléculas sofrem ionização e
formam íons H+, e apenas 8 delas se mantêm na forma não-ionizada.

Em relação à quantidade de hidrogênios que podem ser liberados em solução aquosa, chamados
de hidrogênios ionizáveis, os ácidos são classificados em:

Monoácidos: apenas um hidrogênio ionizável. Exemplos:

• Ácido clorídrico - HCl


• Ácido nítrico - HNO3

Diácidos: dois hidrogênios ionizáveis. Exemplos:

• Ácido sulfúrico - H2SO4


• Ácido sulfídrico - H2S

Tri ácidos: três hidrogênios ionizáveis. Exemplos:

• Ácido fosfórico - H3PO4


• Ácido bórico - H3BO3.

Alguns ácidos podem conter átomos de oxigênio, sendo denominados de oxiácidos, enquanto
as espécies que não têm oxigênio são chamadas de hidrácidos.

NOMENCLATURA DOS ÁCIDOS


O nome ácido clorídrico é a combinação da palavra ácido, seguida do nome do elemento (nesse
caso, o cloro), mais o sufixo ídrico. Os nomes de todos os hidrácidos são obtidos desta mesma
forma: ácido + [nome do elemento] + ídrico

Tabela 1: Estrutura e nomenclatura de alguns hidrácidos.

Estrutura Nome
HF Ácido Fluorídrico
HBr Ácido Bromídrico
HI Ácido Iodídrico
HCN Ácido Cianídrico
H2S Ácido Sulfídrico

Tabela 2: Estrutura e nomenclatura de alguns oxiácidos.

Fórmula Nomenclatura
H2SO3 Ácido sulfuroso
H2SO4 Ácido sulfúrico
HNO3 Ácido nítrico
HNO2 Ácido nitroso

H2SO4 – 4 átomos de oxigênio – ácido sulfúrico

H2SO3 – 3 átomos de oxigênio – ácido sulfuroso - 1 átomo de oxigênio

HNO3 – 3 átomos de oxigênio – ácido nítrico

HNO2 – 2 átomos de oxigênio – ácido nitroso - 1 átomo de oxigênio

Ácido per + [nome do elemento] + ico

Ácido + [nome do elemento] + ico

Ácido+ [nome do elemento] + oso

Ácido hipo + [nome do elemento] + oso


AS BASES
Segundo o conceito de Arrhenius, bases são substâncias que, em solução aquosa, aumentam a
concentração de íons hidróxidos, OH- (aq), na água. O hidróxido de sódio, NaOH, é um sólido
iônico. Nele, a ligação não é entre átomos, mas entre os íons Na+ e OH- Ao contrário das
moléculas de HCl, que sofrem ionização em solução aquosa, os íons do NaOH se dissociam.

A função inorgânica base engloba compostos iônicos que sofrem dissociação em água, gerando
o íon OH- (hidroxila) como único ânion.

A espécie hidróxido de sódio (NaOH) é uma base porque sofre dissociação em água, liberando
íons OH-:

NaOH (aq)⟶ Na+(aq)+ OH−(aq)

O cátion que forma a substância básica, geralmente, é de caráter metálico.

As soluções básicas conduzem corrente elétrica proporcionalmente à concentração dos íons,


uma vez que liberam íons em contato com a água, formando soluções eletrolíticas.

Substâncias básicas possuem sabor adstringente, sensação parecida com a de comer uma fruta
verde. Bases fazem parte da composição de produtos de limpeza, como a soda cáustica
(NaOH), da produção de produtos farmacêuticos, fertilizantes, cosméticos e da indústria
alimentícia.

Como são caracterizadas pela presença de íons OH-, as bases registram valores de pH
superiores a 7.

As bases apresentam diferentes solubilidades em água, dependendo do cátion formador. Veja


um resumo na tabela abaixo:

Solubilidade das bases Tipo de cátion


Bases solúveis Metal alcalino (grupo 1) e amônio. Exemplo:
NaOH, KOH, NH4OH.
Bases parcialmente solúveis Metal alcalino terroso (grupo 2). Exemplo:
Ca(OH)2, Sr(OH)2.
Bases pouco solúveis Demais bases. Aquelas que não possuem em
sua composição metais dos grupos 1 e 2.
Exemplo: Fe(OH)3 e Ni(OH)2.
As bases são classificadas de acordo com a sua força relativa e a quantidade de hidroxilas
dissociáveis.

A força das bases é estimada com base em seu grau de dissociação (α), que é determinado pela
quantidade de moléculas da base que efetivamente se dissociam, liberando íons OH- em
solução aquosa:

𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑙é𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑑𝑖𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑑𝑎𝑠


𝛼=
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑙é𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑑𝑖𝑠𝑠𝑜𝑙𝑣𝑖𝑑𝑎𝑠

Quanto maior o grau de dissociação, mais forte é a base.

Bases fortes possuem α maior que 5% (α > 0,5).

Bases fracas possuem α menor que 5% (α ≤ 0,5).

Por exemplo, o hidróxido de amônio (NH4OH) é uma base fraca porque tem α = 1,5%, ou seja,
em uma solução formada por 100 moléculas dessa base, menos de duas moléculas sofrerão
dissociação para gerar íons OH-, ficando a maior parte das moléculas de NH4OH na sua forma
não dissociada.

Em relação à quantidade de grupos de hidroxilas dissociáveis em solução aquosa, as bases são


divididas em:

➢ Monobases: uma única hidroxila dissociável. Exemplo: Hidróxido de sódio (NaOH).


➢ Dibases: dois íons OH- dissociáveis. Exemplo: Hidróxido de cálcio (Ca(OH)2).
➢ Tribases: três hidroxilas dissociáveis. Hidróxido de alumínio (Al(OH)3).
NOMENCLATURA DAS BASES
Portanto, podemos resumir a nomenclatura das bases do seguinte modo:

1. Se o cátion apresentar apenas um número de oxidação:

hidróxido de + [nome do cátion]

2. Se o cátion apresentar mais de um número de oxidação:

hidróxido de + [nome do cátion] + número de oxidação do metal em algarismos romanos

ou

hidróxido de + [nome do cátion] + oso

hidróxido de + [nome do cátion] + ico

Estrutura e nomenclatura de algumas bases

Fórmula Nomenclatura
KOH hidróxido de potássio
LiOH hidróxido de lítio
Mg(OH)2 hidróxido de magnésio
Ca(OH)2 hidróxido de cálcio
SAIS
A função inorgânica sal reúne os compostos iônicos constituídos por um cátion diferente do
íon H+ e um ânion distinto do íon OH-.

Os sais são formados por uma reação de neutralização envolvendo um ácido e uma base.
Reações de neutralização geram como produtos sal e água.

A principal característica dos sais é o sabor salgado. Sais são substâncias sólidas, geralmente
higroscópicas (absorvem água), que possuem elevadas temperaturas de fusão e de ebulição
porque têm estrutura cristalina.

Sólidos cristalinos são muito duros e estáveis em razão de seus átomos assumirem forma
geométrica bem estabelecida. Quando os sais são adicionados à água, sofrem dissociação
formando uma solução eletrolítica, com capacidade de condução de corrente elétrica.

Os sais são substâncias abundantes na natureza, fazem parte da composição de rochas e


minerais e são indispensáveis aos organismos vivos. O carbonato de cálcio (CaCO3), por
exemplo, é o principal sal formador do mármore, da calcita, do calcário, fazendo parte da
estrutura de cavernas, carapaças de animais marinhos, corais e cascas de ovos. O cloreto de
sódio (NaCl) é o famoso sal de cozinha, utilizado na preparação e conservação de alimentos e
em soros fisiológicos. Há muitos outros sais que possuem grande importância econômica por
fazerem parte da fabricação de fármacos, fertilizantes, produtos de limpeza, indústria
alimentícia, entre outros.

A solubilidade dos sais depende, principalmente, do ânion formador, mas grande parte deles
são solúveis em água.

Os sais são classificados em neutros, ácidos ou básicos, conforme a reação de neutralização


que os originou.

a) Sais neutros: são produtos de uma reação de neutralização completa, em que todos os
íons H+ se combinaram com íons OH-. Quando dissociado, o sal neutro não altera o
pH do sistema.
b) Sais ácidos ou hidrogenossais: são produtos de uma reação de neutralização parcial
entre um ácido forte e uma base fraca, em que nem todos os íons H+ presentes no meio
foram neutralizados. Quando dissociado, o sal ácido diminui o pH do sistema.
c) Sais básicos ou hidroxissais: são produtos de uma reação de neutralização parcial entre
um ácido fraco e uma base forte, em que nem todos os íons OH- presentes no meio
foram neutralizados. Quando dissociado, o sal ácido eleva o pH do sistema.

A maioria das pessoas quando ouve a palavra sal pensa no sal de cozinha. Mas, se você disser
a palavra sal para um químico, ele provavelmente irá lhe perguntar de que sal você está falando.
Pois o sal de cozinha (cloreto de sódio, NaCl) é apenas um exemplo dessa enorme classe de
substâncias.

Sais são compostos iônicos que, em solução aquosa, se dissociam, formando pelo menos um
cátion diferente do hidrogênio, H+(aq), e um ânion diferente da hidroxila, OH- (aq), e do
oxigênio, O2-(aq). Os sais podem ser obtidos através de reações de neutralização entre um
ácido e uma base. A reação entre o ácido clorídrico, HCl, e o hidróxido de sódio, NaOH, por
exemplo, forma o sal cloreto de sódio, NaCl, e a água.

HCl(aq) + NaOH(aq) NaCl(aq) + H2O(l)

O NaCl é formado pelo cátion Na+, vindo da base NaOH, e pelo ânion Cl-, vindo do ácido
HCl. Isso irá acontecer em todos os casos, ou seja, o ácido sempre irá formar o ânion do sal e
a base, o cátion.

NOMENCLATURA DOS SAIS.

E quanto ao nome cloreto de sódio? Como ele é formado?

Como dito anteriormente, o ânion cloreto, Cl-, é derivado do ácido clorídrico, que é um
hidrácidos. Toda vez que o ânion for formado a partir de um hidrácidos terá o sufixo eto. A
Tabela a seguir mostra alguns exemplos.

Ácido de Origem Ânion


HF (ácido fluorídrico) F- (fluoreto)
HBr (ácido bromídrico) Br- (brometo)
HI (ácido iodídrico) I- (iodeto)
HCN (ácido cianídrico) CN- (cianeto)
H2S (ácido sulfídrico) S2- (sulfeto)
Vamos agora examinar um outro exemplo de sal, o sulfato de sódio, Na2SO4. Esse sal pode
ser obtido através da reação entre o hidróxido de sódio, NaOH, e o ácido sulfúrico, H2SO4.

H2SO4(aq) + 2NaOH(aq) Na2SO4(aq) + 2H2O(l)

O Na2SO4 é formado pelo cátion Na+, vindo da base NaOH, e pelo ânion SO4 2-, vindo do
ácido H2SO4. O H2SO4 é um oxiácido cujo nome termina com o sufixo ico. Por isso, o nome
do ânion SO4 2- é formado pelo sufixo ato (sulfato). Generalizando, quando o nome do
oxiácido terminar com o sufixo ico, o nome de seu ânion correspondente será formado pelo
sufixo ato. Mas, nós sabemos que nem todos os oxiácidos têm o nome terminado com o sufixo
ico. Alguns terminam pelo sufixo oso. Nesse caso, o nome do ânion correspondente terá o
sufixo ito.

Tabela: Estrutura e nomenclatura de alguns oxiácidos e de seus ânions correspondentes e


alguns exemplos de sais.

Ácido de Origem Ânion Sal (exemplo)


H2SO4 (ácido sulfúrico) SO4 2-(sulfato) Na2SO4 (sulfato de sódio
H2SO3 (ácido sulfuroso) SO3 2-(sulfito) K2SO3 (sulfito de potássio)
HNO3 (ácido nítrico) NO3 - (nitrato) CaNO3 (nitrato de cálcio)
HNO2 (ácido nitroso) NO2 - (nitrito) Al(NO2)3 (nitrito de alumínio)
HClO4 (ácido perclorico) ClO4 - (perclorato) NaClO4 (perclorato de sódio)
HClO3 (ácido clórico) ClO3 - (clorato) LiClO3 (clorato de lítio)
HClO(ácido hipocloroso) ClO- (hipoclorito) NaClO (hipoclorito de sódio)

O nome dos sais é, portanto, formado pelo nome do ânion seguido do nome do cátion:

[nome do ânion] + de + [nome do cátion]

O nome do ânion pode ser obtido segundo as regras que estão resumidas na Tabela 9.

Regra geral para obtenção dos nomes dos ânions.

Sufixo no ácido Sufixo no ânion


ídrico eto
oso ito
ito ato
Óxidos
A função inorgânica óxido engloba os compostos formados por dois elementos químicos, sendo
um deles o oxigênio.

Os óxidos moleculares possuem ligação covalente entre o oxigênio e um ametal, como o


carbono (dióxido de carbono-CO2). Os óxidos iônicos mantêm ligação entre o oxigênio e um
metal, como o ferro (hidróxido de ferro-Fe(OH)3).

Os óxidos são comuns no cotidiano, pois fazem parte da respiração animal e vegetal em razão
do CO2. Eles são emitidos para a atmosfera durante processos de combustão, sob a forma de
óxidos nitrosos. O óxido é o principal componente da ferrugem (Fe2O3). Alguns óxidos são
usados em procedimentos industriais.

Os óxidos são agrupados segundo seu comportamento químico:

• Óxidos ácidos: compostos covalentes formados por oxigênio e um elemento ametal.


Geram ácidos em contato com água e sofrem reação de neutralização com bases,
formando sal e água como produtos. Exemplo: dióxido de carbono (CO2).
• Óxidos básicos: compostos iônicos formados por oxigênio e um elemento metálico.
Geram bases em contato com água e sofrem reação de neutralização com ácidos,
formando sal e água como produtos. Exemplo: óxido de cálcio (CaO).
• Óxidos anfóteros: apresentam resposta química diferente, dependendo do meio, ora
atuando como óxido ácido, ora atuando como óxido básico. Exemplo: óxido de zinco
(ZnO) e óxido de alumínio (Al2O3).
• Óxidos duplos ou mistos: possuem comportamento diferenciado, como se fossem
formados por dois óxidos diferentes do mesmo elemento químico. Um exemplo
clássico de óxido duplo é o tetróxido de ferro (Fe3O4), formado pelos óxidos FeO e
Fe2O3.
• Óxidos neutros: possuem baixa reatividade; não sofrem transformações químicas ou
não reagem com ácidos, bases ou água. Exemplo: monóxido de carbono (CO).

Existem também os peróxidos e os superóxidos.

Os peróxidos são formados pela união entre dois átomos de oxigênio e um elemento metálico
alcalino, alcalino-terroso ou hidrogênio. Nos peróxidos, o oxigênio assume número de
oxidação igual a -1. Exemplo: peróxido de hidrogênio (H2O2), mais conhecido como água
oxigenada.
Os superóxidos são formados pela ligação entre o oxigênio e um elemento metálico alcalino
ou alcalino-terroso. Nessas espécies, o átomo de oxigênio possui número de oxidação igual a -
1/2. Exemplo: superóxido de lítio (Li2O4).

NOMENCLATURA DOS ÓXIDOS


A nomenclatura dos óxidos oficial é feita escrevendo-se o prefixo que indica a quantidade de
oxigênios, seguido de “óxido de” e o nome do outro elemento com o prefixo.

"Os óxidos são compostos formados por dois elementos diferentes, sendo que um deles é o
oxigênio, que precisa ser o mais eletronegativo entre os dois.

A nomenclatura dos óxidos inorgânicos segue regras que dependem se o óxido é molecular, de
rede covalente ou iônico. Vejamos cada caso:

Nomenclatura dos óxidos moleculares ou de rede covalente:

Os óxidos moleculares ou de rede covalente são aqueles que possuem o oxigênio ligado a um
ametal, tais como o carbono (C), o nitrogênio (N), o enxofre (S), o flúor (F), entre outros. A
nomenclatura desses óxidos segue a seguinte regra:"

"O prefixo mono na frente do elemento ligado ao oxigênio é opcional.

Por exemplo, temos o seguinte óxido molecular: CO.

- Prefixo que indica a quantidade de oxigênios: 1 oxigênio: mono;

- óxido de;

- Prefixo que indica a quantidade de átomos do outro elemento: 1 carbono: mono;

- Nome do elemento ligado ao oxigênio: carbono.

Assim, seu nome fica da seguinte forma: CO = Monóxido de monocarbono ou monóxido de


carbono.
Veja mais exemplos:

Dióxido de carbono - CO2

Trióxido de enxofre - SO3

Heptóxido de Dicloro - Cl2O7

Monóxido de dinitrogênio - N2O

Trióxido de dinitrogênio - N2O3

Monóxido de nitrogênio -NO

Dióxido de nitrogênio - NO2

Pentóxido de dinitrogênio - N2O5

Dióxido de silício - SiO2

Pentóxido de difósforo - P2O5

Trióxido de enxofre - SO3

"Nomenclatura dos óxidos iônicos:

Os óxidos iônicos são aqueles que possuem o oxigênio ligado a um metal, tais como o ferro
(Fe), o chumbo (Pb), o sódio (Na), o cálcio (Ca), a prata (Ag), entre outros. Geralmente, a carga
elétrica do oxigênio é -2.

A nomenclatura mencionada para os óxidos moleculares ou de rede covalente também é


aplicada atualmente para os óxidos metálicos e é a considerada como oficial. Veja alguns
exemplos:

Monóxido de ferro - FeO

Monóxido de chumbo – PbO

Dióxido de chumbo - PbO2

Trióxido de diferro - Fe2O3


No entanto, existe uma nomenclatura específica para os óxidos metálicos que ainda é muito
usada. Ela baseia-se na valência do elemento ligado ao oxigênio.

Se o elemento tiver uma única valência, ou seja, se houver somente uma forma de ligar-se ao
oxigênio e formar somente um tipo de óxido, a regra de nomenclatura será dada por:

"Exemplos:

- Óxido de sódio - Na2O, Óxido de cálcio - CaO

- Óxido de potássio - K2O, Óxido de alumínio - Al2O3, Óxido de prata – Ag2O

Mas existem também óxidos iônico formados por elementos com mais de uma valência. Nesses
casos, a regra de nomenclatura é a seguinte:"

Exemplos:

Óxido ferroso – FeO, Óxido férrico - Fe2O3

Óxido cuproso - Cu2O, Óxido cúprico – CuO

Ou:

Óxido de ferro II - FeO (Nox do ferro = +2)


ESTEQUIOMETRIA
Estequiometria de reações é o cálculo da quantidade das substâncias envolvidas nestas, feito
com base nas leis das reações e executado, em geral, com o auxílio das equações químicas
correspondentes. É possível relacionar quantidades de matérias (mols), massa, número de
moléculas e volume molar.

Nas reações químicas, as substâncias reagem entre si originando produtos em proporções


específicas. Desse modo, é possível calcular quanto de produto será formado, ou o rendimento
da reação. Se quisermos determinado rendimento, podemos também calcular quanto deverá ser
utilizado de reagente.

Por meio dos cálculos estequiométricos é possível fazer essas e outras relações específicas.
Mas, antes de tudo, precisamos conhecer as proporções existentes entre os elementos que
formam as diferentes substâncias. E essas proporções são dadas pelas fórmulas moleculares,
percentuais e mínimas ou empíricas.

Além disso, a base dos coeficientes de qualquer reação são as leis ponderais:

Lei da conservação da massa– Num sistema fechado, a massa total dos reagentes é igual à
massa total dos produtos;

Lei das proporções constantes– Toda substância apresenta uma proporção em massa
constante na sua composição.

A massa atômica
- é a forma padrão para medir a massa dos átomos, expressa em unidade de massa atômica (u).

Os químicos resolveram tomar como base o carbono, por isso diz-se que a massa atômica é
relativa. Foi determinado que uma unidade de massa atômica equivale a 1,66 x 10-24 g, o
mesmo que 1/12 da massa do carbono-12.

As massas dos átomos são comparadas com esse padrão de 1u, o que quer dizer que a massa
atômica indica quantas vezes um átomo pesa mais do que 1/12 do carbono.

Massa atômica e unidade de massa atômica


Vejamos alguns exemplos de massa atômica:

Carbono (C) - 12,011

Oxigênio (O) - 15,999

Cloro (Cl) - 35,453

Nitrogênio (N) - 14,007

Potássio (K) - 39,098

Hélio (He) - 4,003

Como calcular a massa atômica?

Na natureza podemos encontrar elementos químicos com o mesmo número atômico, mas com
massas atômicas diferentes. Estes elementos são chamados de isótopos.

A massa atômica dos elementos químicos resulta da média ponderada dos isótopos.

Tomemos como exemplo dois isótopos de um elemento químico qualquer: 22X e 36X, onde
22 e 36 são suas massas.

Vamos imaginar também que a abundância desses isótopos na natureza é de 40% e 60%,
respectivamente.

A partir desses dados, é possível calcular a massa atômica. Primeiro, multiplica-se a massa pela
abundância de cada um dos isótopos. Em seguida, soma-se esses resultados e divide-se por
100.
Portanto, a massa atômica de um elemento X, cujas massas dos isótopos são 22 e 36 e
abundância de 40% e 60%, respectivamente, é de 30,4 u.

Massa Molecular e Massa Molar


A massa molecular corresponde a massa de uma molécula. Para calculá-la é necessário somar
as massas atômicas dos átomos dos elementos químicos que compõem a substância.

Por exemplo, a água (H2O) é formada por 2 átomos de hidrogênio e 1 átomo de oxigênio. Para
determinar a massa molecular da água, consultamos a tabela periódica para encontrar a massa
atômica de cada elemento e multiplicamos pelo número de átomos.

H: 2 x 1 u = 2 u

O: 1 x 16 u = 16 u

H2O = 2 u + 16 u = 18 u

Portanto, uma molécula de água possui massa de 18 u.

A massa molar, por sua vez, é a massa expressa em gramas por mol. O mol é unidade utilizada
como padrão para medir a quantidade de matéria. Essa unidade tem o valor absoluto de 6,02 x
1023 átomos, íons ou moléculas de uma substância.

A massa molecular e a massa molar tem o mesmo valor numérico, mas são apresentadas em
unidades diferentes. Sendo assim, a molécula de água tem massa molecular de 18 u e massa
molar de 18 g/mol.

Saiba mais em Número de Mol e Massa Molar.

Massa atômica na Tabela Periódica

Como a massa atômica depende da massa de todos os isótopos de um elemento químico, para
evitar que sejam sempre feitos os cálculos, a tabela periódica apresenta essa informação.
Veja o exemplo do ferro:

A massa atômica é o valor que aparece logo abaixo dos nomes de cada elemento na tabela
periódica.

A tabela periódica está organizada por ordem crescente de número atômico. Geralmente, a
massa atômica aumenta conforme o aumento do número atômico. Dos 118 elementos químicos
da tabela periódica apenas 4 elementos consecutivos diferem dessa generalidade. São eles:
argônio, cobalto, telúrio e tório.

Número de Avogadro
O número de Avogadro representa o número de partículas contidas em um mol de qualquer
substância.

"No final do século XVIII e início do século XIX, Lavoisier, Proust, Dalton e outros cientistas
realizavam estudos com a finalidade de determinar a natureza fundamental da matéria, ou seja,
descobrir como e do que a matéria era formada. Eles explicavam a matéria como sendo
constituída de partículas indivisíveis e que se conservavam em quantidade e massa. Suas teorias
fundamentavam-se nos resultados obtidos através de experimentos realizados pela combinação
de gases, porém, verificou-se uma dificuldade na distinção entre átomos e moléculas ao
observar que os volumes de alguns dos gases dessas reações não estavam de acordo com o
previsto nas transformações gasosas já conhecidas.

A dificuldade foi superada por um físico italiano chamado Amedeo Avogadro. Avogadro
afirmou que, estando nas mesmas condições físicas, volumes iguais de diferentes gases têm o
mesmo número de partículas. Todavia, dizer que um gás tem o mesmo número de partículas
que outro não implica que ambos possuam o mesmo número de átomos.
A hipótese de Avogadro de que volumes iguais de gases diferentes, nas mesmas condições de
pressão e temperatura, contêm o mesmo número de partículas e as ideias sobre massas atômicas
e moleculares de outro cientista chamado Canizarro levaram à determinação da constante de
Avogadro.

A constante estabelecida por Avogadro e posteriormente verificada experimentalmente por


vários cientistas é conhecida atualmente como o Número de Avogadro.

O Número de Avogadro ( ) representa o número de partículas ou moléculas contidas num mol.

Na=6,023×1023 partículas

O mol representa a grandeza da quantidade de matéria e a massa contida em 1 mol é chamada


de massa molar (M). Para calcular o número de mols contidos em uma determinada massa m
de um gás, usa-se a relação:

A equação 1 é obtida através de uma regra de três simples, em que: 1 mol tem massa M e n
mols têm massa m.
CONCLUSÃO
Este trabalho de revisão bibliográfico teve a intenção de reunir as principais contribuições de
trabalhos e pesquisas referentes ao tema bandono ao tratamento da tuberculose, apresentando
tópicos para novas investigações, planejamento e intervenções na área da farmácia e conclui-
se que:
Este trabalho de revisão bibliográfico teve a intenção de reunir as principais contribuições de
trabalhos e pesquisas referentes ao tema bandono ao tratamento da tuberculose, apresentando
tópicos para novas investigações, planejamento e intervenções na área da farmácia e conclui-
se que:

Funções inorgânicas são os grupos de substâncias químicas que não apresentam como elemento
químico central o carbono (já que as substâncias que o apresentam pertencem às funções
orgânicas), ou seja, fazem parte da Química Inorgânica.
Referências Bibliográficas
➢ BARAN, E. J., Química Bioinorgânica, McGraw – Hill, Madrid, 1995, p. 232-233.
➢ JONES, C. J. , A Química dos Elementos dos Blocos d e f, Sociedade Brasileira de
Química, Bookman Companhia Editora, Porto Alegre, RS, 2002, p. 114-118
JUSTI, R. S.; A afinidade entre as substâncias pode explicar as reações químicas?
➢ Química Nova na Escola. n.7, p.26-29, Maio, 1998.
➢ MORTIMER, E. F.; MIRANDA, L. C.; Transformações: Concepções de estudantes
sobre reações químicas. Química Nova na Escola. n. 2, p. 23-26, Novembro, 1995.
➢ NERY, A. L. P.; LIEGEL, R. M.; FERNANDEZ, C.; Reações envolvendo íons em
solução aquosa: Uma abordagem problematizadora para a previsão e equacionamento
de alguns tipos de reações inorgânicas. Química Nova na Escola. n. 23, p. 14
➢ McMURRY, J., Química Orgânica vol. 1 e vol. 2. Editora CENGAGE Learning.
Tradução da 6ª Edição Norte Americana, 2008KOTZ, John C.; TREICHEL
➢ JUNIOR, Paul M. Química Geral e Reações Químicas. vol. 1 e 2, São Paulo: Pioneira
Thomson, 2005.
➢ SANTOS, Wildson L. (coord.), Química & Sociedade. Nova Geração, São Paulo,
2005.
➢ GEPEQ - Introdução e Transformações. Química - Ensino Médio. Vol. 1,2,3. Ed.
Edusp, 1999.
➢ FELTRE, Ricardo. Fundamentos de Química: vol. único. 4ª.ed. São Paulo: Moderna,
2005. 700 p.

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